PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO EM ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR E OS FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA

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1 FEAD MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO MODALIDADE: PROFISSIONALIZANTE PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO EM ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR E OS FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA Daniella Francisca Soares e Silva Belo Horizonte 2009

2 Daniella Francisca Soares e Silva PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO EM ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR E OS FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Administração da FEAD, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração. Área de concentração: Gestão, organização e mudanças Orientadora: Profa. Dra. Patrícia Gazzoli Belo Horizonte FEAD 2009

3 AGRADECIMENTOS À Patricia Gazzoli, minha orientadora, que aceitou o desafio de orientar meu projeto, mesmo estando à distância, e cuja contribuição foi fundamental para a consistência deste trabalho, indicando caminhos e alertando para situações perigosas ou fora do escopo. Ao meu pai, que me incentivou a continuar a caminhada em um momento muito tumultuado em que pensei em desistir. À minha mãe, pelo enorme carinho e atenção, e aos meus irmãos, pela compreensão nos momentos de ausência. Aos colegas da FEAD, especialmente à Jurema Suely de Araújo Nery Ribeiro, Leonardo Pereira de Andrade e Cristiano Rodrigues Pinho, pelo aporte no atendimento às demandas das disciplinas cursadas. Às casas espíritas e à AME da cidade onde se desenvolveu o estudo, cujas contribuições possibilitaram o desenvolvimento desta pesquisa. Em especial à casa espírita na qual foi realizada a pesquisa em profundidade, onde dei os primeiros passos no estudo da doutrina espírita, que é a grande inspiradora do tema deste trabalho. iii

4 Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor. Madre Tereza de Calcutá ( ) iv

5 RESUMO O presente trabalho, desenvolvido nas organizações do terceiro setor ligadas às casas espíritas de uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, objetivou caracterizar o funcionamento dessas organizações e avaliar a influência dos fundamentos da doutrina espírita em sua gestão. Para atender a esse objetivo foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, descritiva, constituída de três etapas: entrevista com o Presidente da Associação Municipal Espírita; sondagem realizada junto a 12 casas espíritas da cidade e às quatro organizações de fins sociais a elas ligadas; e um estudo de caso em profundidade em uma dessas organizações de fins sociais. Os resultados da pesquisa apontam para a inexistência de uniformidade das atividades sociais desenvolvidas pelas casas espíritas, e aponta também para a influência dos princípios da doutrina espírita no funcionamento e gestão das organizações de fins sociais a elas ligadas. Isso é viabilizado através de seus dirigentes, que devem ter vínculo com as casas espíritas, e através da influência do grupo gestor da casa espírita nas decisões estratégicas da organização de fins sociais. Percebem-se, nas organizações de fins sociais ligadas às casas espíritas, práticas que concretizam a codificação kardequiana, sobretudo no que tange às Leis do Trabalho, Sociedade, Amor, Justiça e Caridade e Liberdade. O poder e a influência das casas espíritas sobre as organizações não se atrela, dessa forma, ao aporte de recursos financeiros, que são obtidos, na maioria dos casos, através de parcerias com o poder público, perante às quais as organizações defendem autonomia. v

6 ABSTRACT This work, developed at the third sector organizations related to the Spiritist centers located in a city in the great Belo Horizonte, aimed to describe how these organizations work and to assess the influence of the fundamentals of the Spiritist doctrine on the way they are managed. In order to meet this goal, a qualitative and descriptive research was developed which consisted of three phases: an interview with the President of the Municipal Spiritist Association; a survey carried out at 12 Spiritist centers of the city and at the 4 social organizations related to them; and an in-depth case study within one of these social organizations. The outcome of the research indicates the inexistence of any uniformity in the social activities developed by the Spiritist centers and the existence of an influence exerted by the principles of the Spiritist doctrine in the way in which the related social organizations work and are managed. This influence is conveyed through the organization leaders, who must have a bond with the Spiritist centers, and through the influence that the managing group within the Spiritist center exerts on the strategic decisions of the social organization. Within the social organizations related to the Spiritist centers there were practices in place that materialize the Kardecist codification, particularly regarding Labor Laws, Society, Love, Justice and Charity, and Liberty. Thus, the power and influence of the Spiritist centers on the organizations is not linked to the contribution of financial resources, which in most of the cases are obtained through partnerships with the public sector, from which the organizations claim autonomy. vi

7 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Organização do movimento espírita no Brasil...39 FIGURA 2 Organograma do Conselho Espírita Internacional...42 FIGURA 3 Organograma das organizações de fins sociais...67 FIGURA 4 Diploma de Honra ao Mérito Mariinha Moreira...98 FIGURA 5 Placa referente a Destaque na Ação Social em FIGURA 6 Medalha de Honra ao Mérito de vii

8 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 Síntese das características gerais das organizações do terceiro setor...30 QUADRO 2 Síntese das particularidades de funcionamento das organizações do terceiro setor...31 QUADRO 3 QUADRO 4 QUADRO 5 QUADRO 6 Ethos espírita brasileiro no estudo de alguns antropólogos...39 Organização de fins sociais x projeto social...47 Instituições e projetos sociais mantidos pelas casas espíritas...55 Características das organizações do terceiro setor mantidas pelas casas espíritas...57 QUADRO 7 QUADRO 8 QUADRO 9 QUADRO 10 QUADRO 11 QUADRO 12 QUADRO 13 QUADRO 14 QUADRO 15 QUADRO 16 Requisitos para ser atendido pelas instituições...60 Funcionários contratados e voluntários...63 Dirigente das instituições...67 Parcerias...70 Fonte de recursos financeiros...73 Gestão dos recursos financeiros...74 Projetos sociais mantidos pelas casas espíritas...75 Relação entre atividade social/filantrópica e a doutrina espírita...79 Relação de Projetos da Casa Espírita Cantinho de Amor...84 Parcerias do Centro Educacional Viver viii

9 LISTA DE ABREVIATURAS AME Aliança Municipal Espírita APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais CEI Conselho Espírita Internacional CEM Conselho Espírita Municipal CEV Centro Educacional Viver CFN Conselho Federativo Nacional CLT Constituição das Leis Trabalhistas CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica COFEMG Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais CRE/BARV Conselho Regional Espírita da Bacia do Alto Rio das Velhas FEB Federação Espírita Brasileira FEESP Federação Espírita do Estado de São Paulo FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FIA Fundo para Infância e Adolescência FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INSS Instituto Nacional do Seguro Social LBA Legião Brasileira de Assistência MEC Ministério da Educação e Cultura OSCIPs Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público PCA Programa de Complementação Alimentar RITS Rede de Informações para o Terceiro Setor SERVAS Serviço Voluntário de Assistência Social SESC Serviço Social do Comércio SETASCAD Secretaria de Estado do Trabalho, da Assistência Social, da Criança e do Adolescente ix

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Objetivos da pesquisa Justificativas da pesquisa FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Terceiro setor Definições e origens Gestão no terceiro setor Problemas e desafios enfrentados por organizações do terceiro setor Doutrina Espírita METODOLOGIA APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Caracterização das instituições de terceiro setor estudadas As casas espíritas e as organizações de fins sociais a elas ligadas: caracterização Funcionários e voluntários Dirigentes e estrutura hierárquica das instituições estudadas Parcerias e recursos financeiros Projetos sociais desenvolvidos pelas casas espíritas Relação entre doutrina espírita e as atividades sociais das casas espíritas Constituição e funcionamento do Centro Educacional Viver, mantido pela Casa Espírita Cantinho de Amor: um estudo de caso Histórico do Centro Educacional Viver Funcionamento e gestão da creche estudada Principais dificuldades enfrentadas pelo CEV Relação entre o funcionamento e a gestão da organização e a doutrina espírita CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE A APÊNDICE B x

11 11 1 INTRODUÇÃO O tema terceiro setor tem alcançado destaque na atualidade, sendo constantemente citado pela mídia nacional, cada vez mais fazendo parte das políticas públicas, mobilizando recursos e gerando oportunidades de trabalho. Historicamente, a presença do terceiro setor e de suas práticas são notadas desde os séculos XVI e XVII, na Europa, América do Norte e América Latina, inicialmente com caráter religioso ou político. Segundo Fernandes (1997), o conceito de organização do terceiro setor é constituído por duas negações: trata-se de uma instituição não-governamental (que não faz parte do governo, e portanto não pode ser confundida com instituições de direito público) e que não tem fins lucrativos. Embora essas organizações arrecadem recursos, não são geridas a partir da lógica de mercado: os dividendos auferidos são reinvestidos nas próprias organizações e seus dirigentes, muitas vezes, prestam serviços voluntários. [...] pode se dizer que o terceiro setor é composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não-governamental, que dão continuidade às práticas tradicionais de caridade, da filantropia e do mecenato e expandem o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil (FERNANDES, 1997, p. 27). Soares (2005) relata que o terceiro setor é uma realidade no Brasil há décadas. Empresas, igrejas e diversas organizações investem em ações que geram um significativo impacto social O autor observa o seguinte: A própria sobrevivência de amplas camadas da sociedade brasileira parece inexplicável, quando lemos os dados relativos à renda e sua absurda distribuição, sem atentar para os laços e canais invisíveis que se estabeleceram e consolidaram, ao longo de anos, propiciando fluxos imperceptíveis de recursos dos mais diferentes tipos, em direções insuspeitas, criando condições mais humanas e suportáveis para muitos grupos marginalizados e redefinindo o pacto social, reinvestindo na sociabilidade, lançando pontos para a integração ecumênica no campo da cidadania, revalorizando redes e conexões transversais, infundindo renovada e oblíqua legitimidade nas instituições públicas (SOARES, 2005, p. 11). Albuquerque (2006) também chama a atenção para o importante papel desempenhado pelas igrejas, especialmente a católica, na formação do terceiro setor no Brasil. As Santas Casas

12 12 representam as primeiras organizações sem fins lucrativos do país. Outras instituições ligadas a igrejas protestantes, espíritas e afro-brasileiras também têm desenvolvido papel importante na conformação do setor no país, ainda que numericamente sejam menores (ALBUQUERQUE, 2006, p. 34). As organizações do terceiro setor enfocadas neste estudo situam-se em uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte com aproximadamente 220 mil habitantes (IBGE, 2007), e são mantidas por casas espíritas. Segundo dados da Aliança Municipal Espírita (AME) da referida cidade, existem 13 casas espíritas nessa cidade. Algumas dessas casas espíritas mantêm organizações ou projetos assistenciais; contudo, nem todos estão catalogados e nem mesmo são conhecidos em sua totalidade pela AME. Devido à acessibilidade e à implicação da autora no movimento espírita, as organizações do terceiro setor ligadas às casas espíritas dessa cidade constituíram o objeto de investigação da presente pesquisa. Para efeito deste estudo, é fundamental distinguir os termos casas espíritas e organizações do terceiro setor mantidas por casas espíritas. As casas espíritas são locais onde os seguidores da doutrina espírita se reúnem com o objetivo de estudar o Evangelho de Jesus e os fundamentos da doutrina. Embora também exerçam papel assistencial, na medida em que propiciam auxílio material e consolo espiritual para aqueles que buscam esses locais, essa não é a sua finalidade principal (BIANCHINI, 2008). Segundo Pires (2008), a casa espírita funciona como um centro de serviços, tanto no plano material como no plano espiritual, onde há o esforço permanente de estudo evangélico puro, caracterizado por atividades de preces, passes e doutrinação dos interessados. Já as organizações do terceiro setor mantidas por casas espíritas são organizações estruturadas, com um corpo de profissionais estável, de gestão relativamente autônoma, que prestam serviços sem fins lucrativos, possuem objetivos sociais, e em grande parte são mantidas também do ponto de vista material pela própria casa espírita. Essas organizações são, por exemplo, as creches, escolas, asilos e hospitais que têm o objetivo de atender a demandas da sociedade, configurando-se como organizações do terceiro setor.

13 13 Giumbelli 1 (1998, apud Sampaio, 2004, p. 172) destaca o incentivo à prática da caridade como característico do Espiritismo Brasileiro [...]. Segundo o autor, de alguma forma a atividade assistencial concedeu respeitabilidade ao movimento espírita ante a sociedade e as instituições brasileiras. Dentro da temática que envolve o papel das organizações religiosas no terceiro setor, coloca-se como problema de pesquisa a seguinte questão: Quais são as características de funcionamento das organizações do terceiro setor mantidas por casas espíritas e qual a influência dos fundamentos da doutrina espírita nas práticas adotadas por essas organizações? 1.1 Objetivos da pesquisa Este estudo tem o objetivo geral de caracterizar o funcionamento das organizações do terceiro setor mantidas pelas casas espíritas de uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte e avaliar a influência dos fundamentos da doutrina espírita nas práticas dessas organizações. O alcance do objetivo geral está diretamente relacionado aos seguintes objetivos intermediários: identificar, na literatura existente, as práticas de funcionamento verificadas em organizações do terceiro setor de caráter não-religioso; identificar as principais práticas de funcionamento adotadas pelas organizações do terceiro setor mantidas pelas casas espíritas existentes em uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (Minas Gerais); analisar em profundidade o processo de criação de uma dessas organizações do terceiro setor, e como ela tem se organizado e funcionado ao longo do tempo; estabelecer possíveis relações entre os princípios da doutrina espírita e as características de funcionamento das organizações estudadas. 1 GIUMBELLI, Emerson. Caridade, assistência social, política e cidadania: práticas e reflexões no espiritismo. In: LANDIM, Leilah (Org.) Ações em sociedade: militância, caridade, assistência, etc. Rio de Janeiro: NAU, 1998.

14 Justificativas da pesquisa Esta pesquisa se justifica na medida em que o terceiro setor tem se destacado no cenário brasileiro, devido a seu considerável crescimento nos últimos anos. Segundo Corrêa et al. (2006), houve um aumento de 157% do número de organizações do terceiro setor no período compreendido entre 1996 (105 mil organizações) e 2002 (276 mil organizações). Muitas dessas organizações são ligadas à igreja, conforme esclarece Albuquerque (2006, p. 34): se considerarmos todas as organizações criadas ou mantidas por igrejas, veremos que elas representam 38,6% das organizações no Brasil, uma para cada três existentes. Em agosto de 2003, o número de organizações do terceiro setor registradas no cadastro do Conselho Nacional de Assistência Social 2 era de (SAMPAIO, 2004), mas apenas possuíam o certificado de instituições filantrópicas. Dessas últimas, 460 (cerca de 3%) utilizavam o termo espírita ou kardecista em sua denominação. Analisando esses dados, conclui-se que as organizações do terceiro setor ligadas a casas espíritas no Brasil têm uma parcela de participação que não pode ser desprezada, o que impõe um estudo mais aprofundado sobre possíveis particularidades dessas instituições, o que deve ser objeto do interesse de acadêmicos que se dedicam ao conhecimento e à exploração do tema terceiro setor. Acredita-se que este estudo seja relevante para as instituições de financiamento e para os órgãos associativos e governamentais que trabalham diretamente com a questão do terceiro setor, uma vez que devem conviver com essas organizações de fins sociais ou mesmo avaliálas. Portanto, deve ser de seu interesse compreender melhor tanto o perfil das instituições ligadas à doutrina espírita como as características de sua gestão e seu modo de funcionamento. 2 CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Entidades registradas no CNAS. Disponível em < Acesso em 21 de setembro de 2003.

15 15 O estudo é relevante também para as próprias organizações de fins sociais estudadas e para as casas espíritas envolvidas. Evidenciar traços particulares do funcionamento de organizações de terceiro setor mantidas por casas espíritas pode ajudar a identificar oportunidades de melhoria, assim como erros repetidos que seriam prejudiciais ao cumprimento dos objetivos das instituições sociais e das casas espíritas. Por fim, o presente estudo contribui igualmente para a academia, na medida em que propicia o estudo do terceiro setor e de suas práticas de gestão. Dessa forma, a pesquisa aqui apresentada pode contribuir, do ponto de vista acadêmico, para ampliar o conhecimento sobre essa área do conhecimento, o que pode ter como conseqüência a proposição de melhorias que venham a aprimorar as práticas de funcionamento do terceiro setor. A estrutura do texto é composta da fundamentação teórico a cerca do terceiro setor e da doutrina espírita, apresentada no capítulo 2; da metodologia, abordada no capítulo 3; da apresentação e análise dos dados da pesquisa, descritos no capítulo 4; e da conclusão, apresentada no capítulo 5. O nome das casas espíritas e das organizações de fins sociais a elas ligadas não foram revelados nesta pesquisa, sendo fictícios os nomes aqui utilizados.

16 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O referencial teórico deste projeto explora dois temas fundamentais para a elucidação do problema de pesquisa. Primeiramente, como o objeto de estudo são organizações do terceiro setor, aborda-se esse setor tanto em suas definições e características peculiares, como em sua dimensão histórica e nos traços particulares de sua gestão e funcionamento, reconhecidos pela literatura estudada. Em um segundo momento, são apresentados os fundamentos da doutrina espírita, pois busca-se neste trabalho justamente identificar os traços particulares do funcionamento de instituições do terceiro setor mantidas por casas espíritas, bem como a influência da doutrina espírita no funcionamento dessas organizações. 2.1 Terceiro setor Definições e origens A definição de terceiro setor não é consenso no meio acadêmico, e mesmo as próprias organizações desse setor não mantêm uma identificação com o termo (FISCHER; FALCONER, 1998). Para efeito deste estudo buscou-se identificar conceituações do que seja o referido setor, objetivando esclarecer a natureza das organizações pesquisadas, bem como distingui-las do primeiro e segundo setores. Segundo Resende (2006, p. 24), o primeiro setor (ou Estado) é o ente com personalidade jurídica de direito público, encarregado de funções públicas essenciais e indelegáveis ao particular, tais como legislar; fiscalizar; aplicar justiça; dar segurança geral, etc. O segundo setor é composto por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, encarregadas da produção e comercialização de bens e serviços, tendo como escopo o lucro e o enriquecimento do empreendedor (idem, p. 25). Já o terceiro setor é aquele que congrega as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins econômicos (ou sem finalidade lucrativa) e que prestam serviços de interesse coletivo (idem, p. 25).

17 17 Tomando por base a metodologia adotada pelo Handbook in Nonprofit Institutions in the System of National Accounts, Corrêa (2006, p.viii) define as organizações do terceiro setor nas mesmas bases. Segundo a autora, são organizações: privadas, não integrantes, portanto, do aparelho do Estado; sem fins lucrativos, isto é, organizações que não distribuem eventuais excedentes entre proprietários ou diretores e que não possuem como razão primeira de existência a geração de lucros podem até gerá-los desde que aplicados nas atividades fins; institucionalizadas, isto é, legalmente constituídas; auto-administradas ou capazes de gerenciar suas próprias atividades; e voluntárias, na medida em que podem ser constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas, isto é, a atividade de associação ou de fundação da entidade é livremente decidida pelos sócios fundadores. Silva (2004, p. 38), em sua dissertação de mestrado, fez uma pesquisa sobre as definições de terceiro setor elaboradas por diversos autores e concluiu, no mesmo sentido, que esse setor é composto por organizações que possuem as seguintes características: a) são não-governamentais, independentes do Estado; b) não têm fins de lucro ou benefícios particulares; c) são movidas por objetivos sociais, de transformação da sociedade e de melhoria da vida humana; d) são provenientes da iniciativa da comunidade em benefício da comunidade - ou seja, a iniciativa privada atua em benefício de um bem público; e) buscam o bem-estar da sociedade como um todo; f) utilizam intensamente o trabalho voluntário para concretizar seus objetivos; g) traduzem os valores de solidariedade e participação da comunidade. Teodósio (2001a, p. 2) cita alguns exemplos de organizações que podem ser definidas como terceiro setor: associações comunitárias, organizações não-governamentais, instituições filantrópicas, projetos de caridade, igrejas e seitas religiosas, fundações, organizações sociais, projetos sociais desenvolvidos por empresas e sindicatos. Conceitos como responsabilidade social, cidadania empresarial e filantropia empresarial também estão associados ao terceiro setor. Os primeiros registros de instituições com a finalidade de prestar assistência aos desamparados no Brasil são encontrados no ano de 1.543, com a Irmandade da Misericórdia, que se expandiu pelo país como Santa Casa de Misericórdia, com o apoio da Igreja (THEODORO, 2008). Portanto, a Igreja está diretamente relacionada às primeiras associações filantrópicas e de assistência social no país (OLIVEIRA, 2005).

18 18 No período que compreende o descobrimento do Brasil até o século XVIII, a Igreja católica se envolveu muito mais em ações sociais do que o Estado, e foi responsável pelo fornecimento de serviços em dois importantes setores sociais: a saúde e a educação. O primeiro setor foi atendido através das Santas Casas de Misericórdia, instituições filantrópicas renomadas no país, que implantaram os primeiros hospitais no Brasil. O segundo setor foi contemplado pela atuação da Ordem da Companhia de Jesus, através da qual os jesuítas implantaram o primeiro sistema educacional brasileiro, ação que o governo faria apenas no final do século XVIII (OLIVEIRA, 2005). Landim 3 (1993, apud OLIVEIRA, 2005) esclarece que, além dos católicos, os protestantes que chegavam da Europa e Estados Unidos também se mobilizaram em organizações de fins sociais, de forma independente do Estado, através da experiência adquirida em seus países de origem. Os luteranos desenvolveram o cooperativismo, criando um ambiente de organização e participação praticamente inexistentes em outras regiões do Brasil. Os presbiterianos, metodistas, batistas e congregacionais difundiram as idéias do liberalismo, formando líderes religiosos atuantes no trabalho social e educativo. Os espíritas e as religiões afro-brasileiras também começaram a exercer ações de cunho social (OLIVEIRA, 2005). Com a crise do Estado Liberal, aguçada em 1929, essa situação foi alterada, desenvolvendo-se no país, pelo menos em teoria, o Estado do Bem-Estar Social (Welfare State), que consiste numa tentativa de reaproximação entre o Estado e a sociedade nos âmbitos econômico, social e cultural. A orientação do Estado era então a de contribuir para a solução dos inúmeros problemas locais, regionais, nacionais e mundiais, propiciados pelo aumento da pobreza, da violência, de doenças, poluição ambiental e conflitos religiosos, étnicos, sociais e políticos (ALBUQUERQUE, 2006, p. 23), decorrentes de alterações nos centros de poder, da revolução dos sistemas de comunicação e do aumento da produção agrícola e industrial. Na América Latina, somente na década de 1970 as organizações do terceiro setor recuperam sua notoriedade, reemergindo com forte caráter político, voltadas para a redemocratização, para políticas sociais de desenvolvimento comunitário e para a execução de atividades de 3 LANDIM, Leilah. A invenção das ONGs: do serviço invisível à profissão. Rio de Janeiro: UFRJ, Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1993.

19 19 assistência e serviços nos campos de consumo, educação de base e saúde, entre outros (ALBUQUERQUE, 2006, p. 23). De certa forma, a mobilização da sociedade civil (desta vez contra o Estado autoritário), preparou o terceiro setor para a sua ampla atuação nos países latino-americanos a partir dos anos 80, quando houve uma alteração significativa da realidade latino-americana. Fortes crises econômicas e altos índices de inflação, acirrados por uma política neo-liberal de desenvolvimento adotada pelos governos, agravaram a situação de pobreza na América Latina. Em paralelo, testemunhou-se o aumento da informalidade na economia e o descrédito dos governos junto ao Banco Mundial e às instituições internacionais quanto ao emprego dos recursos destinados aos programas de desenvolvimento social, situação que tornou não só propícia, mas necessária, a atuação de organizações do terceiro setor junto às comunidades carentes de serviços. Além disso, o crescimento do terceiro setor se deve igualmente aos seguintes fatores: à amplitude e gravidade do que se chamou crise do Estado, em sua incapacidade de atender às demandas sociais; ao aumento do número, da abrangência e das áreas de atuação das organizações do terceiro setor; à terceira revolução industrial; à revolução nas comunicações; e à mudança da agenda de financiamento internacional (ALBUQUERQUE, 2006). Sampaio (2004) afirma que existem diferentes abordagens sobre as origens do terceiro setor: com relação ao Estado, com relação às empresas, com relação às universidades e com relação às organizações sem fins lucrativos. Com relação ao Estado, o terceiro setor se tornou uma alternativa para uma reforma do Estado que o pretenda tornar promotor, mais que realizador, de ações sociais (SAMPAIO, 2004, p. 26). Na realidade brasileira, o terceiro setor contribuiu para a terceirização de mãode-obra para a execução de objetivos estatais, com fragilidade de vínculos empregatícios e redução de encargos previdenciários. Além disso, a terceirização de serviços ao terceiro setor representa uma maneira menos burocrática de contratação de serviços e cancelamento de contratos, permitindo maior autonomia aos administradores públicos. Paralelamente, há maior proximidade dessas organizações com a comunidade, o que facilita a consecução de seus objetivos. No cenário internacional, as organizações do terceiro setor ganharam notoriedade pública e espaços para execução de políticas internacionais (SAMPAIO, 2004, p.27).

20 20 No que se refere à relação com as empresas, Sampaio (2004) afirma que o terceiro setor possibilitou a realização, por parte das empresas, de ações de responsabilidade social e marketing solidário. A implementação de ações de cunho social por parte das empresas foi facilitada através das organizações do terceiro setor, seja devido à utilização de benefícios fiscais ou devido a políticas de destinação de parte do pagamento do imposto de renda a obras culturais ou sociais. Por outro lado, o terceiro setor passou a ser reconhecido como agente importante no relacionamento das empresas com os seus diversos públicos: clientes, parceiros, fornecedores, empregados e comunidade. A atuação junto ao terceiro setor passou a ser vista pelos empresários tanto como uma forma de promover a imagem institucional das suas empresas, quanto como uma forma de influenciar de forma positiva o cenário social brasileiro, que se apresenta repleto de problemas e carente de soluções efetivas. Para as universidades, o desenvolvimento do terceiro setor abriu espaço para a criação de cursos de graduação e pós-graduação específicos sobre o tema, assim como para a promoção de congressos, seminários e para a formação de grupos de pesquisa direcionados ao assunto. Alunos e profissionais são atraídos por essas organizações, na medida em que elas se profissionalizam e se fortalecem (SAMPAIO, 2004). Finalmente, quanto às organizações sem fins lucrativos, foram criados organismos e redes nacionais e internacionais com o objetivo de consolidar e desenvolver as organizações do terceiro setor. Foi dirigida aos meios acadêmico e social a demanda para que auxiliassem a solucionar os problemas vivenciados nessas instituições. As parcerias com o Estado e com as empresas privadas criaram a necessidade de melhoria da gestão das organizações do terceiro setor. A instauração de governos de orientação social-democrata no Brasil facilitou a execução de ações sociais pelo terceiro setor com o auxílio do Estado. Alterações promovidas na legislação brasileira, como a Lei do Voluntariado (Lei Federal 9.608/98) e a Lei das Oscips (Lei Federal 9790/99), promoveram a atuação das organizações do terceiro setor no país (SAMPAIO, 2004). Em uma perspectiva diferente, Falconer (1999) acredita que entidades internacionais e multinacionais foram as grandes responsáveis pela introdução do conceito e pela valorização do terceiro setor no mundo subdesenvolvido. Para o autor, a construção do terceiro setor

21 21 brasileiro, pode-se afirmar com segurança, deu-se de fora para dentro: de fora do país e de fora do setor para dentro dele. (FALCONER, 1999, p. 4). O autor cita como exemplo de fundação e instituição americanas e européias a Fundação Ford, a Fundação W. K. Kellogg e o Banco Mundial. A Fundação Ford apoiou a participação popular como forma de fortalecer a democracia, principalmente durante o período de regime militar. Uma forma comum de fazer isto era através do apoio a projetos de organizações comunitárias e movimentos populares, principalmente junto a populações carentes. (idem, p. 5). Quanto à Fundação W. K. Kellogg, o autor afirma que: Nos anos noventa, outra fundação americana privada, a Fundação W. K. Kellogg, veio a assumir uma posição que pode ser caracterizada como um mecenato do terceiro setor: em praticamente toda a América Latina e outras partes do mundo em desenvolvimento, projetos pioneiros voltados para o fortalecimento da sociedade civil, para o estudo do terceiro setor e para temas como o desenvolvimento da filantropia e voluntariado contaram com o apoio financeiro maciço desta instituição. (FALCONER, 1999, p. 5). No que se refere ao Banco Mundial, o envolvimento do Banco com as ONGs se intensificou na década de 70 e a partir de então os projetos financiados para as referidas entidades têm alcançado participações crescentes: Entre 73 e 88, apenas 6% dos projetos envolviam colaboração de ONGs. Em 93, um terço e, em 94, a cifra alcançou os 50% [...] O Banco Mundial acredita que o trabalho em parceria com ONGs permite incorporar em seus projetos as vantagens características destas organizações: a inovação, devido à escala pequena dos projetos, a incorporação da multiplicidade de alternativas e opiniões diversas; a participação de populações locais e a consulta à população beneficiária; a melhor compreensão dos objetivos dos projetos pela sociedade; o alcance ampliado da ação, atingindo a quem mais precisa; e finalmente, a sustentabilidade, ou continuidade de projetos após a retirada do Banco. (MALENA 4, 1995, apud FALCONER, 1999, p. 5) Gestão no terceiro setor Teodósio (2001b) destaca algumas das características positivas do terceiro setor: maior proximidade do cidadão, maior agilidade e desburocratização, melhor utilização de verbas, 4 MALENA, Carmen. Working with NGOs: a practical guide to operational collaboration between the World Bank and nongovernmental organizations. Washington, D.C. Operations Policy Department, World Bank, 1995.

22 22 desenvolvimento mais profundo da cidadania, valorização de soluções da própria comunidade, geração de emprego e renda, rompimento com o assistencialismo e possibilidade de controle sobre o Estado. Segundo o autor, o grande desafio do terceiro setor é aperfeiçoar o seu gerenciamento, adotando práticas que modernizem o setor, sem perder suas características básicas: conciliar eficiência com democracia, alcance de metas com cidadania e respeito ao público beneficiário com respeito aos colaboradores do projeto social (TEODÓSIO, 2001b, p. 6). Contribuindo com a temática, Falconer (1999) defende que as organizações do terceiro setor, inicialmente reconhecidas como cronicamente deficitárias e subcapacitadas, têm diante de si a possibilidade de romper com o ciclo de condições precárias ao buscar o bom gerenciamento, que permitiria o alcance de resultados positivos, facilitando a captação de recursos financeiros e de profissionais capacitados. Nesse mesmo sentido, a Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS, 2008) relata modificações que vêm sendo observadas: o setor tem alcançado lugar de destaque na mídia nacional, passou a ser tema de políticas públicas, tem mobilizado mais recursos e gerado mais oportunidades de trabalho. Toda essa expansão impõe ao setor novos desafios, como o desenvolvimento da sua capacidade de gerenciamento, que tem ficado aquém das expectativas. A cultura do Terceiro Setor no Brasil é forte em voluntarismo e fraca no aspecto profissional. Nos centros religiosos, prevalece o espírito da caridade, como é próprio que o seja. Pouco se aproveita, contudo, da competência presente entre os membros do culto. [...] Resulta que o imenso esforço acumulado pelas boas intenções produz resultados muito aquém do que seria possível e desejável. Resulta, ainda, um acúmulo de frustrações. Cresce a expectativa em relação ao Terceiro Setor, multiplicam-se as oportunidades, mas a resposta não corresponde. (RITS, 2008) Segundo Salvatore (2004), a deficiência de gestão do terceiro setor no Brasil deve-se ao histórico do setor no país, focado em aspectos sociais, no atendimento das necessidades de seu público-alvo, deixando de lado aspectos administrativos e de gestão, considerados meramente como burocracia para atender às exigências do setor público, seu principal financiador. Essa herança histórica justificaria, inclusive, a dependência que o terceiro setor teria do Estado, sem o qual não se sustentaria, de acordo com o autor.

23 23 Teodósio e Resende (1999) apontam que vários autores defendem a necessidade de profissionalização dos indivíduos que atuam no terceiro setor, principalmente dos gestores. Para os autores, os gestores do terceiro setor são vistos como pessoas persistentes e comprometidas com o objetivo da organização, cabendo a eles a busca de alternativas e soluções para a sustentação da empreitada. No entanto, os objetivos propostos pelas instituições do setor seriam mais facilmente atingidos se as pessoas que nelas desempenham papéis gerenciais tivessem formação sólida e domínio de técnicas administrativas, fazendo com que as práticas e políticas fossem mais sistematizadas e articuladas. Desta forma, aspectos relacionados à gestão tornaram-se cruciais para o terceiro setor. Por um lado, divulga-se a idéia de que o setor deve adotar mecanismos e instrumentos de gestão das empresas privadas, apontando assim para uma postura que entende que tudo o que é bom para a empresa privada é bom para as organizações do terceiro setor. Essa idéia criticada por Teodósio e Resende (1999) admite que o primeiro e segundo setores seriam desenvolvedores de técnicas gerenciais transferíveis para o terceiro setor através dos profissionais por eles qualificados, ou seja, ex-executivos e consultores, e pela incorporação de modelos gerenciais adotados pelos patrocinadores/mantenedores. Por outro lado, autores como Salvatore (2004) chamam a atenção para o risco de não se considerar que cada setor tem um papel na sociedade e desenvolve uma lógica própria, que define as características de administração e gestão do setor. O Estado deve se pautar pela coisa pública, tendo como objetivo o atendimento do interesse do cidadão. Assim, a lógica que permeia o setor público deve ser baseada no princípio da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência. O segundo setor tem uma lógica voltada para o interesse econômico, para a obtenção de lucro baseado em cálculo e alcance de metas técnicas e para o aumento de poder social. Já o terceiro setor se baseia em princípios como cidadania, emancipação, autonomia, diretos da população em geral e dos excluídos em especial (SALVATORE, 2004, p. 28). Segundo o autor, a lógica de gestão do terceiro setor deve ser de caráter sociológico, baseada na auto-realização, no entendimento, no julgamento ético, na autenticidade, nos valores emancipatórios e na autonomia, permitindo a inclusão de uma dimensão qualitativa, emocional e voluntária.

24 24 Confirmando essa idéia, Falconer (1999) questiona se a capacitação tradicional em gestão é capaz de apresentar as soluções para os problemas do terceiro setor, e argumenta o seguinte: Há consenso de que a formação de administradores profissionais para o terceiro setor deve ser modelada pelo perfil e demandas específicas destas organizações, e não meramente pela transposição de modelos e técnicas desenvolvidos no meio empresarial ou na administração pública (FALCONER, 1999, p. 3). O autor ressalta ainda que as funções da Teoria Clássica da Administração, que se caracterizam pelo planejamento, organização, direção e controle (TENÓRIO 5, 1997, citado por FALCONER, 1999, p. 16), são válidas para qualquer tipo de organização. Entretanto, há que se considerar as especificidades do terceiro setor, que requerem de seu profissional conhecimentos, habilidades, atitudes e valores específicos. Conforme explicitado por O Neill 6 (1998), citado por Falconer (1999), existem oito distinções fundamentais entre as organizações do terceiro setor e as organizações de outros setores, que devem ser consideradas ao se estabelecer o tipo de qualificação profissional que o terceiro setor necessita: Propósito/Missão: Ganhar dinheiro, para as organizações sem fins lucrativos, é subsidiário ao propósito de prover algum bem ou serviço; enquanto para as empresas privadas, a provisão de produtos ou serviços tem por objetivo gerar dinheiro. Valores: Todas as organizações têm valores próprios, mas em nenhum setor os valores são tão centrais ao propósito quanto no terceiro setor. Aquisição de Recursos: Empresas normalmente obtêm recursos através da venda de produtos e serviços; órgãos governamentais obtêm a maior parcela de seus recursos através de impostos. Organizações do terceiro setor recebem dinheiro das mais variadas fontes: vendas de serviços, doações de indivíduos, grants de fundações, empresas e do governo, resultados de investimentos patrimoniais etc. A aquisição de recursos no terceiro setor é, portanto, uma tarefa altamente complexa e demandante de uma variedade de técnicas e conhecimento. Bottom Line (resultado): No terceiro setor não há a mesma clareza existente no mercado quanto ao que representa um bom resultado e quais são os melhores indicadores de eficiência e eficácia. Ambiente Legal: A legislação que incide sobre o terceiro setor difere significativamente das leis dos outros setores, particularmente no que diz respeito à aplicação dos recursos e à tributação. 5 TENÓRIO, Fernando G. (Org.). Gestão de ONGs: principais funções gerenciais. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, O NEILL, Michael; FLETCHER, Kathleen (Eds.). Nonprofit management education: U.S. and world perspectives. Westport: Praeger, 1998.

25 25 Perfil do Trabalhador: No terceiro setor, uma parcela do trabalho é realizada por voluntários não remunerados. O tipo de atividade realizada, o nível de qualificação dos trabalhadores e a forma de remuneração diferem no terceiro setor da realidade do Mercado e do Estado. Governança: A estrutura de poder e tomada de decisão no terceiro setor atribui um papel importante ao conselho da entidade, formado por voluntários que não devem se beneficiar dos resultados da organização. A relação entre o conselho e o corpo profissional tende a ser mais próxima do que ocorre no Estado e no Mercado. Complexidade Organizacional: O Neill argumenta que uma nonprofit é tipicamente mais complexa do que uma organização empresarial, no tipo e variedade de serviços prestados, na relação com múltiplos públicos, na dependência de fontes variadas de recursos e outras dimensões. Teodósio (2001a), por sua vez, também identifica algumas peculiaridades na estrutura e gestão das organizações do terceiro setor. Tais organizações possuem estruturas mais enxutas devido à carência de recursos financeiros, o que também potencializa a utilização de mão-deobra voluntária que se diferencia por ser altamente motivada pelos objetivos sociais e engajada no modelo de gestão participativo. A maior proximidade com o beneficiário facilita a execução de seus objetivos, pois muitas organizações do terceiro setor nasceram da própria associação dos beneficiários, visando sanar os problemas sociais. Outra particularidade dessas organizações é a sólida imagem institucional junto à comunidade. Para superar suas limitações operacionais, as organizações do terceiro setor formam parcerias com outras instituições que atuam no mesmo setor (ação em rede), trocando informações, recursos e metodologias. Ao mesmo tempo, a atuação em rede não elimina a alta competitividade entre elas por busca de recursos financeiros, parcerias e reconhecimento social. Teodósio (2001a) defende que, ao adotarem técnicas gerenciais oriundas das empresas privadas, as organizações do terceiro setor devem estar atentas para não perderem o foco nas transformações sociais mais amplas, perdendo-se na execução de objetivos de curto prazo como alternativa para seu fortalecimento. Alguns conceitos e pressupostos da gestão privada podem apresentar distorções quando aplicados na esfera social, como os termos cliente, usuário e conceitos como critérios de rentabilidade operacional. Na verdade, no terceiro setor não há cliente ou usuário e sim cidadão-beneficiário, o que incorpora a idéia de cidadania. Por sua vez, critérios que levam em consideração a metodologia utilizada na intervenção social, tomando como referência o bem público e a cidadania, ocupam o lugar da rentabilidade operacional (alta utilização/elevado número de

26 26 atendimentos). Dessa forma, cabe ao terceiro setor conciliar os modelos e ferramentas gerenciais das organizações privadas com as perspectivas sociais, políticas e legais. A habilidade de articulação e de negociação desse setor é um seu atributo mais importante do que a agressividade e a competitividade no alcance de metas. Os conflitos entre lógicas de gestão próprias aos diferentes setores surgem sobretudo em parcerias com o Estado ou com empresas, aos quais as organizações do terceiro setor recorrem a fim de garantir sua sustentabilidade financeira. A dificuldade se apresenta porque os parceiros de organizações do terceiro setor cobram os resultados segundo suas perspectivas. Assim, as empresas privadas vêem os projetos sociais como produtos, e os órgãos da esfera governamental lidam com números, estatísticas, o que é próprio das políticas públicas. Isso faz com que a mensuração dos resultados no terceiro setor acabe se dando segundo a visão do parceiro (RITS, 2008), o que pode comprometer e mesmo descaracterizar o trabalho realizado originalmente por aquela organização de fins sociais. O exposto acima cria um descompasso na atividade das organizações não lucrativas. Muitas vezes financiadas por empresas privadas, ou mesmo pelo governo, elas devem reportar o resultado de suas atividades de acordo com uma lógica econômico-financeira, ao passo que sua atividade cotidiana é voltada para a promoção social. O resultado é a constatação de uma grande complexidade na gestão das organizações do terceiro setor, pois a desconsideração dos parâmetros de avaliação pode comprometer os recursos obtidos para sustentar os projetos desenvolvidos, ao mesmo tempo em que a desconsideração dos objetivos de promoção social pode causar atritos entre o corpo gerencial e o corpo voluntário (TEODÓSIO, 2001a). No entanto, Veltz e Zarifian 7 (1993, apud TEODÓSIO; RESENDE, 1999) ressaltam que a assimilação de tecnologias de gestão não se dá de maneira imutável ou homogênea, pois ela é construída na interação entre os diversos atores organizacionais, de onde surgem diferentes percepções, posicionamentos e ações que embasam novos modelos de gestão, que estão sempre inacabados. Por outro lado, Salvatore (2004, p. 33) afirma que o terceiro setor é heterogêneo e complexo. Por isso ele acredita que não há possibilidade de se definir um sistema único de gestão apropriado para o setor como um todo, devido à diversidade das 7 VELTZ, Pierre; ZARIFIAN, Philippe. Vers de nouveaux modèles d organization?, Sociologie du travail, v. 35, n.1, 1993.

27 27 organizações não governamentais em sua composição, porte, organização, finalidade e forma de funcionamento Problemas e desafios enfrentados por organizações do terceiro setor Os problemas enfrentados pelas organizações do terceiro setor variam de acordo com a perspectiva de análise. De acordo com Falconer (1999), existem quatro perspectivas que devem ser consideradas ao se analisar as dificuldades do terceiro setor: stakeholder accountability, sustentabilidade, qualidade de serviços e capacidade de articulação. No que se refere à stakeholder accountability, Falconer ressalta a necessidade de transparência e do cumprimento de prestação de contas aos diversos públicos interessados na organização do terceiro setor, não apenas através da publicação de relatórios, mas da postura responsável mantida no cotidiano das organizações, tanto em relação ao público interno quanto em relação ao público externo. Demonstrar posições claras e resultados concretos faz com que as organizações se legitimem perante a sociedade, eximindo-se dos escândalos que já destruíram inúmeras organizações do terceiro setor. Mais que um valor, a accountability tende a estabelecer-se com estratégia competitiva (FALCONER, 1999, p. 18). Quanto à sustentabilidade, Falconer (1999) esclarece que se trata da capacidade de gerar recursos financeiros, materiais e humanos suficientes e de forma contínua, bem como geri-los de maneira eficiente, a fim de garantir o alcance dos objetivos pretendidos e a perpetuidade da organização. Em conformidade com essa afirmativa, Teodósio (2001a) adverte que uma das maiores dificuldades encontradas pelas organizações do terceiro setor é a obtenção de recursos. Aquelas que mantêm maior credibilidade junto à sociedade conseguem mais autonomia na execução de seus projetos sociais, e geralmente seus recursos são obtidos através de doações e mesmo através da comercialização de produtos ligados à sua atividade. Entretanto, Teodósio (2001a) alerta para o fato de que, no caso da comercialização de produtos, torna-se necessário estar atento para que não se despenda maior energia na sobrevivência organizacional do que no atendimento das demandas sociais, o que é um fenômeno muito freqüente nas organizações de fins sociais.

28 28 A gestão da mão-de-obra voluntária, dificuldade que se relaciona à sustentabilidade do terceiro setor, particularmente à gestão dos recursos humanos envolvidos em organizações desse tipo, é ressaltada por Teodósio (2001a). Como solução para os problemas financeiros que as organizações do terceiro setor enfrentam, parte da mão-de-obra remunerada é substituída pelo trabalho voluntário. Entretanto, essa é uma solução que apresenta severas implicações, pois o gerenciamento dos voluntários é muito mais complexo do que o gerenciamento dos empregados. Além de a organização ter que estruturar suas atividades de acordo com a disponibilidade dos voluntários, há problemas como o absenteísmo, a falta de pontualidade, a qualidade do desempenho e a qualificação para o trabalho. Por temerem que o voluntário abandone suas atividades por não aceitar uma postura de gerenciamento, as organizações relutam em avaliá-los individualmente e em adotar estratégias de controle. A presença de trabalhadores voluntários, entretanto, não exclui o emprego de mão-de-obra remunerada, seja ela parcial, temporária ou full time. Alguns autores, conforme aponta Teodósio (2001a), defendem a idéia de utilizar voluntários apenas em tarefas de menor exigência quanto à formação profissional, ou em atividades que não comprometam o funcionamento cotidiano das organizações. Segundo o ponto de vista da qualidade dos serviços prestados, Falconer (1999) ressalta que um dos problemas que se coloca ao terceiro setor é que cada vez mais esse setor será chamado para atender a demandas de caráter público. Deve, portanto, deixar de lado a visão de caridade e filantropia voltadas a uma parcela reduzida da população, e também abandonar o sentimento de impotência diante do volume dos déficits sociais, para adotar uma postura de prestação de serviços a consumidores ou cidadãos conscientes de seus direitos. O aprimoramento da qualidade deve ser um objetivo contínuo de tais organizações. Finalmente, ao abordar a capacidade de articulação como um problema enfrentado pelo terceiro setor, Falconer (1999) ressalta que as organizações desse setor não poderão atuar de forma isolada, como anteriormente, se pretendem tratar de forma séria os problemas sociais: é necessário articulação em rede. Falconer (1999), citando Lester Salamon 8 (1998), afirma que o desafio fundamental do terceiro setor não é simplesmente o aperfeiçoamento da gestão, mas 8 SALAMON, Lester M. Nonprofit management education: a field whose time has passed?. In: O NEIL, Michael; FLETCHER, Kathleen (Eds.), Nonprofit management education: U.S. and world perspectives. Westport: Praeger, 1998.

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