BENEFÍCIOS / INDUCEMENTS
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- Nicolas Lemos
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1 BENEFÍCIOS / INDUCEMENTS Lisboa, 20 de novembro de 2017 DSC Departamento de Supervisão Contínua
2 ENQUADRAMENTO E PRINCÍPIOS GERAIS DSC - Departamento de Supervisão Contínua
3 Objetivos Principais Alterações DMIF II Reforçar proteção dos investidores Assegurar que as empresas de investimento cumprem os deveres para com os clientes Assegurar que a prestação de serviços de investimento não é influenciada ou enviesada pelo recebimento de incentivos Aumentar a transparência quanto à qualidade e aos custos dos serviços prestados aos clientes Limitar possibilidade de as empresas de investimento receberem ou pagarem incentivos Concretizar as condições em que o benefício possa ser legítimo 3 CMVM 2012
4 Princípios Fundamentais DMIF II Remunerações, comissões ou benefícios só devem ser pagos ou auferidos quando justificado pela prestação de um serviço adicional ou de nível superior ao cliente e desde que não interfira na obrigação da empresa de investimento de agir de forma honesta, equitativa e profissional, com vista a melhor servir o interesse dos clientes Remunerações, comissões ou benefícios não podem ser pagos ou auferidos no âmbito da prestação do serviço de consultoria para investimento numa base independente ou serviço de gestão de carteiras por conta de outrem 4 CMVM 2012
5 TRANSPOSIÇÃO DA DMIF II DSC - Departamento de Supervisão Contínua
6 ESMA Questions and Answers DMIF II Diretiva Delegada Anteprojeto de transposição: Cód.VM Art. Art. 11.º/5 Art. 313.º (alterado) Proibição de benefícios ilegítimos e reforço de deveres de divulgação de informação 24.º/9 Art. 11.º/2 a 4 Art. 313.º- A (novo) Requisitos para considerar que a remuneração paga ou recebida reforça a qualidade do serviço ao cliente Art. 24.º/7/b e 8 Art. 11.º/2 a 4 Art. 13.º Art. 313.º-B (novo) Proibição de benefícios ilegítimos na prestação de serviços para consultoria para investimento independente ou gestão de carteiras Art. 313.º-C (novo) Benefícios permitidos relativamente a recomendações de investimento 6 CMVM 2012
7 Alteração do Artigo 313.º Cód.VM Proibição de benefícios ilegítimos e deveres de divulgação Reforço dos mecanismos preventivos de conflito de interesses: são consideradas remunerações adequadas as que possibilitem ou sejam necessárias para a prestação da atividade de intermediação financeira e que pela sua natureza não sejam suscetíveis de conflituar com os deveres de atuação honesta, equitativa e profissional e de proteção dos interesses dos clientes Reforço dos deveres de informação, concretizando os termos em que a divulgação do benefício deve ser transmitida ao cliente 7 CMVM 2012
8 Novo Artigo 313.º-A Cód.VM Benefícios permitidos Definição dos requisitos cumulativos que permitem considerar que benefício (pago ou recebido) reforça a qualidade do serviço: Justificado pela prestação de um serviço adicional ou de nível superior proporcional aos benefícios recebidos; Não beneficia diretamente a empresa destinatária (incluindo acionistas ou colaboradores) do serviço sem qualquer vantagem concreta para o cliente; e Justificado pela oferta de uma vantagem contínua ao cliente em relação a um benefício contínuo; Identificação de exemplos para efeitos da justificação da prestação de um serviço adicional ou de nível superior Os benefícios não são considerados legítimos se a prestação do serviço ao cliente foi influenciada ou distorcida em resultado dos mesmos. 8 CMVM 2012
9 Novo Artigo 313.º-B Cód.VM Proibição de benefícios na prestação de serviços de consultoria para investimento independente e gestão de carteiras Na prestação dos serviços de gestão de carteiras e de consultoria para investimento independente, o IF: não pode aceitar ou receber para si qualquer remuneração comissão ou benefício, pago ou concedido por terceiro, em relação à prestação do serviço aos clientes, à exceção de benefícios não monetários não significativos; deve transferir integralmente para o cliente os benefícios monetários pagos por terceiros; só pode aceitar os benefícios não monetários não significativos previstos na norma e desde que cumpram os requisitos de reforço da qualidade do serviço e que sejam razoáveis e proporcionais. 9 CMVM 2012
10 Novo Artigo 313.º-C Cód.VM Benefícios permitidos relativamente a recomendações de investimento A realização de recomendações de investimento (research cfr. artigo 12.º-A) por terceiros para IFs que prestem serviços de gestão de carteiras, consultoria para investimento ou outros não é considerada benefício ilegítimo desde que seja recebida como contrapartida de: Pagamentos efetuados diretamente pelo IF a partir dos seus recursos próprios (o IF paga pelo serviço que lhe está a ser prestado); ou de Pagamentos através de uma conta destinada ao pagamento de research (RPA) assente em fundos dos clientes e mediante o cumprimento dos requisitos previstos na norma. No âmbito da prestação dos serviços de consultoria para investimento em base independente e de gestão de carteiras o IF não pode receber research gratuito. 10 CMVM 2012
11 Alterações introduzidas ao Cód.VM : concretizam as regras que especificam a condição em que os incentivos melhoram a qualidade do serviço e, por isso, legitimam o seu recebimento ou pagamento prevêem novas regras de proibição relativas ao recebimento ou pagamento de incentivos aplicáveis às empresas de investimento que prestam consultoria para investimento numa base independente ou serviço de gestão de carteiras por conta de outrem estabelecem as condições a conferir ao pagamento do research recebido pelos IFs (em particular quando prestam serviços de gestão de carteiras e de consultoria para investimento numa base independente) 11 CMVM 2012
12 Consultoria para investimento numa base independente e gestão de carteiras DSC - Departamento de Supervisão Contínua
13 Consultoria para investimento numa base independente e gestão de carteiras Quando prestem serviços de consultoria para investimento numa base independente e ou serviços de gestão de carteiras, é vedado às empresas de investimento aceitar ou auferir remunerações, comissões ou quaisquer prestações monetárias ou não monetárias, pagas ou concedidas por qualquer terceiro ou por uma pessoa que atue em nome de um terceiro, em relação à prestação do serviço aos clientes A proibição obsta à aceitação ou retenção de benefícios (a empresa de investimento poderá receber tais benefícios, contanto que sejam integral e prontamente devolvidos ao cliente) As prestações não monetárias não significativas que possam melhorar a qualidade do serviço prestado a um cliente e de dimensão e natureza tais que não se possa considerar que prejudicam a obrigação da empresa de investimento de agir no melhor interesse do cliente devem ser claramente comunicadas ao cliente e estão excluídas do âmbito da proibição Não deverão ser interpretados como abrangidos no âmbito da proibição em causa os pagamentos realizados por terceiros que atuem no âmbito de instruções do cliente, e que este esteja ciente de tal facto, tais como advogados e ou contabilistas 13 CMVM 2012
14 Benefícios não monetários não significativos DSC - Departamento de Supervisão Contínua
15 Benefícios não monetários não significativos Proibição de recebimento de benefícios ilegítimos não tem aplicação aos benefícios não monetários não significativos que (i) possam melhorar a qualidade do serviço prestado a um cliente, (ii) que não sejam de dimensão e natureza tais que não se possa considerar que prejudicam a obrigação da empresa de investimento de agir no melhor interesse do cliente, e (iii) devem ser clara e previamente comunicadas ao cliente Artigo 12.º/3 da Diretiva Delegada DMIF II Os benefícios que incluam uma análise substantiva, aportando valor ao seu destinatário, ou suponham a alocação de recursos valiosos da empresa de investimento não serão suscetíveis de configurarem benefícios não monetários não significativos ESMA Q&A No. 6: Minor non-monetary benefit vs. research; ESMA Q&A No. 9: Research related to fixed-income, currencies or commodities 15 CMVM 2012
16 Benefícios não monetários não significativos 16 CMVM 2012
17 Outros serviços de investimento ou auxiliares DSC - Departamento de Supervisão Contínua
18 Regras aplicáveis a benefícios obtidos no âmbito de outros serviços de investimento ou auxiliares Artigo 11.º da Diretiva Delegada DMIF II: Condições cumulativas em que se considera que uma remuneração, comissão ou benefício não monetário é concebido para reforçar a qualidade do serviço em causa ao cliente Uma remuneração, comissão ou benefício não monetário não deve ser considerado aceitável se a prestação dos serviços relevantes ao cliente for enviesada ou distorcida em resultado da remuneração, comissão ou benefício não monetário A verificação da condição de melhoria da qualidade, implica que as empresas de investimento mantenham o nível melhorado de qualidade Dever de informar o cliente 18 CMVM 2012
19 Research como inducement DSC - Departamento de Supervisão Contínua
20 Research como inducement O research constitui um serviço auxiliar dos serviços de investimento, pelo que a sua prestação sem qualquer retribuição pecuniária e ou mediante uma retribuição reduzida pode configurar um incentivo ou benefício ilegítimo. A Diretiva Delegada DMIF II veio consagrar as circunstâncias em que se considera que o research não constitui um incentivo ilegítimo. Não é considerado um incentivo quando recebidos em troca de qualquer de (i) pagamentos diretos pela empresa de investimento a partir dos seus recursos próprios; ou (ii) pagamentos a partir de uma conta de pagamento separada destinada aos estudos, devidamente controlada pela empresa de investimento e mediante a verificação das condições ali estabelecidas. 20 CMVM 2012
21 Research como inducement 21 CMVM 2012
22 Figuras afins A existência de figuras próximas, reunindo algumas características típicas do research poderão implicar que o processo avaliativo da entidade destinatária do research não seja isento de dúvidas Caso tais figuras contenham características de research, deverão as mesmas ser tratadas como tal e, consequentemente, ser o seu custo suportado pela entidade destinatária, ou, alternativamente, serem por esta recusadas Recai sobre e a entidade destinatária o ónus de verificar e ou aferir se está, ou não, perante research 1. Análises macroeconómicas 2. Análises no âmbito de uma emissão de valores mobiliários 3. Intermediação de contactos (Corporate access) 4. Dados económicos ou de mercado 22 CMVM 2012
23 Figuras afins 1. Análises macroeconómicas 2. Análises no âmbito de uma emissão de valores mobiliários 3. Intermediação de contactos (Corporate access) 4. Dados económicos ou de mercado 23 CMVM 2012
24 Figuras afins 1. Análises macroeconómicas 2. Análises no âmbito de uma emissão de valores mobiliários 3. Intermediação de contactos (Corporate access) 4. Dados económicos ou de mercado Os documentos preparados no âmbito e ou para efeitos de uma emissão, em mercado primário, de valores mobiliários, em especial por empresas de investimento a quem hajam sido contratados, pela emitente, serviços de assistência no âmbito de tais operações, entende-se que deverão ser considerados benefícios não monetários não significativos 24 CMVM 2012
25 Figuras afins 1. Análises macroeconómicas 2. Análises no âmbito de uma emissão de valores mobiliários 3. Intermediação de contactos (Corporate access) 4. Dados económicos ou de mercado 25 CMVM 2012
26 Figuras afins 1. Análises macroeconómicas 2. Análises no âmbito de uma emissão de valores mobiliários 3. Intermediação de contactos (Corporate access) 4. Dados económicos ou de mercado Nestes casos, o que está em causa é a difusão de informação, são serviços informativos, sem que sobre os factos ou dados difundidos seja realizado qualquer juízo, recomendação ou outro trabalho pelo respetivo prestador, pelo que se entende que a prestação de serviços de dados e ou bases de dados económicos ou de mercado, por si só, não deve ser considerado como research. 26 CMVM 2012
27 Orçamento para research Pagamento de research requer que o IF estime, antecipadamente, um orçamento contendo os custos de research que irá cobrar aos seus clientes devendo para o efeito chegar a acordo com os clientes, no acordo de gestão do investimento ou nas condições gerais da empresa, quanto à taxa relativa aos estudos orçamentada pela empresa e quanto à frequência com que a taxa específica relativa aos estudos será deduzida dos recursos do cliente ao longo do ano 27 CMVM 2012
28 Conta de pagamentos de research Possibilidade de a empresa de investimento ou auxiliares poder proceder à prestação de research em troca de pagamentos realizados a partir de uma conta de pagamento separada destinada ao pagamento de estudos, devidamente controlada pela empresa de investimento, encontra-se sujeita a regras restritivas, excecionais e exigentes 28 CMVM 2012
29 Payments made to a third party in relation to the provision of independent advice of portfolio management Status of client money 29 CMVM 2012
30 Obrigada. DSC - Departamento de Supervisão Contínua Lisboa, 20 de novembro de 2017
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