Caso Clínico: análise do filme Dragão Vermelho

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1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Psicologia Carla Vanessa da Silva Ivani Brys Lis Guimarães Caso Clínico: análise do filme Dragão Vermelho Psicopatologia I Marta D Agord & Volmir Mielczarski dos Santos Porto Alegre Julho de 2006

2 Apresentação do Caso A partir de elementos apresentados no filme, foi possível construir um entendimento acerca do caso Dragão Vermelho. O senhor D, personagem do filme, é uma pessoa visivelmente tímida, retraída e fala muito pouco. Durante todo o filme, ele relaciona-se afetivamente somente com uma colega de trabalho, pela qual, apaixona-se. Ele mora sozinho na casa onde viveu na infância com sua avó, quem o criou. Ao longo do filme, aparecem cenas, a partir das quais, é possível supor que o personagem tem alucinações que remetem a acontecimentos de sua infância, em especial o relacionamento com sua avó. Nesses momentos, não aparecem imagens, somente a voz dele e da avó, indicando uma possível alucinação auditiva. A avó, dizendo nunca ter visto uma criança tão suja e nojenta, ameaça cortar o seu pênis por ele ter urinado na cama. Ao chamá-lo de animalzinho imundo, demonstra uma rejeição, dizendo que deveria ter colocado-o em um orfanato. O personagem guarda, em um cofre, um grande diário. Em sua primeira página, está escrita a frase: Contemple o Dragão. Dentro desse diário, existem recortes de notícias de jornal sobre crimes cometidos por Hannibal Lecter, descrito como um canibal. Esse serial killer cometera vários assassinatos, usando partes dos corpos de suas vítimas para fazer receitas de culinária. Além disso, há vários desenhos, um deles retrata uma mulher batendo em um menino nu. Há também uma foto de sua avó e uma dele, quando criança. Sua foto está riscada na parte dos olhos e da boca, principalmente. O senhor D comete diversos crimes de forma bastante cruel, que chamam muito a atenção. Ele mata famílias inteiras premeditadamente. Mata primeiramente o pai, fere a mãe, mas deixa-a momentaneamente viva para que assista aos assassinatos. Em seguida, mata as crianças e carrega seus corpos até o quarto dos pais. Coloca, então, pedaços quebrados de espelho nos olhos das vítimas para fazê-los parecer vivos e estupra a mulher. Além das famílias, o personagem mata um repórter, que fala de forma provocativa em seu jornal sobre o Dragão Vermelho, dizendo, entre outras coisas, que ele seria impotente. Mata também um colega de trabalho, por ciúmes da moça por quem está apaixonado. Essas duas mortes parecem se diferenciar das outras por não envolverem o mesmo ritual descrito acima. Por se tratar de um filme, temos em nosso trabalho algumas limitações no que diz respeito aos dados necessários para uma completa avaliação. Em função da forma como o caso é enunciado, não temos o depoimento e o contato com o paciente, nem uma descrição do caso por um especialista.

3 Exame do Estado Mental Conforme já foi mencionado, por se tratar do personagem de um filme, as questões do protocolo de avaliação do estado mental referentes à entrevista e ao contato com o examinador não podem ser consideradas. No entanto, os dados obtidos a partir do filme podem dar informações sobre o personagem. Com relação às funções mentais, algumas inferências podem ser feitas com o auxílio do Protocolo de Rotina de Avaliação dessas funções, proposto pelo Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da UFRGS. Pode-se supor que o personagem apresenta uma alteração qualitativa de consciência (Dalgalarrondo, 2000) do tipo dissociação da consciência, com a perda da unidade psíquica do ser humano. A dissociação pode ser vista como estratégia defensiva para lidar com a ansiedade. Porém, não apresenta alterações quantitativas, como no sono, por exemplo. Por outro lado, a atenção parece normal. O personagem assiste as fitas domésticas das famílias vítimas, mantendo o foco, assim como escreve um diário e cola recortes de jornais sobre crimes. Não parece apresentar distração ou desatenção. Pensando na sensopercepção, o personagem tem a capacidade de perceber e interpretar os estímulos dos órgãos dos sentido. Ele não apresenta ilusões. Todavia, apresenta alucinações auditivas complexas (Dalgalarrondo, 2000). O personagem fala e ouve o Dragão Vermelho. Sua orientação não apresenta problemas, ele se localiza no tempo e no espaço. A memória não aparenta sofrer alterações, tais como amnésia. No entanto, não podemos afirmar se haviam alterações qualitativas da memória como ilusões mnemônicas, fabulações, etc. Ele recorda de cenas da infância, inclusive uma em que a avó briga com ele, assim como lembra das mortes das famílias. Também, não é possível avaliar a inteligência, pois não temos nenhum dado sobre a escolaridade do personagem, só sabemos que ele sabe ler e escrever. Além disso, ele tem algum conhecimento técnico sobre o seu trabalho na produtora de filmes. Quanto à afetividade e ao humor, o personagem apresenta uma expressão sempre séria e fechada, com o afeto embotado durante grande parte do filme com exceção do relacionamento com uma moça deficiente visual, cujo tom é de tristeza, já que tem que protegê-la do Dragão não comenta o que sente. Contudo, não parece que o afeto está inapropriado ao tipo de pensamento com relação à transformação que irá fazer (de homem para Dragão). Ele apresenta ainda raiva, hostilidade, afeto deprimido, tristeza, baixa autoestima, mas sem culpa ou desesperança, justamente por acreditar no bem da transformação.

4 O pensamento mantém uma certa lógica e encadeamento, porém o conteúdo não apresenta conexão com a realidade. Isso quer dizer que ele não está se transformando realmente no Dragão, nem que o Dragão existe no sótão de sua casa, onde ele tem o quadro. Ou seja, o personagem tem prejuízo no teste de realidade e no juízo crítico. O importante é que as suas idéias podem apresentar perigos e riscos para ele e para outras pessoas. Além disso, seu pensamento expressa idéias supervalorativas, delirantes, persecutórias, de grandeza e de infidelidade. Retomando sobre o seu juízo crítico, o personagem não apresenta a capacidade de perceber e avaliar adequadamente a realidade, nem a capacidade de se auto-avaliar, obtendo uma visão realista de si mesmo, com suas dificuldades e qualidades. O que está muito ligado com a sua conduta, observável através dos seus comportamentos. Os homicídios, a admiração por outro serial killer canibal, além de comportamentos não tão desviantes, como a diminuição das habilidades sociais e isolamento social. O que dificulta também a avaliação de sua linguagem. Ele se comunica pouco, é contido, não gosta de falar, se diz tímido, o que pode estar ligado à baixa auto-estima devido à cicatriz do rosto. Por fim, a avaliação de suas funções psicofisiológicas também é bastante difícil, devido à falta de indícios no filme. Por exemplo, tanto o sono, como o apetite não parecem estar modificados. Já, quanto a sua sexualidade, surgem questões interessantes. O personagem estupra as vítimas - não se sabe, exatamente, se vivas ou mortas. Ele também parece se excitar vendo os vídeos das famílias vítimas. Processos No que diz respeito aos processos observados no caso Dragão Vermelho, dois mecanismos de defesa merecem atenção especial. O primeiro deles é a projeção, mecanismo através do qual, aquilo que é doloroso, é sentido como não pertencente ao eu, ou seja, é projetado em algo exterior a esse eu. Segundo Fenichel (1966), a projeção seria o mecanismo de maior intensidade na paranóia, por meio de delírios persecutórios. O sujeito projetaria para o mundo exterior, idéias, conflitos, temores e desejos, insuportáveis para o seu mundo interno. Ao fazer isso, ele também deformaria o conteúdo projetado, invertendo, algumas vezes, o afeto associado (Freud, 1922/1987).

5 No caso estudado, o personagem pode estar projetando para o mundo externo características suas que não consegue suportar. A responsabilidade pela crueldade com que executa os crimes no decorrer do filme, bem como a sua imagem de monstro estariam sendo projetadas, por meio de um delírio, no dragão a que se refere e, cujos atos chega a temer em determinado momento. O personagem é mostrado no filme ora como homem solitário, ora como serial killer. O outro mecanismo observado é a introjeção. Por meio dele, elementos prazerosos seriam introjetados pelo sujeito, como se passassem a fazer parte do eu. A introjeção está relacionada à identificação, no sentido em que ela aconteceria como resultado dessa última (Fenichel, 1966). Ou seja, características do mundo externo, com as quais o sujeito se identifica, seriam introjetadas por ele para seu mundo interno. No caso apresentado pelo filme, o personagem poderia estar identificado com as suas vítimas, famílias no modelo em que gostaria de ter, buscando introjetar algumas de suas características na medida em que as assassinava. Nesse sentido, ele pode ser comparado a um canibal, que devora o inimigo para se apropriar de suas características. Dessa forma, a identificação se comportaria como um derivado da fase oral, primeira fase da organização da libido. Nela, o objeto prezado é assimilado e aniquilado através da ingestão (Freud, 1921/1987). Ao mesmo tempo, pode-se supor que a admiração do personagem por Hannibal (outro serial killer) também se trata de uma forma de identificação. Nesse caso, ela atuaria para moldar o ego segundo o aspecto considerado modelo. Nesse sentido, o personagem estaria tomando as características desse modelo como pertencentes de seu mundo interno, através da introjeção. Características de Classificação Diagnóstica São descritos, a seguir, os critérios diagnósticos propostos pela Classificação de Doenças Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV) e pela Classificação Internacional de Transtornos Mentais da Organização Mundial da Saúde (CID-10) para Esquizofrenia do Subtipo Paranóide. É apresentada também, a descrição do Transtorno Delirante para diferenciar a hipótese diagnóstica.

6 DSM-IV Critérios Diagnósticos para Esquizofrenia A. Sintomas característicos: Dois (ou mais) dos seguintes, cada qual presente por uma porção significativa de tempo durante o período de 1 mês (ou menos, se tratados com sucesso): (1) delírios (2) alucinações (3) discurso desorganizado (por ex., freqüente descarrilamento ou incoerência) (4) comportamento amplamente desorganizado ou catatônico (5) sintomas negativos, isto é, embotamento afetivo, alogia ou avolição Nota: Apenas um sintoma do Critério A é necessário se os delírios são bizarros ou as alucinações consistem de vozes que comentam o comportamento ou os pensamentos da pessoa, ou duas ou mais vozes conversando entre si. B. Disfunção social/ocupacional: Por uma porção significativa do tempo desde o início da perturbação, uma ou mais áreas importantes do funcionamento, tais como trabalho, relações interpessoais ou cuidados pessoais, estão acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início (ou, quando o início dá-se na infância ou adolescência, fracasso em atingir o nível esperado de aquisição interpessoal, acadêmica ou ocupacional). C. Duração: Sinais contínuos da perturbação persistem por pelo menos 6 meses. Este período de 6 meses deve incluir pelo menos 1 mês de sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que satisfazem o critério A (isto é, sintomas da fase ativa) e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados no Critério A presentes de uma forma atenuada (por ex., crenças estranhas, experiências perceptuais incomuns). D. Exclusão de Transtorno Esquizoafetivo e Transtorno do Humor: O Transtorno Esquizoafetivo e o Transtorno do Humor com Aspectos Psicóticos foram descartados, porque (1) nenhum Episódio Depressivo Maior, Maníaco ou Misto ocorreu concomitantemente aos sintomas da fase ativa; ou (2) se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve relativamente à duração dos períodos ativo e residual. E. Exclusão de substância/condição médica geral: A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento) ou a uma condição médica geral. F. Relação com um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: Se existe uma história de Transtorno Autista ou um outro Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, o diagnóstico adicional de Esquizofrenia é feito apenas se delírios ou alucinações proeminentes também estão presentes por pelo menos 1 mês (ou menos, se tratados com sucesso). Classificação do curso longitudinal (pode ser aplicada apenas 1 mês após o aparecimento inicial dos sintomas da fase ativa): Episódico Com Sintomas Residuais Entre Episódios (episódios são definidos pelo ressurgimento de sintomas psicóticos proeminentes); especificar também se: Com Sintomas Negativos Proeminentes

7 Episódico Sem Sintomas Residuais Entre Episódios Contínuo (sintomas psicóticos proeminentes estão presentes durante todo o período de observação); especificar também se: Com Sintomas Negativos Proeminentes Episódio Único em Remissão Parcial; especificar também se: Com Sintomas Negativos Proeminentes Episódio Único em Remissão Completa Outro Padrão ou Padrão Inespecífico Tipo Paranóide - é atribuído sempre que existe uma preocupação com delírios ou quando alucinações freqüentes são proeminentes (a menos que Tipo Catatônico ou Tipo Desorganizado estejam presentes). Critérios Diagnósticos para F Transtorno Delirante A. Delírios não-bizarros (isto é, envolvendo situações que ocorrem na vida real, tais como ser seguido, envenenado, infectado, amado a distância, traído por cônjuge ou parceiro romântico ou ter uma doença) com duração mínima de 1 mês. B. O critério A para Esquizofrenia jamais foi satisfeito. Nota: alucinações táteis e olfativas podem estar presentes no Transtorno Delirante, se relacionadas ao tema dos delírios. C. Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de suas ramificações, o funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o comportamento não é visivelmente esquisito ou bizarro. D. Se episódios de humor ocorreram durante os delírios, sua duração total foi breve relativamente à duração dos períodos delirantes. E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento) ou de uma condição médica geral. Especificar tipo (os tipos seguintes são atribuídos com base no tema predominante do(s) delírio(s): Tipo Erotomaníaco: delírios de que outra pessoa, geralmente de situação mais elevada, está apaixonada pelo indivíduo. Tipo Grandioso: delírios de grande valor, poder, conhecimento, identidade ou de relação especial com uma divindade ou pessoa famosa. Tipo Ciumento: delírios de que o parceiro sexual do indivíduo é infiel. Tipo Persecutório: delírios de que o indivíduo (ou alguém chegado a ele) está sendo, de algum modo, maldosamente tratado. Tipo Somático: delírios de que a pessoa tem algum defeito físico ou condição médica geral. Tipo Misto: delírios característicos de mais de um dos tipos acima, sem predomínio de nenhum deles. Tipo Inespecificado.

8 CID-10 F20.0 Esquizofrenia Paranóide A esquizofrenia paranóide se caracteriza essencialmente pela presença de idéias delirantes relativamente estáveis, freqüentemente de perseguição, em geral acompanhadas de alucinações, particularmente auditivas e de perturbações das percepções. As perturbações do afeto, da vontade, da linguagem e os sintomas catatônicos, estão ausentes, ou são relativamente discretos. Esquizofrenia parafrênica Exclui: estado paranóico de involução (F22.8) paranóia (F22.0). F Transtorno delirante Transtorno caracterizado pela ocorrência de uma idéia delirante única ou de um conjunto de idéias delirantes aparentadas, em geral persistentes e que por vezes permanecem durante o resto da vida. O conteúdo da idéia ou das idéias delirantes é muito variável. A presença de alucinações auditivas (vozes) manifestas e persistentes, de sintomas esquizofrênicos tais como idéias delirantes de influência e um embotamento nítido dos afetos, e a evidência clara de uma afecção cerebral, são incompatíveis com o diagnóstico. Entretanto, a presença de alucinações auditivas ocorrendo de modo irregular ou transitório, particularmente em pessoas de idade avançada, não elimina este diagnóstico, sob condição de que não se trate de alucinações tipicamente esquizofrênicas e de que elas não dominem o quadro clínico. Delírio sensitivo de auto-referência. Estado paranóico Parafrenia (tardia) Paranóia Psicose paranóica Exclui: esquizofrenia paranóide (F20.0) personalidade paranóica (F60.0)

9 psicose paranóide psicogênica (F23.3) reação paranóide (F23.3) Hipótese de Diagnóstico Nosológico A partir dos dados obtidos através do filme, é possível supor um diagnóstico de esquizofrenia paranóide para o personagem. Cabe lembrar que, por se tratar da análise de um caso feita apenas através do filme, os dados não são suficientes para estabelecer um diagnóstico com segurança. Propõe-se, portanto, uma hipótese diagnóstica baseada no enquadramento nos critérios característicos dessa psicopatologia expostos no DSM-IV, relacionando com a caracterização do CID-10. No que diz respeito ao critério A, o personagem apresenta delírios, como por exemplo, ele acredita que se tornará um dragão ao cometer crimes e fazer uma tatuagem desse animal em seu corpo. Ele apresenta também alucinações, cujo conteúdo remete a sua relação com a avó. Por se tratar de um filme, não é possível precisar se elas são apenas auditivas ou também visuais, uma vez que não há cenas para que o espectador as visualize. Quanto ao critério B, uma das áreas de relacionamento social em que o personagem apresenta comprometimento é a de relacionamentos interpessoais. Durante boa parte do filme, ele parece ser um homem solitário, cujas relações com outras pessoas são praticamente inexistentes. Na única vez em que tem intimidade com alguém, se envolve amorosamente com uma moça deficiente visual, a qual, posteriormente, tenta matar. Sobre o que é apresentado no critério C, os dados disponíveis para o presente trabalho não permitem encontrar tais características. As informações são limitadas e não possibilitam precisar o tempo de apresentação dos sintomas. No que diz respeito ao critério D, também não há informações suficientes sobre os seus quesitos. Para o presente trabalho, optou-se por hipotetizar o preenchimento desse critério para a construção do diagnóstico. Pelo o que foi visto no filme, o personagem não fazia uso de nenhuma substância e também não apresentava nenhuma outra condição de saúde, cujas reações fisiológicas poderiam ser responsáveis por seus sintomas. Dessa forma, o critério E também é atendido. Quanto ao critério F, não há informações suficientes sobre a história pregressa do personagem, nem tampouco de sua infância. Convencionou-se, portanto, considerar o

10 atendimento a esse critério, uma vez que parece haver a presença de delírios e alucinações por um período superior a um mês. De acordo com a classificação do curso longitudinal, podemos considerá-lo do tipo Contínuo, uma vez que o filme retrata o personagem em diferentes situações e, em todas, ele parece apresentar alguns sintomas. Na maior parte do tempo, ele apresenta sintomas negativos, como embotamento afetivo. Por se tratar da ausência de delírio e discurso desorganizados e pela presença de idéias delirantes estáveis, pode-se classificar ainda a psicopatologia do personagem no subtipo Paranóide de Esquizofrenia. Frente a isso, a hipótese de Transtorno Delirante foi imediatamente descartada pelo fato de um dos critérios para o diagnóstico desse transtorno consistir na ausência de sintomas que preenchem o item A para esquizofrenia. Nesse caso, a saber, presença de delírios em conjunto com alucinações alucinações. Características de Determinação Estrutural A partir de discussões acerca do caso Dragão Vermelho, é possível supor uma estrutura psicótica, do tipo paranóide ao personagem. Para melhor compreender essa hipótese diagnóstica, o entendimento do conceito de foraclusão é essencial. Esse conceito, que teria a função de explicar o mecanismo psíquico na origem da psicose, pode esclarecer, entre outras coisas, alguns distúrbios episódicos como alucinação e delírio agudo. Essas manifestações seriam ocasionadas por uma desordem na simbolização da experiência da castração, resultado do fracasso do recalque originário (Nasio, 1995). Na psicose, não há distinção entre significante e significado, pois o princípio da simbolização não é acessado. Algo que foi foracluído jamais poderá aparecer novamente. Na foraclusão, não há julgamento de existência e nem negação, o imaginário é tomado como real. Enquanto que, o recalque opera a relação simbólica e depois a mantém no inconsciente, é o instaurador da linguagem na constituição do sujeito. Nesse sentido, o psicótico carece da dimensão simbólica e faz uso limitado da linguagem (Lemaire, 1979). Em relação à castração, ela aconteceria através do reconhecimento do pai pela mãe como sabedor das leis. Haveria uma espécie de rompimento na relação fusional entre a mãe e o seu filho, para a introdução do significante do Nome-do-Pai, abrindo novas possibilidades. Essa expressão designa a função paterna como é internalizada e assumida pela criança. Diz respeito a qualquer expressão simbólica, produzida pela mãe ou pelo filho, representando uma

11 terceira instância, a paterna, da lei da proibição do incesto. Com isso, a criança seria capaz de vivenciar a castração simbólica imposta pelo pai e encontrar o seu lugar na família (Lemaire, 1979; Nasio, 1995). Para Lacan, a foraclusão atuaria exclusivamente sobre esse significante. Se a mãe nega essa função paterna, ela impede que seu filho entenda o pai como uma autoridade que o separa dela. Quando isso acontece, a criança não tem acesso ao simbólico, pois permanece cristalizada ao imaginário inicial, que é o mesmo da mãe. O que resulta disso é uma alienação absoluta às respostas dadas pelo Outro, que é imaginário e também absoluto (Lemaire, 1979). Na psicose, a criança permanece no primeiro tempo do Édipo, quando o filho é tido como um falo. A partir do imaginário, esse filho completa a mãe. A castração, nesse caso, não acontece. A estrutura psicótica paranóide caracteriza-se por uma visão de si segundo a de outro, isto é, enquanto objeto. A formação de uma nova realidade na psicose é apontada por Lacan como mais importante do que a própria perda da realidade. Ao contrário da neurose, na paranóia, o discurso não é significante de si mesmo e, portanto, é desprovido de subjetividade. Há uma única visão das coisas, ou seja, uma fixação no imaginário e ausência de distinção entre significante e significado (Nasio, 1995). O personagem do filme parece permanecer em uma relação fusional com sua avó. Devido à impossibilidade de fazer novas inscrições, essa avó continua sendo o único Grande Outro, que não passa a estar na palavra. Portanto, o desejo do personagem surge alienado ao desejo desse Grande Outro, ele não tem novas possibilidades, senão as respostas dadas por sua avó. O Senhor D parece alienado ao Grande Outro que se apresenta a ele, conforme já foi dito, sua avó. Ela o vê como um monstrinho e é assim a única forma que ele acredita ser viso por todos. Dessa maneira, é possível pensar que inexistiu a metáfora paterna, ou seja, a substituição do desejo da mãe (no caso, da avó) por outro desejo, capaz de introduzir outras possibilidades. O personagem vive conforme o que é para sua avó, não fazendo nada além do que ela previu para ele. Portanto, seus crimes estariam relacionados ao monstro que esse sujeito é para a sua avó e seriam praticados enquanto defesa contra uma desestruturação.

12 Referências: Associação Psiquiátrica Americana - APA (1995). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM - IV. Porto Alegre: Artes Médicas. Cordioli, Aristides V., Zimmermann, Heloisa Helena & Kessler, Félix. Rotina de Avaliação do Estado Mental. Retirado em 18 de junho de 2006 de Dalgalarrondo, Paulo (2000). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: ArtMed. Fenichel, Otto (1966). Los mecanismos de defensa. Em Fenichel, Otto. Teoria psicoanalítica de las neurosis (pp ). Buenos Aires: Paidós. Freud, Sigmund (1922/1987). Alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na paranóia e no sexualismo. Em Além do Princípio do Prazer Psicologia de Grupo e Outros Trabalhos ( ). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, volume XVIII. Rio de Janeiro: Imago. Freud, Sigmund (1921/1987). Psicologia de grupo e análise do ego. Em Além do Princípio do Prazer Psicologia de Grupo e Outros Trabalhos ( ). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, volume XVIII. Rio de Janeiro: Imago. Lemaire, Anika (1979). A psicose. Em Jacques Lacan: uma introdução (pp ). Rio de Janeiro: Editora Campus Nasio, Juan David (1995). O conceito de foraclusão. Em Lições sobre os 7 conceitos cruciais da psicanálise (pp ). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Organização Mundial da Saúde. Classificação Internacional de Transtornos Mentais. Retirado em 02 de Junho de 2006, de

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