Âmbito do Trabalho ISQ SAVE Nome Administração do condomínio Referência ED_SA_208_13 Morada Rua Afonso de Ornelas n.º 6
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- Letícia di Castro de Barros
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1 Dados do Relatório Dados do Cliente Âmbito do Trabalho ISQ SAVE Nome Administração do condomínio Referência ED_SA_208_13 Morada Rua Afonso de Ornelas n.º 6 Data da Inspecção e Data do Relatório Técnico Responsável Rita Pinto, Eng.ª Civil Código Postal Amadora Dados do Imóvel Morada: Rua Afonso de Ornelas n.º 6 Código Postal: Amadora Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 1 de 28
2 Índice 1.Introdução Descrição do Imóvel Acções Desenvolvidas Diagnóstico Considerações finais Especificações técnicas de reparação Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 2 de 28
3 1.Introdução Por solicitação da Administração do condomínio, o ISQ Instituto de Soldadura e Qualidade, procedeu nos dias 24 e 25 de Março de 2015 a uma inspecção técnica ao interior de nove fracções do edifício sito no nº6 da Rua Afonso de Ornelas, Amadora. 2.Descrição do Imóvel O edifício em estudo com data de licenciamento de 2005 possui cinco pisos de habitação e dois pisos de estacionamento. As fachadas são revestidas maioritariamente a reboco pintado e em zonas pontuais a revestimento cerâmico. Os quartos das fracções estão orientados para a fachada principal a Norte e as cozinhas e salas para a fachada posterior a Sul. As fracções do rés-do-chão dispõem de terraços localizados na parte posterior do edifício. As restantes fracções possuem varandas nas salas e parte dos quartos. As cozinhas dispõem de uma zona de varanda fechada destinada a estendal. Figura 1- Planta de localização do edifício ( 3. Acções Desenvolvidas Foi efectuada uma inspecção visual sem abertura de janelas de inspecção, recorrendo-se à utilização de medidores de humidade superficiais para estuque e madeiras. Foram fornecidas as plantas de arquitectura do edifício para identificação das zonas afectadas pela humidade apresentando-se sob a forma de empolamentos e destacamento do revestimento de tinta de paredes, escurecimento das madeiras e eflorescências. Estas são depósitos cristalinos de cor branca que surgem na superfície dos revestimentos, resultantes da migração e posterior evaporação de soluções aquosas salinizadas. Neste documento são descritas as anomalias observadas complementadas com registo fotográfico, seu diagnóstico e especificações técnicas de reparação. Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 3 de 28
4 4. Diagnóstico 4.1 Fracção 4ºesquerdo Identificação e descrição de anomalias Verificou-se degradação dos revestimentos de paredes na sua base, manifestando maioritariamente em torno de vãos de acesso a varandas nas zonas assinaladas em planta. Essas zonas manifestam-se sob a forma de eflorescências e empolamentos do revestimento de tinta nas paredes de estuque e escurecimento por humidade nos revestimentos de madeira (ombreiras de vão de cozinha)- figuras 3, 5 e 6. Constataram-se valores de humidade relativa com percentagens a partir de 80% em paredes de estuque e valores acima dos 20% em madeiras (valor máximo recomendado para madeiras). Na fachada ao nível do pavimento da sala constataram-se zonas pontuais com empolamento do revestimento de tinta e evidências de selagem de fissuras (figura 4). As soleiras de uma forma geral apresentaram-se praticamente à mesma cota do pavimento de varandas. Figura 2 Planta da fracção com localização das anomalias Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 4 de 28
5 Figura 3 Eflorescências e empolamento do revestimento de tinta em base de parede de sala Figura 4- Empolamentos do revestimento de tinta em parede de fachada Figura 5 Escurecimento de madeira em base de ombreira de cozinha Figura 6 Eflorescências em base de parede de quarto 4.2 Fracção 4ºdireito Identificação e descrição de anomalias Verificou-se ligeira degradação do revestimento de estuque junto a vão de varanda da sala. Segundo depoimentos da condómina, as paredes foram alvo de intervenção recente. O pavimento flutuante em madeira apresentou zonas mais escurecidas devido à ocorrência de humidade, tendo-se aferido valores de humidade superiores a 20%. Constatou-se cota da soleira ao mesmo nível da cota do pavimento de varanda (figuras 8 e 9). Na suite verificou-se a mesma situação que na sala e início do descolamento de rodapé em madeira junto ao vão exterior. No interior da boxe localizada no piso -1 observaram-se fissuras na ordem de 0,1mm de espessura (uma na horizontal localizada sobre o vão exterior e outra orientada a 45º situada em parede sob o vão). Segundo depoimentos da condómina é frequente a infiltração de água pelas fissuras. A face exterior da parede (fachada posterior) é revestida a revestimento cerâmico. Não foi possível uma observação próxima em torno do vão exterior por se apresentar a uma cota elevada face à cota de arruamento. No entanto observou-se que o revestimento cerâmico apresentou algumas Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 5 de 28
6 deficiências na betumagem de juntas e na aderência ao suporte (constatou-se uma zona pontual sem revestimentofigura 10). Figura 7 Planta da fracção com localização de anomalias Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 6 de 28
7 Figura 8 Soleira do vão exterior com cota igual ao pavimento da varanda de sala Figura 9 Medição da percentagem de humidade em pavimento de madeira Figura 10 Destacamento pontual de revestimento cerâmico Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 7 de 28
8 4.3 Fracção 3ºesquerdo Identificação e descrição de anomalias Verificaram-se eflorescências no estuque em base de paredes adjacentes a vãos de varanda de sala (figura 12) e escurecimento de ombreiras de vão exterior de cozinha, devido à presença de humidade nas mesmas. Figura 11 Planta da fracção com localização de anomalias Figura 12 Eflorescências em base de parede de sala Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 8 de 28
9 4.4 Fracção 3ºdireito Identificação e descrição de anomalias Verificaram-se eflorescências em base de paredes em estuque em torno de vão exterior de sala registando-se valores com humidade superficial acima dos 80%. Os rodapés em madeira apresentaram-se com algum descolamento das paredes figuras 14 e 15. Na cozinha observaram-se manchas na coloração da pedra de soleira (figura 16), indiciando absorção de humidade pela mesma. Segundo depoimentos dos condóminos as ombreiras estavam revestidas com elementos de madeira sendo removidas pelo construtor após manifestação de humidade nas mesmas. Na suite verificaram-se zonas de escurecimento do pavimento em madeira, com maior ênfase perto do vão exterior aferindo-se valores de humidade superficial desde os 18%, ultrapassando-se os 20% em algumas zonas. Salienta-se que o valor máximo recomendado para madeiras é de 20%. Figura 13 Planta da fracção com localização de anomalias Figura 14 Eflorescências em parede de sala adjacente a varanda Figura 15 Descolamento de rodapé em parede de sala Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 9 de 28
10 Figura 16-Manchas de coloração amarela em soleira 4.5 Fracção 2ºdireito Identificação e descrição de anomalias Na sala verificaram-se ligeiros empolamentos do revestimento de tinta em base de paredes junto a vão de acesso à varanda e eflorescências na base de parede interior adjacente à cozinha. Mediram-se valores de humidade no estuque superiores a 100%. Segundo depoimentos dos condóminos as paredes foram pintadas recentemente, reincidindo manifestações de degradação nos revestimentos. As ombreiras interiores do vão exterior de cozinha apresentaram-se escurecidas na sua base apresentando valores de humidade superiores a 20% (figuras 19 e 20). Na suite verificaram-se manchas de coloração amarela na pedra de soleira e eflorescências na base de paredes junto ao vão de acesso à varanda (figuras 21 e 22). Constatou-se que o ralo se encontrava entupido. Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 10 de 28
11 Figura 17 Planta da fracção com localização de anomalias Figura 18-Eflorescências em parede de sala adjacente a varanda Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 11 de 28
12 Figura 19 Escurecimento da madeira de ombreira de cozinha Figura 20 Medição da percentagem de humidade em madeira Figura 21 Manchas de coloração amarela em soleira de vão exterior de suite Figura 22 Eflorescências em base de parede adjacente a vão exterior de suite 4.6 Fracção 1ºesquerdo Identificação e descrição de anomalias Na sala verificaram-se evidências de degradação do revestimento em estuque por ocorrência de infiltração de água, manifestando-se por destacamento do estuque, eflorescências e marcas de escorrências de água a partir do peitoril de vão exterior. Observou-se deficiente betumagem entre a pedra de ombreira do vão exterior e o revestimento cerâmico e a formação de verdetes na transição entre o revestimento de tinta e o cerâmico (figuras 24 a 26). As paredes em estuque junto a vão de acesso a varanda de sala apresentaram-se com degradação na sua base e na cozinha verificou-se escurecimento das madeiras de ombreiras do vão de acesso a estendal (figuras 27 e 28). Nas paredes exteriores observou-se fissuração do reboco e empolamentos do revestimento de tinta (figuras 29 e 30). Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 12 de 28
13 Figura 23 Planta da fracção com localização de anomalias Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 13 de 28
14 Figura 24 Degradação do revestimento de parede de sala devido à ocorrência de infiltração de água Figura 25 Degradação do estuque e marcas de escorrências de água a partir do peitoril Figura 27 Eflorescências em base de parede adjacente a vão de acesso a varanda de sala Figura 26 Deficiente betumagem entre a pedra de ombreira e revestimento cerâmico da fachada Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 14 de 28
15 Figura 28 Escurecimento de madeira de ombreira de cozinha Figura 29 Fissuração em parede exterior de varanda Figura 30 Fissuração e empolamento do revestimento de tinta Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 15 de 28
16 4.7 Fracção 1ºdireito Identificação e descrição de anomalias Na sala observaram-se eflorescências e destacamento do revestimento de tinta em base de todo o contorno de paredes, assim como algum descolamento dos rodapés. As ombreiras em madeira de cozinha apresentaram-se escurecidas na sua base devido à presença de humidade nas mesmas. Na suite verificou-se degradação do pavimento em madeira com maior ênfase junto a vãos exteriores e de ombreiras em estuque (figuras 34 e 35). No interior da boxe localizada no piso -2 constataram-se manchas de humidade na laje de tecto próximo da localização de tubagens (figura 36) e eflorescências ao longo da parede. Pela análise das plantas de arquitectura, verifica-se que a zona afectada localiza-se em prumada sob a zona de entrada do piso de estacionamento do piso -1. Nesta zona não se detectaram vestígios de infiltração de água mas pela fachada verificou-se ausência de selagem entre o portão seccionado e o revestimento cerâmico, levando-nos a crer ser um ponto de origem da infiltração de água no piso subjacente (figura 37). Figura 31- Planta da fracção com localização das anomalias Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 16 de 28
17 Figura 32 Eflorescências e destacamento do revestimento de tinta em parede de sala Figura 33 Descolamento de rodapé em parede adjacente a varanda Figuras 34 e 35 Degradação do estuque em base de paredes junto a vão de acesso a varanda de suite Figura 36- Manchas de humidade em laje de tecto Figura 37 Falta de betume na junta entre portão de garagem e revestimento cerâmico Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 17 de 28
18 4.8 Fracção Rés-do-chão direito Identificação e descrição de anomalias Na sala observaram-se eflorescências na base de paredes de sala, junto aos vãos de acesso a terraço e ligeiro descolamento de rodapés (figuras 39 e 40). A soleira apresentou-se ao mesmo nível que a cota de pavimento do terraço. Constatou-se fissuração horizontal em muro de terraço adjacente ao edifício vizinho, sendo esta fissuração característica de variações térmicas entre materiais com coeficientes de dilatação térmica diferentes. Figura 38 Planta da fracção com localização de anomalias Figura 39 Eflorescências em base de parede adjacente a vão de acesso a terraço Figura 40 Ligeiro descolamento de rodapés em face interior de parede exterior Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 18 de 28
19 Figura 41 Fissuração horizontal em muro adjacente a edifício vizinho 4.9 Fracção Rés-do-chão esquerdo Identificação e descrição de anomalias Na cozinha constatou-se escurecimento na base de ombreiras em madeira do vão de acesso a varanda (figuras 43 e 44), medindo-se valores acima dos 20% (valor máximo recomendado para madeiras). No tecto em gesso cartonado verificou-se evidência de manifestação de infiltração de água, observando-se a degradação do revestimento e as marcas de escorrências de água pela parede em estuque (figuras 45 e 46). Pelo exterior verificaram-se outras situações anómalas nomeadamente destapamento de tampa da coluna de ventilação localizada entre os pisos 1 e 2 (figura 48) e empolamentos do revestimento de tinta de parede exterior ao nível do 1º piso (figura 47). Na sala observaram-se evidências de ocorrência de infiltração de água em torno do ponto de luz do tecto (figura 49) e eflorescências na face interior de parede exterior junto a vão de acesso a terraço (figura 52), indiciando deficiências no remate do revestimento de impermeabilização do terraço com a parede da fracção. Observaram-se fissuras na ordem de 0,2mm de espessura em parede interior de hall e sala. No terraço constatou-se após a colocação de água no pavimento, uma deficiente pendente manifestando-se pelo empoçamento de água junto a soleiras dos vãos (figura 50). Observou-se fissuração horizontal com marcas de escorrências de água no muro adjacente ao terraço do edifício vizinho, indiciando anomalias no revestimento de impermeabilização nesse terraço (figura 51). Na boxe do piso -2 verificou-se mancha de humidade em courette junto a vão exterior (figura 53). Constatou-se que esta oculta parte da caixilharia (folha para ventilação). Pela fachada verificou-se deficiente selagem em torno da caixilharia e peitoril e deficiente betumagem do revestimento cerâmico localizado na zona sobrejacente ao vão (figuras 54 e 55). Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 19 de 28
20 Figura 42 Planta da fracção com localização das anomalias Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 20 de 28
21 Figura 44 Medição da humidade da madeira em ombreira de cozinha Figura 43 Escurecimento de madeiras de cozinha Figura 45 Manifestações de degradação do tecto por ocorrência de infiltração de água Figura 46 Marcas de escorrências de água em parede de cozinha Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 21 de 28
22 Figura 47 Fissuração e empolamentos do revestimento de tinta em varanda da fracção 1ºdireito Figura 48 Tampa da coluna de ventilação mal posicionada Figura 49 Manifestação de humidade por infiltração de água em tecto da sala Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 22 de 28
23 Figura 50 Empoçamento de água junto a soleira do vão exterior de cozinha Figura 51 Fissuração e escorrências de água pela fissura Figura 52 Eflorescências em face interior de parede exterior de sala Figura 53 Manifestação de humidade em courette de boxe Figura 54 Deficiências de betumagem no revestimento cerâmico Figura 55 Deficiente selagem em torno de caixilharia Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 23 de 28
24 5. Considerações finais A inspecção efectuada permitiu constatar anomalias comuns às várias fracções no que concerne à ocorrência de humidades, verificando-se evidências de manifestação das mesmas nas paredes e pavimentos adjacentes a varandas. Essas manifestações revelaram-se com menor intensidade em algumas fracções devido à existência de intervenção recente por parte dos condóminos e ao facto de nalgumas fracções o pavimento ser em revestimento pétreo que em comparação com os outros revestimentos em pavimento flutuante ter menor capacidade de absorção de humidade. Constatou-se degradação dos revestimentos sob a forma de eflorescências, empolamentos e destacamentos do revestimento de tinta, escurecimento de madeiras e descolamento de rodapés. As zonas afectadas correspondem à base de paredes junto a vãos de acesso a varandas e terraços, indiciando deficiências no sistema de impermeabilização das mesmas. Constataram-se ainda dois factores promotores de infiltração de água para o interior das fracções nomeadamente uma deficiente pendente nos pavimentos e o facto de a cota da pedra de soleira se apresentar à mesma cota do pavimento de varandas e terraços, dificultando o correcto remate das telas de impermeabilização. De notar ainda que o edifício está localizado numa zona de forte exposição ao vento, podendo agravar a situação. Na fracção 1ºdireito verificou-se para além das anomalias já indicadas outro foco de infiltração de água na sala, derivado muito possivelmente de uma incorrecta betumagem entre o revestimento cerâmico da fachada e a pedra de ombreira do vão. Na fracção do rés-do-chão esquerdo constataram-se também outros pontos de infiltração de água localizados em tecto e parede de sala, sendo uma causa potencial a infiltração de água pela varanda da fracção superior (no caso do tecto) e por deficiências nos remates de impermeabilização do terraço com a parede da fracção (situação de parede com eflorescências). Na cozinha, as manifestações de humidade no tecto e parede poderão dever-se como causa mais provável à infiltração de água pela coluna de ventilação, devido ao destapamento de uma das tampas das janelas de ventilação (localização entre o 1º e o 2º piso na mesma prumada da fracção). No entanto não se poderá excluir a hipótese de fuga pelas tubagens da fracção sobrejacente (fracção 1ºdireito) e a falta de estanquidade da varanda de estendal da fracção superior. No interior de três boxes constaram-se outras manifestações de humidade resultantes na sua maioria de anomalias na fachada com revestimento cerâmico e em torno de caixilharias. No capítulo seguinte serão apresentadas as especificações de reparação de modo a eliminar as anomalias observadas durante a inspecção. Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 24 de 28
25 6. Especificações técnicas de reparação 6.1INTRODUÇÃO Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa à elaboração de procedimentos de reparação referentes às anomalias observadas durante a inspecção técnica realizada nos dias 24 e 25 de Março de 2015 ao Condomínio sito no nº6 da Rua Afonso de Ornelas. No presente documento serão apresentados os procedimentos necessários para a realização de trabalhos de reparação das anomalias constatadas durante a inspecção REFERÊNCIAS - Relatório de inspecção - Fichas técnicas dos materiais escolhidos 6.3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO A presente proposta de reparação foi pensada de modo a restabelecer as condições iniciais dos elementos que actualmente se encontram degradados, incluindo no interior das fracções. Os trabalhos de reparação propostos respeitam o tipo de revestimentos existentes, de modo a evitar alterações do Projecto de Arquitectura. Nos pontos seguintes estão descritas e documentadas as soluções propostas, cuja implementação permitirá a eliminação das anomalias observadas durante a inspecção. Dado que as intervenções necessárias representam custos elevados, agruparam-se os mesmos por ordem de prioridade de urgência de reparação Prioridade Varandas e terraços De modo a eliminar as infiltrações de água no interior de fracções, propõe-se como medida prioritária a impermeabilização de varandas de cozinhas, salas e dos quartos que apresentaram manifestações de humidades, seguindo os seguintes procedimentos: Preferencialmente, antes da impermeabilização propõe-se a substituição das soleiras existentes com espessura superior ao existente, de modo que a cota das mesmas seja superior à cota final do pavimento das varandas e terraços. Recomenda-se que a soleira possua 2cm acima da cota final do pavimento das varandas. Esta solução obrigará à substituição das caixilharias existentes. Caso não seja efectuada esta alteração, deverá ser garantida que a cota final do pavimento de varandas e terraços seja inferior às soleiras. Para a impermeabilização deverão ser efectuados os seguintes procedimentos: a) Picagem e remoção dos revestimentos existentes, incluindo recolha e transporte a vazadouro. Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 25 de 28
26 b) Efectuar camada de betonilha de regularização e rectificação de pendentes. c) Aplicação de primário betuminoso tipo "Tecsol 1" nas zonas de aderência d) Aplicação das membranas betuminosas tipo "Ecoplas 40" + "Ecoplas PY 40" com sistema semi-aderente. A ligação da primeira camada de membrana ao suporte é feita por pontos ou por faixas regularmente espaçadas com recurso a chama de maçarico com excepção das zonas de remate que tem de ficar totalmente colada. A ligação da segunda camada à primeira é totalmente aderente. As membranas devem ser aplicadas em contrapendente e no mesmo sentido desde que as juntas de sobreposição da segunda camada fiquem desencontradas da primeira. As juntas de sobreposição deverão ter no mínimo 10cm de largura. Para o correcto remate das telas será necessário a abertura de roços em todo o perímetro de paredes emergentes, a 20cm de altura. Deverá ser dada especial atenção a remates com pontos singulares, nomeadamente soleiras, paredes emergentes e embocaduras de tubos de queda, respeitando sempre que aplicável as regras de boa arte no que diz respeito a remates. Nas figuras seguintes estão representados exemplos de uma correcta execução dos mesmos: Figura 1 Remate da tela de impermeabilização com soleiras Figura 2 - Remate da tela de impermeabilização com paredes emergentes Figura 3 - Remate da tela de impermeabilização com tubo de queda e) Colocação de camada geotextil com 300gr/m2 Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 26 de 28
27 g) Execução de betonilha em cimento e areia ao traço 1:4. Nos terraços deverão ser efectuadas juntas de esquartelamento na betonilha a cada 3,0m e com uma espessura mínima de 5 a 10mm. h) Colocação de pavimento cerâmico semelhante ao existente, utilizando para colagem do mesmo weber col flex S ou equivalente e para o preenchimento de juntas weber color premium ou equivalente, tendo o cuidado de distribuir o mais equitativamente possível as mesmas. As juntas de esquartelamento deverão ser seladas com mástique de poliuretano Sikaflex Pro-2 HP ou equivalente. No final de cada impermeabilização deverá ser realizado sempre que possível um teste de estanquidade, após o tapamento dos ralos e com permanência de lâmina de água durante pelo menos 72 horas. Para os trabalhos de impermeabilização, aconselha-se a contratação de empresas especializadas de modo a garantir a eficácia, correcta execução e durabilidade das soluções propostas Fachada Posterior Reboco pintado O revestimento de tinta exterior aparentou ser um revestimento de tinta membrana. Partindo deste pressuposto existem duas soluções possíveis: Opção 1: a) Selagem de fissuras As zonas com fissuração deverão ser previamente avivadas em forma de V e seladas com Altek ou equivalente. b) Remoção de empolamentos do revestimento de tinta e outras zonas com falta de aderência ao suporte c) Repintura de toda a fachada com o mesmo tipo de revestimento existente em duas demãos. Opção 2 (preferencial mas mais onerosa): a) Selagem de fissuras As zonas com fissuração deverão ser previamente avivadas em forma de V e seladas com Altek ou equivalente. b) Remoção integral da tinta existente para posterior pintura com tinta permeável ao vapor de água. A remoção deverá ser efectuada com jacto de água de alta pressão e manualmente com recurso a espátula. c) Pintura em duas/três demãos com tinta acrílica tipo Nováqua ou equivalente, após limpeza e aplicação de primário tipo Cinolite em uma demão. Nesta fachada deverá ainda ser efectuada uma revisão do posicionamento das tampas de janelas de ventilação. Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 27 de 28
28 Revestimento cerâmico Recomenda-se que seja efectuada uma sondagem por percussão do revestimento cerâmico com falta de aderência ao suporte e caso seja necessário a sua substituição nessas zonas com revestimento idêntico ao existente. A colagem deverá ser efectuada com Weber flex M ou equivalente e as juntas com betume Weber color premium ou equivalente. Deverá ainda ser efectuada uma revisão do material de preenchimento das juntas e efectuar nova betumagem das mesmas nas zonas em falta ou com degradação do betume Vãos exteriores Os vãos exteriores de varandas sujeitas a impermeabilizações e os vãos exteriores dos pisos -1 e -2 deverão ser alvo de selagem nas ligações entre elementos de cantaria exteriores e entre cantaria e revestimento cerâmico (no caso dos vãos exteriores dos pisos de estacionamento). A selagem deverá ser efectuada com mástique de poliuretano tipo Sikaflex 11 FC ou equivalente, incluindo a remoção dos mástiques deteriorados e a limpeza e preparação prévia de superfícies Intervenção no interior das fracções Após a reparação das zonas exteriores deverá ser contemplada a reparação de anomalias no interior das fracções. Deste modo foram previstas os seguintes procedimentos: - Nas zonas com apenas eflorescências proceder à remoção dos sais depositados na superfície da alvenaria com uma escova de aço, seguida de lavagem com água abundante. Deve-se repetir a operação até eliminação total dos sais. Quando o estuque se apresentar com degradação efectuar a picagem do mesmo e enchimento com nova massa de estuque seguido de um primário e nova pintura com tinta aquosa tipo Vinylsoft da Cin em duas demãos em toda a área de cada dependência de modo a eliminar diferenças de tonalidade dos revestimentos. - Substituição de pavimento flutuante, ombreiras com revestimento de madeira e rodapés nas zonas danificadas pela infiltração de água Prioridade 2 Por questões de manutenção, a fachada principal deverá ser intervencionada a médio prazo, de igual modo que a fachada posterior (ver ponto deste documento). Elaborado por: Rita Pinto, Eng.ª Civil Nota: A versão impressa do relatório em formato digital a enviar ao cliente, será autenticada pelo ISQ Diagnóstico Imobiliário ISQ SAVE Página 28 de 28
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