PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Recurso Extraordinário revisto à luz do novo CPC

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1 Recurso Extraordinário revisto à luz do novo CPC RENATO PESSOA MANUCCI Procurador Jurídico da Câmara Municipal de Bragança Paulista Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Professor Tutor do curso de Pós-Graduação em Direito Processual Civil da Estácio/CERS. Professor Universitário Advogado 1. Introdução. 2. Cabimento e pressupostos de admissibilidade do Recurso Extraordinário. 3. Repercussão geral. 4. Aspectos procedimentais. 4.1 Interposição e juízo de admissibilidade. 4.2 Saneamento de irregularidades. 4.3 Efeitos devolutivo e suspensivo. 4.4 Conversão do recurso especial em extraordinário. 4.5 Conversão do recurso extraordinário em especial (ofensa reflexa). 4.6 Recurso extraordinário repetitivo. Conclusão. Referências. 1. Introdução A Constituição Federal ( CF ou CF de 1988 ) atribuiu ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) a importante tarefa de garantir a inteireza do texto constitucional, dotando-o de instrumentos próprios para tanto, dentre os quais se inclui o recurso extraordinário. A compreensão da competência recursal do STF perpassa o estudo da posição do Pretório Excelso na estrutura processual brasileira. Embora divergente, o entendimento dominante não reconhece a natureza de Corte Constitucional ao STF, tratando-se de órgão de cúpula do Poder Judiciário responsável por garantir a higidez do texto constitucional. Com efeito, o STF não se equipara a um Tribunal de Justiça e tampouco funciona como terceira instância recursal 1, sendo sua intervenção em sede de recurso extraordinário pautada na necessidade de uniformizar a interpretação da CF. [ ] Enquanto os tribunais superiores são os guardiões da lei federal, comum, eleitoral e trabalhista, põe-se o Supremo Tribunal Federal como guardião maior da Constituição 2. Logo, julgando recurso extraordinário, o STF concretiza a tarefa de guardião da CF. Entretanto, importa registrar que a competência recursal do Pretório não se exaure no recurso extraordinário, pois, a teor do inciso II do art. 102 da CF, compete ao STF processar e julgar recurso ordinário 1 GOMES JUNIOR, Luiz Manoel. A repercussão geral da questão constitucional no recurso extraordinário. Revista Síntese de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, v. 6, n. 34, mar./abr. 2005, p VELLOSO, Carlos Mário da Silva. Poder Judiciário: Reforma. A emenda constitucional nº. 45, de Revista da Ordem dos Advogados do Brasil, Brasília, ano XXXV, n. 80, jan./jun. 2005, p. 24.

2 constitucional, situação em que funciona como órgão de segundo grau de jurisdição, desempenhando função semelhante a dos Tribunais de Justiça dos Estados. Humberto Theodoro Júnior realça a diferença entre o regime dos recursos ordinários e excepcionais: Nos recursos ordinários, ao contrário do que se passa nos extraordinários e especiais, a devolução ao Tribunal ad quem é a mais ampla possível. Abrange tanto a matéria fática como a de direito, ensejando, por isso, uma completa revisão, em todos os níveis, do que se decidiu no Tribunal inferior. E a admissibilidade do recurso não se limita a situações específicas como as dos arts. 102, nº III, e 105, nº III, da Constituição. Alcança todo e qualquer caso de sucumbência. Basta estar vencida a parte para poder interpor o recurso ordinário, como acontece em qualquer situação comum de dualidade de graus de jurisdição. 3. Não obstante, a competência recursal mais expressiva da Suprema Corte brasileira, sem dúvidas, é a que se refere ao recurso extraordinário, o qual será objeto do presente estudo em que serão revistas questões inerentes ao cabimento e pressupostos de admissibilidade, bem como aspectos procedimentais desta espécie recursal, tudo à luz do novo Código de Processo Civil ( NCPC ou CPC de 2015 ). 2. Cabimento e pressupostos de admissibilidade do Recurso Extraordinário O recurso extraordinário, inspirado no writ of error dos Estados Unidos da América 4, foi concebido como espécie recursal excepcional vocacionada a uniformização da legislação constitucional e infraconstitucional federal, fato que historicamente contribuiu para a morosidade na prestação da tutela jurisdicional, especialmente porque o STF sempre foi composto por reduzido número de Ministros. Rodolfo de Camargo Mancuso contemporiza: Visto que o recurso extraordinário tinha a peculiaridade de ser exercitável em qualquer dos ramos do direito objetivo onde houvesse questão federal ou questão constitucional, é compreensível que nessa alta Corte cedo se tenha verificado um acúmulo de processos, moléstia que, por causa da demora no tratamento, tornou-se crônica, passando a ser referida como a Crise do Supremo. 5. Diante deste cenário, a CF de 1988, visando amenizar o acumulo de recursos que aportam ao STF, instituiu um novo órgão jurisdicional responsável pela manutenção da integridade da legislação 3 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. I: Teoria Geral do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento. 55ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014, p. 2082/ BRAGHITTONI, R. Ives. Recurso extraordinário. Uma análise do acesso do Supremo Tribunal Federal. São Paulo: Atlas, MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário e recurso especial. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 74.

3 infraconstitucional federal, o STJ, transferindo-lhe parte da competência recursal do Pretório Excelso. Portanto, a CF cindiu as matérias cognoscíveis em recurso extraordinário, reservando ao STF a missão de assegurar a higidez do texto constitucional, objeto do apelo extremo, repassando para o STJ a tarefa de garantir a integridade da legislação infraconstitucional federal quando do julgamento de recurso especial. Especificamente sobre o recurso extraordinário, objeto do presente trabalho, Humberto Theodoro Júnior destaca que trata-se de um recurso excepcional, admissível apenas em hipóteses restritas, previstas na Constituição com o fito específico de tutelar a autoridade e aplicação da Carta Magna 6. Nesse sentido, as hipóteses de cabimento do recurso extraordinário foram taxativamente previstas pelo art. 102, inciso III, da CF de 1988, segundo o qual as decisões de única ou última instância poderão ser impugnadas por recurso extraordinário quando: a) contrariarem dispositivo da Constituição Federal: segundo Mancuso 7, contrariar a Constituição Federal significa afastar-se da mens legislatoris ou da finalidade que lhe originou, ou, ainda, distorcer o seu conteúdo. De fato, [...] haverá contrariedade ao texto constitucional quando a decisão recorrida ignorar a regra contida na CF ou quando aplicá-la em situação inadequada. Ademais, [ ] a contrariedade exigida pelo texto constitucional deve estar presente de forma direta e frontal, não podendo ser do tipo reflexa 8. b) declararem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal: trata-se de hipótese de cabimento que relaciona-se com o exercício do `controle incidental da constitucionalidade pelos demais órgãos jurisdicionais 9 ; c) julgarem válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal : cuida-se de hipótese de cabimento que visa preservar o pacto federativo e prima pela a inteireza positiva da CF e d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal (alínea inclusa pela Emenda Constitucional 45/2004): esta hipótese de cabimento do extraordinário revela um pseudo conflito federativo, razão pela qual se inclui na competência recursal extraordinária do STF. Com efeito, nesse caso configura contencioso 6 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. I p MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário e recurso especial. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, GOMES JUNIOR, Luiz Manoel. A repercussão geral p BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil. Vol. 05 Recursos. Processos e incidentes nos Tribunais. Sucedâneos recursais: técnicas de controle das decisões jurisdicionais. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 254.

4 constitucional, pois a contradição entre lei federal e lei local somente poderá ser dirimida à luz da partilha constitucional de competências legislativas entre a União e os Estados 10. Nota-se que o cabimento do apelo extremo é restrito, não se prestando ao reexame de toda e qualquer questão discutida no processo. Nas palavras de Humberto Theodoro Júnior: Esse tipo de recurso nunca teve a função de proporcionar ao litigante inconformado com o resultado do processo uma terceira instância revisora da injustiça acaso cometida nas instâncias ordinárias. A missão que lhe é atribuída é de uma carga política maior, é a de propiciar à Corte Suprema meio de exercer seu encargo de guardião da Constituição, fazendo com que seus preceitos sejam corretamente interpretados e fielmente aplicados. É a autoridade e supremacia da Constituição que toca ao STF realizar por via dos julgamentos dos recursos extraordinários. 11. De outro lado, para conhecimento do recurso extraordinário, é indispensável o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade recursal. A propósito, lembra Rodolfo de Camargo Mancuso que [ ] em se tratando de recursos de índole excepcional, tais o extraordinário e o especial, o implemento dos pressupostos genéricos não basta, havendo mister do preenchimento dos `requisitos específicos de admissibilidade. 12. Portanto, além dos pressupostos genéricos de admissibilidade, inerentes a todo recurso, tais como o cabimento, a tempestividade, o preparo, a regularidade formal, a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer, a legitimação e o interesse recursal, o recurso extraordinário pressupõe ainda o preenchimento dos requisitos específicos, a saber: 1) causa decidida em última ou única instância: trata-se de pressuposto de admissibilidade que exige o prévio esgotamento das vias recursais ordinárias. Nesse sentido, aliás, prevê a Súmula 281 do STF que é inadmissível o recurso extraordinário, quando couber, na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada ; 2) existência de questão federal constitucional: a questão levada ao conhecimento do Pretório Excelso deve referir-se a controvérsia inerente à aplicação da Constituição Federal. Ernane Fidélis dos Santos adverte que o recurso extraordinário tem a característica especialíssima de só se referir a determinadas 10 MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário p THEODORO JÚNIOR, Humberto. Repercussão geral no recurso extraordinário (Lei n ) e súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (Lei n ). Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, v. 8, n 48, p , jul./ago. 2007, p MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário p. 238.

5 hipóteses, todas questões de direito, não de fato, devidamente relacionadas no art. 102 da Constituição 13 ; 3) prequestionamento: exige-se que a decisão recorrida tenha enfrentado a questão constitucional objeto do recurso extraordinário. Nesse sentido, prescreve a Súmula 282 do STF que é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada ; 4) repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. 3. Repercussão geral Cândido Rangel Dinamarco, comentando a função das Cortes Supremas na América Latina, lembra que em todos os países existe um sistema de seleção de causas e questões com acesso à sua Corte suprema 14. Nesse mesmo sentido, aduz Rodolfo de Camargo Mancuso: De todo modo, parece indisputável que algum tipo de controle, filtro ou triagem há de existir para o acesso às Cortes Superiores, quanto mais não seja ante a evidente desproporção entre o número de ministros e o volume exacerbado de processos que, de outro modo, ali aportariam, sem um critério distintivo ou regulado; [ ] 15. A Emenda Constitucional nº 45/2004, inspirada nessas premissas, promoveu a inclusão do 3º ao art. 102, da Constituição Federal de 1988, positivando a chamada repercussão geral da questão constitucional discutida no recurso extraordinário: no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusa-lo pela manifestação de dois terços. O dispositivo em comento, que caracteriza verdadeira norma constitucional de eficácia limitada, foi regulamentado pela Lei nº , de 19 de dezembro de 2006, a qual inseriu no Código de Processo Civil vigente ( CPC vigente ou CPC de 1973 ) dois novos artigos (543-A e 543-B) e viabilizou sua aplicação prática (o CPC de 2015 manteve, com alguns aperfeiçoamentos, a sistemática no art ). Posteriormente, o STF, amparado no art. 3º da referida Lei, editou a Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de2007, através da qual foram modificados vários dispositivos do Regimento Interno, elegendo-se a via eletrônica para a realização da discussão sobre a repercussão geral. 13 SANTOS, Ernane Fidélis dos. Manual de direito processual civil. Vol. 1 processo de conhecimento. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p DINAMARCO, Cândido Rangel. Fundamentos do processo civil. Tomo II. 5ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002, p MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário p.85.

6 Embora a Lei /2006 tenha inserido dispositivos apenas no Código de Processo Civil, o Supremo Tribunal Federal, buscando evitar possíveis dúvidas, entendeu coerente aplicar-se a repercussão geral aos recursos extraordinários que versem sobre matéria penal. Esta decisão ocorreu no julgamento do Agravo de Instrumento nº , oriundo do Rio Grande do Sul, na qual o Pretório excelso decidiu que o requisito constitucional da repercussão geral (CF, art. 102, 3º, red. EC 45/2004), com a regulamentação da Lei /06, e as normas regimentais necessárias à sua execução, aplica-se aos recursos extraordinários em geral e, em conseqüência, às causas criminais 16. Com isso, a reforma operada restringiu o cabimento do recurso extraordinário, que, além dos pressupostos inerentes a esta espécie recursal, depende agora da demonstração pelo recorrente da repercussão geral em preliminar formal e fundamentada. Logo, é imprescindível a compreensão do novo instituto. A legislação não conceituou expressamente a repercussão geral, estabelecendo o 1º do art. 543-A do CPC vigente, que foi reproduzido no 1º do art do NCPC, critérios mínimos para a definição do instituto. De fato, prescreveu o mencionado comando legal que para efeito de repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. Comentando o dispositivo legal, Rodolfo de Camargo Mancuso explica: [...] É dizer, um tema jurídico, uma vez prequestionado e submetido ao STF, por meio de recurso extraordinário, apresentará repercussão geral quando sua resolução for além do interesse direto e imediato das partes, assim transcendendo-o, para alcançar, em maior ou menor dimensão ou intensidade, um expressivo segmento da coletividade (v.g., oferta gratuita de medicação, pela rede pública de saúde, aos HIV soro-positivo pobres); ou um dado setor produtivo (v.g., proibição de exportação de carne por suspeita de febre aftosa); ou, mesmo, a inteira coletividade (v.g., comercialização de produto geneticamente modificado; interrupção da gravidez em caso de feto anencéfalo). (MANCUSO, 2007, p. 211/212). Bruno Dantas Nascimento apresenta a seguinte conceituação de repercussão geral: [ ] Repercussão geral é o pressuposto especial de cabimento do recurso extraordinário, estabelecido por comando constitucional, que impõe que o juízo de admissibilidade do recurso leve em consideração o impacto indireto que eventual solução das questões constitucionais em discussão terá na coletividade, de modo que se lho terá por presente apenas no caso de a decisão de mérito emergente do recurso ostentar a qualidade de fazer com que parcela representativa de um determinado grupo de pessoas experimente, indiretamente, sua influência, considerados os legítimos interesses sociais extraídos do sistema normativo e da conjuntura política, econômica e social reinante num dado momento histórico. (NASCIMENTO, 2008, p. 246/247). 16 STF, AI /RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 2007

7 Não satisfeito, o 3º do art do NCPC, ampliando o rol previsto no 3º do art. 543-A do CPC vigente, previu três hipótese de presunção de repercussão geral. Assim, haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que contrariar súmula ou jurisprudência dominante do STF, houver sido proferido em julgamento de casos repetitivos ou quando houver reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou lei feral com a observância da cláusula de reserva de plenário (art. 97 da CF). 4. Aspectos procedimentais Delineados cabimento e pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário, os quais sofrem forte influxo da CF, é necessário analisar os aspectos procedimentais, valendo antecipar desde já que a nova Codificação incluiu inúmeras novidades a este regime, tais como o juízo único de admissibilidade, a extensão do efeito devolutivo, a regulamentação do pleito de efeito suspensivo, bem como a possibilidade de conversão do recurso extraordinário em recurso especial e vice-versa, além dos recursos extraordinários repetitivos. 4.1 Interposição e juízo de admissibilidade O recurso extraordinário será interposto perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão a exposição do fato e do direito, a demonstração do cabimento do recurso interposto e as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida, nos termos do art , caput, incisos I a III, do NCPC (regra que constava do art. 541, caput e incisos do art. 541 do CPC vigente). É indispensável, por exemplo, que o recorrente sustente que a decisão recorrida contraria a constituição, em se tratando de recurso interposto com fundamento no permissivo do art. 102, inciso III, alínea a, da CF. Na sistemática do CPC de 1973, interposto o recurso e concedido ao recorrido o prazo de quinze dias para contrarrazões, os autos são conclusos ao relator para realizar a admissão ou não do recurso, no prazo de quinze dias, em decisão fundamentada (art. 542, 2º). Deveras, segundo observa Humberto Theodoro Júnior 17, o recurso extraordinário é endereçado para o presidente ou vice-presidente do tribunal recorrido, competindo a este examinar se o recurso é cabível, ou seja, o enquadramento em um dos permissivos constitucionais (art. 102, incisos III, alíneas a a d ) e, sendo negativa a conclusão, verifica-se a inadmissibilidade do extraordinário na instância de origem, não subindo o processo para o Supremo Tribunal Federal, cabendo, desta decisão, recurso de agravo de instrumento (art. 544). Entretanto, é vedado ao Tribunal a quo negar seguimento ao recurso sob a alegação de ausência de repercussão geral, que é pressuposto cuja análise é exclusiva do STF. Na verdade, cabe ao juízo de origem verificar a presença na peça recursal de preliminar formal e fundamentada de 17 THEODORO JUNIOR, Humberto. Repercussão geral no recurso extraordinário (Lei n ) e súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (Lei n ). Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, v. 8, n. 48, p , jul./ago

8 repercussão geral, podendo inadmitir o recurso quando constatar sua ausência 18. Nesse sentido, esclarece Humberto Theodoro Júnior: Esse juízo local de admissibilidade não inclui a aferição da repercussão geral, cujo exame é exclusivo do STF (CPC, art. 543-A, 2º). Formalmente, no entanto, haverá de figurar no recurso, de maneira obrigatória, a demonstração de que a questão constitucional nele aventada oferece repercussão que ultrapassa os interesses subjetivos da causa. A ausência de tal capítulo torna inepta a petição recursal. O presidente (ou vicepresidente) do Tribunal a quo, portanto, poderá inadmitir o extraordinário, não pela proclamação de falta de repercussão geral, mas por ausência objetiva de um requisito indispensável da petição. 19. Logo, o juízo de admissibilidade do recurso extraordinário é bipartido: o Tribunal a quo realiza precedente e provisoriamente o juízo de admissibilidade sobre os pressupostos genéricos e específicos de sua admissibilidade, enquanto ao Supremo Tribunal Federal incumbe apreciar exclusivamente a presença de repercussão geral 20. De outro lado, o CPC de 2015 trilhou caminho diferente e concentrou o juízo de admissibilidade no STF, dispondo no art que, depois de intimado o recorrido para apresentar contrarrazões no prazo de quinze dias, os autos serão remetidos ao Pretório, independentemente de juízo de admissibilidade. Por conseguinte, a nova Codificação eliminou o juízo inicial de admissibilidade realizado pelo Tribunal a quo e extinguiu o agravo de admissão. A nova regra, que ainda sequer entrou em vigor, já provoca polêmica entre os membros do STF que temem o aumento do número de recursos extraordinários. Inclusive tramita no Senado Federal Projeto de Lei que pretende reestabelecer a dualidade de juízo de admissibilidade dos recursos excepcionais, sob a justificativa de que A exclusão do filtro prévio realizado pelos tribunais originário no novo Código de Processo Civil irá propiciar, a um só tempo, dois aspectos negativos à prestação jurisdicional: i) incremento no número de processos nos tribunais superiores, como visto acima e ii) dificulta o trabalho dos Ministros responsáveis pelo exame do processo, que terão de realizar pela primeira vez a análise dos requisitos de admissibilidade recursal Cabe registrar que em estudo realizado em dezembro de 2007, o Gabinete Extraordinário de Assuntos Institucionais do Supremo Tribunal Federal estabeleceu que a verificação da preliminar formal é de competência concorrente do Tribunal ou Turma Recursal de origem e do STF, bem como que a análise da repercussão geral é de competência exclusiva do STF. (BRASÍLIA. Supremo Tribunal Federal. Gabinete de Assuntos Institucionais. Repercussão geral no recurso extraordinário Disponível em:< Acesso em: 11 dez. 2007, p. 01). 19 THEODORO JUNIOR, Humberto. Repercussão geral no recurso extraordinário (Lei n ) e súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal p AURELLI, Arlete Inês. Repercussão geral como requisito de admissibilidade do recurso extraordinário. Revista de Processo, São Paulo, n. 151, p , set PLS 414/2015, de autoria do Senador Blairo Maggi. Disponível em <file:///c:/users/renato/downloads/sf-sistemasedol2-id-documento-composto pdf>. Acesso em

9 4.2 Saneamento de irregularidades O 3º do art do CPC de 2015 introduziu no recurso extraordinário a possibilidade de saneamento de irregularidades que não sejam consideradas graves, estendendo para esta espécie recursal a regra do parágrafo único do art. 945 (que é inerente aos recursos em geral). Assim, prescreveu o novo comando legal que o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não repute grave. Com a nova sistemática, não haverá espaço, por exemplo, para o não conhecimento do recurso extraordinário em razão da ausência de procuração nos autos, restando superada a Súmula 115 do STJ. No entanto, a ressalva da parte final do novo comando legal é pouco esclarecedora, podendo ensejar a restrição da regra, que objetiva justamente garantir a primazia do conhecimento do mérito recursal. Por isso, Cássio Scarpinella Bueno afirma que [ ] não há razão nenhuma, a não ser o texto do dispositivo, que justifique tratamento diferente. É o caso de propugnar como não escrita a referida ressalva 22. Persistindo a incorreção em razão da inércia do recorrente, o STF inadmitirá o recurso. Nesse sentido, estabelece o Enunciado 220 do Fórum Permanente de Processualistas Civis que o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça inadmitirá o recurso extraordinário ou o recurso especial quando o recorrente não sanar o vício formal do qual foi intimado para corrigi-lo. Portanto, eventuais vícios formais, por si só, não ensejarão a inadmissão do recurso, devendo o órgão julgador oportunizar ao recorrente a correção do vício e assegurar o conhecimento da insurgência recursal. 4.3 Efeitos devolutivo e suspensivo A interposição do recurso extraordinário devolve ao STF o conhecimento da questão constitucional impugnada (efeito devolutivo). Entretanto, na vigência do CPC de 1973, firmou-se o entendimento de que não se devolve ao Pretório a apreciação de eventuais questões de ordem pública não enfrentadas pelo Tribunal a quo. Nesse sentido, prescreve a Súmula 456 do STF que o Supremo Tribunal Federal, conhecendo do recurso extraordinário, julgará a causa, aplicando o direito à espécie. Isso porque o recurso extraordinário pressupõe causa decidida (prequestionamento), o que inviabiliza o julgamento ex novo de eventuais questões de ordem pública. A diretriz foi encampada pelo caput do art do NCPC, segundo o qual, uma vez admitido o recurso extraordinário, o STF julgará o processo, aplicando o direito à espécie. Entretanto, o parágrafo único do sobredito comando legal estabeleceu que admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado. A nova regra, que trata da extensão do efeito devolutivo no recurso extraordinário, deve ser interpretada com parcimônia, observando-se os estreitos limites desta via recursal excepcional, para não exceder aos limites impostos pelo inciso III do art. 102 da CF ( causa decidida ). Talvez por isso, [ ] houve a redução do texto na última etapa do processo legislativo [ ] retirando do 22 BUENO, Cássio Scarpinella. Novo Código de Processo Civil Anotado. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 667.

10 dispositivo a menção à devolução de todas as questões relevantes para a solução do capítulo impugnado, preservando, como se lê, apenas os demais fundamentos para aquele mesmo fim 23. De outro lado, a interposição do recurso extraordinário, por si só, não impede a execução do julgado, uma vez que esta espécie recursal não é dotada de efeito suspensivo automático (ope legis). Tal ilação, contudo, não impede a concessão de efeito suspensivo pelo magistrado (ope judicis), quando constatar que a imediata execução do julgado puder causar à parte dano grave e de difícil reparação. Embora divergente, doutrina e jurisprudência apontam a medida cautelar como o instrumento adequado para a parte recorrente postular a concessão de efeito suspensivo ao apelo extremo. Com efeito, se a execução provisória puder causar lesão grave ou de difícil reparação ao recorrente, este pode intentar uma medida cautelar, destinada a dar efeito suspensivo ao recurso excepcional 24. O entendimento ecoa, inclusive, na jurisprudência do STF, que considera a medida cautelar mecanismo idôneo para suspender a eficácia de acórdão cuja execução provisória seja passível de causar ao recorrente lesão grave e de difícil reparação 25. Outra questão tormentosa, mas pacificada pela jurisprudência do STF, diz respeito ao juízo competente para apreciar a medida cautelar. Depois de muitas controvérsias, firmou-se o entendimento de que compete ao Presidente do Tribunal a quo conceder medida cautelar a recurso extraordinário pendente de juízo de admissibilidade na origem; admitido o recurso na origem, a cautelar deve ser postulada perante STF 26. O CPC de 2015, por sua vez, simplificou o procedimento para a concessão de efeito suspensivo ao recurso extraordinário, prevendo que a parte interessada poderá requerê-lo por meio de simples requerimento dirigido: I. ao STF, no período compreendido entre a interposição do recurso sua distribuição, ficando o relator designado para o seu exame prevento para julgá-lo; II. ao relator, se já distribuído o recurso; III. ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de recurso sobrestado em razão de sua afetação a julgamento como repetitivo (art , 5º). Por conseguinte, ficam superadas os Enunciados 634 e 635 da súmula do STF, alhures explicados. A nova sistemática, aliás, vem ao encontro do pensamento de Cássio Scarpinella Bueno, externado ainda na vigência do CPC de 1973, segundo o qual [ ] como destinatários do recurso extraordinário e do recurso especial são o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, respetivamente, são eles e não os demais órgãos jurisdicionais que devem verificar a presença dos pressupostos legitimadores da prestação da tutela jurisdicional preventiva ou antecipada [ ] BUENO, Cássio Scarpinella. Novo Código de Processo p DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 03: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais. 12ª ed. Salvador: Juspodivm, 2014, p STF, AC MC-REF/SP, 2ª T., rel. Min. Celso de Mello, j , DJe Nesse sentido, dispõem as Súmulas 634 e 635 do STF, in verbis: Súmula 634. Não compete ao Supremo Tribunal Federal conceder medida cautelar para dar efeito suspensivo a recurso extraordinário que ainda não foi objeto de juízo de admissibilidade na origem ; Súmula 635. Cabe ao Presidente do Tribunal de origem decidir o pedido de medida cautelar em recurso extraordinário ainda pende do seu juízo de admissibilidade. 27 Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. Vol. 05: Recursos. Processos e incidentes nos Tribunais. Sucedâneos recursais: técnicas de controle das decisões jurisdicionais. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 296.

11 4.4 Conversão do recurso especial em extraordinário. Recurso especial e recurso extraordinário são espécies recursais excepcionais cujo âmbito de incidência é restrito à uniformização da interpretação da legislação infraconstitucional federal e constitucional, respectivamente. Não raras vezes, contudo, é tênue a linha que separa o cabimento de um e outro recurso, razão pela qual é possível a interposição concomitante de ambos os recursos, situação que excepciona o princípio da unirrecorribilidade recursal. O NCPC, além de manter a exceção em seu art , inova ao prever no preceptivo legal subsequente (art ) que se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional. Nesse caso, diferentemente do art , a parte limita-se a impugnar o acórdão por meio de recurso especial, constatando-se quando do julgamento no STJ que houve um equívoco do recorrente. No regime atualmente em vigor, o STJ não conheceria do recurso e a eventual violação ao texto constitucional perpetuar-se-ia, em razão da preclusão consumativa. A nova legislação, ao revés, determina que o relator do recurso conceda ao recorrente a oportunidade para aditar o recurso, oportunidade em que deverá demonstrar a repercussão geral e se manifestar sobre a questão constitucional. Realizado o aditamento pelo recorrente, será o recurso encaminhado ao STF, a quem caberá realizar o juízo de admissibilidade, quando poderá, se entender que não é o caso, devolvê-lo ao STJ (art , parágrafo único). Com esse procedimento, optou o legislador por garantir maior efetividade à função desempenhada pelo STF, que é o guardião nato da CF, evitando a proliferação de títulos executivos judiciais eivados de inconstitucionalidade em detrimento de questões formais (preclusão). 4.5 Conversão do recurso extraordinário em especial (ofensa reflexa) A prática forense demonstra que, em geral, o recurso extraordinário é interposto com fundamento no permissivo do art. 102, inciso III, alínea a, do texto constitucional, hipótese em que o conhecimento do recurso depende do cotejo entre a decisão recorrida e o dispositivo tido por violado. Não bastasse, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que a ofensa que enseja a abertura da via recursal excepcional deve ser direta e frontal, não se admitindo que seja meramente reflexa ou indireta. A ofensa reflexa, a bem da verdade, caracteriza verdadeira contrariedade à legislação infraconstitucional e, por via transversa, atinge dispositivo constitucional. Em outros termos, há um escalonamento, violando-se em primeiro lugar a legislação infraconstitucional e, consequentemente, o texto constitucional. Por isso, o CPC de 2015, colmatando uma lacuna do sistema processual em vigor, estabeleceu no art que se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento do recurso especial.

12 Comentando o novo preceptivo legal, Cássio Scarpinella Bueno assinala: A regra, máxime quando conjugada com a que lhe é imediatamente anterior, representa importante novidade para combater as dificuldades decorrentes da inconstitucionalidade reflexa que, em termos práticos, acaba gerando verdadeiro vácuo de competência. Ademais, cabe acentuar que ambos os dispositivos, os arts e 1.033, são reflexo inquestionável do modelo de processo cooperativo desejado pelo novo CPC desde seus arts. 5º e 6º. 28. Embora ambos os institutos (arts e 1.033) derivem do modelo cooperativo de processo que orienta a nova Codificação, existe uma sútil diferença. Com efeito, enquanto a decisão do relator no STJ que converte o recurso especial em extraordinário pode ser revista pelo STF, a recíproca não é verdadeira, pois a decisão proferida pelo Pretório Excelso, como guardião da Constituição, não pode ser reexaminada pelo STJ. 4.6 Recurso extraordinário repetitivo O NCPC estendeu para o recurso extraordinário as inovações da Lei , de 08 de maio de 2008, que instituiu o regime dos recursos especiais repetitivos por meio da inclusão do art. 543-C ao corpo do Digesto Processual em vigor. Cássio Scarpinella Bueno, a propósito, assevera: Merece destaque inicial que, no novo CPC, não só o recurso especial mas também o recurso extraordinário passa a receber disciplina de recurso repetitivo. É inegável, assim, o avanço do novo CPC em relação à disciplina do art. 543-B do CPC atual, que, em rigor, não admite o processamento e o julgamento de recursos extraordinários repetitivos, mas, menos que isso, apenas a discussão sobre recursos extraordinários múltiplos apresentarem, ou não, repercussão geral. Ademais, é inegável que o art. 543-C do CPC atual limita-se à disciplina dos recursos especiais repetitivos, não obstante a prática do STF ter consagrado também o processamento dos extraordinários como repetitivos. 29. Dessa forma, a teor do art , caput e 1º do CPC de 2015, verificando-se multiplicidade de recursos extraordinários com fundamento em idêntica questão de direito, o presidente ou vicepresidente do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional Federal selecionará dois ou mais recursos representativos da controvérsia e determinará o seu encaminhamento ao STF, bem como a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. Aliás, importa registrar que a suspensão abrange todo e qualquer processo pendente, individual ou coletivo, não se restringindo aos recursos extraordinários pendentes no Tribunal, como ocorria 28 BUENO, Cássio Scarpinella. Novo Código de Processo p BUENO, Cássio Scarpinella. Novo Código de Processo p. 675.

13 outrora no regime do CPC de 1973 em relação ao recurso especial. Não obstante, o sobrestamento da causa em primeira instância não ocorrerá caso se mostre necessária a produção de provas para efeito de distinção de precedentes (Enunciado 364 do Fórum Permanente de Processualistas Civis). Ademais, a escolha realizada pelo juízo a quo não vinculará o relator do recurso no STF, que, se entender conveniente, poderá selecionar outros recursos representativos de controvérsia (art , 4º). O 2º do art , fruto da nova compreensão do processo civil, que se pauta no modelo cooperativo, faculta ao interessado postular perante o presidente ou vice-presidente a exclusão do recurso extraordinário da decisão de sobrestamento e sua consequente inadmissão quando demonstrado que o recurso foi interposto fora do prazo legal; oportunidade em que deverá ser concedido ao recorrente o prazo de cinco dias para se manifestar sobre o pleito, e, caso indeferido, o interessado poderá levar a questão ao conhecimento do STF por meio de agravo (art , 3º c/c art ). Conclusão O recurso extraordinário constitui espécie recursal excepcional, pois o seu cabimento e pressupostos de admissibilidade são exaustivamente delineados pela Constituição, cabendo ao Estatuto Processual regulamentar os aspectos procedimentais. Logo, a nova Codificação não repercutirá sobre tais matérias, ressalvada a repercussão geral que tem no CPC sua disciplina. O NCPC simplificou a admissibilidade do recurso, unificando seu procedimento, de modo que o apelo extremo será submetido a um único juízo de admissibilidade perante o STF. Aliás, esta sistemática foi adotada em relação aos recursos em geral. Outrossim, duas modificações em relação aos efeitos do recurso foram implementadas. Foi prevista regra de extensão do efeito devolutivo, para que o recurso, uma vez conhecido, devolva ao STF o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado. O efeito suspensivo, por sua vez, foi especificamente disciplinado, superando o entendimento jurisprudencial firmado sobre a matéria. No mais, a nova legislação estabeleceu mecanismos tendentes a garantir a primazia do julgamento do mérito do recurso, evitando a perpetuação de ilegalidades ou inconstitucionalidades por questões meramente formais. Referências AURELLI, Arlete Inês. Repercussão geral como requisito de admissibilidade do recurso extraordinário. Revista de Processo, São Paulo, n. 151, p , set BRAGHITTONI, R. Ives. Recurso extraordinário. Uma análise do acesso do Supremo Tribunal Federal. São Paulo: Atlas, 2007.

14 BUENO, Cássio Scarpinella. Novo Código de Processo Civil Anotado. São Paulo: Saraiva, Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. Vol. 05: Recursos. Processos e incidentes nos Tribunais. Sucedâneos recursais: técnicas de controle das decisões jurisdicionais. São Paulo: Saraiva, DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 03: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais. 12ª ed. Salvador: Juspodivm, DINAMARCO, Cândido Rangel. Fundamentos do processo civil. Tomo II. 5ª ed. São Paulo: Malheiros, GOMES JUNIOR, Luiz Manoel. A repercussão geral da questão constitucional no recurso extraordinário. Revista Síntese de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, v. 6, n. 34, p , mar./abr MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário e recurso especial. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 2ª ed. São Paulo: Método, THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. I: Teoria Geral do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento. 55ª ed. Rio de Janeiro: Forense, THEODORO JÚNIOR, Humberto. Repercussão geral no recurso extraordinário (Lei n ) e súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (Lei n ). Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, v. 8, n 48, p , jul./ago SANTOS, Ernane Fidélis dos. Manual de direito processual civil. Vol. 1 processo de conhecimento. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, VELLOSO, Carlos Mário da Silva. Poder Judiciário: Reforma. A emenda constitucional nº. 45, de Revista da Ordem dos Advogados do Brasil, Brasília, ano XXXV, n. 80, p , jan./jun

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