- Três são os pressupostos para que se instaure a falência:

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1 FALÊNCIA - XV I - Introdução: - Constitui o patrimônio do devedor a garantia dos credores, e, em assim sendo, não cumprindo o devedor com as suas obrigações, poderá o credor promover perante o Poder Judiciário a execução de bens do patrimônio do devedor para a satisfação do seu crédito. Todavia quando o devedor possui um patrimônio menor do que as suas dívidas, poderão vir a ocorrer injustiças, se um dos credores, antecipando-se aos demais, de uma mesma categoria de crédito, vier a promover a execução, de forma que os bens arrecadados sejam destinados a satisfazer somente a totalidade do seu crédito, em detrimento dos demais credores, porque demoraram em excutir a dívida ou mesmo se ainda não vencida, nada receberão, pois exaurido estará o patrimônio do devedor; - Para evitar a situação acima descrita, o Direito, com o objetivo de proteger a todos os credores que estão numa mesma categoria, afasta a execução individual, prevendo a execução coletiva, de forma a abranger a totalidade dos credores, dos bens, do passivo e do ativo, devendo isto ser entendido por par condicio creditorum, o qual constitui o principio básico do direito falimentar; - Desta forma a falência é a execução coletiva do patrimônio do devedor empresário, o qual normalmente é uma pessoa jurídica revestida da forma de sociedade limitada ou anônima, na sua grande maioria. Deve ser observado que o Direito Falimentar refere-se ao conjunto de normas jurídicas a serem aplicadas à execução coletiva do devedor empresário, as quais não se aplicam ao devedor civil, uma vez que este está sujeito às regras da insolvência civil, estabelecidas no art. 748 e seguintes do CPC, enquanto que a falência é regida pela Lei , de , denominada Lei de Falência e Recuperação de Empresa LF, a qual em seu art. 200, revogou o Decreto-Lei nº 7.661, de 21 de junho de 1945, o qual disciplinava a falência e a concordata; II - Caracterização da falência: - Três são os pressupostos para que se instaure a falência: 1

2 a) que o devedor seja empresário individual ou sociedade empresária: - Estará sujeito ao regime da falência, em princípio, o devedor que exercer atividade econômica de forma empresarial, ou seja, o empresário (art. 1º/LF). Nos termos do art. 966/CC: considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Assim, não se submeterá ao regime falimentar a atividade econômica não empresarial, como as atividades elencadas no Único, do art. 966/CC; a sociedade simples (art. 982/CC, in fine), como as sociedades de profissionais liberais; a agricultura familiar que não tenha objetivo empresarial; as cooperativas (art. 4º, da Lei 5.764/71); e o profissional liberal. Também estão excluídas as entidades definidas no art. 2º/LF; - As operadoras de plano de privado de assistência à saúde sujeitam-se à falência, toda a vez que submetida à liquidação extrajudicial, decretada pela Agência Nacional de Saúde suplementar ANS, se constatar, no curso desta, que o ativo da massa não é suficiente para pagar pelo menos metade dos credores quirografários e outras despesas administrativas provenientes da liquidação extrajudicial ou se houver indícios de crime falimentar (art. 23/Lei 9.656/98).; - As companhias de seguro (art. 26/DL 73/66), sujeitando-se a um procedimento próprio de execução concursal, chamada de liquidação compulsória, a ser promovida pela Superintendência de Seguros privados Susep. Cabe a decretação da falência das seguradoras, quando for frustrada a liquidação compulsória, atualmente denominada extrajudicial, ou seja, quanto o ativo da seguradora não for suficiente para pagar pelo menos metade do passivo quirografário, devendo a falência, neste caso, ser requerida pelo liquidante nomeado pela Susep; b) Insolvência: - Para que seja decretada a falência, como pressuposto da insolvência, se faz necessário a ocorrência de um dos fatos estabelecidos no art. 94/LF, em relação à sociedade empresarial ou empresário individual: 1º) impontualidade injustificada (I, art. 94/LF): a impontualidade injustificada deve referir-se a obrigação líquida, representada em título executivo, judicial ou extrajudicial protestado, ou seja, qualquer título que possibilite a execução individual, de acordo com a legislação processual civil (art. 583 e 585/CPC), cuja soma ultrapasse ao equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos na data do pedido da falência. Se inexigível a obrigação, com base em um dos motivos elencados no art 96/LF, a omissão do pagamento não deve configurar a impontualidade ensejadora da decretação da falência. A prova da impontualidade é o protesto do título por falta de pagamento, a ser levado a efeito no cartório de protesto; 2

3 2º) execução frustrada ( II, art. 94/LF): se o empresário executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia è penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 3º) atos de falência: (III, art. 94/LF): revelam comportamentos praticados pelo empresário que presumem a insolvência do mesmo: a) a liquidação precipitada: quando o devedor vende de forma abrupta bens do ativo não circulante, indispensável às suas atividades (máquinas, mobiliário) ou quando emprega meios ruinosos (juros excessivos) ou fraudulentos para realizar pagamentos; b) o negócio simulado; c) a alienação irregular de estabelecimento: quando o empresário vende o seu estabelecimento sem o consentimento dos credores, e não conserva no seu patrimônio bens suficientes para pagar tais credores; d) a transferência simulada do principal estabelecimento: o empresário tem a liberdade de transferir o seu principal estabelecimento para onde entender conveniente. Entretanto se o objetivo da mudança não tem qualquer justificativa empresarial, e sim tem como causa prejudicar credores, dificultando o exercício dos seus direitos, a transferência é considerada simulada, caracterizando-se como ato de falência; e) a garantia real: quando o devedor dá ou reforça a garantia real a credor, por dívida contraída anteriormente, sem ficar com bens livres e desembaraçados para atender às suas dívidas; f) o abandono do estabelecimento empresarial por parte do representante legal da devedora, sem deixar outra pessoa com poderes e recursos suficiente para responder pelas obrigações sociais; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial c) Sentença declaratória da falência: o terceiro pressuposto, para a instauração do processo de execução concursal, é da prolação da sentença declaratória da falência, operando-se, assim, a dissolução da sociedade empresária falida, ficando os seus bens, contratos e credores submetidos ao regime jurídico da falência. III - Processo falimentar: 1. Generalidades: - A Lei /05 disciplina o processo da falência, aplicando-se, supletivamente, no que couber, a norma processual civil (art. 189/LF); 3

4 - A competência para a apreciação do processo de falência e da recuperação judicial, é do juízo do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil (art. 3º/LF), considerado como tal o estabelecimento onde se encontra concentrado o maior número de negócios da empresa; - O juízo da falência é universal, ou seja, todas as ações referentes a bens, interesses e negócios da massa falida serão processadas e julgadas pelo juízo em que tramita o processo da falência, exceto nas seguintes hipóteses: a) nas ações não reguladas pela lei falimentar, em que a massa falida venha a demandar como autora ou litisconsorte ativa, perante o juízo competente, nos termos da lei processual civil; b) nas reclamações trabalhistas, para as quais é competente a Justiça do Trabalho (art. 114/CF); c) nas execuções tributárias, uma vez que, nos termos dispostos no art. 187/CTN, a cobrança judicial do crédito tributário não se sujeita ao juízo falimentar; d) nas ações de conhecimento em que é parte ou interessada a União Federal, entidades autárquicas ou empresa pública federal, sendo competente nestes casos a Justiça Federal Deve ser observado que a competência para o processo da falência não se desloca para a Justiça Federal, caso a União tenha interesse na cobrança de um crédito (I, art. 109/CF); e) nas ações que demandam quantia ilíquida, independentemente da posição que vier a ocupar a massa falida na relação processual, caso já estivessem em tramitação ao tempo da decretação da falência, continuaram a ser processadas nos juízos aos quais haviam sido distribuídas ; 2. Pedido de Falência: - A fase, compreendida como pedido de falência, é conhecida como pré-falimentar, na qual verifica-se os dois pressupostos materiais da decretação da falência, ou seja a empresarialidade e a insolvência jurídica do empresário. Nesta fase, ainda não se estabelece a relação processual concursal. Caso não se verificarem estes pressupostos da decretação da falência, o juiz proferirá sentença denegatória, em caso contrário o juiz proferirá sentença declaratória da falência, instaurando a relação processual concursal; - Na forma do art. 97/LF, além do devedor ou seu sucessor, têm legitimidade ativa para o pedido de falência o seu sócio ou acionista e o credor. A LF impõe ao próprio devedor, quando estiver insolvente e considerar que não atende aos requisitos para pleitear a recuperação judicial, o dever de requerer a autofalência, sem que a omissão lhe venha a causar qualquer punição ou conseqüência; 4

5 - Os procedimentos para o pedido da autofalência e a sua decretação, estão regulados nos arts. 105 a 107/LF, e para os demais casos do pedido de falência e a sua decretação, os procedimentos estão regulados nos arts. 94 a 96, do art. 97, e art. 98/LF; - O prazo para a defesa do devedor é de 10 dias, contados a partir da citação (art. 98/LF e 241/CPC), podendo este, neste mesmo prazo, nos pedidos baseados nos inciso I e II, do art 94/LF, elidir a falência, depositando o valor do crédito reclamado, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios. Poderá a elisão ser acompanhada da defesa ou não. Na primeira situação a elisão tem um caráter de cautela, caso a defesa não convença o juiz, e no segundo equivale ao reconhecimento do pedido. Com o depósito fica afastada a possibilidade da decretação da quebra; - O Ministério Público não intervem de forma obrigatória em todos os pedidos de falência. A sua participação, como fiscal da lei e titular da ação penal, é compreensível somente após a decretação da falência, quando ocorrerem as hipóteses previstas na lei; 3. Sentença declaratória e denegatória da falência: - Com a prolação da sentença declaratória da falência pelo juiz, opera-se a dissolução da sociedade empresária falida, e desta forma os seus bens, contratos e credores ficam submetidos ao regime jurídico da falência, diverso do regime geral do direito das obrigações, por isto a doutrina entende que ela tem o caráter constitutivo; - Além dos requisitos normais que deve ter a sentença, ela, também, deverá conter: a) a identificação da falida, de suas atividades, dos seus representantes legais e a síntese do pedido; b) o termo legal da falência; c) determinação ao falido para entregar em cartório a relação dos seus credores; d) determinação de prazo para habilitação de créditos e) ordem de suspensão das ações e execuções contra o falido; f) proibição de prática de atos de disposição ou oneração de bens do falido, sem que haja prévia determinação judicial; g) as diligências a serem adotadas com o objetivo de salvaguardar os interesses das partes envolvidas, inclusive, se for necessário, a prisão dos representantes do falido se houver suspeita de crime falimentar; h) determinação à Junta Comercial para que faça a anotação da falência; i) nomeação do administrador judicial; j) determinação de expedição de ofícios a órgãos e repartições públicas, para que possam fornecer informações sobre bens do falido; l) ordem de lacração do estabelecimento do falido ou da continuidade provisória das atividades do mesmo; m) se for o caso, convocação da assembléia-geral; n) ordenará que seja intimado o Ministério Público e a comunicação por carta às Fazenda Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios que o devedor tiver estabelecimento para que tomem conhecimento da falência (art. 99/LF); 5

6 - O termo legal da falência constitui o período anterior á decretação da quebra, servindo como referência para apuração de atos praticados pela sociedade falida, como os que frustrem os objetivos do processo falimentar. Se o pedido for baseado na impontualidade injustificada ou execução frustrada, o termo legal não pode retrotrair por mais de 90 dias do primeiro protesto por falta de pagamento. Caso o pedido venha a ser fundamentado em ato de falência ou de autofalência, o termo legal não pode retrotrair por mais de 90 dias da petição inicial. Se for o caso de convolação em falência de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial homologada em juízo, o prazo não pode retrotrair por mais de 90 dias do respectivo requerimento; - A lei exige que se dê publicidade à sentença, fazendo com que ela seja publicada, no inteiro teor, juntamente com a relação dos credores, se já constar dos autos, no diário oficial, através de edital ( Único, art. 99/LF); que se intime da mesma o Ministério Público; e que se envie comunicação da quebra aos órgãos públicos acima mencionados; - Da sentença declaratória da falência cabe, sempre recurso de agravo de instrumento (art. 100/LF), nos termos do art. 524 a 525/CPC, tendo legitimidade a falida, o credor e o MP; - A sentença denegatória da falência pode ser fundamentada pela elisão do pedido, em função dos depósitos efetuados pelo devedor em atraso, e pelas razões articuladas na defesa apresentada pelo requerido. Desta decisão caberá o recurso de apelação, nos termos do Código de Processo Civil (art. 100/LF). Se a falência for requerida por dolo, será o requerente condenado na sentença, que julgar improcedente o pedido, a indenizar o requerido, nos termos do art. 101/LF; - A administração da falência cabe: a) ao magistrado: a quem compete presidi-la e supervisionar as ações do administrador judicial, cabendo-lhe, dentre outras funções autorizar a alienação antecipada de bens que sejam de fácil deterioração, desvalorização ou de custosa conservação; aprovar a prestação de contas do administrador judicial; o pagamento dos salários dos auxiliares deste e de outros atos administrativo. O juiz será auxiliado pelo promotor de justiça e pelo administrador judicial; b) ao administrador judicial (pessoa natural ou jurídica): compete auxiliar o juiz da massa falida, devendo, em nome próprio, cumprir com as funções determinadas na LF. É, também, o representante da comunhão de interesses dos credores Para fins penais é considerado funcionário público, e para os demais efeitos, tanto do direito civil como administrativo, ele é considerado agente externo, colaborador da justiça, nomeado pelo juiz, como pessoa da sua confiança. Responde pelos prejuízos 6

7 causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou culpa (art. 32/LF). Deve prestar contas de sua administração ao término do processo ou quando vier a deixar a sua função por renúncia, substituição ou destituição. Os incisos do art. 22/LF, determinam as suas atribuições; c) ao Ministério Público: intervir no processo como fiscal da lei, como por exemplo no pedido de restituição, com legitimidade para impugnar crédito ou para propor ação revocatória ou rescisória de crédito admitido. Também atua na condição de parte, como no oferecimento de denúncia por crime falimentar, bem como na condição de auxiliar do juiz na administração da falência, como na prestação de contas do administrador judicial, se houver impugnação de interessado; d) à Assembléia dos Credores: como em alguns casos os credores são chamados a se reunir para manifestarem os seus interesses, em reunião que se denomina Assembléia de Credores, compete a este órgão, nos termos do inciso II, do art. 35/LF: a) aprovar a constituição do Comitê de Credores, elegendo os seus membros; b) aprovar por 2/3 dos créditos, modalidades alternativas de realização do ativo; b) deliberar sobre qualquer matéria do interesse dos credores; e) ao Comitê de Credores: trata-se de um órgão consultivo e de fiscalização, e suas atribuições estão previstas no art. 27/LF. É facultativa a sua instalação, pois esta depende de determinação judicial, a ser estabelecida na sentença de quebra ou quando ela é deliberada por qualquer das classes dos credores na Assembléia. Integram-no um representante e dois suplentes de cada classe, escolhidos pela maioria dos que a compõem. 4. Efeitos da falência: - O efeito da decretação da falência da sociedade empresária é a sua extinção, operando-se assim a dissolução judicial da mesma, uma vez que a decisão do juiz, contida na sentença, instaura a liquidação do patrimônio social, com a realização do ativo para a satisfação do passivo, e desfaz todos os vínculos existentes entre os sócios ou acionistas; - Na maioria das vezes a decretação da falência acarreta a paralisação da atividade econômica. O juiz, na sentença de quebra, poderá autorizar a continuidade provisória da atividade, quando isto demonstrar ser útil ao cumprimento das finalidades da execução concursal O nosso direito admite a possibilidade da atividade continuar operando sob a titularidade de sociedade a ser constituída entre os credores, trabalhadores ou de terceiros que adquiram o estabelecimento da falida em bloco ou uma de suas unidades produtivas; a) Efeitos da falência em relação aos sócios : a sentença declaratória da falência produz os seguintes efeitos em relação aos seus sócios: 1. Que estão investidos de poder de representação legal da sociedade: têm encargos de colaboração com o processo de falência, não imputável aos sócios que 7

8 apenas subscreveram quotas ou ações do capital social, os quais não possuem qualquer participação da administração da empresa. Colaboram prestando informações e declarações, devendo manifestar-se em juízo em nome da sociedade empresária falida; 2. Que não estão investidos de poder de representação legal da sociedade ou que apenas subscrevem quotas ou ações do capital social: respondem pelas obrigações sociais na mesma extensão dos sócios diretores e administradores, sendo importante, neste aspecto o tipo societário adotado pela falida, ou seja: a) em sendo sociedade anônima ou limitada, e se o capital social está inteiramente integralizado, o acionista ou sócio não tem responsabilidade pelas obrigações sociais, assim os seus bens particulares não são envolvidos, de nenhum modo, no processo falimentar. Porém se o capital da falida não estiver totalmente integralizado, deverá o administrador judicial promover a ação judicial de integralização, e uma vez transitado em julgado a ação que condenar o acionista ou sócio ao cumprimento deste dever, dar-se-á a execução da sentença com a penhora do patrimônio do mesmo. Entretanto deve ser observada a regra da subsidiariedade da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, devendo os bens da sociedade falida serem vendidos antes dos penhorados em execução da sentença proferida na ação de integralização. Caso aqueles sejam suficientes para o pagamento dos credores, os bens dos sócios não serão vendidos, levantando-se a penhora; b) o art. 82/LF trata de situações excepcionais: a responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores de sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, como pode ocorrer na hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, como forma de impor uma sanção à conduta abusiva ou contrária à lei, onde não há qualquer subsidiariedade em relação aos bens da sociedade falida; c) caso se tratar de outro tipo de sociedade, com responsabilidade ilimitada dos sócios, os bens destes são arrecadados com os da falida, e no momento da liquidação deverão ser alienados, pela regra da subsidiariedade, primeiramente os da falida, e se não forem bastante para o pagamento dos credores, deverão ser alienados os bens destes sócios, suficientes para o pagamento do saldo restante. A atual LF, em seus arts. 81 e 190, especifica os efeitos da falência à pessoa do sócio, de responsabilidade ilimitada; d) o art. 179/LF, estabelece que na falência, na recuperação judicial e na recuperação extrajudicial de sociedade, os seus sócios, diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de direito, bem como o 8

9 administrador judicial, equiparam-se ao devedor ou falido para tos os efeitos penais decorrentes desta Lei, na medida de sua culpabilidade. ; - O sócio de uma sociedade limitada ou o acionista de uma sociedade anônima falida não está impedido de continuar a participar das demais sociedades de que faz parte, podendo, também, constituir uma nova sociedade ou ingressar numa outra. Entretanto o inciso II, do art. 35, da Lei nº 8.934/94, que dispõe sobre o registro público de empresas mercantis, veda o arquivamento dos documentos de constituição ou alteração de empresas mercantis de qualquer espécie ou modalidade em que figure como titular ou administrador pessoa que esteja condenada pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade mercantil. Da mesma forma o art. 181/LF estabelece tais efeitos resultantes da condenação por crimes previstos na mesma. Em outros tipos de sociedades, onde existe a responsabilidade ilimitada do sócio, como este fica impedido de administrar livremente os seus bens, não terá condições de subscrever ou adquirir quotas ou ações noutras sociedades, novas ou já existentes; b) Ineficácia dos Atos da Falida: o art. 129/LF relaciona as hipóteses dos atos que são ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeiro do devedor, seja ou não intenção de fraudar credores. Desta forma tais atos não produzem qualquer efeito jurídico perante a massa. São objetivamente ineficazes perante a massa falida, não havendo, assim, necessidade de prova da fraude do devedor ou de terceiro, ou que haja fraude. Basta que a prática do ato coincida com as condições objetivas descritas no referido dispositivo legal, adiante mencionadas, no tempo, também, especificado, como atos praticados pela sociedade empresária falida: 1. O pagamento, no transcorrer do termo legal da falência, de dívida não vencida, por qualquer meio extintivo do direito creditício: o que caracteriza o ato ineficaz perante a massa falida é a não exigibilidade da obrigação à época do pagamento. Desta forma é necessário desconstituir os efeitos do ato, para que o montante pago seja entregue à massa, atendendo assim o par condicio creditorum; 2. O pagamento dentro do termo legal da falência, de dívida vencida, por qualquer meio extintivo do direito creditício, salvo o pactuado entre as partes quando da criação da obrigação: neste caso o ato ineficaz é o pagamento de dívida vencida por forma diversa da contratada, como na dação em pagamento de bens do ativo imobilizado de valor superior ao débito, em pagamento de duplicata que se vence no termo legal; 3. A constituição, dentro do termo legal da falência, de direito real de garantia, tratando-se de dívida contraída anteriormente: a intenção da lei é não permitir que seja atribuído ao credor quirografário tal garantia, de forma que o mesmo venha a ser promovido à classe preferencial, na ordem de classificação dos credores; 4. A prática de atos a título gratuito, desde 2 anos antes da decretação da falência: como a sociedade empresária tem objetivos lucrativos, não se justificam atos de mera liberalidade; 9

10 5. A renúncia à herança ou legado, até 2 anos antes da decretação da falência: neste caso o ato ineficaz é a renúncia com cunho patrimonial; 6. A venda ou transferência de estabelecimento efetuado sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existente, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo: para que não ocorra a ineficácia do ato de alienação é necessário que haja o consentimento expresso dos credores ou se dentro de prazo de 30 dias, não houver oposição destes, após serem notificados (judicial ou extrajudicial), ou que seja mantido bens para o pagamento do passivo; 7. O registro no Cartório de Imóveis de direito real de constituição de garantia ou de transferência de propriedade de imóvel por ato inter vivos, por título oneroso ou gratuito, posterior à decretação da falência, salvo prenotação anterior: neste caso a lei falimentar retira a eficácia do ato registrário tardio perante a massa falida; - O art. 130/LF estabelece que são revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. Neste caso a norma não é casuística como no dispositivo precedente. Existe a subjetividade do ato danoso e, portanto, deve ser provado, sendo irrelevante a época em que o mesmo foi praticado, devendo ser demonstrado, para a revogação do ato, que a devedora e terceiro agiram com fraude, com a intenção de prejudicar credores ou inibir os objetivos da falência; - A declaração da ineficácia objetiva do ato, de acordo com o Único, do art. 129/LF, pode ser feita de ofício pelo juiz, mediante mero despacho, quando alegada em defesa, ou pleiteada mediante ação própria ou incidentalmente no curso do processo. Quando se tratar de revogação do ato, a sua declaração deve ser obtida através de ação própria denominada revocatória (art. 132 a 138/LF), a ser processada pelo rito ordinário, num prazo de até 3 anos a contar da declaração da falência, sendo competente o juiz da falência. Da decisão que julga esta ação cabe o recurso de apelação c) Efeitos em relação aos contratos do falido: - Os contratos bilaterais não se resolvem com a falência, podendo ser executados pelo administrador judicial, se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida, ou se for necessário à manutenção e preservação de seus ativos (art. 117/LF). Pelas mesmas razões o administrador judicial poderá dar cumprimento a contrato unilateral (art. 118/LF). A deliberação sobre o cumprimento ou resolução do contrato unilateral ou do bilateral, será feita pelo administrador judicial e o comitê, onde aquele submete a este a proposta de adimplir ou resolver tais contratos, o qual caberá, por voto da maioria de seus membros, autorizar ou não o cumprimento do contrato, acolhendo ou rejeitando a proposta do administrador judicial. Nas falências onde não existir o comitê, o administrador 10

11 judicial, isoladamente, deve decidir o que entende ser mais conveniente para a massa falida; - Nos termos dos do art. 117/LF, o contratante poderá interpelar o administrador judicial, num prazo de até 90 dias, contados da assinatura do termo de sua nomeação para que, dentro de 10 dias, declare se cumpre ou não o contrato. A declaração negativa ou o silêncio, findo o prazo, dá ao contratante o direito de requerer a indenização pelos danos provocados, cujo valor a ser apurado no processo ordinário, constituirá crédito quirografário ; - Outras regras para determinadas categorias de contratos, estão estabelecidas no art. 119 a 121/LF. Os contratos de trabalho em que o falido for o empregador não se rescindem com a falência. O que rescinde tais contratos é a cessação das atividades da empresa falida. Aplica-se aos contratos de trabalho o disposto no art. 499/CLT: os direitos oriundos da existência de contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa ; d) Prescrição das obrigações da falida: - Com a decretação da falência a prescrição das obrigações da falida se suspende, voltando a fluir, pelo prazo restante, com o trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência. No entanto, não se suspende a prescrição das obrigações onde a falida era credora. Em relação ao prazo decadencial, não se opera a suspensão, em decorrência da decretação da quebra, nas obrigações em que a falida ocupa a posição de sujeito passivo ou ativo; e) Efeitos da falência em relação aos credores da sociedade falida: - Uma vez decretada a quebra, a execução concursal passa a ser o exclusivo processo judicial de cobrança do direito de crédito, com exceção do credor fiscal, que vem a desfrutar de garantia de não participar do concurso dos credores. O credor deverá buscar o pagamento que lhe é devido pela falida através do juízo falimentar, via de regra nos autos do processo de falência, onde será dado o tratamento paritário, assegurando a igualdade entre credores da mesma natureza, dentro de uma ordem hierárquica de atendimento dos créditos, de acordo com as preferências estabelecidas em lei; - Estão excluídos da falência os créditos que tiverem origem: a) em obrigações a título gratuito; b) provenientes despesas judiciais, como custas e honorários advocatícios, despendidos pelos credores para habilitação da declaração de créditos na falência, exceto se tais despesas forem efetuadas pelo credor, porque não possuindo título líquido e certo, teve que promover prévia ação de conhecimento contra a massa falida para obtê-lo, e assim tais despesas serão habilitados na falência; c) os créditos decorrentes das multas contratuais 11

12 ou penas pecuniárias, cuja constituição decorre da decretação da quebra do devedor, exceto se tais créditos já estavam constituídos antes da decretação da falência, podendo neste caso ser reclamados no processo da falência; - A sentença declaratória da falência produz os seguintes efeitos em relação aos credores: a) formação da massa falida subjetiva (massa passiva ou dos credores): é o sujeito de direito despersonalizado voltado à defesa dos interesses gerais dos credores de uma sociedade empresária falida, não é pessoa jurídica apta a praticar atos jurídicos em geral. Trata-se de um sujeito de direito despersonalizado, o qual apenas pode praticar atos compatíveis com as suas finalidades. Deve ser esclarecido que na lei vamos encontrar, também, um outro sentido para a expressão massa falida, ou seja, o objetivo, determinado como massa falida objetiva (massa ativa), o qual constitui o conjunto de bens arrecadados do patrimônio da sociedade falida; b) suspensão das ações individuais em curso contra a sociedade falida: tem por objetivo evitar a duplicidade de execuções, ou seja, a individual e a concursal, as quais têm a mesma finalidade. Desta forma, suspendem-se as execuções em que seja executada a sociedade falida, devendo ser observado que naquelas em que esta seja exeqüente a execução deverá continuar. Exceções a esta regra são: a) as execuções fiscais, as quais terão prosseguimento normal, mesmo com a instauração da execução concursal, uma vez que o art. 187 CTN determina que o crédito tributário não participa de concurso de credores; b) execuções individuais com hasta já designada; c) execução individual com hasta já realizada; c) suspensão da fluência dos juros: somente os juros devidos à data da decretação da quebra podem ser cobrados da massa, após não mais correm juros enquanto não se paga o principal corrigido a todos os credores. Estes somente serão pagos, se a totalidade das dívidas da massa e dos credores forem pagos e sobrarem recursos. Exceções a esta regra são as obrigações com garantia real. Assim se o bem onerado suportar, serão pagos os juros posteriores à quebra, bem como os juros aos credores debenturistas, titulares de debêntures com garantia real; d) vencimento antecipado dos créditos contra a sociedade falida: as obrigações ainda não vencidas na data da quebra, vencem antecipadamente nesta data, devendo ser abatidos os juros legais e outras taxas convencionadas entre as partes; 5. O processo falimentar: - Após o pedido de falência, será proferida a sentença denegatória ou declaratória da mesma, através da qual se instaura a execução concursal, dando início à fase de conhecimento, onde ocorrerá a apuração judicial do ativo e passivo do devedor, a realização do ativo e o pagamento do passivo admitido, e o conseqüente encerramento da falência. Também, nesta fase, encontramos outros procedimentos como a arrecadação dos bens encontrados nos estabelecimentos da falida; depósito em cartório 12

13 dos livros obrigatórios da falida; embargos de terceiros; pedidos de restituição e outros procedimentos. Estes procedimentos, pelo grau de importância, serão analisados a seguir: a) Pedido de Restituição: - A apuração do ativo da falida constitui o objetivo do processo falimentar, a qual somente será implementada com a arrecadação dos bens da devedora e com o procedimento da restituição. Aquele representa a constrição judicial do patrimônio da executada, abrangendo todos os bens de sua propriedade, onde são arrecadados bens que se encontram na posse da falida, inclusive os que estão na posse da mesma mas que não são de sua propriedade (locatária, comodatária ou depositária). Desta forma a definição do ativo é atingida pela restituição de tais bens aos seus legítimos proprietários, destacando-se da massa falida para serem restituídos aos seus titulares, devendo o proprietário do bem arrecadado pedir a sua restituição (art. 85/LF). Estão compreendidos nestes bens a serem restituídos, as mercadorias entregues ao devedor nos 15 dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada ( único, art. 85/LF), bem como os bens ou valores, nos termos do art. 136/LF. Devendo proceder à restituição em dinheiro, nas hipóteses estabelecidas nos incisos do art. 86/LF. O procedimento do pedido de restituição está previsto nos arts. 87 a 92/LF. Caso não caiba o pedido de restituição fica resguardado o direito dos credores de propor embargos de terceiros, nos termos da legislação processual civil (art. 93/LF); b) Verificação dos créditos: - Nos termos do inciso III, do art. 99/LF, a sentença que decretar a falência, ordenará ao falido que apresente, sob pena de desobediência, no prazo de 5 dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, porque apresentada pelo devedor (III, art. 105/LF). Não apresentada a lista dos credores, pelo devedor, o administrador judicial deverá apresentar. Juntada aos autos a relação nominal dos credores, elaborada pelo falido ou pelo administrador judicial, será ela publicada no Diário Oficial. Caso a mesma conste dos autos, por ocasião da publicação da sentença declaratória da sentença, ambas serão publicadas simultaneamente por edital; - Nos 15 dias seguintes à publicação da relação dos credores, estes deverão conferi-la, sendo os que não estiverem nela relacionados deverão apresentar a habilitação dos seus créditos junto ao administrador judicial. Não deverá apresentar a habilitação o credor fiscal, uma vez que não participa do concurso, bem como os titulares dos créditos remanescentes da recuperação judicial, caso tinham sido incluídos no quadro geral de credores, antes da convolação em falência. Caso o credor venha a discordar do valor do seu 13

14 crédito ou da classificação do mesmo, constante na relação, ele deverá apresentar a divergência junto ao administrador judicial; - Compete ao administrador judicial a verificação dos créditos, tendo como ponto de partida a publicação da relação dos credores e os demais documentos que tiver acesso, inclusive a escrituração da falida. Ele deverá confrontá-los com as habilitações ou divergências, e assim poderá aceitá-las ou não. Na primeira hipótese ele introduz a correção na republicação da relação dos credores, e, na segunda, republica sem fazer a correção. A republicação, também, será feita por edital, constando o local e horário em que qualquer interessado poderá ter acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração e revisão da relação dos credores; - O prazo para a republicação da relação dos credores é de 45 dias, contados do término do prazo para habilitação ou apresentação de divergência. Nos 10 dias seguintes à republicação, qualquer credor credor, o comitê, a falida ou o seu sócio, ou o ministério público, pode apresentar ao juiz impugnação contra a relação de credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou manifestação contra a legitimidade ou classificação de crédito relacionado (art. 8º/LF). A impugnação deverá ser elaborada por petição, a ser assinada por advogado, juntando os documentos pertinentes, indicando as provas que se pretende produzir e será autuada, em separado, e processada nos termos do art. 13 a 15/LF. Da decisão judicial sobre a impugnação caberá agravo (art. 17/LF); - Uma vez transitadas em julgado todas as sentenças, o administrador judicial, com base na relação republicada e no resultado das impugnações, consolida o quadro geral dos credores, o qual mencionará a importância e a classificação de cada crédito na data da decretação da falência, e o submete à homologação do juiz. Uma vez assinado, pelo juiz e administrador judicial, o quadro geral de credores será juntado aos autos e publicado nos 5 dias, contado da data da sentença que houver julgado as impugnações (at. 18, único/lf). Caso não haja impugnação, o juiz homologa a republicação como quadro geral de credores e determina nova publicação, encerrando-se o procedimento de verificação de crédito; 6. Liquidação: - Deve ser entendido como liquidação um conjunto de atos visando a realização do ativo, ou seja, a venda dos bens arrecadados e cobrança dos créditos da falida, e a satisfação do passivo da falida, consistente no pagamento dos credores, de acordo com a natureza do crédito; a) Venda de bens: - Os bens arrecadados serão vendidos da seguinte forma: a) venda ordinária: na forma do art. 140/LF, seguindo a ordem de preferência estabelecida nos incisos deste dispositivo legal, podendo ocorrer a venda sob uma 14

15 das modalidades estabelecidas no art. 142/LF. Em qualquer das modalidades escolhida se faz necessário a intimação do MP, sob pena de nulidade; b) venda extraordinária: quando não forem observados os parâmetros estabelecidos e especificados nos retro mencionados dispositivos legais, nos termos dos arts. 144 e 145/LF; c) venda sumária: quando o valor dos bens, por serem irrisórios, não justificar o custo das modalidades precedentes, é admitida a venda sumária (art. 111/LF); - Nos termos do inciso II, do art. 141/LF, nas vendas ordinárias, não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive de natureza tributária, trabalhista e de acidente de trabalho. Também não ocorrerá sucessão, nos termos do art. 145, 1º/LF, às sociedades constituídas pelos credores ou trabalhadores da falida para a continuação da atividade; - A norma falimentar prevê a oportunidade de impugnação pelo credor, falida ou MP. O prazo de apresentação da impugnação é de 48 horas, contados da arrematação, devendo o juiz decidir em 5 dias; b) Pagamentos: - São quatro as espécies de beneficiários de pagamento na falência, devendo pagar em primeiro lugar, os credores da massa falida; em segundo, os titulares de direito à restituição em dinheiro; em terceiro, os credores da falida; e em quarto, os sócios da falida, e dentro de cada espécie distinguem-se classes e subclasses de beneficiários de pagamentos: a) Credores da massa: são conhecidos como créditos extraconcursais, relacionados pela ordem no art. 84/LF, provenientes da administração da massa falida; b) Restituição em dinheiro: se o bem a ser restituído não mais existe ou se o bem a ser restituído, e que está de posse da sociedade falida sem ser de sua propriedade, é dinheiro; c) Credores da sociedade falida: neste caso o pagamento deverá ser obedecido a seguinte ordem de classificação: Empregados e equiparados: os titulares de direito à indenização por acidente do trabalho, causado por culpa da falida; créditos trabalhistas de qualquer origem, até o limite de 150 salários mínimos por credor (art. 83, I/LF); os representantes comerciais autônomos, pelas comissões e indenização devida pela representada (art. 44, da Lei 4.886/650); CEF, pelo FGTS (art. 2º, 3º, da Lei 8.844/94); Credores com garantia real: até o limite do valor do bem gravado (art. 83, II/LF). Os titulares de garantia real integram a categoria dos credores que não se submetem a rateio, uma vez que têm o seu direito ao crédito atendido com 15

16 o produto dos bens sobre os quais recai a garantia real (hipotecário, pignoratício, caucionados) Fisco: os créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias (III, art. 83/LF); Credores com privilégio especial: são os definidos no inciso IV, do art. 83/LF e não estão sujeitos a rateio. Vendido o bem sobre o qual recai o privilégio, o produto será destinado de forma prioritária ao atendimento deste crédito; Créditos com privilégio geral: definidos no inciso V, do art. 83/LF. Estão sujeitos a rateio, e assim se o dinheiro existente for insuficiente à satisfação do total devido aos admitidos ou reclassificados na classe em questão, deverá ser efetuado o pagamento parcial em favor de cada credor, proporcional ao crédito; Créditos quirografários: definidos no inciso VI, do art. 83/LF. Também estão sujeitos a rateio, como os das classes subseqüentes, ou seja, os definidos nos incisos VII e VIII, de referido dispositivo legal; 8. Encerramento da falência: - Com o último pagamento ou com o exaurimento dos recursos da massa, o administrador judicial deverá apresenta a sua prestação de contas, num prazo de 30 dias, e uma vez processadas e julgadas as contas, o mesmo terá 10 dias para submeter ao juiz seu relatório final, onde constará o valor do ativo e o produto de sua realização, como também o do passivo e o dos pagamentos feitos aos credores, bem como deverão constar as responsabilidades que continuam sendo da falida, ou seja, o saldo não pago dos créditos admitidos, após o que o juiz profere a sentença de encerramento da falência, da qual cabe o recurso de apelação. 16

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