Núcleo de Educação a Distância UVAONLINE. Filosofia. Unidade 2: A Elaboração do Pensamento Filosófico

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1 1 UVAONLINE Filosofia Unidade 2: A Elaboração do Pensamento Filosófico

2 2 Aviso importante Este material foi produzido com o objetivo de permitir que você realize consultas off-line ao conteúdo do curso virtual. No entanto, alertamos para o fato de que o curso deve ser feito no modo digital. O conteúdo foi desenvolvido prevendo a utilização dos recursos que a mídia eletrônica pode oferecer. Através do ambiente UVAONLINE, a aprendizagem tornar-se-á mais fácil, ágil, interativa e eficaz. O texto que estamos disponibilizando para você, através desta apostila, deverá ser utilizado apenas como um reforço. Todas as práticas e atividades que devem ser realizadas ao longo e ao final de cada Unidade, só estão disponíveis no ambiente virtual. Lembramos ainda que, para obter aprovação, é necessário que você tenha realizado e enviado para o seu Tutor as atividades e avaliações propostas em todas as unidades da disciplina. Tenha um ótimo estudo!

3 3 Unidade 2 A Elaboração do Pensamento Filosófico Introdução Quando falamos em filosofia, costumamos remeter sua origem à Grécia Clássica, até porque nossa civilização ocidental se alicerça no pensamento grecoromano. Algumas pessoas perguntariam então: Só existe filosofia grega? Esta pergunta poderia ter resposta de várias maneiras, porque o próprio conceito de filosofia admite vasta pluralidade de acepções. Por exemplo, o termo filosofia pode ser empregado na vida cotidiana, relacionado a atitudes pessoais, ou mesmo ao esoterismo (numerologia, astrologia, meditação). Pode ainda, de um modo mais sistemático, referir-se ao pensamento oriental, que elaborou uma concepção a partir da formação do homem e de sua religiosidade. Isso quer dizer que os orientais vinculam o conhecimento com a purificação humana (Buddha) para alcançar a plenitude de sua vida (Nirvana). E o que tem de diferente a filosofia grega? Os gregos vão buscar, através da natureza e do pensamento racional do homem, estruturar o conhecimento totalmente desvinculado das religiões. Essa originalidade grega de criar um saber autônomo, sem nenhum apelo às crenças cristalizadas, vai fazer com que o conhecimento possa se desenvolver livremente, desapegado de qualquer ligação com o sagrado. Portanto, sempre que, academicamente, falarmos de filosofia, deve-se entender que estamos nos referindo à filosofia grega e ao imenso legado que esta civilização nos deixou como herança.

4 4 Objetivos da Unidade Esta unidade tem por meta explicitar as características elementares do pensamento filosófico e propiciar uma visão abrangente das mudanças contextuais ocorridas na história do conhecimento. Visa estimular no aluno uma atitude crítica e reflexiva. Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de: 1. compreender os fundamentos da filosofia; 2. aperfeiçoar, de modo claro e metódico, a elaboração de seu próprio raciocínio; 3. desenvolver um melhor entendimento acerca do processo de conhecimento e da realidade. Roteiro da Unidade Esta unidade está organizada em três lições e um texto de leitura adicional: Lição 2.1: A Propedêutica Filosófica Lição 2.2: A Questão do Método Lição 2.3: Inter e Transdisciplinaridade Texto: Sumário Filosófico

5 5 Introdução Lição 2.1 A Propedêutica Filosófica Talvez a palavra propedêutica cause um certo estranhamento, pelo fato de não fazer parte de nosso vocabulário do dia-a-dia. Mas esta estranheza tende a desaparecer, pois, aos poucos, vamos começar a utilizar uma linguagem mais específica em nossos estudos. Na verdade, todo curso acadêmico, ou toda e qualquer ciência, possui conceitos próprios para dar conta do discurso científico. Propedêutica significa um estudo introdutório, preliminar, que serve de fundamento teórico para as ciências. Nesta lição, vamos apresentar as noções básicas, ou seja, os princípios do conhecimento filosófico, considerando as diversas fases do pensamento da filosofia, a fim de demonstrar que os questionamentos dos primeiros filósofos ainda permanecem atuais, mesmo após 25 séculos. Por isso podemos repetir, como Léon Robin: "Nada há de morto no passado da filosofia". (In: VERGEZ, A. & HUISSMAN, D. A História dos Filósofos Ilustrada pelos Textos, p. 12). O Pensamento Reflexivo Antes do nascimento da filosofia, os gregos (da época arcaica) seguiam, basicamente, as leis e normas ditadas pelos guias da sociedade (em especial os reis e sacerdotes), que estabeleciam as regras de conduta sociais e morais a serem seguidas. É em meio a esse clima de aceitação passiva que a comunidade convivia com seu grupo e com a própria natureza, acreditando nos relatos que lhes era contado, sem nenhum tipo de discordância. Assim, num primeiro momento, a tentativa de entender o mundo era transmitida a todos por uma narrativa mítica que não possibilitava crítica ou questionamento, fazendo com que todos dessem seu assentimento àquelas histórias fantásticas. Muitas passagens míticas podem ser citadas para que se possa entender a necessidade daquele povo de encontrar uma certa tranqüilidade na relação do ser humano com a natureza, considerando que aqueles homens ainda não dominavam nenhum conhecimento dos fenômenos naturais existentes. Ou seja, por não entenderem de que modo aconteciam a chuva, a seca, a noite, o dia, os homens aceitavam tais fenômenos como vontade soberana dos deuses.

6 6 Por exemplo, no caso da agricultura reverenciava-se a deusa Deméter responsável pela boa ou má colheita. O respeito aos deuses era, portanto, uma maneira de acomodar e direcionar o homem num mundo que lhe era incompreensível. Rendendo-se ao sagrado, àquela verdade suprema e inquestionável dos deuses (das narrativas míticas), o homem se sentiria, então, mais seguro diante de tantos fatos para ele inexplicáveis. Mas, aos poucos, o contato com outros povos, cada qual com sua cultura específica, vai modificar o modo de ser desses grupos, em especial nas suas relações sociopolíticas. Além disso, a pluralidade cultural mostrará também outras fontes e formas para a explicação do mundo e dos fenômenos naturais, abalando, assim, a crença mítica de cada povo. Pode-se mesmo dizer que o contato com a diversidade, com a diferença, faz com que os gregos comecem a elaborar as primeiras explicações racionais da origem do cosmos, diferentes daquelas transmitidas pelas histórias míticas. Essa fase pode ser considerada como a passagem do mito à razão (ao logos). Isto é, há um abandono da interpretação do sagrado para se buscar uma explicação racional do cosmos, da natureza, do mundo. Essas duas etapas do pensamento costumam receber as seguintes designações: pensamento pré-reflexivo: corresponde à narrativa mítica e, por isso, está ligado ao senso comum um modo de conhecimento passivo, sem nenhum questionamento ou elaboração crítica, preso a crenças e preconceitos; pensamento reflexivo: concebido a partir de uma coerência lógica, que se relaciona ao bom senso uma reelaboração reflexiva das opiniões até então aceitas. Tal reflexão começa na Grécia com os chamados présocráticos, os primeiros pensadores a buscar, criticamente, explicações racionais para a origem de tudo. Esta posição crítica, de não-aceitação do pensamento pré-reflexivo, é a atitude do pensar filosófico, que se inicia com a admiração e o espanto (thauma). A admiração e o espanto mostram a atitude do filósofo que não se acomoda nem se acostuma com aquilo que já está estabelecido em relação ao conhecimento da realidade; para ele, não existe o óbvio; o filósofo está sempre atento em sua relação com os modos de conhecimento, havendo uma curiosidade infinita sobre tudo o que existe. Sócrates, por exemplo, criou o método da maiêutica (do grego, maieutiké = arte do parto), pela qual fazia com que o discípulo fosse induzido a aperfeiçoar seu conhecimento a partir de perguntas intencionalmente elaboradas. Segundo se

7 7 diz, a mãe de Sócrates era parteira e ajudava no nascimento dos bebês; Sócrates teria o mesmo intento: queria ajudar a dar à luz as idéias (o conhecimento). Outro método por ele elaborado era o da ironia, no qual utilizava um jogo de perguntas que colocava em evidência a contradição do seu opositor, fazendo com que este se conscientizasse de sua ignorância. Daí a expressão socrática: "Só sei que nada sei", que constitui, paradoxalmente, a única certeza do filósofo. O pensamento de Platão se alicerça especialmente na Teoria das Idéias (ou Teoria dos Dois Mundos, ou Teoria das Formas ), na qual ele estabelece a separação entre o mundo visível, das aparências, das cópias imperfeitas, da doxa (opinião) e o mundo invisível, do conhecimento, da verdade, da episteme (sabedoria científica). Essa teoria é explicada na "Alegoria da Caverna" (ou "Mito da Caverna"), cujo resumo é o seguinte: Os homens, desde seu nascimento, estariam acorrentados em uma caverna sem condições de mover-se para os lados, de tal modo que apenas poderiam ver a parede do fundo da caverna, na qual sombras eram projetadas. Ora, para estes homens que só haviam contemplado essas sombras, elas seriam a própria realidade. Mas, um prisioneiro consegue libertar-se e sair da caverna. De início, esse fugitivo é momentaneamente ofuscado pela claridade, e seus olhos têm grande dificuldade de adaptação à luz; mas ele não desiste e, aos poucos, sua vista se adapta à nova situação e ele consegue, então, contemplar a verdadeira realidade. A explicação dessa alegoria deriva, portanto, da teoria platônica dos dois mundos: o mundo visível dos prisioneiros na caverna não conduz ao conhecimento verdadeiro, pois mostra apenas um conhecimento de aparência e superficial; ao passo que a verdadeira realidade se encontra no esforço da busca pelo conhecimento na saída da caverna. Todo aquele que não se conforma com o que aparentemente é apresentado como verdade no nosso caso, o filósofo vive na busca infinita da verdadeira sabedoria. Aristóteles, discípulo de Platão, também aceitava a existência de uma essência única para todos os seres. Mas, ao contrário de seu mestre, essa essência estaria na própria coisa e não fora dela (como no mundo das idéias do pensamento platônico). Aliás, apenas a título de curiosidade, ou mesmo para um maior esclarecimento a respeito das posições platônica e aristotélica com relação à essência, vale

8 8 observar o detalhe central da obra do pintor renascentista Rafael, onde aparece Platão, apontando para o alto, tendo a seu lado Aristóteles, que, sugestivamente, estende a mão sobre o plano terreno. (Veja esse detalhe do quadro do pintor Rafael no ambiente on-line). Assim, podemos ver que a filosofia aristotélica valorizava a empeiria (em grego, experiência ), e enfatizava que a observação e a sensação também fazem parte de nossa realidade e possibilitam, portanto, a apreensão do conhecimento. Aristóteles discorreu, ainda, sobre os mais variados campos do saber, e, especialmente sobre a sistematização da Lógica considerada por ele uma propedêutica (um estudo introdutório), que visa indicar o caminho para o conhecimento, pois destaca a importância da organização correta das formas de pensamento. Os filósofos gregos, como vimos, se dedicavam ao conhecimento, à sabedoria, investigando a realidade, para além das aparências, a fim de buscar, com isso, o entendimento amplo e geral de todas as coisas existentes no cosmos. Na intenção de alcançar uma verdade absoluta, esses pensadores pretendiam chegar à essência última dos seres, ou seja, aquilo que designa o objeto, independentemente de suas particularidades. Por isso, considera-se que os filósofos antigos seguiam uma corrente metafísica (metà, prefixo grego, que significa para além de, acima de; e física, que corresponde ao aspecto físico dos objetos). Isso quer dizer que os estudos metafísicos se referem à pesquisa do conhecimento para além do mundo físico. Por exemplo: talvez pareça estranho, mas a idéia de mesa é abstrata (metafísica), pois, quando pensamos em mesa, não nos preocupamos com seus atributos, isto é, não nos interessa que a mesa seja de madeira, de ferro, pequena ou grande; o que importa conhecer é a idéia essencial dela, que é ser o objeto mesa e não outra coisa qualquer. Assim, podemos afirmar que toda idéia é metafísica, pois tudo é pensado em sua amplitude e generalidade.

9 9 Bibliografia sugerida para esta lição 1. CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Aprendendo a Pensar. Petrópolis: Vozes, Na Parte II, o Capítulo 1, O Pensamento Originário, trata, especificamente, do nascimento da filosofia grega, explicando as concepções dos filósofos présocráticos, de Sócrates, Platão e Aristóteles (pp ). 2. HAMILTON, Edith. A Mitologia. Lisboa: Publicações Dom Quixote, A Parte I, Os Deuses, a Criação e os Heróis Primitivos, se refere às principais divindades gregas, ao nascimento dos deuses e ao mito da criação do mundo (pp ). 3. JAPIASSÚ, H. & MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, JASPERS, Karl. Introdução ao Pensamento Filosófico. Trad. L. Hegenberg & O. S. Mota. São Paulo: Cultrix, Especialmente o Capítulo XIII, A Filosofia no Mundo, que enfatiza a atitude crítica do filósofo. Lição 2.2 A Questão do Método Introdução Como já tivemos a oportunidade de observar, a filosofia é, essencialmente, uma atitude e uma reflexão crítica diante do mundo. Essa reflexão não acontece aleatoriamente, mas sim se esforçando por organizar o pensamento a partir de uma investigação criteriosa e sistemática, com o auxílio de um método que proporcione o desenvolvimento coerente do pensar filosófico. Método (do grego methodos) significa o conjunto de normas que devem ser seguidas, permitindo determinar a verdade ou falsidade de algo. Portanto, todo estudo filosófico necessita de uma investigação consistente e de procedimentos rigorosos acerca de fundamentos teóricos, a fim de possibilitar a apreensão do conhecimento verdadeiro.

10 10 O Método da Dúvida Descartes, considerado o "pai da Filosofia Moderna", elaborou o seu método de busca do conhecimento de certezas evidentes a partir da dúvida metódica. A dúvida passa a ser o alicerce sobre o qual é construído o sistema cartesiano (relativo a Descartes). Ao duvidar metodicamente de tudo o que aprendera até então, Descartes acredita que só atingirá o conhecimento certo e evidente quando puder comprovar (matematicamente) as verdades absolutas. A primeira certeza obtida é a de que o homem é um ser pensante, pois o ato de duvidar é um ato do pensamento que resiste ao método da dúvida. Ou seja, quando eu duvido, eu penso (que duvido), e se eu penso, então eu existo. O método cartesiano segue, portanto, regras sistemáticas, desenvolvidas com rigor e consistência, no intuito de construir um caminho seguro que leve ao conhecimento verdadeiro. Do mesmo modo, toda reflexão filosófica requer uma coerência lógica e metódica na elaboração de suas teses. Para enfatizar esse rigor, vamos aqui reproduzir as características básicas da reflexão filosófica estabelecidas pelo professor Dermeval Saviani (da PUC de São Paulo e da Unicamp): a reflexão filosófica é radical, rigorosa e de conjunto. É radical porque pretende chegar ao princípio, à origem real do objeto de estudo, não aceitando o conhecimento aparente e sem profundidade; É rigorosa ao organizar um método eficiente, de rigor sistemático, a fim de possibilitar o rigor lógico do pensamento; E, por último, a reflexão filosófica exige uma visão de conjunto que permita uma investigação abrangente e globalizante do objeto estudado. Isto é, a visão de conjunto da reflexão filosófica deve considerar todas as relações possíveis para a compreensão dos fatos pesquisados, e não investigar o objeto de estudo isolado de seu contexto. Bibliografia sugerida para esta lição 1. LARA, Tiago Adão. Caminhos da Razão no Ocidente A filosofia ocidental, do Renascimento aos nossos dias. Petrópolis: Vozes, O Capítulo II, Razão ou Experiência?, explica, no início, a elaboração do pensamento cartesiano, bem como a sua metodologia (pp ). 2. MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, Para este tópico, veja, na Parte III: A Filosofia Moderna, o Capítulo 2, Descartes e a filosofia do cogito, que explica o sistema cartesiano, enfatizando a

11 11 metodologia empregada por Descartes para alcançar o conhecimento verdadeiro (pp ). 3. REZENDE, Antônio (org.) Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, Especialmente o Capítulo 5, O Racionalismo Cartesiano, do professor Hilton Japiassú, que se detém nas regras do método de Descartes (pp ). 4. SILVA, Franklin Leopoldo e. Descartes A Metafísica da Modernidade. São Paulo: Moderna, Na Parte I, O Pensamento de Descartes, é interessante a leitura do Capítulo 2, O Método, que esclarece, com muita propriedade, as regras da dúvida metódica (pp.25-44).

12 12 Lição 2.3 Inter e Transdisciplinaridade Introdução A necessidade de buscar um conhecimento abrangente da realidade vai superar o saber fragmentado que prevaleceu especialmente nos últimos quatro séculos de intenso desenvolvimento técnico-científico. Esta fragmentação do conhecimento do saber especializado, resultante da divisão das ciências em várias especialidades fez com que as investigações científicas abolissem, de seus métodos, a visão de conjunto, tão cara à filosofia. Tais setores experimentaram, assim, um avanço extraordinário em suas respectivas áreas; mas este avanço se deu relegando a segundo plano a importância da condição humana. Desse modo, a investigação científica se limita apenas ao objeto em questão, isolado em sua particularidade, e não em sua totalidade. Esse desenvolvimento técnico-científico, cada vez mais acelerado, afasta, portanto, o objeto estudado de suas relações de conjunto, as quais são imprescindíveis para a própria existência de tal objeto. Os Conceitos Embora seja um termo atual, sempre mencionado nos diversos cursos das faculdades, poucas pessoas compreendem realmente a noção de interdisciplinaridade (o prefixo inter refere-se a "interação"). A primeira questão que se coloca nesta abordagem é a importância do resgate da visão abrangente do conhecimento, desprezada por tanto tempo de especializações científicas fragmentadas. Ora, como já explicamos anteriormente, o saber é para ser refletido, pensado e criticado, mas não num sentido fechado, circular e desvinculado de suas relações; ao contrário, a busca do conhecimento deve se efetivar amplamente, com o auxílio de diversas disciplinas, cujos conteúdos possam interagir, a fim de proporcionar uma visão globalizante desses saberes. Por conseguinte, interdisciplinaridade significa uma interação entre disciplinas, num diálogo realmente recíproco entre as diversas áreas do conhecimento. Isso faz com que a interdisciplinaridade seja completamente distinta de outros conceitos comumente empregados, tais como os termos multidisciplinaridade e pluridisciplinaridade; pois esses conceitos designam apenas o acúmulo de disciplinas, e não necessariamente a interação entre elas.

13 13 Do mesmo modo que enfatizamos a importância da interdisciplinaridade na elaboração do conhecimento, cabe agora destacar uma terminologia renovadora e bem atual que é a noção de transdisciplinaridade (o prefixo latino trans significa "para além de"). Esse conceito, constantemente empregado por pensadores de nossa época, assume um papel bem mais abrangente do que as relações interdisciplinares. As investigações atuais requerem agora um estudo também interativo, mas que vá mais longe ainda dos procedimentos interdisciplinares. Com isso, a transdisciplinaridade vai indagar sobre a interação entre os saberes, ultrapassando, porém, as questões disciplinares para formar uma rede de relações entre os diversos campos dos saberes, capaz de interagir com a realidade como um todo, de forma a possibilitar um conhecimento integrado. Bibliografia sugerida para esta lição MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. Trad. Maria D. Alexandre & M. Alice S. Dória. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, Na Primeira Parte, Ciência com Consciência, o Capítulo 7, A antiga e a nova transdisciplinaridade, discute as relações entre a transdisciplinaridade e os domínios científicos (pp ). Bibliografia complementar da unidade 2 1. BUZZI, Arcângelo R. Introdução ao Pensar. Petrópolis: Vozes, A Parte I, Capítulo 2, A metafísica do ser, aborda o conceito de metafísica em diferentes correntes filosóficas (pp ). 2. CAMPBELL, Joseph. Título. São Paulo: Palas Athena, O Capítulo I compara as manifestações míticas de diversas épocas, interpretando os mitos antigos e as relações possíveis com os mitos contemporâneos (pp. 3-36). 3. GILES, Thomas Ransom. Introdução à Filosofia. São Paulo: EDUSP, Na 1ª Parte, A Filosofia e sua Problemática, o Capítulo 3, Filosofia e Métodos, vai explicar as regras da dúvida metódica cartesiana, no tópico 3.1: O método da dúvida (pp ). 4. JASPERS, Karl. Iniciação Filosófica. Lisboa: Guimarães Editores, No Capítulo II, observe os esclarecimentos sobre o espanto e a admiração, correspondentes à atitude filosófica (pp ). 5. JERPHAGNON, Lucien. História das Grandes Filosofias. Trad. Luís Eduardo L. Brandão. São Paulo: Martins Fontes, Em especial, o Capítulo 10, O conhecimento da natureza e da metafísica: o século XVII, que trata do método e da metafísica de Descartes (pp ).

14 14 Sumário da unidade 2 A atitude crítica característica do processo filosófico leva o homem a refletir sobre as questões fundamentais de sua existência, embora, normalmente, as pessoas sejam levadas a acreditar que a filosofia "é coisa de lunático", e que não tem nenhuma utilidade prática em nossa vida. Mas é exatamente por incentivar a atitude crítica do ser humano que a reflexão filosófica não é estimulada, pois o questionamento das normas estabelecidas incomoda os poderes políticos, quaisquer que sejam eles. Daí ser mais conveniente afirmar que a filosofia "é coisa de louco" e não serve para nada: afinal, um cidadão consciente, que reflete sobre os problemas políticos e econômicos da sociedade, é muito mais difícil de se deixar enganar pelos discursos demagógicos de certos governantes. Como observamos no estudo das lições desta unidade, a elaboração do pensamento filosófico vai exigir uma coerência metódica rigorosa em seu desenvolvimento, bem como um alicerce de base sólida, que possibilite o rigor na formulação do conhecimento. Atenção: As atividades práticas e as avaliações on-line estão indicadas no ambiente virtual, no menu CONTEÚDO DIDÁTICO, na opção UNIDADES.

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