LIGAS METÁLICAS IMPUREZAS NOS METAIS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LIGAS METÁLICAS IMPUREZAS NOS METAIS"

Transcrição

1 LIGAS METÁLICAS 1 Os metais são geralmente utilizados na forma de ligas, ou seja; consistem em misturas de dois ou mais elementos químicos. Nas ligas metálicas, pelo menos um dos elementos é metal e a liga resultante apresenta características metálicas. (elevada condutibilidade térmica e elétrica) IMPUREZAS NOS METAIS Metais puros possuem inúmeras propriedades que os tornam importantes do ponto de vista industrial: Condutibilidade elétrica (Au, Cu), temperatura de fusão (W), etc. Entretanto, a maioria dos processos metalúrgicos produz metais com uma quantidade de impurezas que normalmente varia entre 0,01% a 1% em peso. O efeito das impurezas sobre as propriedades de um metal é relativo e dependente de questões tecnológicas e econômicas (custo/benefício). Quando a influência das impurezas é mínima o metal é conhecido como COMERCIALMENTE PURO. Na prática um metal puro nunca será 100%, ou seja sua pureza pode variar entre 99 e 99,9999% Metais como o cobre, zinco e Pb podem, por exemplo serem produzidos com pureza próxima ou superior a 99,99%. Exemplo: Padrões analíticos de Ferro Pó de Fe (-200#) 99+% $ 1,65 (25 g) Pó de Fe (-200#) 99,9% $ 19,10 (25 g) Pó de Fe (-22 #) 99,999% $ 86,00 (25 g) Na maioria dos casos, um ou mais elementos podem ser intencionalmente adicionados a um metal, objetivando-se melhorar as propriedades mecânicas ou obter certas propriedades específicas. Se tal adição se tornar parte integral da fase sólida, a fase resultante é chamada SOLUCÃO SÓLIDA, ou seja o metal puro (solvente) dissolve o elemento adicionado propositadamente (soluto).

2 LIMITE DE SOLUBILIDADE 2 Para diversos sistemas de ligas (componentes) e sobre uma determinada temperatura, existe uma concentração máxima de átomos de soluto para formar uma solução sólida; esta concentração define o limite de solubilidade daquele sistema. A adição de soluto em quantidades superiores ao limite de solubilidade resulta na formação de outra solução sólida ou um composto de composição diferente. Exemplo: SISTEMA C 12 H 22 O 11 - H 2 O (Água - açúcar) FASES Uma fase pode ser definida como uma porção homogênea de um sistema que possui características físicas e químicas uniformes. Todo metal puro é considerado como uma fase, bem como toda solução sólida líquida ou gasosa. No exemplo do sistema água-açúcar: a solução líquida (água-doce) foi discutida como uma fase e o açúcar como outra. Cada qual possui diferentes características físicas (uma é sólida e outra é líquida) e químicas (composições químicas diferentes - uma fase apresenta C 12 H 22 O 11 e H 2 O e a outra apenas C 12 H 22 O 11 ) Nos sistemas com mais de uma fase, cada uma apresenta propriedades distintas e um contorno (contorno de fase) separando estas fases, sobre o qual existe uma mudança descontínua e abrupta nas características físicas e/ou químicas

3 MICROESTRUTURA 3 Na maior parte dos materiais, as propriedades físicas e particularmente o comportamento mecânico são dependentes de sua microestrutura. A microestrutura é sujeita a observação direta através de microscópios ópticos ou eletrônicos. Nas ligas metálicas, a microestrutura é caracterizada pelo número de fases, suas proporções e suas morfologias. EQUILÍBRIO ENTRE FASES Um sistema está em equilíbrio, quando sua energia livre é mínima em uma condição específica de temperatura pressão e composição. Isso significa que as características de um sistema não se alteram com o tempo ou seja, o sistema está estável. Alterações na pressão, temperatura e/ou composição química do sistema em equilíbrio podem resultar em um aumento da energia livre e, conseqüentemente, uma mudança espontânea para outro estado no qual a energia livre é menor. Os diagramas de equilíbrio, como o diagrama água-açúcar, fornecem informações importantes sobre o equilíbrio entre fases, mas não indicam o tempo necessário para que um novo estado de equilíbrio seja atingido. Exemplo: sistema água-açúcar com 50% açúcar a 60 C Adição de mais açúcar Redução rápida da temperatura para 20 C No caso de soluções sólidas (movimentação atômica muito menor) os estados de equilíbrio nunca são estabelecidos e assim o sistema é chamado de não equilíbrio ou metaestável. Os estados e microestruturas metaestáveis podem persistir indefinidamente e freqüentemente possuem aplicações práticas mais expressivas que estados / microestruturas de equilíbrio. Exemplo: Tratamentos térmicos dos aços - têmpera Tratamentos térmicos em ligas de Al (solubilização e envelhecimento)

4 SOLUÇÃO SÓLIDA SUBSTITUCIONAL 4 Ocorre quando os átomos do soluto substituem as posições atômicas ocupadas pelos átomos do metal solvente Para a formação de uma solução sólida substitucional é necessário que os componentes (solvente e soluto) apresentem: dimensões atômicas similares (diferença de ~15% máx.) estruturas eletrônicas semelhantes (eletronegatividade e valência) mesma estrutura cristalina (CCC, CFC ou HC ). Exemplo Cu - Ni Metal Cobre Níquel Raio atômico 0,128 0,125 (Diferença: 2,3% Eletronegatividade 1,9 1,8 Valência + comum +1 (+2) +2 Estrut. cristalina CFC CFC Soluto Solvente Diferença entre os raios atômicos [%] Solubilidade máxima [%] Ni Cu -2,5 100 Al Cu +12,0 9 Pb Cu +36,9 0 Ni Ag -13,7 0,1 Cu Ag -11,5 9 Pb Ag +21,2 5 Cu Ni +2, Al Ni +14,8 12 Ni Al -12,9 0,05 Cu Al -10,7 6 Ag Al +0,9 48

5 5 SOLUÇÃO SÓLIDA INTERSTICIAL Geralmente ocorre quando os átomos de soluto apresentam dimensões menores que os átomos de solvente. Na solução sólida intersticial os átomos de soluto se localizam nos interstícios existentes entre átomos maiores (solvente) Exemplo clássico: Fe-C

6 DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO ISOMORFO (Cu-Ni) 6 Isomorfo: (uma só forma) Completa solubilidade no sólido e no líquido É composto por três campos: Campo de α: Solução sólida substitucional composta por átomos de Cu e Ni com estrutura cristalina CFC Campo de L: Solução líquida homogênea composta por Cu e Ni Campo L +α : Mistura em equilíbrio das fases L e α Propriedades mecânicas das soluções sólidas Cu-Ni

7 INTERPRETAÇÃO DOS DIAGRAMAS DE FASE 7 FASES PRESENTES: Para uma dada composição e temperatura, as fases presentes são determinadas pela localização destas coordenadas (ponto composição-temperatura) no diagrama, ou seja o campo do diagrama que contêm a coordenada. Ex. Liga 60% Ni a 1100 C (Ponto A) e liga 35% Ni a 1250 C (Ponto B) COMPOSIÇÃO DAS FASES PRESENTES: Localizar o ponto composição - temperatura no diagrama de fase: Para campo monofásico: a composição da fase é a própria composição da liga Para campo bifásico: a- Construir uma isoterma ("tie line") na temperatura fornecida para a localização do ponto. b- Identificar os pontos onde a isoterma intercepta as linhas de contorno de fase c- As composições das respectivas fases são indicadas no eixo de composição com o auxílio de linhas horizontais (C L e C α ) DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DAS FASES PRESENTES: REGRA DAS ALAVANCAS (Só aplicável em campos bifásicos) A fração de uma fase é calculada tomando-se o comprimento da isoterma da composição da liga até o contorno de fase (C L e C α ) para a outra fase e dividindo-se pelo comprimento total da isoterma ("tie line" ) Assim, para a fração de líquido temos: S % L =.100 = R + S R = R + S C C α α C = C C 0 C L C C L ou para a fase α: % α α L

8 DESENVOLVIMENTO DA MICROESTRUTURA EM UM DIAGRAMA ISOMORFO 8 Liga contendo 35% Ni: ZONAMENTO ( CORING ) O zonamento é caracterizado por um gradiente de composições químicas em uma fase. Como no equilíbrio termodinâmico (resfriamento extremamente lento), a fase teria uma única composição, o zonamento representa uma condição de nãoequilíbrio em que não houve tempo suficiente para a homogeneização da composição química. É relevante citar que as condições de processamento industriais, quase sempre, são condições de não-equilíbrio e que microestruturas zonadas são comuns em diversas ligas metálicas.

Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução Ciências dos Materiais

Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução Ciências dos Materiais Diagrama de Fases Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 9, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos Materiais, Pearson Prentice Hall, 6ed., cap

Leia mais

Diagrama de fase unitário para o magnésio. Fonte: Donald R. Askeland; Pradeep P. Phulé - The Science and Engineering of Materials, 4th ed.

Diagrama de fase unitário para o magnésio. Fonte: Donald R. Askeland; Pradeep P. Phulé - The Science and Engineering of Materials, 4th ed. Diagrama de Fases Diagrama de Fase Diagramas de fases são mapas que permitem prever a microestrutura de um material em função da temperatura e composição de cada componente Fase é uma porção homogênea

Leia mais

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Aula 3: Diagrama de Fases Definições de Conceitos Básicos Diagrama de Equilíbrio Binário Definições de Conceitos Básicos A compreensão dos diagramas de fases para sistemas de ligas

Leia mais

Aula 04-a: Fundamentos da Solidificação dos Metais Parte 2

Aula 04-a: Fundamentos da Solidificação dos Metais Parte 2 Professor: Guilherme O. Verran Dr. Eng. Metalúrgica Aula 04-a: Fundamentos da Solidificação dos Metais Parte 2 1. Crescimento da fase sólida - Introdução - Mecanismos (modelos) de crescimento - Crescimento

Leia mais

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão.

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão. 1. Difusão Com frequência, materiais de todos os tipos são tratados termicamente para melhorar as suas propriedades. Os fenômenos que ocorrem durante um tratamento térmico envolvem quase sempre difusão

Leia mais

DIAGRAMAS DE FASE. Prof. Rubens Caram

DIAGRAMAS DE FASE. Prof. Rubens Caram DIAGRAMAS DE FASE Prof. Rubens Caram 1 CONCEITOS GERAIS DIAGRAMAS DE FASES: REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS FASES PRESENTES EM UM SISTEMA MATERIAL DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES DE PRESSÃO, TEMPERATURA E COMPOSIÇÃO

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 12 Ensaio de Impacto. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 12 Ensaio de Impacto. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Ensaios Mecânicos de Materiais Aula 12 Ensaio de Impacto Tópicos Abordados Nesta Aula Ensaio de Impacto. Propriedades Avaliadas do Ensaio. Tipos de Corpos de Prova. Definições O ensaio de impacto se caracteriza

Leia mais

RESUMOS TEÓRICOS de QUÍMICA GERAL e EXPERIMENTAL

RESUMOS TEÓRICOS de QUÍMICA GERAL e EXPERIMENTAL RESUMOS TEÓRICOS de QUÍMICA GERAL e EXPERIMENTAL 5 ESTUDO DA MATÉRIA 1 DEFINIÇÕES Matéria é tudo que ocupa lugar no espaço e tem massa. Nem tudo que existe no universo e matéria. Por exemplo, o calor e

Leia mais

Soluções Químicas são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias, onde o solvente aparece em maior quantidade e o soluto em menor quantidade. O estado de agregação do solvente é que determina o estado

Leia mais

TECNOLOGIA MECÂNICA. Aula 08. Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) Tratamentos Termo-Físicos e Termo-Químicos

TECNOLOGIA MECÂNICA. Aula 08. Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) Tratamentos Termo-Físicos e Termo-Químicos Aula 08 Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) e Termo-Químicos Prof. Me. Dario de Almeida Jané Tratamentos Térmicos Parte 2 - Introdução - - Recozimento - Normalização - Têmpera - Revenido

Leia mais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Licenciatura em Engenharia Química. TERMODINÂMICA QUÍMICA II 3ª Série de Exercícios

INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Licenciatura em Engenharia Química. TERMODINÂMICA QUÍMICA II 3ª Série de Exercícios INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA Licenciatura em Engenharia Química TERMODINÂMICA QUÍMICA II 3ª Série de Exercícios 1. Considere o seguinte diagrama de uma mistura binária dos

Leia mais

TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS

TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS 1) Numa célula eletroquímica a solução tem que ser um eletrólito, mas os eletrodos

Leia mais

Prof. Willyan Machado Giufrida Curso de Engenharia Química. Ciências dos Materiais. Diagrama de fases

Prof. Willyan Machado Giufrida Curso de Engenharia Química. Ciências dos Materiais. Diagrama de fases Prof. Willyan Machado Giufrida Curso de Engenharia Química Ciências dos Materiais Diagrama de fases O que são diagramas de fases? São mapas que permitem prever a microestrutura dos materiais em função

Leia mais

As Estruturas Cristalinas do Ferro

As Estruturas Cristalinas do Ferro As Estruturas Cristalinas do Ferro 153 O Ferro apresenta diferentes estruturas cristalinas, dependendo da temperatura alotropia De T amb até 912 o C Cúbica de corpo centrado Ferrita ou a-ferro De 912 o

Leia mais

Tratamento Térmico. Profa. Dra. Daniela Becker

Tratamento Térmico. Profa. Dra. Daniela Becker Tratamento Térmico Profa. Dra. Daniela Becker Diagrama de equilíbrio Fe-C Fe 3 C, Fe e grafita (carbono na forma lamelar) Ligas de aços 0 a 2,11 % de C Ligas de Ferros Fundidos acima de 2,11% a 6,7% de

Leia mais

Curso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP Proteção de superfícies 1

Curso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP Proteção de superfícies 1 Curso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP Proteção de superfícies 1 CORROSÃO METÁLICA: É a deterioração e a perda de material devido a ação química ou eletroquímica do meio ambiente,

Leia mais

Tecnologia Mecânica MATERIAIS. Roda de aço. Mapa do Brasil em cobre. Prof. Marcio Gomes

Tecnologia Mecânica MATERIAIS. Roda de aço. Mapa do Brasil em cobre. Prof. Marcio Gomes Alumínio Tecnologia Mecânica Ferro fundido MATERIAIS Roda de aço Mapa do Brasil em cobre Introdução Átomo: modelo de Bohr Tecnologia Mecânica O átomo, que não dá para a gente ver nem com um microscópio,

Leia mais

TABELA PERIÓDICA Propriedades periódicas e aperiódicas

TABELA PERIÓDICA Propriedades periódicas e aperiódicas TABELA PERIÓDICA Propriedades periódicas e aperiódicas De um modo geral, muitas propriedades dos elementos químicos variam periodicamente com o aumento de seus números atômicos (portanto, ao longo dos

Leia mais

DIAGRAMA Fe-C. DIAGRAMA Fe-Fe 3 C

DIAGRAMA Fe-C. DIAGRAMA Fe-Fe 3 C 1 DIAGRAMA Fe-C DIAGRAMA Fe-Fe 3 C ALOTROPIA DO FERRO PURO Na temperatura ambiente, o ferro puro apresenta estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC), denominada ferrita alfa (α). A estrutura

Leia mais

Diagramas de Fases. Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de São Carlos. Departamento de Engenharia de Materiais

Diagramas de Fases. Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de São Carlos. Departamento de Engenharia de Materiais Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia de Materiais Diagramas de Fases Engenharia e Ciência dos Materiais I Prof. Dr. Cassius O.F.T. Ruchert Revisão: Prof.

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DIAGRAMAS DE FASES

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DIAGRAMAS DE FASES UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DIAGRAMAS DE FASES CMA CIÊNCIA DOS MATERIAIS 1º Semestre de 2014 Prof. Júlio César Giubilei

Leia mais

ESTUDO DA MATÉRIA. QUÍMICA - Prof. Marcelo Uchida -

ESTUDO DA MATÉRIA. QUÍMICA - Prof. Marcelo Uchida - ESTUDO DA MATÉRIA QUÍMICA - Prof. Marcelo Uchida - Matéria Material ou matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Água Ar Madeira Ouro Corpo Porção limitada da matéria Barra de Ouro Tronco

Leia mais

LISTA 1 NÍVEL 1. Material Extra

LISTA 1 NÍVEL 1. Material Extra LISTA 1 NÍVEL 1 01. (UEMA) Das três fases de uma substância, a que possui menor energia cinética é a fase, cuja característica é apresentar. Os termos que preenchem corretamente as lacunas são: a) Sólida

Leia mais

SISTEMAS DISPERSOS SOLUÇÕES COLÓIDES SUSPENSÕES

SISTEMAS DISPERSOS SOLUÇÕES COLÓIDES SUSPENSÕES SISTEMAS DISPERSOS SOLUÇÕES COLÓIDES SUSPENSÕES PROPRIEDADES DA MATÉRIA 1 - GERAIS: inerentes à toda matéria. São: massa, extensão, impenetrabilidade, divisibilidade, compressibilidade e elasticidade.

Leia mais

MATERIAIS ELÉTRICOS - MEL

MATERIAIS ELÉTRICOS - MEL MATERIAIS ELÉTRICOS - MEL Unidade 1 Diagramas de Fases Roteiro da Aula Importância do Tema Revisão: impurezas nos sólidos Definições: componente, sistema, fase e equilíbrio Sistemas Unários e Binários

Leia mais

1. Qual a fórmula do composto formado entre o cálcio, Ca (Z = 20) e o flúor F (Z = 9)?

1. Qual a fórmula do composto formado entre o cálcio, Ca (Z = 20) e o flúor F (Z = 9)? EXERCÍCIOS REVISÃO 1ª série 1. Qual a fórmula do composto formado entre o cálcio, Ca (Z = 20) e o flúor F (Z = 9)? 2. Qual a fórmula do composto formado entre o potássio, K (Z = 19) e o enxofre, S (Z =

Leia mais

Ensaio de impacto. Os veículos brasileiros têm, em geral, suspensão

Ensaio de impacto. Os veículos brasileiros têm, em geral, suspensão A UU L AL A Ensaio de impacto Os veículos brasileiros têm, em geral, suspensão mais reforçada do que a dos similares europeus. Não é à toa. As condições de nossas estradas e ruas requerem esse reforço,

Leia mais

Diagramas de Fases. Rui Vilar Professor Catedrático

Diagramas de Fases. Rui Vilar Professor Catedrático Diagramas de Fases Rui Vilar Professor Catedrático 1 Definições Fase: porção de matéria física e quimicamente homogénea, com composição e estrutura cristalina próprias. As diversas fases de um sistema

Leia mais

DISPERSÕES. Prof. Tatiane Kuchnier de Moura

DISPERSÕES. Prof. Tatiane Kuchnier de Moura DISPERSÕES Prof. Tatiane Kuchnier de Moura DISPERSÃO Mistura DISPERSO + DISPERSANTE Classificação das Dispersões Nome da dispersão Diâmetro médio das partículas dispersas Exemplos Solução verdadeira Entre

Leia mais

24/10/2015. Materias de Construção. Metais. José Carlos G. Mocito email:jmocito@ipcb.pt. Metais. Os átomos se encontram coesos pela ligação metálica.

24/10/2015. Materias de Construção. Metais. José Carlos G. Mocito email:jmocito@ipcb.pt. Metais. Os átomos se encontram coesos pela ligação metálica. Materiais de Construção Metais José Carlos G. Mocito email:jmocito@ipcb.pt 1 Metais Os átomos se encontram coesos pela ligação metálica. 2 1 Propriedades Mecânicas Resistência à rotura Deformabilidade

Leia mais

DIAGRAMAS DE FASES DIAGRAMAS DE FASES

DIAGRAMAS DE FASES DIAGRAMAS DE FASES DIAGRAMAS DE FASES Prof. Dr. Anael Krelling 1 São mapas que permitem prever a microestrutura de um material em função da temperatura e composição de cada componente; Informações sobre fenômenos de fusão,

Leia mais

LIGAÇÕES QUÍMICAS. Prof a. Dr a. Carolina Fortes Rigos

LIGAÇÕES QUÍMICAS. Prof a. Dr a. Carolina Fortes Rigos LIGAÇÕES QUÍMICAS Prof a. Dr a. Carolina Fortes Rigos INTRODUÇÃO O QUE DETERMINA O TIPO DE LIGAÇÃO EM CADA SUBSTÂNCIA E SUAS DIFERENTES PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS? ESTRUTURA ELETRÔNICA FORÇAS DAS

Leia mais

Processo Seletivo/UFU - Janeiro 2004-2ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 32

Processo Seletivo/UFU - Janeiro 2004-2ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 32 QUÍMICA QUESTÃO 31 Considerando a Tabela Periódica e as propriedades dos elementos químicos, assinale a alternativa correta A) Um metal é uma substância dúctil e maleável que conduz calor e corrente elétrica

Leia mais

Metais em água. metais tem um papel crucial em. como espécies hidroxiladas, ex.: FeOH(H 2 O)

Metais em água. metais tem um papel crucial em. como espécies hidroxiladas, ex.: FeOH(H 2 O) Metais em água Para a estabilização dos elétrons mais externos os cátions metálicos em água são ligados (coordenados) a outras espécies. Assim, os metais em soluções aquosas procuram a máxima estabilidade

Leia mais

QUÍMICA COMENTÁRIO DA PROVA DE QUÍMICA

QUÍMICA COMENTÁRIO DA PROVA DE QUÍMICA CMENTÁRI DA PRVA DE QUÍMICA que se espera de uma boa prova de vestibular é que seja seletiva. Para tanto, ela deve conter questões fáceis, médias e difíceis. Nesse sentido, a prova foi boa. Algumas ressalvas,

Leia mais

AÇOS ESTRUTURAIS. Fabio Domingos Pannoni, M.Sc., Ph.D. 1

AÇOS ESTRUTURAIS. Fabio Domingos Pannoni, M.Sc., Ph.D. 1 ESTRUTURAIS Fabio Domingos Pannoni, M.Sc., Ph.D. 1 INTRODUÇÃO Dentre os materiais encontrados no nosso dia-a-dia, muitos são reconhecidos como sendo metais, embora, em quase sua totalidade, eles sejam,

Leia mais

Água e Soluções Biológicas

Água e Soluções Biológicas Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Disciplina de Biofísica Água e Soluções Biológicas 1. Introdução 2. A estrutura da molécula de água 2.1.

Leia mais

Sugestões de estudo para a P1

Sugestões de estudo para a P1 Sugestões de estudo para a P1 1) Considere a curva de energia potencial da ligação entre dois átomos (E) apresentada ao lado, e as três afirmações a Seguir: I. Na distância interatômica r o as forças de

Leia mais

DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO

DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO Prof. Dr.: Anael Krelling 1 São mapas que permitem prever a microestrutura de um material em função da temperatura e composição de cada componente; Informações sobre fenômenos de

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASES

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASES ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASES PMT 3100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2º semestre de 2014

Leia mais

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Química Questão 01 Carbono é um elemento cujos átomos podem se organizar sob a forma de diferentes alótropos. Alótropos H de combustão a 25

Leia mais

Aula 4 PROPRIEDADES COLIGATIVAS. Glauber Silva Godoi

Aula 4 PROPRIEDADES COLIGATIVAS. Glauber Silva Godoi Aula 4 PROPRIEDADES COLIGATIVAS META Transmitir para o aluno o conceito de propriedades coligativas e suas aplicações. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: entender o significado do termo propriedades

Leia mais

C5. Formação e evolução estelar

C5. Formação e evolução estelar AST434: C5-1/68 AST434: Planetas e Estrelas C5. Formação e evolução estelar Mário João P. F. G. Monteiro Mestrado em Desenvolvimento Curricular pela Astronomia Mestrado em Física e Química em Contexto

Leia mais

Lista de exercícios 11 Classificação periódica

Lista de exercícios 11 Classificação periódica Lista de exercícios 11 Classificação periódica 01. (UNESP) Associar os números das regiões da tabela periódica esquematizada a seguir com: a) os metais alcalinos, b) os não-metais, c) os gases nobres,

Leia mais

Actividade Experimental 1.3 Determinação da Capacidade Térmica Mássica

Actividade Experimental 1.3 Determinação da Capacidade Térmica Mássica Actividade Experimental 1.3 Determinação da Capacidade Térmica Mássica 1.Que significa dizer que a capacidade térmica mássica do alumínio é 900 Jkg 1 K 1? 2.Se fornecermos a mesma quantidade de energia

Leia mais

Propriedades Coligativas

Propriedades Coligativas 1. Introdução Propriedades Coligativas Algumas propriedades do solvente mudam quando um soluto é dissolvido nele para formar uma solução. O ponto de congelamento da água salgada, por exemplo, é menor que

Leia mais

Evolução da fração volumétrica de ferrita durante a formação de fase sigma do aço SAF 2205.

Evolução da fração volumétrica de ferrita durante a formação de fase sigma do aço SAF 2205. Projeto de iniciação científica Evolução da fração volumétrica de ferrita durante a formação de fase sigma do aço SAF 2205. Relatório Final Bolsista: RODRIGO DI PIETRO GERZELY e-mail: rpietro@fei.edu.br

Leia mais

Metais alcalinos - Grupo 1A

Metais alcalinos - Grupo 1A Metais alcalinos - Grupo 1A Li / Na / K / Rb / Cs / Fr Na e K são os mais abundantes ns 1 - aparecem normalmente como iões positivos ( +) Não se encontram isolados na natureza / reacção com não-metais

Leia mais

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 11 TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM SOLDAGEM

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 11 TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM SOLDAGEM 82 CAPÍTULO 11 TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM SOLDAGEM 83 TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM SOLDAGEM Nas operações de soldagem, principalmente as que envolvem a fusão dos materiais, temos uma variação não uniforme e

Leia mais

SOLUÇÕES. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas heterogêneas possuem duas ou mais fases distintas.

SOLUÇÕES. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas heterogêneas possuem duas ou mais fases distintas. QUÍMICA PROF - 3C13 SOLUÇÕES As misturas podem ser homogêneas ou heterogêneas. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas heterogêneas possuem duas ou mais fases distintas. Solução é

Leia mais

PROPRIEDADES ELÉTRICAS DOS MATERIAIS

PROPRIEDADES ELÉTRICAS DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES PROPRIEDADES ELÉTRICAS DOS MATERIAIS INTRODUÇÃO Resistência elétrica

Leia mais

Tecnologia Dos Materiais

Tecnologia Dos Materiais Tecnologia Dos Materiais Aula 2: Estrutura Cristalina Conceitos Fundamentais Célula Unitária Estrutura Cristalina Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua

Leia mais

Capítulo 6: Estrutura dos Materiais Ligação química e propriedades

Capítulo 6: Estrutura dos Materiais Ligação química e propriedades Capítulo 6: Estrutura dos Materiais Ligação química e propriedades Questões a abordar... O que promove a ligação química? Que tipos de ligações químicas existem? Que propriedades dependem da ligação química?

Leia mais

REDUÇÃO E OXIDAÇÃO EM SISTEMAS INORGÂNICOS

REDUÇÃO E OXIDAÇÃO EM SISTEMAS INORGÂNICOS REDUÇÃO E OXIDAÇÃO EM SISTEMAS INORGÂNICOS EXTRAÇÃO DE ELEMENTOS A definição original de oxidação foi a da reação que um elemento reage com oxigênio e é convertido em seu óxido. Comparativamente, redução

Leia mais

Disciplina : Metalurgia Física- MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica. Aula 05 - Solidificação e Equilíbrio

Disciplina : Metalurgia Física- MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica. Aula 05 - Solidificação e Equilíbrio Disciplina : - MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica Aula 05 - Solidificação e Equilíbrio Desenvolvimento das Microestruturas sob condições de Equilíbrio e de Não Equilíbrio

Leia mais

Equipe de Química QUÍMICA

Equipe de Química QUÍMICA Aluno (a): Série: 3ª Turma: TUTORIAL 11R Ensino Médio Equipe de Química Data: QUÍMICA SOLUÇÕES As misturas podem ser homogêneas ou heterogêneas. As misturas homogêneas possuem uma fase distinta. As misturas

Leia mais

Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Fernando Pessoa Exercícios de Ciências dos Materiais

Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Fernando Pessoa Exercícios de Ciências dos Materiais Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Fernando Pessoa Exercícios de Ciências dos Materiais Isabel Abreu Maria Alzira Dinis UFP 2005/2006 ESTRUTURA ATÓMICA E LIGAÇÕES 1. Calcule: a. A massa em

Leia mais

As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21)

As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21) As Propriedades das Misturas (Aulas 18 a 21) I Introdução Em Química, solução é o nome dado a dispersões cujo tamanho das moléculas dispersas é menor que 1 nanometro (10 Angstrons). A solução ainda pode

Leia mais

TM343 Materiais de Engenharia

TM343 Materiais de Engenharia Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM343 Materiais de Engenharia Capítulo 9 Revisão - Diagramas de Fase e Sistema Fe-C Prof. Rodrigo Perito Cardoso Onde

Leia mais

Hidrogênio x Hidrogênio Hidrogênio x Não metal Não metal x Não metal

Hidrogênio x Hidrogênio Hidrogênio x Não metal Não metal x Não metal LIGAÇÃ QUÍMICA Introdução: s átomos, ao se unirem, procuram perder ou ganhar elétrons na última camada até atingirem a configuração eletrônica de um gás nobre. Teoria do octeto: s átomos dos elementos

Leia mais

CORROSÃO. Química Geral Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

CORROSÃO. Química Geral Prof a. Dr a. Carla Dalmolin CORROSÃO Química Geral Prof a. Dr a. Carla Dalmolin CORROSÃO - DEFINIÇÃO Ferrugem Deterioração Oxidação Perda de material ASTM G15: Reação química ou eletroquímica entre um material (geralmente metálico)

Leia mais

QUÍMICA SEGUNDA ETAPA - 1997

QUÍMICA SEGUNDA ETAPA - 1997 QUÍMICA SEGUNDA ETAPA - 1997 QUESTÃO 01 Os valores das sucessivas energias de ionização de um átomo constituem uma evidência empírica da existência de níveis de energia. Os diagramas abaixo pretendem representar,

Leia mais

IX Olimpíada Catarinense de Química 2013. Etapa I - Colégios

IX Olimpíada Catarinense de Química 2013. Etapa I - Colégios I Olimpíada Catarinense de Química - 2013 I Olimpíada Catarinense de Química 2013 Etapa I - Colégios Imagem: Oxidação Fonte:Gilson Rocha Reynaldo, 2013 Primeiro Ano Conselho Regional de Química CRQ III

Leia mais

38 C 37 B 39 D. Sabendo-se que a amônia (NH 3. ) é constituída por moléculas polares e apresenta boa solubilidade em água. o diclorometano (CH 2.

38 C 37 B 39 D. Sabendo-se que a amônia (NH 3. ) é constituída por moléculas polares e apresenta boa solubilidade em água. o diclorometano (CH 2. QUÍMICA 37 B Sabendo-se que a amônia (N 3 ) é constituída por moléculas polares e apresenta boa solubilidade em água o diclorometano (C Cl ) não possui isômeros Sua molécula apresenta polaridade, devido

Leia mais

Introdução à Química Inorgânica

Introdução à Química Inorgânica Introdução à Química Inorgânica Orientadora: Drª Karla Vieira Professor Monitor: Gabriel Silveira Química A Química é uma ciência que está diretamente ligada à nossa vida cotidiana. A produção do pão,

Leia mais

3 Propriedades Coligativas

3 Propriedades Coligativas 3 Propriedades Coligativas 1 Introdução É bastante comum as pessoas adicionarem sal à água que será utilizada no cozimento de alimentos. Com a adição de sal de cozinha, a água demora mais tempo para entrar

Leia mais

Microestrutura (Fases) Parte 2

Microestrutura (Fases) Parte 2 Microestrutura (Fases) Parte 2 1. MICROESTRUTURA 1-4 SOLUBILIDADE 1-5 FORMAÇÃO DE FASE EM SÓLIDOS 1 1-44 SOLUBILIDADE Um material pode ser resultado da combinação de diferentes componentes: - por formação

Leia mais

CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS

CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS Capítulo 8 CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS 8.1 Conceitos gerais A corrosão pode ser definida como a dissolução eletroquímica de metais em íons, liberando elétrons, que ocorre quando metais dessemelhantes

Leia mais

Aula sobre Soluções Aula 01 (ENEM) Profº.: Wesley de Paula

Aula sobre Soluções Aula 01 (ENEM) Profº.: Wesley de Paula Aula sobre Soluções Aula 01 (ENEM) Profº.: Wesley de Paula Propriedades das Soluções Classificação das Misturas: Soluções e Dispersões Classificação das soluções O Processo de Dissolução em soluções Relações

Leia mais

3. FORMAÇÃO DA IMAGEM

3. FORMAÇÃO DA IMAGEM 3. FORMAÇÃO DA IMAGEM 3.1 INTRODUÇÃO O sistema de geração da imagem de RM emprega muitos fatores técnicos que devem ser considerados, compreendidos e algumas vezes modificados no painel de controle durante

Leia mais

5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão

5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão 5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão Considerando o tamanho nanométrico dos produtos de síntese e que a caracterização por DRX e MEV não permitiram uma identificação da alumina dispersa

Leia mais

MATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa

MATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa MATERIAIS SEMICONDUTORES Prof.: Sheila Santisi Travessa Introdução De acordo com sua facilidade de conduzir energia os materiais são classificados em: Condutores Semicondutores Isolantes Introdução A corrente

Leia mais

DISPERSÕES. Profa. Kátia Aquino

DISPERSÕES. Profa. Kátia Aquino DISPERSÕES Profa. Kátia Aquino O que é uma dispersão do ponto de vista químico? Mistura de duas ou mais substâncias, em que as partículas de uma fase a fase dispersa se encontram distribuidas em outra

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade com que os seus átomos ou íons estão arranjados um em relação

Leia mais

Tecnologia Mecânica I. Prof. Vinicius Karlinski de Barcellos ESTRUTURA CRISTALINA

Tecnologia Mecânica I. Prof. Vinicius Karlinski de Barcellos ESTRUTURA CRISTALINA Tecnologia Mecânica I Prof. Vinicius Karlinski de Barcellos 2011 ESTRUTURA CRISTALINA 3. Materiais cristalinos ASSUNTO -Estrutura cristalina: conceitos fundamentais célula unitária - Sistemas cristalinos

Leia mais

SEPARAÇÃO DE MISTURAS. Pr ofª Tatiana Lima

SEPARAÇÃO DE MISTURAS. Pr ofª Tatiana Lima SEPARAÇÃO DE MISTURAS Pr ofª Tatiana Lima As separações de misturas estão baseadas nas diferenças de propriedades entre os componentes de uma mistura. Soluções são misturas homogêneas, onde o solvente

Leia mais

Balanço de Massa e Energia Aula 5

Balanço de Massa e Energia Aula 5 Balanço de Massa e Energia Aula 5 Solubilidade, Saturação e Cristalização. Solubilidade: A solubilidade de um sólido (soluto) em uma solução é a quantidade máxima desta substância que pode ser dissolvida

Leia mais

Separação de Misturas

Separação de Misturas 1. Introdução Separação de Misturas As misturas são comuns em nosso dia a dia. Como exemplo temos: as bebidas, os combustíveis, e a própria terra em que pisamos. Poucos materiais são encontrados puros.

Leia mais

9. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO

9. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 18 / IQG 31 9. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO I. INTRODUÇÃO As reações de oxirredução estão entre as reações químicas mais comuns e importantes. Estão envolvidas

Leia mais

Influência de Metais e de Antioxidantes na Estabilidade do Biodiesel de Soja

Influência de Metais e de Antioxidantes na Estabilidade do Biodiesel de Soja Influência de Metais e de Antioxidantes na Estabilidade do Biodiesel de Soja Silmara Furtado da Silva 1, Claudia Cristina Dias 1 e Maria Letícia Murta Valle 1 RESUMO 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro/

Leia mais

Box 2. Estado da solução Estado do solvente Estado do soluto Exemplos

Box 2. Estado da solução Estado do solvente Estado do soluto Exemplos MISTURA E SOLUBILIDADE Box 2 Grande parte das substancias encontradas no dia-a-dia são misturas que sob o aspecto macroscópico apresentam-se com o aspecto homogêneo (uma única fase) ou heterogêneo (mais

Leia mais

Aulas 13 e 14. Soluções

Aulas 13 e 14. Soluções Aulas 13 e 14 Soluções Definição Solução é a denominação ao sistema em que uma substância está distribuída, ou disseminada, numa segunda substância sob forma de pequenas partículas. Exemplos Dissolvendo-se

Leia mais

Química Analítica IV TITULOMETRIA DE COMPLEXAÇÃO

Química Analítica IV TITULOMETRIA DE COMPLEXAÇÃO Química Analítica IV 1 semestre 2012 Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos TITULOMETRIA DE COMPLEXAÇÃO 1 TITULAÇÕES POR COMPLEXAÇÃO Titulometria de complexação ou titulações por complexação são titulações

Leia mais

Química 12º Ano. Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente. Actividades de Projecto Laboratorial. Janeiro 2005. Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva

Química 12º Ano. Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente. Actividades de Projecto Laboratorial. Janeiro 2005. Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva Efeitos da composição em temperaturas de fusão e de ebulição Química 12º Ano Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente Actividades de Projecto Laboratorial Janeiro 2005 Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva

Leia mais

PREPARO DE SOLUÇÕES. Classificação das soluções com relação à quantidade de soluto dissolvido

PREPARO DE SOLUÇÕES. Classificação das soluções com relação à quantidade de soluto dissolvido PREPARO DE SOLUÇÕES Uma solução, no sentido amplo, é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias moleculares ou iônicas. No âmbito mais restrito, as dispersões que apresentam as partículas do disperso

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER RECURSO DISCIPLINA QUÍMICA

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER RECURSO DISCIPLINA QUÍMICA 33) Assinale a alternativa correta, na qual todas as substâncias são compostas e líquidas à temperatura ambiente. A O 3, O 2 ; CH 3 CH 2 OH B H 2 ; CO 2 ; CH 3 OH C H 2 O; NH 3 ; CO D H 2 O; CH 3 CH 2

Leia mais

ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO.

ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO. Nome: Assinatura: P2 de CTM 2012.2 Matrícula: Turma: ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO. NÃO SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES..

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASE

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASE ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais DIAGRAMAS DE FASE PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2º semestre de 2005

Leia mais

DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO

DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO Prof. M.Sc.: Anael Krelling 1 São mapas que permitem prever a microestrutura de um material em função da temperatura e composição de cada componente; Informações sobre fenômenos

Leia mais

DIAGRAMAS DE FASES DIAGRAMAS DE FASES

DIAGRAMAS DE FASES DIAGRAMAS DE FASES DIAGRAMAS DE FASES Prof. MSc: Anael Krelling 1 São mapas que permitem prever a microestrutura de um material em função da temperatura e composição de cada componente; Informações sobre fenômenos de fusão,

Leia mais

Transporte através da Membrana Plasmática. Biofísica

Transporte através da Membrana Plasmática. Biofísica Transporte através da Membrana Plasmática Biofísica Estruturas das células Basicamente uma célula é formada por três partes básicas: Membrana: capa que envolve a célula; Citoplasma: região que fica entre

Leia mais

Capítulo 8: Transferência de calor por condução

Capítulo 8: Transferência de calor por condução Capítulo 8: ransferência de calor por condução Equação da condução de calor Condução de calor unidimensional e em regime permanente Condução Um corpo sólido isolado está em equilíbrio térmico se a sua

Leia mais

Solubilidade & Unidades de Concentração

Solubilidade & Unidades de Concentração Solubilidade & Unidades de Concentração Introdução Como se formam as soluções? Qual é o mecanismo de dissolução? Para responder essas questões devemos estudar as alterações estruturais que ocorrem durante

Leia mais

Características do processo

Características do processo SOLDAGEM POR OXIGÁS Processo de soldagem que utiliza o calor gerado por uma chama de um gás combustível e o oxigênio para fundir o metal-base e o metal de adição A temperatura obtida através da chama é

Leia mais

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS UNIDADE 2 - LIGAÇÕES INTERATÔMICAS 2.1. FORÇAS DE LIGAÇÃO FORTES Importante conhecer-se as atrações que mantêm os átomos unidos formando os materiais sólidos. Por exemplo, uma peça de cobre contém 8,4x10

Leia mais

- CAPÍTULO 2 MATERIAIS CONDUTORES

- CAPÍTULO 2 MATERIAIS CONDUTORES MATERIAIS ELÉTRICOS Prof. Rodrigo Rimoldi - CAPÍTULO 2 MATERIAIS CONDUTORES (Aula 6) Metais Mercúrio (Hg) Metais Único metal líquido à temperatura ambiente; Resistividade relativamente elevada (95 10-8

Leia mais

Como sendo aquelas cujos valores variam apenas com o número atômico e não com a ordem da Tabela Periódica. São propriedades que não se repetem em

Como sendo aquelas cujos valores variam apenas com o número atômico e não com a ordem da Tabela Periódica. São propriedades que não se repetem em Como sendo aquelas cujos valores variam apenas com o número atômico e não com a ordem da Tabela Periódica. São propriedades que não se repetem em ciclos, períodos ou famílias. O Calor Específico varia

Leia mais

Disciplina de Físico Química I - Tipos de Soluções Propriedades Coligativas. Prof. Vanderlei Inácio de Paula contato: vanderleip@anchieta.

Disciplina de Físico Química I - Tipos de Soluções Propriedades Coligativas. Prof. Vanderlei Inácio de Paula contato: vanderleip@anchieta. Disciplina de Físico Química I - Tipos de Soluções Propriedades Coligativas. Prof. Vanderlei Inácio de Paula contato: vanderleip@anchieta.br Misturas - soluções A grande maioria dos sistemas encontrados

Leia mais

SOLIDIFICAÇÃO DOS FERROS FUNDIDOS CONFIDENCIAL. Diagrama de Fases Todos os direitos reservados

SOLIDIFICAÇÃO DOS FERROS FUNDIDOS CONFIDENCIAL. Diagrama de Fases Todos os direitos reservados SOLIDIFICAÇÃO DOS FERROS FUNDIDOS Diagrama de Fases 1 Diagramas de Fases As propriedades das ligas metálicas são fortemente dependentes da sua microestrutura. O desenvolvimento da microestrutura é descrita

Leia mais