CAPÍTULO 5 EVOLUÇÃO DO SISTEMA PARA CONTROLE DE SATÉLITES. Propostas genéricas não decidem casos concretos. (Oliver Wendell Holmes)
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- Isaque Figueiroa Marinho
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1 CAPÍTULO 5 EVOLUÇÃO DO SISTEMA PARA CONTROLE DE SATÉLITES Propostas genéricas não decidem casos concretos. (Oliver Wendell Holmes) A grande extensão do País e a existência de imensas áreas com baixa densidade populacional, especialmente na Região Amazônica, são características predominantes para justificar o uso de satélites como instrumento de integração do território nacional, através de suas redes de comunicação, serviços de previsão de tempo e acompanhamento dos processos de uso do solo. Estas condições fisiográficas, aliadas à prática adquirida no estudo e na utilização de técnicas espaciais, foram motivos suficientes para se iniciar um programa de desenvolvimento de tecnologia espacial no Brasil. O Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (INPE), como uma das principais organizações envolvidas na evolução tecnológica espacial brasileira, assumiu a responsabilidade do lançamento e controle dos primeiros satélites brasileiros. O programa espacial brasileiro compreende o lançamento de quatro satélites, sendo os dois primeiros utilizados para coleta de dados e os outros, para sensoriamento remoto. Os satélites de coleta de dados são considerados satélites de órbita baixa (aprox. 750 km), ficam em média doze minutos visíveis pelas estações de rastreio e gastam em média 90 minutos para dar uma volta em torno da terra. Os satélites geoestacionários diferem dos satélites de coleta de dados, principalmente pela altura (36000 km) e o tempo de visibilidade pelas estações de rastreio, no caso 24 horas, já que eles acompanham o movimento da terra. O ciclo de vida de um satélite compreende etapas que vão desde a fase de lançamento até a fase de rotina. A fase de lançamento é considera a mais crítica, devido a problemas que possam ocorrer com o próprio veículo lançador. A próxima fase (aquisição) é coberta de expectativa pelos engenheiros de satélites, já que são captados os primeiros sinais do satélite. Em seguida, a fase de aceitação objetiva testar as funcionalidades de todos os subsistemas internos do satélite. Depois de um teste geral, 69
2 o controle de um satélite entra na fase de rotina. A fase de rotina é intercalada periodicamente pela fase de manobras, que consiste basicamente em alterar a atitude de um satélite (INPE, 1993). Para gerir todas as peculiaridades inerentes ao controle de um satélite, o INPE criou uma infra-estrutura robusta, apoiada por duas estações de rastreamento e aplicativos para controle de satélites O SISTEMA DE RASTREIO E CONTROLE DE SATÉLITES O sistema de rastreio e controle de satélites do INPE é constituído pelo Centro de Controle de Satélites (CCS - São José dos Campos), por duas estações terrenas remotas, uma em Cuiabá (MT) e outra em Alcântara (MA), por uma rede de comunicação de dados que interliga estas unidades (RECDAS) e, finalmente, por um software aplicativo (SICS-Sistema de Controle de Satélites), desenvolvido especialmente para controlar os satélites desenvolvidos pelo INPE (Figura 5.1). a) O Centro de Controle de Satélites Sua finalidade é assegurar o funcionamento perfeito do satélite, desde sua injeção em órbita, até o fim de sua vida útil. A partir do CCS, são programadas e controladas as atividades das estações terrenas. O sistema computacional do CCS se compõe de dois computadores ALPHA-DIGITAL, cujo software aplicativo (SICS) desempenha as funções listadas a seguir: Receber, em tempo real, das estações terrenas, os dados de telemetria, contendo informações sobre a atitude, temperaturas e parâmetros funcionais dos equipamentos de bordo do satélite, processá-los e arquivá-los. Esta função permite às equipes de controle de solo monitorar continuamente a orientação do satélite no espaço (atitude) e o seu estado de funcionamento. Receber das estações e arquivar os dados de localização do satélite (medidas de distância ou angulares). Gerar e transmitir às estações terrenas telecomandos que, quando irradiados pelas estações ao satélite, são recebidos e executados por seus sistemas de bordo. Isso 70
3 permite que se atue a partir do solo no satélite para a reconfiguração do estado de funcionamento de seus equipamentos, ou execução de manobras de controle de atitude ou órbita. Monitorar o estado de funcionamento dos equipamentos residentes nas estações terrenas. As atividades do CCS são desenvolvidas em instalações apropriadas, para cada fase da vida do satélite em órbita. Assim, nas fases críticas (lançamento ou emergência), as atividades de controle são executadas a partir da sala de controle principal. Em fase de rotinas, as atividades são executadas a partir de uma sala de controle dedicado ao satélite em questão. Na Fase de Lançamento de Órbitas Iniciais (FLOI), que considera, além do caso nominal os principais casos de contingências, as atividades de controle seguem procedimentos desenvolvidos previamente ao seu lançamento. Esses procedimentos constituem o chamado Plano de Operações de Vôo para o FLOI. Na fase de rotina, devido à repetibilidade das operações de controle, o plano de vôo é gerado periodicamente, de maneira automática, com o auxílio de um programa computacional, desenvolvido para essa finalidade. 71
4 CLUSTER ANTENA ALPHA 2100 ALPHA 2100 LAN TCM TLM CMD DEC SERVER LAN RECDAS DEC SERVER CCS ALPHA 3000/300 ESTACÃO CUIÁBA / ALCÂNTARA Fig Arquitetura simplificada do SICS. FONTE: INPE,1989 b) Estações terrenas As estações terrenas apresentam-se como elo de ligação entre o Centro de Controle e o satélite em órbita. Suas atividades básicas são: Adquirir o sinal do satélite e segui-lo durante sua passagem sobre a estação. Extrair do sinal recebido os dados do estado dos equipamentos de bordo, datá-los e encaminhá-los ao CCS. Irradiar para o satélite os telecomandos recebidos do CCS, no horário determinado. 72
5 Efetuar as medidas de localização (distância do satélite até a estação e ângulos de azimute e de elevação do satélite em relação à estação), datá-las e encaminhá-las ao CCS. Esses dados são processados no CCS para determinar a órbita do satélite. c) Rede de Comunicação de Dados (RECDAS) Esta rede interliga o CCS às estações terrenas e apresenta as seguintes características: - É uma rede privada de comunicação de dados que implementa o protocolo X.25 de acesso. - Constituída por três nós, um em cada local, e por um centro de gerenciamento de redes localizado no CCS. - Implementa a topologia em estrela, sendo o nó de São José dos Campos o centro da rede. - Baseada na rede pública de comutação por pacotes (RENPAC). d) Software Aplicativo -Versão Inicial O desenvolvimento de software para controle de satélites no INPE se intensificou na década de 80 com o surgimento da MECB (Missão Espacial Completa Brasileira). O SICS (Sistema de Controle de Satélites) foi o primeiro sistema desenvolvido em FORTRAN 77 para atender a essas necessidades. Implantado, inicialmente em computadores VAX da DIGITAL e posteriormente migrado para computadores ALPHA da própria DIGITAL. O SICS é composto pelo Software Operacional do Satélite do Centro de Controle de Satélites (CCS), denominado Software de Controle de Satélites (SCS), que fica localizado em São José dos Campos - SP, e pelo Software Operacional de Estação Terrena (CET), que fica localizado, juntamente com outros equipamentos, em Cuiabá (MT) e em Alcântara (MA), conforme a Figura 5.1. Descrição Funcional O SCS faz parte do software aplicativo do Centro de Controle de Satélites e realiza as tarefas de tempo real para controle de satélites, as tarefas de comunicação com as entidades externas ao CCS e as tarefas de suporte ao processamento off-line. Ele 73
6 também efetua a monitoração e controle de satélites e a monitoração e controle das Estações Terrenas (ET). O CET faz parte do software aplicativo do computador das Estações Terrenas de Alcântara e Cuiabá e tem como objetivo dar apoio nas funções de supervisão dos equipamentos das Estações, nas funções de controle de antena e nas funções de backup parcial do Centro de Controle de Satélite em operações de contingências. Os principais equipamentos da Estação Terrena relacionados à comunicação com o satélite, excetuando os computadores, são mostrados na Figura 5.1. ANTENA: Responsável pela recepção e transmissão de dados para o satélite; TCM: Equipamento responsável pelo envio de telecomandos para o satélite; TLM: Equipamento responsável pelo recebimento de telemetrias do satélite; CMD: Equipamento responsável pelas medidas de distância e calibração. Principais funções do SICS Prover meios para a transmissão de telecomandos, cancelamento de telecomandos a serem transmitidos, execução da validação e da verificação de comandos, através de telemetria de tempo real e gravação dos comandos enviados em um histórico. Prover meios para a visualização dos dados de telemetria em tempo real e a partir de um histórico; assinalar, no caso de visualização de tempo real, os dados de telemetria fora dos limites, identificados através do processamento da telemetria; visualizar todos os dados de telemetria fora dos limites de um mesmo quadro e recuperar, no caso de tempo real, os últimos eventos recebidos de visualização. Gerenciar a antena, permitindo a execução de uma estratégia de aquisição e rastreio do satélite durante a passagem. A estratégia de aquisição selecionada deve ser monitorada e interrompida, caso necessário. Calcular os dados de apontamento da antena para uma dada estratégia e enviar para o operador da antena. Enviar telecomando que liga o transmissor de bordo do satélite. 74
7 Prover meios para o acompanhamento visual da órbita do satélite em tela mural do CCS. Prover meios para manutenção, armazenamento e recuperação de dados em arquivos históricos. Prover meios para a visualização, em tempo real, dos dados de supervisão dos equipamentos de uma determinada estação terrena, tanto localmente, como remotamente, no CCS. Gravar os dados de supervisão num arquivo histórico de supervisão da estação e reportar problemas críticos detectados nos equipamentos. Prover meios para auxiliar na operação de uma Estação Terrena e realizar funções auxiliares de operação do Segmento Solo: comunicação operador/operador, envio de dados de previsão de passagem do satélite (no CCS), reconhecer alarmes, visualizar a configuração do Segmento Solo, para que o operador tenha conhecimento das conexões ativas, ativar e desativar procedimentos de varredura da antena (na Estação Terrena), receber o estado de operação da antena, interromper um processo de aquisição, testar uma determinada estratégia de aquisição. A maioria dessas funções devem estar disponíveis tanto no CCS como nas Estações Terrenas. Prover meios para a solicitação e o armazenamento de medidas de distância do satélite e de medida de calibração do Conjunto de Medidas de Distância (CMD) da Estação Terrena: armazenar as medidas de distância e de calibração, que foram consideradas válidas num histórico. Prover meios para inicialização e atualização do relógio dos computadores do CCS e das Estações Terrenas com o horário universal (GMT). Prover meios para a troca de mensagens entre os componentes do SCS e demais hospedeiros da Rede de Comunicação de Dados de Satélites (RECDAS) ou das Estações de Rastreio e Controle Estrangeiras. Prover meios para a transferência de arquivos de dados entre o CCS e as Estações Terrenas e/ou o armazenamento de arquivos de previsão de passagem em disco para o histórico no CCS. 75
8 Supervisionar o estado dos equipamentos de uma Estação Terrena; configurar os equipamentos da Estação para passagem, calibração e testes. Prover meios para o armazenamento dos dados de telemetria e o processamento desses dados em tempo real e dos dados de testes: prover meios para recuperação de alarmes, armazenamento de mensagens de telemetria, em tempo real, e do computador de bordo válidas, validação dos quadros de telemetria de tempo real e das mensagens de telemetria de testes. Para implementar as funcionalidades listadas anteriormente, dividiu-se o SICS em subsistemas, cada um dos quais com funções bem definidas (INPE,1989): PRE - Software de Preparação de Arquivos e Tabelas. ALA - Software Gerenciador de Eventos. GRF - Software de Representação Gráfica. HIS - Software de Manutenção de Arquivos Históricos. SCO - Software de Comunicação. CAS - Software de Controle de Acesso. REL - Software de Inicialização e Atualização do Relógio. STA - Software de Transferência de Arquivos. CMD - Software de Telecomandos. TMS - Software de Processamento de Telemetria. DTM - Software de Visualização de Telemetria. RAN - Software de Processamento de Medidas de Distância. GAN - Software Gerenciador da Antena. OPS - Software de Operação do segmento Solo. SUP - Software Supervisor da Estação Terrena. MON - Software de Monitoração da Estação Terrena. 76
9 SIMULADOR Software responsável pela simulação de um satélite. Todos esses subsistemas apresentam-se disponíveis nas Estações (Cuiabá e Alcântara), bem como no CCS, com exceção dos subsistemas GAN e SUP, que estão disponíveis apenas nas estações. A interação dos principais subsistemas pode ser detalhada na Figura 5.2 e comentada a seguir. 10 DTM telemetria telecomando 6 TMS 7 CMD 8 HIS Equip. de telemetria (TLM) 1 GAN Equip. de telecomando (TCM) Equip. de ranging (CMD) 4 SCO 5 RAN 9 ALA 2 SUP 3 MON Fig. 5.2 Representação da interação entre os subsistemas. FONTE: adaptada de INPE, (1989). 77
10 Observações: 1 Todo o processo de recepção de dados (telemetria) e o envio de telecomandos para o satélite só é possível quando o satélite passa sobre as estações. O GAN, neste caso, assume a responsabilidade de: - Executar uma estratégia de aquisição para tentar localizar o satélite no espaço. - Apontar a antena para a posição da órbita do satélite. - Recuperar as medidas angulares da antena. - Irradiar os telecomandos para o satélite e receber as telemetrias que descrevem o funcionamento interno de um satélite. 2 -Nas estações terrenas, o SUP é o responsável pela supervisão dos equipamentos. O objetivo básico deste subsistema consiste em informar aos operadores as possíveis falhas de hardware nas estações. Ele faz a monitoração dos equipamentos de telemetria, telecomando, e ranging em intervalos predefinidos. 3 O MON atua como um mediador entre os parâmetros supervisionados pelo SUP e a visualização dos mesmos para os usuários. Sua atividade básica se restringe em visualizar os dados de supervisão dos equipamentos de uma estação terrena em tempo real e a partir do histórico bem como divulgar via ALA para os operadores os equipamentos que apresentam problemas críticos. 4 O SCO disponibiliza o meio para a troca de mensagens entre os subsistemas do SICS (TMS, RAN e CMD) com os seus respectivos equipamentos das estações (equipamento de telemetria, ranging e telecomando). O protocolo de comunicação desses equipamentos é X-25; portanto, o SCO disponibiliza um conjunto de funções para envio e transmissão de dados sobre este protocolo. 5 - O cálculo da medida de distância entre o satélite e a terra fica a cargo do RAN. Ele se conecta com o equipamento de ranging, via SCO. Esses dados são utilizados para se fazer previsões das próximas órbitas. 6 - O TMS responsabiliza-se pelo processamento de telemetrias recebidas do satélite. A função básica desse subsistema se traduz em analisar as telemetrias recebidas do 78
11 satélite e informar ao usuário aquelas que se apresentam com valores fora do limite permitido. 7 - O CMD atua no envio de telecomandos para o satélite. As funcionalidades implementadas neste subsistema se restringem em: - conectar com o equipamento de telecomando via SCO; - inserir um comando básico ou uma seqüência de telecomandos a serem transmitidos para o satélite; - autorizar e enviar um telecomando. 8 O HIS praticamente faz interface com todos os outros subsistemas. Atribui-se ao HIS a capacidade de gerir todos os dados recebidos do satélite (telemetrias, medidas de distância do satélite etc.). 9 O ALA assume o papel de notificar os operadores de satélites as eventuais falhas que ocorrem nos outros subsistemas. Suas funcionalidades consistem em reportar estas informações para o operador responsável pela operação do subsistema; receber as mensagens de alarmes geradas pelos outros subsistemas e encaminhá-las para os respectivos usuários de cada subsistema; manter um log de todas as mensagens geradas pelo sistema no banco de dados O DTM disponibiliza para os usuários as interfaces para a visualização das telemetrias processadas pelo TMS. Através dessas interfaces, pode-se visualizar as telemetrias de um satélite em tempo real e fora de passagem VERSÃO ATUAL DO SICS A versão atual do SICS foi desenvolvida para ser utilizada no controle do primeiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto (CBERS). O SICS atual tem uma arquitetura cliente-servidor e apresenta-se disponível em plataformas PCs. Para a implementação, utilizou-se o ambiente de desenvolvimento Visual C++ da Microsoft e a Metodologia Orientada a Objetos (Cardoso, Gonçalvez, Ambrósio, 1998). A Figura 5.3 ilustra a arquitetura da nova versão. 79
12 Servidor principal BD Servidor backup BD backup Usuário 1 Usuário 2 Usuário n Fig. 5.3 Arquitetura da versão atual do SICS. FONTE: adaptada de Gonçalvez, Cardoso, Ambrósio(1998). Por motivos de tempo e disponibilidade de pessoal, a nova versão do SICS implementou somente os subsistemas TMS, CMD e HIS. Para a operação do satélite CBERS utiliza-se a nova versão do SICS e parte da versão anterior que, até o momento, se encontra implementada nos computadores da DIGITAL. De acordo com a versão atual, o servidor principal disponibiliza, para os usuários do sistema, os serviços de: - processamento de telemetria(tms); - envio de telecomando(cmd) e - armazenamento dos dados (telemetria e telecomandos) no banco de dados(his). Existem várias categorias de usuários para controles de satélites, dentre elas pode-se ressaltar: a) Controladores de satélites: Apresentam-se como responsáveis pela execução do plano de vôo de um satélite. b) Engenheiros de satélites: Responsabilizam-se pelo acompanhamento dos subsistemas internos de um satélite, tais como bateria, carga útil etc. Caso haja falha no servidor principal, o servidor de backup assume o controle do satélite e passa a acessar o banco de dados de backup, que representa uma cópia idêntica do banco de dados do servidor principal(gonçalves, Cardoso, Ambrósio,1998). 80
13 5.3 - LIMITAÇÕES DAS VERSÕES DO SICS Após uma longa fase de sistemas centralizados, baseados em mainframes (SICS- versão inicial), a quebra do processamento em client-server foi utilizada no software de controle de satélites com diversas vantagens (SICS-versão atual), tais como a distribuição do processamento, parte alocada no servidor e parte alocada no cliente; a descentralização do processamento; etc. Entretanto, pode-se ainda ressaltar algumas limitações no software utilizado no controle de satélites do INPE, conforme os itens apresentados a seguir: a) Disponibilidade de serviços Na versão inicial e atual do SICS, os serviços disponíveis pelo sistema foram implementados nos subsistemas. Falhas na comunicação, ou mesmo no subsistema, inviabilizam a execução de determinada tarefa. Como exemplo, uma falha no software que processa telemetria (TMS) impossibilita o processamento e a visualização das telemetrias recebidas do satélite. b) Tolerância a falhas A queda de um servidor em uma arquitetura centralizada ou cliente-servidor compromete todos os subsistemas ali residentes e conseqüentemente toda a operação de controle de satélites. A utilização de servidores backups, como mecanismo de redundância utilizado na versão do SICS atual, não supera falhas ocorridas, por exemplo, em uma passagem real do satélite. Isso porque o tempo consumido para posicionar o servidor de backup no contexto em que se encontrava o servidor principal, pode ultrapassar o intervalo de uma passagem. c) Interoperabilidade Como já foi mencionado, somente os subsistemas TMS, CMD e HIS foram implementados na versão atual do SICS. Isso reforça a necessidade da utilização dos serviços prestados pela versão inicial e implementados pelos subsistemas RAN, OPS, GAN etc. A integração não foi totalmente possível entre a versão inicial e a versão atual, dado a diversos fatores, a Tabela 5.1 elucida alguns destes. 81
14 TABELA 5.1- CARATERÍSTICAS DE IMPLEMENTAÇÃO ENTRE AS VERSÕES DO SICS Fator SICS inicial SICS atual Plataforma ALPHA-DIGITAL PC Sistema operacional OPEN-VMS Windows-NT Sistema de armazenamento Arquivos indexados Banco de dados relacional Linguagem FORTRAN-77 C++ Metodologia Estruturada Orientada a Objetos Arquitetura Centralizada Cliente-servidor d) A centralização Os ambientes da versão inicial e da versão atual do SICS apresentam-se totalmente centralizados. Atualmente uma falha no servidor pode comprometer toda a missão. O tempo de reparo de uma falha em um servidor pode ultrapassar o limite de uma passagem do satélite, que é de aproximadamente 10 minutos. Deve-se ressaltar também que a falha em um dos subsistemas, como por exemplo o subsistema TMS, implica a indisponibilidade desse serviço para todos os usuários. e) Localização entre usuários e recursos computacionais O acesso ao SICS, tanto na versão inicial quanto na versão atual, está restrito a controladores de satélites fisicamente localizados no Centro de Controle de Satélites. A versão inicial utiliza terminais predefinidos, como forma de acesso ao servidor principal. A versão atual utiliza um conjunto de PCs que assumem o papel de clientes, interagindo com um servidor responsável pelo gerenciamento de toda a base de dados. Em ambas as versões, exige um conhecimento prévio do usuário, de quais são os serviços oferecidos pelo sistema, bem como quais servidores que atendem a estas solicitações. f) Flexibilidade para a atender às diferentes situações de controle 82
15 Como já foi mencionado anteriormente, a operação de controle de um satélite compreende diferentes fases, como a de lançamento, de rotina e de manobras. O número de usuários oscila de acordo com cada uma das fases. Como por exemplo, na fase de lançamento, praticamente todos os usuários envolvidos direta ou indiretamente com o missão, desejam visualizar as telemetrias recebidas do satélite. Entretanto, na fase de regime ou rotina, o controle do satélite se restringe somente aos operadores. As fases críticas (lançamento e manobra) exigem uma intervenção por parte do administrador de sistemas, que atua em um primeiro instante na busca pela disponibilização de máquinas para os usuários esporádicos e, em seguida, na instalação do software de controle. Aplicações centralizadas ou cliente-servidor não estão preparadas para se adaptar e se moldar, de acordo com a demanda por solicitações de serviços dos usuários. Talvez o máximo que se consiga é restringir o número de usuários que acessam o sistema ao mesmo tempo. Enfim, tanto uma aplicação centralizada, como uma aplicação cliente servidor, se apresentam de forma estática para seus usuários. Ou seja, existe um conjunto fixo de servidores, bem como um número limitado de usuários. O aumento/diminuição do número de usuários requer uma intervenção por parte do administrador de sistemas. O ideal seria ter uma aplicação flexível e dinâmica, que superasse as possíveis variações no ciclo de vida de um satélite, sem a necessidade da atuação do administrador de sistema. Assim, o objetivo básico deste trabalho de pesquisa se concentra em apresentar uma arquitetura flexível e dinâmica que pode ser aplicada ao software de controle de satélites. Maiores detalhes desta arquitetura, bem como as possíveis soluções para as limitações atuais do software de controle de satélites são apresentados no capítulo seguinte. 83
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