Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete do DeS. ARN61310 ALVES TEODÓSIO

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1 Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete do DeS. ARN61310 ALVES TEODÓSIO ACÓRDÃO APELAÇÃO CRIMINAL N /001 2a Vara da Comarca de Monteiro RELATOR APELANTE ADVOGADO APELADA : Des. Amóbio Alves Teociósio : Vicente de Paula da Silva : Inácio Justino Maracajá : A Justiça Pública APELAÇÃO CRIMINAL. Crime contra a fé pública. Falsificação de documento particular. Condenação em primeiro grau. lrresignação. Preliminar. Nulidade por ausência de exame pericial. Não acolhimento. Mérito. Materialidade e autoria comprovadas. Redimensionamento da peria. : Afastamento dos maus antecedentes. Súmula 444 do STJ. Reincidência. Inocorrência. Pretendida substituição da pena privativa *de - - liberdade em restritivas de direitos. Possibilidade. Provimento parcial do apelo. - Torna-se prescindível a realização de perícia quando a 1 falsificação de documento puder ser comprovada por outros meios de prova, como confissão do réu e testemunhas. É'o caso dos autos. - Comprovadas a materialidade-.e a autoria do delito de falsificação, há que se manter a condenação - "É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base" (Súmula 444 do STJ). - Só se considera reincidente %tem comete outro crime, depois de ter sido condenado, aqui ou no estrangeiro, por sentença transitada em julgado.

2 "". acima identificados: Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Criminal Acorda a Cãrnara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça dcx, Estado da Paràíba, à unanimidade, em REJEITAR A PRELIMINAR DE NULIDADE. E, NO MÉRITO, DAR PROVIMENTO PARCIAL AO APELO APENAS PARA AFASTAR A REINCIDÊNCIA, em harmonia com o parecer ministerial. RELATÓRIO, Perante a 2a Vara da Comarca de Monteiro, Vicentè" de Paula da - Silva, vulgo "Paulo Palitinho" foi denunciado como incurso nas sanções penais dos arts. 298 e 180, 1, ambos do Código Penal. Historiou a peça vestibular acusatória de fls. 02 a 04, em sintese:,:: tj4c, tt~ :f Olip;.14` "Infere-se do inquérito policial anexo que desde o mês de aosto/ até o mês, o denunciado falsificou documentos particulares e recebeu dolosamente, no exercício 'ãe sua atividade comercial, objetos que sabia ser de proveniência ilícita e õs vendeu a terceira. pessoa. Narra o incluso procedimento investigatório (Inquérito - Policial n 064/2005) que o acusado, que comerciante do ramo'de aparelhos telefônicos, falsificou grande quantidade de notas,fiscais de venda a consumidor e as utilizou mediante emissão a terceiros. Segundo confessou-..o próprio -- ré21-4 na, op-ortunidade de seu interrogatório prestado na esfera policial, aquelé providenciou a confecção de cerca de quinhentas notas fiscais falsas na cidade de 9 São Paulo, através da adulteração do modelo original. As notas. fiscais fraudulentas apreendidas exibem os dados da empresa TELEIVIAXI Mabel Andrade da Costa ME, do estado da Bahia (does. de fl. 10 e 28), todavia a numeração nela impressa é inválida, não correspondendo à série utilizada pela empresa TELEMAXI, que teve seu cadastro baixado junto órgão competente daquele esta ao em 28/08/2003 em razão de que teve suas notas fiscais "clonadas," conforme se depreende do depoimento prestado pelo Sr. Francisco Félix da Costa, esposo da representante da empresa. O acusado Vicente de Paula Silvcrutilizava-se das notas fiscais inidôneas para' legalizar os aparelhos celulares de provenoncia ilícita q, comercializava em seu estabelecimento, possibilitando a devida, s t habilitação perante a operadora de telefonia móvel Outras vez emita notas fiscais em favor de terceiro que havia adquiridã _ó aparelho a outras pessoas, e réu oferecia o serviço ilícito fornecendo a nota fiscal falsa de venda a consumidor e providenciava a è, k necessária habilitação...". (sic), e Data do recebimento da denúncia: (f1.185). 1,*,

3 Finda a instrução criminal, o Douto. Julgador "a quo" proferiu' sentença (fls. 289 a 295), julgando parcialmente procedente a denúncia, absolvendo o- réu, ora apelante, pelo crime de receptação, com base no art. 386, inciso IV, do Código de Processo Penal, e o condenando nas penas do art. 298, do Código Penal (falsificação. 0 de documento particular). A pena imposta foi de 03 (três) anos de reclusão 'e- 60 (sessenta) dias-multa., Irresignado, apelou tempestivamente o réu (fl. 296). Em suas - razões, expostas às fls. 302 a 320, pugnou, preliminarmente, pela nulidade do processo por falta de exame pericial. No mérito, alegou: I) que a sentença não se coadunou com substrato probatório exigido na fase instrutória, tendo em vista que do depoimento..:, pessoal do apelante, corroborado pelos depoimentos testemunhais, verifica-se que aquele não praticou a falsificação de notas fiscais, restando claro que estas, juntamente com os aparelhos celulares, foram compradas por preço compatível com o de mercado; II) que o ' apelante não é reincidente; III) que na sentença prolatada deixou o magistrado de conceder a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, em face do entendimento equivocado da existência da reincidência; IV) que a aplicação da multal ao apelante viola os princípios das circunstâncias judiciais do art. 59, caput, do CP, haja vista que a situação econômica dele não veio demonstrada adequadamente.na - sentença a declaração de ser o mesmo pobre na forma da lei foi juntada apóà a sentença (fl. 297); V) que tem o apelante, direito à prisão domiciliar dirte da inexistência na Comarca de Monteiro de local adequado para o cumprimento da pena em regime aberto - casa de albergado. Requereu: a decretação da nulidade absoluta do processo, acolhendo-se -a preliminar, e/ou sendo mantida a sentença: o reconhecimento da não reincidência do apelante com a diminuição de pena, que foi agravada pela reincidência, e a 'reconsideração da negação do direito do apelante de ver a reprimenda restritiva de liberdade substituída por restritiva de direitos, e, por fim, em sendo mantida a sentença - nos moldes proferidos, a transformação do regime aberto em prisão 'domiciliar. O Ministério Público Estadual apresentou suas contrarrazões (fs a 326), rogando pela manutenção da sentença na íntegra. Neste grau de jurisdição, instada a se pronunciar, a douta Procuradoria Geral de Justiça, em parecer da lavra d Promotora de Justiça convocada, Dra. Maria Salete de Araújo Melo Porto, opinou pelo conhecimento do apelo. e, no mérito, pela reforma da sentença, para que seja desconsiderada a agravante da reincidência. É o relatório. VOTO: Des. Arnóbio Alves Teodósio (Relator) Conheço o recurso apeiatório, eis que presentes os pressupostds extrínsecos e intrínsecos para a sua ádmissibilidade., Cuidá-se de delito de falsificação, cujã rtórma penal fncriminadora se encontra insculpida no,artigo.298, do Código Penal, nos seguintes termos: "Art Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ol alterar documento particular verdadeiro: ' ' - ; 'q'í ''P S

4 Ar4* Pena - reclusão, de 1 (uni) a 5 (cinco) anos, e multa." O apelante suscita, preliminarmente, a decretação da nulidade do processo diante da ausência de exame de corpo de delito. Entretanto, tal alegação não' merece acolhida, haja vista que nem sempre é imprescindível a realização de perícia, conforme se infere dos seguintes julgados: $ "Ementa: APELAÇÃO. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO 'PARTICULAR. LAUDO PERICIAL. PRESCINDIBILIDADE:. OUTROS MEIOS DE PROVA. Para constatação da falsidade* documental,.-..prescinde-se da realização de perícia. quando -verificação puder advir de outros meios de prova, corno documental e testemunhal. Recursos improvidos". (Apelação Crime N , Quarta Câmara priminsil, Tribunal de Justiça do RS, Relatou-- Gaspar Ma-rqtres Batista, Julgado 'em - 06/ ). Grifei. "Desde que o documento falsificado esteja nos autos e a falsificação é apurada através dos demais elementos de convicção, é dispensável a realização do exame pericial." 0,(T4SC.,, AC Rel. Tycho Brahe RT 611/392 e jc ). ' gt "Falsidade documental - Prescindibilidade de exame pericial, juntado documento falsificado aos autos - Autoria comprovada por elementos de lógica - O bem jurídico protegido é a fé pública. " (TJRS AC Rel. Guilherme Oliveira de Souza Castro RJTJRS 131/175). "Desde que o elemento sensível, material do delito, consta dos autos, podendo ser a todo momento visto e examinado pelo juiz, dispensável -é. o seu exame por terceiro, exame através do qual se comprova, e conserva a materialidade do delito, o seu corpo; (TJSP - AC - Rel. Onei Raphael RT 417/107): Rejeito, portanto, a preliminar levantada. No mérito, vejamos.? Compulsando os autos; observa-se que a materialidade delitiva se encontra,,, suficientemente consubstanciada através das notas fiscais,,, emitidas pelo apelante em nome de empresa não pertencente ao mesmo,, ci4s provas testemunhais e da confissão do réu. A autoria também restou evidenciada pelos depoimentos de testemunhas e, sobretudo, pelo depoimento do réu na fase inquisitorial em que ele confessa.,o crime (fls. 93 e 94): 4.4tt "...QUE as notas fiscais da empresa TELEIVAXI foram confeccionadas a pedido do declarante, no mês de Julho/2004, nun;a gráfica na cidade de São Paulo, SP...; QUE o declarante entregdy uma nota fiscal da empresa TELEMAXI, n 0425, cor azul, para servir como modelo; QUE foram confeccionados dez talões coin

5 t _ cerca de cinqüenta notas fiscais cada, pelo preço de R$ 200,00 (duzentos reais)...que o declarante fieâu em poder da nota fiscal n 0425, que serviu como matriz para o talonário simulado, não se,w lembrando como, mas provavelmente algum cliente deixou a nota ria loja, talvez para fazer a manutenção ou troca do aparelho;... QUE o' declarante apagou os_ campos da nota fiscal com corretivo, tendo tirado cópia do documento e preenchido com caneta, tirando nova cópia, montando um documento aptó"para habilitar um aparelho celular; QUE o declarante fez o teste e conseguiu habilitar um. aparelho com tal documento; QUE o declarante resolveu encomendar - um talonário simulado em São Paulo SP, para que não chamasse a. atenção de ninguém na cidade de Monteiro PB; QUE o declarante foi quem teve a idéia de utilizar o talão simulado, para poder habilitar aparelhos dc- pessoas que tinhamtperddo,a nota fiscal... QUE.o declarante só oferecia a nota fiscal para pessoas que conhecia, não sendo para qualquer cliente; QUE o declarante ãcredita ter comercializado cerca de duzentas e cinqüenta notas fiscais do,, talonário Na fase judicial o réu confirmou, em parté, o depoimento prestado perante a autoridade policial, excluindo apenas o fato de que recebia os aparelhos celulares abaixo do preço de mercado (fls. 191 a 193). í4.4` O declarante Francisco Félix da Costa?. esposo da proprietária da empresa TELEMAXI, afirmou no depoimento de fl. 121: t r.. "... há cerca de um ano e meses, sua esposa MABEL ANDRADE DA COSTA, deu baixa na empresa TELEMAXI, passando a razão social para F.F. DA COSTA CIA. LTDA (nome do declarante). QUE; exibida ao declarante nota fiscal de n , referente a venda de um telefone celular Sansung collors, serie R4XT521481X no valor de R$ 1.899, este desconhece a emissao : dc tal nota, informando -que apesar de comercializar com aparelhos 'de celular, por ser credenciado a TIM, nunca vendeu Sansung colorrs, não sabendo qiw esteja utilizando o nome de sua empresa. QUE, não foi localizado na empresa o talonário de. Nota Fiscal correspondente com essb numeração, evidenciando., que_ houve falsificação de nota fiscal". afirmou: O declarante Antônio Lopes de Aquino, na declaração de fl. 155, "...QUE o declarante sabe dizer que Maria procurou a loja da pessoa _conhecida como Paulo Palitinho, tendo, conseguido uma nota fiscal, simulada para poder habilitar o aparelho...".. Marcelo Barros de Souza declarou à fl. 167: 4tr "Que, o declarante possui um estabelecimento comercial, que comercializa celulares e acessórios na cidade de Sumé/PB,.' Que,

6 6.4 " declarante afirma ter mantido urna sociedade de fato, visando comercialização de c-vala-ris,. com a- p- ss-o- a conhecida corno PAULO PALITINHO; Que, a sociedade durou cerca de seis meses, tendo se encerrado, provavelmente, no mês de Janeiro de 2005; Que, o' declarante possuía um talão de notasfiscais da empresa TELEMAX1,' em branco, para emitir quando da comercialização e habilitação de ' aparelhos celulares; Que, o talão foi deixado por PALITINHO, tendo o declarante que prestar contas de cada nota utilizada; Que, PALITINHO, cobrava do.declarante de RS. 10,00 à RS: 15,00 reais por nota utilizada; Que. O declarante acreditava que as notas fiscais eram de uma das lojas de PALITINHO, localizada na Bahia, visto ele relatar que possuía três ou quatro lojas naquele Estado... Que, o declarante afirma que PAULO PALITLVHO, o orientava para não dar essas notas para estranhos". Na fase judicial, Maria das Dores Gomes da Silva, afirmou (fl. 216): Nwg "QUE confirma o seu depoimento prestado perante a autoridade policial, em especial que adquiriu um celular do senhor Anton.ib Lopes, sem nota fiscal e que compareceu a loja do réu que se propôs : a arrumar uma nota fiscal para a depoente, bem como consertar 11111, 9 defeito existente no aparelho pelo valor global de R$ (setenta reais)... QUE realmente no dia seguinte a depoente confirma que retornou a loja de "Paulo Palitinlio'' e recebeu o aparelho e a nota fiscal do mesmo... QUE reconhece a nipta'fiscal de fls. 36 expedida pela TELEMAXI em nome de Reginaldo Gomes da Silva como sendo - a nota dada pelo réu...". Indubitavelmente, a autoria também restou comprovada. Não assiste razão ao apelante, portanto, ao afirmar que a sentença condenatória não se baseou em provas constantes dos autos. Não há, portanto, que se falar em alnolvição. Alega o recorrente, aind-a-,--não ser reincidente, pleiteando o não reconhecimento desta agravante e a diminuição da pena, tendo em vista que esta foi' agravada indevidamente. Além disso, requer o direito de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos. Neste ponto merece ser reformada a sentença,de primeiro grau. É que, de fato, o apelante não é reincidente. Observa-se dos antecedentes criminais, de fls. 286 a 288, que ele não foi condenado definitivamente por outra infração penal anterior ao, delito analisado, conforme consta do art. 63 do Código Penal. Passemos, então, à dosimetria da pena. strn,4- A pena-base foi fixada em 02 (dois) anos :é 06 (seis) meses de reclusão e agravada em 06 (seis) meses diante da reincidência. 'Como náã há nos documentos de fls. 286 a 288 condenação transitada em, julgado, não podem ser considerados para efeito de maus antecedentes os registros lá constantes, sob pena dg, ofensa Súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça, verbis: g, = Desembatgador

7 ' "É,vedada a-utilização de inquéritos`lioliclais e ações penais em - curso para agravar a pena-base."' Desse modo, afasta a reincidência. Assim, mantendo-se a pena-base em 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, deve-se aplicar apenas a atenuante constante do art. 65, inciso III,: alínea "d", do CP - confissão - reduzindo a pena para 02 (dois) anos e 03 (três) meses de reclusão. Não há agravantes (não existe reincidência conforme acima analisado), nem causas,de diminuição e de aumento da pena, motivo pelo qual torno esta definitiva em 02 -,- ( dois) anás e 03 (três) meses de reclusão e 60 (sessenta) dias-multa, no valor de 1/30' (um trinta avos) do salário mínimo vigente. Em relação ao pedido de substituição da pena privativa de liberdade go em restritivas de direitos, é cabível, diante do disposto no art. 44, 2, do CP, in verbis:, 4 "Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei n de 1998) 1- aplicada pana privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não fir cometido com violência ou grave ameaça à pessoa $ ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; - o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, -os antecedentes, a conduta' social e a personalidade do condenado, bem - como os motivos, s.,e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. lo (VETADO) (Incluído pela Lei n 9.714, de 1998) * 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pwcwstritiva de direttos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por, duas restritivas de direitos "- Diante do exposto, sendo a pena privativa de liberdade aplicada..igual' a 02 (dois) anos e 03 (três) meses de reclusão, deve ser substituída por duas restritivas de direitos: prestação de serviço à comunidade'e limitação de fim de semana., Ante o exposto, REJEITO A PRELIMINAR DE NULIDADE E, NO MÉR ITO, DOU PROVIMENTO PARCIAL AO APELO APENAS PARA AFASTAR A AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA, em harmonia com o parecer ministerial. É como voto. 4.. Graças Presidiu a sessão e - foi relástor ó - Excelentíssimo Senhor Desembargador Arnóbio Alves Teodósio. Participaram do julgamento os Excelentíssimos Senhores Desembargadores João Benedito da Silva e Maria das.0 Morais Guedes, Juiza de Direito convocada para substituir o Excelentíssimo < Senhor Desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior. 4

8 -Ç - Presente à sessão A Douta Representante do Ministério Público, a Excelentíssima Senhora Doutora Josélia Alves de Freitas, Procuradora - de Justiça. Sala dā s Sessões "Desembargador Manoel Taigy de Queiroz Mello Filho", em João Pessoa (PB), 30 de Junho de ALVES TEODÓSIO RELATOR

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