Interactions between national housing policies and legislation, directives, initiatives, programmes and decisions of the European Union
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- Raphaella Franco Dinis
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1 Interactions between national housing policies and legislation, directives, initiatives, programmes and decisions of the European Union An overview for the 15 th EU Housing Ministers Conference, to be held in Italy, Rome from October 2003 COUNTRY : PORTUGAL Person responsible for the questionnaire Name: Ministry / organisation: Address: Country: Telephone Fax: Contact person Name: Ministry / organisation: Address: Country: Telephone Fax: Document to be returned in English or French to ch.mertens@mrw.wallonie.be for 8 th august 2003 at the latest (parts 1 and 2)
2 I What are the impacts of existing EU legislation, directives and decisions on your national policy, organisational system, public aid measures and financing with regard to housing. A. Current legislation Public procurement : State aid rules: Julga-se não existirem regulamentos ou recomendações da UE relativas a habitação apoiada. Em Portugal existem Recomendações Tecnicas de Habitacão Social que tem balizado a construção deste tipo de habitação e a atnbuição à mesma de financiamento estatal. Reduced VAT: 0 IVA português, sendo superior ao VTA praticado na maior parte dos paises europeus, tem vindo a penalizar o funcionamento do mercado habitacional português, constituindo-se como um facto que tem vindo a provocar o aumenlo dos preços. Construction products : Espera-se que a transposição da Directiva dos Produtos de Construção em Portugal (através do Decreto-Lei nº 113/93, de 10 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis nºs 139/95, de 14 de Junho e 374/98, de 24 de Novembro, e regulado pela Portaria nº 566/93, de 2 de Junho), venha a ter urn impacte positivo nas condições de segurança e de saude asseguradas pela habitação e na qualidade da construção. Com este objectivo registam-se varias medidas e iniciativas em curso, com destaque para as seguintes: revisão da regulamentação portuguesa de edificios (Regulamentação Geral das Edificações Urbanas, regulamentos nacionais no domlnio da segurança contra incêndio, regulamentos estruturais, em particular para os compatibilizar com os Eurocódigos estruturais); colocação no mercado de produtos de construção munidos da marcação CE, cumprindo especificações técnicas harmonizadas e permitindo que os edificios e as restantes obras de construção onde são incorporados satisfaçam as exigencias essenciais estabelecidas na Directiva em questão; marcação dos produtos de construção destinados a ficarem em contacto com a água potavel com o chamado Sistema de Aceitação Europeu, que atesta a sua aptidão para uma tal utilização. 2
3 Information to be given to borrowers by lenders offering home loans: Charter of Fundamental Rights: A Carta dos Dlreitos Fundamentais da União Europeia refere, no nº 3 dos seu artigo 34.."Segurança social e assistência socia!"..que "A fim de lutar contra a exclusao social e a pobreza, a União reconhece e respelta o direito a uma assistencia social e a uma ajuda à habitação destinadas a assegurar uma existência condigna a todos aqueles que não disponham de recursos suficientes, de acordo com o direito comunitario e as legislações e práticas nacionais". Para além desta referência encontra-se, apenas, no artigo 7 -"Respeito pela vida privada e familiar - a referência a que Todas as pessoas tem direito ao respeito pela sua vida privada e familiar, pelo seu domicilio e pelas suas comunicações". Considera-se que as referências ao direito à habitação existentes na Constituição da República Portuguesa (CRP) e designadamente no seu artigo 65º -"Habitação e Urbanismo", são muito mais amplas e objectivas do que aquelas. Cita-se, apenas como exemplo, o nº 1 do referido artigo 65º da CRP: Todos tem direito, para si e para a sua familia, a uma habitação de dimensao adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e privacidade familiar," Anota-se, ainda, que nos números 2 a 5 do referido artigo 65º da CRP se indicam as medidas gerais que devem ser desenvolvidas pelo Estado, pelas Regiões Autónomas e pelas autarquias locais na aproximação aos objectivos indicados no referido nº 1, considerando-se, ainda, objectivamente, a participação dos cidadãos no planeamento. European strategy to tackle social exclusion: Está em operação o Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI- Resolução do Conselho de Minlstros n 91/2001 de 6 de Agosto), em sequencia das resoluções sobre esta materia na Cimeira de Llsboa (2000), que contempla uma alinea especlfica à questões da habitação (1.2.b)), para além de articular os instrumentos de politica de habitação existentes noutros ambitos de actuação e combate a exclusão. De referir que em Portugal os factores de exclusão se encontram indissociaveis das referências habitacionais e residenciais da população, sendo estas uma das variaveis que mais condicionam os processos de exclusão, enquanto fenómeno sobretudo urbano. 3
4 Sustainable urban development : A elaboracao da Estrategia Nacional de Desenvolvimento Sustentavel (ENDS) foi urn dos compromissos com os Estados-Membros da Uniao Europeia assumido por Portugal no âmbito da Agenda 21 e concretizada na Resolução do Conselho de Ministros nº:39/2002 de 1 de Março de A ENDS 2002 tem como 2ª Linha de Orientação a promoção de uma polltica de ordenamento do territórlo sustentavel, tendo como um dos objectivos o desenvolvimento de uma politica de habitação sustentavel, visando a revalorização das areas suburbanas e de zonas residenciais degradadas, e a reabilitação do parque urbano. Esta politica assenta em três vectores a durabilidade, nomeadamente dos materiais de construção, e a adaptação à ocupação ao longo do tempo: a coesão social, garantindo a acessibilidade ao mercado de habitação a famílias mais necessitadas, a pessoas idosas ou de mobilidade reduzida, garantindo o sentido de comunidade, valorizada pela solidariedade social, diminuindo os custos indirectos resultantes dos transportes / localização, e garantindo a saude fisica e psicológica dos seus ocupantes; a eficiência ecológica, contemplando a racionalização do uso do solo, dos materiais de construção, da energia e da água. A decisão do parlamento europeu e do conselho que adopta o 6º Programa Comunitario de Acção em materia de Ambiente ( ) refere que a prevenção das alterações climáticas não tem de implicar uma redução dos niveis de crescimento ou de prosperidade, mas que a economia e o ambiente urbano têm de ser repensados para que as emissões sejam dissociadas do crescimento. Nesse sentido a 6ª Linha de Orientação da ENDS é a promoção da integração do ambiente nas politicas sectoriais. No sector da energia, incrementar a utilização dos recursos energetlcos endógenos, contribuindo para uma diminuição das emissões atmosfericas em ambientes urbanos, é um dos objectivos que teve como impacte nacional a criação de sistemas de incentivo à energia solar, como por exemplo, o Decreto Legislativo Regional nº 29/2001/M de que cria, para a Região Autonoma da Madeira, o Sistema de Incentivos a Energia Solar Térmica para o Sector Residencial (SIEST). 4
5 Disabled persons: A Resolução ResAP (2001) 1 sobre a introdução dos principios de desenho universal nos programas de formação do conjunto das profissões relacionadas com o meio edificado foi publicado pelo Secretariado Nacional para a Integração de Pessoas com Deficiência. Têm existido diligências deste Secretariado com os responsáveis dos diversos cursos de Arquitectura, com a Ordem dos Arquitectos e com a Ordem dos Engenheiros, no sentido de se implementarem os objectivos dessa resolução. Embora ainda exista uma ausência quase total, para o conjunto das profissões relacionadas com o meio edificado, de programas de formação que integrem os aspectos ligados ao desenho universal, começa a surgir uma maior sensibilização para o tema da acessibilidade. É de esperar que no futuro próximo o desenho universal passe a estar integrado nos programas de formação do conjunto das profissões relacionadas com o meio edificado. Como consequência espera-se que os profissionais que intervêm no meio edificado, nomeadamente na habitação, possuam uma maior sensibilização para este tema e a capacidade para dar uma resposta tecnicamente adequada aos problemas que o design universal e a acessibilidade de pessoas de mobilidade condicionada levantam. Immigration: Os imigrantes com visto de autorização de residência têm acesso à Habitação de Custos Controlados promovidos por privados bem como a ser realojados no âmbito dos programas de realojamento apoiados pelo Estado, incluindo a possibilidade de reagrupamento familiar. 0 Alto Comissariado para a Integração das Minorias Étnicas (ACIME) tem atribuido uma especial atenção às questões da imigração e da habitação ( 5
6 Energy policy: A transposição da Directiva Europeia sobre o desempenho energético dos edificios encontra-se actualmente em preparação, no sentido da criação de regulamentação e legislação especitica nacional, remetendo nomeadamente para a obrigatoriedade dos edificios virem a ter um certificado energético, bem como para a obrigatoriedade de inspecções periódicas aos sistemas de ar-condicionado e caldeiras. Encontra-se, por outro lado, em revisão a regulamentação portuguesa relativa ao desempenho térmico dos edificios no sentido de um agravamento dos respectivos requisitos (maior economia de energia e melhores condições de conforto). Others (f.i. : contentious with European Commission, decisions of the European Court of Justice, ) Em sequencia de outras directivas europeias encontram-se ainda em preparação legislação relativa: a) a nova regulamentação de revisão de preços de empreitadas b) classificação das empresas de construção de obras publicas e particulares c) segurança nos trabalhos da construção d) formação na área da construção civil e) harmonização da nomenclatura das actividades de construção e engenharia civil com a classlficação de construção do EUROSTAT Encontra-se igualmente em preparação a reforma dos impostos sobre o património, a qual imporá uma avaliação dos predios urbanos. 6
7 B. EU legislation (and amendments) in preparation Services of general interest : Others ( f.i. Transposition of Basel II Accord (on level of bank reserves for loans) into EU law; reduced VAT-rates for housing maintenance and construction, ) 7
8 2. Do the institutions active in housing benefit from EU-funds? Structural funds : Os fundos estruturais não dão apoio ao sector da habitação. Interreg: No âmbito do PIC Interreg não é financiado o sector da habitação Urban II: As Câmaras Municipais de Lisboa, Amadora, Porto e Gondomar, na qualidade de beneficiários dos Programas URBAN II, não têm qualquer apoio dos Fundos Comunitários para habitação. 8
9 Loans from the European Investment Bank: No âmbito do Programa de Reabilitação Urbana não foi financiado o sector de habitação. Research and development subsidies: Others: 9
10 3. Optional questions (to be returned before 26 th september 2003). What is the position of your country concerning the reform of structural funds for period? Housing is not an area of competence of the European Union. Repeatedly, the Housing Ministers have stated that they have no need for European housing policy. Nevertheless, as you are aware, certain European legislation directly and indirectly affects housing policy at national, regional and local levels. Because there is no assessment framework of the European Union to assess which impact has EU-legislation, and more or less regular amendments thereof, it is difficult for housing institutions (national governments, municipalities, etc.) to be aware in time of the relevance of such (adapted) legislation. Would your country be in favour of recommending that such an assessment framework be developed? 10
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