L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 2ª ª-
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1 DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 2ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1
2 DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME 2
3 Teoria do crime INFRAÇÃO PENAL; Critério bipartido; Art. 1 da LICP Crime é infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção. A contravenção é a infração penal que a lei comina pena de prisão simples;
4 CONCEITO DE CRIME; Teoria do crime Tibério Deciano, formulação sistemática do delito, em 1590, fato humano proibido por lei, sob ameaça de pena, para o qual não se apresentava justa causa para a escusa. É o fato humano proibido pela lei penal*; Conceito material de crime; O crime é um fato humano que lesa ou expõe a perigo bens jurídicos protegidos; É o fato humano lesivo a um interesse capaz de comprometer as condições de existência, e desenvolvimento da sociedade * *conceitos inspirados em BETTIOL
5 REVISÃO PARTE ESPECIAL E PARTE GERAL 1 - Disposições genéricas aplicação da lei penal, concurso de agentes, concurso de crimes, medida de segurança, ação penal, extinção de punibilidade; 2 - Infrações Penais em espécie normas penais incriminadoras e sanções correspondentes sistematizado de acordo com o bem jurídico atingido;
6 TEORIA GERAL DO CRIME REVISÃO CRIME É : FATO TÍPICO CONDUTA - DOLO E CULPA NEXO CAUSAL/NEXO DE IMPUTAÇÃO RESULTADO TIPICIDADE
7 REVISÃO TEORIA DO CRIME TEORIA GERAL DO CRIME ANTIJURÍDICO ESTADO DE NECESSIDADE LEGITIMA DEFESA ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO CULPÁVEL RESPONSÁVEL INELEGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE IMPUTABILIDADE
8 Teoria do crime CONDUTA: A conduta é um comportamento humano dirigido a uma finalidade(vontade dirigida a um fim) RESULTADO: É a materialização da situação hipotética descrita no tipo;
9 NEXO CAUSAL: Teoria do crime Nexo causaléovínculo existente entre a conduta do agente e oresultado por ela produzido Art. 13 considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (como ocorreu); O agente não deve interferir na cadeia causal O exemplo do galho de árvore!! Teoria da equivalência dos antecedentes: Tudo o que contribui para o resultado é causa desse resultado. Desde que a conduta contribua para o resultado, será causa do mesmo. Regresso Infinito:
10 Teoria do crime NEXO CAUSAL: b) da causalidade adequada, que considera causa do evento apenas a ação ou omissão do agente apta e idônea a gerar o resultado. Segundo o que dispõe essa corrente, a venda lícita da arma pelo comerciante não é considerada causa do resultado morte que o comprador produzir, pois vender licitamente a arma, por si só, não é conduta suficiente a gerar a morte. Ainda é preciso que alguém que efetue os disparos que causarão a morte. É censurada por misturar causalidade com culpabilidade;
11 Teoria do crime NEXO CAUSAL: c) da imputação objetiva, pela qual, para que uma conduta seja considerada causa do resultado é preciso que: 1) o agente tenha, com sua ação ou omissão, criado, realmente, um risco não tolerado nem permitido ao bem jurídico; ou 2) que o resultado não fosse ocorrer de qualquer forma, ou; 3) que a vítima não tenha contribuído com sua atitude irresponsável ou dado seu consentimento para o ocorrência do resultado.
12 Teoria do crime TIPICIDADE: Zafaroni: O tipo penal é um instrumento legal, logicamente necessário e de natureza predominantemente descritiva, que tem por função a individualização de condutas humanas penalmente relevantes CONDUTA(DOLO E CULPA):
13 Teoria do crime O dolo: Art Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo Dolo é a vontade e consciência dirigidas a realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador; Dolo é uma vontade determinada que pressupõe conhecimento determinado; Consciência Saber o que está fazendo; Vontade atua com dolo aquele que mesmo não querendo de forma direta aceita o resultado e não se importa com a ocorrência;
14 Teoria do crime TEORIA DO DOLO: DOLO DIRETO / DOLO EVENTUAL /DOLO ALTERNATIVO Dolo direto, específico à conduta que o agente se presta. Dolo indireto - Em dolo alternativo e eventual. Dolo eventual o agente não se importa com o resultado, assumindo assim o risco de produzi-lo (adotado pelo código); Alternativo é aquele em que o agente, mesmo não se importando com o resultado (conforme o eventual), já assumiu o risco de produzi-lo, não importando porém com a gravidade de sua conduta. Ex. O agente quer lesionar ou matar, não se importando com o resultado que possa produzir.
15 Teoria do crime TEORIA DO DOLO: Teoria da vontade é a teoria adotada no Código Penal. VONTADE + CONSCIÊNCIA Art cp ELEMENTOS DO DOLO: Consciência ou Representação: a) conduta; b) resultado; c) nexo causal entre conduta e resultado; objetivo do crime; d) meios empregados e conseqüências necessárias da conduta delituosa. Vontade é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
16 Teoria do crime CULPA COSCIENTE x DOLO EVENTUAL DISPUTAS DE RACHA: Entendimento do STJ é incoerente; CULPA IMPRÓPRIA: 1 DO ART. 20 CP. Descriminantes putativas Por política criminal decidiu o legislador que na presença de um erro putativo inevitável, o agente responde a título de culpa.
17 REVISÃO TEORIA DO CRIME TEORIA GERAL DO CRIME ANTIJURÍDICO ESTADO DE NECESSIDADE LEGITIMA DEFESA ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
18 Teoria do crime Estado de necessidade Art. 24 do CP - Quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. Perigo atual não provocado pela vontade do agente. Bem jurídico do agente ou de terceiro ameaçado. Inexigibilidade de sacrifício do bem jurídico ameaçado (o bem jurídico ameaçado é de valor igual ou superior ao bem jurídico a ser sacrificado). Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo. Conhecimento da situação de perigo (elemento subjetivo da excludente). Ex. Titanic!!!
19 Teoria do crime Legitima Defesa Art. 25 do CP - a defesa necessária utilizada contra uma agressão injusta, atual ou iminente, contra direito próprio ou de terceiro que inclui sempre o uso moderado, proporcional e necessário. agressão injusta, que esteja em curso ou na iminência de ocorrer; a repulsa, utilizando-se os meios necessários; a moderação no uso dos meios de defesa; o conhecimento da agressão e a consciência de sua atualidade ou iminência e de seu caráter injusto (elemento subjetivo). Ex. Davi e Golias!!!
20 Teoria do crime Estrito cumprimento do dever legal Art. 23 do CP -consiste na realização de um fato típico, por força do desempenho de uma obrigação imposta por lei, nos exatos limites dessa obrigação". Ex. Jack Bauer!!!
21 Teoria do crime Exercício regular de um Direito Art. 23 do CP Faculdade de agir atribuída pelo ordenamento jurídico (lato sensu) a alguma pessoa, pelo que a prática de uma ação típica não configurando um ilícito. a correção dos filhos por seus pais; prisão em flagrante por particular; penhor forçado (art. 779 do CP); no expulsar, na defesa em esbulho possessório recente Caco de vidro no muro????
22 REVISÃO TEORIA DO CRIME TEORIA GERAL DO CRIME CULPÁVEL RESPONSÁVEL INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE IMPUTABILIDADE
23 Teoria do crime Inexigibilidade de conduta diversa: Como causas excludentes da exigibilidade de conduta diversa, a doutrina costuma apontar a Coação Moral Irresistível e a Obediência Hierárquica. Consiste na expectativa social de um comportamento diferente daquele que foi adotado pelo agente. Somente haverá exigibilidade de conduta diversa quando a coletividade podia esperar do sujeito que tivesse atuado de outra forma Fernando Capez.
24 Teoria do crime Inexigibilidade de conduta diversa: Art. 22 do CP Coação Moral irresistível e obediência hierárquica. Causa supralegal de exclusão de culpabilidade; Ex: a pessoa clara e induvidosamente ameaçada e a perigo;
25 Teoria do crime Potencial conhecimento da ilicitude Art. 21 erro de proibição aceitável, desculpável, escusável Possibilidade de que o agente tenha, no momento da ação ou omissão, conhecimento do caráter injusto do fato. O juiz se orienta por aspectos objetivos (meio social do agente, tradição e costumes locais, formação cultural, nível intelectual, resistência emocional e psíquica, etc...)
26 Teoria do crime Potencial consciência da ilicitude: ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE TIPO Apreciação equivocadasobre Interpretação distorcida a injustiça do que ato da realidade (ñ vislumbra (interpretação distorcida no tipo fatos descritos da norma); como elementares ou circunstâncias; Exclui consciência da ilicitude, podendo excluir da culpabilidade; Exclui o dolo;
27 Teoria do crime Imputabilidade: Art. 26 Causa de isenção de pena; Ao tempo da ação ou da omissão era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do ato, ou determinar-se segundo o próprio entendimento;
28 DOSIMETRIA PENAL A dosimetria da pena encontra-se prevista no Título II, Capítulo III, arts. 59 a 76 do Código Penal (Decreto-lei 2.848, de ) e intitula-se "DA APLICAÇÃO DA PENA. No art. 68, "caput" e seu parágrafo único, estão as regras com as quais deverá o juiz proceder à dosagem da pena a ser cominada ao condenado 28
29 DOSIMETRIA PENAL Todos os crimes apresentam um pena em abstrato, com uma previsão em aberto. Homicídio Simples: 6 a 20 anos. Pena em abstrato Cálculo em concreto Dosimetria Penal / Artigo 68 c/c 59 a 76 29
30 DOSIMETRIA PENAL DOSIMETRIA 30
31 DOSIMETRIA PENAL NELSON HUNGRIA PRECONIZOU O SISTEMA TRIFÁSICO: 1 Circunstâncias Judiciais; ( Art. 59 ) 2 Circunstâncias Legais; (Art. 61 a 65) 3 Circunstâncias Causais; (Art. 14, 16, 29, 69, etc) 1 e 2 Penas Provisórias 3 Pena Definitiva 4 Mudanças de Regime; (Penas Alternativas) ou suspensão condicional da pena não faz parte da dosimetria penal 31
32 DOSIMETRIA PENAL NELSON HUNGRIA PRECONIZOU O SISTEMA TRIFÁSICO: primeira fase: analise da circunstâncias judiciais circunstâncias constantes do art. 59 do CP. Ao final da primeira fase é fixada a pena-base. segunda fase: analise das circunstâncias legais circunstâncias agravantes ou atenuantes previstas nos arts. 61 e segs. do CP ao final fixa-se a pena provisória terceira fase: analise das causas de aumento ou diminuição de pena, encontradas na parte geral e parte especial São expressas por frações (aumenta-se da metade, diminui-se de dois terços, etc) a pena resultante deste processo será a pena final 32
33 DOSIMETRIA PENAL A dosimetria faz parte do processo de conhecimento: Processo de conhecimento Trabalha com uma crise de certeza e vai findar incerteza SENTEÇA Trans. Em julgado. Processo de execução Trabalha com uma crise de satisfação e o juiz vai agredir a esfera material do cidadão direito a liberdade Processo Cautelar situações q não podem esperar o desenrolar do processo Periculum in libertat fumus bom iuris 33
34 DOSIMETRIA PENAL Pode-se Fixar a pena-base aquém do mínimo ou além do máximo descrito na lei? Corrente usada hodiernamente: 1 Fase: não se supera nem o mínimo nem mesmo o máximo 2 Fase: para beneficiar o Réu, não se pode superar o máximo, mas sim o mínimo 3 Fase: Pode-se superar o máximo, como também o mínimo 34
35 DOSIMETRIA PENAL 1 Circunstâncias Judiciais; ( Art. 59 ) Não existe quantum legal fica a critério do juiz; Culpabilidade: Reprovabilidade Social da Conduta; Antecedentes: Reincidente? Conduta Social: Como o réu se dá na sociedade que o cerca; Motivos: As razões que o levaram a cometer a conduta anti- social; Circunstâncias do Crime: Conseqüências: Resultado desproporcional terrível Pesonalidade: Modo como a pessoa se apresenta; Comportamento da vítima: se está de alguma forma contribuiu para o fato 35
36 DOSIMETRIA PENAL 1 Circunstâncias Judiciais; ( Art. 59 ) CULPABILIDADE DO SENTENCIADO : dimensionar a culpabilidade pelo grau de intensidade da reprovação penal Dois dos elementos da culpabilidade: o potencial conhecimento da ilicitude a exigibilidade de conduta diversa É um exame de valoração, de graduação que deveráexpressaro plus da conduta típica Expressões utilizadas em sentenças "o agente ter agido de má-fé, sem importar-se com seu semelhante que sofreu o prejuízo 36
37 DOSIMETRIA PENAL CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS: CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES: Circunstâncias presentes nos arts. 61 e 62 do Código Penal somente; Não majora a pena acima do máximo legal; CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES: Previstas no art. 65 e ainda no art. 66 (previsão de uma atenuante genérica ) do CP Não reduz a pena abaixo do mínimo legal Como quantificar às circunstâncias: Não há disposição legal Jurisprudência 1/6 da pena mínima in abstrato 37 Ao final tem-se a fixação da pena provisória
38 CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS: Compensação: DOSIMETRIA PENAL É possível a compensação das agravantes com atenuantes. Pois tais causas estão previstas na mesma fase: Fase Legal. É vedado a compensação inter-fases Somente a reincidência alcança crimes dolosos e culposos. 38
39 DOSIMETRIA PENAL CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES: Reincidência x Antecedentes: Súmula 241 STJ A reincidência Penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial Deve se considerar a Reincidência apenas na fase legal; Caso haja mais de uma reincidência ai sim pode-se considerar na fase judicial, como maus antecendentes; 39
40 DOSIMETRIA PENAL CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES: Nominadas X Inominadas Art. 65 X Art. 66 Para que não tenha motivos de beneficiamento que fiquem de fora da análise do Juiz. 40
41 RESUMÃO: DOSIMETRIA PENAL Constatar se o crime é qualificado ou simples, antes de iniciar à dosimetria. A dosagem deve partir sempre do limite mínimo, nem um dia a menos, nem um dia a mais. Explicar e justificar cada operação de aumento/diminuição causa agravante/atenuantes. Aplicar na primeira fase as circunstâncias judiciais(art. 59), não podendo fixar pena além do Máximo e aquém do mínimo(sumula STJ). Justapor as circunstâncias atenuantes e agravantes, estabelecendo a quantidade de cada aumento ou diminuição sem exceder o mínimo e o Maximo, 41 fundamentando.
42 TERCEIRA FASE: DOSIMETRIA PENAL Análise das causas de aumento ou diminuição de pena, Encontradas na parte geral e parte especial São expressas por frações (aumenta aumenta-se da metade, diminui-se de dois terços, etc) a pena resultante deste processo será a pena final 42
43 DOSIMETRIA PENAL Encontrarem-se dispersas no Código Parte geral Ex.: tentativa, concurso formal, crime continuado Parte especial Ex.: art º, art º 2º Facilmente identificáveis sempre expressas por uma fração (aumenta-se da metade, diminui-se de um a dois terços, etc). Ordem de aplicação: primeiramente são aplicadas as causas de aumento de pena e, em seguida, as causas de diminuição de pena.a causa de diminuição de pena em razão da tentativa (art. 14,II, do CP) será sempre a última a ser aplicada. Pena pode ultrapassar os limites mínimos e máximos 43
44 DOSIMETRIA PENAL As causas de aumento e diminuição de pena são os últimos elementos a serem levados em conta na fixaçãoda pena. Apesar de encontrarem-se dispersas no Código (tanto na parte geral v.g. tentativa, concurso formal, crime continuado como na parte especial v.g. art. 157, 2º, do CP), são facilmente identificáveis por virem sempre expressas por uma fração (aumenta-se da metade, diminuise de um a dois terços, etc). Primeiramente são aplicadas as causas de aumento de pena e, em seguida, as causas de diminuição de pena. 44
45 DOSIMETRIA PENAL Para se chegar à pena definitiva, o procedimento a ser seguido deve constar de: 1. Adequação típica, verificando-se qual o máximo e o mínimo da pena prevista; 2. Obtenção da Pena Média (PMd PMd), através da soma da mínima com a máxima, dividindo-se o resultado por dois; 3. Fixação da Pena Base (PB), dentro dos limites mínimo e máximo, tendo em vista as circunstâncias judiciais do art.59 do CP (1ª etapa). 4. Operação com as circunstâncias legais (Atenuantes e Agravantes), previstas nos arts. 61, 62, 65 e 66 do CP, quando presentes elevando ou abaixando a Pena Base a critério do Julgador (2ª etapa). 5. Diminuição ou Aumento de Pena Base para fixação da pena definitiva, se tiver sido reconhecida alguma causa de diminuição ou aumento (3ª etapa). 45
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