Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N 135

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1 Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N 135

2 2 - Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N 135 Amigas e amigos, Final de ano, correria, agitação, hora de fazermos uma retrospectiva e avaliarmos nossas conquistas e necessidades, que nunca são poucas. Atingimos todas as nossas metas e melhoramos a qualidade dos atendimentos feitos na casa. Muitos planos ainda não se concretizaram porque sonhamos alto, pois vislumbramos uma enorme carência de serviços e atividades que estamos certos podermos implementar. É grande a demanda e a vontade de socorrer é angustiante.tivemos um ano difícil e desgastante financeiramente, o que nos fez promover eventos e campanhas. É cansativo, mas quando vemos o resultado do trabalho desenvolvido na creche, o progresso cognitivo, motor e da saúde física e mental das crianças refletido no sorriso de cada uma, faz tudo valer a pena. Como é gratificante ver o retorno trazido pelos frequentadores das sessões públicas, relatando sua recuperação através do tratamento realizado pela Corrente Franciscana. É essa força que nos move e ajuda a seguir adiante. A fé sem obras é morta, mas as boas obras, mesmo realizadas sem fé, vivificam o espírito. Perante Deus a conduta de cada um é mais importante do que sua crença, afirma Paulo Cesar Fructuoso Estamos iniciando a campanha da reforma da cozinha que atende a creche e funcionários da CFA. Instalada no 2º andar, ali são elaboradas cerca de 300 refeições por dia. A casa que ocupamos foi construída em 1905, e é tombada. Foram feitas muitas obras de recuperação e adaptação, autorizadas, com a ajuda de amigos, associados e contribuintes. Vimos agora mais uma vez pedir a ajuda de todos para esta reforma urgente e completa, onde serão substituídas toda a parte hidráulica, elétrica, dutos de gás, piso, revestimento, armários, cubas, bancadas de granito, etc., que está sendo orçada por um valor médio de R$ ,00 (Cem mil reais). Só com a sua participação poderemos executar a renovação necessária. Quem puder nos ajudar, procure a secretaria e faça a sua contribuição. Agradecemos antecipadamente a valiosa colaboração. Aproveitamos para lembrar que não deixem de fazer suas contribuições durante o período em que o setor espiritual estiver fechado, pois os compromissos financeiros não só permanecem, como aumentam devido ao pagamento de férias e 13º dos funcionários. Desejamos a todos um Natal cheio de paz e harmonia e que 2013 seja um ano repleto de esperança e realizações. Elizabeth Bomfim Se você precisa de atendimento no Setor Terapêutico ou de Assistência Social, dirija-se à Secretaria e marque uma consulta ou entrevista. Todos os atendimentos serão feitos com hora e dia marcados com antecedência. Homeopatia (crianças) Dra. Roseane Debatin CRM Nutrição Valéria W. Azevedo CRN Psicanalista Oscar Stearns d'utra e Silva CBPRERJ 01158/RJ Psicologia Angela P. Machado CRP 05/18245 Angela Maria T. Leão CRP 05/1431 Lúcia Angélica R. Carvalho CRP 05/20691 Priscilla Guimarães Rebello de Mendonça CRP 05/13050 Vitória Pamplona CRP 05/03078 (Orientações a gestantes) Sandra Maria M. Costa CRP Ignez Helena Macedo Guita CRP 05/11917 Núbia Moreira Silva Maia CRP 05/42064 Cardiologia Dr. Lúcio Pereira de Souza CRM Clínica Médica e Geriatria Dra. Bruna Salomão de C. Silva CRM Odontologia (adultos e crianças) Dr. José Ricardo Furtado CRO Dr. Adriano Augusto Marcondes Fonseca CRO Fisioterapia Francisco de Assis M. Santos CREFITO F Fonoaudiologia Mônica Jordão Pinheiro CRF Encaminhamento Jurídico Dr. Carlos Roberto C. de Mattos OAB/RJ Dra. Ida Angélica Ribeiro OAB/RJ Dra. Denise Regina Rodrigues da Silva Nunes OAB/RJ Serviço Social Renata Silva CRESS Clara Palavra é um informativo da Casa de Francisco de Assis, declarada de utilidade pública estadual pelo Decreto 808/84 de * Declarada de utilidade pública federal pela Portaria 972 de * CNAS Conselho Nacional de Assistência Social nº /01-14 * CMAS Conselho Municipal de Assistência Social nº 0295/00 * CMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente nº 49/2004 de 20/10/2004 Inscr. Municipal/ISS nº * CNPJ / cfassis@uol.com.br Rua Alice, 308 Laranjeiras Rio de Janeiro/RJ CEP tel/fax: (21) e (21) Clara Palavra Edição: Agata Messina Colaboradores: Benedito Calheiros Bomfim, Beth Bomfim, Regina Célia Pereira, Janet Jabour, Marcia Mochel Design gráfico: Andrei Bastos CASA DE FRANCISCO DE ASSIS SESSÕES PÚBLICAS Segundas-feiras 19 horas (fechamento dos portões às 19:30 horas) Quartas-feiras 14 horas (fechamento dos portões às 14:30 horas)

3 Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N A Semana da Criança foi festejada na Creche Santa Clara com várias atividades lúdicas como contação de histórias, pintura no rosto, cinema, e outras brincadeiras que deixaram alunos e professores muito felizes. Aproveitando a oportunidade da palestra proferida pelo jornalista André Trigueiro em nossa Casa, no dia 20 de outubro último, as crianças da Creche se empenharam em produzir um painel que expressasse exatamente o tema a ser abordado pelo palestrante: a sustentabilidade necessária para a saúde do nosso planeta. O painel emoldurou o local onde André Trigueiro, com sua habitual competência e conhecimento profundo da questão, levou todos os presentes a entender que esta é uma questão de sobrevivência para a humanidade. E os alunos da Creche Santa Clara ilustraram esta necessidade com inteligência e criatividade.

4 4 - Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N 135 Senhor, A Tua voz é o som perfeito que me embala o ser, e que me faz ouvir o murmúrio tranqüilizante dos astros. O Teu olhar é como o brilho solar, que me aquece a alma fria, marcada pelo desalento e pela desesperança, nessa dura marcha para a elevação. As Tuas mãos representam para mim o divino apoio, amparo que me impede de tombar, fragilizado como estou, nos rumos em que me vejo, ante a necessidade de subir. As Tuas pegadas indicam-me as trilhas por onde devo me orientar nessa ausência de bússola moral com o entorpecimento da ética, quando desejo ir ao encontro de Deus. As Tuas instruções, Jesus Nazareno, mapeiam para mim o território da paz, ensejando-me clareza para que saiba onde me encontro e como estou, para que não me perca nessa ingente procura dos campos de amor e das fontes de paz. Os Teus silêncios falam-me bem alto a respeito de tudo o que devo aprender e operar nos recônditos de minh alma, aprendendo tanto a falar quanto a calar, sempre atuando na construção do mundo rico de fraternidade que almejamos. Agora, quando me ponho a meditar sobre tudo isso, meu Senhor, desejo exalçar o Teu nome, por toda a minha omissão dos milênios afora, embora a Tua paciente e dúlcida presença junto a mim. Já é Natal na Terra, Jesus! E porque é o Teu Natal, busco em Tua luz desfazer as minhas sombras; procuro em Tua assistência superar minhas variadas necessidades; quero no Teu exemplo de trabalho atender os meus deveres. Porque é o Teu Natal, anseio por achar na Tua força a coragem de superar os meus limites; desejo ver na Tua entrega total a Deus o reforço para minha fidelidade ao bem e, na Tua autodoação à vida, anelo tornar-me um servidor; no culto do dever que Te trouxe ao mundo, quero honrar o meu trabalho. No Teu Natal, que esparge claros jorros de amor sobre o planeta, quero abrigar-te no imo do meu coração convertido numa lapa bem simples, para que possas nascer em mim, crescer em mim e atuar por mim. E, na magia do Natal, vibro para que minhas ações permitam que o Teu formoso Reino logo mais possa alojar-se aqui, no mundo, e que cheio de júbilo n alma eu possa dizer que Te amo, que Te busco e que Te quero seguir, apesar da simplicidade dos meus gestos e do pouco que tenho para dar-te, meu doce Amigo, meu Senhor. *Ivan de Albuquerque - Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em , na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ. O Clara Palavra começou a publicar, em 2010, o relato de fatos acontecidos durante a passagem do grande médium pelo nosso planeta para comemorar os 100 anos do seu nascimento. Mas esta homenagem vai continuar, nas páginas do CP, porque a vida de Chico Xavier é um exemplo a ser seguido por todos. HISTÓRIA DE UM SONÊTO Em 1931, desencarnara um amigo do Chico, em Pedro Leopoldo. Cavalheiro digno, católico muito distinto e pai de família exemplar. O médium acompanha o enterro. Na cidade, da igreja ao cemitério, é longo o percurso. Um padre presente abeira-se do rapaz e pergunta: - Então, Chico, dizem que você anda recebendo mensagens do outro mundo... - É verdade, reverendo. Sinto que alguém me ocupa o braço e se serve de mim para escrever... - Tome cuidado. Lembre-se de que o Espírito da Trevas tem grande poder para o mal... - Entretanto, padre, os espíritos que se comunicam somente nos ensinam o bem. O sacerdote retirou um papel em branco da intimidade de um livro que sobraçava e convidou: - Bem, Chico, estamos no cemitério, acompanhando um amigo morto... Tente alguma coisa. Vejamos se há aqui algum espírito desejando escrever. Chico recebe o papel e concentra-se. Em poucos instantes, sente o braço tomado pela força espiritual e psicografa a poesia aqui transcrita: ADEUS** O sino plange em terna suavidade, No ambiente balsâmico da igreja; Entre as naves, no altar, em tudo adeja O perfume dos goivos da saudade. Geme a viuvez, lamenta-se a orfandade; E a alma que regressou do exílio beija A luz que resplandece, que viceja, Na cátedra azul da imensidade... Adeus, Terra das minhas desventuras... Adeus amados meus.. diz nas alturas... A alma liberta, o azul do céu singrando.. - Adeus... choram as rosas desfolhadas, - Adeus... clamam as vozes desoladas De quem ficou no exílio soluçando... Auta de Souza *Livro de Ramiro Gama; **Este soneto foi incorporado ao livro Párnaso do Além Túmulo.

5 Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N José Henrique Baldin Havia uma menina de sete anos de idade que se chamava Maria e era muito pobre, pois vivia numa casa humilde, de madeira. Maria tinha só a mãe para lhe criar, já que o pai havia morrido num acidente pouco depois do nascimento da filha. E a mãe deixava a menina numa escola municipal enquanto pegava papelão e sucata nas ruas e nos lixões. Com a venda da sucata mal dava para comprar comida. Mãe filha passavam extrema necessidade material. Em certos dias, não tinham nem pão para saciar a fome. Maria também não tinha brinquedos. Os únicos que conseguia era quando a mãe lhe trazia alguns pedaços de papelão ou uma caixa velha de sapatos para transformar em brinquedos. Às vezes, a mãe lhe trazia uma boneca que encontrava nas sobras do lixo, mas esta geralmente vinha sem braços e sem cabeça, pois se estava no lixo era porque não prestava mais ao dono. Foi chegando o Natal e a menina ouviu da professora que nesta época Papai Noel trazia presentes às crianças, que somente era preciso colocar um bilhetinho dentro de uma meia e deixá-la perto da janela, do lado de fora da casa, para que o "Bom Velhinho" trouxesse os presentes. Nesses dias, Maria costumava andar pelas ruas e via a cidade enfeitada, brilhando de luzes piscando nas árvores e as pessoas andando cheias de pacotes de presentes. Em algumas lojas via homens vestidos de Papai Noel conversando com as crianças. Maria se encheu de sonhos e queria uma boneca que fosse pelo menos completa, com a cabeça, os braços e as pernas. E a cada dia, com o Natal chegando, ela cada vez mais sonhava com a boneca, pois afinal nunca tinha recebido um presente de Natal. Imaginemos a situação da mãe de Maria, que mal tinha dinheiro para comprar comida e não podia sequer comprar brinquedos de R$ 1,00 nas lojas. Na véspera de Natal, Maria escreveu com dificuldade o pedido ao Papai Noel, pois não sabia ler e escrever muito bem. Esperou a mãe dormir, colocou o bilhete dentro de uma meia rasgada, a única que tinha, e deixou-a do lado de fora da casa, perto da janela. Em seguida, Maria ficou deitada na cama pensando em como seria a boneca que o Papai Noel traria e demorou a dormir. Por causa da sua imensa ansiedade, assim que amanheceu acordou antes da mãe e foi correndo verificar se ao lado da meia havia o presente que o "Bom Velhinho" iria lhe trazer. Chegando lá, para sua tristeza, viu que só estava a meia, que o Papai Noel se esquecera dela e não trouxera a tão sonhada boneca. Ficou chorando o dia inteiro, pois as crianças que moravam no bairro estavam brincando com os presentes de Natal e ela se perguntava porque o Papai Noel havia se esquecido dela, apesar de ter sido uma boa menina e nunca ter brigado com a mãe. Imaginemos o sofrimento e a desilusão de Maria por acreditar num conto de Natal. Este é o Natal que os homens criaram. Bem longe do verdadeiro significado do Natal, eles fizeram desta época uma época materialista, egoísta, preconceituosa, onde só alguns podem ter os presentes caros, as ceias fartas de comida. Muitos pais de famílias simples, apesar de levaram uma vida financeira difícil, ensinam as crianças sobre as fantasias do Papai Noel e compram presentes, assumem dívidas apenas para manter vivo este mito, esta fantasia. Voltemos à história. Passados alguns anos, a mãe de Maria veio a falecer, pois havia ficado doente de tanto catar sucata nos lixões da cidade. A menina cresceu e, para sobreviver, trabalhava como empregada doméstica. Hoje, ela já está com 30 anos de idade. Graças a Deus, tem uma vida um pouco melhor, casou-se com um rapaz de família simples e tem dois filhos. Não é rica, paga aluguel de uma casinha de três cômodos e tem o que comer e o que vestir. Conheceu também uma moça da qual se tornou grande amiga e foi ela que lhe apresentou Jesus. Maria nunca tinha ouvido falar dele. Então descobriu que podia ser feliz neste mundo, apesar das dificuldades que a vida oferece. Aprendeu que a vida não se resume ao TER e sim ao SER. Entendeu que os bens materiais são apenas provisórios e que os bens espirituais são eternos. Maria ensinou aos filhos que Papai Noel não existe, é apenas uma fantasia, um conto de Natal, que esta data é importante pelo nascimento de Jesus e que devemos comemorar o seu aniversário. Explicou que em vez de nós darmos ao aniversariante um presente, é ele que nos dá o verdadeiro presente de Natal, pois nos ensina a viver de verdade, sem falsas ilusões, sem discriminação, onde ricos e pobres, doentes e sãos, negros, brancos, amarelos ou vermelhos, podem ser felizes se aprenderem e seguir os seus ensinamentos. Maria hoje tem uma família unida, onde todos são felizes pelo que possuem, não vivem de ilusões que o mundo pode dar, mas vivem pela certeza dos ensinamentos de Jesus. Eles vivem seguindo a justiça, a igualdade entre pessoas e mostram que a morte não existe. Saindo da história, vamos pensar um pouco: às vezes reclamamos que não conseguimos comprar um carro novo, uma casa maior, uma roupa de grife, um videogame para nossos filhos, porque não temos dinheiro suficiente. Devemos agradecer a Deus pelas riquezas que temos e às quais não damos valor. A casa que temos, embora simples, pelo menos nos abriga e não moramos debaixo das pontes. As roupas que possuímos, embora não sejam de marca e nem da moda, nos vestem. A comida que temos, embora não seja farta, pelo menos não nos deixa passar fome. Devemos agradecer pela saúde que temos, pois enxergamos, falamos, ouvimos, podemos andar. E para terminar esta verdadeira História de Natal, podemos ter o mesmo final feliz de Maria. Vamos aprender com ela, que descobriu a verdadeira felicidade sendo felizes com o que temos, procurando fazer o Bem às outras pessoas. Este é um presente que todos podemos dar, se assim o quisermos e se nos esforçarmos de verdade. *Publicado no Portal do Espírito:

6 6 - Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N 135 SOCIEDADE, LEI E JUSTIÇA A ESTABILIDADE NO EMPREGO DE PORTADORES DE HIV OU DOENÇAS GRAVES Volia Bomfim Cassar* Os portadores do vírus HIV ou de qualquer outra doença grave, que provoque ou não discriminação, não têm direito à estabilidade pelo simples fato de estarem doentes, apesar da relevante questão social da matéria. As estabilidades decorrem de lei e esta não tem amparo legal. Todavia, nada impede que o empregador crie esta norma em sua empresa, possibilitando este direito aos empregados portadores de AIDS ou outras doenças. O que não se admite é a dispensa discriminatória. Esta sim pode obrigar a reintegração no emprego com base na Lei nº 9.029/95. Defendemos que a pedra de toque é a discriminação e não uma suposta estabilidade. Assim, quando o empregador tem ciência da doença e, logo em seguida, demite o portador do vírus HIV, pratica ato discriminatório. O Tribunal Superior do Trabalho-TST determinou que a dispensa de trabalhador portador de doença grave que suscite estigma ou preconceito é discriminatória, como abaixo transcrito: SÚMULA N.º 443 DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. Ora, como presumir uma discriminação se o empregador não tinha conhecimento do fato? Como discriminar aquilo que se desconhece? Por outro lado, como exigir que o trabalhador revele sua doença ao empregador? A intimidade e privacidade são bens da personalidade. Logo, há conflito de interesses. De um lado, a presunção de inocência, isto é, de que a despedida é um direito e que ela é válida se o empregador não tinha ciência da doença do empregado. Do outro lado, o direito à privacidade, isto é, o direito do trabalhador de não noticiar sua doença ao patrão. Diante do conflito de interesses, a solução está na ponderação dos valores defendidos. Ora, não se pode presumir que alguém seja culpado. Sugerimos que a solução esteja no entendimento de que há discriminação desde que seja comprovado que o patrão tinha ciência da doença. *Vólia Bomfim é doutora em direito pela UGF, mestre em direito pela UNESA, pós-graduada em direito do trabalho pela UGF, pós graduada em processo civil e processo do trabalho pela UGF, juíza do trabalho, professora da UNIGRANRIO e do VBCA e autora de diversas obras trabalhistas. CULINÁRIA ABÓBORA RECHEADA Ingredientes Meia abóbora japonesa média 1 colher (chá) de óleo meia cebola picada 1 colher (chá) de sal 250 g de queijo minas frescal light cortado em cubos pequenos 250 g de peito de peru light cortado em cubos pequenos 1 xícara (chá) de maionese light 1 colher (chá) de salsinha picada 2 claras 1 colher (sopa) de queijo parmesão light ralado Modo de fazer Retire as sementes da abóbora. Em uma panela grande, coloque a abóbora, cubra com água e cozinhe por 30 minutos ou até ficar macia. Escorra, retire com cuidado a polpa e reserve a casca. Preaqueça o forno em temperatura média (180 C). Em uma panela média, aqueça o óleo em fogo médio e doure a cebola. Junte a polpa da abóbora reservada e o sal. Refogue por 2 minutos. Acrescente o queijo, o peito de peru, metade da maionese e a salsinha. Misture e transfira para a abóbora reservada. Coloque-a em uma assadeira e reserve. Na batedeira, bata as claras em neve. Misture o restante da maionese, sem bater. Espalhe sobre o recheio da abóbora e polvilhe o queijo ralado. Leve ao forno por 20 minutos ou até dourar. RABANADA DE FORNO Ingredientes 6 colheres de (sopa) de açúcar 1 ovo 1 clara 3 colheres (sopa) de água 1 bisnaga média de pão para rabanada 1½ xícara (chá) de leite 1 colher (chá) de essência de baunilha 1 colher (sopa) de manteiga ou margarina Canela em pó a gosto Modo de fazer Num recipiente junte 3 colheres de açúcar, o leite e a baunilha. Misture bem. Bata ligeiramente o ovo e a clara, em seguida adicione 3 colheres (sopa) de água e separe. Após untar uma assadeira com manteiga ou margarina, passe o pão já fatiado no leite, depois no ovo batido e acomode as fatias lado a lado. Pré aqueça o forno. Deixe de 8 a 10 minutos em forno médio, virando na metade do tempo. Depois de assadas, junte 3 colheres de açúcar e canela a gosto num recipiente amplo e passe as rabanadas na mistura. RESENHA LITERÁRIA LIÇÕES DE UMBANDA Matta e Silva foi o médium que mais serviços prestou ao movimento umbandista, sendo conhecido e respeitado em todo o Brasil e até no exterior. Quando lançou este livro, teve por objetivo atender a incontáveis pedidos, insistentes mesmo, de admiradores e simpatizantes da Umbanda e seguidores dos Princípios ou Regras estabelecidos nos seus trabalhos nesse campo. Há neste livro, que tem caráter mediúnico, um diálogo edificante entre um Filho-de-Fé (médico) e um Preto-Velho. A Ícone Editora sente-se honrada em editar mais uma vez esta obra de Matta e Silva.

7 Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N Marcia Mochel Dias* A depressão é uma doença que atinge o corpo físico e o mental, afetando o humor e o pensamento. O Dr. Drauzio Varella escreveu que Depressão é a tristeza quando não acaba mais. E é uma grande verdade, pois a depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e a si mesmo, como se alimenta e dorme, lhe tirando o ânimo para os prazeres da vida e provocando uma sensação de tristeza inexplicável. Não são conhecidas ainda todas as causas da Depressão, entretanto, pesquisas nessa área sugerem fortemente influências bioquímicas importantes para a regulação de nosso estado afetivo, além de apontar a importância de fatores genéticos. Vem daí o maior número de casos de transtorno depressivo em membros da mesma família como, por exemplo, entre irmãos. Os sentimentos depressivos vêm do interior da pessoa e não de fora dela e é por isso que as coisas da vida que possam ser agradáveis para quem está bem ficam sem sentido e aborrecem o deprimido. De maneira geral, a pessoa deprimida tem consciência de que tudo podia ser pior, que sua vida não está assim tão ruim, mas continua desanimada. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro. É uma doença que se instala lentamente variando de intensidade e duração, por isso muitas pessoas que sofrem de depressão nem percebem que estão doentes e só são diagnosticadas quando procuram um médico. A depressão pode se apresentar como uma sensação de tristeza, infelicidade, abatimento ou pesar. A maioria de nós já se sentiu assim em algum momento, por um período breve, porém, quando essa sensação se mantem por tempo prolongado, interfere na vida diária trazendo consequências mais graves, inclusive podendo levar a suicídio e mortes por causas naturais, necessitando atendimento médico. Nos casos mais simples, a pessoa pode curar-se por conta própria em duas a quatro semanas. Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, crises de pânico e pensamentos negativos até sintomas físicos como desconforto no batimento cardíaco, dores e enjôos, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária. As crianças deprimidas, em geral, apresentam problemas na escola, ficam rebeldes, irritadas e nem sempre se mostram tristes. Entretanto, é necessário um grupo de sintomas centrais para fazer o diagnóstico: Perda de energia ou interesse Humor deprimido Dificuldade de concentração Alterações do apetite e do sono Lentidão nas atividades físicas e mentais Sentimento de pesar ou fracasso Alimentar ressentimentos, censurar a si próprio, culpar-se com relação ao passado e olhar para o futuro com medo são padrões de pensamentos que mais comumente nos prejudicam e podem ser modificados por nós mesmos, recuperando a energia e o bem estar. São, muitas vezes, sintomas de depressão que se resolvem com a mudança interior, lição importante para os espíritas. Já as pessoas com depressão grave não melhoram por conta própria, nem apenas através dos pensamentos positivos, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Os casos mais graves dificilmente se curam sem ajuda; necessitam de tratamento adequado porque os sintomas podem durar semanas, meses ou anos. É importante procurar assistência médica o mais breve possível, não deixando que a situação se agrave e permaneça por longo tempo prejudicando o paciente. Lembre-se que o apoio espiritual é fundamental, considerando que, de acordo com a sintonia vibratória do individuo, são atraídas energias negativas que agravam consideravelmente a depressão. *Médica e médium da CFA

8 8 - Informativo da Casa de Francisco de Assis - Ano XV - N 135 Que cara teria um anjo? De uma criança ou de um santo? O que posso lhes dizer Se sou anjo e não me vês. Estou sempre do seu lado Às vezes as asas bato Pra chamar sua atenção Mas seu coração Aflito não me vê não Eu sou o seu anjo de guarda Me aguarda e me chama Que eu estou aqui pra lhe ajudar Anael *Psicografia recebida pela médium Elisa em 14/12/2005 na CFA. Rio