Prêmio Interações Florestais

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2 que todos os seres sejam felizes

3 2010 Prêmio Interações Florestais Programa de Residência Artística Terra UNA Coordenação geral Nadam Guerra Coordenação de produção Domingos Guimaraens Coordenação internacional Beatriz Lemos Produção local Marina Dain Design Emmanuel Khodja e Nadam Guerra Banco de dados Hélio Ricardo Brainstorm Consultoria Foto da capa Julio Callado, Diário de terra Textos e imagens Ana Freitas, Ana Luisa Lima, Bárbara Rodigues, Beatriz Lemos, Brigida Campbell, Caroline Valansi, Domingos Guimaraens, Fábio Belotte, Filipe Freitas, Jean Sartief, Juan Leon, Julio Callado, Lucas Dupin, Maria Teresa Ponce, Mayra Martins, Milena Durante, Nadam Guerra, Paulo Nazareth, Ricardo Alvarenga, Shima agradecimentos a Adelberto dos Reis Novaes, Ana Tomé, Antônio Evaristo de Mendonça (lili), Claudinei dos Santos, Cristina Ribas, Danilo Costa de Almeida, Darlene Resende, Diana Pereira, Diogo Alvin, Emmanuel Khodja, Jaya Pravaz, John Harding, Josinei dos Santos, Julie molin, Lena Ferreira, Lucas Pereira, Lurdes Pereira, Maria Lúcia Barbosa, Maria da Glória Braga, Maria da Glória Ferreira dos Santos, Mariana França, Rita Rodrigues, Roberto Pereira, Romulo Zapponi, Sônia Fonseca, Tuan Pravaz Damasceno, Valdinei dos Santos, Wallace Masuko Elaboração projeto Prêmio Interações Florestais 2008 Nadam Guerra, Domingos Guimaraens, Cristina Ribas e Flavia Vivacqua Realização Terra UNA e Ponto de Cultura e Sustentabilidade Apoio AECID, Centro Cultural da Espanha SP, residências _ en _ red, Ceroinpiración, Escola Estadual Frei José Wulff, UNIPAC Patrocínio Funarte, Ministério da Cultura, Secretaria de Cidadania Cultura esta iniciativa integra o Prêmio Interações Estéticas Residências Artísticas em Pontos de Cultura /02 a 1228/02/ primeiro grupo Brígida Campbell (MG) Lucas Dupin (MG) Milena Durante (SP) Paulo Nazareth (MG) Shima (SP) 08/0326 a 04/04/2010 segundo grupo /04 40 a terceiro 23/05/2010 grupo Interações 54 Florestais Apresentação Por uma arte sem fronteiras Domingos Guimaraens Nova vida novo mundo Nadam Guerra Ana Luisa Lima (PE) Caroline Valansi (RJ) Jean Sartief (RN) Mayra Martins Redin (RS) Filipe Freitas (MG) Julio Callado (RJ) Ana Freitas (RJ) Barbara Rodrigues (PE) Ricardo Alvarenga (MG) Fábio Belotte (MG) Beatriz Lemos (RJ) Juan León (Guayaquil, Equador) Maria Teresa Ponce (Quito, Equador) Mapa circuitos contemporâneos florestais Conteúdo do DVD EQUADOR

4 apresentação Por uma arte sem fronteiras É com enorme alegria que olho para esta segunda edição do Interações Florestais, com a alegria de quem olha uma terra sem fronteiras. Um dia a poeta Elizabeth Bishop atentou para o fato de que nos anos de 1910 não era necessário passaporte para cruzar o mundo do sol nascente ao poente. Mas claro que havia uma fronteira: o dinheiro que custava cruzar esse mundo. Hoje as fronteiras são demarcadas, controladas, rastreadas e a barreira da grana ainda está lá. Mas o que esta pequena experiência neste cantinho do planeta pode nos dizer sobre isso? Recebemos este ano na ecovila Terra UNA 180 pessoas entre artistas, curadores e pensadores para propor mais uma vez esta experiência de residir por um mês em um ambiente rural e comunitário a fim de produzir, pensar e vivenciar os processos da arte contemporânea. A experiência individual/coletiva (aqui estes termos se confundem sem fronteira) está nestas páginas que seguem, mas os esgarçamentos das fronteiras de Terra UNA não são visíveis aqui, estão nas potências que cada um carrega de volta pra casa. Todo o processo criativo destes três meses esteve grávido das referências e poéticas pessoais de cada artista, mas também carregado da experiência comunitária da ecovila. Em cada diálogo, em cada troca as tramas se traçam e a rede criativa cresce. Neste processo que se dá com caminhadas que vão fisicamente além das cercas de Terra UNA, com pensamentos e criações que vão além das cercas atmosféricas que envolvem o planeta, nós vamos tentando abraçar o mundo. Não um abraço dominador, não um pensamento de imposição de um modus operandi, apenas um abraço acolhedor, um abraço de troca. Sabemos que toda troca envolve sempre tensões e perigos, mas sabemos também que só ela pode criar conexões que diluem fronteiras. Passei duas vezes por Terra UNA nestas interações de 2010, na última delas ajudei o Julio Callado a fazer um vídeo no qual ele retira os arames farpados das antigas cercas esquecidas nas matas fechadas e rios correntes das terras separadas que hoje, unificadas, formam Terra UNA. Mais tarde o mesmo Julio desenhou um enorme mapa da Ecovila que na verdade se expande para além de suas fronteiras. Não quero dizer aqui que o mundo é Terra Una, apenas sentir e expressar que estamos em contato, num eterno e necessário fluxo de transformações. De alguma forma todos os artistas remexeram essas ideias seja em seus trabalhos pessoais, seja nas conexões que surgiram entre eles, seja nas oficinas que levaram para a população local e ainda na reverberação que carregam para suas casas nos lugares mais distantes da Serra da Mantiqueira como Quito no Equador. Talvez tudo isso seja uma grande utopia. Mas utopia não é justamente o não-lugar? Sonho sempre com esse mundo sem lugares definidos, sem fronteiras, religado, conectado por afetos, por experiências, por desejos, por trocas. Acho que a arte tem papel fundamental em acender estas potências, em arrancar as cercas de arame farpado que ninguém mais sabe porque estão lá. Sonho sempre com esse mundo sem fronteiras, quem sabe um dia a gente não acorda nele. exposição individual o mundo ainda exite longe dos seus olhos de Paulo Nazareth na casa da tartaruga, Terra UNA foto: Domingos Guimaraens Domingos Guimaraens poeta e artista visual, coordena o programa de residências artísticas na ecovila Terra UNA

5 Terra UNA é uma ONG com sede na Serra da Mantiqueira, município de Liberdade, Minas Gerais. O grupo trabalha desde 2003 e fundamos a ecovila em 2006 onde atualmente moram 7 das cerca de 20 pessoas envolvidas com o projeto. Mantemos um programa de residência artística, uma série de cursos e formações em tecnologias sócioambientais e o Ponto de Cultura e Sustentabilidade. Mas então, como assim? Por que ecovila? onde é que a gente quer chegar com isso? É aquela história do Raul Seixas de viva a sociedade alternativa, de tomar banho de chapéu e esperar Papai Noel? A crise financeira, o terrorismo, as guerras, as epidemias etc. Dos muitos indícios da crise mundial que estamos atravessando, a mudança climáticas são certamente a prova mais forte de que esta crise é sem precedentes. Sejam os prognósticos mais ou menos apocalípticos, algo realmente novo está acontecendo. Pode-se argumentar que sempre houve fome e guerra, mas a perspectiva de autodestruição planetária é algo que nunca se colocara de forma tão assustadora. E o pior que cada um de nós contribui a cada dia para esta destruição. Nova vida, novo mundo Me sento no gramado ao lado da casa. O bebê morde uma casca de banana. O vento que sopra traz o cheiro da mata. E quem disse que arte é um fênomeno urbano? E por que o mundo se tornou um depósito de lixo? E quando foi mesmo que as cidades viraram um padrão de felicidade? De Porto Alegre chega uma brisa do Fórum Social Mundial dizendo um outro mundo é possível. Mas como? Só o consumo consciente não seria suficiente, ou só a reforma agrária, ou só a revolução cultural. Ou só o fim dos carros e agrotóxicos, ou o só desenvolvimento econômico, ou só o comunismo, ou os extraterrestres. Ou só a economia solidária, só a meditação, ou só o fome zero, ou só o vegetarianismo, ou só o reflorestamento, ou só o inhame expulsa o demónio das pessoas, ou a consciência ecológica e o fim das desigualdades sociais, ou só seja lá como for. Sozinho, nada vai dar pé. As respostas precisam estar integradas. A crise é sistêmica e qualquer perspectiva de mudança terá de ser sistêmica também. Tudo tem de estar integrado. O movimento de ecovilas do qual fazemos parte (gen.ecovillage.org) nasce da busca por um estilo de vida que possa se manter indefinidamente no futuro. Uma vida sustentável em todos os níveis: social, ambiental, econômico, espiritual, cultural, político, educacional e de saúde. Não é fácil e nem é simples. E dificilmente se encontrará algum grupamento humano urbano ou rural que seja sustentável em todos os níveis. Mas na atual conjuntura as ecovilas propõem não uma sociedade alternativa, mas uma alternativa para a sociedade. Uma chance que ainda resta para a humanidade se repensar. Esta busca pela sustentabilidade e novas soluções faz das ecovilas palco das mais diferentes experimentações. Temos os institutos de permacultura que desenvolvem tecnologias ambientais integrando construção e plantio. Existem as comunidades espirituais que se reúnem em torno de um credo ou mestre comum. Temos os exemplos das ecovilas Zegg na Alemanha e Tamera em Portugal que se fundaram na experimentação do amor livre e de novas estruturas familiares e hoje são referência de técnicas de comunicação e resolução de conflito. Há grupos que experimentam uma economia coletiva com caixa único como a Vila Yamaguiche no interior de São Paulo e Figueira, em Minas Gerais que funciona apenas com doações e trabalho voluntário *texto publicado no caderno de texto do SEU, Semana Experimental Urbana, Porto Alegre, RS vista de vale próximo a terra una, foto: Julio Callado 8

6 e cantam músicas em línguas intraterrenas. Ou Damanhur, na itália, onde inventaram toda uma séria de acordos sociais para o desenvolvimento pessoal incluindo uma mitologia new age, uma religião e que cada morador ganha um novo nome composto por um nome de vegetal e um de animal. São mais de quinze mil iniciativas espalhadas pelo mundo em uma variedade incrível de propostas e visões de mundo. As ecovilas têm um novo ton de ativismo, não um ativismo do contra, mas a favor, propostivo, experimental ou educacional. E a arte com isso tudo? Entendendo a arte como uma série de práticas de experimentação e resignificação do mundo e quem sabe como um instrumento de transformação, as ecovilas são um território potencialmente artístico onde a vida e a sociedade são reinventadas a cada dia. Um território vasto em que a arte pode e deve (na urgência da crise planetária) estar presente para experimentar, resignificar e transformar a relação do homem com a natureza, do homem consigo mesmo, as organizações sociais e também as formas, as cores, os sons, o tempo, a vida. Foi neste contexto que estamos construindo um programa de residência artística na ecovila. Além de algumas residências espontâneas, o grande mote do programa tem sido o Prêmio Interações Florestais que acaba de concluir sua segunda edição e onde os artistas são selecionados em um processo que chamamos de auto-curatorial, pois delegamos a responsabilidade de julgar projetos e escolher os ganhadores aos próprios artistas inscritos. Desta fase de seleção, rica em troca de ideias e totalmente cyber virtual web conect, passamos para a imersão na ecovila em ambiente rural e florestal com pouco ou nenhum acesso a internet e uma vivência comunitária intensa. As residências para artistas são um fenômeno mundial. Talvez pelo artista estar no local de deslocar as ideias, o deslocamento físico o ajude a ser de novo novo. Em Terra UNA a residência tem um sabor especial da mata, da consiência social e ecológica que traz a ecovila. Não há resposta sobre até onde a crise obrigará mudanças no estilo de vida global e se estas mudanças serão suficientes para conter o colapso climático. Nós de aqui em Terra UNA e muitas outras pessoas ao redor do mundo estamos trabalhando mudando nosso dia a dia, para fazer com que a transição para um outro mundo seja possível. Sabendo que não existe só um outro mundo possível, mas centenas de milhares de outros mundos e vidas possíveis. E que além de trabalhar com a sabedoria que temos, podemos trabalhar com a sabedoria que sabemos que existe mas não temos e também, por que não?, com a sabedoria que não sabemos se existe e que não temos e com a sabedoria que não sabemos se existe, mas que já temos. Com alegria. Com arte. Com amor. Junho, 2010, ecovila Terra UNA Nadam Guerra, é artista visual, coordena o programa de residências artísticas na ecovila Terra UNA. performance Religare de Ana Luisa Lima e Mayra Martins com colaboração de Nadam Guerra e Romulo Zapponi, foto: Caroline Valansi O sapo não lava o pé. Não lava porque não quer! Setembro, 2009, Rio de Janeiro. Chove na Gávea, e eu pensando em ser rico, e se há pobres porque há ricos ou se todos poderiam ser ricos? E em quantos planetas seriam necessários para que todos tivessem o volume de concreto destas mansões do Alto Gávea? Se todos quisermos este tanto de concreto, todos seremos pobres. Quero a riqueza de um canto de terra, de uma beleza aconchegante, de poder cantar e sorrir, a riqueza dos amigos, da saúde e da paciência. e de poder tornar os sonhos em matéria. Se todos quiserem este tanto de alegria e beleza todos seremos ricos. Chove na Gávea, e eu pensando que sou rico

7 à esquerda: oficina de histórias com milena durante para os professores da e.e. frei josé wulff no meio: lucas, paulo, shima e milena com o mascote pierre abaixo: oficina de cadernos com lucas dupin na e.e. frei josé wulff fotos: milena durante e brígida campbell Bemvindos ao primeiro grupo de residentes do Prêmio Interações Florestais 2010!* Estes artistas residiram por um mês na ecovila criando imagens, ideias, objetos, textos e novos sentidos. Além disso, ofereceram oficinas na ecovila e na cidade de Liberdade, no Colégio Estadual Frei José Wulff, dentro das atividades do Ponto de Cultura e Sustentabilidade. Destes cinco artistas, quatro foram selecionados em um processo autogestionário via internet e um convidado a acompanhar o processo de maneira crítica. Mais dois grupos virão até maio, num total de 18 artistas. Em breve em nosso site veja mais das obras realizadas. O Prêmio Interações Florestais 2010 é o segundo prêmio de residência artística da Ecovila Terra UNA. Estamos felizes de poder contar mais uma vez com o patrocínio da FUNARTE/MINC para a realização deste trabalho que desloca a produção contemporânea em artes visuais para outros espaços do país. Que a pulsação da criação artística vibre pelos vales da Mantiqueira e encontre ecos nas ideias de sustentabilidade, ecologia e novos paradigmas para assentamentos humanos. *texto publicado no programa de visitação de 27/02 Prêmio Interações Florestais 01/02 a 28/02/2010 primeiro grupo Artistas Lucas Dupin (MG) Milena Durante (SP) Paulo Nazareth (MG) Shima (SP) Artista convidada Brígida Campbell (MG)

8 Brígida Campbell artista convidada 1981, Belo Horizonte, MG /// Ver estrelas no céu. Entrar na rotina. Encontrar o silêncio Mesmo de dentro do ônibus já se podia ver uma paisagem diferente. No trajeto entre Juiz de Fora e Liberdade descemos em uma pequena cidade onde víamos um Cristo Redentor no alto de um morro. Havia uma atmosfera poética e o clima era de extrema calma. Era uma última parada antes de se chegar a Liberdade. A cada curva, ou buraco a minha curiosidade aumentava. Fiquei feliz já no primeiro contato com as pessoas e a casa: uma cozinha grande, fogão a lenha, bandeiras coloridas e muita receptividade. Logo se entra em um rotina completamente diferente daquela que vivemos em nossas cidades. Alimentação natural, rodas de partilha e meditação, a todo momento formávamos um círculo e todos estavam de mãos dadas. Cada pessoa imprime no dia a dia da ecovila um pouco dos seus costumes e hábitos, construindo assim uma experiência coletiva em Terra Una. Os residentes entram na rotina, que inclui também acordar (e dormir) cedo, cozinhar, compartilhar a limpeza e harmonização dos espaços, além de conviver com visitantes inesperados, que no desejo de afirmar que outro mundo é possível buscam conhecer a experiência de seus pares. Para além dos modismos e as ondas ecológicas corporativas, tão comuns aos tempos de hoje, em Terra Una nos deparamos com o desafio de se viver a ecologia na prática: reduzindo o lixo, reciclando, utilizando a água de maneira inteligente, se alimentando com consciência etc. Esta rotina/contato fica impressa no trabalho dos artistas residentes e passa a ser material de estudo e produção. À noite nossa primeira grande surpresa: o céu extremamente estrelado e a completa falta de luz no caminho parece nos integrar no profundo silêncio que experimentamos em meio à floresta. /// Cresce o musgo nas pedras Longe das demandas características do universo urbano, s, celulares, pressa, dinheiro, violência, o artista é convidado a se isolar da cidade e ficar imerso em um ambiente natural, deixando para trás o mundo urbano e os espaços instituídos da arte. Que tipo de relação se produz entre a arte e a natureza? Quais são as consequências desses deslocamentos geográficos na concepção de obras? A natureza favorece o contato consigo mesmo, com o espaço e com o outro. O silêncio do lugar mobilizou o silêncio dentro de cada um e se manifestou de diferentes maneiras nos trabalhos dos residentes. No embate do artista com o espaço e a experiência com a paisagem cabe a cada ao artista criar seu modelo de experiência e produção. Cada um então a partir de um repertório e práticas próprias realizaram experimentos e experiências: Shima adentrou o universo doméstico do lugar e explorou as atividades diárias, como limpar ou cozinhar de diversas maneiras que tencionavam a naturalidade destas ações; também experimentou inserir a imagem de um executivo, imóvel, em meio a paisagem, testando como aquela imagem tão contrastante poderia criar um deslocamento (ou ruído) naquele lugar. O silêncio foi adotado por Paulo Nazareth, que em uma de suas ações, esteve habitando, durante 7 dias (em silêncio) o topo de uma Araucária, sendo ele caminhou por 8 dias de Belo Horizonte a Terrra Una, colocando seu corpo em situações difíceis (frio, chuva) e se emaranhando nos lugares transportando pequenas coisas encontradas, histórias e culturas muito diversas que viriam depois se recontextualizar em obras que estão em constante transformação. Milena trabalhou a partir de histórias locais uma produção textual que re-cria e re-ativa (como se sampleasse) o imaginário local com histórias que ela ouvia ou inventava; também realizou um diário gráfico onde registrava as experiências que vivia. Lucas Dupin trabalhou o texto de maneira diferente, como se a terra fosse um livro, interferiu poeticamente inserindo letras de barro na paisagem, criando um texto que vai se integrar até se diluir na natureza. Estas foram apenas algumas ações que ocorrem durante o período da residência, muitos outros atos criativos aconteceram, como: cadernos de desenhos, subidas em árvores, caminhadas distantes, trabalho braçal, coleções, embates, escutas, textos, banho de chuva, autopsias, situações de descontrole e resistência física... Alguns deixaram suas marcas na paisagem, outros levaram este embate geográfico para o trabalho e talvez os colocarão em circulação em espaços mais tradicionalmente ligados à arte. Estas ações e a troca de experiências ativaram o imaginário e o universo simbólico tanto do lugar quanto de quem vivenciou os processos

9 /// Viver a ecologia na prática Li recentemente a seguinte frase de Marx: podemos nos transformar apenas pela transformação do mundo e vice-versa. Mas como imaginar essas transformações se estamos tão imersos em uma realidade que parece, às vezes, o único modelo possível? Tomar conhecimento do movimento de ecovilas e o contexto no qual elas se inserem se torna extremamente estimulante, pois aponta a existência, até então desconhecida para a muitos, de outras formas de habitar e viver. Ativando assim uma importante chave em nossas mentes: a imaginação. As ecovilas se colocam como laboratórios que buscam promover meios de integração com o ambiente, entre pessoas e consigo mesmo, buscando respostas conscientes aos atuais desafios da sociedade humana a. Afirmando e testando a necessidade de se construir modelos de vida mais responsáveis consigo mesmo e com o planeta, na busca de uma relação equilibrada entre o meio ambiente, as relações sociais e a subjetividade humana. Neste contexto podemos perceber o papel político da imaginação. O entendimento do que é político é muito mais abrangente do que o sentido estrito que muitas vezes damos a essa palavra. Assim, pensar em política como a relação entre a vida social e a vida individual, e ainda perceber que ela está presente no nosso dia a dia e nas escolhas que fazemos no âmbito do trabalho e do lazer, pois a política do dia a dia é cultura. Conhecendo outros modelos, podemos então pensar em novas formas de viver e também outros modelos para a produção artística. A partir do entendimento de que a arte está indissociável da vida e é indispensável para o desenvolvimento humano, os artistas desempenham também o seu papel político neste contexto, ao potencializar a produção criativa em contato com o ambiente. A arte é uma ação criativa que dá acesso a uma autoconsciência maior, pois re-significa as imagens de todos os dias, ativando assim nossa imaginação, ferramenta importante para a construção de modelos viáveis e interessantes para a experiência humana. Eu pra mim mesmo, o outro para mim, eu para o outro b é deste modo que se constroem e refazem os valores necessários para se pensar uma atividade humana em constante harmonia. //// Pequeno livro da natureza a - Retirado do material de divulgação de um dos cursos ministrados em Terra Una b - Milton Santos, A Natureza do Espaço, p 316, Ed edusp Durante minha estada em Terra Una, além do acompanhamento dos trabalhos dos outros artistas, realizei uma série de desenhos de pequeno formato, nos quais eu registro minha experiência na ecovila. Optei por não intervir diretamente na paisagem mas deixar que aquele lugar e tudo mais me envolvesse. Para que eu pudesse representar/capturar de forma simples e sintética as coisas que observei e os momentos poéticos que vi e vivi. Esses desenhos fazem parte de um pequeno livro de artista que desenvolvi a partir dessas imagens cuja proposta é criar um registro gráfico/poético da residência e do lugar

10 A palavra, a página, o livro. O barro, a paisagem, o caminho Lucas Dupin 1985, Belo Horizonte. MG Foi a partir dessa analogia que iniciei o projeto de construir o que chamei de livro-paisagem. Mais de duzentos caracteres foram recortados nas superfícies de tijolos de barro-cru, feitos utilizando a técnica de adobe que já era empregada nas construções da ecovila. Dispostos ao longo de um caminho, frases e palavras foram criadas e que, juntamente à paisagem - aqui página - faziam parte desse grande livro que para ser lido, seria necessário realizar o percurso proposto. Este livro, antes mesmo de ser executado, desencadeou outros trabalhos. A partir da frase Onde dormem as palavras? feita para habitá-lo, confeccionei uma cama coberta de capim que ao mesmo tempo em que se fundia à paisagem se (con)fundia irremediavelmente com esta. O mesmo aconteceu com o trabalho Sala de Leitura - uma série de cadeiras cobertas de vegetação dispostas ao longo de um riacho em meio à mata - no qual a paisagem, mais uma vez perpassava os objetos que foram deslocados

11 Milena Durante 1979, São Paulo, SP. mora em Salvador, BA Quem esqueceu o dicionário na chuva, ali perto da fogueira? O mundo também existe longe dos nossos olhos Eu mesma gosto muito de poder não ter medo das palavras. Não ter medo delas, agora, sempre, aqui e hoje é poder não ter medo das coisas que sou, das que resolvi ser e das que resolvi não ser. E também saber que dá pra desistir no meio de qualquer coisa. Aqui e pra mim, ele é mesmo uma espécie de santo, como se tem começado a comentar porque escuta o que quer que seja dito sem aquela coisa que tenho tanto e prefiro não nomear e ainda sorri quando dá e vê beleza em cada coisinha pequena e separada e delas, faz uma beleza enorme conjunta. Uma beleza de misturar aquilo feito pra necessidade com aquilo que é bonito sozinho com aquilo que é bonito em grupo e olhar tudo que juntou é tentar ser ele e é tentar ser a gente mesmo por um segundo e se lembrar de que coisa a gente gostava quando era criança e enxergar quais coisas pareciam com as outras, quais servem pra quê e pra que outras podiam servir se ainda pudéssemos inventar. Podemos. Tem uma coleção de pedras grandes, furadas que ele furou em sete dias, em formato de milagre, amarrou um cordão verde. Pedra mole-pedra dura. Tem uma coleção de embriões de cavalos marinhos em diferentes estágios de gestação, mas um deles era um pinguim, ele acabou se confundindo, mas embriões são embriões e no meio daquela epistemologia idiossincrática (eu não sei o que isso quer dizer e vou recolher explicações), achou o lugar exato de cada coisa que existia. Gosto muito de pensar sobre como é que foi que ele pegou aqueles fetos, se abriu os vidros, se estavam abertos. Se foi quando Shima estava cozinhando, igual criança pequena embaixo da mesa, rodeando o fogão que acaba nem sendo vista, tão fora do campo de visão horizontal na linha entre 1,50 e 1,80 m. Ou se para ele também foi uma surpresa achar aqueles fetos na sopa. Foi guardando não sei onde. Um dia os cortadores de unha começaram a se mutiplicar na sala da borboleta. Achei até que era o meu, mas vi que não, foi outro milagre dele, além desses de ficar voando e sobrevoando. Eu acho que decidiu sair do quarto por causa de tanta confusão e que o que faz, a arte que faz, toda a arte que faz é sua vida, a própria vida que leva e o absurdo está no mundo mesmo e não nele. Nem a graça. A graça está em nós, em não poder ver. Quantas vezes também não posso: quase todas. Tem uma coisa bem dentro do oco do meu estômago que não é absolutamente nada. Ele sabe que as coisas de se saber se sabe e pronto. Tem os rótulos das águas, as fitas, juntou umas folhas douradas que parecem de plástico, um dia uma estava como saboneteira, mas não durou nada. Ia dar um dos meus dreads, também queria, mas não tive coragem, só depois, são meus pedaços de estórias de vida dos quais ainda não consegui me soltar, farei em momento oportuno e envio um memorando para todos que não se interessarem, o problema é meu, também. Hoje ele viu uma estrela que andava, não sei se havia morador, mas sei que esmiucei com um comentário tão não meu que ficamos olhando para o céu e vendo toda a graça escorregar de cima, se misturar com a água, se dissolver, tivemos que acender as luzes que ele tinha apagado, as estrelas brilhavam cada uma de uma cor e no começo da lua crescente. Parei de menstruar na lua cheia, estranhamente, não sei como isso se dá. Tem tanta coisa ali naquele quarto para aprender. Eu mesma queria mesmo e só conseguir ter aquela risada mesmo com tudo que se ouve e se fala e mesmo com tudo que nem precisa ser dito. Eu queria conseguir sobrevoar, mas nem todos têm os números, os destinos, almas, sonhos e desafios do milagre. Os meus são 5, 8, 3 e 3, não há milagre algum nisso. Os números já existiam antes, nós é que estamos começando a vê-los. Por nós, entendam mim. Aquela esteira, as esteiras todas, as folhas que secam, os ratos que secam, os cogumelos. Eu tive muito medo quando vi aquele filhote de morcego que tinha deixado no telhado. Hoje mesmo apareceu em pé o rato dissecado que foi morto atrás da cama, prensado, morreu ali e entrou assim, para a história dessa casa junto com todos os outros bichos que passaram a entrar e a povoar aqui desde que nós mesmos conseguimos nos sentir como nossa casa aqui, aqui agora é nossa casa. Quando chego aqui nessa sala, quando tem tanta coisa colorida, essa luz amarela fraca, as paredes amarelentas também, as portas marrons, tudo tem cor de terra de coisa que soube existir sozinha no mundo, mais as roupas coloridas de coisa inventada, varais cheios de coisas coloridas, tanta gente jogada para lá e para cá, uns semi nus, não podendo muito sair, parecemos aquelas celas de cadeia de filme nacional, mas daqueles bucólicos. As camas verdes, as teias de aranha, as aranhas. Houve uma pausa: fui a seu quarto, falei da vila, eu não entendo às vezes e em outras entendo. Hoje não estou

12 CAMINHAR ATÈ LIBERDADE / SÓ VER ESTRELAS NO CÉU Paulo Nazareth 1977, Governador Valadares, MG. Vive em Santa Luzia e Belo Horizonte, MG Em vinte e cinco de janeiro do ano de dois mil e dez, eu Paulo Sérgio da Silva por batismo, Paulo Nazareth como objeto de arte, saio andando a partir do marco zero da cidade Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, antigo vilarejo Curral del Rei, em direção a cidade de Liberdade, antiga Bom Jesus do Livramento, Serra da Mantiqueira/Minas Gerais. A Serra da Mantiqueira no sul de Minas, se localiza numa das regiões mais frias do estado, onde é possível encontrar arvores de araucárias, uma espécie nativa de regiões frias do Brasil. A invasão portuguesa ao território brasileiro se iniciou pelo nordeste do país, onde o clima tropical, com vegetação de caatinga, bastante se diferencia do português. Os invasores encontraram em tal região muitos outros povos entre os quais estavam os tupi-guaranis e os borum, conhecidos pelos conterrâneos indígenas como tapuias e como aimorés pelos forasteiros que mais tarde os alcunhariam de botocudos, devido aos botoques que adornavam seus lábios. Por sua natureza nada submissa os boruns se deslocaram andando em direção ao sul adentrando cada vez mais ao sul da Bahia, ao Estado do Espírito Santo, ao Norte e Leste de Minas se espalhando pelos vales do Rio Jequitinhonha e Rio Doce. Por questões de economia e segurança os Boruns se dividiam em grupos menores que recebiam o nome do chefe que os acompanhava, assim entre o fim dos anos de 1800 e inicio de 1900 surgiu a tribo dos krenaks liderados pelo capitão Krenak. Com a instauração da republica a situação indígena não cambiou, a perseguição continuou com as ditaduras de Vargas e posteriormente com os militares. A partir desse período a distribuição de terras indígenas a imigrantes europeus se intensificou e muitos índios migraram para os centros urbanos,deixando de ser o que são e perdendo parte de sua memória. Nazareth Cassiano de Jesus, filha de Krenaks, mãe de minha mãe, recebeu nome cristão, mas sua memória ainda guarda vestígios profanos. Esposada por outro [ex]índio de nome cristão, Pedro Gonçalves da Silva, se comporta como as mulheres índias. Considerada portadora de insanidade mental, teria sido encontrada com as filha nos braços caminhado rumo ao Rio Doce, foi presa e encaminhada ao Hospital Psiquiátrico da Cidade de Barbacena no Sul do Estado de Minas Gerais, onde ficou internada por duas décadas até o inicio da reforma manicomial no Brasil, pouco antes de se instaurar a ditadura dos generais militares brasileiros em Período no qual todos os Krenaks foram presos e encaminhados a fazenda guarani em São Paulo de onde teriam fugido e viajado caminhado até Governador Valadares onde pegariam o trem para a vila de Aimorés, assim denominada em irônica homenagem aos antepassados krenaks que viveram nas terras ocupadas pelo dito centro urbano. Eu Paulo Sérgio da Silva por batismo, Paulo Nazareth como objeto de arte, neto de Nazareth Cassiano de Jesus sigo em diferentes direções, em janeiro de dois mil e dez caminho em direção a Liberdade, Serra da Mantiqueira. Ando 366 km em 8 dias por rodovias federais e estaduais que cortam o Estado de Minas Gerais. Entre Belo Horizonte e Congonhas, cidade onde se encontra os profetas de Aleijadinho, pela BR040 encontro com vários trecheiros, andarilhos que caminham no trecho em muitas direções. Em fevereiro chego a ecovila Terra Una, em um ponto alto da Serra da Mantiqueira a 10 km da cidade de Bocaina. Em 8 dias nuvens escuras estiveram sobre meus olhos rezei a Santa clara para deixar a chuva afastada enquanto eu estivesse na estrada. A chuva caiu quando pisei nas terras da Mantiqueira. Durante aproximadamente 136 horas habitei o topo de uma araucária. Tive vontade de ficar em silêncio durante 12 dias permaneci sem dizer nenhuma palavra até voltar para casa. Quando vi minha mãe tive vontade de pedir a benção _ pedi a benção _ minha mãe me abençoou e voltei a falar. 22 SOLICITAÇÃO DE PEDIDO E ORÇAMENTO DE OBJETOS DE ARTE: Rua Albertina Neves Carvalho 233 Palmital A setor 7 Santa Luzia MG BRASIL CEP: Fone : / p.nazarethedicoesltda@gmail.com 23

13 O projeto incial era sair do contexto urbano onde vivo para um outro, de uma ecovila, e assim tentar estabelecer diálogos: de trabalho, de sistemas, de lógicas, buscando concretizar as proposicões que aparecessem durante estes 30 dias de residência. Surgiu durante a residência a proposta de transpor a experiência do urbano ao fugere urbem, e simultaneamente, permitir que o contexto deste novo e fresco habitat influenciasse / contaminasse / alterasse meu sistema de trabalho. Neste mês de residência surgiram 3 trabalhos de performance, 3 vídeos, 1 série de fotografias e 1 sequência de ações, que não denomino como performance, pois são realizadas sem espectadores, mas que considero fundamentais neste processo de residência, que enumero a seguir. Shima 1978, São Paulo, SP shima.art.br OUTROS HABITATS SEQUÊNCIA DE AÇÕES Duração: todo o período da residência - Limpar qualquer área considerada esquecida ou suja, sem que alguém perceba. - Lavar / guardar qualquer louça fora do lugar sem que alguém perceba. - Fazer gentilezas sem que alguém perceba. - Cobrir os buracos da planilha de atividades cotidianas. - Participar de todas as atividades propostas pelos outros artistas dentro da ecovila ( nunca dizer não ). - Participar de todas as atividades cotidianas da ecovila, presentes na planilha, ou não. VÍDEO Contagem vídeo, 45min, Ao Sul vídeo, 6 minutos, Trilha vídeo, 9 minutos, FOTO Memória Essencial (série) fotografia digital 4:3 PERFORMANCES Romaria (O Vaga-Lume), 2010 performance, tempo indeterminado (de 10 a 15 minutos) Material: caixa de fósforos À noite, em completa escuridão, ir da casa da Borboleta até à casa da Tartaruga, acender um palito de fósforo e caminhar, protegendo a chama, até que o palito se esgote. Deixar o palito no local onde se apagou e acender outro. Ao chegar ao último palito de fósforo, queimar a caixa deixando as cinzas no local e completar a trajetória, ainda que seja na escuridão. Auditório, 2010 performance, 16 horas Material: cronômetro. Vestir paletó e gravata e aguardar um cliente. Este escolherá um local onde, durante 16 minutos, poderá compartilhar uma história, um desejo, uma confissão, ou mesmo o silêncio. A história ficará para sempre guardada, e nunca será compartilhada com outras pessoas, como um depósito eterno de histórias, sem possibilidade de acesso. Ao final, encerrar dizendo Obrigado por compartilhar. Programa, 2010 performance, 16 horas (14 horas executadas) Material: objetos e utilitários do cotidiano, bloco de notas com caneta e ipod Inscrever-se em todas as atividades cotidianas de um dia. Vestir paletó e gravata e escolher uma música que tocará no volume máximo durante toda a performance, impedindo de escutar, portanto, de falar (propriedade surdo-mudo ). Comunicar-se através do bloco de notas ou por mímica. Seguir a planilha de atividades e executá-las. (As performances nao foram registradas em foto ou vídeo por requisição do artista) 24 25

14 Por quê não? 1 Ana Luisa Lima* Não é raro ouvirmos falar do quanto é difícil entender arte contemporânea. É fato que algumas obras acabam enroscadas em si mesmas ou buscam referências muito distantes de nossas realidades que o aproximar-se para absorver (algo que seja) nem sempre nos parece uma coisa instigante. Entre tantas tendências da arte feita hoje, há uma conhecida como arte-e-vida que (paradoxalmente) acabou se tornando o nó mais cego (nem sempre possível de desatar), por ser, cada vez mais, desdenhada por (nós) seu público. É que quando confundida com as coisas do cotidiano, a arte, para muitos, perde o encantamento (e a importância). Tradicionalmente entendida como algo só possível de ser feita por gênios, ou pessoas bastante virtuosas, a desconfiança com essa arte é inevitável: isso qualquer um faz. Mas é justamente nessa possibilidade de algo tão próximo que a beleza (e a grandeza) da arte pode se manifestar: nos fazendo conhecer a arte e a vida por diferentes modos de perceber - sobretudo, as coisas com as quais já estamos acostumados. Desde os anos 1960, com o movimento chamado Tropicália 2 (no qual Caetano Veloso também fez parte), os artistas plásticos Helio Oiticica e Lygia Clark (e tantos outros) fizeram uma arte que já não era um objeto para ser visto (pintura, escultura), contemplado a distância, mas algo que poderia (e deveria) ser sentido, tocado, experienciado, não só com os olhos, mas com todo os canais de acesso do corpo: visão, tato, olfato, paladar, audição. Sem deixar de lado, também, o livre pensamento e quem sabe a imaginação. Desse mesmo jeito, os trabalhos de Caroline, Filipe, Jean e Mayra devem ser entendidos e vivenciados. Eles foram feitos para você, por isso, experimente, por exemplo, tocar (ou entrar) num ninho, viajar junto nas histórias dos mais velhos, escrever e ouvir mensagens, imaginar como se faz um orvalho... Arte não é para ser uma coisa difícil. E, às vezes, para entendê-la é preciso se deixar envolver. Venha, veja, seja Referência à Alegria, alegria de Caetano Veloso 2 - O movimento ganhou esse nome a partir de um trabalho, de mesmo nome, de Helio Oiticica 3 - Referência à Chuva, suor e cerveja de Caetano * texto publicado no programa de visitação de 03/04 Prêmio Interações Florestais a cima esq. ana, jean, caroline,mayra e filipe a cima dir. oficina de caroline valansi na unipac 08/03 a 04/04/2010 segundo grupo no meio oficina de poesia com mayra martins para alunos da e.e. frei josé wulff abaixo mutirão na horta fotos: jean sartief, mayra martins Artistas Caroline Valansi (RJ) Filipe Freitas (MG) Jean Sartief (RN) Mayra Martins Redin (RS) Crítica convidada Ana Luisa Lima (PE)

15 equenos tratados sobre São as próprias coisas, do fundo do seu silêncio, que deseja conduzir à expressão. Merleau-Ponty em o Visível e o Invisível. Ana Luisa Lima crítica convidada 1978, Recife, PE Então, o artista, na produção da obra, tem que mostrar não é uma questão voluntária, é uma necessidade existencial, todas as suas raízes, todas as suas experiências, todo seu processo de formação estética, e todo o seu sentir: sua afetividade está relacionada com sua vida cotidiana. Tudo isso recolhe, por um lado, toda sua tradição porque ele é esta tradição e necessariamente vai se mostrando em tudo que produzir. Jesus Torres Vázquez, em entrevista para revista Tatuí número 4. Sobre Caroline Valansi, Terra Una, 20 de março de A experiência do salto; ou, como ser Libre1 Hoje, nada mais raro do que um artista que se permite um salto Libre sem suas redes de segurança procedimentais que sempre lhe asseguram o discurso da coerência. A necessidade de controle do discurso e da forma é sintomática nessa geração que surge nas universidades, notadamente, nos anos Mergulhado numa realidade mercadológica, na qual a arte se mostra cada vez mais ativada apenas por esta demanda, fica a pergunta: onde andará a necessidade criadora (a pulsão criativa) do artista? Pulsão de vida e de morte, prazer e angústia, diluíram-se nos modos do fazer contemporâneo (?). É curioso perceber que a arte antes pensada como um exercício experimental da liberdade 2, agora, para muitos, é só exercício, procedimento, longe de ser uma experiência da liberdade. O experimental parece só se potencializar quando há demarcações de limites. Diante da liberdade, da possibilidade plena de todas as coisas, prefere-se menos o risco. Paradoxalmente, embora não haja, na contemporaneidade, um programa estético comum, o excesso das repetições formais e de assuntos tacitamente formaram cânones de processos e visualidades. O procedimento em si não é um mal quando meio e não fim. Pode ser um grande aliado do artista ajudando-o perceber a potência dialógica dos materiais (concretos e abstratos). Nessa direção, podemos pensar os trabalhos de Caroline Valansi. Com formação em fotografia e cinema, não à toa é possível perceber, na maioria dos trabalhos de Caroline, o cuidado meticuloso com os elementos compositivos: enquadramento, luz, cor... Mas ao vislumbrar que tal background lhe dava uma espécie de lugar seguro de atuação, em sua passagem por Terra Una, optou pelo salto, por explorar outras possibilidades para além do fotográfico sem necessariamente abrir mão do uso da fotografia ora como matéria, ora como linguagem, ora matéria e linguagem simultaneamente. A obra Trans-forma carrega em si a síntese bastante intrigante de um trabalho que se pretende formal, mas se mostra afeito à narrativa. Ao fazer uso da fotografia como matéria, Caroline mistura este elemento cultural à natureza (raízes e terra) criando, na forma, um embate dessas vozes tão distintas, ao mesmo tempo que, juntas, tais vozes tornam-se o argumento que cria a possibilidade de ricas narrativas. 28 No desenvolvimento do trabalho Trans-forma, a artista se viu questionada pelos elementos naturais. A partir de então, começou a coletar e inventariar tipos de raízes, ninhos de pássaros e cascas de árvores. No processo de inventário das raízes, surgiu a série de gravuras-desenhos feitos por frotagem com grafite e pastel oleoso. Do estudo dos ninhos abandonados pelos pássaros, percebeu que estes eram feitos de raízes. Nesse percurso, voltando a sua própria raiz (para sua avó materna que lhe é a referência no uso da costura) começou a intervir nos ninhos fazendo costuras com linha vermelha, como se quisesse devolver a estes ninhos agregando a estes o significado de sua própria história o status de lar. Na reconstrução dos ninhos, deu-se conta da repetição do uso da linha vermelha como elemento formal 3. Isso lhe fez questionar se a presença da linha 4 seria mesmo uma necessidade-significado ou o uso excessivo de uma fórmula. Dessa interrogação surgiu o trabalho Ninho de Gente que se trata de um objeto/escultura e algumas séries fotográficas. Ninho de Gente acaba por ser a resposta aos questionamentos feitos pelos elementos naturais e por si mesma. Na construção do objeto, Caroline abandona todo e qualquer elemento cultural (embora use a costura como método) fazendo-o apenas com cipó, palha e mato. O ninho feito para gente devolve à natureza a pergunta sobre o natural e o cultural. Embora a priori pensado para ser apenas objeto/escultura, Ninho de Gente acabou se tornando (também) séries de fotografia quando começou a ser fruído espontaneamente. Tomadas pelo exercício de plena liberdade, as pessoas propunham novos lugares e maneiras de fruir. As imagens feitas a partir dessas experiências são, sobretudo, um diálogo sincero entre artista, obra e público. Não à toa que cada proposta de fruição carrega também a possibilidade de uma nova narrativa. Cada imagem da série é uma síntese dos desejos tanto da artista, quanto do público, por isso mesmo que se sustenta enquanto obra individualmente e quando em conjunto. Sob estas mesmas perspectivas, o trabalho Rio Seco foi construído feito de terra e cascas de árvores. A necessidade de coerência formal e no discurso responde mais às demandas de mercado, menos à pulsão criadora e criativa do artista. Na experiência do salto, não há garantias de uma aterrissagem segura. Mas, o certo é que a insegurança imbricada nessa vivência há de sempre reinventar possibilidades de novos voos. E quem voa não se afasta do que é e do que faz. Afastase apenas do lugar seguro, previsível. Deixa de lado a coerência (a lógica) e vive a consistência: sua maneira de estar no mundo e que nesse sentido todas as construções estão impregnadas do que é (ainda que sempre gerúndio). 1 - Libre, 2005, é o título de uma série em fotografia de Caroline Valansi que fala da liberdade na possibilidade de um salto de alguém despido apenas amparado por um imenso céu azul. 2 - Palavras de Mário Pedrosa, na série Memórias Inventadas em Costuras Simples, 2006 a 09, a linha vermelha é elemento formal e assunto. 4 - Essa mesma linha vermelha também aparece como elemento formal no trabalho Ressonâncias da terra, 2010, Terra Una. 29

16 os sobre Sobre Mayra Martins Redin, Terra Una, 21 de março de Sobre colher chuva; ou, pequenos tratados sobre coisas inúteis Sobre Jean Sartief, Terra Una, 22 de março de 2010 A geografia da afetividade É certo que o termo artes visuais, dentro em breve, terá que ser substituído por um outro que consiga abarcar a quantidade de linguagens, assuntos, movimentos, proposições já hoje entendidos como campo de atuação da arte contemporânea. Híbridas, conectadas, entrelaçadas, as linguagens redefinem parâmetros, reposicionam fronteiras. Influenciados, entre outras tantas referências, pela teoria da fenomenologia de Merleau-Ponty (que se debruça sobre a ideia de sentimento-pensamento e pensamento-sentimento não como coisas estanques mas amalgamados numa simbiose necessária para o conhecimento de mundo), os neoconcretos (anos ) propõem o conceito de antiarte como uma solução para o não engessamento das práticas artísticas e experimentais. É quando a arte, aqui no Brasil, passa a, cada vez mais, considerar o corpo, o sentimento, a afetividade, a participação. Nessa direção é que a proposição de Jean Sartief também contribui para que a fronteira permaneça elástica impossibilitando de(limitar) o campo de atuação das artes. Como um mensageiro solitário 5 ele vai de encontro ao público entrelaçando palavras, significados e afetos. Com sua costura imaginária, Jean consegue justapor, de uma só vez, pessoas e lugares tão distintos numa só voz. No simples entregar e colher os depoimentos por onde passa, vai-se fazendo o desenho de uma nova geografia. Nesta nos é permitido perceber semelhanças nos desejos, anseios, desabafos (...) a despeito da diversidade cultural diariamente vivida por essas pessoas que ele encontra. Assim, cada mensagem individual vira um clamor comum. Noutro momento do trabalho, as mensagens são trazidas de volta à vida ao alcance ampliado pela caixinha de som 6 (re)pousando em outros destinatários (para além dos que já deram suas mensagens). Nessa dinâmica, acalentados pela empatia (ao reconhecer naquelas vozes algo de seus também) estes a quem as palavras vivas (re)encontram destinos passam a configurar também na geografia do afeto. 5 - Projeto Palavra de um só momento para um espírito humano que deseja ardentemente, em ação desde 2005, no qual o artista aborda uma pessoa aleatória e entrega uma mensagem escrita (de um último participante) e esta nova pessoa lhe escreve uma nova mensagem que é entregue a uma 3ª e assim por diante. 6 - No projeto Palavra Viva, o artista cria o deslocamento de sons. Com a mixagem de mensagens de pessoas e sons da natureza ele consegue fazer com que as mensagens das pessoas sejam levadas para o ambiente natural; e os sons da natureza, para os espaços de circulação intensa de pessoas na cidade. 30 Desvendar os trabalhos de Mayra Redin será sempre um tentar, como o trabalho em si mesmo é uma tentativa para. Sempre prestes a. Sempre ao ponto de. Sempre que tem cara de nunca, embora não o seja de fato porque quando damos o primeiro passo para a espreita, já estamos lá, naquilo. Estar ou não imerso nas proposições, sensivelmente elaboradas por ela, é um estado inequívoco: sabemos do começo. Porém, não do fim. Se é que haverá um fim. Se nos aproximarmos das suas palavras-ações acerca da chuva, por exemplo, o quanto disso só por si já não se fará impregnado? Então, a cada nova chuva, sua voz ressoará no fundo de nós. Possivelmente, já esmaecida diluída. Mas. A substância dos seus assuntos não é esse sempre mas? A obra-vivência se trata de (in)definição (e se quer (res)guardada desse jeito: num cantinho, embora sempre à mão). Trata-se de pequeninas fronteiras prontas para uma travessia atenta. Mergulhar nas ações que ela propõe pressupõem um estado de alerta porque se quer percorrer o ínfimo: o mínimo, o (in)fixo, o (in)certo. É tudo mesmo assim: sim-e-não e não-e-sim. Os trabalhos de Mayra tratam da minúcia, do detalhe, do olhar sobre o irrelevante. Nesse sentido, são proposições para todos, enquanto alvo; para alguns, naquilo que é acessível. Porque experienciar tais propostas requer, no mínimo, a alma desnuda, despudorada, sem medo das ameaças do ridículo. Trazem consigo mesmas uma simetria com as portas de Hermann Hesse - só para loucos (Do livro o Lobo da Estepe). Me pego pensando sobre esse seu debruçar pelas coisas mínimas. O quanto disso tem de inteiro? Tratar das coisas inúteis com propriedade parece sempre arranjar um caminho inevitável para as grandes coisas. Assim percorreu vida e obra de Manoel de Barros. Por que não saber da superfície, do visível, do tátil, do possível? Por que não mergulhar na gota, no orvalho, no sereno? Por que não tratar do despercebido? Do já sabido, mas nem sempre experienciado? Mayra propõe percursos aparentemente tautológicos entre a dimensão textual (escrita) de seu trabalho e suas proposições-obras. Mas o fato é que, ainda que uma coisa esteja atravessada na outra, são diversas. Para aquele que experiencia as proposições-obras abrir-se-ão percursos completamente diferentes daqueles que ela mesmo descreveu em seu texto. Assim como aquele que ler, há de ter caminhos outros pela frente, diferentes dos que estão ali escritos muito mais diversos dos que não puderam ser experienciados. Isso se dá pela natureza particular de cada linguagem. A experiência estética e a escrita. Nem tudo o que pode ser experienciado no corpo pode ser traduzido em palavra. Assim como cada palavra pode levar a uma viagem outra que a experiencia estética é incapaz de proporcionar. Dessa forma abre-se esse duplo necessário na obra de Mayra: 1. o desejo de fazer o corpo se saber enquanto superfície que se deixa impregnar de. 2. a vontade de dizer daquilo que já foi (vivido) ser nova possibilidade de ser (de alguma forma) apreendido. Em Mayra Redin, palavras e ações têm um caráter continuum. Cada nova ideia, cada nova ação, cada nova palavra sobre, cada nova tentativa de, somadas, tornam-se pequenos tratados de coisas inúteis não por isso (é possível que por isso mesmo!) pungentemente bonitos. 31

17 Caroline Valansi 1979, Rio de Janeiro, RJ Trans-forma Minha residência em Terra Una foi muito importante para acessar novos caminhos artísticos, que alteraram meu processo criativo. Essa vivência de morar num lugar com muita natureza me modificou. Minha proposta inicial, Trans-forma, ficou pequena quando me vi impregnada pelo espaço e toda vida existente por lá. Assim, se abriu um canal para novas possibilidades de criação e estímulos. Além disso, os artistas que me acompanharam deram uma pitada de dinamismo e companheirismo nessa experiência, me fazendo acreditar mais ainda que colaboração é um agregador estimulante para o processo de produção tão solitário que nós artistas passamos. Queria acentuar a importância de duas obras realizadas na residência que modificaram minha visão do meu trabalho. Essas pesquisas me colocaram situações de novas práticas e tentativas, principalmente porque minha produção sempre foi focada na bidimensionalidade. São elas: Ninho de Gente e Rio Seco. No primeiro, consegui dar forma a um objeto/escultura. Nunca tinha feito nada nessa linha. Passei duas semanas construindo o ninho usando apenas materias orgânicos, recriando o ritual de feitura realizado pelos passarinhos. O segundo foi uma instalação feita com a colagem de cascas de árvores recolhidas durante todo o tempo da residência. Trabalhar o espaço em Terra Una me apresentou o novo. Como se eu tivesse uma parede branca na minha frente com infinitas perspectivas. Me desafiei

18 Jean Sartief 1973, Natal, RN Temos que melhorar a mente dos moradores da nossa cidade. Liberdade/MG No dia 05 de março saí de Natal/RN para Liberdade/MG de ônibus. A ideia foi passar por várias cidades e trocar mensagens nas paradas do ônibus entre pessoas que não se conhecem e gravar depoimentos ao longo do projeto para serem reproduzidos numa caixa de som ambulante pela região do Terra UNA e na cidade. O Palavra Viva vem originalmente do projeto Palavra de um só momento para um espírito humano que deseja ardentemente, no qual realizava as trocas de mensagens. Algumas pessoas, timidamente, preferiram só escrever, outras pessoas desejaram só falar... e assim fui construindo o percurso de minha participação. De Liberdade segui para Terra UNA, local da residência artística, na qual passaria um mês junto com mais outros 3 artistas: Mayra Martins Redin (RS), Caroline Valansi (RJ), Filipi Freitas (MG) e a artista e crítica de arte Ana Luisa Lima (PE). Ao todo foram 15 cidades, percorridas de Natal a Liberdade, 63 mensagens trocadas, 40 depoimentos gravados, 48 sons da natureza que resultaram em 20h de gravação. Um frio na barriga me acompanhou nessa viagem. O inesperado à vista, a ansiedade de conhecer meus colegas, o desejo de conhecer as belezas da região da Serra da Mantiqueira e a responsabilidade de realizar o projeto Palavra Viva que foi o mais votado nesta edição pelos próprios artistas inscritos para participar da Residência Artística Interações Florestais Terra UNA Aos poucos fui me adaptando ao local, sentindo a natureza e acordando de madrugada ou adentrando noite nas matas e entorno das cachoeiras para gravar sons diversos. Posteriormente, os depoimentos e os sons da natureza foram escutados por meio da caixa de som ambulante em diversos locais. Tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível. Essa mensagem foi uma das recolhidas durante a viagem de ônibus e traduz um pouco de como esta edição do Interações Florestais foi intensa e inesquecível

19 Mayra Martins Redin Campinas, SP, Vive em Porto Alegre, RS C o l h e r c h u v a Eu chamava assim meu projeto. Aconteceram algumas chuvas naquele mês de março, mas também aconteceram noites brancas, manhãs úmidas, cachoeiras nevoeiras escondidas. E houve silêncios e encontros em caminhadas sem propósito. E quando a chuva vinha eu entendia que eu não queria mais colhê-la e sim, vê-la passar por mim. E foi assim com as outras coisas também: observar: o sereno, as águas da cachoeira, a noite, os dias... Queria observá-los passar. Isso que independente da gente, passa. Em Terra Una, Liberdade, compreendi que estamos entre. Surgiu então Sob (re) sereno : O sob ou sobre fala dessa relação com o em cima e embaixo. E o entorno, os aos lados. É de certa forma a relação do homem com o universo. A sensação de estar abaixo e acima ao mesmo tempo (mudando o eixo, a referência e as escalas do visível, do tátil). Na verdade, a sensação de não saber onde se está. De perder o sentido de lugar/espaço/ proporção. Não perder, mas de não ter a capacidade de perceber estas relações, tanto do grandioso quanto do mínimo. É também o desejo de encontro com isto que vem do universo, do infinito, do desconhecido. O que não se vê direito ou exatamente. Como o sereno, um esconder-aparecer. E que se forma a partir de acontecimentos que fogem dos olhos. Talvez o sereno seja o que se vê de todo o processo que não se vê. Como a chuva, as gotículas da cachoeira, o vento, as sombras. Esta foi a minha busca: registrar (e o registro também está no corpo) o que foi possível de ser registrado, tocar o tocável, mas que faz parte de um intocável e quase imperceptível. Isso me lembra que a gente cria frente às impossibilidades do desejo (e talvez frente à impossibilidade do saber, do compreender). Ou melhor, a gente cria porque deseja. Criamos pequenas possibilidades. Meus projetos são realizações de pequenas possibilidades frente a tudo que é imperceptível, invisível, intocável, mas que sabemos que anda por aí. Como sabemos? Não sei. (Durante este um mês convivi com os artistas Jean Sartief, Caroline Valansi e Felipe Freitas, com a artista e crítica de arte convidada Ana Luisa Lima, com moradores e passantes de Terra Una: vivência indispensável de troca e criação)

20 Anciões Filipe Freitas Bolsa Terra UNA 1975, Belo Horizonte, MG. vive em Liberdade, MG e Rio de Janeiro, RJ autopoeta.wordpress.com Adentrar a residência artística - Prêmio Interações Estéticas - como artista residente de Terra Una trouxe a oportunidade de me vincular poeticamente com a gente simples de coração da montanha que nos avizinha. O cenário é a Serra da Mantiqueira, municípios de Liberdade e Bocaina de Minas, terra de leite, pinhão e fé cristã, entre Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. O projeto Anciões nasceu para encontrar os antigos guardiões dessa terra e realizar registros memoriais em que eles contam estórias e falam sobre seus costumes e valores com a sabedoria advinda da escola do mundo. Subi e desci as estradas ao redor de Terra Una e fui agraciado no encontro com seres que trazem consigo o coração do caminho, a família da vida: seres árvores cujos frutos nutrem o senso de ser a Terra. O projeto consiste em dois vídeos de curta metragem um com anciões de Bocaina (DVD e WEB) e outro com anciões de Liberdade (WEB em breve) e uma série de portraits fotográficos. E foi concebido visando integração comunitária, valorização da sabedoria popular, fortalecimento de princípios baseados na simplicidade e a busca pela saúde

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