IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE OS PEIXES DE CÓRREGOS E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA POPULAÇÃO HUMANA NA FAZ. TANGURO BACIA DO RIO XINGU-MT

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1 IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE OS PEIXES DE CÓRREGOS E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA POPULAÇÃO HUMANA NA FAZ. TANGURO BACIA DO RIO XINGU-MT TATIANE ZILLMER-OLIVEIRA Dissertação apresentada à Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais para obtenção do título de Mestre. CÁCERES MATO GROSSO, BRASIL 2009

2 TATIANE ZILLMER-OLIVEIRA IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE OS PEIXES DE CÓRREGOS E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA POPULAÇÃO HUMANA NA FAZ. TANGURO BACIA DO RIO XINGU-MT Dissertação apresentada à Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Cesar Enrique de Melo CÁCERES MATO GROSSO, BRASIL 2009

3 Zillmer-Oliveira, Tatiane. Impactos ambientais sobre os peixes de córregos e percepção ambiental da população humana na Faz. Tanguro- Bacia do Rio Xingu-MT/ Tatiane Zillmer-Oliveira Cáceres/MT: UNEMAT, f. Dissertação (Mestrado) Universidade do Estado de Mato Grosso. Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Orientador: Cesar Enrique de Melo 1. Ictiologia 2. Impactos ambientais sobre peixes 3. Percepção ambiental 4. Peixes Rio Xingu Mato Grosso I. Título CDU: 597 (817.2) Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Regional de Cáceres

4 TATIANE ZILLMER-OLIVEIRA IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE OS PEIXES DE CÓRREGOS E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA POPULAÇÃO HUMANA NA FAZ. TANGURO BACIA DO RIO XINGU-MT Essa dissertação foi julgada e aprovada como requisito para a obtenção do título de mestre em Ciências Ambientais Cáceres, 6 de março de 2009 Banca examinadora Profª. Drª. Márcia Helena Vargas Manfrinato Universidade do Estado de Mato Grosso Prof. Dr. Paulo César Vênere Universidade Federal de Mato Grosso Prof. Dr. Cesar Enrique de Melo Universidade do Estado de Mato Grosso (Orientador) CÁCERES MATO GROSSO, BRASIL 2009

5 Ao meu esposo Gleber, pelo apoio e confiança. À minha fofinha (Laura), companheira de toda essa trajetória. Dedico.

6 AGRADECIMENTOS À Deus por estar sempre comigo, e ter permitido esse meu ousado sonho. Ao professor Cesar Enrique de Melo pela orientação, pelas discussões, e pelo incentivo, nessa carreira. E, principalmente pelos ensinamentos ecológicos, durante as idas á campo, fundamental para o desenvolvimento desse trabalho. À professora Márcia H. V. Manfrinato pela co-orientação e pelas discussões, mudando (um pouco) meu olhar de bióloga. Muito Obrigada! Ao Centro de energia nuclear na agricultura da USP por contribuir nas análises limnológicas. À prof. Dra. Sandra coordenadora do Laboratório de Sensoriamento Remoto, Pesquisa e Ensino de Geografia da Universidade do Estado de Mato Grosso, pelo desenvolvimento das imagens e pelo incentivo. À professora Msc. Jane Dilvana Lima (quase Doutora), por toda a ajuda, sugestões, correções e análises estatísticas, muito obrigada! À pesquisadora Msc. Eliete Francisca da Silva, pela atenção mesmo tão ocupada e por me ouvir nos momentos de desesperos e tentar me acalmar. Obrigada pelo carinho! Aos meus novos amigos João Filho (pelas discussões e ajudas de informática) e Samuka (pela triagem dos peixes), a Pry (pela ajuda nas entrevistas) á Talitta, Carol, Euri, Clau, Paulinha por toda a ajuda em campo, valeu mesmo pessoal. E, pela amizade. As babás gratuitas da Laura: Giliane, Dona Raimunda, Tê, minha mamãe e as minhas irmãs (Di e Bia) por terem segurado as pontas para mim. Aos meus amigos de mestrado: Maria do Carmo, Reginaldo, Aldair, Georges, Eliziany, Edneuza, Sandra e a grande Karina, sempre prestativa. Á minha família pelo apoio e incentivo. Principalmente, aos meus pais por priorizarem os estudos em nossa vida. À minha filha, Laura que mesmo sem saber, me faz a mãe mais feliz. E, agradeço especialmente ao Gleber por todo o carinho, compreensão, e incentivo nas horas que desanimei dizendo: isso para você é moleza.

7 ÍNDICE Lista de tabelas 6 Lista de figuras 7 Resumo 8 Abstract 9 Introdução Geral Referências Influência de pequenas barragens sobre as condições limnológicas e 14 a ictiofauna em córregos da bacia do Rio Xingu MT Percepção ambiental dos moradores da comunidade Seringal, bacia 41 do Rio Xingu, Querência-MT Considerações finais 68 Anexos 69 Apêndices 71

8 LISTA DE TABELAS Influência de pequenas barragens sobre as condições limnológicas e a ictiofauna em córregos da bacia do Rio Xingu MT Tabela 1 - Valores das variáveis limnológicas analisadas nos 22 reservatórios e no Córrego Preservado. Tabela 2 - Número de peixes coletados por espécie, e taxa 24 superiores nos quatro ambientes amostrados. Tabela 3 - Riqueza, diversidade e Uniformidade das assembléias de 25 peixes para os reservatórios e o Córrego Preservado. Percepção ambiental dos moradores da comunidade Seringal, bacia do Rio Xingu, Querência-MT Tabela 1 Categorias utilizadas para as representações de Meio 49 Ambiente e Educação Ambiental. Tabela 2 - A preferência paisagística classificada segundo as 49 categorias de vários autores. Tabela 3 - Perfil sócio-cultural dos seringueiros da Fazenda Tanguro. 51 Tabela 4 - Determinantes e categorias enquadradas referente às 54 concepções de Meio Ambiente pelos seringueiros. Tabela 5 - Características atribuídas à descrição de meio ambiente 57 local em categorias enfatizadas pelos seringueiros. Tabela 6 - Concepção de Educação Ambiental em categorias 58 enfatizadas pelos seringueiros. Tabela 7 - Ações de educação ambiental citadas pelos seringueiros 60 desenvolvidas na comunidade. Tabela 8 - Ações de educação ambiental desenvolvidas pelos 61 seringueiros.

9 LISTA DE FIGURAS Influência de pequenas barragens sobre as condições limnológicas e a ictiofauna em córregos da bacia do Rio Xingu MT Figura 1 - Localização dos ambientes de amostragem na microbacia 18 do Rio Darro. Figura 2 - Ordenação dos ambientes amostrados em relação às 22 vaiáveis limnológicas. Figura 3 - Agrupamento dos ambientes em relação à presença e 26 ausência das espécies de peixes. Figura 4 - Ordenação dos ambientes amostrados em relação à 27 ictiofauna. Percepção ambiental dos moradores da comunidade Seringal, bacia do Rio Xingu, Querência-MT Figura 1 - Localização da comunidade seringal e uso e ocupação da 45 microbacia do Rio Darro no ano de Figura 2 - Percentual total de preferência dos seringueiros em 62 relação às paisagens natural, rural e urbana.

10 RESUMO ZILLMER-OLIVEIRA, T. Impactos ambientais sobre os peixes de córregos e percepção ambiental da população humana na Faz. Tanguro bacia do Rio Xingu-MT. Cáceres: UNEMAT, p. (Dissertação Mestrado em Ciências Ambientais) 1. A Bacia do Rio Xingu está seriamente ameaçada, desde a década de 70, com a intensa ocupação humana, que tem modificado tanto a vegetação, quanto os recursos hídricos. Este trabalho teve como finalidade verificar a estrutura da ictiofauna e as variáveis limnológicas em um córrego e três reservatórios e diagnosticar a percepção ambiental dos moradores da comunidade Seringal, Bacia do Rio Xingu MT. As campanhas foram realizadas nos períodos de seca (Julho e Setembro de 2007) e chuva (Janeiro e Março de 2008) e a aplicação da entrevista com os moradores da Comunidade Seringal foi realizada em março de As variáveis limnológicas analisadas foram: ph, condutividade elétrica, temperatura, oxigênio dissolvido, clorofila a, matéria em suspensão, nitrato, fosfato e íon amônio. Os peixes foram amostrados por meio de coleta ativa (rede de arrasto e puçá). No total, foram capturados 5757 indivíduos, distribuídos em 33 espécies, 14 famílias e seis ordens. A Análise de Variância Multivariada verificou diferenças significativas entre o hábitat preservado e os reservatórios em relação às variáveis limnológicas e à ictiofauna. O Córrego Preservado apresentou maiores valores de riqueza e diversidade de espécies e de ordens. Em relação à percepção ambiental dos seringueiros, a maioria não consegue associar o meio ambiente e a educação ambiental ao seu cotidiano. Alguns seringueiros concebem o ambiente como natureza intocada, privilegiando os aspectos naturais, excluindo-os como parte do ambiente e a educação ambiental é vista apenas como ato de conservar a natureza. Os resultados confirmam que a construção de reservatórios em córregos altera significativamente as variáveis limnológicas e a estrutura da ictiofauna. Assim, é de extrema urgência estudos semelhantes ao presente trabalho que visem o conhecimento dos impactos desses empreendimentos amplamente distribuídos na Bacia do Xingu e a sensibilização das comunidades do entorno desses ambientes para a conservação e preservação desses córregos. Palavras-chave: peixes, variáveis ambientais, percepção ambiental, Amazônia. 1 Comitê orientador: Cesar Enrique de Melo orientador, UNEMAT; Márcia Helena Vargas Manfrinato Coorientadora, UNEMAT.

11 ABSTRACT ZILLMER-OLIVEIRA, T. Environmental impacts on the fishes of streams and environmental perception of the human population in the Tanguro farm Xingu River Basin. Cáceres: UNEMAT, p. (Dissertation Master in Environment Science) 2. Xingu river basin has been seriously threatened, since 1970 s with the intense human occupation, which has modified both the vegetation and the hydrics resources. The finality of this study was to verify the fish fauna structure and the limnological variables in one stream and three reservoirs, as well as to diagnose the environmental perception of the Seringal Community inhabitants, in the Xingu river basin MT. Samples were conducted in dry (July and September/ 2007) and wet (January and March/ 2008) seasons and the interview with Seringal Community inhabitants was made in March The following limnological variables were analyzed: ph, water conductivity, water temperature, dissolved oxygen, Chlorophyll a, suspended material, nitrate, phosphate, and ion ammonium. Fishes were collected using active (seine net and deep net) fishing. Overall, it was collected 5,757 individuals, distributed in 33 spec ies, 14 families and six orders. Multivariate Analysis of Variance showed significant differences between well-preserved habitat and the reservoirs concerning both limnological variables and fish fauna. The undisturbed stream had the higher values of species richness and species and orders diversity. In relation to the rubber tappers environmental perception, the majority of them did not associate the natural environment and environmental education to their routine. Some rubber tappers imagine the environment as an untouchable nature, and they give privilege to natural aspects, without consider themselves environmental part. Environmental education is seen only as an attitude to conserve the nature. The results confirm that the reservoir construction in streams alters significantly the limnological variables and the fish fauna structure. Therefore, to conserve and to preserve the streams in Xingu river basin, similar studies that focus the knowledge of impacts resulting of those activities, widely distributed in that basin, and the sensibilization of human communities around of those streams requires extreme urgency. Key words: fishes, environmental variables, environmental perception, Amazon. 2 Guidance Committee: Cesar Enrique de Melo major professor, UNEMAT; Márcia Helena Vargas Manfrinato Co orientadora, UNEMAT.

12 10 INTRODUÇÃO GERAL A Bacia Amazônica é considerada a maior bacia hidrográfica do mundo, drena uma área de aproximadamente 6,8 milhões de Km 2 e detém a maior biodiversidade de peixes do mundo (GOULDING et al., 1988; LOWE- McCONNELL, 1999). Engloba, entre várias outras, a bacia hidrográfica do Rio Xingu com uma área de Km 2, grande parte inserida no interior do Parque Indígena do Xingu, o que reduz a probabilidade de que seja desmatada. No entanto, todas as nascentes dos rios que formam o Xingu encontram-se fora do Parque, e, portanto estão sujeitas ao impacto da ação antrópica (IVANAUSKAS et al., 2004). Brandão (2007) ressalta que a manipulação brutal da natureza, se deve graças à capacidade do homem de exercer domínio sobre a flora e fauna terrestres e aquáticas, ele pode se utilizar desses recursos e provocar profundas alterações no sistema ecológico natural. A ação humana determinou uma relação imperfeita com o ambiente, caracterizada por uma mistura de uso e conservação, de acordo com os critérios consagrados por cada sociedade e seus mitos. Além disso, a mentalidade utilitarista, reforçada pelo surgimento da economia capitalista, incentiva o indivíduo a maximizar a utilização dos recursos naturais. Dessa forma, a Bacia do Rio Xingu está seriamente ameaçada desde a década de 70, com a intensa ocupação humana. O uso e ocupação da terra desordenada para plantio agrícola e criação bovina afetam a qualidade dos ambientes aquáticos (KRUSCHE et al., 2005), devido ao desmatamento das margens, construção de pequenos reservatórios e assoreamento desses ambientes. Considerando que os córregos amazônicos possuem uma alta diversidade de espécies de peixes (LOWE-McCONNELL, 1999) e que esta riqueza está intimamente relacionada às condições do hábitat (FERREIRA & CASATTI, 2006; GOMIERO & BRAGA, 2006; OLIVEIRA & GARAVELLO, 2003; MELO et al., 2003; CASATTI et al., 2006) é de suma importância políticas públicas que visem a proteção desses ambientes e da biodiversidade da ictiofauna amazônica.

13 11 A conservação dos ecossistemas naturais se justifica não somente por razões ecológicas, tais como as relações entre os ecossistemas vizinhos, o equilíbrio ecológico e microclimático, os sistemas de manutenção da vida (conservação do solo e da água), a diversidade das formas vivas e seu poder adaptativo, os processos evolutivos, mas também por razões sócio-econômicoculturais, como a dependência das populações humanas para a obtenção dos recursos naturais e bem-estar pessoal (SANTOS et al., 1998). Assim, é essencial práticas de Educação Ambiental (EA) que visem à sensibilização a respeito da importância de ações ligadas à preservação e conservação do meio ambiente e do correto uso dos recursos naturais que, sem dúvida, refletem no nosso bem-estar e ainda nos fazem desejar o mesmo estado de satisfação física, mental e moral para nossos descentes (TEIXEIRA, 2007). Entretanto, é fundamental a realização de estudos de percepção ambiental, pois isso aumenta em todos os domínios a compreensão das bases das diferentes percepções do ambiente; auxilia na preservação das percepções e os sistemas de conhecimento do meio ambiente, que estão em via de desaparecimento rápido; encoraja a participação da comunidade no desenvolvimento e planejamento; contribui para uma utilização mais racional dos recursos da biosfera e age enquanto instrumento educativo (WHYTE, 1978 apud FIORI, 2006). Dessa forma, tornam-se urgentes trabalhos que visem o conhecimento dos efeitos do desmatamento, represamento, assoreamento e outros sob a ictiofauna local, além de estudos voltados para a sensibilização das comunidades inseridas nessa Bacia, na proteção e participação na gestão desses ambientes aquáticos. Assim, o presente trabalho teve como finalidade verificar a estrutura da ictiofauna e as variáveis limnológicas em um córrego e três reservatórios e diagnosticar a percepção ambiental dos moradores da comunidade Seringal, da Bacia do Rio Xingu MT, no município de Querência-MT, com o propósito de conhecer as relações existentes entre eles e os espaços naturais existentes no local.

14 12 REFERÊNCIAS BRANDÃO, C. M. M. Fragmentos urbanos: a cidade na visão do artista. Revista Brasileira de Educação Ambiental, Brasília, n. 2, p , CASATTI, L.; LANGEANI, F.; SILVA, A. M. et al. Stream fish, water and habitat quality in a pasture dominated basin, southeastern Brazil. Brazilian of Journal of Biology, São Carlos, v. 66, n. 2b, p , FERREIRA, C. de P.; CASATTI, L. Influência da estrutura do hábitat sobre a ictiofauna de um riacho em uma micro-bacia de pastagem, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 23, n. 3, p , FIORI, A. A percepção ambiental como instrumento de apoio de programas de educação ambiental da Estação Ecológica de Jataí (Luiz Antônio, SP). São Carlos: UFSCar, f. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais) Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, GOMIERO, L. M.; BRAGA, F. M. S. Ichthyofauna diversity in a protected area in the state of São Paulo, southeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology, São Carlos, v. 66, n. 1a, p , GOULDING, M.; CARVALHO, M. L.; FERREIRA, E. G. Rio Negro: rich life in poor water. Netherlands: SPB Academic Publishing, p. IVANAUSKAS, N. M.; MONTEIRO, R.; RODRIGUES, R. R. Estrutura de um trecho de floresta Amazônica na bacia do alto rio Xingu. Acta Amazônica, Manaus, v. 34, n. 2, p KRUSCHE, A. V.; BALLESTER, M. V. R.; VICTORIA, R. L. et al. Efeitos das mudanças do uso da terra na biogeoquímica dos corpos d água do Rio Ji- Paraná, Rondônia. Acta Amazonica, Manaus, v. 35, n. 2, p LOWE-McCONNELL, R. H. Estudos ecológicos de comunidades de peixes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1999, 584p. MELO, C. E. de; MACHADO, F. de A., PINTO-SILVA, V. Diversidade de peixes em um Córrego de Cerrado no Brasil Central. Brazilian Journal of Ecology, Rio Claro, v.1, n. 2, p.17-23, 2003.

15 13 OLIVEIRA, A. K.; GARAVELLO, J. C. Fish assemblage composition in a tributary of the Mogi Guaçu river basin, southeastern Brazil. Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, v. 93, n. 2, p , SANTOS, J. E.; NOGUEIRA, F.; PIRES, J. S. R. et al. Funções ambientais e valores dos ecossistemas naturais. Estudo de caso: Estação Ecológica de Jataí (Luiz Antônio, SP). In: SEMINÁRIO REGIONAL DE ECOLOGIA, 8., 1998, São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 1998, p TEIXEIRA, A. C. Educação ambiental: caminho para a sustentabilidade. Revista Brasileira de Educação Ambiental. Brasília, n. 2, p , 2007.

16 14 Influência de pequenas barragens sobre as variáveis limnológicas e a ictiofauna em córregos da Bacia do Rio Xingu MT [Preparado de acordo com as normas da revista Neotropical Ichthyology] Tatiane Zillmer-Oliveira 2 e Cesar Enrique de Melo 3 Resumo Atualmente, um dos impactos mais comuns nos córregos da Bacia do Xingu é a construção de barragens no seu percurso, criando reservatórios utilizados principalmente para o suprimento de água para o gado bovino. Este trabalho teve como objetivo verificar as variáveis limnológicas e a estrutura da ictiofauna em um córrego natural e três córregos alterados por reservatórios na Bacia do Rio Xingu MT. As campanhas foram realizadas nos períodos de seca (julho e setembro de 2007) e chuva (janeiro e março de 2008). As variáveis limnológicas analisadas foram: ph, condutividade elétrica, temperatura, oxigênio dissolvido, clorofila a, matéria em suspensão, nitrato, fosfato e íon amônio. Os peixes foram amostrados por meio de coleta ativa (rede de arrasto e puçá). Foram utilizadas análises multivariadas para a investigação dos padrões relacionados às variáveis ambientais e à ictiofauna. No total, foram capturados 5757 peixes, distribuídos em 31 espécies, 14 famílias e seis ordens. A Análise de Variância Multivariada revelou diferenças significativas entre o hábitat preservado e os reservatórios em relação às variáveis limnológicas e à ictiofauna. Na análise de regressão simples ficou evidente a separação do Córrego Preservado dos reservatórios em função da riqueza de espécies de peixes e da clorofila a. O Córrego Preservado apresentou maiores valores de riqueza e diversidade de espécies, assim como a maior diversidade taxonômica, com representantes de todas as ordens obtidas no total das coletas. Os resultados deste trabalho confirmam que a construção de reservatórios em córregos altera significativamente as variáveis limnológicas e, consequentemente, a estrutura da ictiofauna. Assim, é de extrema urgência estudos que visem o conhecimento dos impactos desses empreendimentos amplamente distribuídos na Bacia do Xingu. Palavras-chave: floresta de transição, peixes, variáveis ambientais, ecologia, Amazônia. 3 Laboratório de Ictiologia e Limnologia, Universidade do Estado de Mato Grosso, Caixa Postal 08, , Nova Xavantina, MT, Brasil. tatizillmer@hotmail.com; meloce@yahoo.com.br.

17 15 Abstract Nowadays one of the most common impacts on the Xingu river basin streams is the construction of reservoirs, which are used principally to provide water to the cattle. This work aimed to analyze the limnological variables and the fish fauna structure in one stream and three reservoirs in the Xingu River basin - MT. Samples were conducted in dry (July and September/ 2007) and wet (January and March/ 2008) seasons. The following limnological variables were analyzed: ph, conductivity, water temperature, dissolved oxygen, Chlorophyll a, suspended material, nitrate, phosphate and ion ammonium. Fishes were sampled using active (seine net and dip net) fishing. Multivariate analysis were conducted in order to investigate patterns related to the environmental variables and to fish fauna. Overall, it was collected 5757 fishes, distributed in 33 species, 14 families and six orders. MANOVA showed that the preserved habitat and the reservoirs differ among themselves in relation to limnological variables and to the fish fauna. Simple regression analysis showed a clear separation of the Preserved Stream from the reservoirs as a function of fish species richness and the Chlorophyll a. The Preserved Stream had the higher values of species richness and diversity, as well as higher taxonomic diversity, with species from all orders collected in the total. The results from this study confirm that the reservoirs construction alters significantly the limnological variables and consequently the fish fauna structure. Therefore, studies that focus the knowledge of impacts resulting of those activities, widely distributed in the Xingu river basin, requires extreme urgency. Key words: Transition forest, fishes, environmental variables, ecology, Amazon.

18 16 Introdução A Amazônia é um dos mais importantes ecossistemas do planeta, devido à extensão de suas florestas tropicais úmidas, à biodiversidade que estas contêm e às taxas em que estão sendo modificadas (Krusche et al., 2005). Com a intensa ocupação humana desde a década de 70, não apenas a vegetação amazônica está sendo descaracterizada em meio a esse processo, mas também os corpos d água. Os córregos amazônicos possuem alta diversidade de espécies de peixes (Lowe-McConnell, 1999), e os altos valores de riqueza de espécies são devido à combinação de fatores históricos, geológicos e ecológicos (Winemiller et al., 2008). Estudos realizados em córregos demonstram que a riqueza de espécies nesses locais está intimamente relacionada às condições do hábitat (Ferreira & Casatti, 2006; Gomiero & Braga, 2006; Oliveira & Garavello, 2003; Melo et al., 2003; Casatti et al., 2006). Todavia, a diversidade da ictiofauna amazônica está seriamente ameaçada, devido ao uso e ocupação da terra desordenada para plantio agrícola e criação bovina, que por sua vez têm afetado a qualidade dos recursos hídricos (Krusche et al., 2005). Segundo o mesmo autor os efeitos do desmatamento são mais fáceis de detectar em meso escala (córregos de cabeceira) que em macro escala (rios maiores). No entanto, a maioria das pesquisas estão concentradas nos grandes rios, o que torna urgente a necessidade de trabalhos nas cabeceiras dos córregos ameaçadas por interferência antrópica, como mineração e construção de barragens (Vieira & Darwich, 1999). Nos córregos de cabeceira do Rio Xingu registra-se aproximadamente nove mil pequenos reservatórios, semelhantes ao desse estudo que são utilizados, principalmente, na criação extensiva de gado bovino (Nepstad et al., 2007). Dessa forma, é extremamente importante o estudo em córregos dessa região, pois o processo de uso e ocupação desordenado das terras para o agronegócio altera os ambientes aquáticos, influenciando a distribuição, composição e abundância da ictiofauna local. Somente assim será possível desenvolver planos de gerenciamento sustentável dessas bacias hidrográficas.

19 17 Assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar a influência da construção de pequenas barragens em córregos da bacia do Rio Xingu, sobre a ictiofauna e as variáveis limnológicas nesses ambientes. Material e métodos Área de Estudos. Este estudo foi realizado em quatro córregos de 1 ª ordem, localizados na Fazenda Tanguro no Município de Querência MT, Microbacia do Rio Darro, Bacia do Rio Xingu (Fig. 1). Um dos córregos, aqui denominado de Córrego Preservado, está localizado em área de vegetação preservada; dois em áreas ocupadas por plantações de soja, aqui denominados de Reservatório Seringal e Reservatório Brachiarão e um em área ocupada por pastagens, denominado Reservatório Pecuária. Os três córregos inseridos em lavoura de soja e pastagem foram alterados com a construção de barragens e tiveram seus leitos originais transformados em reservatórios, utilizados principalmente para o suprimento de água para gado bovino. Estes reservatórios, com áreas entre 1,43 ha e 3,29 ha, foram construídos entre o final da década de 80 e início de 90, conforme informações do Laboratório de Sensoriamento Remoto, Pesquisa e Ensino de Geografia da Universidade do Estado de Mato Grosso. O clima dominante na área de estudo é o tropical úmido (Aw) segundo a classificação de Köppen, com um período de seca entre maio e setembro e um chuvoso entre outubro e abril (Brasil, 1981). A precipitação anual varia de 1900 a 2000 mm e a média anual de temperatura é 26ºC (IPAM estação meteorológica da Fazenda Tanguro, Querência - MT). O tipo de solo predominante na área de estudos é o Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico e Álico, com ocorrência de gleissolos, em áreas de planícies fluviais (CNEC, 1997). Nesta região predomina a vegetação de contato entre Floresta Ombrófila e Floresta Estacional, com a ocorrência de Formações Pioneiras Aluviais ao longo da calha da maioria dos rios (Diegues, 2002).

20 Fig. 1 Localização dos ambientes de amostragem na microbacia do Rio Darro. 18

21 19 Coletas de peixes. As amostras da ictiofauna foram realizadas em julho e setembro/07 (seca) e em janeiro e março/08 (cheia). No Córrego Preservado as coletas foram realizadas com os seguintes equipamentos: rede de arrasto 4,0 m x 1,5 m e malha de 5 mm; puçá com diâmetro de 60 cm e malha de 2 mm. Nos 3 reservatórios utilizou-se rede de arrasto de 10 m x 1,5 m e malha de 5 mm. Em cada ambiente foi amostrada uma área de aproximadamente 100 m 2 por campanha. Após a captura, os peixes foram fixados com solução de formalina a 10% e, posteriormente, triados e conservados em álcool 70%. Todos os peixes coletados encontram-se depositados na coleção ictiológica do Laboratório de Ictiologia e Limnologia da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Nova Xavantina. Dados limnológicos. Os dados limnológicos foram obtidos nas mesmas datas e locais das coletas de peixes. A temperatura da água foi verificada por meio de termômetro de mercúrio (-10 C a 60 C), a dez centímetros de profundidade na coluna d água. Os valores de ph, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido foram determinados por meio de phmetro, condutivímetro e oxímetro digitais, nos locais de coletas. Para a análise das concentrações de fosfato, nitrato e íon amônio, as amostras de água foram fixadas com thymol e enviadas para o laboratório do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo CENA-USP. Para determinação da concentração de clorofila a as amostras de água foram fixadas com carbonato de magnésio em campo, filtradas em laboratório, e enviadas para análise no Instituto Internacional de Ecologia em São Carlos-SP. O material em suspensão foi quantificado por análise gravimétrica em amostras coletadas na superfície da coluna d água (Pinto-Silva, 2002). Com base em uma matriz das variáveis limnológicas, os ambientes foram ordenados por meio de uma PCA Análise de Componentes Principais. As variáveis foram testadas em relação à normalidade (Teste de Shapiro-Wilk) e a homogeneidade das variâncias (Teste de Levene

22 20 Modificado). Quando necessário, os valores foram logaritmizados para atender os pressupostos da PCA. Também foi realizada uma MANOVA - Análise de Variância Multivariada e Teste de Tukey s post hoc com base nos resultados dos quatro eixos da PCA, com finalidade de verificar a significância das diferenças entre os ambientes, segundo as características limnológicas. Estrutura e composição da ictiofauna. A diversidade de espécies (H ) para o período amostrado para cada ambiente foi determinada pelo índice de Shannon-Wiener (Magurran, 2004): H = - (Pi.log 2 pi), onde: pi = proporção de indivíduos encontrados em uma dada espécie. A uniformidade foi calculada da seguinte forma: U = H /H max, onde: U = índice de uniformidade, H max = log 2 do número de espécies coletadas (Magurran, 2004). Para a comparação entre os índices de diversidade de cada ambiente, foi utilizado o teste t de Student (Zar, 1996). A dominância foi determinada como a proporção da espécie mais abundante, no total coletado por ambiente, de acordo com sugestões de Magurran (2004). Para a análise de similaridade da ictiofauna entre os quatro ambientes, com base na riqueza de espécies, foi utilizado o índice de similaridade binário de Sorensen (Magurran, 2004). A matriz de similaridade obtida com esse índice foi utilizada para a análise de agrupamento, com nível de corte em 40 %. Uma análise de correspondência (CA) com base na matriz de abundância de peixes, por ambiente e período de coletas, foi realizada com o objetivo de se determinar o ordenamento das ictiofaunas. Os valores de abundância das espécies foram transformados pelo logaritmo (log 10 x+1) para diminuir a variância e assimetria dos dados (Hoeinghaus et al., 2007). A significância da diferença entre as ictiofaunas de cada ambiente foi testada por meio da Análise de Variância Multivariada MANOVA e Teste de Tukey s post hoc. Para verificar a possível influência da riqueza de espécies e das variáveis ambientais sobre a ordenação dos ambientes, foram realizadas

23 21 análises de regressão simples, com base nos valores de riqueza, variáveis ambientais e o primeiro eixo da CA. Para a PCA, CA, MANOVA, regressão simples e análise de agrupamento foi utilizado o programa STATISTICA for Windows, versão 7.0. Resultados Variáveis limnológicas. As variáveis limnológicas que mais influenciaram na ordenação dos ambientes na PCA foram: condutividade elétrica, clorofila a, temperatura da água e íon amônio. Os maiores scores do eixo 1 estão relacionados com a condutividade elétrica, enquanto que os menores scores estão relacionados com a clorofila a. No eixo 2 os scores positivos estão associados com a temperatura da água e os scores negativos se relacionam com o íon amônio (Fig. 2). Os dois primeiros eixos da PCA explicam 60,51% da variabilidade das variáveis limnológicas. Os ambientes amostrados diferem entre si em relação às variáveis limnológicas (MANOVA, Wilks s λ= 0,06; F 12,24 = 3,74, p= 0,002). O Reservatório Pecuária se diferenciou significativamente (Teste de Tukey s post hoc, p<0,02) do Córrego Preservado. Este ambiente obteve a maior média de temperatura e maiores valores de clorofila a. De forma geral, todos os reservatórios apresentaram maiores médias de temperatura da água, íon amônio e clorofila a (Tab. 1).

24 Íon amônio RP2 RP4 Temperatura da água 2 Eixo 2 (24,26% de inércia) RP1 RS1 RB1 RP3 RS2 RB3 RB2 CP2 RB4 RS3 CP1 RS4 CP3 CP Clorofila "a" Eixo 1 (36,26% de inércia) Condutividade Fig. 2 - Ordenação dos ambientes amostrados em relação aos eixos 1 e 2 nos reservatórios Pecuária (RP), Brachiarão (RB) e Seringal (RS) e no Córrego Preservado (CP) em julho (1), setembro (2), janeiro (3) e março (4). Tabela 1- Valores das variáveis limnológicas analisadas nos reservatórios: Pecuária (RP), Brachiarão (RB) e Seringal (RS) e no Córrego Preservado (CP) em julho (1), setembro (2), janeiro (3) e março (4). (-) sem dados. Períodos ph Condutividade (µscm -1 ) Temperatura ( C) Variáveis limnológicas Oxigênio Dissolvido (mg/l) Clorofila a (µg/l) Matéria em Suspensão (mg/l) Nitrato (µg/l) Fosfato (µg/l) Íon Amônio (µg/l) CP1 5,26 3,94 24,5 3, ,23 13, CP2 5,40 4,33 29,4 4,45 0,25 0, ,24 37,72 65,34 CP3 4,88 4,76 24,2 4,65-0, ,36 21,45 46,52 CP4 4,70 4,60 24,8 4,15 0,33 0, ,96 28,42 63,92 Médias 5,06 4,40 26,5 4,16 0,29 0, ,70 25,26 139,94 RP1 5,50 4,20 28,6 3, ,32 274, RP2 5,45 4,71 28,7 6,14 3,19 0, ,31 32,39 30,65 RP3 5,23 3,65 28,8 5,46-0,0083 9,29 29,01 130,79 RP4 5,35 4,74 31,7 5,70 1,96 0, ,32 32,63 65,01 Médias 5,38 4,32 33,4 5,29 2,57 0, ,31 92,14 417,61 RB1 5,70 2,98 24,8 3, ,45 73, RB2 5,68 2,95 30,0 4,02 1,40 0, ,72 25,03 68,08 RB3 5,23 2,79 28,3 5,70-0, ,05 24,61 75,93 RB4 5,16 4,63 28,2 2,15 0,78 0,0051 6,99 23,00 53,52 Médias 5,44 3,33 32,0 3,86 1,09 0, ,80 36,65 440,88 RS1 5,80 2,45 25,6 4, ,27 95, RS2 5,66 3,70 28,3 4,72 1,95 0, ,34 25,97 67,21 RS3 5,12 3,45 27,0 4,95-0, ,51 23,79 159,72 RS4 5,23 4,80 25,7 4,90 0,64 0, ,84 4,53 65,00 Médias 5,45 3,60 28,3 4,74 1,29 0, ,99 37,43 561,98

25 23 Estrutura e composição da ictiofauna. Durante o período de estudo foram capturados 5757 peixes, distribuídos em 31 espécies, 14 famílias e seis ordens (Tab. 3). Characiformes foi a ordem dominante durante todas as estações e locais, representando 84% dos peixes coletados, seguida por Perciformes (14%). Gymnotiformes, Siluriformes, Cyprinodontiformes e Synbranchiformes representaram 1,6%, 0,35%, 0,07% e 0,01%, respectivamente. Todas as seis ordens ocorreram no Córrego Preservado, sendo Characiformes e Gymnotiformes as mais abundantes. As ordens Characiformes e Perciformes foram mais abundantes em todos os reservatórios. Gymnotiformes com menor abundância ocorreu nos Reservatórios Pecuária e Seringal. Tanto no Córrego Preservado quanto nos reservatórios, Characidae foi a família mais abundante, representando 70% do total de indivíduos capturados no Córrego e 82% no Reservatório Pecuária, 80% no Seringal e 73% no Brachiarão. A segunda família mais abundante no Córrego Preservado foi Rhamphicthyidae representando 13%, e as famílias com menor abundância foram Gymnotidae, Hipopomidae e Synbranchidae com apenas um indivíduo cada. Nos reservatórios, a segunda família mais abundante foi Cichlidae representando 11% no Reservatório Pecuária, 17% no Reservatório Seringal e 19% no Reservatório Brachiarão. A família Sternopygidae foi a família menos abundante, com apenas dois indivíduos, no Reservatório Pecuária. No Reservatório Seringal as famílias Erythrinidae e Curimatidae foram as menos abundantes, com apenas um indivíduo. A família Lebiasinidae, com nove indivíduos, representa a família menos abundante para o Reservatório Brachiarão (Tab. 3). Entre os reservatórios, o Reservatório Pecuária revelou a maior abundância de peixes (2532), seguido do Seringal (2286), Brachiarão (446) e Córrego Preservado (493) (Tab. 3). No Córrego Preservado foram observados os valores mais altos de riqueza de espécies (19), de famílias (12), e de ordens (6). No Reservatório Pecuária foram encontrados 15 espécies distribuídas em 7 famílias e 3 ordens. No Reservatório Seringal, 11 espécies distribuídas em 7 famílias e 3 ordens e no Brachiarão 6 espécies, 4 famílias e 2 ordens.

26 24 Tabela 2. Número de peixes coletados por espécie, e taxa superiores nos 4 ambientes amostrados. A ordem taxonômica está de acordo com Reis et al. (2003). Córrego Preservado (CP), Reservatório Pecuária (RP), Reservatório Brachiarão (RB) e Reservatório Seringal (RS). Seca (s) e Cheia (c). ORDEM Família C P RP RB RS Espécie s c s c s c s c CHARACIFORMES Curimatidae Cyphocharax sp Characidae Characidae ni 1 Astyanax sp Astyanax cf. bimaculatus (Linnaeus,1758) 4 2 Astyanax sp. 1 1 Hemigrammus cf. ocellifer (Steindachner, 1882) Hyphessobrycon sp Hyphessobrycon sp. 1 6 Hyphessobrycon sp Hyphessobrycon sp. 3 1 Moenkhausia sp Thayeria sp. 2 Serrasalminae Metynnis sp Metynnis sp. 1 1 Erythrinidae Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Lebiasinidae Pyrrhulina sp SILURIFORMES Cetopsidae Helogenes sp Heptapteridae Rhamdia sp. 1 3 GYMNOTIFORMES Gymnotidae Gymnotus sp. 1 Sternopygidae Eigenmannia sp Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801) 1 1 Sternopygus sp. 1 Rhamphichthyidae Gymnorhamphichthys sp Hypopomidae Hypopomus sp. 1 1 CYPRINODONTIFORMES Rivulidae Rivulus zigonectes (Myers, 1927) 4 SYNBRANCHIFORMES Synbranchidae Synbranchus sp. 1 PERCIFORMES Cichlidae Aequidens sp Crenicichla sp Laetacara sp Mesonauta sp. 9 Satanoperca cf. pappaterra (Heckel, 1840) Total

27 25 As espécies Hyphessobrycon sp., Pyrrhulina sp., e Aequidens sp., foram comuns a todos os ambientes. As espécies Astyanax sp.2, Astyanax sp., Hyphessobrycon sp.1 e sp.2, Moenkhausia sp.2, Rhamdia sp.1, Helogenes sp., Gymnotus sp., Eigenmannia sp., Sternopygus macrurus, Gymnorhamphichthys sp., Hypopomus sp.1, Rivulus zigonectes e Synbranchus sp. foram encontradas apenas no Córrego Preservado, e as espécies Metynnis sp. e Crenicichla sp. ocorreram apenas nos reservatórios. Houve diferença significativa nos valores de diversidade de espécies entre os quatro ambientes (p<0,5). O maior valor de diversidade de espécies foi encontrado no Córrego Preservado (2,44 bits/indivíduo), assim como a riqueza de espécies (19). Entre os Reservatórios, o Seringal apresentou maior diversidade 1,90 bits/indivíduo, e o Pecuária maior riqueza de espécie (15). A uniformidade foi baixa para os quatro ambientes, com menor valor para o Reservatório Pecuária (0,30) (Tab. 4). Astyanax sp2 foi a espécie dominante no Córrego Preservado, com 265 indivíduos (53%). Hyphessobrycon sp. foi a espécie mais abundante nos reservatórios, representando no Pecuária (81%), Seringal (49%) e Brachiarão (67%), dos indivíduos capturados para cada um destes ambientes. Tabela 3 Riqueza (S), diversidade (H ) e Uniformidade (U) das assembléias de peixes para os quatro ambientes. Córrego Preservado (CP), Reservatório Pecuária (RP), Reservatório Brachiarão (RB) e Reservatório Seringal (RS). Locais Período de amostragem S H' U CP 19 2,44 0,57 RP 15 1,13 0,30 RB 6 1,61 0,62 RS 11 1,90 0,54 A análise de agrupamento com base nos dados de presença e ausência das espécies mostrou a ocorrência de dois grupos mais consistentes (Fig. 5). O grupo 1 é formado pelas ictiofaunas dos três reservatórios. Esse conjunto, ainda apresenta dois subgrupos com similaridades elevadas, compostos pelas ictiofaunas dos Reservatórios Brachiarão (1A) e do Reservatório Pecuária (1B).

28 26 Embora a ictiofauna do Reservatório Seringal não forme um subgrupo isolado, este se relaciona aos demais reservatórios. O grupo 2 é formado pela ictiofauna do Córrego Preservado, não apresentando similaridade significativa, ao nível de corte selecionado, com a ictiofauna dos reservatórios. RS1 RS2 RB1 RB4 RB3 RB2 RS3 RP1 RP3 RP4 RP2 RS4 CP1 CP3 CP2 CP4 1A 1B Similaridade de Sorensen (%) (UPGMA) Fig. 3 Agrupamento dos ambientes em relação à presença e ausência das espécies de peixes entre as dezesseis coletas. (1) julho, (2) setembro, (3) janeiro e (4) março. (RS) Seringal, (RB) Brachiarão, (RP) Pecuária e (CP) Córrego Preservado. Em relação à análise de correspondência (CA), os dois primeiros eixos explicam 50% da variação da ictiofauna. A separação dos ambientes quanto à composição da ictiofauna pode ser verificada na figura 6, onde os reservatórios estão representados pelos pontos à esquerda da figura e o córrego à direita. A análise de variância multivariada identificou diferenciação significativa em relação à ictiofauna dos ambientes amostrados (MANOVA Wilks s λ = 0,0007; F 12,24 = 28; p<0,0001). A ictiofauna do Córrego Preservado se diferenciou das ictiofaunas dos reservatórios (Teste de Tukey s post hoc, p=0,0002).

29 27 A ordenação apresentada no gráfico se deve a dois fatores principais: a) riqueza de espécies (r=0,62, p=0,01); e clorofila a (r=0,71; p=0,005), verificados por meio da análise de regressão simples. As espécies que mais influenciaram a ordenação dos reservatórios foram Hemigrammus cf. ocellifer, Laetacara sp., Metynnis sp.1, Cyphocarax sp. e Satanoperca cf. pappaterra enquanto que, Hyphessobrycon sp.1, Hypopomus sp.1, Astyanax sp. e Sternopygus macrurus influenciaram na ordenação do Córrego Preservado. Hemigrammus cf. ocellifer Laetacara sp. Characidae ni Pyrrhulina sp. 2,5 2,0 1,5 RS1 Riqueza (r=0,62, p=0,01) Clorofila "a" (r=0,71, p=0,005) Eixo 2 (17,90% de inércia) Cyphocarax sp. Satanoperca cf. pappaterra Metynnis sp. 1 Hyphessobrycon sp. 3 RB2 1,0 0,5 RS2 RS3 CP2 CP4 0,0 RB4 RB3RB1 CP1 CP3-0,5 RS4 RP3 RP1 RP4 RP2-1,0-1,0-0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Hemigrammus cf. ocellifer Laetacara sp. Metynnis sp. 1 Hyphessobrycon sp. 3 Eixo 1 (33,75% de inércia) Hyphessobrycon sp. 1 Hypopomus sp. 1 Astyanax sp. Sternopygus macrurus Fig. 4 Ordenação dos ambientes amostrados ao longo dos eixos 1 e 2, nos reservatórios: Pecuária (RP), Brachiarão (RB) e Seringal (RS) e no Córrego Preservado (CP) em julho (1), setembro (2), janeiro (3) e março (4). Discussão Variáveis limnológicas Baixo valor de condutividade das águas subterrâneas e superficiais é característico da região amazônica, por possuir solos altamente intemperizados (Assireu et al., 2007). Essa é uma característica marcante dos córregos do Brasil Central, que drenam solos pobres em nutrientes (Sioli,1991) e, além

30 28 disso, apresentam as águas com elevada transparência, transportam pouco material em suspensão, tem ph variando entre 4,5 e 7,0 e baixas concentrações de nutrientes (Winemiller et al., 2008; Santos & Ferreira, 1999) Nesses tipos de solos, a qualidade física, química e biológica da água é fortemente influenciada pelo tipo de uso da terra (Assireu et al. 2007; Thomas et al., 2004). Os valores médios da condutividade elétrica em todos os ambientes amostrados neste trabalho são baixos quando comparados aos cursos d água cujas bacias drenam solos mais ricos em nutrientes (Zillmer et al., 2007). Estando portanto, dentro do padrão esperado para ambientes aquáticos dessa região de transição entre cerrado e floresta amazônica. A média de condutividade um pouco mais elevada no Córrego Preservado se deve, provavelmente, a maior quantidade de íons oriundos de matéria alóctone, uma vez que a vegetação marginal em decomposição libera íons que percolam o lençol freático e chegam ao canal do córrego (Feitosa & Manuel-Filho, 2000) aumentando a concentração de íons dissolvidos na água. Sendo assim, as menores médias de condutividade para os reservatórios podem ser explicados pela ausência da vegetação marginal (Bitar et al, 2002). Além disso, o estado lêntico dos reservatórios tende a acelerar o processo de precipitação de nutrientes empobrecendo ainda mais a coluna d água. O valor médio de condutividade do Reservatório Pecuária mais próximo ao do córrego Preservado se deve à entrada de íons oriundos do aporte de material orgânico (urina e fezes de gado) e revolvimento do sedimento por interferência do gado bovino (Krusche et al., 2005). Outras variáveis limnológicas que influenciaram na distribuição dos ambientes foram a temperatura da água, íon amônio (NH + 4 ) e clorofila a. Em córregos com cobertura vegetal íntegra, a temperatura da água é relativamente baixa e pouco variável ao longo do ano (Santos & Ferreira, 1999). Ao retirar a vegetação marginal, os corpos d água recebem maior radiação solar e, isso aumenta a temperatura da água e acelera as reações químicas nos ambientes aquáticos (Neill et al., 2006 e Thomas et al., 2004). Isso explica os maiores valores de temperatura da água nos reservatórios, que

31 29 além da ausência de cobertura vegetal, são ambientes lênticos, condição que diminui a capacidade do corpo d água de dispersar calor (Wetzel, 1993). O principal fator regulador da produção primária nos ambientes aquáticos é a radiação solar na coluna d água (Bassoli & Roland, 2005). Quando esses ambientes passam do estado lótico para lêntico, o material em suspensão decanta tornando-a mais transparente e, em conseqüência, a luz pode penetrar mais fundo, possibilitando a fotossíntese dos organismos clorofilados, sobretudo de algas do plâncton (Sioli, 1991), aumentando a produtividade destes ambientes. Esses fatores, associados a altas temperaturas favorece o aumento da produtividade primária (Boulton et al., 2008; Junk & Melo, 1990; Neill et al., 2006). Nos três ambientes transformados em reservatórios, as taxas de clorofila a foram mais elevadas que no córrego preservado, demonstrando que existe uma alteração importante na produtividade destes ambientes quando alterados por barragens. Condições similares foram encontrados por Thomas et al. (2004) e Neill et al. (2001) em comparação entre córregos amazônicos em áreas preservadas e degradadas. Em córregos preservados a mata ciliar dificulta a entrada de radiação solar e diminui a produtividade (Thomas et al., 2004; Allan, 1997). O desflorestamento aumenta a incidência solar e, conseqüentemente a produtividade, como ocorre nos reservatórios. Além do mais, a substituição da floresta por áreas agricultadas pode resultar em mudanças significativas na concentração de nutrientes (Krusche et al., 2005), influenciando diretamente na produtividade dos corpos d água. Dentre os valores médios de NH + 4, os reservatórios obtiveram os maiores valores. O escoamento superficial de matéria orgânica para dentro dos reservatórios influencia a composição química d água (Krusche et al., 2005). A presença desse material orgânico rico em nitrogênio (fezes, urina de gado bovino, resto de vegetação) no interior dos reservatórios (Maia & Cantarutti, 2004), em condições com baixa concentração de O 2 D inibe a nitrificação e promove a desnitrificação, importante para elevar as concentrações de NH + 4 e diminuir as concentrações de nitrato (NO - 3 ) (Rocha et al., 2008). Vale ressaltar que em córregos tropicais, altas temperaturas d água aceleram as reações de

32 30 decomposição e, ao mesmo tempo a redução do oxigênio dissolvido (Esteves, 1998). Além disso, o ph ácido facilita o processo de desnitrificação + (Christensen et al., 1990; Esteves, 1998), aumentando a quantidade de NH 4 nos ambientes. Embora o íon amônio possa elevar os valores de condutividade elétrica nos ambientes aquáticos, isso ocorre apenas em altas concentrações (Esteves, 1998), o que explica o fato de que, mesmo apresentando maior concentração desse íon, os reservatórios apresentaram, de forma geral, menores condutividades. A diferença entre o Reservatório Pecuária e o Córrego Preservado, em relação às variáveis limnológicas, está diretamente relacionada ao tipo de uso das áreas do seu entorno. Os reservatórios Brachiarão e Seringal, embora estejam inseridos em áreas de cultivo de soja, possuem uma faixa de vegetação em seu entorno, composta por gramíneas que não é movimentada no processo de cultivo. Mesmo não sendo uma área de vegetação nativa, essa faixa atua como um sistema de tamponamento para o ambiente aquático. Já no Reservatório Pecuária, a constante movimentação do gado bovino nas margens e, mesmo no interior do reservatório, promove uma intensa degradação das margens e aumenta a entrada e liberação de nutrientes dos sedimentos para a coluna d água. Isso certamente é um fator que acelera o processo de eutrofização nesse tipo de ambiente (Wetzel, 1993). Nesse reservatório, a média de fosfato na água é muito superior à encontrada em todos os outros ambientes, fator que deve ser importante na eutrofização. A origem desse fosfato provavelmente está na alimentação do gado bovino, suplementada por compostos fosfatados (Lopes, 1998). Esse nutriente é transportado para a água tanto pelas chuvas, já que as margens estão totalmente desprotegidas e, em muitos pontos erodidas, ou mesmo, diretamente pelos animais que adentram o reservatório. Estrutura e composição da ictiofauna Nos córregos neotropicais as principais ordens são Characiformes, Siluriformes, Gymnotiformes, Perciformes e Cyprinodontiformes (Winemiller et al., 2008). No Córrego Preservado, além dessas, a ordem Synbranchiformes

33 31 também esteve presente, indicando um ambiente cuja complexidade está dentro do previsto para ambientes aquáticos desse porte, ainda preservados. Embora a ordem Characiformes também tenha sido a mais abundante em todos os ambientes, nos reservatórios, Characiformes e Perciformes juntas representaram entre 99,1% e 100% dos peixes coletados. Essa elevada dominância das duas ordens está fora do que é previsto para ambientes naturais na bacia Amazônica (Buckup, 1998; Lowe-McConnell, 1999). No córrego preservado essas mesmas ordens representaram 76% dos peixes. Uma dominância menor e mais próxima das encontradas em ambientes naturais. A ocorrência de uma baixa quantidade de espécies abundantes em relação às raras é outra característica dos ambientes aquáticos amazônicos íntegros (Goulding et al., 1988), o Córrego Preservado segue esse padrão, onde foi amostrado um grande número de espécies com apenas um ou dois indivíduos e um número menor de espécies abundantes. A grande dominância da família Characidae nos ambientes amostrados também está relacionado a sua grande representatividade nos ecossistemas de água doce do Brasil (Britski, 1972; Senteio-Smith et al., 2003), sendo a família mais complexa entre as pertencentes à ordem Characiformes. É formada por indivíduos que apresentam morfologia e hábitos ecológicos bem distintos (Melo et al., 2005), condição que beneficia espécies dessa família na colonização de ambientes alterados (Matthews, 1998; Casatti et al., 2006). Uma espécie desta família (Hyphessobrycon sp.) ocorreu em todos os ambientes e foi a mais abundante em todos os reservatórios. Essa espécie está amplamente distribuída nos ambientes aquáticos (Bürhnheim & Cox- Fernandes, 2003; Melo et al., 2005). Esse grupo de peixes possui hábito alimentar generalista (Lowe-McConnell, 1987), e essa plasticidade quanto ao microhabitat e a alimentação permite sua presença em ambientes preservados e alterados (Cunico et al., 2002; Meschiatti & Arcifa, 2002). Agostinho et al. (2007) e Smith et al. (2003) afirmam que as espécies mais bem sucedidas, apresentam certa flexibilidade quanto as suas necessidades alimentares e reprodutivas, ajustando-se mais facilmente às variações na disponibilidade de

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