PRECEDENTE JUDICIAL 31/07/ Qual é o problema que temos hoje que tem conexão com os precedentes judicias?
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- Luiz Eduardo Castilhos
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1 ESTÁCIO-CERS PRECEDENTE JUDICIAL Luiz Henrique Volpe Camargo 1. Qual é o problema que temos hoje que tem conexão com os precedentes judicias? 2. A distinção entre acórdão, jurisprudência, enunciado de súmula e precedente 3. Argumentos favoráveis à valorização e o respeito aos precedentes no Brasil Favoráveis Tratamento igualitário Previsibilidade e segurança jurídica Agilidade na entrega da prestação jurisdicional Desestímulo à litigância judicial e à utilização de recursos Mais qualidade na prestação jurisdicional Garantia da confiança no trabalho dos juízes e da unidade no direito 4. Argumentos contrários à valorização e o respeito aos precedentes no Brasil Contrários Engessamento Comprometimento da autonomia ou da independência funcional do juiz Ferimento à regra da separação dos poderes 5. A identificação do padrão decisório a ser seguido Onde consultar em primeiro lugar? Observância da estrutura piramidal que advém da Constituição Federal Organização dos julgados em cada tribunal O grau de vinculação (forte ou fraca) (efetiva ou virtual) (vinculação ou persuasão) Necessidade de ler, entender, interpretar e aplicar 1
2 6. A necessidade de mudança de postura de advogados e julgadores Crítica à prática da indiscriminada reprodução de ementas; A substituição da quantidade pela qualidade (influência a partir da origem do padrão decisório); Necessidade do bom exemplo por parte de quem tem o dever de criar o padrão decisório; Necessidade de observar e dar continuidade à sequência de decisões no mesmo sentido (integridade, coerência e estabilidade); Aplicar o padrão decisório já em 1º grau; Aceitar a aplicação do padrão decisório já em 1º grau; Punir quem recorre sem alegação legítima de distinção ou superação. 7. As técnicas para legitimamente aplicar a tese firmada em precedente judicial O que possui eficácia vinculante em um precedente (ratio decidendi ou holding) O que não possui eficácia vinculante em um precedente (obiter dicta ou gratis dicta) 8. As técnicas para legitimamente não aplicar a tese firmada em precedente 9. A revogação de precedente e a necessidade de modulação de efeitos Efeitos retrospectivos (ex tunc) Distinção (distinguishing) Superação ou revogação do precedente (overruling) Efeitos prospectivos (ex nunc) Efeitos para o futuro (pro futuro) Art Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente. 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante. 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação. Art Os juízes e os tribunais observarão: I as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; II os enunciados de súmula vinculante; III os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivase em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; IV os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; V a orientação do plenário ou do órgão especial a os quais estiverem vinculados. 2
3 1 o Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, 1 o, quando decidirem com fundamento neste artigo. 2 o A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese. 3 o Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica. 4 o A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia. 5 o Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede mundial de computadores. Art o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. II DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO Art Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. TÍTULO III DA TUTELA DA EVIDÊNCIA Art A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano oude risco ao resultado útil do processo, quando: II as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. I DA APELAÇÃO Art A apelação terá efeito suspensivo. 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: V confirma, concede ou revoga tutela provisória; 2º Nos casos do 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. Seção III Da Remessa Necessária Art Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão pelo tribunal, a sentença: 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I súmula de tribunal superior; depois de confirmada II acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 3
4 DOS PODERES DO RELATOR Art Incumbe ao relator: IV negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; Seção II Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: VII interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. V DO AGRAVO INTERNO Art Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. Subseção II Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos Art Publicado o acórdão paradigma: I o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do tribunal superior; II o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior; III os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior; IV se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. CAPÍTULO VIII DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS Art Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada: 2º Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido, permitido ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. Subseção II Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos Art Publicado o acórdão paradigma: IV se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência regulador a competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. 2º Estão excluídos da regra do caput: I as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos; 4
5 Dispensa de caução Art A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:. IV a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos. 5
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