TEXTO O Produto Social Questões Econômicas.

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1 TEXTO 4 4. O Produto Social O objetivo das páginas seguintes é o de analisar algumas questões essenciais para o entendimento do que é riqueza, como ela é produzida, e como se mede esta riqueza. O conceito de riqueza aqui utilizado compreende o conjunto de bens e serviços à disposição de uma coletividade, um grupo social ou um indivíduo. Em termos amplos, é igual ao produto social. Portanto, neste texto usaremos o termo riqueza ou produto no mesmo sentido. Para estudar economia, se faz necessário destacar algumas questões econômicas, para que fique claro os tipos de problemas que devem ser estudados e quais as suas características principais. Para tanto, começaremos com a definição de alguns conceitos Questões Econômicas. No nosso cotidiano, seja através dos jornais, rádio, televisão, revistas e internet, deparamo-nos com inúmeras questões econômicas e a maioria das vezes nem nos damos conta da importância deles no nosso dia-a-dia, como por exemplo: a) aumento de preços, inflação, taxas de juros; b) períodos de crise econômica ou de crescimento; c) desemprego, dissídios coletivos, diferenças salariais; d) setores que crescem mais do que outros, ociosidade em alguns setores de atividade; e) déficit comercial, crise no balanço de pagamentos, valorização ou desvalorização da taxa de câmbio; dívida Externa; f) diferenças de renda entre as várias regiões do país; g) queda das bolsas em algumas partes do mundo; h) déficit governamental, elevação de impostos e tarifas públicas, divida pública interna. Esses temas, já rotineiros em nossa vida diária são discutidos pelos cidadãos comuns, que com altas doses de empirismo, têm opiniões formadas sobre as medidas que o Estado deve adotar. Um estudante de Economia, de Administração ou de outra área pode vir a ocupar cargo de responsabilidade em uma empresa ou na própria administração pública, e necessitará de conhecimentos teóricos mais sólidos para poder analisar os problemas econômicos que nos rodeiam diuturnamente. O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Iniciamos pelo conceito de economia, como sendo o estudo da forma como os indivíduos e a sociedade fazem suas escolhas e decisões, para que os recursos disponíveis, sempre escassos, possam contribuir da melhor forma para satisfazer as necessidades individuais e coletivas da sociedade. Dito de outra forma, a economia estuda a maneira como se administra os recursos escassos com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para o consumo entre os membros da sociedade. 40

2 Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo da Ciência Econômica e que envolve posicionamento sobre, pelo menos seis aspectos importantes que são: a) a escolha; b) o fato de conviver com a escassez; c) as necessidades humanas; d) a existência ou não de recursos; e) a produção em termos de quantidade e; f) a distribuição. Em qualquer sociedade, seja no modo de produção capitalista ou qualquer outro modo de produção, os recursos ou fatores de produção são escassos; contudo, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade. Outro aspecto importante para a compreensão da economia é o entendimento do que é um Sistema Econômico? Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma político, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bemestar. Os elementos básicos de um sistema econômico são: a) Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui se incluem os recursos humanos, o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia. b) Complexo de unidades de produção: constituído pelas unidades produtivas ou empresas. c) Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são à base da organização da sociedade. Os sistemas econômicos podem ser classificados em: a) Sistema capitalista é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos meios de produção. Até as primeiras décadas do século passado prevalecia nas economias ocidentais o sistema de concorrência pura, onde não havia a intervenção do Estado na atividade econômica. Era o chamado Liberalismo Econômico. Principalmente a partir de 1930, passaram a predominar os sistemas de economia mista, onde ainda prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de bens e serviços, nas áreas de infra-estrutura, energia, saneamento e telecomunicações, o chamado Setor Produtivo Estatal. b) Sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda economia planificada, é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública ou coletiva dos fatores de produção, chamados nessas 41

3 economias de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos, matérias-primas, entre outras. Vale observar que não pertencem ao Estado ou ao coletivo, as pequenas atividades comerciais e artesanais, as quais, junto com os meios de sobrevivência, como roupas, automóveis e móveis, pertencem aos indivíduos, mas com preços fixados pelo Estado Problemas Econômicos Básico Um dos problemas econômicos fundamentais ou básicos é o que se refere à escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às necessidades ilimitadas do homem. O profissional ou agente econômico que toma decisão enfrenta o dilema de decidir sobre: O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? Estas são questões que definem o sucesso ou o fracasso de um empreendimento econômico. Vejamos o significado de cada uma dessas questões: a) O que e quanto produzir. Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentre o leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem produzidas ou fabricadas; b) Como produzir. A sociedade terá de escolher ainda quais recurso de produção serão utilizados para a produção de bens de serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como vão ser produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão, dentre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível; c) Para quem produzir. A sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, da repartição social da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança. Nas economias capitalistas modernas, esses problemas são resolvidos predominantemente pelo mecanismo de preços atuando por meio da oferta e da demanda. Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país. Ou seja, a maioria dos preços dos bens e serviços, como salários e quotas de produção e de recursos, é calculada nesse órgão, levando em conta as necessidades dos cidadãos A Atividade Produtiva Já dissemos que a economia estuda a alocação de recursos escassos para fins ilimitados, ou seja, como obter o máximo de satisfação para os indivíduos a partir de um estoque de recursos existentes. Para satisfazer as suas necessidades, o homem envolvese em um ato de produção. A produção é a atividade social que visa adaptar a natureza para criação de bens e serviços que permitam a satisfação das necessidades humanas. Desta forma, a produção é a principal atividade econômica a ser medida, uma vez que ela reflete a capacidade de satisfação das necessidades dos membros da sociedade. Assim, 42

4 o primeiro passo para avaliar o desempenho de um país é medir seu produto. Este corresponde ao somatório de tudo aquilo que foi produzido no país durante um determinado período de tempo, um ano, por exemplo. Antes de entrarmos nos métodos de mensuração do produto precisamos entender melhor algumas características da organização da produção numa economia moderna. Na história da humanidade houve períodos em que os indivíduos, ou as famílias trabalhavam diretamente para obter os bens necessários à sua sobrevivência. No mundo atual, contudo, isso dificilmente ocorre. Os bens e serviços que os membros de uma sociedade consomem são produzidos por pessoas diferentes, principalmente dentro de empresas, e colocados à venda, no mercado. Assim, a maior parte das necessidades das pessoas passou a ser satisfeita por meio das mercadorias, isto é, de bens e serviços que foram produzidos para serem vendidos no mercado. Observa-se que, na categoria de serviços são considerados produtos da atividade humana que não assumem uma forma material. Ex.: serviço de transporte, serviço de comercialização, entre outros. Numa sociedade moderna há grande diversidade de mercadorias sendo transacionada nos diversos mercados. Essas mercadorias incluem bens e serviços que, por simplificação, serão designados freqüentemente apenas por bens. Esses bens e serviços podem ser classificados, numa primeira aproximação, em bens de consumo final e em bens de produção: Definição de Bens e Serviços Bens de consumo final: são aqueles adquiridos pelas pessoas, para atender suas necessidades. Compreendem alimentos, material de limpeza, televisores, fogões, espetáculos teatrais, serviços médicos e odontológicos, entre outros. Alguns desses bens têm uma durabilidade menor, e são consumidas com maior freqüências, como os dois primeiros; são chamados bens não-duráveis de consumo. Outros, como os televisores e fogões, têm vida úteis maior; são os bens duráveis de consumo. Os demais são serviços, que constituem bens não-tangíveis. Podem-se destacar ainda os bens semiduráveis de consumo, como roupas, calçados, etc. Bens de produção: são aqueles adquiridos pelas unidades produtivas ou empresas e que se destinam à produção de outros bens. A essa categoria pertencem: o ferro, as máquinas, ferramentas, fertilizantes, energia elétrica, entre outras. Examinando-se sob outra ótica, podem-se distinguir ainda os bens de produção como bens intermediários e bens de capital: Os bens intermediários consistem naqueles bens e serviços usados no processo produtivo, como matérias-primas e insumos em geral. Nesse caso, trata-se de um consumo intermediário, já que esses bens são consumidos na produção de outros bens. É o caso do aço que é utilizado na fabricação de automóveis e do fio de algodão ou fibra sintética que é utilizado na fabricação de roupas; da energia elétrica utilizada para o funcionamento de máquinas. Os bens de capital são caracterizados como as máquinas, os instrumentos de trabalho e equipamentos em geral, embora também utilizados na produção, não sofrem transformações no processo produtivo, mas apenas o desgaste pela utilização. 43

5 Esquematicamente os bens e serviços podem ser representados pelo quadro a seguir: Quadro 01 Bens de Consumo Final Bens de Consumo não Durável Bens de Consumo Durável Bens de Produção Bens de Capital Bens Intermediários Note-se que o reconhecimento de uma mercadoria como bem de consumo, ou bem de produção, ou bem intermediário, nem sempre é imediato: um automóvel pode ser um bem de consumo quando é adquirido pelo consumidor para seu uso próprio; mas é um bem de capital para as unidades produtivas que o adquira para o transporte de seus funcionários ou produtos. A farinha de trigo pode ser um bem de consumo se adquirido, pelo consumidor para a preparação de um bolo em sua casa; ou um bem intermediário, quando usada pela panificadora para fabricação de bolos que serão vendidos no mercado. As empresas constituem as unidades produtivas, por excelência, nos modernos sistemas econômicos. É principalmente dentro das unidades de produção que se realiza o processo de produção. O proprietário dos meios de produção, o empresário, organiza a produção, adquirindo máquinas, equipamentos e instalações, contratando trabalhadores e comprando matérias-primas e insumos em geral. As unidades produtivas, constituídas pelas empresas que atuam na economia, costumam ser agrupada em três setores básicos: Os Setores de Produção a) Setor primário ou agricultura: engloba as atividades primárias, genericamente chamadas de atividades agrícolas: lavoura, horticultura e floricultura, produção animal e seus derivados, caça, pesca, extração de madeira e de outros produtos vegetais e ainda o beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários realizados nos estabelecimentos agrícolas. b) Setor secundário ou indústria: compreende a indústria de transformação, de construção civil e serviços industriais de utilidade pública, como produção, transmissão e distribuição de energia elétrica e abastecimento de água. Inclui, ainda, a indústria de extração mineral. A indústria de transformação, ou indústria propriamente dita, por sua vez, compreende diversos sub-setores: indústria mecânica, metalúrgica, química, de material elétrico, entre outras. O setor secundário abrange unidades industriais 44

6 pertencentes a organizações privadas, sociedades de economia mista e/ou empresas estatais, também denominadas de firmas. c) Setor terciário ou serviços: neste setor são classificadas as empresas produtoras de serviços, tais como comércio, transporte, comunicações, intermediação financeira, educação, saúde, atividades culturais, administração de imóveis, administração pública. Inclui, ainda, as atividades de profissionais liberais autônomos, a prestação de serviços como confecção e reparos de artigos de vestuário, conservação e reparação de veículos, serviços domésticos remunerados, enfim, uma grande variedade de atividades, públicas e privadas. Agora que já caracterizamos o produto como bens em geral e também definimos os setores de produção voltamos a problematizar a matriz de produção no sistema capitalista. Partimos do pressuposto de que o processo produtivo é marcado pela divisão técnica do trabalho, ou seja, a produção se dá em diversas unidades produtivas especializadas, os indivíduos, para obterem o que precisam para sobreviver, devem vender seus produtos no mercado para comprar o que necessitam. Percebe-se que a maior parte da produção se destina ao mercado, sendo trocada por certa quantidade de moeda, isto é, o produto tem um preço. Aqui surge a possibilidade de se representar os diferentes bens produzidos, através de suas expressões monetárias ou de seus valores monetários. Para entendermos melhor o processo de produção numa economia moderna, vamos imaginar um modelo simplificado de economia que só produz bens de consumo, e que só existem unidades de produção e indivíduos que possuem ou são proprietários dos fatores de produção como trabalho, capital, e terra, e que consomem bens e serviços; do outro lado estão as unidades de produção que adquirem fatores de produção dos indivíduos para combiná-los e gerar uma oferta de bens e serviços, ou seja, são as proprietárias da produção. Por outro lado, a produção é um ato contínuo, ininterrupto; para podermos medi-la, necessitamos estipular determinado período de tempo. Com isto, podemos definir o produto como a expressão monetária da produção de uma sociedade em determinado período de tempo. Este processo pode ser visualizado pelo esquema denominado de fluxo circular da produção e renda apresentado no quadro 2 abaixo. Como se pode observar, existem dois mercados nesta economia: o mercado de bens finais e o mercado de fatores de produção. No mercado de bens finais as compras dos indivíduos correspondem às receitas das unidades de produção, e as unidades de produção utilizam estas receitas para adquirir os fatores de produção para poderem produzir, por estes fatores as unidades de produção pagam um preço. Ou seja, a venda dos fatores de produção permite aos indivíduos adquirirem uma renda para poderem demandar, comprar os produtos gerados pelas unidades de produção. Assim, neste exemplo simplificado desta economia, o total de compras dos indivíduos é igual ao total da renda gerada pela utilização dos fatores de produção no processo produtivo, que por sua vez, é igual ao total da produção. 45

7 Quadro 02 Compras = Demanda = Consumo Produtos = Bens e Serviços Unidade de Produção Indivíduos Fatores de Produção Renda = Salários, Lucros, Juros e Aluguéis Em suma, os empresários, que controlam as unidades produtivas, contratam trabalhadores, que são os produtores diretos, pagando-lhes salários e gerando o produto. Com a venda das mercadorias produzidas, os empresários realizam seus lucros. Os salários e os lucros constituem as principais formas de renda na sociedade capitalista. Os juros e aluguéis, recebidos pelos intermediários financeiros e proprietários, são outras formas de renda. O conjunto das rendas individuais constitui a renda da sociedade. É essa renda que será dirigida para a compra dos bens e serviços. O valor monetário do conjunto de bens e serviços produzidos, ou seja, o fluxo de mercadorias corresponde ao valor monetário da renda. Podemos tornar este sistema cada vez mais complexo introduzindo outros agentes econômicos como o sistema financeiro, o governo e o resto do mundo. Esta estrutura produtiva complexa do sistema capitalista pode ser visualizada por meio da representação esquemática apresentada no Quadro 03. O quadro 03 traduz as relações do fluxo básico da economia com os outros agentes econômicos a iniciar-se pela existência do sistema financeiro e se amplia com a presença do governo e o resto do mundo. Inicialmente, as relações se davam apenas entre o fornecimento de mão-de-obra e de fatores de produção e a produção obtida. Os fatores de produção eram remunerados e com estes recursos consumiam os bens fabricados nas unidades de produção. Agora o sistema se torna um pouco mais complexo, com a introdução de um novo agente, o sistema financeiro. Para a existência do sistema financeiro se faz necessária à existência de outros dois elementos. Um deles é a poupança, ou seja, à parte dos salários e dos rendimentos obtidos que não se destinara ao consumo. O outro é o investimento, pois, as grandes partes dos recursos poupados, potencialmente serão canalizadas para investimentos que tem a função de intermediar as relações entre os poupadores e os investidores. 46

8 Para o modelo se tornar completo precisamos introduzir, pelo menos mais dois elementos, o setor governo e o resto do mundo. Por governo, entendem-se apenas as funções típicas de governo como: administração direta, judiciário, legislativo, provisão de segurança nacional entre outras. Assim, o governo tem a função de prover os chamados bens públicos, o que é financiado através da arrecadação de impostos. Desta forma, a presença do governo na economia requer recursos para financiar os gastos com serviços que ele presta. Daí surge à necessidade de se pagar tributos como forma de financiamento dessas despesas. Com isso, a renda passa a ter um terceiro destino que é o pagamento de tributos. Quadro 03 Importa Resto do Mundo Exporta Gastos Setor Governo Tributos Investimentos Sistema Financeiro Poupança Fornecimento de Força de Trabalho e Fatores de Produção Unidades de Produção Oferta de Bens e Serviços Demanda de Bens e Serviços Indivíduos Pagamento pela Utilização da Força de Trabalho e Fatores de Produção Finalmente, a última entidade a ser introduzida no sistema econômico, que é, o resto do mundo, aqui definido como sendo todos os agentes econômicos (famílias, empresas, governos) de outros países que transacionam com os residentes do país. Começamos por analisar o fluxo das mercadorias. Observem que as mercadorias produzidas pelas empresas instaladas no território nacional são vendidas internamente, para atender às necessidades e desejos dos habitantes do país, ou são exportadas, isto é, vendidas para os habitantes de outros países. Os outros países são indicados como resto do mundo. Os habitantes do país podem, por sua vez importar mercadorias, isto é, adquirir bens e serviços produzidos externamente. Assim, a renda pode ser gasta no mercado interno ou pode dirigir-se para outro país, mediante as importações. 47

9 Há ainda, uma categoria diferente de fluxos monetários entre os países: são as remessas de salários, juros e lucros, que correspondem a remunerações geradas em um país, mas cujos proprietários são de outro país. Um trabalhador brasileiro que exerça sua atividade profissional na África pode remeter parte do seu salário para o Brasil. Da mesma forma, as filiais de empresas japonesas instaladas no Brasil irão transferir parte dos seus lucros para o Japão. Essa categoria de fluxos monetários recebe convencionalmente a denominação serviços de fatores A Mensuração do Produto O produto de uma economia, durante um determinado período, é constituído de uma variedade muito grande de bens e serviços, produzidos por uma variedade também grande de unidades produtivas. Para agregar essa diversidade de bens e serviços e chegar a um valor global, utiliza-se o valor monetário de cada um. Como já afirmamos, o produto é, portanto, o valor monetário dos bens e serviços finais produzidos por uma economia, num tempo determinado. Consiste no fluxo de novos bens e serviços finais que se tornam disponíveis para a economia durante aquele ano que denominamos de Produto Interno Bruto ou simplesmente, P I B. Dito de outra forma, o PIB é a soma da produção de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, em determinado período de tempo, medidos de forma monetária. É importante salientar que o PIB inclui não apenas a produção de bens (tangíveis), como também a produção de serviços (não tangíveis). Além disso, vale observar que o PIB refere-se a um fluxo medido num determinado período de tempo, pode ser um ano, um trimestre e assim por diante. Como se pode imaginar, medir o produto é uma tarefa bastante complexa. Para realizá-la existem três caminhos alternativos: a) primeiro, pode-se dimensioná-lo a partir da contabilização da produção realizada nos diferentes setores, que denominamos de Ótica da Produção; b) um segundo caminho consiste na mensuração da renda apropriada pelos trabalhadores e pelos proprietários dos meios de produção envolvidos nos processos produtivos, que denominamos de Ótica da Renda; c) e finalmente, é possível chegar ao produto, avaliando-se a despesa como a aquisição de bens e serviços finais realizada pelos agentes econômicos: indivíduos, unidades de produção, governo e estrangeiros, que denominamos de Ótica do Dispêndio. Cada um desses caminhos será examinado posteriormente. Em cada país existem instituições especializadas em realizar a tarefa de calcular o produto, que utilizam metodologias apropriadas e um sistema de contas, as contas nacionais, divulgando periodicamente os resultados obtidos. As contas nacionais consistem em um conjunto de informações quantitativas, sistematicamente organizadas, que visam reproduzir os fenômenos essenciais do circuito econômico: produção, geração de renda, consumo, financiamento, acumulação e relações com o resto do mundo. Como todo esquema descritivo, é uma simplificação da realidade, mas permite conhecer as características da economia e acompanhar sua evolução. No Brasil, as contas nacionais são calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. 48

10 Não é nossa pretensão, neste texto, apresentar com detalhes toda a metodologia de cálculo das contas nacionais, mas apenas nos familiarizar com os conceitos mais freqüentemente utilizados para discutir o processo de crescimento da economia. Nesse sentido, e para compreender melhor como se chega ao valor do produto, são necessários alguns esclarecimentos. a) Inicialmente, é conveniente explicar o que entra e o que não entra na contabilidade do produto. Para tanto, cabe lembrar que a produção considerada consiste na atividade econômica socialmente organizada para produzir bens e serviços que são trocados habitualmente no mercado e/ou são obtidos a partir de meios de produção e comercializados no mercado. O produto é um fluxo de mercadorias e inclui não só a atividade de criação como todas as operações realizadas para tornar as mercadorias acessíveis, como transporte, armazenagem, comercialização, e outras. Compreende, ainda, a prestação de serviços que possam ser avaliados monetariamente, como consultas médicas, serviços de manutenção da ordem interna, serviços de um advogado, corte de cabelo, entre outros. A metodologia utilizada nas contas nacionais para medir o produto concentra-se nos bens e serviços produzidos para venda. Esse procedimento ignora os bens produzidos dentro das unidades familiares: por exemplo, um pão preparado por uma dona-de-casa não será considerado, mas apenas a farinha de trigo e demais produtos adquiridos no mercado para fazer o pão. Caso o pão fosse confeccionado por uma panificadora, seu valor faria parte do produto global. Essa questão da não-inclusão da produção para o autoconsumo é especialmente relevante quando se pretende comparar o valor do produto de países diferentes, com hábitos diferentes de produção e consumo. O produto aumenta com a maior dependência do mercado. Assim, em sociedades onde a produção para autoconsumo é significativa, o produto apresentado nas contas nacionais subestima a disponibilidade de bens e serviços. b) Também a agregação do valor de todas as mercadorias produzidas pelas unidades de produção levaria a superestimar o produto. Isso porque as mercadorias produzidas por algumas unidades de produção constituem insumos de outras unidades de produção, e o seu valor estaria sendo considerado mais de uma vez: como produto da unidade de produção que o produziu e como componente do valor do produto no qual foi transformado. Nas economias modernas, onde existe uma complexa divisão do trabalho, as unidades de produção, em geral, não se encarregam de todas as fases da produção de uma mercadoria. Os vários estágios de produção são realizados por diferentes unidades de produção: a empresa agrícola produz o algodão; outra unidade de produção produz o fio; outra, o tecido; e, finalmente, outra unidade produtiva produz um bem final que pode ser uma camisa, uma calça, blusa, etc. A existência de bens intermediários faz com que a adição pura e simples do valor da produção de todas as empresas leve a superestimar o produto. O valor do algodão, por exemplo, poderia ser considerado várias vezes: como produção da empresa agrícola e como 49

11 parte do valor do produto de todas as demais empresas que o utilizaram como insumo dentro da cadeia produtiva. Para evitar o problema de múltipla contagem, o produto é calculado somando-se somente o valor agregado em cada unidade de produção, que representa o valor que a atividade desenvolvida pela unidade produtiva acrescentou aos insumos adquiridos de outras unidades produtivas. O valor agregado é, portanto, o valor bruto da produção menos o valor do consumo intermediário ocorrido dentro da empresa. Utilizando o mesmo exemplo anterior, o valor agregado na indústria produtora de roupas será o valor das roupas menos o valor dos insumos e matérias-primas adquiridos de outras unidades produtivas, como o tecido, as linhas, etc. É necessário distinguir, portanto, dois conceitos básicos: a) o produto, que corresponde ao valor agregado; b) o valor bruto da produção, que agrega o valor da produção de todas as unidades produtivas. Vejamos agora, um pouco melhor, como chegar à mensuração do produto pelo primeiro caminho, através de um exemplo A Mensuração do Produto pela Ótica da Produção Para se chegar ao PIB pela ótica da produção, devemos considerar duas possibilidades. A primeira leva em consideração o próprio conceito do PIB e utiliza a somatória dos bens e serviços finais produzidos pela economia em determinado período de tempo. Vale lembrar que essa medida exclui os produtos intermediários para evitar a dupla ou tripla contagem. Para permitir a agregação dos dados, a quantidade de cada bem ou serviço final (Q) é multiplicada pelo respectivo preço (P), tendo-se que: PIB = PaQa + PbQb + PcQc + L + PnQn, onde n é o número de bens e serviços produzidos pela economia. Essa forma de medida, no entanto, não é a mais utilizada, uma vez que não permite verificar a contribuição de cada setor da economia. Por exemplo, uma lata de óleo de soja adquirida pelo consumidor envolve as participações dos setores, agrícolas (soja), industriais (óleo) e comercial (aquisição da indústria e venda ao consumidor), participações essas que não são identificadas, quando se considera apenas o bem final. Para superar essa limitação, pode-se chegar ao PIB por meio da somatória dos valores agregados. Entende-se por valor agregado o que cada etapa do processo de produção agrega ao valor do produto. De forma alternativa, o valor agregado é o valor da produção menos o consumo de produtos intermediários. Um exemplo mais concreto ajuda-nos a entender melhor o conceito. Partindo-se de um processo simplificado de produção de pão, foi construída no quadro 04, em que se verifica o valor bruto e o valor agregado de cada etapa da produção. Como se percebe, a soma dos bens finais ou a soma dos valores agregados, conduz ao mesmo resultado final (PIB de unidades). A título de simplificação, 50

12 adotou-se a hipótese de que a etapa de produção de trigo não adquire insumos, fazendo com que o valor bruto dessa etapa seja igual ao valor agregado. Quadro 04 Exemplo estilizado Bens finais e valores agregados. Etapas Valor Bruto da Produção Valor Agregado Trigo Farinha Pão Totais Σ Bens Finais Σ Valor Agregado É importante salientar que neste primeiro exemplo, por se tratar de uma simplificação, não incluímos os impostos. Estes serão discutidos mais à frente. Assim, resumidamente, para encontrar o produto, a partir de uma economia pela ótica da produção, é necessário deduzir do valor bruto da produção o valor do consumo intermediário, ou bens intermediários consumidos no processo produtivo. Elimina-se, assim, o problema da múltipla contagem, isto é, só se considera o valor da produção intermediária uma vez, como valor da produção da unidade produtiva que o fabricou. Convém insistir que, ao subtrair o consumo intermediário, não se está ignorando parte da produção. Ela entra no cômputo do produto, mas apenas uma vez. Tem-se então: Valor Bruto da Produção + Impostos sobre Produtos Valor do Consumo de Bens Intermediários = Produto Interno Bruto ou Valor Agregado Vejamos agora, a título de ilustração, a composição do Produto Interno Bruto de anos recentes, utilizando a fórmula acima já incluindo os impostos, no quadro a seguir: Tabela 01 Brasil: Composição do Produto Interno Bruto sob a Ótica da Produção em anos selecionados (em milhões de Reais, em valores correntes) Componentes do Produto Interno Bruto Valor Bruto da Produção * Impostos Sobre Produtos ( + ) Consumo Intermediário ( ) * Produto Interno Bruto Fonte: IBGE (*) Estimativas A Mensuração do produto pela Ótica da Renda Até aqui, tratou-se da mensuração da atividade econômica sob o prisma, ou ótica, da produção. Como explicamos, o produto bruto consiste na soma do valor agregado por cada unidade de produção, isto é, o valor da produção da unidade de produção menos o valor dos bens intermediários consumidos. Ora, o valor da produção da unidade de produção menos o valor dos insumos e matérias-primas, mais as remunerações pagas aos empregados, os salários, mais o excedente bruto, que são: os lucros, os aluguéis e 51

13 os juros auferido pelos proprietários dos meios de produção. O valor agregado bruto corresponde, portanto, à soma da remuneração dos empregados e do excedente bruto, que é o que resta ao se retirar o valor dos insumos. Assim, para a economia como um todo, agregando-se os valores das rendas auferidas pelos trabalhadores e proprietários de capital, obtém-se o valor agregado, ou o produto. Esse valor corresponde também à renda global da economia. A igualdade entre o produto e a renda verifica-se por definição. Trata-se, portanto, de uma identidade, indicada pelo sinal. Então: Produto Renda Desta forma, pode-se obter o produto utilizando esses dois procedimentos distintos: a) Agregando-se os valores da produção de todas as empresas e subtraindo os valores correspondentes às despesas com o consumo intermediário. e/ou, b) Somando-se todas as rendas apropriadas pelas pessoas envolvidas nas atividades produtivas. Tomando-se o excedente bruto, obtém-se a renda bruta, que é igual ao produto bruto. Excluindo-se a parcela correspondente à depreciação, obtém-se o produto líquido, ou renda líquida. A ótica da renda constitui um instrumento dos mais importante para examinar o nível de vida da população de um país, pois evidencia a participação relativa dos trabalhadores e proprietários na renda global. Detalhando um pouco melhor o caminho visto pela Ótica de Renda, podemos dizer que ele consiste na análise dos fatores que recebem para produzir o PIB. Note-se que para produzir um PIB de R$ 1 trilhão, por exemplo, os fatores de produção envolvidos no processo receberam esse mesmo R$ 1 trilhão sob a forma de remuneração (não esquecendo que o lucro também é remuneração dos fatores de produção). Excluindo-se inicialmente o governo, podemos identificar quatro fatores produtivos, que recebem remuneração para produzir o PIB: a) salários (S): remuneração do trabalho; b) juros (J): remuneração do proprietário do capital financeiro; c) aluguéis (A): remuneração do proprietário dos bens alugados (prédio, fábrica, terra etc.); d) lucro (L): remuneração da capacidade empresarial. Agregando-se esses fatores, obtém-se: RIB = S + J + A + L Vale observar que, quantitativamente, a RIB é sempre igual ao PIB, embora, conceitualmente, sejam obtidos de forma diferente (óticas diferentes). Voltando à produção do país, verifica-se, por exemplo, que para gerar um valor agregado de 3.200,00 a agricultura pagou salários (300,00), aluguéis (200,00), juros (100,00) e o que restou (400,00) é lucro. Por sua vez a indústria pagou salários (500,00), aluguéis (100,00), juros (200,00) e o que restou (700,00) é lucro. Já o setor de serviços pagou salários 52

14 (200,00), aluguéis (100,00), juros (100,00) e o que restou (300,00) é lucro Essa situação está explicitada para todas as etapas no quadro a seguir. Quadro 05a Remuneração dos fatores. 1ª Etapas 2ª Etapas 3ª Etapas Trigo-Agricultura Farinha-Indústria Pão-Padaria S 300 S 500 S 200 A 200 A 100 A 100 J 100 J 200 J 100 L 400 L 700 L 300 Para cada fator de produção, tem-se: Quadro 05b Remuneração dos fatores. Fatores Trigo-Agricultura Farinha-Indústria Pão-Padaria Total Salários 300,00 500,00 200, ,00 Alugueis 200,00 100,00 100,00 400,00 Juros 100,00 200,00 100,00 300,00 Lucros 400,00 700,00 300, ,00 Totais 1.000, ,00 700, ,00 E assim, após a agregação, chega-se a: RIB = S + A + J + L = As considerações até aqui efetuadas não levaram em conta a participação do governo na renda gerada, participação essa que ocorre sob a forma de tributação. Assim, incluindo-se o governo, têm-se: RIB = S + J + A + L + T onde T é a fatia do governo sob a forma de tributação. Note-se que, a Ótica da Renda permite efetuar análises acerca da distribuição funcional da renda. Nesse sentido, fica claro que o aumento da participação de qualquer fator na renda (crescimento de renda do fator maior que a expansão do PIB) significa necessariamente a redução na participação de outro (ou de outros). Considerando que, nos últimos anos, tem-se observado uma participação crescente da arrecadação tributária no PIB (a carga tributária passou de 25% do PIB no período pré-real para mais de 36% no ano 2005), dos juros (em função da política adotada durante o real), provavelmente ocorreram quedas na participação dos salários e/ou lucros. Para ilustrar o comportamento do produto nos anos recentes observe-se na tabela a seguir. Tabela 02 Brasil: Composição do Produto Interno Bruto sob a Ótica da Renda em anos selecionados (em milhões de Reais, em valores correntes) Componentes do produto Interno Bruto * Produto Interno Bruto Remuneração dos Empregados Salário Contribuições Sociais Efetivas Contribuições Sociais imputadas Rendimento de Autônomos Excedente Operacional Bruto Imposto Líquido e Subsídios sobre a produção e importação Fonte: IBGE (*) Estimativas 53

15 A Mensuração pela Ótica da Despesa Uma outra forma de obter o valor do produto, ou renda, consiste em examinar o que se passa na economia sob a ótica dos gastos ou dispêndios efetuadas pelos agentes econômicos de um país, durante um determinado período. Já mostramos que os produtos provenientes das unidades produtivas devem ser encaminhados ao mercado interno, ou devem ser exportados para outros países. A aquisição desses produtos gera um gasto, ou dispêndio, de valor equivalente. Assim, desde que se leve em consideração à produção que não foi vendida, o valor do produto igualar-se-á à despesa ou dispêndio realizado com a aquisição dos bens e serviços finais produzidos. O valor da despesa global deve, pois, corresponder ao valor do produto e da renda. A despesa global com bens e serviços produzidos internamente pode ser desdobrada nos seguintes itens: Consumo (C); Investimento (I); Gastos do governo (G); Exportações de bens e serviços (X); Importações de bens e serviços (M). A despesa global (Y) pode, então, ser representada pela seguinte identidade: Y C + I + G + X M Ou seja: Consumo (C); Investimento (I); Gastos do governo (G); Exportações de bens e serviços (X); menos as importações de bens e serviços (M). Dito de outra forma, a Ótica da Despesa parte da mensuração do lado de quem compra o Produto. É a Despesa Interna Bruta (DIB) que também é igual à demanda agregada da economia (DA). Assim, da mesma forma que já se observou que, quantitativamente, RIB = PIB, a DIB também é igual a RIB e ao PIB, embora a mensuração seja feita de forma diferente. Uma eventual diferença entre a produção (PIB) e a demanda (DIB), que seria o estoque, também está incluída na Demanda Interna Bruta (DIB). Os componentes da Demanda Interna Bruta (DIB), ou da demanda agregada (DA), são os seguintes: a) compras de bens de consumo pelas famílias (C); b) investimento das empresas (I), aqui incluídas as compras de bens de capital e equipamentos (que é a formação bruta de capital fixo) e os estoques; c) gastos do governo (G); d) exportações (X), que é parcela do Produto adquirida por não residentes; e) importações (M), que é parcela do Produto de outros países adquirida por residentes; Agregando os componentes, chega-se a: DIB = DA = C + I + G + X M Cabe destacar a presença do item importação, mostrando que a demanda total da economia pode ser atendida pela produção interna ou pela importação. Na realidade, dentro do item C (consumo das famílias), existe uma parcela que é atendida pela importação, o mesmo ocorrendo com o investimento das empresas (uma parte é importação de bens de capital). Ao retirar-se a importação da demanda agregada, o que resta é a demanda dirigida à produção interna (PIB). Como se verá adiante, a evolução da 54

16 demanda agregada (DA) é importante para analisar as flutuações de curto prazo na economia. Para ilustrar o desempenho do Produto por esta Ótica, observemos a tabela 03. Tabela 03 Brasil: Composição do Produto Interno Bruto sob a Ótica da Despesa em anos selecionados (em milhões de Reais, em valores correntes) Componentes do produto Interno Bruto Produto Interno Bruto Consumo Final Consumo das Famílias Consumo da Administração Pública Formação Bruta de Capital Formação Bruta Capital Fixo Variação de Estoques (-) Exportação de Bens e Serviços Importação de Bens e Serviços ( ) Fonte IBGE itens. A seguir será examinado com detalhes, as características de cada um desses a) Consumo. É definido como gastos realizados pelos indivíduos. Abrange compras de: bens duráveis de consumo, geladeiras, televisores, automóveis, etc.; bens não-duráveis ou semiduráveis, como alimentos, material de limpeza, roupas, calçados, etc.; e serviços, com consultas médicas, educação, etc. Constitui, em geral, o componente de maior valor da despesa de uma economia. b) Investimento. É a soma dos gastos das empresas, privadas e públicas, e do governo com a aquisição de equipamentos e bens de capital em geral, e o restante da produção não consumida no período. O total dos investimentos compreende: a formação bruta de capital fixo, que consiste na aquisição de equipamentos e máquinas, construção e ampliações de instalações, etc.; e a variação de estoques. É importante observar, que nesse enfoque, o valor dos bens intermediários está incluído no valor dos bens finais transacionados no mercado. Quando fazem parte do estoque, as matérias-primas constituem bens finais e seu valor é computado como parte da despesa global. b.1) Formação bruta de capital fixo: é importante distinguir o investimento, que significa um fluxo de novo capital, do estoque de capital, já existente na economia. Esse estoque de capital cresce a cada ano como resultado do investimento. Porém, como esse estoque sofre um desgaste constante, parte do investimento realizado anualmente é destinada à substituição do capital desgastado, não representado, portanto, uma ampliação do estoque. Esse desgaste corresponde à depreciação, que distingue o investimento bruto do investimento líquido: 55

17 Investimento líquido = Investimento bruto Depreciação Tem-se, então, as seguintes relações: Estoque de capital no início do ano Depreciação durante o ano + Investimento bruto durante o ano = Estoque de capital ao final do ano Ou, de forma alternativa: Estoque de capital ao final do ano Estoque de capital no início do ano = Investimento líquido b.2) Variação de estoque: consiste na alteração dos estoques das matériasprimas não utilizadas, dos produtos semi-acabados e produtos acabados não vendidos. A variação do estoque em um determinado período é estimada comparando-se os valores do estoque no início e no fim do período: Valor do estoque das empresas ao final do ano Valor do estoque das empresas no início do ano = Variação do estoque A variação do estoque será positiva se o estoque aumentou; e negativa, se diminuiu. Essa variação de estoque pode ser planejada ou não. A empresa pode planejar um aumento do seu estoque de mercadorias, prevendo, por exemplo, uma expansão da demanda. Ou uma parte da produção das empresas pode não encontrar compradores, permanecendo estocada e constituindo, então, uma variação não-planejada de estoque. Se uma empresa termina o ano com estoque maior do que o existente no início do período, isso significa que parte de sua produção do período não foi comercializada. Nesse caso, o acréscimo do estoque deve ser considerado como componente do produto para que este se iguale à despesa global. Inversamente, se o estoque sofreu uma redução, parte das despesas do período foi realizada com a aquisição de bens produzidos no período anterior; o valor da redução do estoque deve ser deduzido da despesa global. Na realidade, a produção raramente coincide com os gastos efetivamente realizados pela comunidade. As decisões sobre as quantidades a serem produzidas dependem, no capitalismo, das expectativas dos empresários quanto à demanda pelos seus produtos e as previsões dificilmente são corretas. Assim, a variação de estoque constitui a variável de ajuste para a obtenção de igualdade entre produto e despesa global. A variação de estoque, que assegura a identidade entre o produto, a renda e a despesa, tem um papel 56

18 importante nas análises do comportamento da economia, como se verá posteriormente. c) Gastos do governo. Os itens gastos do governo (G), ou consumo da Administração Pública, compreende a soma das despesas da administração pública em todos os seus níveis: União, estados e municípios. São os gastos do setor público com educação, saúde, segurança, administração, entre outras. Observe-se que a distinção entre consumo, investimento e despesas do governo baseia-se na categoria do comprador e não no tipo de produto. Uma geladeira comprada por uma família é incluída no consumo; se adquirida por um empresa, constitui investimento, ou formação bruta de capital fixo; se o comprador é o governo, constitui gasto do governo. O investimento em novas construções é uma exceção, pois é considerado como investimento qualquer que seja o agente que o realiza. d) Exportações líquidas. As exportações líquidas constituem a diferença entre as exportações de bens e serviços e as importações de bens e serviços. A maioria das economias modernas mantém relações comerciais com outros países, comprando e vendendo as mais diversas mercadorias. Essas transações também devem ser consideradas no cálculo do produto. Pelas exportações, uma parcela dos bens e serviços produzidos internamente é adquirida por residentes de outros países. Assim, para chegar ao produto de uma economia pela ótica das despesas efetuadas com a aquisição dos bens e serviços produzidos, deve-se incluir o valor das exportações como um item da despesa global. Por outro lado, uma parcela dos bens adquiridos para consumo, para investimentos, ou pelo governo, poderá vir do exterior, como importação. Se o objetivo é medir o produto de uma economia, não se podem incluir as importações, pois não foram produzidas pela economia em questão. Contudo, ao adicionar os diferentes itens da despesa global, elas estarão incluídas e será necessário retirá-las. Para isso, subtrai-se do valor da despesa global o valor das importações. Ao subtrair o valor das importações, retiram-se da despesa global tanto os bens finais importados quanto os bens intermediários importados pelas empresas localizadas no território nacional para produção de bens finais. Tem-se, portanto, três indicadores idênticos: Produto bruto Renda bruta Despesa bruta As identidades colocam em evidência os três caminhos para se chegar ao produto, ou renda, ou despesa de uma economia: i. pela ótica da produção; ii. pela ótica da renda; iii. pela ótica da despesa. 57

19 O Quadro 06, apresentado a seguir, resume esses três caminhos conforme visto em detalhes nas tabelas 01, 02 e 03. Quadro 06 Resumo das diferentes óticas do produto Ótica da Produção Ótica da Renda Ótica da Despesa Valor Bruto da Produção Salários Consumo Pessoal + Impostos + Rendimento Autônomo + Investimento Bruto Consumo Intermediário + Excedente Operacional Bruto + Despesas do Governo + Impostos + Exportações Importações = Produto Interno Bruto (PIB) = Renda Interna Bruta (RIB) = Despesa Interna Bruta (DIB) Depreciação Depreciação Depreciação = Produto Interno Líquido (PIL) = Renda Interna Líquida (RIL) = Despesa Interna Líquida (DIL) * Lucro Bruto, Juros e Aluguéis 4.4. Outros Conceitos do Produto O produto interno, ou renda interna, ou ainda despesa interna, agrega o valor dos bens e serviços resultantes da atividade econômica desenvolvida dentro dos limites geográficos de um país. Mas é importante conhecer também outro agregado freqüentemente utilizado, como o produto nacional, ou renda nacional, ou despesa nacional, entre outros. Isto é, o valor que efetivamente permanece no país Produto Interno e Produto Nacional É comum observar-se, principalmente nas estatísticas relativas a outros países, o cálculo do Produto Nacional Bruto (PNB) e não do PIB. Na realidade, o PIB é a produção interna do país, enquanto o PNB refere-se à produção realizada por nacionais. A diferença entre os dois é a renda líquida enviada ao exterior (RLE), a qual refere-se à remuneração de fatores externos ao país (remessas de lucros, royalties, juros etc.). Assim, uma multinacional instalada no Brasil gera produção interna (PIB), mas uma parte da remuneração dessa produção será enviada ao exterior a título de remessa de lucros (essa parcela remetida não faz parte do PNB, porque não é remuneração de fatores de produção de propriedade nacional). Assim, PNB = PIB RLE Como o Brasil é receptor de capitais internacionais (tanto de risco como de empréstimo), o PNB é menor que o PIB, isto é, a renda líquida enviada ao exterior é positiva. Em países como o Japão, por exemplo, verifica-se o contrário, já que são exportadores de capital e, portanto, recebem juros e remessas de lucros. Nesses casos, o PNB é maior que o PIB. Para tanto, é preciso examinar melhor as relações econômicas que se estabelecem entre uma economia e o resto do mundo, como se pode verificar na tabela a seguir. Tabela 04 Brasil Composição do Balanço de Pagamento em anos selecionados (em milhões de dólares) Conta \ Anos Balança Comercial - Saldo(X-M) Balanço de Serviços Saldo Transferências Unilaterais saldos Balança de Transações Correntes Saldo de (1) + (2) + (3) Balanço de Capitais Saldos Eros e Omissões (conta de Ajuste) Balanço de Pagamentos Saldo Total * *Superávit ou déficit Fonte: Conjuntura Econômica, vol.60 nº 04 58

20 Os resultado do balanço de pagamentos tem repercussão sobre a situação externa do país, como se pode observar na tabela abaixo: Tabela 05 Brasil Composição da situação Externa em anos selecionados (em milhões de dólares) Conta\ Anos Dívida Externa Bruta Total Reservas (líquidas ajustadas) Dívida Externa Líquida Fonte: Conjuntura Econômica vol.60 nº 04 É importante salientar que as exportações e importações de bens e serviços são apenas algumas das transações econômicas que ocorrem internacionalmente. As relações que se estabelecem entre as economias modernas são bem mais complexas. Por exemplo, a instalação de uma subsidiária de empresa estrangeira em um país tem como contrapartida a remessa de lucros, o que significa que uma parcela da renda gerada no país com a atividade desenvolvida na subsidiária será enviada para o exterior. Da mesma maneira, quando o país se endivida junto a bancos internacionais, assume obrigações que implicam a remessa de rendas nele geradas, sob a forma de juros. Há, ainda, outras modalidades de pagamentos ou recebimentos de rendas: técnicos estrangeiros contratados para trabalhar em um país podem remeter parte de suas remunerações às famílias residentes no exterior; podem ocorrer, ainda, pagamentos pelo uso de tecnologias importadas, de marcas estrangeiras, além de outros. As remessas e recebimentos de rendas entre países diferentes tornaram necessário distinguir a renda interna, que é resultante da atividade econômica desenvolvida internamente, da renda nacional, que é a renda que efetivamente permanece no país. A diferença entre as duas está indicada a seguir: Renda interna, ou produto interno, ou despesa interna Renda líquida enviada ao exterior (renda enviada ao exterior renda recebida do exterior) = Renda nacional, ou produto nacional, ou despesa nacional Quando se faz referência à renda enviada ou recebida do exterior, trata-se de algo extremamente diferente das exportações e importações de mercadorias. As importações e exportações constituem fluxos de bens e serviços, como produtos agrícolas e industriais, fretes, turismo, etc. Os fluxos de rendas constituem os chamados serviços de fatores, decorrentes da propriedade da força de trabalho e do capital. As rendas podem ser enviadas ou recebidas pelos residentes de um país sob a forma de salários, de lucros, de juros e de pagamentos pelo uso de tecnologia externa. Se o montante da renda remetida para o exterior supera a renda recebida do exterior, o resultado das transações em serviços de fatores, ou a renda líquida enviada ao exterior, será positivo e o produto nacional será, logicamente, inferior ao produto interno. É o que ocorre, em geral, nos países subdesenvolvidos onde a existência de grande número de subsidiárias estrangeiras determina que parcela considerável dos lucros deva ser enviada para as matrizes. Além disso, esses países importam tecnologia sob diferentes formas e são tomadores de empréstimos externos, o que tem como contrapartida a remessa de renda sob a forma de pagamento de juros. Dessa forma, a 59

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