PLANEJAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DE NEGOCIAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS DIANTE DA NOVA REALIDADE SÓCIO-ECONÔMICA
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- Oswaldo do Amaral Fragoso
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1 PLANEJAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DE NEGOCIAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS DIANTE DA NOVA REALIDADE SÓCIO-ECONÔMICA
2 RAÍZES CULTURAIS E HISTÓRICAS DA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Alternativa para solucionar disputas não é novidade. Talvez seja moderno chamar de alternativa o que, em todos os tempos e lugares foram maneiras cotidianas e imediatas de resolver problemas entre as pessoas [...] ADR (Alternativa para Solução de Disputas) não é panacéia do século XX. É a institucionalização do que vem sendo feito desestruturada e informalmente, em matéria de solução de disputas em todos os séculos. (Teoria de Prática da Mediação de Conflitos, Maria de Nazaré Serpa) Dos chineses à época do Confúcio Busca de Soluções de Disputas Fora dos Tribunais Dos Moots das Tribos Africanas Das Pregações do Apóstolo Paulo em Carta aos Coríntios Do Surgimento do Center for Dispute Resolution
3 PRINCIPAIS CONCEITOS CONFLITO Existência de um estado de tensão; Dois agentes, movidos pela força de seus interesses, procuram reciprocamente se fazer prevalecer; Existência de incompatibilidade de interesses; Próprio da natureza dialética do homem.
4 MÉTODOS AUTOCOMPOSITIVOS DE RESOLUÇÃO DE DISPUTAS São definidos pela forma através da qual os terceiros participam das suas soluções (suscitadas e não impostas). As partes precisam ter disposição para solucionar o problema. As partes precisam aceitar um terceiro participante que as assista. NEGOCIAÇÃO ARBITRAGEM MÉTODOS AUTOCOMPOSITIVOS CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO
5 NEGOCIAÇÃO As partes ou seus representantes procuram resolver uma disputa, sem intervenção de terceiros. CONCILIAÇÃO Intervenção de um terceiro (conciliador), com a função de estabelecer a comunicação entre as partes, para levá-las a um entendimento, através da identificação do problema e possíveis soluções. ARBITRAGEM Técnica através da qual as partes submetem a um terceiro (árbitro) o poder de apresentar decisão através de uma sentença, não sujeita à homologação ou recurso no judiciário. MEDIAÇÃO Processo de negociação assistido por um terceiro (mediador), escolhido pelas partes, com a finalidade de possibilitar a solução de um conflito.
6 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA NEGOCIAÇÃO ÁRBITRO CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO PARTE A DECIDE CONFLITO CONCILIADOR SUGERE SOLUÇÃO PARTES CONFLITANTES SUGEREM SOLUÇÕES PARTE B AS PARTES ACEITAM OU NÃO MEDIADOR FACILITA O DIÁLOGO E ORGANIZA AS SUGETÕES APRESENTADAS
7 EVOLUÇÃO DOS MODOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NO BRASIL Decreto nº 1.637, de 5 de janeiro de 1907 Art 8º previa os Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem CLT, de 01de maio de 1943 Atribuiu caráter obrigatório à negociação coletiva Decreto-Lei nº 229 de 2de fevereiro de 1967 Alterou o Art. 616 da CLT. Estabeleceu as primeiras atividades mediadoras do MTE Portarias MTb nº 3097 e 3122, de 1998 Disciplinaram os procedimentos para a composição dos conflitos individuais e coletivos de trabalho. A SERET publicou os manuais de Mediação de Conflitos Individuais e do Mediador.
8 Decreto nº 1.572, de 28 de julho de 1995 Regulamenta a mediação coletiva e atribui competência ao MTE para fornecer a infraestrutura técnico-admistrativa para o exercício desta atividade. Lei nº 9.099/ 1995 Institui os Juizados Especiais Lei nº 9.307/ 1996 Regulamentação da arbitragem no Brasil Introdução e consolidação da Mediação Pública como instrumento de harmonização das relações de trabalho Elaboração do Manual de Mediação Judicial Lançado pelo Ministério da Justiça
9 MEDIAÇÃO TÉCNICA AUXILIAR DA NEGOCIAÇAO COLETIVA Advento da Lei , de 19 de dezembro de 2000 (dispõe sobre a participação de trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas) + Lei 10192, de 02 de fevereiro de 2001 (regulamentou medidas complementares ao Plano Real. A mediação na negociação coletiva inseriu-se definitivamente no ordenamento jurídico brasileiro
10 MEDIAÇÃO PRINCÍPIOS BENEFÍCIOS Autonomia da vontade Não-adversidade Confiabilidade Informalidade Autonomia na decisão final Celeridade Voluntariedade Efetividade Baixo Custo Sigilo Instrumento de TRANSFORMAÇÃO no comportamento e nas relações entre conflitantes PAZ SOCIAL NÃO VIOLÊNCIA + EXIGÊNCIA E CONCRETIZAÇÃO DE DIREITOS
11 MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA CF/ 88 Ampliação dos direitos coletivos e difusos Judiciário implantação de mecanismos alternativos para resolução de conflitos Normatização ADR (alternativa para solução de disputas) + Nova modalidade de mediação COMUNITÁRIA SOCIAL ou POPULAR Governo + Sociedade Civil Núcleos de Mediação
12 MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA E AS NOVAS RELAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO - Novas -Novas relações de trabalho nas comunidades periféricas. -Aplicação de realidade meios alternativos eficientes que possam contemplar esta Fragilidade a constituição da empresa (informal, familiar, desorganizada. O empregado não tem carteira assinada, nem condições dignas, não contribui para a seguridade social. Proliferamento de cooperativas de trabalho. Prestação do serviço, além do autoemprego (mascara o subemprego).
13 EXEMPLO PRÁTICO - MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA NA BAHIA Organização JUSPOPOLI ESCRITÓRIO DE DIREITOS HUMANOS OBJETIVO: A construção de uma cultura de direitos humanos, promovendo meios para fortalecimento da cidadania. SERVIÇOS: Orientações jurídicas Capacitação de mediadores populares Oferta de cursos de mediação de conflito A JUSPOPOLI utilizou pela primeira vez a terminologia MEDIAÇÃO POPULAR. Propiciou a implantação de escritórios populares de mediação - primeiramente em bairros periféricos de Salvador e, posteriormente, em cidades do interior.
14 MEDIAÇÃO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO Mesa redonda conduzidas pelos mediadores públicos regionais Via preferencial de solução de conflitos inerentes ao mundo do trabalho
15 ESTATÍSTICAS MTE MEDIAÇÕES COLETIVAS % ACORDOS FIRMADOS 12 MILHÕES DE TRABALHADORES DIRETAMENTE BENEFICIADOS
16 DIÁLOGO PREVENTIVO E AMIGÁVEL ENTRE EMPREGADORES E EMPREGADOS A FIM DE SOLUCIONAR CONFLITOS TRABALHISTAS MEDIAÇÃO MTE APROXIMA AS PARTES CONFLITANTES E APRESENTA ALTERNATIVAS QUE BENEFICIE AMBAS RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DE FORMA NEGOCIADA, SEM IMPOSIÇÃO DE SANÇÃO OU MECANISMOS COERCITIVOS RESOLUÇÃO PACÍFICA = GANHO SOCIAL (EVITA GREVES E REDUZ DEMANDAS JUDICIAIS)
17 CONVENÇÕES DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO - OIT 98 E 154 Estabelecem diretrizes para o fortalecimento da mediação em negociações coletivas, recomendando a adoção de mecanismos de negociação voluntária entre, de um lado, empregadores ou organizações de empregadores e, de outro, a organizações e trabalhadores. A Negociação Coletiva cumpre função social, econômica e jurídica, uma vez que permite às decisões negociadas, flexibilidade em relação ao processo legislativo, adaptando-se ao processo produtivo com atendimento a especificidade da economia regional.
18 SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO DA BAHA TEL: ISAS.DRTBA@MTE.GOV.BR
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