Estudo da Regra Operativa e Avaliação de um Mecanismo de Transposição de Peixes do tipo Elevador com Caminhão Tanque

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estudo da Regra Operativa e Avaliação de um Mecanismo de Transposição de Peixes do tipo Elevador com Caminhão Tanque"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos Estudo da Regra Operativa e Avaliação de um Mecanismo de Transposição de Peixes do tipo Elevador com Caminhão Tanque Paulo dos Santos Pompeu Belo Horizonte 2005

2 Estudo da Regra Operativa e avaliação de um Mecanismo de Transposição de Peixes do tipo Elevador com Caminhão Tanque Paulo dos Santos Pompeu

3 Estudo da Regra Operativa e avaliação de um Mecanismo de Transposição de Peixes do tipo Elevador com Caminhão Tanque Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos como requisito para obtenção do grau de doutor. Área de concentração: Recursos Hídricos Linha de pesquisa: Sistemas Hidroenergéticos Orientador: Carlos Barreira Martinez Belo Horizonte Escola de Engenharia da UFMG 2005

4 Página com as assinaturas dos membros da banca examinadora, fornecida pelo colegiado do Programa.

5 Dedicatória Dedico este trabalho à comunidade de pescadores do vale do Mucuri, humildes defensores do rio, que vêm sendo acusados injustamente do declínio da pesca local, a despeito das grandes interferências humanas na bacia. v

6 Agradecimentos Gostaria de prestar aqui meu agradecimento às instituições e pessoas que tornaram possível a realização deste trabalho. Ao Prof. Carlos Barreira Martinez, orientador no sentido pleno da palavra, pela dedicação, apoio e grande amizade, construída ao longo destes quase três anos de produtiva convivência. À Companhia Hidrelétrica Santa Clara (CESC), Construtora Queirós Galvão e Limiar Engenharia, que financiaram este estudo em parceria com a UFMG, através do Centro de Estudos em Transposição de Peixes. Agradeço especialmente ao Srs. Dório e Carlos Alberto (Companhia Queirós Galvão / CESC), Sr. René (Auston / CESC), Sr. Ricardo Parma e Sra. Virgínia (Limiar Engenharia). Ao biólogo Hernando Freire Silva e ao amigo Ivo Alves Figueiredo pelo brilhante trabalho durante a transposição manual de peixes, bem como aos amigos pescadores Ivanildo, Márcio, Menguinha, Gilberto, Ranieri, Ademir, Dedé e Isopor, que efetuaram as coletas. Aos meus colegas de CPH, especialmente Hersília, Viviane, Édna e Giuseppe, que com companheirismo e amizade aceitaram conviver diariamente com um biólogo inquieto. Não podia imaginar que trabalhar com este bando de engenheiros me acrescentaria tanto, e proporcionaria tão bons momentos. Aos amigos biólogos Fábio Vieira, Luiz Gustavo, Alexandre Godinho, Volney Vono, Gilmar Bastos Santos e Carlos Bernardo Mascarenhas Alves pelas valiosas críticas ao manuscrito e aos demais componentes do Laboratório de Ictiologia pelo apoio e amizade durante toda a realização do trabalho. Aos estagiários Luiz Felipe e Lorena, pelo auxílio nos trabalhos de laboratório. Aos professores do curso de mestrado, em especial Márcio Baptista, Nilo Nascimento e Mauro Naghettini que, além de contribuir em minha formação, assumiram o risco de aceitar um biólogo como aluno de doutorado em Hidráulica e Recursos Hídricos. vi

7 À Beatriz, pelo carinho, atenção e incentivo. À Gabriela e Paulo Henrique, pela fonte inesgotável de inspiração e força para enfrentar os desafios. Aos meus familiares, em especial aos meus pais, irmãos e avó, que me apoiaram e incentivaram durante todos estes anos. Aos meus amigos, em especial Jean, Rodrigo Otávio (Vick), André, Luiz Alfredo (Lú) e Rodrigo Câmara (Mcgiver) pelo apoio e amizade. A Deus e a todas as pessoas que eu tenha esquecido de mencionar e que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho. vii

8 Resumo O presente estudo teve como objetivo a determinação dos parâmetros ótimos de operação (regra operativa) do mecanismo de transposição do tipo elevador com caminhão tanque da UHE - Santa Clara, bem como a avaliação de sua eficiência e seletividade. A transposição manual de peixes junto à barragem da UHE Santa Clara, realizada durante o período de piracema de 2002/2003 e a operação do elevador para peixes durante a piracema 2003/2004 foram monitoradas. Todos os exemplares transpostos foram identificados, marcados e medidos antes de sua liberação no reservatório. A possibilidade de passagem de peixes para jusante foi avaliada através da recaptura a jusante da barragem dos exemplares marcados. Um pequeno número de indivíduos foi capaz de transpor a barragem, aparentemente pelos vertedores. Ovos e larvas de peixes também atravessam passivamente o reservatório, principalmente durante os picos de cheia. No entanto, as amostras coletadas a montante apresentaram densidade de ovos substancialmente maior, com picos de até 4 mil ovos por m 3, contra um máximo de pouco mais de 250 ovos por m 3 a jusante. Durante a piracema 2003/2004 foram transpostos pelo elevador exemplares de 32 espécies de peixes, que corresponderam a 68% da riqueza do baixo rio Mucuri. Menos de 0,5% morreram ou foram feridos durante a transposição. Quando comparada com as populações do rio, observou-se, para algumas espécies, capturas menos representativas de exemplares de menor tamanho. Characiformes migradores apresentaram picos de captura em torno do meio do dia, se contrapondo aos Siluriformes que foram registrados principalmente à noite. A porcentagem da população de jusante que utilizou o elevador variou de 0,2 % para o cascudo-preto (Poponopoma wertheimeri) até 16,1 % para o piau-branco (L. conirostris), sendo em média de 7% para o conjunto de espécies migradoras. Duas alternativas de regra operativa puderam ser propostas, com o objetivo de minimizar o volume de água utilizado pelo elevador e maximizar o número de exemplares transpostos: a priorização de ciclos de transposição durante o dia, com a realização de operações noturnas somente em dias chuvosos e a operação do mecanismo em períodos de maior vazão. Comparado com o tipo de operação atual, a alternativa proposta poderia representar acréscimo de até 35 % no número de indivíduos de espécies migradoras transpostos, bem como uma economia em valor presente de até R$ ,00, considerando-se taxas de juros anuais de 8% e vida útil do empreendimento de 30 anos. Palavras chave: Elevador para peixes, transposição para jusante, migração, rio Mucuri, ecohidráulica. viii

9 Abstract Study of the operational procedures and evaluation of a fish lift with a trap and truck system. The current study had the objective of determining the best operational parameters of the fish lift located at the Santa Clara Power Plant, as well as the evaluation of its efficiency and selectivity. The manual fish transposition at the Santa Clara Dam, which was done during the 2002/2003 migration period and the operation of the fish lift, during the 2003/2004 migration period were monitored. All the individuals which were transferred had been identified, tagged and measured before they were released in the reservoir. The possibility of downstream passage was evaluated through the recapture of tagged individuals downstream the dam. A small number of individuals were capable of passing the barrier, apparently through the spillways. Fish eggs and larvae also passively passed the reservoir, mainly during the rainiest periods. However, samples upstream showed a substantially bigger density of eggs reaching a top of 4000 eggs per m 3, while the dowstream samples showed a top of only 250 eggs per m 3. During the 2003/2004 migration period individuals of 32 species passed through the lift, which corresponds to 68% of the low Mucuri river fish richness. Less than 0.5% died or was injured during the passage. When compared to the river s population, less representative captures of smaller individuals, could be observed. Characiformes were more captured around midday while Siluriformes were more registered at night. The percentage of downstream populations that used the elevator ranged from 0.2% for the cascudo-preto to 16.1% for the piau-branco reaching an average of 7% of all migratory species. Two alternatives concerning the rules of operational procedures, in order to cut down on the water volume used by the elevator and to increase the number of passing individuals were proposed: to perform transposition cycles during the day, with night operations only on rainy days, and in large flow periods. Comparing to the present operational procedures, the proposed alternatives could increase up to 35% of passing migratory individuals, as well as an R$ ,00 saving, considering an annual interest rate of 8% and a 30 year s lifetime. Keywords: Fish lift, downstream passage, fish migration, Mucuri River, ecohydraulics. ix

10 SUMÁRIO Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG Lista de abreviaturas e símbolos Lista de figuras Lista de tabelas Apresentação geral... 1 Transposição de peixes, um desafio para o Brasil Apresentação Introdução O ciclo de vida de peixes migradores brasileiros Os principais mecanismos para transposição de peixes O rio Mucuri, sua ictiofauna, a barragem de Santa Clara e seu elevador para peixes Apresentação O rio Mucuri Ictiofauna do rio Mucuri A migração dos peixes do rio Mucuri A atividade de pesca no rio Mucuri A barragem da UHE Santa Clara O reservatório da UHE Santa Clara O sistema de transposição de peixes da UHE Santa Clara Transposição manual de peixes: uma oportunidade para a avaliação das condições de transposição para montante e jusante, e aumento do conhecimento sobre a ictiofauna da região Apresentação Introdução Objetivos Metodologia Resultados Transposição de peixes Avaliação da descida de peixes x

11 3.5.3 Avaliação da capacidade dos peixes em atravessar o reservatório após a sua transposição Discussão Avaliação do elevador da UHE Santa Clara Apresentação Introdução Objetivos Metodologia Resultados Estimativa populacional e marcação pré-operação do elevador Transposição através do elevador para peixes Discussão Determinação da regra operativa do elevador para peixes da UHE Santa Clara Apresentação Bases biológicas Metodologia Resultados Discussão Comentários finais e sugestões para trabalhos futuros Apresentação Introdução Quanto à transposição manual Quanto à eficiência da transposição através de elevadores com caminhãotanque Proposição de mudanças no elevador Sugestões para trabalhos futuros xi

12 7 Referências bibliográficas Anexo Anexo Anexo Anexo Anexo xii

13 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS CESC Companhia Energética Santa Clara COPAM Comitê de Políticas Ambientais do Estado de Minas Gerais CPUE capturas por unidade de esforço DBO Demanda Biológica de Oxigênio E Equitabilidade f marcação inicial FRC fator de recuperação de capital H Índice de diversidade de Shannon I espécie 1, 2... na amostra i marcação final J taxa anual de jurus Mi indivíduos marcados na população antes da iesima amostra Mi número de indivíduos capturados na iésima amostra MW Mega Watt N número de espécies N tamanho da população Nc número de ciclos de transposição no período avaliado Ni número de indivíduos transpostos da espécie i ni tamanho da iésima amostra Pi proporção de indivíduos da espécie i na amostra S número de amostras S número total de espécies na amostra t tempo de retorno UHE Usina Hidroelétrica v valor economizado v volume filtrado VNP valor nominal presente xiii

14 LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 Modelo geral dos movimentos dos peixes migradores da bacia dos rios Paraná e São Francisco... 6 Figura 1.2 Esquema das escadas de piscina com vertedor e ranhura vertical... 7 Figura 1.3 Esquema das escadas tipo Denil... 8 Figura 1.4 Esquema de uma eclusa para peixes... 9 Figura 1.5 Esquema de um elevador para peixes Figura 1.6 Principais componentes de um mecanismo do tipo elevador com caminhãotanque Figura 1.7 Escada de peixes construída no Brasil, Barragem de Itaipava, Município de Santa Rosa de Viterbo SP Figura 1.8 Escada de peixes da usina de Salto do Morais, rio Tijuco, bacia do Paranaíba. 14 Figura 2.1 Mapa da bacia do rio Mucuri, indicando as principais cidade da região e a localização da Usina Hidrelétrica de Santa Clara Figura 2.2 Distribuição histórica anual das vazões mensais do rio Mucuri em Nanuque Figura 2.3 Vistas do médio e baixo cursos do rio Mucuri Figura 2.4 Distância máxima da foz em que foi registrada cada uma das espécies marinhas do rio Mucuri Figura 2.5 Distribuição das espécies entre as regiões do rio Mucuri Figura 2.6 Espécies de origem marinha encontradas no rio Mucuri Figura 2.7 Espécies dulciaquícolas migradoras do rio Mucuri Figura 2.8 Figura 2.9 Comparação entre o comprimento padrão da curimatá (Prochilodus vimboides) entre as diversas regiões do rio mucuri ao longo do ano Espécies mais importantes para a pesca comercial do rio Mucuri, em biomassa Figura 2.10 Ivanil e Ranieri, pescadores afiliados à colônia Z9, de Nanuque, exercendo sua atividade no rio Mucuri Figura 2.11 Vista aérea da UHE Santa Clara Figura 2.12 Vista lateral do projeto do canal de entrada e caçamba de elevação do mecanismo de transposição de peixes da UHE Santa Clara Figura 2.13 Seqüência de operação do elevador de peixes da UHE Santa Clara Figura 2.14 Comporta reguladora Figura 2.15 Desnível criado pela comporta Figura 2.16 Grade confinadora em posição de abertura Figura 2.17 Grade móvel em sua posição inferior Figura 2.18 Grade fixa Figura 2.19 Elevador da caçamba xiv

15 Figura 2.20 Válvula do fundo da caçamba Figura 2.21 Vista parcial do conduto de água de atração Figura 2.22 Vista superior da válvula borboleta instalada ao final da tubulação de atração Figura 2.23 Tanque instalado sobre o caminhão Figura 3.1 Transposição manual de peixes junto à barragem da UHE Santa Clara Figura 3.2 Cartaz informativo sobre o programa de marcação de peixes no rio Mucuri, distribuído ao longo da bacia Figura 3.3 Ficha com as características utilizadas para a caracterização das larvas coletadas Figura 3.4 Número relativo de peixes transpostos por espécie Figura 3.5 Distribuição das capturas ao longo do dia Figura 3.6 Distribuição dos exemplares transpostos por classe de tamanho de comprimento padrão Figura 3.7 Número relativo de exemplares marcados e exemplares recapturados por classe de tamanho Figura 3.8 Número relativo de exemplares marcados e exemplares recapturados das principais espécies estudadas Figura 3.9 Número de dias decorridos entre a marcação e a recaptura dos indivíduos a jusante Figura 3.10 Vazão vertida, vazão total do rio Mucuri e número de indivíduos capturados ao longo do período de estudos Figura 3.11 Vazão do rio Mucuri e densidade de ovos e larvas coletados a montante e a jusante do reservatório da UHE Santa Clara Figura 3.12 Comparação entre o comprimento padrão das larvas de Characiformes migradores a montante e a jusante do reservatório da UHE Santa Clara Figura 3.13 Vazão do rio Mucuri e densidade de larvas de Characiformes migradores a montante e a jusante do reservatório da UHE Santa Clara entre os dias 15 de outubro de 2002 e 15 de fevereiro de Figura 3.14 Número de indivíduos recapturados no reservatório e no rio Mucuri a montante, por espécie recapturada Figura 4.1 Precipitações mensais totais na bacia do Mucuri entre os meses de outubro e março dos anos de 2002/2003 e 2003/ Figura 4.2 Precipitações diárias e vazões afluentes na região da barragem da UHE Santa Clara durante o período de operação do elevador para peixes Figura 4.3 Temperatura atmosférica média diária durante o período de operação do elevador para peixes da UHE Santa Clara xv

16 Figura 4.4 Figura 4.5 Figura 4.6 Figura 4.7 Figura 4.8 Figura 4.9 Figura 4.10 Figura 4.11 Figura 4.12 Figura 4.13 Figura 4.14 Figura 4.15 Figura 4.16 Figura 4.17 Figura 4.18 Estimativas populacionais para o cascudo-preto (P. wertheimeri) durante o período de marcação pré-operação do elevador de peixes Estimativas populacionais para a curimatá (P. vimboides) durante o período de marcação pré-operação do elevador de peixes Número relativo de espécies transpostas e não transpostas pelo elevador de Santa Clara, para o conjunto de espécies da região, Characiformes migradores, Siluriformes e Marinhos Abundância relativa das principais espécies alvo no baixo curso do rio Mucuri, durante as fases pré e pós construção da UHE Santa Clara, durante a transposição manual de peixes em 2002/2003 e através do elevador para peixes em 2003/ Número relativo de espécies de pequeno e médio/grande portes transpostos e não transpostos pelo elevador de peixes da UHE Santa Clara Comparação das abundâncias relativas por classe de tamanho entre os indivíduos capturados pelo elevador, pela transposição manual em 2002/2003 e composição natural do rio para todas as espécies Comparação das abundâncias relativas por classe de tamanho entre os indivíduos capturados pelo elevador, pela transposição manual em 2002/2003 e composição natural do rio para o cascudo-preto (P. wertheimeri) Comparação das abundâncias relativas por classe de tamanho entre os indivíduos capturados pelo elevador, pela transposição manual em 2002/2003 e composição natural do rio para a curimatá (P. vimboides) Comparação das abundâncias relativas por classe de tamanho entre os indivíduos capturados pelo elevador, pela transposição manual em 2002/2003 e composição natural do rio para o piau-branco (L. conirostris) Comparação das abundâncias relativas por classe de tamanho entre os indivíduos capturados pelo elevador, pela transposição manual em 2002/2003 e composição natural do rio para o piau-capim (L. steindachnerii) Comparação das abundâncias relativas por classe de tamanho entre os indivíduos capturados pelo elevador, pela transposição manual em 2002/2003 e composição natural do rio para a piabanha (B. ferox) Número relativo de indivíduos machucados ou mortos durante a operação do elevador da UHE Santa Clara, por grandes grupos Ranking, riqueza e diversidade de espécies transpostas durante os períodos noturno e diurno Distribuição das capturas totais, de Characiformes migradores, Siluriformes e peixes marinhos ao longo do dia, no elevador da UHE Santa Clara Distribuição das capturas por unidade de esforço em número ao longo do dia para as principais espécies de peixes transpostas pelo elevador da UHE Santa Clara xvi

17 Figura 4.19 Figura 4.20 Figura 4.21 Figura 4.22 Figura 4.23 Figura 5.1 Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG Curva de permanência para as vazões efluentes da barragem da UHE Santa Clara Abundância cumulativa dos grupos de espécies por classe de vazão efluente da barragem da UHE Santa Clara Distribuição das capturas mensais do pitu (M. carcinus) ao longo do período de estudos Número relativo de pitus (M. carcinus) adultos transpostos pelo elevador, por classe de tamanho Número relativo de pitus (M. carcinus) jovens transpostos pelo elevador, por classe de tamanho Relação entre o número diário de peixes migradores transpostos e as vazões afluentes no rio Mucuri Figura 5.2 Relação entre o número de indivíduos transpostos e o custo da perda energética por indivíduo, para diferentes períodos de piracema, considerandose a operação somente no período diurno Figura 6.1 Proteção instalada junto aos equipamentos de comendo e situação anterior Figura 6.2 Guias instaladas e situação anterior Figura 6.3 Caminhão utilizado atualmente e anteriormente Figura 6.4 Detalhe da canaleta e situação anterior Figura 6.5 Situação atual da comporta confinadora e situação anterior Figura 6.6 Borrachas laterais instaladas na caçamba e situação anterior Figura 6.7 Tela instalada na caçamba e situação anterior xvii

18 LISTA DE TABELAS Tabela 1.1 Tabela 2.1 Tabela 2.2 Comparação entre algumas características do processo reprodutivo dos peixes salmonídeos da América do Norte e dos peixes migradores brasileiros Classificação dos parâmetros monitorados em ordem decrescente segundo o percentual de violações de classe de enquadramento na parte mineira da bacia do rio Mucuri, no período de 1997 a Algumas características hidrológicas do rio Mucuri, em Nanuque, e de seus dois principais afluentes Tabela 2.3 Nome científico e popular das espécies registradas na bacia do rio Mucuri durante os trabalhos ambientais para a UHE de Santa Clara Tabela 3.1 Número de indivíduos capturados por espécie Tabela 3.2 Taxa de mortalidade para cada uma das espécies transpostas Tabela 3.3 Número de indivíduos, nome científico e popular das espécies do rio mucuri capturadas e marcadas a jusante da UHE Santa Clara Tabela 3.4 Número de espécies marcadas e recapturadas a jusante, por grandes grupos Tabela 3.5 Tabela 3.6 Tabela 3.7 Tabela 3.8 Tabela 3.9 Tabela 3.10 Tabela 3.11 Tabela 4.1 Tabela 4.2 Tabela 4.3 Porcentagem de larvas correspondentes à cada uma das ordens, nas amostragens a montante do reservatório e a jusante da barragem da UHE Santa Clara Porcentagem de larvas correspondentes à cada um dos grupos de Characiformes, nas amostragens a montante do reservatório e a jusante da barragem da UHE Santa Clara Porcentagem de larvas correspondentes à cada um dos grupos de Siluriformes, nas amostragens a montante do reservatório e a jusante da barragem da UHE Santa Clara Porcentagem de larvas correspondentes à cada um dos grupos de Perciformes, nas amostragens a montante do reservatório e a jusante da barragem da UHE Santa Clara Comprimento padrão médio e número de indivíduos amostrados para cada grupo de peixes identificado, por região de coleta Síntese dos dados dos exemplares recapturados a montante da barragem de Santa Clara, por espécie recapturada Tempo de eclosão e comprimento padrão das larvas nos primeiros dias de vida para espécies de peixes do mesmo gênero dos migradores do rio Mucuri Número de indivíduos por espécie marcada durante o período pré-operação do elevador para peixes da UHE Santa Clara Estimativa de tamanho populacional no período de pré-operação do elevador para peixes da UHE Santa Clara Número total e abundância relativa das 32 espécies de peixes transpostas durante a operação do elevador para peixes da UHE Santa Clara xviii

19 Tabela 4.4 Tabela 4.5 Tabela 4.6 Tabela 4.7 Tabela 5.1 Tabela 5.2 Número relativo de indivíduos mortos e machucados por espécie transposta pelo elevador de peixes da UHE Santa Clara Abundância e captura por unidade de esforço em número nos períodos noturno e diurno, para as espécies com mais de cinco indivíduos transpostos. 88 Relações estatísticas entre a abundância de diversos grupos de espécies transpostas e as vazões e precipitação no rio Mucuri Comparações entre o número de indivíduos marcados pré-transposição, as populações estimadas e o resultado da transposição através do elevador para peixes Número potencial de indivíduos transpostos mensalmente pelo elevador da UHE Santa Clara, estimado a partir da média histórica de vazões e permanência mensal de vazões inferiores a 142 m 3 /s Comparação dos custos e do número de indivíduos transpostos entre o novo período de piracema proposto (novembro a março com operações diurnas) e as piracemas legais comuns, com operação ao longo de todo o dia xix

20 Apresentação Geral O presente estudo teve como objetivo a determinação dos parâmetros ótimos de operação (regra operativa) do mecanismo de transposição do tipo elevador com caminhão tanque da UHE - Santa Clara, bem como a avaliação de sua eficiência. Mecanismos de transposição de peixes do tipo caminhão-tanque têm sido propostos para um grande número de aproveitamentos hidrelétricos. Em Minas Gerais, estão indicados para pelo menos 10 empreendimentos em processo de licenciamento ou implementação nas bacias do rio Doce, Paraíba do Sul e Jequitinhonha. Por pertencerem ao mesmo domínio biogeográfico, denominado bacias do leste, estas bacias compartilham com o Rio Mucuri, a maioria das espécies migradoras. Desta maneira, espera-se que as informações obtidas através deste trabalho sejam de grande relevância para a avaliação da conveniência, bem como forneça subsídios para a implementação e operação deste tipo de mecanismo em outros empreendimentos hidrelétricos. Cabe salientar que o mecanismo de transposição de Santa Clara constitui o primeiro elevador com caminhão-tanque a entrar em operação em Minas Gerais, e provavelmente no Brasil. Adicionalmente, estas informações também poderão ser bastante úteis para a avaliação da eficiência e melhor planejamento de elevadores convencionais, que também têm sido implantados em diversas barragens, e que possuem mecanismo de atração e captura idênticos. Trabalhos de avaliação e acompanhamento de mecanismos de transposição de peixes no Brasil são escassos, e se concentraram principalmente em escadas para peixes (Fontenele, 1961; Godoy, 1987; Bertoletti, 1987; Godinho et. al., 1991; UFV-FUNARBE, 1995). Não existem, portanto, estudos sobre a eficiência de elevadores de peixes de qualquer tipo operando nos nossos rios, bem como sobre o comportamento de nossa ictiofauna frente a mecanismos desta natureza

21 É importante observar, que a maioria das perguntas respondidas para a elaboração da regra operativa do mecanismo de transposição da UHE Santa Clara, em particular as relativas ao processo de migração, constituem informações originais desconhecidas para a quase totalidade das espécies de peixes da América do Sul. Os resultados oriundos desta tese já renderam duas publicações: um artigo em periódico nacional (Anexo 1) e um artigo publicado em congresso internacional (Anexo 2). Um artigo já foi submetido a periódico nacional (Anexos 3) e outros dois, provisoriamente intitulados Effiency and selectivity of a fishway with a trap and truck system in Brazil e The possibility of downstream migratory fish s eggs and larvae passage through a Hydroelectric Power Plant in Brazil, encontram-se em fase de preparação para submissão em periódicos internacionais. O desenvolvimento desta tese também gerou, de forma indireta, outros dois trabalhos completos em congresso internacional: um como primeiro autor (Anexo 4) e outro em colaboração com a pesquisadora Viviane Pinto Ferreira Magalhães (Anexo 5)

22 Capítulo 1 Transposição de peixes, um desafio para o Brasil. 1.1 APRESENTAÇÃO Neste capítulo introdutório, são apresentados aspectos relativos à transposição de peixes no Brasil, com o objetivo de situar o trabalho desenvolvido no cenário de conhecimento atual. 1.2 INTRODUÇÃO O barramento de rios causa profundas modificações no ambiente aquático e nas comunidades aí presentes (Sale, 1985). Entre os empreendimentos responsáveis por estes impactos, destacam-se as barragens destinadas à formação de reservatórios de usinas hidrelétricas. O novo ambiente, formado após o barramento, apresenta características muito diferentes do original e as comunidades distinguem-se significativamente daquelas que ocorriam nos trechos lóticos originais ou remanescentes. Assim, o resultado inevitável destes empreendimentos, em relação à fauna aquática, é a alteração na abundância e riqueza de espécies, com proliferação de algumas e redução ou mesmo eliminação de outras (Agostinho, 1994). Entre as comunidades aquáticas, destacam-se os impactos sobre os peixes, principalmente por serem elementos mais facilmente visualizáveis no ambiente, por apresentarem valor econômico (pesca) e por serem sensíveis à mudanças ocorridas em outros componentes do sistema aquático. Para as espécies de piracema as barragens constituem, em sua maior parte, obstáculos intransponíveis, alterando, ou mesmo impedindo o recrutamento 1 em suas populações. Já as espécies que habitam preferencialmente regiões de substrato rochoso e corredeiras também são afetadas através da perda de hábitats com a formação do reservatório. Estas modificações nas 1 = Incorporação de novos indivíduos à população via reprodução

23 comunidade de peixes levam à alteração nas atividades comerciais relacionadas à pesca, influenciando na condição sócio-econômica dos pescadores (e.g. Sato & Osório 1988). Embora apenas uma pequena fração de nossas espécies seja de piracema (Petrere Jr. 1985; Godinho & Godinho 1994), peixes migradores (ou de piracema), devido ao seu maior tamanho (Lamas 1993) e sua maior abundância (Northcote 1978), são os mais importantes para as pescas profissional (Goulding 1979, Bittencourt & Cox-Fernandes 1990, Godinho 1993) e amadora. Apesar da importância incontestável, os peixes brasileiros de piracema carecem de estudos experimentais relacionados à migração (Godinho & Godinho 1994). A magnitude dos impactos sobre a comunidade de peixes varia em função das características da fauna local, das características da obra (localização da barragem em relação à área de distribuição das populações, área do reservatório, altura do barramento, etc.), da morfometria da bacia (padrões de circulação, profundidade, área), da existência de outras barragens a montante e a jusante e dos procedimentos operacionais dos empreendimentos instalados na bacia (Agostinho, 1994; Power et al. 1996). Assim, alguns efeitos dos barramentos sobre os rios e sua biota são imediatos e óbvios, enquanto outros são graduais e sutis (Petts, 1980; Brooks, 1994). O número de trabalhos no Brasil relatando as alterações das comunidades de peixes, advindas do processo de barramento de rios, é relativamente extenso (Petrere-Jr., 1989; Barthem et al., 1991; Bazzoli et al., 1991; Agostinho et al. 1994, entre outros). O Setor Elétrico brasileiro, através da Eletrobrás, tem demonstrado especial atenção para este tema, o que pode ser constatado através de várias publicações que sintetizam o estado da arte em análise ambiental, para empreendimentos hidrelétricos no Brasil (COMASE, 1994a, 1994b, 1994c, 1995a, 1995b e 1995c). A reprodução representa um dos aspectos mais importantes da biologia de uma espécie, visto que de seu sucesso depende a manutenção, a longo prazo, de populações viáveis. Migração reprodutiva ou piracema, termo mais utilizado no Brasil, é um importante fator do ciclo reprodutivo de muitas espécies de peixes (Petrere, 1985; Welcomme, 1985). Nas últimas décadas, a intensificação do uso de cursos d água pelo homem tem contribuído substancialmente com alterações que afetam adversamente este processo. Deste modo, em diversos rios tem sido detectada diminuição de estoques pesqueiros, atribuída, entre outros fatores, a falhas no recrutamento por interrupção da migração dos peixes (Godinho & Godinho, 1994)

24 Como salientado anteriormente, entre os empreendimentos que afetam a migração, destacam-se as barragens, estando incluídas entre estas, as destinadas à formação de reservatórios de usinas hidrelétricas. Além de constituir uma barreira a migração dos peixes, a construção de represas hidrelétricas afeta diretamente as várzeas e lagoas marginais, uma vez que diminui o nível de flutuação das águas do rio (Bernacsek, 1984). Muitas alternativas para minimizar os efeitos adversos dos barramentos sobre a migração dos peixes têm sido propostas e implementadas. Entretanto, este é um processo complexo que exige estratégias integradas entre diversas áreas e profissionais, em especial, biólogos e engenheiros. Entre as estratégias empregadas para atenuar os efeitos do bloqueio exercido por barramentos na migração dos peixes está a construção de mecanismos de transposição, estruturas hidráulicas que têm como objetivo principal permitir a subida e/ou descida dos peixes. A legislação recente de alguns estados (p.e. Minas Gerais, 1997) tem tornado obrigatória sua construção em barragens, incluídas as destinadas à formação de reservatórios de usinas hidrelétricas. 1.3 O CICLO DE VIDA DE PEIXES MIGRADORES BRASILEIROS Inúmeras espécies de peixes de água doce realizam, ao longo de seu ciclo de vida, movimentos complexos conhecidos como migração. Os padrões migratórios mais simples consistem no deslocamento periódico de indivíduos (jovens ou adultos) de um sítio para outro com posterior retorno ou não para o sítio ocupado anteriormente. Padrões migratórios mais complexos incluem deslocamentos para um terceiro ou até mesmo um quarto sítio (Northcote, 1978). O deslocamento entre dois sítios com fins reprodutivos é chamado de migração reprodutiva enquanto que com fins alimentares, de migração trófica. Os peixes de água doce são classificados em potamódromos, quando migram exclusivamente em água doce, e diádromos, quando migram entre o mar e a água doce. Os diádromos podem ser divididos em catádromos quando vivem na água doce e migram para desovarem no mar ou em anádromos quando vivem no mar e migram para a água para desovarem (McDowall 1988). No América do Sul, espécies potamodrómicas são mais comuns do que diadrômicas e, entre estes últimos, os catádromos são mais comuns

25 Em nosso país, os peixes migradoras são os mais importantes para as pescas comercial e esportiva, compreendendo principalmente espécies das ordens Characiformes (p. e. dourados, curimbatás e piaus) e Siluriformes (p. e. surubins, mandis e jaús), todas elas potamodrômicas. Para as bacias dos rios Paraná e São Francisco, os movimentos migratórios podem ser descritos segundo os modelos apresentados por Petrere (1985) e Godinho & Pompeu (2003). Sazonalmente, os adultos migram dos sítios de alimentação para locais de reprodução, em processo conhecido popularmente como piracema. Geralmente, este processo acontece rio acima. Embora a piracema constitua o movimento migratório mais evidente, os deslocamentos dos peixes migradores ainda incluem o carreamento de ovos e larvas, rio abaixo, em direção às várzeas e lagoas marginais, o movimento de retorno dos adultos para os sítios de alimentação e movimentos de indivíduos jovens em direção ao rio ou a pequenos córregos (Figura 1.1). Adultos (piracema) Adultos (piracema) Adultos Sítio de desova (rio) Sítio de alimentação (rio) Sítio de Ovos e larvas desenvolvimento inicial (planície de inundação) Jovens Sítio de Jovens e adultos refúgio (ribeirões) Jovens Figura 1.1 Modelo geral dos movimentos dos peixes migradores da bacia dos rios Paraná e São Francisco (Fonte: Godinho & Pompeu, 2003)

26 1.4 OS PRINCIPAIS MECANISMOS PARA TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES Mecanismos de transposição de peixes são, essencialmente, condutos de água, através ou por volta de um obstáculo, que dissipam a energia hidráulica de maneira a permitir que o peixe possa subi-lo sem excessivo estresse (Clay, 1995). São considerados mecanismos de transposição de peixes as escadas, eclusas e elevadores. A escada para peixe, mecanismo de transposição mais popular e mais utilizado em todo o mundo, consiste em uma série de tanques em degraus comunicando o trecho de montante com o de jusante, com água passando de tanque para tanque (Clay, 1995). Os peixes sobem a escada pulando ou nadando através dos tanques. Existem vários tipos de escadas para peixes, que variam principalmente com relação à forma de suas ranhuras. Escadas com piscinas, consistem em canais nos quais as obstruções criam piscinas, onde é possível o peixe descansar. As formas dessas obstruções são bastante variadas, podendo a água passar por cima, através de vertedores, por baixo, através de orifícios ou lateralmente, através de fendas laterais. A figura 1.2 mostra esquemas da escada de ranhura vertical e piscina com vertedor. Figura 1.2 Esquema das escadas de piscina com vertedor (acima) e ranhura vertical (abaixo) (Fonte: Santos, 2004)

27 O grupo das escadas do tipo Denil recebeu esse nome em homenagem a um dos primeiros pesquisadores de mecanismos de transposição de peixes, o engenheiro civil Denil que criou um mecanismo para a migração dos salmões na barragem de Angleur, localizada no rio Ourthe na Bélgica (Larinier, 2002). O funcionamento de tais estruturas baseia-se na passagem da água por grandes orifícios presentes em defletores. Dessa forma criam-se correntes helicoidais secundárias, responsáveis por uma eficiente dissipação de energia (Larinier, 2002). A forma dos defletores é basicamente a mesma nesse grupo de escadas, se diferenciando na inclinação e nos tipos de orifícios presentes nos mesmos (Figura 1.3). Figura 1.3 Esquema das escadas tipo Denil (Fonte: Santos, 2004). O funcionamento de eclusas é bastante parecido com o daquelas construídas para navios. Tais mecanismos consistem basicamente em câmaras que são fechadas após a entrada do peixe, onde o nível da água é aumentado através de uma canalização de adução interna. Para a saída do peixe da câmara, são criadas correntes descendentes dentro da mesma que posteriormente são quebradas com a abertura da comporta de montante (Figura 1.4)

28 Figura 1.4 Esquema de uma eclusa para peixes (Fonte: adaptado de Travade & Larinier, 2002). Elevadores para peixes são sistemas mecânicos no qual o peixe é capturado em um tanque apropriadamente dimensionado e localizado na base da barragem, sendo o mesmo posteriormente elevado e aberto a montante, permitindo a saída dos peixes em direção ao reservatório (Figura 1.5). É possível encontrar ainda uma variante desse mecanismo, conhecida como elevador tipo caminhão tanque. Nesse sistema, o peixe após ser capturado é conduzido a um tanque de um caminhão apropriado que fará o deslocamento de jusante para montante da barragem (Clay, 1995)

29 Figura 1.5 Esquema de um elevador para peixes (Fonte: adaptado de Travade & Larinier, 2002). O funcionamento de um elevador com caminhão-tanque pode ser entendido através do detalhamento das diferentes etapas que caracterizam um ciclo de transposição (Figura 1.6): 1) As espécies migradoras são atraídas através de um fluxo de água para o interior do elevador; 2) Após entrar no elevador, um sistema de grades aprisiona os peixes em uma caçamba submersa; 3) A caçamba é içada e direcionada sobre um caminhão; 4) Os peixes são transferidos da caçamba para o caminhão tanque, que então os transporta até o local de liberação a montante

30 A maior vantagem de um sistema do tipo elevador com caminhão-tanque consiste na sua versatilidade com relação ao local de liberação dos indivíduos transpostos, o que o torna bastante apropriado para algumas situações. Em rios com barramentos em cascata, o elevador com caminhão-tanque permite que os peixes sejam capturados junto à barragem do reservatório de jusante e transportados diretamente para o reservatório de montante. Desta maneira, evita-se que sejam efetuadas sucessivas transposições, ou que sejam construídos diversos mecanismos. Considerando que nenhum sistema de transposição tem 100 % de eficiência, a diminuição do número de transposições em um determinado rio traria vantagens significativas para o rendimento do sistema como um todo. Figura 1.6 Principais componentes de um mecanismo de transposição do tipo elevador com caminhão-tanque (Fonte: Pompeu & Martinez, 2003). A maior flexibilidade do sistema também é o motivo pelo qual este tipo de mecanismo se aplica em barramentos que apresentam a casa de força distante da barragem. Quando a probabilidade de vertimentos é pequena mesmo nos períodos de maior precipitação, situação comum em pequenas centrais hidrelétricas, a eficiência de um mecanismo de transposição instalado junto à barragem fica comprometida, já que os peixes freqüentemente têm dificuldade em alcançá-lo. Nestes casos, o mecanismo do tipo elevador com caminhão-tanque permite que os peixes sejam atraídos e capturados junto à casa de força, local onde geralmente são observadas concentrações dos cardumes, e transportados até o reservatório

31 Quando comparados com escadas para peixes, os elevadores também apresentam como vantagem a possibilidade de ajustamento do número e horário dos ciclos de transposição às ocasiões com maior afluxo de peixes, procedimento que, em alguns casos, pode significar considerável economia de água. Entretanto, este ajuste só pode ser obtido através do estudo detalhado do comportamento migrador da ictiofauna local. Mecanismos do tipo elevador apresentam, no entanto, duas desvantagens com relação ás escadas para peixes, que são mais acentuadas no caso da utilização de caminhões-tanque. Apresentam custo de operação mais elevado, por demandar um maior número de operadores e manutenção de equipamentos mais complexa. Além disto, têm suscitado desconfiança por parte da sociedade com relação à efetividade de sua operação por parte do empreendedor. De maneira geral, escadas têm sido construídas preferencialmente em barramentos com até 25 metros de altura. Para desníveis superiores, eclusas e elevadores têm sido utilizados com maior freqüência. Este fato está associado ao alto custo das escadas e o pouco conhecimento da capacidade física dos peixes em transpor desníveis elevados (Clay, 1995). Estruturas para transposição de peixes têm uma história relativamente longa, com os mais antigos registros datando de mais de 300 anos atrás, na Europa, e já, inicialmente, tinham como objetivo possibilitar às espécies migradoras, principalmente o salmão, atingir os seus locais de reprodução e desova à montante de barragens, quedas d`águas e correntezas (Katopodis & Rajaratnam,1983; Karisch & Power, 1994). Segundo Godoy (1985), a mais antiga escada de peixe do mundo foi construída com pouco mais de 2 metros em 1640, no Rio Aar, Suíça. Provavelmente mecanismos ainda mais antigos foram construídos, porém sem registro histórico (Clay, 1995). A necessidade de dispositivos para a transposição aumentou por volta de 1850, época que coincide com a produção de turbinas hidráulicas e com a implantação de aproveitamentos hidroenergéticos em maior escala (Kamula, 2001). No Brasil, quando da construção dos primeiros empreendimentos hidroenergéticos, houve uma preocupação em proteger os cardumes de peixes de piracema com a construção de escadas (Godoy, 1985). A primeira escada de que se tem relato foi construída no Brasil em 1906 no rio Atibaia, na

32 barragem de Salto Grande, distrito de Joaquim Egídio, Campinas em São Paulo e era do tipo escada com degraus (Martins, 2000). Em 1911, na barragem da UHE Itaipava, no Rio Pardo, entre os municípios de Santa Rosa de Viterbo e de Cajuru, estado de São Paulo foi construída uma escada também do tipo degraus. Esta escada permitia a migração ascendente, reprodutiva, de parte dos peixes de piracema que atingiam aquele ponto do rio (Figura 1.7). Entre foi construída uma escada pequena e pouco eficiente, na barragem de Cachoeira das Emas, Rio Mogi Guaçu, município de Pirassununga, também no Estado de São Paulo, tendo sido destruída em 1942, dando lugar a uma outra de 15 metros de largura, em forma de degraus (Godoy, 1985). Figura 1.7 Escada de peixes construída no Brasil, Barragem de Itaipava, Município de Santa Rosa de Viterbo SP (Fonte: Godoy, 1985). Em Minas Gerais, os primeiros mecanismos de transposição foram construídos na década de 70. Em 1973, foi construída a escada de peixes da usina de Salto de Morais (Figura 1.8), rio Tijuco, bacia do Paranaíba, município de Ituiutaba, cuja eficiência foi estudada em 1984/1985 (Godinho et al. 1991). Também, na década de 1970, foi construída a escada de peixes da Usina de Pandeiros, bacia do São Francisco, no município de Januária, que mais tarde foi desativada em função de se situar a montante de obstáculo natural (queda d água) à migração dos peixes

33 Figura 1.8 Escada de peixes da usina de Salto do Morais, rio Tijuco, bacia do Paranaíba (Fonte: Godinho et al, 2002). Na América do Sul já existem mais de 50 escadas em operação, distribuídas pelas diversas bacias hidrográficas (Clay, 1995). Elevadores e eclusas são menos comuns (Quirós, 1988), podendo ser citados os elevadores de Yacyretá e Porto Primavera no rio Paraná, a eclusa de Salto Grande, no rio Uruguay (Oldani et. al,1998), e o elevador de Funil, no rio Grande. Apesar de passados quase 100 anos da construção da primeira escada para peixes no Brasil, apenas recentemente, com aumento do número de usinas hidrelétricas em implantação e criação de legislações estaduais específicas, este assunto tem recebido maior atenção. No entanto, dados recentes sobre a eficiência dos nossos diversos tipos de mecanismos, primordiais para o planejamento futuro, ainda são escassos. Embora sejam conceitualmente simples, para se tornarem eficientes, os mecanismos de transposição devem ser projetados levando em consideração diferentes aspectos de engenharia e do comportamento dos peixes. Os mecanismos de transposição de peixes construídos na América Latina, incluindo o Brasil, foram amplamente baseados nos padrões norte americanos, desenvolvidos primordialmente para salmonídeos 2. Entretanto, nossa fauna de peixes migradores apresenta características e comportamento substancialmente diferentes (Tabela 1). 2 Peixes da família Salmonidae, que inclui diversas espécies de salmão e de trutas

34 Tabela 1.1 Comparação entre algumas características do processo reprodutivo dos peixes salmonídeos da América do Norte e dos peixes migradores brasileiros. Características biológicas Migradores brasileiros Salmonídeos Áreas de desova rios de maior porte e córregos de pequena afluentes ordem Migração de adultos para áreas de Sim Não jusante Migração de jovens para áreas de Sim Sim jusante Migração de adultos para áreas de Sim Sim montante Tipo de desova Ovos liberados na Ovos depositados em corrente ninho Migração entre o mar e os rios Rara Freqüente (Anadromia) Migração somente ao longo dos Freqüente Rara rios(catadromia) Morte dos adultos após a reprodução Não Sim Retorno dos adultos aos locais de Desconhecido Sim nascimento para reprodução (homing) (Fonte: Oldani et al., 1998) Além disto, ainda não foram realizados estudos sobre as velocidades de cruzeiro e explosão de nossos peixes, embora evidências indiretas e estudos iniciados no Centro de Pesquisas Hidráulicas da UFMG (Santos, 2004) apontem para uma grande capacidade de natação de algumas espécies. É interessante notar, que diferentemente da Europa e da América do Norte, nossa fauna de peixes, incluindo os migradores, é altamente diversificada, apresentando uma grande variedade de formas e hábitos natatórios, fatores que certamente influenciam diretamente o comportamento destas espécies na coluna d água

35 Capítulo 2 O rio Mucuri, sua ictiofauna, a barragem da UHE Santa Clara e seu elevador para peixes. 2.1 APRESENTAÇÃO Neste capítulo, são apresentados aspectos relacionados ao local de desenvolvimento dos estudos: o rio Mucuri e suas principais características fisiográficas e hidrológicas; composição e distribuição da ictiofauna e características da pesca na região; descrição das principais características da Usina Hidrelétrica de Santa Clara e de seu mecanismo de transposição de peixes. 2.2 O RIO MUCURI O rio Mucuri faz parte do conjunto de bacias independentes que drenam a região leste do Brasil. Sua área total de drenagem é de km 2, sendo 94,7% dentro do território mineiro (Cetec, 1983). Seus principais afluentes são os rios Todos os Santos e Pampã (Figura 2.1). O primeiro, drena a cidade de Teófilo Otoni e encontra-se hoje bastante degradado e com pequeno volume de água. O rio Pampã, por outro lado, apresenta melhores características ambientais. 16

36 Figura 2.1 Mapa da bacia do Rio Mucuri, indicando as principais cidades da região e a localização da Usina Hidrelétrica de Santa Clara. As águas da bacia do rio Mucuri têm como características gerais elevadas temperaturas (27 o C a 31 o C) e condutividade (50 a 250 µ/s.cm), além de ph ligeiramente básico (7,4 a 7,8) (Limiar Engenharia, 1997). Em relatório do projeto Qualidade das Águas Superficiais do Estado de Minas Gerais (IGAM, 2004), considerando a série de resultados, do período de 1997 a 2003, para 8 estações de amostragem da bacia do rio Mucuri, avaliaram-se diversos parâmetros monitorados com relação ao percentual de amostras cujos valores violaram em mais de 20% os limites legais da DN COPAM 10/86, considerando o enquadramento do curso de água, no local de cada estação (Tabela 2.1). Nesta tabela, apresenta-se o percentual de violações em ordem decrescente do valor obtido para cada parâmetro, indicando os constituintes mais críticos na bacia. 17

37 Tabela 2.1: Classificação dos parâmetros monitorados em ordem decrescente segundo o percentual de violações de classe de enquadramento na parte mineira da bacia do rio Mucuri no período de 1997 a 2003 (IGAM, 2004). Observa-se que os parâmetros fosfato total, coliformes fecais e coliformes totais, que apresentaram os maiores percentuais de violação em relação ao limite estabelecido na legislação, estão associados principalmente aos esgotos sanitários que são lançados sem tratamento nos cursos de água da bacia do rio Mucuri. O regime hidrológico da bacia do rio Mucuri caracteriza-se por duas estações bem definidas, seca e chuvosa, com maiores vazões de novembro a abril (Figura 2.2). Algumas características 18

38 hidrológicas do rio, em Nanuque, e de seus dois principais afluentes são apresentadas na Tabela Mediana percentis 25%-75% percentis 5%-95% Vazão (m 3 /s) Jan Fev Mar Mai Jul Abr Jun Ago Meses do ano Set Out Nov Dez Figura 2.2 Distribuição histórica anual das vazões médias mensais do rio Mucuri em Nanuque (período de março de 1943 a dezembro de 1980). Tabela 2.2 Algumas características hidrológicas do rio Mucuri, em Nanuque, e de seus dois principais afluentes: Todos os Santos e Pampã*. Parâmetros Rio Mucuri Rio Pampã Rio Todos os Santos Área de drenagem ,78 km ,10 km ,31 km 2 Precipitação anual 1110 mm 1086 mm 1094 mm Qmlp 136,49 m 3 /s 19,14 m 3 /s 18,26 m 3 /s Q95% 20,57 m 3 /s 3,71 m 3 /s 3,51 m 3 /s Qmax10 anos 1063,54 m 3 /s 232,89 m 3 /s 139,31 m 3 /s Qmax100 anos 1662,46 m 3 /s 363,94 m 3 /s 217,70 m 3 /s Qmax500 anos 2073,49 m 3 /s 453,92 m 3 /s 272,53 m 3 /s Q7,10 13,91 m 3 /s 1,55 m 3 /s 1,45 m 3 /s * Fonte: A calha central do rio Mucuri pode ser dividida de acordo com suas características fisiográficas em duas unidades ambientais: seu alto e médio cursos apresentam maior declividade, e predomínio de corredeiras e fundo de pedra (Figura 2.3-A); seu baixo curso, por outro lado, caracteriza-se como um sistema de deposição, com baixa declividade, fundo predominantemente arenoso, com a presença de áreas de Mata Atlântica sazonalmente alagadas, utilizadas para a plantação de cacau e áreas de mangues e brejais na sua porção distal (Figura 2.3-B). A região localizada junto à divisa dos estados de Minas Gerais e Bahia representa a transição entre estas duas unidades do rio Mucuri. 19

Programa Peixe Vivo - Cemig

Programa Peixe Vivo - Cemig Programa Peixe Vivo - Cemig 4º Seminário Estratégias para Conservação de Peixes em Minas Gerais. 40 anos Uma Trajetória Ambiental no Setor Elétrico Vasco Campos Torquato Novembro 2014 Com muito orgulho

Leia mais

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Resultados gerais Dezembro 2010 Projeto Community-based resource management and food security in coastal Brazil (Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP)

Leia mais

À boleia: o dispositivo para peixes transporta também enguias, que crescem e se alimentam em água doce e migram para o mar para se reproduzirem.

À boleia: o dispositivo para peixes transporta também enguias, que crescem e se alimentam em água doce e migram para o mar para se reproduzirem. Peixe pode passar 1 Peixe pode passar A barragem de Pedrógão, construída no rio Guadiana, no concelho de Vidigueira, Beja, integra o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva geridos pela EDIA - Empresa

Leia mais

Lei nº 7653 DE 24/07/2014

Lei nº 7653 DE 24/07/2014 Lei nº 7653 DE 24/07/2014 Norma Estadual - Alagoas Publicado no DOE em 28 jul 2014 Dispõe sobre as atividades pertinentes ao controle da poluição atmosférica, padrões e gestão da qualidade do ar, conforme

Leia mais

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE MELHORES PRÁTICAS DA OCDE PARA A TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA INTRODUÇÃO A relação entre a boa governança e melhores resultados econômicos e sociais é cada vez mais reconhecida. A transparência abertura

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Medição de vazão. Capítulo

Medição de vazão. Capítulo Capítulo 5 Medição de vazão V azão é o volume de água que passa por uma determinada seção de um rio dividido por um intervalo de tempo. Assim, se o volume é dado em litros, e o tempo é medido em segundos,

Leia mais

V-019 - ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA.

V-019 - ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA. V-019 - ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA. Vera Nobre Braz (1) Química Industrial. Mestre em Geoquímica pelo Centro de Geociências da UFPA. Coordenadora do Curso de Ciências Ambientais

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA RESOLUÇÃO CONJUNTA Nº 03, DE 10 DE AGOSTO DE 2010

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA RESOLUÇÃO CONJUNTA Nº 03, DE 10 DE AGOSTO DE 2010 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA RESOLUÇÃO CONJUNTA Nº 03, DE 10 DE AGOSTO DE 2010 Estabelecer as condições e os procedimentos a serem observados pelos concessionários

Leia mais

CONDIÇÕES GERAIS DO OUROCAP 20 Anos. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: 15.138.043/0001-05

CONDIÇÕES GERAIS DO OUROCAP 20 Anos. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: 15.138.043/0001-05 CONDIÇÕES GERAIS DO OUROCAP 20 Anos I INFORMAÇÕES INICIAIS SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: 15.138.043/0001-05 OUROCAP 20 ANOS MODALIDADE: TRADICIONAL PROCESSO SUSEP Nº: 15414.900585/2015-60

Leia mais

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB. ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.ORG/EVALUATION ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL

Leia mais

1 Introdução simulação numérica termoacumulação

1 Introdução simulação numérica termoacumulação 22 1 Introdução Atualmente o custo da energia é um dos fatores mais importantes no projeto, administração e manutenção de sistemas energéticos. Sendo assim, a economia de energia está recebendo maior atenção

Leia mais

Biodiversidade em Minas Gerais

Biodiversidade em Minas Gerais Biodiversidade em Minas Gerais SEGUNDA EDIÇÃO ORGANIZADORES Gláucia Moreira Drummond Cássio Soares Martins Angelo Barbosa Monteiro Machado Fabiane Almeida Sebaio Yasmine Antonini Fundação Biodiversitas

Leia mais

Tratamento de Efluentes na Aqüicultura

Tratamento de Efluentes na Aqüicultura Tratamento de Efluentes na Aqüicultura Alessandro Trazzi, Biólogo, Mestre em Engenharia Ambiental. Diretor de Meio Ambiente - CTA VI Seminário de Aqüicultura Interior, Cabo Frio Rio de Janeiro. Introdução

Leia mais

Organização em Enfermagem

Organização em Enfermagem Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Enfermagem Departamento de Enfermagem Básica Disciplina Administração em Enfermagem I Organização em Enfermagem Prof. Thiago C. Nascimento Objetivos: Discorrer

Leia mais

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS AM

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS AM ANEXO À RESOLUÇÃO N o 370, DE 13 DE MAIO DE 2004. NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE TRANSMISSORES E TRANSCEPTORES MONOCANAIS ANALÓGICOS AM 1. Objetivo Esta norma estabelece os requisitos técnicos

Leia mais

2 INSTRUMENTAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

2 INSTRUMENTAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS 2 INSTRUMENTAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS 2.1. Introdução O interesse crescente pela segurança de barragens tem levado, em um número apreciável de países, à implementação de normas e critérios específicos

Leia mais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais PÁG. 1/8 1. OBJETIVO Definir a sistemática para identificação e avaliação contínua dos aspectos ambientais das atividades, produtos, serviços e instalações a fim de determinar quais desses tenham ou possam

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL Página 1 / 7 O que é LICENCIAMENTO AMBIENTAL? O LICENCIAMENTO AMBIENTAL é o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual

Leia mais

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL MINAS, IDEB E PROVA BRASIL Vanessa Guimarães 1 João Filocre 2 I I. SOBRE O 5º ANO DO EF 1. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi criado há um ano pelo MEC e adotado como indicador da

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. DADOS DO EMPREENDEDOR:

1. INTRODUÇÃO 2. DADOS DO EMPREENDEDOR: TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL E PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PARA PARQUES DE GERAÇÃO DE ENERGIAS ALTERNATIVA (SOLAR, EÓLICA E OUTRAS) 1. INTRODUÇÃO Este Termo de

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 Altera a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, para incentivar a dessalinização da água do mar e das

Leia mais

ESTUDO DE INSTALAÇÃO FOTOVOLTAICAS ISOLADAS E CONECTADAS À REDE ELÉTRICA. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

ESTUDO DE INSTALAÇÃO FOTOVOLTAICAS ISOLADAS E CONECTADAS À REDE ELÉTRICA. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. ESTUDO DE INSTALAÇÃO FOTOVOLTAICAS ISOLADAS E CONECTADAS À REDE ELÉTRICA Bolsista Apresentador: Diego Leonardo Bertol Moraes. Coordenador: Airton Cabral de Andrade Pontifícia Universidade Católica do Rio

Leia mais

PESQUISA ASSOCIATIVISMO E REPRESENTAÇÃO POPULAR:

PESQUISA ASSOCIATIVISMO E REPRESENTAÇÃO POPULAR: PESQUISA ASSOCIATIVISMO E REPRESENTAÇÃO POPULAR: Comparações entre a América Latina e a Índia Uma pesquisa internacional desenvolvido pelos institutos de pesquisa IDS CENTRO BRASILEIRO DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO-CEBRAP

Leia mais

www.ecosolarenergia.com.br

www.ecosolarenergia.com.br Solução em sustentabilidade Energia limpa e sustentável. Pense no meio ambiente. Pense limpo. www.ecosolarenergia.com.br (27) 3325-0304 / 99234-5696 / 99907-8829 E-book Perguntas & Respostas www.ecosolarenergia.com.br

Leia mais

(MAPAS VIVOS DA UFCG) PPA-UFCG RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA UFCG CICLO 2006-2008 ANEXO (PARTE 2) DIAGNÓSTICOS E RECOMENDAÇÕES

(MAPAS VIVOS DA UFCG) PPA-UFCG RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA UFCG CICLO 2006-2008 ANEXO (PARTE 2) DIAGNÓSTICOS E RECOMENDAÇÕES 1 PPA-UFCG PROGRAMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA UFCG CICLO 2006-2008 ANEXO (PARTE 2) DIAGNÓSTICOS E RECOMENDAÇÕES (MAPAS VIVOS DA UFCG) 2 DIMENSÃO MISSÃO E PDI MAPAS VIVOS DE

Leia mais

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO - IX GRUPO DE ESTUDO DE OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - GOP

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO - IX GRUPO DE ESTUDO DE OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - GOP XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Versão 1.0 XXX.YY 22 a 25 Novembro de 2009 Recife - PE GRUPO - IX GRUPO DE ESTUDO DE OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - GOP A PROGRAMAÇÃO

Leia mais

Caracterização dos sistemas solares térmicos instalados nas residências do programa Minha Casa Minha Vida no município de Teresina

Caracterização dos sistemas solares térmicos instalados nas residências do programa Minha Casa Minha Vida no município de Teresina Caracterização dos sistemas solares térmicos instalados nas residências do programa Minha Casa Minha Vida no município de Teresina Mateus de Melo Araujo (Aluno de ICV), Marcos Antonio Tavares Lira (Orientador,

Leia mais

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL Data: 10/12/1998 Maurício Lima INTRODUÇÃO Um dos principais desafios da logística moderna é conseguir gerenciar a relação entre custo e nível de serviço (trade-off).

Leia mais

SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS

SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS! Participantes do Mercado de Securitização! Anatomia de uma Securitização! O impacto de uma Securitização na Condição Financeira do Originador! Os Desenvolvimentos no Mercado

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO Vigência: 30/06/2016

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO Vigência: 30/06/2016 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO Vigência: 30/06/2016 Propriedade de Banco do Nordeste do Brasil S.A. Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. I. ESCOPO 1.

Leia mais

Geração de energia elétrica

Geração de energia elétrica Geração de energia elétrica Capítulo 2 Centrais hidrelétricas Lineu Belico dos Reis Geração hidrelétrica e os outros usos da água Aspectos básicos de hidrologia e regularização de vazões Tecnologias e

Leia mais

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. MINUTA PROJETO DE LEI Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Esta Lei institui a Política

Leia mais

REGULAMENTO DE PESCA DESPORTIVA NA ALBUFEIRA DE VASCOVEIRO

REGULAMENTO DE PESCA DESPORTIVA NA ALBUFEIRA DE VASCOVEIRO REGULAMENTO DE PESCA DESPORTIVA NA ALBUFEIRA DE VASCOVEIRO Julho 2013 PREÂMBULO A Barragem de Vascoveiro foi construída com o objetivo de fornecer água à cidade de Pinhel e a algumas freguesias do Concelho.

Leia mais

Prefeitura Municipal de Lagoa Santa

Prefeitura Municipal de Lagoa Santa CEP 33400-000 - ESTADO DE MINAS GERAIS LEI Nº 3.318, DE 12 DE SETEMBRO DE 2012 Dispõe sobre a implantação do Programa "Minha Casa, Minha Vida" - para famílias com renda entre 3 (três)e 6 (seis) salários

Leia mais

LEI N 21.156, DE 17 DE JANEIRO DE 2014. INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR.

LEI N 21.156, DE 17 DE JANEIRO DE 2014. INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR. LEI N 21.156, DE 17 DE JANEIRO DE 2014. INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR. (PUBLICAÇÃO - MINAS GERAIS DIÁRIO DO EXECUTIVO - 18/01/2014 PÁG. 2 e 03)

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

ÍNDICE. 7 - Conclusão... 1/3. 2818-00-EIA-RL-0001-00 Janeiro de 2015 Rev. nº 00. LT 500 KV ESTREITO FERNÃO DIAS Estudo de Impacto Ambiental - EIA 1/1

ÍNDICE. 7 - Conclusão... 1/3. 2818-00-EIA-RL-0001-00 Janeiro de 2015 Rev. nº 00. LT 500 KV ESTREITO FERNÃO DIAS Estudo de Impacto Ambiental - EIA 1/1 2818-00-EIA-RL-0001-00 LT 500 KV ESTREITO FERNÃO DIAS ÍNDICE 7 - Conclusão... 1/3 Índice 1/1 2818-00-EIA-RL-0001-00 LT 500 KV ESTREITO FERNÃO DIAS 7 - CONCLUSÃO A implantação da LT 500 kv Estreito Fernão

Leia mais

CÓPIA MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

CÓPIA MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais Fl. 2 MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais PORTARIA CARF Nº 64, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2015. Dispõe sobre a Política de Gestão de Riscos do Conselho Administrativo de Recursos

Leia mais

Política de Responsabilidade Corporativa

Política de Responsabilidade Corporativa Política de Responsabilidade Corporativa Índice 1. Introdução...04 2. Área de aplicação...04 3. Compromissos e princípios de atuação...04 3.1. Excelência no serviço...05 3.2. Compromisso com os resultados...05

Leia mais

FMEA (Failure Model and Effect Analysis)

FMEA (Failure Model and Effect Analysis) Definição FMEA (Failure Model and Effect Analysis) Conceitos Básicos A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha, conhecida como FMEA (do inglês Failure Mode and Effect Analysis), é uma ferramenta

Leia mais

Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - ECT

Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - ECT Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - ECT PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL (EXTRATO) Duque de Caxias 2016 Objetivos do Curso

Leia mais

Data: 07/11/2015 ESTADO DE MINAS GERAIS MUNICIPIO DE MARIANA

Data: 07/11/2015 ESTADO DE MINAS GERAIS MUNICIPIO DE MARIANA Data: 07/11/2015 ESTADO DE MINAS GERAIS MUNICIPIO DE MARIANA 1. Histórico Na tarde de quinta-feira, dia 05/11/15, duas barragens se romperam no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central

Leia mais

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL Priscila da Silva Batista Instituto Tecnológico, Universidade

Leia mais

Projeção de Demanda Sistema Cantareira. Diretoria Metropolitana - M Rua Nicolau Gagliardi, 313 Pinheiros São Paulo / SP

Projeção de Demanda Sistema Cantareira. Diretoria Metropolitana - M Rua Nicolau Gagliardi, 313 Pinheiros São Paulo / SP Projeção de Demanda Sistema Cantareira Diretoria Metropolitana - M Objetivo Este Relatório apresenta a proposta de vazões de transferência através do Túnel 5 do Sistema Cantareira - ponto de controle entre

Leia mais

V-023 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA A MONTANTE E A JUSANTE DE RESERVATÓRIOS LOCALIZADOS NA BACIA DO RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA

V-023 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA A MONTANTE E A JUSANTE DE RESERVATÓRIOS LOCALIZADOS NA BACIA DO RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA V023 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA A MONTANTE E A JUSANTE DE RESERVATÓRIOS LOCALIZADOS NA BACIA DO RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA Ivo Luís Ferreira Macina (1) Engenheiro Civil pela Universidade Federal do

Leia mais

1. INTRODUÇÃO. 1 PreSal (definição do site da empresa Petrobras consultado em 28/08/2010): O termo pré-sal

1. INTRODUÇÃO. 1 PreSal (definição do site da empresa Petrobras consultado em 28/08/2010): O termo pré-sal 23 1. INTRODUÇÃO A produção de grandes quantidades de produtos inutilizáveis, os resíduos como conhecemos atualmente, foi o primeiro indício real de que a Revolução Industrial implicaria na produção de

Leia mais

Conservação da Ictiofauna na Bacia do Rio São Francisco

Conservação da Ictiofauna na Bacia do Rio São Francisco Conservação da Ictiofauna na Bacia do Rio São Francisco Carlos Bernardo Mascarenhas Alves Projeto Manuelzão - UFMG Roteiro da apresentação Aspectos gerais Plano Diretor de Recursos Hídricos Ictiofauna

Leia mais

CONDIÇÕES GERAIS POSTALCAP. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: 15.138.043/0001-05 PROCESSO SUSEP Nº: 15414.

CONDIÇÕES GERAIS POSTALCAP. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: 15.138.043/0001-05 PROCESSO SUSEP Nº: 15414. CONDIÇÕES GERAIS POSTALCAP I INFORMAÇÕES INICIAIS SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: 15.138.043/0001-05 POSTALCAP MODALIDADE: POPULAR PROCESSO SUSEP Nº: 15414.902353/2014-65

Leia mais

5.1. Programa de Gerenciamento Ambiental. Revisão 00 NOV/2013. PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

5.1. Programa de Gerenciamento Ambiental. Revisão 00 NOV/2013. PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS PROGRAMAS AMBIENTAIS 5.1 Programa de Gerenciamento Ambiental CAPA 5.1 - Programa de Gerenciamento Ambiental ÍNDICE GERAL 1. Introdução... 1/11 1.1. Ações já Realizadas... 2/11 2. Justificativa... 4/11

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

Em 2050 a população mundial provavelmente

Em 2050 a população mundial provavelmente Declaração mundial Armazenamento de Água para o Desenvolvimento Sustentável Em 2050 a população mundial provavelmente ultrapassará nove bilhões de habitantes O aumento da população mundial, tanto rural

Leia mais

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pesquisa Sísmica 3D, Não Exclusiva Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco-Paraíba

Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pesquisa Sísmica 3D, Não Exclusiva Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco-Paraíba Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. i / ii Sumário II.6.4... 1 1 - Justificativa... 1 2. Objetivos... 2 3. Metas... 3 4. Indicadores Ambientais... 4 5. Metodologia... 5 5.1 Supervisão da Coleta dos

Leia mais

Fundos de Investimento

Fundos de Investimento Fundo de Investimento é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de condomínio que reúne recursos de vários investidores para aplicar em uma carteira diversificada de ativos financeiros. Ao aplicarem

Leia mais

Universidade da Beira Interior

Universidade da Beira Interior Universidade da Beira Interior DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA REMOÇÃO DE RESIDUAIS DE CARBONO EM FILTROS BIOLÓGICOS DE LEITO IMERSO E FLUXO DESCENDENTE António João Carvalho

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica Apostila de Automação Industrial Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes Prof. Rodrigo

Leia mais

RELATÓRIO SEMESTRAL PCH JARARACA JULHO A DEZEMBRO 2013

RELATÓRIO SEMESTRAL PCH JARARACA JULHO A DEZEMBRO 2013 RELATÓRIO SEMESTRAL PCH JARARACA JULHO A DEZEMBRO 2013 Porto Alegre, março de 2014 APRESENTAÇÃO Este documento visa atender a condicionante 8.5 das Licenças de Operação LO LO 7961/2012, concedida a Vêneto

Leia mais

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ Pietra Quelissa ROBE, Estudante de Controle Ambiental do IFC- Campus Camboriú Yasmin Nunes DA SILVA, Estudante

Leia mais

Resolução nº 106, de 11 de dezembro de 1968 1

Resolução nº 106, de 11 de dezembro de 1968 1 RESOLUÇÃO Nº 106 O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma da deliberação do Conselho Monetário Nacional, em sessão de 10.12.1968, e de acordo com o disposto nos arts. 59, da Lei nº 4.728, de 14 de julho de

Leia mais

ANÁLISE DO MERCADO DE REMESSAS PORTUGAL/BRASIL

ANÁLISE DO MERCADO DE REMESSAS PORTUGAL/BRASIL Banco Interamericano de Desenvolvimento Fundo Multilateral de Investimentos Financiado pelo Fundo Português de Cooperação Técnica ANÁLISE DO MERCADO DE REMESSAS PORTUGAL/BRASIL SUMÁRIO EXECUTIVO Equipa

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

Contributos para compreender e utilizar a. Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR)

Contributos para compreender e utilizar a. Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) Contributos para compreender e utilizar a Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) A Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2014), aprovou um novo benefício fiscal ao reinvestimento

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO CMS (CPEE, CSPE, CJE E CLFM) PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA ANEEL No 019/2005

CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO CMS (CPEE, CSPE, CJE E CLFM) PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA ANEEL No 019/2005 CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO CMS (CPEE, CSPE, CJE E CLFM) PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA ANEEL No 019/2005 Abaixo apresentamos nossas contribuições para a Audiência Pública ANEEL N 019/2005, de 30/08/2005. Destacamos

Leia mais

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro Entrevista com a professora Maria Beatriz de Carvalho Melo Lobo Vice- presidente do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia e Sócia- diretora da Lobo & Associados Consultoria.

Leia mais

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS O Município de Oliveira do Hospital entende como de interesse municipal as iniciativas empresariais que contribuem para o desenvolvimento e dinamização

Leia mais

Dúvidas Freqüentes IMPLANTAÇÃO. 1- Como aderir à proposta AMQ?

Dúvidas Freqüentes IMPLANTAÇÃO. 1- Como aderir à proposta AMQ? Dúvidas Freqüentes IMPLANTAÇÃO 1- Como aderir à proposta AMQ? A adesão é realizada através do preenchimento e envio do Formulário de Cadastramento Municipal no site do projeto. O gestor municipal da saúde

Leia mais

GESTÃO INTEGRADA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS - PRINCIPAIS DIRETRIZES E DESAFIOS. Flávio Terra Barth 1

GESTÃO INTEGRADA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS - PRINCIPAIS DIRETRIZES E DESAFIOS. Flávio Terra Barth 1 GESTÃO INTEGRADA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS - PRINCIPAIS DIRETRIZES E DESAFIOS Flávio Terra Barth 1 Resumo - A Lei Federal 9.433, de 8 de janeiro de 1997 sobre a Política e o Sistema Nacional de Recursos

Leia mais

Transcrição da Teleconferência Resultados do 3T09 - Inpar 18 de novembro de 2009

Transcrição da Teleconferência Resultados do 3T09 - Inpar 18 de novembro de 2009 Transcrição da Teleconferência Resultados do 3T09 - Inpar 18 de novembro de 2009 Bom dia, e obrigada por aguardarem. Sejam bem-vindos à teleconferência da Inpar para discussão dos resultados referentes

Leia mais

Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística. 1 - Introdução

Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística. 1 - Introdução Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística Área Temática: Emprego e Mercado de Trabalho, Demografia Econômica. 1 - Introdução Este texto

Leia mais

I. INFORMAÇÕES INICIAIS II. GLOSSÁRIO

I. INFORMAÇÕES INICIAIS II. GLOSSÁRIO PU_TRADICIONAL_100MM_15M Condições Gerais I. INFORMAÇÕES INICIAIS SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: CARDIF CAPITALIZAÇÃO S.A. CNPJ Nº. : 11.467.788/0001-67 PRODUTO: PU_TRADICIONAL_100MM_15M MODALIDADE: TRADICIONAL

Leia mais

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 José Cechin Superintendente Executivo Carina Martins Francine Leite Nos últimos meses, vários relatórios publicados por diferentes instituições

Leia mais

Nova Lei da TV Paga estimula concorrência e liberdade de escolha Preços de pacotes devem cair e assinantes terão acesso a programação mais

Nova Lei da TV Paga estimula concorrência e liberdade de escolha Preços de pacotes devem cair e assinantes terão acesso a programação mais Nova Lei da TV Paga estimula concorrência e liberdade de escolha Preços de pacotes devem cair e assinantes terão acesso a programação mais diversificada A Lei 12.485/2011 destrava a concorrência no setor,

Leia mais

Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas

Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas Apresentação A institucionalização da série Notas Técnicas do Banco Central do Brasil, cuja gestão compete ao Departamento Econômico (Depec), promove

Leia mais

PIRACEMA. Contra a corrente

PIRACEMA. Contra a corrente PIRACEMA A piracema é um fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes ao redor do mundo. A palavra vem do tupi e significa subida do peixe. A piracema é o período em que os peixes sobem para a cabeceira

Leia mais

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras CP 013/14 Sistemas Subterrâneos Questões para as distribuidoras 1) Observa-se a necessidade de planejamento/operacionalização de atividades entre diversos agentes (distribuidoras, concessionárias de outros

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 1, DE 6 DE JANEIRO DE 2015

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 1, DE 6 DE JANEIRO DE 2015 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 1, DE 6 DE JANEIRO DE 2015 (*) (**) Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação

Leia mais

TENDO DECIDIDO concluir a Convenção para este propósito e ter pela circunstância o combinado como segue: Capítulo 1 O direito de limitação

TENDO DECIDIDO concluir a Convenção para este propósito e ter pela circunstância o combinado como segue: Capítulo 1 O direito de limitação Texto consolidado da Convenção Internacional sobre a Limitação de Responsabilidade Relativa às Reclamações Marítimas, 1976, como emendada pela Resolução LEG.5(99), adotada em 19 Abril 2012 OS ESTADOS PARTE

Leia mais

ACORDO DE CO-PRODUÇÃO AUDIOVISUAL ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DO CANADÁ

ACORDO DE CO-PRODUÇÃO AUDIOVISUAL ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DO CANADÁ CANADÁ / CANADA Acordo de Co-Produção Brasil - Canadá - 27/01/1995 Decreto Nº 2.976 de 01/03/1999 Audiovisual Co-Production Agreement (English) Accord de Coproduction Audiovisuelle (Français) Arquivos

Leia mais

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS O PAPEL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA Segundo diversos autores que dominam e escrevem a respeito do tema,

Leia mais

Módulo 8 Estudos de Caso 5 e 6

Módulo 8 Estudos de Caso 5 e 6 Módulo 8 Estudos de Caso 5 e 6 Estudo de Caso 5 Restaurante Comida Mineira O restaurante Comida Mineira pretende implantar um sistema de gestão ambiental. O restaurante pode ser dividido para nosso estudo

Leia mais

Até quando uma população pode crescer?

Até quando uma população pode crescer? A U A UL LA Até quando uma população pode crescer? Seu José é dono de um sítio. Cultiva milho em suas terras, além de frutas e legumes que servem para a subsistência da família. Certa vez, a colheita do

Leia mais

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO! O que é diferimento?! Casos que permitem a postergação do imposto.! Diferimento da despesa do I.R.! Mudança da Alíquota ou da Legislação. Autores: Francisco

Leia mais

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas CONSIDERAÇÕES INICIAIS AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas Quando planejamos construir uma subestação, o aspecto de maior importância está na escolha (e, conseqüentemente, da definição)

Leia mais

Elipse E3 contribui para redução dos gastos com reagentes químicos usados no tratamento da água em São Gabriel

Elipse E3 contribui para redução dos gastos com reagentes químicos usados no tratamento da água em São Gabriel Elipse E3 contribui para redução dos gastos com reagentes químicos usados no tratamento da água em São Gabriel Solução da Elipse Software permite que a concessionária São Gabriel Saneamento controle a

Leia mais

11. NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE:

11. NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE: 11. NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE: 11.1 INTRODUÇÃO A operação prolongada e eficaz dos sistemas produtivos de bens e serviços é uma exigência vital em muitos domínios. Nos serviços, como a Produção, Transporte

Leia mais

MANUAL DO GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL

MANUAL DO GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL MANUAL DO GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL Introdução O Gerenciamento do Risco Operacional no Grupo Didier Levy, considerando as empresas BEXS Banco de Câmbio S/A e BEXS Corretora de Câmbio S/A está

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Minha Casa Minha Vida 2 Eng. Mário de Almeida, MBA em Real Estate pelo NRE Prof.Dr. Fernando Bontorim Amato, pesquisador do NRE A primeira

Leia mais

PED ABC Novembro 2015

PED ABC Novembro 2015 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC 1 Novembro 2015 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO DO ABC Diferenciais de inserção de negros e não negros no mercado de trabalho em 2013-2014 Dia

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais

Numero do Documento: 1360347 RESOLUÇÃO Nº. 170, de 16 de MAIO de 2013.

Numero do Documento: 1360347 RESOLUÇÃO Nº. 170, de 16 de MAIO de 2013. Numero do Documento: 1360347 RESOLUÇÃO Nº. 170, de 16 de MAIO de 2013. Dispõe sobre procedimentos para comunicação de incidentes na prestação dos serviços públicos de distribuição de gás canalizado no

Leia mais

Objetivo Conteúdos Habilidades

Objetivo Conteúdos Habilidades Tema 9 A Vida nos Oceanos Objetivo reconhecer as principais formas de vida que habitam os oceanos e suas características distintivas. Conteúdos ciências da natureza, física, arte. Habilidades interpretação

Leia mais

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos TÍTULO DO TRABALHO: Sustentabilidade e Viabilidade do Tratamento de Resíduos de Serviço de Saúde pelo sistema de autoclavagem a experiência do município de Penápolis (SP ) TEMA : III Resíduos Sólidos NOME

Leia mais

Companhia Energética de Minas Gerais

Companhia Energética de Minas Gerais CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 41/2012 Companhia Energética de Minas Gerais AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: Resolução Normativa nº 334/2008 NOTA TÉCNICA /2012

Leia mais

ICMS ECOLÓGICO: UM ESTÍMULO PARA A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS

ICMS ECOLÓGICO: UM ESTÍMULO PARA A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS Belo Horizonte/MG 24 a 27/11/2014 ICMS ECOLÓGICO: UM ESTÍMULO PARA A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS Rafael Geraldo Àvila Freitas (*), Juliana Oliveira de Miranda Pacheco,

Leia mais

Definição dos objetivos da análise, caracterização da instalação e da região de interesse;

Definição dos objetivos da análise, caracterização da instalação e da região de interesse; CAPÍTULO 10 ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO O Estudo de Análise de Riscos (EAR) foi desenvolvido pela empresa RCA Rabaneda Consultoria Ambiental, subcontratada da CPEA e contempla as futuras instalações do

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011 AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011 Walleska Alves De Aquino Ferreira 1 Escola de Engenharia Civil / UFG walleskaaquino@gmail.com

Leia mais

CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS

CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS A conservação dos recursos haliêuticos envolve a necessidade de assegurar uma exploração sustentável desses mesmos recursos e a viabilidade a longo prazo do setor.

Leia mais