UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA

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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A ARTETERAPIA NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM AUTISMO. Por: Natália Ferreira Martins. Orientador: Profª Maria Esther de Araújo Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand

2 2 Rio de Janeiro 2015 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A ARTETERAPIA NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM AUTISMO. Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Educação Especial e Inclusiva. Por: Natália Ferreira Martins.

3 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me dado saúde e força, por sempre estar ao meu lado e me ajudar a superar as dificuldades. A AVM pela oportunidade de fazer o curso. A minha orientadora, pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho. Aos meus pais e noivo, pelo incentivo, apoio incondicional e amor demonstrado a cada dia. E a todos que direta e indiretamente fizeram parte da minha vida e da minha formação.

4 4 DEDICATÓRIA Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, que iluminou o meu caminho durante esta caminhada. Aos meus pais e noivo que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida e por sua capacidade de acreditar em mim e de me dar esperança para seguir em frente.

5 5 RESUMO Este trabalho monográfico tem como vertente a arteterapia na educação especial. O principal assunto neste estudo é como a arteterapia pode ajudar no desenvolvimento psicológico, educacional e social de uma criança portadora do Distúrbio do Espectro do Autismo, pois esse distúrbio atinge a comunicação, a interação social, a imaginação e o comportamento do indivíduo portador. Esse estudo é de muita importância porque a arteterapia é uma fonte de criação, transferência e desenvolvimento, e, através dela, diversos valores dentro do campo do conhecimento e do sentimento são compreendidos. A arteterapia estimula a expressividade, a comunicação, a espontaneidade e o desenvolvimento do potencial humano de criatividade tendo como principal objetivo a criatividade e o autoconhecimento, não visando o aprendizado técnico. Ela tem finalidade curativa e, através da soma da compreensão profunda de si a uma abordagem criativa da vida, a arte promoverá mudanças internas e a superação de problemas. Esse trabalho tem como objetivo falar sobre as dificuldades, tanto no âmbito social quanto no desenvolvimento da aprendizagem, de crianças portadoras de autismo, analisar o trabalho feito pelos arteterapeutas com crianças autistas e verificar a importância das atividades que envolvem artes visuais no processo de socialização e de aprendizagem do indivíduo com Distúrbio do Espectro do Autismo.

6 6 METODOLOGIA A pesquisa será qualitativa, bibliográfica e teórica através de análises de livros sobre a arteterapia e sobre o autismo. A abordagem qualitativa é caracterizada por uma série de leituras sobre o assunto (pesquisa bibliográfica) mostrando o que os diferentes autores escrevem sobre o assunto. Marques (2006) defende que a abordagem qualitativa é aquela em que os dados não são passíveis de ser mensurados matematicamente e por isso, compreender a realidade por meio de uma abordagem qualitativa é percebê-la a partir da subjetividade do sujeito da investigação. Será pesquisado obras de Chris Williams, Barry Wright, Ana Maria S. Ros de Mello, Ana Beatriz Barbosa Silva, Mayra Bonifacio Gaiato, Leandro Thadeu Reveles e Lau de Oliver, autores que escreveram sobre autismo e arteterapia.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO I - Autismo Diagnóstico do autismo Causas do Distúrbio do Espectro do Autismo Um pouco da história do autismo Organizações que ajudam portadores de autismo no Brasil 16 CAPÍTULO II - As áreas afetadas Lorna Wing Interação Social Comunicação Imaginação Comportamento 22 CAPÍTULO III - A Arteterapia Breve histórico da arteterapia Objetivos da arteterapia A arteterapia e a abordagem junguiana A musicoterapia A arteterapia e a musicoterapia como terapia para o autismo A arteterapia e a musicoterapia no desenvolvimento de crianças autistas 31 CONCLUSÃO 34 BIBLIOGRAFIA 35

8 WEBGRAFIA 36 8

9 9 INTRODUÇÃO Autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento infantil que afeta as áreas da comunicação, da socialização e do comportamento do indivíduo portador. Carl Gustav Jung foi o pioneiro na utilização da arte no processo terapêutico. Ele iniciou o trabalho terapêutico utilizando as diversas formas de arte para que a pessoa pudesse expressar seus sentimentos através de desenhos, pinturas, esculturas, entre outras. Este trabalho irá abordar os benefícios da arteterapia no desenvolvimento de crianças com Distúrbio do Espectro do Autismo (ASD). Ele pretende mostrar a capacidade de desenvolvimento dos portadores de ASD através das artes visuais, teatrais, entre várias outras formas da arte usadas nesse processo de terapêutico. Além disso, irá mostrar as dificuldades, tanto no âmbito social quanto no desenvolvimento da aprendizagem, de crianças portadoras de autismo, analisar o trabalho feito pelos arteterapeutas com crianças autistas e verificar a importância das atividades que envolvem artes visuais no processo de socialização e de aprendizagem do indivíduo com Distúrbio do Espectro do Autismo. As artes visuais e outros tipos de artes como terapia complementar melhoram as condições de vida das crianças com autismo, que possuem dificuldades em relacionarem-se com outras pessoas, atrasos e déficit na comunicação e outras formas de atraso no desenvolvimento. Tais processos criativos servem de ponte de comunicação com a criança autista que possua déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos e dificuldades no desenvolvimento da aprendizagem. Essa pesquisa será focada nas obras de Jung, Barbosa Silva, Williams e Wright, Olivier, Philippini, Siegel, Moreira, entre outros autores citados mais a frente.

10 10 A definição do Distúrbio do Espectro do Autismo, as causas e a forma como um profissional pode chegar a um diagnóstico através do DSM IV e do CID 10 serão abordados no capítulo um. O capítulo dois terá como objetivo abordar algumas das áreas afetadas por esse distúrbio, como a interação social, a imaginação e a comunicação, mostrando algumas situações decorrentes das dificuldades da interação social e da comunicação. No terceiro capítulo o objetivo será mostrar a definição de arteterapia, a história desse processo terapêutico, a abordagem junguiana na arteterapia e a importância das diversas atividades e formas de artes (desenhos, esculturas, músicas, teatros, pinturas, etc.) providas pelo processo arteterapêutico no desenvolvimento de indivíduos com autismo.

11 11 CAPÍTULO I AUTISMO O autismo infantil foi definido por Kanner, em Foi denominado inicialmente como Distúrbio Autístico do Contato Afetivo, com características comportamentais bastante específicas como perturbações das relações afetivas, inabilidade no uso da linguagem para comunicação, solidão autística extrema, comportamentos ritualísticos, início precoce e com maiores incidências no sexo masculino. Esse distúrbio não se trata de um retardo mental ou lesão cerebral, embora vários portadores de autismo apresentem também estes problemas, o autismo é uma desordem comportamental. O distúrbio do espectro do autismo é um transtorno que se manifesta antes dos três anos de idade e que tem como características principais alterações na interação social, na comunicação e na imaginação, causando muitas dificuldades no processo de aprendizagem. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), o autismo: É um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometimento que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas: de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. O transtorno ocorre três a quatro vezes mais em garotos do que em meninas. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais (DSM IV) (2002), esse transtorno consiste no desenvolvimento anormal,

12 12 comprometido da interação social e da comunicação, além disso, o portador possui um repertório de interesse muito restrito. A definição da Associação Americana de Autismo (ASA), refere-se ao autismo como uma inadequação no desenvolvimento que se manifesta de forma grave e por toda a vida. Aparece nos três primeiros anos de vida e é mais comum em meninos do que em meninas. Segundo Bosa (2002), são chamadas Autistas as crianças que têm inadaptação para estabelecer relações normais com o outro, um atraso na aquisição da linguagem e, quando ela se desenvolve, uma incapacitação de lhe dar um valor de comunicação. Essas crianças apresentam estereótipos gestuais, uma necessidade de manter seu ambiente material da mesma forma sempre, ainda que deem provas de uma memória notável. Na décima revisão da Classificação Internacional de Doenças CID 10 o autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento, assim se apresenta e caracterizam-se de acordo com Tamanaha, Perissinoto e Chiari: [...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados como um grupo de alterações, caracterizadas por alterações qualitativas da interação social e modalidades de comunicação, e por um repertório de interesses e atividades restrito e estereotipado. Essas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do indivíduo. (TAMANAHA, PERISSINOTO E CHIARI, 2008, p.4) O autismo, então, resulta de uma perturbação no desenvolvimento do Sistema Nervoso ocorrida antes do nascimento, que afeta o funcionamento cerebral em diversas áreas, tais como, a capacidade de interação social, a capacidade de comunicação e o comportamento.

13 Diagnóstico do autismo. Existem vários princípios de diagnósticos que são utilizados para a classificação do autismo. De acordo com o DSM IV e o CID 10, o diagnóstico deve ser feito por profissionais especializados, os quais podem ser um psiquiatra ou um médico neuropediatra especializado no assunto autismo. É extremamente importante que o diagnóstico do autismo deva ser feito através de observação direta do comportamento do indivíduo portador e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam aparecer antes dos três anos de idade, sondo possível fazer o diagnóstico por volta dos dezoito meses de idade. Para que o diagnóstico do autismo seja realizado de forma correta, é de suma importância que o profissional, além de entender bem sobre comportamentos infantis e de ter bastante experiência no assunto, investigue e esteja atento à história de vida do paciente, como a gestação, o parto, se houve ou não alguma complicação neonatal, entre outros aspectos dessa fase. Após essa investigação, o profissional precisa ter um profundo conhecimento da tríade de base alterada do funcionamento mental autístico (disfunção social, disfunção da comunicação e disfunções comportamentais). Para as crianças com autismo, o diagnóstico precoce é de suma importância para que sejam tratadas de imediato para desenvolver aquilo que é afetado. De acordo com o DSM-V, para diagnosticar o Distúrbio do Espectro do Autismo, o indivíduo deve preencher os critérios 1, 2 e 3 da lista abaixo: 1. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes: 2. Déficits expressivos na comunicação não-verbal e verbal usadas para interação social; b. Falta de reciprocidade social; c. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

14 14 3. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo: 4. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns; b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento; c. Interesses restritos, fixos e intensos. 5. Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedem o limite de suas capacidades. Existem alguns instrumentos que ajudam no diagnóstico do autismo. Os mais utilizados são: A Lista de Checagem de Comportamento Autístico (ABC) elaborado para a avaliação de comportamentos autísticos em população com retardo mental, que tem ajudado muito na elaboração de diagnóstico diferencial de autismo. O ABC, aparentemente é capaz de identificar altos níveis de comportamento autista; a Entrevista Diagnóstica para Autismo (ADI) consistem em uma entrevista elaborada para ser utilizada junto aos pais, tendo como objetivo o fornecimento de um diagnóstico diferencial dos transtornos globais do desenvolvimento; a Escala de Avaliação de Traços Autistas (ATA) é uma escala de avaliação de traços autistas baseadas nos critérios do DSM III R. Essa escala foi traduzida e adaptada para o Brasil em 1999; 1.2 Causas do Distúrbio do Espectro do Autismo. Mesmo que a real causa do autismo ainda seja uma incógnita, pois é difícil compreender as origens exatas deste desenvolvimento anômalo, estudos revelam que esse distúrbio do Sistema Nervoso, em parte, tem origem genética, através de mutações de vários genes diferentes. De acordo com estudos feitos pela National Autistic Society (NAS), pequenas mutações genéticas e diversos outros fatores aumentam o risco da portabilidade do distúrbio autístico. Pesquisadores avaliaram quinze mil

15 15 quatrocentas e oitenta amostras de DNA a fim de determinar o impacto de mutações genéticas herdadas dos pais, assim como as mutações que surgem espontaneamente. Dos trinta e três genes ligados ao autismo, quinze já eram conhecidos como propagadores da síndrome, onze não eram considerados risco real por causa da falta de dados sobre eles e sete genes não eram conhecidos pelos cientistas em relação à sua conexão com o autismo. Mesmo sabendo que a genética pode em muito contribuir para propagação do distúrbio autístico, há ainda muito para pesquisar para saber quais são os outros fatores que ajudam na probabilidade de certos indivíduos serem portadores de tal síndrome como, por exemplo, os fatores ambientais. 1.3 Um pouco da história do autismo. O autismo era denominado como um sintoma extremo de alienação ou como mais um caso ligado à esquizofrenia. Leo Kanner teve um papel fundamental, pois foi ele que descreveu pela primeira vez, em 1943, sobre o autismo. Assim, ele inicia o artigo que mudou sua vida e de muitas pessoas com autismo: Desde 1938 têm chamado a minha atenção algumas crianças cujas condições diferem de forma marcante e tão específica de qualquer coisa até agora registrada que creio que cada caso merece, e eu espero que eventualmente receba, uma apreciação detalhada de suas fascinantes peculiaridfades... As definições de Kanner, foram logo absorvidas pelos cientistas e salientava a existência de uma distorção do modelo familiar, que ocasionaria alterações no desenvolvimento psicoafetivo do indivíduo.

16 16 Hans Asperger, médico austríaco, descreveu em 1944 um grupo de pacientes com inteligência normal, mas que possuíam um certo tipo de deficiência no desenvolvimento social, entretanto, sem atrasos na aquisição da linguagem, além de enfatizar a preocupação com a abordagem educacional das crianças portadoras dess distúrbio, no qual denominva Psicopatia Autística. Lorna Wing começa a publicar textos a partir de 1960 que tiveram grande influência para o estudo sobre autismo. Ela foi a primeira a descrever a tríade de sintomas na década de 70 (alterações na comunicação, na interação social e na linguagem). Na mesma década, Ivar Lovaas, psicólogo comportamental, introduziu a ideia de que a técnica da terapia comportamental auxilia e ajuda crianças com autismo na aprendizagem de novas habilidades Organizações que ajudam portadores de autismo no Brasil. No Brasil, a primeira organização voltada para o autismo foi criada e fundada por um grupo de pais, cuja a maioria com filhos do espectro autista, no ano de 1983 em São Paulo. A AMA (Associação de Amigos do Autista) foi fundada por esses pais com o intuito de acolher, informar e capacitar famílias e profissionais, principalmente as famílias com autismo da cidade, do estado e do país. Algumas mães fundadoras da AMA trouxeram para o Brasil mais metodologia especializada ao visitarem locais de tratamento em instituições da Europa e dos Estados Unidos. A AMA, ainda hoje, é uma referência para muitos brasileiros com autismo e suas famílias. A AMA tem como missão: Proporcionar à pessoa com autismo uma vida digna: trabalho, saúde, lazer e integração à sociedade. Oferecer a família da pessoa com autismo instrumentos para a

17 17 convivência no lar e em sociedade. Promover e incentivar pesquisas sobre o autismo, difundido o conhecimento acumulado. A Associação Mantenedora Pandorga foi criada no ano de 1999 e é uma associação de caráter beneficente e sem fins lucrativos. Essa instituição filantrópica atende desde crianças até jovens adultos com autismo e psicose graves. Essa associação tem como objetivos contribuir para que as pessoas atendidas adquiram o mais alto grau possível de competência social, contribuir para o mais alto grau possível de bem estar e desenvolvimento geral das pessoas atendidas, contribuir para que as pessoas atendidas melhorem o manejo de suas vidas através de atendimento especializado, contribuir para que as pessoas atendidas possam reduzir ao máximo suas crises de desespero, ansiedade, autoagressão e heteroagressão, possibilitar às pessoas atendidas sair da reclusão de suas casas e proporcionar-lhes um ambiente acolhedor, de respeito, amor e convivência com seus pares e dar apoio e aliviar a carga das famílias (principalmente às mães) das pessoas atendidas.

18 18 CAPÍTULO II AS ÁREAS AFETADAS. Lorna Wing (Barbosa Silva, 2012, p. 160) definiu o autismo como uma síndrome que apresenta comprometimentos em três importantes áreas do desenvolvimento humano, tais como na interação social e compreensão social, na comunicação e na imaginação, nos interesses e comportamentos restritos. A Tríade de Lorna Wing ficou mundialmente conhecida e o diagnóstico clínico do autismo é feito com nessa tríade, além de ser feito através da avaliação direta do comportamento dos portadores Lorna Wing. A doutora Lorna Wing foi uma das fundadoras da Sociedade Nacional de Autismo e desenvolveu o conceito de autismo como um espectro na década de Sua dedicação e seu trabalho mudou a forma como o autismo era considerado. Mãe de uma criança com autismo, ela sempre defendeu uma melhor compreensão, melhores condições e serviços para pessoas portadoras de ASD, bem como suas famílias. Seu trabalho epidemiológico resultou em uma demarcação da síndrome, chamada de tríade de deficiências, que são as dificuldades na comunicação, na interação social e no comportamento Interação Social. Interação social é o processo de relação entre um indivíduo e outro dentro de um contexto social. Pode-se dizer também que interação social é o processo pelo qual agimos e reagimos em relação àqueles que estão ao nosso redor. O olhar (contato visual) é um exemplo de interação social. A dificuldade de socialização é a base da tríade de sintomas do portador do distúrbio do espectro do autismo, é o ponto crucial e o mais fácil de gerar

19 19 falsas interpretações e gera dificuldade durante a relação com os outros, além de deixar visível a incapacidade de compartilhar sentimentos, emoções e gostos. São vários os sintomas já observados em indivíduos autistas na interação social. As crianças portadoras não costumam manter o contato visual, não tentam compartilhar suas experiências ou sensações de forma espontânea, não são capazes de estabelecer relacionamentos amistosos com colegas. Siegel (2008:42) considera que as interações sociais em crianças autistas são pouco frequentes, pois elas se isolam, mesmo que estejam numa sala cheia de gente e acabam sendo descritas como crianças no seu próprio mundo. Barbosa Silva (2012:89) lista situações decorrentes da disfunção social, tais como: a dificuldade de estabelecer contato visual direto, deficiência em compartilhar momentos e interesses com outras pessoas, o uso dos pais, pessoas de seu convívio ou cuidadores como instrumentos, ou seja, levaos até aquilo que deseja, a falha na antecipação de movimentos, o maior interesse por objetos e animais do que por pessoas, entre outras. Para Nilsson (2003) a interação social pode ser caracterizada como um prejuízo acentuado no uso múltiplo de comportamentos não verbais como, contato visual direto, expressão facial, postura corporal e gestos, não mostra prazer em compartilhar espontaneamente seus interesses. As crianças autistas não compreendem como se estabelecem as relações de amizade. Algumas vivem isoladas e não têm amigos, já outras acreditam que todas as crianças de sua sala de aula são seus amigos. As crianças com autismo não partilham interesses com os outros, evitam olhar nos olhos de outrem, são inexpressivas, não compreendem os limites de seu espaço pessoal, têm dificuldades de entender os sentimentos das outras pessoas ou de falar sobre os seus e evita o contato físico. A cegueira mental relaciona-se e afeta a interação social do portador de ASD, pois ela refere-se a ser cego em relação de outrem (Williams; Wright, 2008). Com isso, o indivíduo com autismo tem muita dificuldade em entender o ponto de vista, os sentimentos e as ideias de outras pessoas.

20 Comunicação Comunicação é uma palavra derivada do termo latino communicare,que significa partilhar, participar algo, tornar comum. A comunicação tem sido de importância vital desde o início dos tempos, sendo um instrumento de instrução, troca mútua, integração e de desenvolvimento. Segundo Chiavenato (2000, p. 142), a comunicação pode ser definida simplesmente como o processo de interação, onde são passadas informações e entendimentos de uma pessoa para outra. Os devios qualitativos da comunicação têm como característica a dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal, incluindo as expressões faciais, os gestos, a linguagem corporal, ritmo e a modulação na linguagem verbal. Crianças com Distúrbio do Espectro do Autismo podem desenvolver linguagem mais tarde do que outras e ter aptidões de linguagem expressivas (saber como dizer as coisas) e receptivas (entender o que se diz) limitadas. (Williams; Wright, 2008, p. 71). As crianças com ASD manifestam dificuldades na comunicação verbal, não verbal e na compreensão. Nas crianças autistas, a comunicação não verbal precoce é limitada ou inexistente, apresentando sérios problemas na compreensão e utilização da mímica, gestualidade e fala. Quando se trata de linguagem verbal, apresentam atraso ou ausência total. Os autistas que desenvolvem linguagem demonstram dificuldades em iniciar ou sustentar diálogos, pois não visam comunicação mesmo que utilizem a fala. Há grande variação no desenvolvimento da linguagem em crianças com autismo, algumas têm poucas habilidades na fala e quase não conseguem se comunicar e outras falam bem, mas podem ter dificuldade de compreender o outro. O atraso ou a ausência total de desenvolvimento da linguagem falada, não acompanhado pela tentativa de compensar por modos alternativos de

21 21 comunicação, tais como gestos ou mímica, segundo Nilsson (2003), normalmente desenvolve uma comunicação própria para obter vínculo com as pessoas. Segundo Kanner (1943), algumas das crianças que ele acompanhou repetiam tudo o que havia sido dito naquele momento (ecolalia imediata) ou em momentos anteriores (ecolalia diferida), e chega a afirmar que a conversa dessas crianças é um eco de tudo o que já se lhe pôde ser dito, mostrando através disso a ausência da produção de frases espontâneas. A ecolalia (uso estereotipado e repetitivo da linguagem), dificuldade no entendimento de ironias ou frases com duplo sentido, a dificuldade no desenvolvimento da linguagem verbal falada, sem que haja alguma tentativa de compensá-la através de outra alternativa, como por exemplo, gestos, a inversão de pronomes, dificuldades em iniciar, manter ou terminar uma conversa nas que não apresentam prejuízos significativos na fala, entre outros, segundo Barbosa Silva (2012:90), são exemplos de disfunções na comunicação. De acordo com Nilsson (2003), portadores de autismo conseguem articular e imitar, tendo muita dificuldade de entender completamente a comunicação. A autora ainda mostra que as funções de comunicação mais avançadas, como dar informações, pedir informações, comentar e compartilhar emoções são muito difíceis para os portadores. 2.4 Imaginação. Imaginação é a capacidade de um indivíduo para representar imagens reais ou ideais. Ela permite ter em mente um objeto que se tenha percebido anteriormente ou criar alguma coisa nova, sem nenhum fundamento real. Segundo Vygotsky: (...) A imaginação, como a base de toda a atividade criadora se manifesta igualmente em todos os aspectos da vida cultural, possibilitando a criação artística, científica e técnica.

22 22 Neste sentido, absolutamente tudo o que nos rodeia foi criado pela mão do homem, todo o mundo da cultura, ao contrário do mundo da natureza, todos os resultados são produtos da imaginação (1990, p. 10). Segundo Williams e Wright (2008), a maioria dos indivíduos com autismo desenvolve a capacidade imaginativa ao longo do tempo, embora muitos tenham ritmo mais lento nesse desenvolvimento. Eles mencionam as dificuldades que as crianças portadoras de ASD possuem ao brincar, na resolução de problemas, no senso de humor, na compreensão de conceitos abstratos, na convivência com outras pessoas e no pensamento literal, em consequência dos problemas e dificuldades com a imaginação. Para Barbosa Silva (2012:90), as crianças com autismo têm dificuldades de imaginar os papéis a serem representados, por isso elas possuem dificuldades de participar de brincadeiras de faz de conta. Nilsson (2003) diz que as crianças com ASD não tem desenvolvimento nas variações das habilidades de fingir e imaginar. Aquelas que desenvolvem a imaginação, fazem sempre a mesma coisa frequentemente, mais do que as crianças normais. A dificuldade do autista na imaginação pode ser percebida de diversas formas. Uma criança autista pode ficar horas e horas explorando a textura de um brinquedo ou brincar de forma desprovida de criatividade e pela exploração intensa e peculiar de algum objeto. 2.5 Comportamento. De acordo com Barbosa Silva (2012:39), os comportamentos dos indivíduos com Distúrbio do Espectro do Autismo são divididos em duas categorias. Os comportamentos motores estereotipados e repetitivos fazem parte da primeira categoria. São exemplos desses comportamentos os pulos, o

23 23 balançar do corpo, o bater de palmas, o balançar das mãos, as caretas, entre outros. Os comportamentos disruptivos cognitivos fazem parte da segunda categoria, tendo como exemplo os rituais e rotinas, compulsões, mesmice, entre outros. Algumas crianças portadoras de autismo fazem apenas o que é de seu interesse, não ouvindo e nem seguindo as ordens dos pais, são bem agitadas, possuem interesses restritos, medo de mudanças, possuem habilidades específicas, andam nas pontas dos pés, podem possuir aversão a barulhos altos, gritos (fonofobia), dificuldades em algumas atividades básicas diárias, hábito de empilhar ou enfileirar coisas, entre vários outros tipos de disfunções comportamentais. De acordo com Nilsson (2003) a dificuldade na mudança de rotina, rituais específicos e não-funcionais, maneirismos motores estereotipados e repetitivos, por exemplo: os movimentos repetitivos de todo o corpo, agitar ou torcer as mãos ou dedos e preocupação persistente com partes de objetos são característicos do portador de ASD. As pessoas com autismo possuem então características singulares a esses indivíduos como movimentos anormais, que são comuns em autistas, padrões repetitivos e estereotipados de comportamento, onde são incluídos a resistência a mudanças, apego excessivo a objetos, fascinação com partes de brinquedos e movimento de peças e insistência em determinadas rotinas. Muitas vezes, embora algumas crianças com ASD pareçam brincar, ela está mais preocupada em manusear o brinquedo ou em olhar parte dele do que usá-lo para sua real finalidade.

24 24 CAPÍTULO III A ARTETERAPIA. A definição de arte segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, segunda edição) é a: Atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação [...] a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos... Segundo Azevedo Júnior (2007) a arte é conhecimento, além de uma das primeiras manifestações da humanidade para marcar sua presença em determinado espaço que expressam suas ideias, sentimentos e emoções sobre determinado assunto para os outros. A arte tem a intenção de mostrar como as coisas podem ser de acordo com determinada visão e não uma visão de como as coisas são, sendo uma representação simbólica do mundo humano. Em suma, a arte é a forma de expressão do ser humano que tem o poder de alcançar emoções profundas, mudar a maneira como a pessoa se sente em relação ao mundo e a si mesma, mostrar a forma de como o indivíduo vê o mundo, olha para o mundo e para si. 3.1 Breve histórico da arteterapia. Desde a pré-história, o homem sente a necessidade de expressar-se, mostrando o que sente, vê e percebe das relações consigo mesmo e das relações com o mundo em que vive. O homem encontrou um meio de suprir

25 25 todas essas necessidades através da arte. A arte vem evoluindo através dos tempos e começa a despertar o interesse no ramo da psiquiatria e da psicanálise. Para Moreira (2006/2007), a arte, desde os tempos primórdios, tem sido um canal, e através dele o homem expressa tudo que vem de sua alma e suas emoções. Com o intuito de resgatar os indivíduos traumatizados pela guerra, mutilados de forma física e emocionalmente, a arte terapia surgiu no período de pósguerra na Inglaterra como iniciativa de vários profissionais das áreas de Ciências Sociais, Psicologia, Arte e Pedagogia. A junção desses profissionais utilizando as diversas linguagens artísticas como instrumento de expressão, seguindo a orientação da psicologia analítica de Carl Gustav Jung, provou a grande eficácia do tratamento psicoterapêutico, reintegrando essas pessoas à vida e à sociedade. A partir daí, a arte aplicada à psicopatologia abordada por Jung passou a trabalhar com o fazer artístico, em forma de diversas atividades criativas que ajuda na integração da personalidade. Segundo Jung (1920), a arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada pessoa, além de ser liberdade de expressão, sensibilidade, criatividade e vida. O filósofo Rudolf Steiner incorporou a arte terapia ao arsenal terapêutico da medicina antroposófica, por ele criada na virada do século XX. Osório Cesar (1923) contribuiu no Brasil ao trabalhar com arte no hospital do Juqueri, Franco da Rocha São Paulo. Nise da Silveira também contribuiu no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro, e buscou compreender imagens produzidas por seus pacientes sob a ótica da teoria Junguiana, deixando um grande legado para a arte terapia. Hoje, há vários cursos profissionalizantes de arte terapia que são ministrados em nível de especialização no Brasil. 3.2 Objetivos da arteterapia. A arte terapia é tida como atividade de purificação e reorganização interior e possui vários objetivos. Segundo Jung o homem utiliza a palavra escrita ou

26 26 falada para expressar o que deseja transmitir. Sua linguagem é cheia de símbolos, mas ele também, muitas vezes, faz uso de sinais ou imagens não estritamente descritivos (Jung, 1964, p. 16). Para Jung (1920), a arte tem finalidade criativa, e a energia psíquica, consegue transformar-se em imagens e através dos símbolos e colocar seus conteúdos mais internos e profundos. A Arte terapia baseia-se na crença de que o processo criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor da qualidade de vida das pessoas. De acordo com Moreira: A arte e um produto de uma necessidade de expressar, de configurar e trazer para o nível concreto, imagens internas repletas de energia psíquica. A arte também se apresenta como uma possibilidade de organização emocional, intelectual e espiritual da personalidade do homem (2006/2007, p. 32). Por meio do criar em arte e do refletir sobre os processos e os trabalhos artísticos resultantes, pessoas podem ampliar o conhecimento de si e dos outros, aumentar a autoestima, lidar melhor com sintomas, stress e experiências traumáticas, desenvolver recursos físicos, cognitivos, emocionais e desfrutar do prazer vitalizador do fazer artístico. A arte terapia permite infinitas opções de descobertas e reflexão, o que favorece o equilíbrio emocional do indivíduo. A arteterapia propõe um espaço de criação e de facilitação da comunicação verbal e não verbal, amplia a possibilidade de percepção dos seus problemas e necessidades, através de cada produção artística, permitindo a construção de recursos internos saudáveis para a procura de soluções, possibilita o reconhecimento de si mesmo promovendo o autoconhecimento e, assim poder resgatar a autoestima e autoconfiança como processo de estímulo à criatividade e

27 27 expressão além de proporcionar comunicação de ideias e emoções. Ela valoriza a criatividade e o fazer artísticos, contribui para a organização psíquica, reforça a identidade do indivíduo e seu desenvolvimento global. Veja abaixo um diagrama que mostra os benefícios da arte terapia na vida das pessoas: Ajuda no relaxamento Diminui a insegurança Promove autoexpressão Desenvolve a imaginação e a criatividade Arte terapia Melhora a autoestima Descarrega tensões Melhora o relacionamen to em grupo Diminui a insegurança De acordo com Philippini (2000), a arte terapia resgata e ajuda na prevenção e na expansão da saúde do indivíduo, auxilia no resgate, no fortalecimento ou no desbloqueio dos potenciais criativos através das diversas formas de expressões. A arte terapia, então, é baseada na ideia fundamental de que toda pessoa tem capacidades inatas de expressar seus conflitos interiores através de imagens visuais, táteis, auditivas, entre outras. O trabalho com a arte terapia pode trazer benefícios seja a nível simbólico como a nível comportamental. Com crianças, a arte terapia ajuda a passar pelos diversos estágios de desenvolvimento, como a linguagem não verbal,

28 28 ajudando a criança a desenvolver seu universo sensorial, sua capacidade de representação e construção e sua consciência corporal. 3.3 A arteterapia e a abordagem junguiana. O recurso da arte aplicado à psicopatologia teve origem nos trabalhos de Carl Gustav Jung, pois foi o primeiro psicoterapeuta a utilizar a arte e suas diversas formas (escultura, pintura, etc.) como forma de expressão do inconsciente no tratamento com pacientes psicóticos em razão de suas dificuldades ou incapacidades de fala. Ele começou a trabalhar com o fazer artístico, em forma de atividades criativas. Jung (1920) diz que a arte é uma expressão pura que existe para a demonstração do inconsciente de cada indivíduo, é liberdade de expressão, é criatividade, é sensibilidade, é vida. Carl Gustav Jung mostrava a forma como o homem deveria ser visto, como um todo, visto por inteiro. Através de experiências artísticas com seus pacientes e consigo mesmo, Jung pôde identificar várias causas das aflições, das angústias e das depressões expressas através dos símbolos feitos na arte de cada pessoa. Percebe-se que a grande busca de Jung (2011) era conhecer a si mesmo e o significado da vida, partindo da ideia de considerar o homem como um ser completo. Moreira (2006/2007) mostra que a arteterapia de abordagem junguiana tem como objetivo facilitar e ajudar na expressão e elaboração de imagens arquetípicas que são contextualizadas à situação de vida do indivíduo, levando em conta a história de vida do indivíduo e suas percepções pessoais. 3.4 A musicoterapia. No século V a.c, a musicoterapia foi utilizada pela primeira vez por Pitágoras para tratar doentes mentais, mas foi só em 1950 que foi realmente reconhecida no ramo da medicina como forma de terapia. A musicoterapia é uma ciência baseada em medicina, através das áreas de neurologia e psiquiatria, e música, através dos elementos musicais com o objetivo de

29 29 melhorar a qualidade de vida das pessoas que buscam ajuda para tratar ou prevenir alguma enfermidade. Essa forma de terapia possui três aspectos que são o desenvolvimento da auto-estima, a interação positiva do paciente com outras pessoas e a utilização do ritmo, que é o elemento básico e potente da música, como fonte causadora de energia e ordem, estimulando e orientando processos psicomotores que provocam a execução de movimentos controlados. De acordo com a Federação Mundial de Musicoterapia (1996): A musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia (1996) a musicoterapia tem como objetivo desenvolver os potenciais do indivíduo, restabelecendo suas funções, para que, através disso, ele possa alcançar uma melhor integração intrapessoal e/ou interpessoal e uma melhor qualidade de vida. A música não necessita passar pelos centros cerebrais que são responsáveis pela razão e pela inteligência do ser humano, pois ela é entendida e percebida pelas partes cerebrais que são responsáveis pelos estímulos, sentimentos, pelas sensações e emoções da pessoa, operando assim sobre o lado emocional humano. De acordo com Olivier (2011) para a aplicação da musicoterapia é necessário que alguns pontos sejam definidos, como, por exemplo, o tipo de

30 30 música que seja aceitável por cada paciente e específico a cada caso, a intensidade dos sons e da música, bem como sua modalidade. A musicoterapia é uma alternativa no tratamento de portadores de autismo, pois a música é utilizada em todas as suas formas com a participação ativa ou passiva do autista, fazendo com que haja crescimento em seu desenvolvimento. Através da musicoterapia o portador de ASD pode se comunicar de forma não verbal exprimindo seus sentimentos e desenvolvendo sua autoestima. São vários os benefícios do tratamento de autistas com a musicoterapia, entre eles a diminuição dos movimentos estereotipados, a promoção da satisfação emocional, a facilitação da comunicação verbal e não verbal, do contato tátil e visual, a ampliação da interação com o mundo, a facilitação da criatividade, a contribuição para organização do pensamento e para o desenvolvimento social, a diminuição da hiperatividade, além de outros benefícios A arteterapia e a musicoterapia como terapia para o autismo. São várias as dificuldades enfrentadas por crianças portadoras da Síndrome do Espectro do Autismo. Além de apresentarem problemas na socialização, no comportamento, na imaginação e na comunicação, ainda apresentam muitos problemas de aprendizagem por causa desses fatores citados. As artes visuais, a dança, a música e o teatro têm como finalidade a diminuição desses problemas e melhoram de forma significativa as condições de vida dessas crianças. A arteterapia e a musicoterapia geram muitos benefícios cognitivos e sociais aos portadores de ASD. De acordo com a Associação Americana de Arteterapia, essa forma alternativa de terapia ajuda, através do processo criativo, a melhorar o bem-estar mental, físico e emocional de cada indivíduo, na resolução de problemas e conflitos, no controle do comportamento, na autoestima e na autoconsciência, no desenvolvimento das habilidades interpessoais e na redução do estresse. A musicoterapia também ajuda o autista a demonstrar suas emoções e seus sentimentos e a resolver conflitos internos. Segundo Taylor e Paperte:

31 31...a música, por causa da sua natureza abstrata, desvia o ego e controles intelectuais e, constatando diretamente os centros mais profundos, revolve conflitos latentes e emoções, trazendo-os à tona, e que podem então ser expressos e reativados por meio dela. A música provoca em nós um estado que atua, de algum modo, como um sonho no sentido psicanalítico. (Taylor e Paperte, 1958, apud Ruud, 1990, p. 39). Através da musicoterapia, a criança portadora de autismo também desenvolve a linguagem não verbal, meio importante para o desenvolvimento da aprendizagem da mesma. De acordo com Ruud (1990), a linguagem não verbal é um dos fatores mais nítidos e desenvolvidos na utilização da musicoterapia. 3.6 A arteterapia e a musicoterapia no desenvolvimento de crianças autistas. O valor das expressões artísticas nas culturas humanas é historicamente reconhecido. Como atesta Andrade (2000, p. 13), a arte tem uma função simbólica, por criar substitutos da vida sem nunca descrever o real, permitindo ao homem expressar e ao mesmo tempo perceber os significados atribuídos à sua vida, na sua eterna busca de um tênue equilíbrio com o meio circundante. Assim, pois, a arte manifesta uma relação profunda do homem com o mundo. A arte terapia permite infinitas opções de reflexão e descoberta, favorecendo o equilíbrio emocional, desenvolvendo a criatividade e imaginação do portador de autismo, anulando suas tensões e trazendo suas emoções para

32 32 fora, além de seus temores e suas fantasias. Com a arte terapia, o equilíbrio psicológico é trabalhado e é percebido o desenvolvimento motor, social e intelectual, além de auxiliar no crescimento afetivo, psicomotor e cognitivo, pois permite a criação e a experimentação, o que gera o prazer de novas descobertas. Outros objetivos da arte terapia com crianças autistas são ajudar a intensificação do contato do indivíduo consigo mesmo, com os outros e com o mundo através das nossas funções de contato (escutar, falar, tocar, etc.) e propiciar uma conscientização não só no nível mental e cognitivo, mas organísmica, do organismo como um todo, no e por meio do vivido. Pessoas com autismo tem muita dificuldade na socialização, com vários níveis de severidade, algumas até se isolam em um mundo só delas, impenetrável, tendo o contato social prejudicado. Várias atividades feitas no processo terapêutico em arteterapia, ajudam no desenvolvimento da socialização do portador. Os jogos dramáticos em grupo, por exemplo, ajuda a desenvolver a desinibição, a integração de grupo, ajuda a aumentar a confiança em si e nos outros, além de vários outros benefícios. Portadores de autismo possuem distúrbios na comunicação, na fala, verbal ou não verbal, necessidade de uniformidade de rotina, comportamentos repetitivos e muita dificuldade de imaginação. As atividades que envolvem jogos dramáticos também ajudam no desenvolvimento da comunicação, e dos demais citados acima, os desenhos, as pinturas, as modelagens, o recorte e a colagem, entre várias outras atividades ajudam a criança com autismo a desenvolver a comunicação, a imaginação, a coordenação motora, a interação social, além de aumentar sua autoestima, sua independência e a percepção de si mesmo e do outro. A terapia através da música tem sido muito promissor em crianças com autismo, pois no autista a música atinge primeiro a emoção e depois passa para reações físicas. A musicoterapia permite a participação ativa de cada criança autista, pois através da música a criança pode ver, ouvir e tocar, ajudando o desenvolvimento dos sentidos, descobrir suas próprias capacidades e desenvolver relações com o meio em que vive ao imitar sons

33 33 e cantar e desenvolver a coordenação motora através do ritmo e do acompanhamento dos gestos e da dança.

34 34 CONCLUSÃO A arte terapia é um tratamento que usa como mediação o processo e a expressão artística. Ela propõe ao sujeito encontrar e elaborar um universo de imagens significantes de seus conflitos subjetivos. Ao focar no nível sensório motor, a arte terapia propõe a experiência dos potenciais internos de ação, utilizando recursos artísticos como canais expressivos explorando as funções de contato (escutar, falar, olhar, etc.) para intensificar o contato consigo mesmo e com um todo, melhorando também o nível de comunicação e expressividade. Um indivíduo portador do autismo pode desenvolver várias habilidades, como a socialização, a coordenação motora, a orientação espacial, a comunicação, a imaginação, dentre outras, gerando autoconfiança, independência e alta autoestima, fazendo com que aprenda a lidar com os desafios da vida cotidiana. O desenvolvimento físico, social e cognitivo é essencial para que o portador de ASD tenha sua independência e encontre sua felicidade.

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