Aglomerados de Galáxias

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Victor Vinícius Lobo
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1 Aglomerados de Galáxias As estrelas estão reunidas em aglomerados estelares e em estruturas maiores que chamamos de galáxias. Por sua vez as galáxias interagem gravitacionalmente formando grupos e aglomerados de galáxias, e nestes aglomerados pode haver muitas ou poucas galáxias. Espécies de Galáxias: De acordo com o esquema de classificação proposto por Hubble, as galáxias dividemse em três tipos principais: elípticas, espirais e irregulares. Elípticas Espirais Irregulares Nos aglomerados, existem mais galáxias elípticas, e as poucas espirais são sistemas sem gases e sem estrelas jovens. Estrutura hierárquica de sistemas de Galáxias Muitas se encontram em pares, uma galáxia orbitando uma outra, em trios, quartetos e assim por diante. Os agrupamentos de galáxias podem ser divididos segundo o número de membros: Pares de Galáxias - quando há duas galáxia orbitando uma a outra; Grupos de Galáxias - no caso de haverem mais que três e até cerca de uma dezena de galáxias; Aglomerados Pobres ou Aglomerados (clusters) - quando há entre algumas dezenas à algumas centenas de galáxias; Aglomerados Ricos ou Super Aglomerados (superclusters) quando há várias centenas de galáxias.

cd: o cluster (aglomerado) é dominado por uma galáxia cd

B: o aglomerado binério é dominado por um par de galáxias

L: da linha de pelo menos três das mais brilhantes galáxias

C: quatro ou mais dos dez mais brilhantes galáxias se

distribuiçãoachatada no céu (exemplo: A2151 (Hércules)).

2 cd: o cluster (aglomerado) é dominado por uma galáxia cd central (exemplo:a2199). B: o aglomerado binério é dominado por um par de galáxias luminosas (exemplo: A1656 (Coma)). L: da linha de pelo menos três das mais brilhantes galáxias parecem estar em uma linha reta (exemplo: A426 (Perseus)). C: quatro ou mais dos dez mais brilhantes galáxias se formamum núcleo de cluster,comseparações galáxia comparável (exemplo: A2065 (CoronaBorealis)). F: flat- os mais brilhantes galáxias formam uma distribuiçãoachatada no céu (exemplo: A2151 (Hércules)). I: irregular, a distribuição das galáxias mais brilhantes é irregular,sem centro ou núcleo óbvio (exemplo: A400). A (COMA) A426 (PERSEUS) A2065 (CORONA BOREALIS) A2151 (HERCULES) A400

3 Grupo Local O Grupo Local é o grupo de galáxias que inclui nossa Galáxia, a Via-Láctea. O grupo abrange mais de 30 galáxias, com o centro gravitacional localizado entre a Via-Láctea e a Galáxia de Andrômeda. Principais processos físicos em Aglomerações de Galáxias Fusão: acontece quando duas galáxias de tamanho comparável se juntam, fundindose em uma só. Canibalismo: acontece quando uma galáxia, literalmente, 'engole' uma companheira de muito menor tamanho.

Lente Gravitacional: a lente gravitacional forma-se devido a presença de um campo gravitacional suficientemente intenso que desvia a trajetória da luz.

O efeito da lente gravitacional permite determinar a massa do aglomerado de galáxias e propriedades da galáxia distante.

4 Lente Gravitacional: a lente gravitacional forma-se devido a presença de um campo gravitacional suficientemente intenso que desvia a trajetória da luz. Essa difração da luz ocorre quando a luz de uma galáxia distante passa através de um aglomerado. O efeito da lente gravitacional permite determinar a massa do aglomerado de galáxias e propriedades da galáxia distante. Emissão de Raios-X: É observado em muitos aglomerados a emissão de raios-x, porém essa emissão não provem das galáxias, mas de um gás tênue que se encontra entre elas e permeia todo o aglomerado, chamado gás intra-aglomerado. Este gás foi formado originalmente pelo material que sobrou durante a fase de formação das galáxias, após o Big Bang.

5 Determinação das Massas de Aglomerados e a Matéria Escura TEOREMA DE VIRIAL: v 2 = 3R 2, onde r é a dispersão de velocidade radial, e RG = / 2bG b ij é a separação projetada de galáxias i e j. Alternativamente, RGpode ser calculado a partir de um ajuste para a distribuição de galáxias ou da contagem de filamentos de galáxias. Astrofísicos, no ato de determinar a massa das Galáxias a partir da luminosidade por elas emitida, perceberam que ao aplicar o Teorema de Virial para uma mesma galáxia, existia um valor bem diferente, ou seja, pelo Teorema de Virial, era encontrada uma massa muito maior que a encontrada a partir da luminosidade. A idéia proposta é de que essa variação de massa, seria uma matéria que não emite luz e que apenas interage gravitacionalmente, a Matéria Escura (dark matter). A matéria escura compõe cerca de 23% da densidade de energia do universo. Universo em Grande Escala Usando a Lei de Hubble podemos estudar a distribuição espacial de galáxias no Universo. Uma amostra grande de galáxias foi estudada nos últimos anos com o objetivo de mapear o Universo "cartograficamente". Um grande número de redshifts e medidas de distância de galáxias dentro de um raio de 200 Mpc da nossa Galáxia foram feitas por um grupo de astrônomos da Universidade de Harvard. Os primeiros resultados deste estudo já deixaram claro que a distribuição de galáxias em grandes escalas não é aleatória, elas estão distribuídas em planos e filamentos que circundam grandes vazios. Alguns "vazios" chegam a medir 100 Mpc. A melhor explicação para a existência destes filamentos e vazios é que o Universo seja formado de várias "bolhas" na superfícies das quais estão distribuídas as galáxias. Os aglomerados mais densos e os superaglomerados seriam formados nas superfícies de contato de duas ou mais "bolhas".

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