Prof. Msc. Fábio Medeiros Cordeiro

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1 Prof. Msc. Fábio Medeiros Cordeiro

2 Origens da Filosofia Por José Lacerda INTRODUÇÃO À FILOSOFIA O consenso geralmente mais aceito é de que a Filosofia nasceu com os gregos, mais especificamente quando realizaram a passagem de um pensamento mítico para uma visão racional do mundo, da sociedade e dos seres humanos. Portanto, ao fazerem da Razão (em grego: Lógos) e não mais do Mito (Mythos) o fundamento de sua compreensão e interpretação dos fenômenos, eles criaram uma forma nova de ciência e de pensamento. Se antes os fenômenos eram governados por leis divinas, quase inacessíveis aos humanos, com o pensamento racional, é possível conhecer as regras do jogo do mundo e, com isso, conferir previsibilidade e controle sobre os fenômenos da natureza e da sociedade humana (que os gregos chamavam de Pólis). Já não são mais os deuses que governam o mundo e os humanos, mas sim leis intrínsecas às coisas. Tais leis dão-se a conhecer ao espírito que se utiliza da Razão (Lógos) para perscrutá-las. Portanto, esta passagem de uma visão mágica, mítica e religiosa do mundo para uma interpretação racional, humana, marca o nascimento da Filosofia no Ocidente e o início do período chamado Filosofia Antiga. Mas é preciso ter sempre presente que nada cai do céu e nem é dado de presente pelos deuses. A Filosofia nasceu fincada no chão da sociedade grega, sob condições políticas, econômicas e culturais que determinaram seu perfil, suas questões, seu modo de abordar a realidade, enfim, todo o edifício racional que fora construído pelos inúmeros pensadores. Vejamos alguns fatores determinantes. Liberdade religiosa Os gregos conseguiram alcançar um patamar de liberdade religiosa muito elevado em relação a outros povos da Ásia Menor e do Oriente Próximo. Enquanto em outras nações o poder religioso, aliado às monarquias de cunho tributário, servia para legitimar o Estado absoluto e o poder do rei, algumas cidades-estado da Grécia construíram uma relativa liberdade, baseada na autoridade do Pater Familias (o Pai de Família, dono de terras, casa, bens, escravos e mulher) que participava em diversas instâncias da vida pública. Os gregos já tinham consolidado a Pólis, criando, inclusive, conselhos religiosos para julgar as questões ligadas às práticas cultuais e ao ensino da doutrina. Um caso famoso de ação de um tribunal religioso é o de Sócrates, condenado à morte por perverter a juventude e ensinar-lhe coisas erradas sobre o culto e o comportamento dos humanos frente aos deuses. Falando assim, parece que a liberdade religiosa não existia na Grécia, mas é preciso ter em conta o fato de que, em outras circunstâncias, Sócrates não teria nem mesmo um julgamento num tribunal e seria condenado à morte pela sentença do rei. Transformações Econômicas O florescimento das cidades-estado deveu-se principalmente ao desenvolvimento da indústria artesanal e do comércio. Antes disso, a Grécia era predominantemente agrária, sendo dominada politicamente por grandes proprietários de terras. Neste contexto é mais compreensível que cultivasse uma visão mítica do mundo, mais ligada aos ciclos do clima. O crescimento industrial e comercial fez florescerem as cidades, fazendo surgir novos atores sociais os grandes comerciantes, por exemplo que começavam a dominar o cenário político e ameaçar o poder da nobreza fundiária. É nessas cirscunstâncias que a Filosofia nasce, fazendo justificar o poder emergente de comerciantes e artesãos. Foi assim que o pensador Anaximandro ficou famoso e recebeu honrarias por ter previsto um eclipse solar e, assim, tendo avisado os proprietários de plantações de azeitonas e os comerciantes, estes puderam antecipar suas colheitas e vender os frutos a um preço melhor. Este exemplo ilustra bem a mudança na mentalidade dos gregos provocada pela Filosofia nascida das transformações socioeconômicas e políticas: o poder do conhecimento humano agora pode

3 ser utilizado na previsibilidade dos fenômenos, influenciando fortemente na vida econômica e política. Por fim, cumpre notar que tais mudanças ocorreram primeiro nas colônias gregas da Ásia Menor (em Mileto, principalmente), expandindo-se, depois, para a região da Itália Meridional, chegando, então, ao centro da Grécia, em Atenas. Isto, porque, estando longe do controle central, puderam desenvolver instituições políticas autônomas e desenvolver um comércio próprio. Mudanças Políticas O surgimento da Filosofia está vinculado também ao processo de consolidação da democracia grega em torno da Pólis. A cidade-estado grega era o espaço legítimo e legitimador de sua liberdade, a ponto de o Estado tornar-se horizonte ético do homem grego. Esta é a base da sua cidadania: os cidadãos eram a finalidade última do Estado, o bem do Estado era seu próprio bem, sua liberdade, sua grandeza. De novo, é importante lembrar que a democracia grega valia apenas para os cidadãos. E quem eram os cidadãos? Havia algumas condições para que um homem pudesse ser considerado cidadão: primeiro, tinha que ser homem (varão), tinha que ser grego, possuir casa, riqueza e bens (escravos, mulher e filhos). Nota-se que bem poucos podiam participar desta cidadania. Mas, de qualquer forma, foi ela que inaugurou a Política ocidental, a aplicação da racionalidade no governo da sociedade e na práxis humana. A Filosofia nasceu realizando uma transformação gradual sobre os mitos gregos ou nasceu por uma ruptura radical com os mitos? Por Marilena Chauí O que é um mito? Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder, etc.). A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar). Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público, baseada, portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. E essa autoridade vem do fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu a narrativa de quem testemunhou os acontecimentos narrados. Quem narra o mito? O poeta-rapsodo. Quem é ele? Por que tem autoridade? Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que lhe mostram os acontecimentos passados e permitem que ele veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa transmiti-la aos ouvintes. Sua palavra - o mito é sagrada porque vem de uma revelação divina. O mito é, pois, incontestável e inquestionável. Como o mito narra a origem do mundo e de tudo o que nele existe? De três maneiras principais: 1. Encontrando o pai e a mãe das coisas e dos seres, isto é, tudo o que existe decorre de relações sexuais entre forças divinas pessoais. Essas relações geram os demais deuses: os titãs (seres semi-humanos e semidivinos), os heróis (filhos de um deus com uma humana ou de uma deusa com um humano), os humanos, os metais, as plantas, os animais, as qualidades, como quente-frio, seco-úmido, claro-escuro, bom-mau, justoinjusto, belo-feio, certo-errado, etc.

4 A narração da origem é, assim, uma genealogia, isto é, narrativa da geração dos seres, das coisas, das qualidades, por outros seres, que são seus pais ou antepassados. Tomemos um exemplo da narrativa mítica. Observando que as pessoas apaixonadas estão sempre cheias de ansiedade e de plenitude, inventam mil expedientes para estar com a pessoa amada ou para seduzi-la e também serem amadas, o mito narra a origem do amor, isto é, o nascimento do deus Eros (que conhecemos mais com o nome de Cupido): Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria, sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos e dormiu com o deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido), que, como sua mãe, está sempre faminto, sedento e miserável, mas, como seu pai, tem mil astúcias para se satisfazer e se fazer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida. 2. Encontrando uma rivalidade ou uma aliança entre os deuses que faz surgir alguma coisa no mundo. Nesse caso, o mito narra ou uma guerra entre as forças divinas, ou uma aliança entre elas para provocar alguma coisa no mundo dos homens. O poeta Homero, na Ilíada, que narra a guerra de Troia, explica por que, em certas batalhas, os troianos eram vitoriosos e, em outras, a vitória cabia aos gregos. Os deuses estavam divididos, alguns a favor de um lado e outros a favor do outro. A cada vez, o rei dos deuses, Zeus, ficava com um dos partidos, aliava-se com um grupo e fazia um dos lados - ou os troianos ou os gregos - vencer uma batalha. A causa da guerra, aliás, foi uma rivalidade entre as deusas. Elas apareceram em sonho para o príncipe troiano Paris, oferecendo a ele seus dons e ele escolheu a deusa do amor, Afrodite. As outras deusas, enciumadas, o fizeram raptar a grega Helena, mulher do general grego Menelau, e isso deu início à guerra entre os humanos. 3. Encontrando as recompensas ou castigos que os deuses dão a quem os desobedece ou a quem os obedece. Como o mito narra, por exemplo, o uso do fogo pelos homens? Para os homens, o fogo é essencial, pois com ele se diferenciam dos animais, porque tanto passam a cozinhar os alimentos, a iluminar caminhos na noite, a se aquecer no inverno quanto podem fabricar instrumentos de metal para o trabalho e para a guerra. Um titã, Prometeu, mais amigo dos homens do que dos deuses, roubou uma centelha de fogo e a trouxe de presente para os humanos. Prometeu foi castigado (amarrado num rochedo para que as aves de rapina, eternamente, devorassem seu fígado) e os homens também. Qual foi o castigo dos homens? Os deuses fizeram uma mulher encantadora, Pandora, a quem foi entregue uma caixa que conteria coisas maravilhosas, mas nunca deveria ser aberta. Pandora foi enviada aos humanos e, cheia de curiosidade e querendo dar a eles as maravilhas, abriu a caixa. Dela saíram todas as desgraças, doenças, pestes, guerras e, sobretudo, a morte. Explica-se, assim, a origem dos males no mundo. Vemos, portanto, que o mito narra a origem das coisas por meio de lutas, alianças e relações sexuais entre forças sobrenaturais que governam o mundo e o destino dos homens. Como os mitos sobre a origem do mundo são genealogias, diz-se que são cosmogonias e teogonias. A palavra gonia vem de duas palavras gregas: do verbo gennao (engendrar, gerar, fazer nascer e crescer) e do substantivo genos (nascimento, gênese, descendência, gênero, espécie). Gonia, portanto, quer dizer: geração, nascimento a partir da concepção sexual e do parto. Cosmos, como já vimos, quer dizer mundo ordenado e organizado. Assim, a cosmogonia é a narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo, a partir de forças geradoras (pai e mãe) divinas.

5 Teogonia é uma palavra composta de gonia e theós, que, em grego, significa: as coisas divinas, os seres divinos, os deuses. A teogonia é, portanto, a narrativa da origem dos deuses, a partir de seus pais e antepassados. Qual é a pergunta dos estudiosos? É a seguinte: A Filosofia, ao nascer, é, como já dissemos, uma cosmologia, uma explicação racional sobre a origem do mundo e sobre as causas das transformações e repetições das coisas; para isso, ela nasce de uma transformação gradual dos mitos ou de uma ruptura radical com os mitos? Continua ou rompe com a cosmogonia e a teogonia? Duas foram as respostas dadas. A primeira delas foi dada nos fins do século XIX e começo do século XX, quando reinava um grande otimismo sobre os poderes científicos e capacidades técnicas do homem. Dizia-se, então, que a Filosofia nasceu por uma ruptura radical com os mitos, sendo a primeira explicação científica da realidade produzida pelo Ocidente. A segunda resposta foi dada a partir de meados do século XX, quando os estudos dos antropólogos e dos historiadores mostraram a importância dos mitos na organização social e cultural das sociedades e como os mitos estão profundamente entranhados nos modos de pensar e de sentir de uma sociedade. Por isso, dizia-se que os gregos, como qualquer outro povo, acreditavam em seus mitos e que a Filosofia nasceu, vagarosa e gradualmente, do interior dos próprios mitos, como uma racionalização deles. Atualmente consideram-se as duas respostas exageradas e afirma-se que a Filosofia, percebendo as contradições e limitações dos mitos, foi reformulando e racionalizando as narrativas míticas, transformando-as numa outra coisa, numa explicação inteiramente nova e diferente. Quais são as diferenças entre Filosofia e mito? Podemos apontar três como as mais importantes: 1. O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são; 2. O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas, enquanto a Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais. O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os astros), terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com Urano e Ponto. A Filosofia explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação dos quatro elementos - úmido, seco, quente e frio, ou água, terra, fogo e ar. 3. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos. Condições históricas para o surgimento da Filosofia 1. As viagens marítimas 2. A invenção do calendário

6 3. A invenção da moeda 4. O surgimento da vida urbana 5. A invenção da escrita alfabética 6. A invenção da política Principais características da Filosofia nascente O pensamento filosófico em seu nascimento tinha como traços principais: tendência à racionalidade, isto é, a razão e somente a razão, com seus princípios e regras, é o critério da explicação de alguma coisa; tendência a oferecer respostas conclusivas para os problemas, isto é, colocado um problema, sua solução é submetida à análise, à crítica, à discussão e à demonstração, nunca sendo aceita como uma verdade, se não for provado racionalmente que é verdadeira; exigência de que o pensamento apresente suas regras de funcionamento, isto é, o filósofo é aquele que justifica suas ideias provando que segue regras universais do pensamento. Para os gregos, é uma lei universal do pensamento que a contradição indica erro ou falsidade. Uma contradição acontece quando afirmo e nego a mesma coisa sobre uma mesma coisa (por exemplo: Pedro é um menino e não uma menina, A noite é escura e clara, O infinito não tem limites e é limitado ). Assim, quando uma contradição aparecer numa exposição filosófica, ela deve ser considerada falsa; recusa de explicações preestabelecidas e, portanto, exigência de que, para cada problema, seja investigada e encontrada a solução própria exigida por ele; tendência à generalização, isto é, mostrar que uma explicação tem validade para muitas coisas diferentes porque, sob a variação percebida pelos órgãos de nossos sentidos, o pensamento descobre semelhanças e identidades. A filosofia como uma atividade de raciocínio complexo, rigoroso e abrangente com a finalidade de compreensão para uma atuação humanizadora no mundo. 1. Introduzindo Prof. Msc. Fábio Medeiros Tratar de filosofia em um contexto como o nosso é desafiador para quem ama a busca de tal saber. Há inicialmente dois desafios a serem enfrentados: O primeiro desafio é o de elaborar uma reflexão-estudo sobre a filosofia, filosofando, quando estamos humanamente focados em interesses de ordem material, social, político e econômico. É impensável não considerarmos que estamos cotidianamente inseridos em diversas situações, às quais nos empurram em busca de soluções práticas e imediatas. O segundo desafio encontra-se impreterivelmente ligado ao primeiro: despertar e fascinar tantos outros, como nós, seres humanos, para um contínuo despertar do exercício do pensar, do refletir filosoficamente. Mas, também, os desafios aqui apresentados nos provocam tanto o espanto e a admiração, quanto nos impulsiona a enfrentá-los de frente. Assim, ousamos encarar tais desafios. E nesse sentido, ao tomarmos conhecimento dos mesmos, nos é permitido inicialmente compreender e estabelecer uma diferença significativa entre o ato de pensar, de raciocinar (atividade caracteristicamente humana) e o ato de pensar de modo mais próximo à reflexão filosófica. Entretanto, não pretendemos considerar que a reflexão filosófica por si mesma, traga em si o pressuposto de ser a reflexão correta, verdadeira e irrefutável... mas, como a entendemos e pretendemos exercitá-la, trata-se de uma reflexão que exige cuidado metodológico, diríamos um cuidado muito especial, amorosamente elaborado, visando o manifestar-se da sabedoria.

7 2. O pensar Nossas ideias são expressões do nosso ato de pensar. Pensamos todos. As ideias testemunham a atividade do pensar. As ideias são oriundas de um imenso complexo de relações que estabelecemos com o que podemos chamar de mundo. Tais como: relações sociais (mundo humano), relações com as coisas (mundo material e/ou mundo dos entes), relações com a natureza e os outros seres que dela são co-participantes (mundo natural/mundo animal). As ideias podem ser expressas em diversas modalidades de linguagens (oral, escrita, simbólica...). Podemos afirmar que as ideias expressam também os nossos mais diversos sentimentos e juízos de valores que são constituídos culturalmente. Elas, as ideias podem tanto, conservar um mundo, transformar/construir um mundo, quanto destruir um mundo. Ideias podem expressar força e poder humanos. As ideias, atividade do nosso pensar, também podem ser consideradas como pontos de vista. Neste sentido nos recorda o filósofo Leonardo Boff que Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Considerando tal compreensão, poderemos afirmar por exemplo: 1. Do ponto de vista do nativo, pitoresco é o turista! 2. Do ponto de vista do indiano, quem está de luto se veste de branco! 3. Do ponto de vista do sul, o verão do norte é inverno! 4. Do ponto de vista do professor de filosofia, filosofia é uma intensa atividade de deleite; Do ponto de vista do estudante, filosofia é uma atividade fastidiosa, cansativa e inoportuna! 5. Do ponto de vista do indiano, a vaca é um animal sagrado; do ponto de vista do norteamericano, a vaca é um grande hambúrguer! Portanto, todos nós humanos-humanizados, pensamos! Em um certo sentido, pelo menos desse ponto de vista! 3. O pensar filosófico A filosofia é um modo de pensar, é um postura diante do mundo. Ela não pretende e não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. A filosofia é, antes de mais nada, um modo de se colocar diante da realidade, procurando refletir sobre os acontecimentos a partir de certas posições teóricas. A origem do pensar filosófico nos reporta aos filósofos gregos da Antiguidade, Platão e Aristóteles, os quais indicaram com precisão a experiência que, segundo eles, foi chamado de thauma (espanto, admiração, perplexidade). No diálogo platônico Teeteto, 155 c 8 encontramos: Teeteto - E, pelos deuses, Sócrates, meu espanto é inimaginável ao indagar-me o que isso significa; e, às vezes, ao contemplar essas coisas, verdadeiramente sinto vertigem.

8 Sócrates - Teodoro, meu caro, parece que não julgou mal tua natureza. É absolutamente de um filósofo esse sentimento: espantar-se. A filosofia não tem outra origem... A filosofia, pois, inicia quando algo desperta nossa admiração, espanta-nos, capta nossa atenção (que é isso? por que é assim? Como é possível que seja assim?), interroganos insistentemente, exige uma explicação. Portanto, a admiração e o espanto diante das coisas, interrogá-las, é próprio da condição humana. E se, por um lado, é normal ao ser humano espantar-se, interrogar, é por outro lado normal que não se espante nem se interrogue muito. Podemos afirmar, que sendo a maioria das pessoas pouco exigente, as explicações dadas pelo mito ou por quaisquer explicações prontas de uma cultura, bastam para quebrar o espanto nascente, e, assim sendo, a filosofia não acontece. Aliás, vale considerar o que nos afirma a filósofa Maura Iglesias (2008, p.15) é muito comum que as questões mais fundamentais nem cheguem a ser postas um ser humano pode crescer, assimilando com naturalidade as explicações dadas pela sua cultura sobre o mundo que o circunda, quer se trate do mundo físico, quer do social. As regras de conduta, o sistema de organização social muitas vezes não chegam a espantar ninguém. As pessoas crescem aceitando e assimilando sem discutir ou dialogar os papéis sociais que lhes são atribuídos, sem jamais questionar seu valor e seu porquê, como se tudo fosse parte da ordem natural e inevitável das coisas. Mas, a filosofia ousa existir, persiste, não desiste. Ela, a filosofia, é uma reflexão (do latim reflectere significa voltar-se para si mesmo) que permite ir além da pura aparência dos fenômenos, ela busca as suas raízes, a contextualização em um horizonte amplo, que abrange os valores sociais, históricos, econômicos, políticos, éticos e estéticos. Por essa razão, a filosofia pode se voltar sobre qualquer objeto. A reflexão filosófica é um jogo irreverente que parte do que existe, crítica, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida. Os pontos de vista, a partir da reflexão filosófica, são postos à dúvida, ao questionamento, à investigação, podendo ser assim revistos, reavaliados, recolocados de modo abrangente, contextualizados. A reflexão filosófica incomoda. Ela é questionadora. Não há área em que ela não se meta, não provoque o questionamento, não perturbe. Mas, tal atitude provocadora da filosofia não é gratuita, sem propósito, ao contrário, pois a maior parte dos filósofos ao indagar sobre a realidade de sua época, provocou o surgimento de novas possibilidades de comportamento e de relação social. Assim, a filosofia quer encontrar o significado mais profundo dos fenômenos. Não basta saber como eles acontecem, mas o que significam na ordem geral do mundo humano. Ela também emite juízos de valor ao julgar cada fato, cada ação em relação ao todo. Ela também

9 vai além daquilo que é, para propor o que poderia ser. É, portanto, indispensável para a vida de todos os seres humanos-humanizados e completos, cidadãos livres e responsáveis por suas escolhas. 4. O Processo da reflexão filosófica A filosofia não é tanto um saber como uma atividade: a da busca, a do cultivo do saber. O primeiro espanto talvez tenha sido involuntário; mas, depois que se torna amante da sabedoria, o filósofo torna-se amante do próprio espanto, que é a experiência que o joga na atividade da busca do saber, que é o objeto do seu amor. O filósofo é alguém que sabe manter viva a capacidade de se espantar. Lá mesmo, onde todo mundo está instalado, dentro do óbvio, o filósofo é aquele que chega e, com toda espécie de perguntas, dá uma sacudida e faz ver que nada é óbvio, e que tudo é mesmo de pasmar. Compreendemos que nada escapa à filosofia, ao seu questionamento: nem Deus, nem o homem e suas instituições, nem as ciências, seus métodos e seus resultados, nem os resultados do questionamento filosófico. Portanto, a atividade do filósofo, ou a reflexão filosófica é refletir sobre a realidade, qualquer que seja ela. Mas, tal reflexão não é qualquer reflexão ou pensar. A reflexão filosófica tem como parâmetro, a estratégia proposta pelo filósofo-educador Dermeval Saviani e que compreende três momentos interligados: a) Radical ir até a raiz dos acontecimentos, aos seus fundamentos; à sua origem, não só cronológica, mas no sentido de encontrar os valores originais que possibilitaram o fato. b) Rigorosa ou Crítica seguir um método adequado ao objeto de estudo, com todo o rigor, colocando em questão as respostas mais superficiais, comuns à sabedoria popular e a algumas generalizações científicas apressadas. c) De conjunto Contextualização os problemas são considerados dentro de um conjunto de fatos, fatores e valores que estão relacionados entre si e ainda relacionando-os a outros aspectos da situação da época. A reflexão filosófica assim, entendida, contribui para um pensar não meramente comum, mas sim diferenciado, propiciador de análise criteriosa, compreensão que permite ser construída numa interpretação lógica, analítica, crítica e contextualizada, possibilitando um leque de desbravamentos do conhecimento humano em vista de uma maior humanização. Referências: ARANHA, Maria L. de Arruda e Maria H. Martins. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, REZENDE, Antônio. Curso de Filosofia. 14ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

10 MODOS DO CONHECER Por Antônio Carlos Olivieri Há muitos modos de se conhecer o mundo, que dependem da situação do sujeito diante do objeto do conhecimento. Ao olhar as estrelas no céu noturno, um índio caiapó as enxerga a partir de um ponto de vista bastante diferente do de um astrônomo. O caiapó vê nas estrelas as fogueiras que alguns de seus deuses acendem no céu para tornar a noite mais clara. O cientista vê astros que têm luz própria e que formam uma galáxia. O índio compreende e conhece as estrelas a partir de um ponto de vista mitológico ou religioso. O astrônomo as compreende e conhece a partir de um ponto de vista científico. A mitologia, a religião e a ciência são formas de conhecer o mundo. São modos do conhecimento, assim como o senso comum, a filosofia e a arte. Todos eles são formas de conhecimento, pois cada um, a seu modo, desvenda os segredos do mundo, explicando-o ou atribuindo-lhe um sentido. Vamos examinar mais de perto cada uma dessas formas de conhecimento. O mito e a religião O mito proporciona um conhecimento que explica o mundo a partir da ação de entidades - ou seja, forças, energias, criaturas, personagens - que estão além do mundo natural, que o transcendem, que são sobrenaturais. Veja, por exemplo, o mito através do qual os antigos gregos explicavam a origem do mundo: No princípio era o Caos, o Vazio primordial, vasto abismo insondável, como um imenso mar, denso e profundo, onde nada podia existir. Dessa oca imensidão sem onde nem quando, de um modo inexplicável e incompreensível, emergiram a Noite negra e a Morte impenetrável. Da muda união desses dois entes tenebrosos, no leito infinito do vácuo, nasceu uma entidade de natureza oposta à deles, o Amor, que surgiu cintilando dentro de um ovo incandescente. Ao ser posto no regaço do Caos, sua casca resfriou e se partiu em duas metades que se transformaram no Céu e na Terra, casal que jazia no espaço, espiando-se em deslumbramento mútuo, empapuçados de amor. Então, o Céu cobriu e fecundou a Terra, fazendo-a gerar muitos filhos que passaram a habitar o vasto corpo da própria mãe, aconchegante e hospitaleiro. Assim como o mito, a religião, ou melhor, as religiões também apresentam uma explicação sobrenatural para o mundo. Para aderir a uma religião, é obrigatório crer ou ter fé nessa explicação. Além disso, é uma parte fundamental da crença religiosa a fé que essa explicação sobrenatural proporciona ao homem, uma garantia de salvação, bem como prescreve maneiras ou técnicas de obter e conservar essa garantia, que são os ritos, os sacramentos e as orações. Antes de seguir em frente, convém esclarecer que não vem ao caso discutir aqui a validade do conhecimento religioso. Em matéria de provas objetivas, se a religião não tem como provar a existência de Deus, a ciência também não tem como provar a Sua inexistência. E, a propósito disso, vale a pena apresentar uma outra narrativa filosófica: Certa vez, um cosmonauta e um neurologista russos discutiam sobre religião. O neurologista era cristão, e o cosmonauta não. Já estive várias vezes no espaço, gabou-se o cosmonauta, e nunca vi nem Deus, nem anjos. E eu já operei muitos cérebros inteligentes, respondeu o neurologista, e também nunca vi um pensamento. O mundo de Sofia, Jostein Gaardner, Cia. das Letras, 1995 A ciência A ciência procura descobrir como a natureza "funciona", considerando, principalmente, as relações de causa e efeito. Nesse sentido, pretende buscar o conhecimento objetivo, isto é,

11 que se baseia nas características do objeto, com interferência mínima do sujeito. Veja, por exemplo, a seguinte descrição científica: O coração é um músculo oco, em forma de cone achatado com a base virada para cima e a ponta voltada para baixo, do tamanho aproximado de um punho fechado. O músculo cardíaco é chamado de miocárdio. Sua superfície interna é recoberta por uma membrana delgada, o endocárdio. Sua superfície externa tem um invólucro fibro-seroso, o pericárdio. Grande Enciclopédia Larousse Cultural, 1998 Quando se fala em "mínima interferência do sujeito", quer se dizer que a descrição de coração proposta acima é válida independentemente do estudioso de anatomia que a formulou. A definição tradicional de ciência pressupõe que ela seja um modo de conhecimento com absoluta garantia de validade. A ciência moderna já não tem a pretensão ao absoluto, mas ao máximo grau de certeza. Quanto à garantia de validade, ela pode consistir: ( ) na descrição, conforme o exemplo acima; ( ) na demonstração, como no caso de um teorema matemático; ( ) na corrigibilidade, ou seja, na possibilidade de corrigir noções e conceitos, a partir dos avanços da própria ciência. Finalmente, é importante esclarecer que a aplicação da ciência resulta na tecnologia, ou no conhecimento tecnológico. O senso comum O senso comum ou conhecimento espontâneo é a primeira compreensão do mundo, baseada na opinião, que não inclui nenhuma garantia da própria validade. Para alguns filósofos, o senso comum designa as crenças tradicionais do gênero humano, aquilo em que a maioria dos homens acredita ou deve acreditar. A mais completa tradução do senso comum talvez sejam os ditados populares. A título de exemplo, eis alguns: ( ) "Cada cabeça, uma sentença." ( ) "Quem desdenha quer comprar." ( ) "Quem ri por último, ri melhor." ( ) "A pressa é a inimiga da perfeição." ( ) "Se conselho fosse bom, não era dado de graça." A filosofia Para Platão, a filosofia é o uso do saber em proveito do homem. Isso implica a posse ou aquisição de um conhecimento que seja, ao mesmo tempo, o mais válido e o mais amplo possível; e também o uso desse conhecimento em benefício do homem. Essa definição, porém, exige uma definição de benefício, que por sua vez exige uma definição de Bem. Para saber o que é o Bem, entretanto, também é necessário descobrir o que é a Verdade. Alguns filósofos, definem a filosofia como a busca do Bem, da Verdade, do Belo e de como os homens podem conhecer essas três entidades. Portanto, a filosofia toma para si a árdua tarefa de debater problemas ou especular sobre problemas que ainda não estão abertos aos métodos científicos: o bem e o mal, o belo e o feio, a ordem e a liberdade, a vida e a morte.

12 Vamos a um exemplo de texto filosófico, em que um filósofo norte-americano, John Dewey, procura refletir justamente sobre o que é senso comum: Visto que os problemas e as indagações em torno do senso comum dizem respeito às interações entre os seres vivos e o ambiente, com o fim de realizar objetos de uso e de fruição, os símbolos empregados são determinados pela cultura corrente de um grupo social. Eles formam um sistema, mas trata-se de um sistema de caráter mais prático que intelectual. Esse sistema é constituído por tradições, profissões, técnicas, interesses e instituições estabelecidas no grupo. As significações que o compõem são efeito da linguagem cotidiana comum, com a qual os membros do grupo se intercomunicam. Lógica, VI, 6, J. Dewey Tradicionalmente, a filosofia se divide em cinco áreas: Lógica, que estuda o método ideal de pensar e investigar; Metafísica, que estuda a natureza do Ser (ontologia), da mente (psicologia filosófica) e das relações entre a mente e o ser no processo do conhecimento (epistemologia); Ética, que estuda o Bem, o comportamento ideal para o ser humano; Política, que estuda a organização social do homem; Estética, que estuda a beleza e que pode ser chamada de filosofia da Arte. Convém concluir lembrando que a ciência e o pensamento científico se originaram com a filosofia na Grécia da Antiguidade. Com o passar do tempo, certas áreas da especulação filosófica, como a matemática, a física e a biologia ganharam tal especificidade que se separaram da filosofia. A arte O conhecimento proporcionado pela arte não nos dá o conhecimento objetivo de uma coisa qualquer, mas o de um modo particular de compreendê-la, um modo que traduz a sensibilidade do artista. Trata-se, portanto, de um conhecimento produzido pelo sujeito e pela subjetividade. Veja por exemplo o seguinte soneto, escrito pelo poeta baiano do século 17, Gregório de Matos, no qual ele dá a sua "visão" do braço de uma imagem do Menino Jesus que havia sido quebrada por holandeses protestantes, quando da invasão da cidade de Salvador: O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo. Em todo sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte Em qualquer parte sempre fica todo. O braço de Jesus não seja parte, Pois que feito Jesus em partes todo, Assiste cada parte em sua parte. Não se sabendo parte deste todo, Um braço que lhe acharam, sendo parte, Nos diz as partes todas deste todo.

13 Filosofia: Inútil? Útil? Por Marilena Chauí O primeiro ensinamento filosófico é perguntar: O que é o útil? Para que e para quem algo é útil? O que é o inútil? Por que e para quem algo é inútil? O senso comum de nossa sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e das ações, identificando utilidade e a famosa expressão levar vantagem em tudo. Desse ponto de vista, a Filosofia é inteiramente inútil e defende o direito de ser inútil. Não poderíamos, porém, definir o útil de outra maneira? Platão definia a Filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos. Descartes dizia que a Filosofia é o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes. Kant afirmou que a Filosofia é o conhecimento que a razão adquire de si mesma para saber o que pode conhecer e o que pode fazer, tendo como finalidade a felicidade humana. Marx declarou que a Filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo para transformá-lo, transformação que traria justiça, abundância e felicidade para todos. Merleau-Ponty escreveu que a Filosofia é um despertar para ver e mudar nosso mundo. Espinosa afirmou que a Filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade. Qual seria, então, a utilidade da Filosofia? Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes. ELEMENTOS DE LÓGICA Lógica é a ciência que pretende fornecer, mediante o estudo das estruturas do pensamento, as regras que devemos seguir se desejamos formular raciocínios válidos e corretos. Existem diversos tipos de lógica: lógica formal, material, matemática e etc. A lógica formal (ou menor ou aristotélica), por exemplo, se ocupa de nossos pensamentos apenas no que se refere a sua estrutura, ou o que quer dizer o mesmo, não se preocupa com a verdade, mas com a validade de nossos argumentos. Como é a base e o ponto de partida para todas as outras, nos ateremos a estudar seus princípios. A lógica (sobretudo a formal) constitui disciplina obrigatória dos cursos de graduação em filosofia, esta representa mais um "vestíbulo" ou uma "ante-sala" ao exercício filosófico do que propriamente um departamento. Aristóteles, por exemplo, a considerava enquanto um órganon, isto é, um instrumento, do qual se vale a filosofia a fim de proporcionar maior precisão e rigor em seus argumentos. Mas a lógica não é de propriedade exclusiva do filósofo. Todo aquele que deseja entender e desenvolver raciocínios matemáticos e científicos deveria estudá-la. Para uma boa redação é indispensável a união dos "3Cs", ou seja, coerência, clareza e coesão, no desenvolvimento de suas ideias. E nisto a lógica pode ajudar muito. A lógica, surge com os gregos. Mas foi especialmente com Aristóteles que adquiriu a sua completude e perfeição. Mas os antigos não foram os únicos que se dedicaram à lógica,

14 muito se discutiu sobre esse assunto. Alguns nomes importantes devem ser aqui lembrados. Entre os medievais: Porfírio, Boécio, Abelardo e S. Tomás de Aquino; entre os modernos: Leibniz, Wolff, Kant, Frege, Russel e Whitehead. Segundo ARISTÓTELES, o raciocínio, enquanto terceira operação do intelecto, pode ser assim definido: É um argumento em que estabelecidas certas coisas, outras coisas diferentes se deduzem necessariamente das primeiras. Ora, concluir a partir de premissas(ou antecedentes) nada mais é do que inferir. Por conseguinte, entende-se por INFERÊNCIA: a derivação de um juízo a partir de outro. São elementos de um raciocínio: Premissas ou antecedente - é a parte motora ou movente do raciocínio e que por isso o precede. Dessa forma: Conclusão ou consequente - é a parte movida ou causada [isto é, aquela que provém do antecedente]. Trata-se, com efeito, do desfecho e objetivo de todo raciocínio. Costumamos, em lógica, classificar os raciocínios ou argumentos em três tipos ou formas: Dedução - Um raciocínio dedutivo é aquele cujo consequente é inferido em função da conexão existente entre os conceitos que o compõe; movendo-se sempre no sentido do GERAL para o PARTICULAR. Indução - É aquele que parte do PARTICULAR para o GERAL. É o tipo de raciocínio de que se utiliza mais a ciência. Apresenta-se sempre como uma generalização a partir de dados ou fatos da experiência (em número suficiente). Está, sobretudo, fundada na relação de causa e efeito. Assim nos diz ARISTÓTELES: Ora, a indução é o ponto de partida que o próprio conhecimento universal pressupõe enquanto o silogismo procede dos universais". Analogia - Forma imperfeita de indução baseada na expectativa da repetição de determinadas circunstâncias anteriores. Assim, uma argumentação analógica move-se do PARTICULAR para o PARTICULAR ou mesmo do PARTICULAR para o GERAL, segundo critérios de semelhança, e, como tal, tem poucas possibilidades de acerto. O silogismo Segundo ARISTÓTELES: O Silogismo é um razoamento em que, dadas certas premissas, se extrai uma conclusão consequente e necessária, através das premissas dadas". Trata-se, pois, de uma forma perfeita do raciocínio dedutivo, donde só se é possível concluir em virtude de um termo comum (ou médio) às premissas. Elementos do silogismo 2.1. TERMOS - Segundo a primeira regra [ver] o silogismo contém somente três termos, a saber: Termo Menor [t] - isto é, o termo de menor extensão. É o sujeito da conclusão. Termo Médio [M] - isto é, o termo responsável pela união dos extremos na conclusão lógica, tornando assim possível o silogismo. Termo Maior [T] - isto é, o termo de maior extensão. Constitui o predicado (ou o atributo) da conclusão.

15 2.2. PROPOSIÇÕES - Também são em número de três, nomeadas segundo os termos que contém: Premissa Maior [PM] - aquela que contém o termo médio e o maior. Premissa Menor [Pm] - aquela que contém o termo médio e o menor. Conclusão [C] - aquela que contém os dois extremos [isto é, os termos maior e menor] Segundo os lógicos, existem oito leis ou regras do silogismo que nada mais são do que deduções dos princípios acima, visando sua maior operacionalização. Os escolásticos medievais, de modo a facilitar a sua memorização, expressaram essas oito regras sob a forma de versos em latim: 1ª REGRA - Três são os termos do silogismo: médio, (o extremo) maior e o (extremo) menor. 2ª REGRA - Na conclusão, os termos não devem ter maior extensão que nas premissas. 3ª REGRA - A conclusão nunca deve conter o (termo) médio. 4ª REGRA - O termo médio deve ser universal ou geral [isto é, deve ser tomado em toda a sua extensão] ao menos uma vez. 5ª REGRA - De duas premissas negativas nada se conclui. 6ª REGRA - Duas (premissas) afirmativas não podem gerar uma (conclusão) negativa. 7ª REGRA - A conclusão segue sempre a parte (ou premissa) mais fraca. Em conseqüência disso: Se um dos antecedentes for uma proposição negativa, a conclusão deverá ser negativa; e, Se um dos antecedentes for uma proposição particular, então a conclusão deverá ser particular. 8ª REGRA De duas premissas particulares nada se conclui. Falácias São argumentos que, apesar de falsos segundo a forma, têm a seu favor a "aparência" de um raciocínio legítimo. Usamos muitas falácias em nosso dia a dia, mas algumas pessoas são verdadeiras especialistas em enganar os outros com seus discursos. Se estivéssemos na Grécia de Platão, provavelmente, as chamaríamos de Sofistas, mas hoje em dia, sabemos que advogados, políticos e até mesmo professores também cometem erros do ponto de vista lógico. O que as diferencia é a intenção ou o desejo deliberado de enganar. As falácias, portanto, podem ser divididas, segundo a intenção do argumentador em: Sofismas ou falácias intencionais - argumentos tendenciosos que visam deliberadamente induzir-nos ao erro. É o caso de um advogado que, diante da inevitável condenação de seu cliente e réu, dirige-se ao júri para convencê-lo de sua inocência através de um "desvio" de assunto. [VER Ignorância da questão] Paralogismos ou falácias involuntárias - argumentos elaborados sem a intenção de nos enganar. É muito comum a utilização em nosso cotidiano de palavras com múltiplos sentidos ou mesmo empregadas de modo ambíguo. Mas, devemos, todavia, tomar muito

16 cuidado com os paralogismos, pois mesmo sem a intenção consciente, podemos levar outras pessoas a uma interpretação equivocada do que dissemos. Principais falácias (1) Ignorância da questão ou Conclusão Irrelevante - Caracteriza-se por um "desvio temático" na intenção de substituir o assunto em pauta por outro. (2) Petição de Princípio e Círculo vicioso - Apesar de serem duas falácias distintas encontramo-las quase sempre juntas em uma argumentação. Na petição de princípio tomamos por evidente aquilo que deveria aparecer na conclusão. O efeito círculo é provocado quando tentamos provar uma coisa pela outra - igualmente carente de demonstração, gerando o efeito "Tostines" (é fresquinho porque vende mais e vende mais porque é fresquinho...). (3) Apelo à ignorância - Baseia-se na impossibilidade momentânea de se demonstrar a sua contrária. Essa falácia é muito empregada sobretudo em questões polêmicas onde, até o momento, não ficou suficientemente demonstrada nem sua verdade ou mesmo sua falsidade. (4) Apelo à Piedade - Consiste no recurso à piedade ou compaixão dos envolvidos com o único intuito de justificar a inferência desejada. (5) Apelo à autoridade - Ocorre quando nos referimos à opinião (ou mesmo à figura) de indivíduos de prestígio para promover uma maior aceitação de argumentos que, na verdade, encontram-se além dos limites de sua especialização ou conhecimento. (6) Apelo popular ou populismo- Falácia muito utilizada pela mídia em geral e em campanhas eleitorais quando utilizam-se da opinião popular como fator relevante de convencimento. (7) Contra o homem - Quando ao invés de utilizar-se de meios legítimos, o argumentador ataca a pessoa em questão com a intenção de refutar a sua posição. (8) Recurso à Força- Falácia cometida quando o argumentador, visando legitimar a sua conclusão, se utiliza da "força" como forma de intimidação e convencimento. (9) Redução ao Absurdo Consiste em levar um determinado raciocínio, de modo indevido, ao extremo. (10) Paradoxo ou Oxímoro - Construto intelectual onde se parte de uma premissa que leva os contra-argumentadores a duas conclusões que se excluem mutuamente. (11) Falsa Causa - Argumento falacioso que conclui a partir de uma relação de causa e efeito fundamentada numa mera antecedência de fatos. (12) Causa Comum - Trata-se de uma "confusão entre causas e efeitos". Isso se dá quando dois acontecimentos são tomados como causa um do outro, esquecendo-se, porém, que ambos são causados por um terceiro. (13) Anfibologia ou Anfibolia - Falácia frequentemente utilizada pelas chamadas "ciências esotéricas" e que consiste no emprego de frases ou proposições ambíguas e vagas de modo a gerar múltiplas interpretações. (14) Equívoco e Ambiguidade - Apesar de serem duas falácias distintas, ambas induzemnos ao erro através dos múltiplos sentidos das palavras. Se no equívoco o argumentador utiliza-se de uma mesma palavra com sentidos diferentes para coisas igualmente distintas; na ambiguidade vê-se o emprego de palavras que nos levam a uma interpretação duvidosa do assunto em questão. (15) Pergunta Complexa - Consiste em elaborar uma pergunta cuja resposta implicará necessariamente na aceitação de outras premissas logicamente independentes

17 (16) [Falácia da] Composição - Ocorre quando atribuímos as características das partes ou dos indivíduos, considerados isoladamente, ao grupo. (17) [Falácia da] Divisão - Inverso da falácia anterior, a divisão ocorre quando atribuímos as características do todo ou do grupo às partes. (18) [Falácia da] Enumeração - Trata-se, na verdade, de uma indução pautada em casos insuficientes. Alguns autores a identificam com a falácia da generalização apressada. (19) Ênfase Ocorre quando algumas palavras são destacadas com o intuito de induzir o receptor ao erro devido à aparente mudança de significado. (20) Falsa Analogia Falácia que conclui, a partir de uma semelhança acidental ou superficial outras de maior importância. Trata-se, portanto de uma comparação inválida. (21) Falso Dilema Quando o argumentador oferece um número limitado de alternativas quando, na verdade, há mais. QUESTÕES DE VESTIBULARES Mito 1. O poeta Hesíodo no século VII a.c., relatou o mito da origem do mundo, segundo o qual Gaia (terra) surgiu do Caos inicial e, depois, pelo processo de separação, gerou Urano (céu) e Pontos (mar). Gaia uniu-se, então, a Urano e deu início às gerações divinas. Assim, nos mitos gregos, terra, céu e mar não são apenas seres da natureza, mas... a) sombras da natureza. b) humanos. c) frutos da poesia homérica. d) divindades. e) as alternativas A e B estão corretas. 2. As Histórias sobre os mitos gregos atravessaram o tempo e o espaço fazendo-se presentes em nosso cotidiano, entretanto saber sobre a veracidade dos deuses é muito menos interessante do que realmente significavam para os antigos gregos. Leia atentamente o texto e utilizando-se do que você aprendeu sobre a importância dos mitos para os antigos gregos, marque a única alternativa correta. a) Os mitos gregos foram importantes para a expansão territorial, pois serviam para justificar a superioridade sobre os outros povos. b) Os diversos relatos sobre os deuses gregos foram de grande importância para o surgimento da Filosofia. c) A reprodução dos mitos feita pelos antigos gregos era uma forma de expressar seus sentimentos e buscar a explicação para a origem do universo. d) Os mitos não tiveram importância para os gregos devido ao constante combate entre deuses e mortais. 3. (Cesgranrio-SP 2005) Alguns dos fatores socioeconômicos e culturais que favoreceram o nascimento da filosofia são: a) a decadência econômica das colônias gregas da Magna Grécia, após as invasões dóricas e a laicização da cultura, que se vai tornando mais cosmopolita. b) a passagem de uma economia nômade para uma economia agrícola e a existência dos escravos, liberando os gregos para a vida contemplativa.

18 c) a expansão do Império alexandrino até a Ásia menor, favorecendo o contato dos gregos com culturas de desenvolvido pensamento abstrato. d) o nascimento das cidades-estado e o concomitante desaparecimento dos mestres da verdade (o poeta, o adivinho e o mago). e) o fim da guerra do Peloponeso, a descentralização do poder de Atenas e a invenção da escrita, da moeda e do calendário. 4. (Cesgranrio SP 2005) Alguns estudiosos como Werner Jaeger atribuem um importante papel aos poetas Homero e Hesíodo na passagem do mito à filosofia porque, na poesia de ambos, a) o elemento fantástico torna-se ainda mais monstruoso do que nas narrativas míticas anteriores, contribuindo para estimular o já latente descrédito no mito e a busca de explicações racionais. b) os acontecimentos nunca são apresentados numa simples sequência narrativa, havendo uma preocupação em apresentar um nexo causal entre os motivos das ações e um esforço para apresentar a realidade em seu todo. c) os personagens míticos são representados completamente destituídos de poderes fantásticos e sobrenaturais, incitando a dúvida a respeito da veracidade de seus feitos e da inexorabilidade das leis divinas. d) a recorrência a certas idéias do orfismo, como a imortalidade e a transmigração das almas, conquista aos poucos a adesão dos gregos que abandonam sua religião oficial e retiram daí as bases para a nascente filosofia. e) a noção da justiça como virtude fundamental e condição das outras virtudes desaparece, dando primazia ao desenvolvimento da sabedoria concebida como a prática de ações em conformidade com o Logos. Origens da Filosofia Texto para as questões 1, 2 e 3 Certamente, se formos julgar a árvore plantada por Sócrates e regada por Platão por suas flores e folhas, ela será a mais nobre das árvores. Mas se adotarmos o simples teste de Bacon para a julgarmos pelos seus frutos, então nossa opinião sobre ela poderá ser menos favorável. Quando resumimos todas as verdades úteis que devemos a essa filosofia, qual a sua importância? Descobrimos, na realidade, provas abundantes de que alguns homens que a cultivaram eram de primeira ordem e intelecto. Encontramos, entre seus escritos, incomparáveis exemplos de arte dialética e retórica. Não temos dúvidas de que as antigas controvérsias eram úteis, à medida que serviam para exercitar a faculdade dos competidores; pois não há controvérsia mais inócua que não possa ter alguma utilidade nesse aspecto. Mas, quando procuramos alguma coisa a mais, algo que acrescente algum conforto ou alivie as calamidades da raça humana, somos obrigados a nos confessar desapontados. Vemo-nos forçados a dizer, como Bacon, que essa celebrada filosofia terminou em nada mais que disputas, e que ela não foi nem a viticultura nem a plantação de oliveiras, mas sim um intrincado bosque de espinhos, dos quais os que ali se perderam só trouxeram muitos arranhões e nenhum alimento. (T. Macauley, Critical and Historical Essays. Tradução livre) 1. O texto faz uma crítica ao pensamento de Platão (e sua base socrática), usando como argumento as ideias de Francis Bacon. Da sua leitura, percebe-se que, para Bacon, a função da filosofia é: a) estabelecer critérios precisos para distinguir o falso do verdadeiro. b) apresentar resultados práticos e utilitários para a sociedade. c) criar um mecanismo prático para a obtenção da verdade a partir de postulados e demonstrações.

19 d) definir normas de comportamento éticas, que possam nortear a vida em sociedade. e) oferecer ferramentas para uma argumentação de sucesso em caso de disputa retórica. 2. De acordo com o texto, a principal utilidade do platonismo está em: a) desenvolver um conhecimento prático que possa melhorar a vida dos homens. b) servir para justificar e legitimar o regime político democrático. c) ajudar a desenvolver a retórica, instrumento para obtenção do conhecimento verdadeiro. d) fornecer ferramentas para aliviar calamidades e aumentar o conforto humano. e) exercitar as mentes dos competidores no caso de controvérsias. 3. A expressão árvore plantada por Sócrates e regada por Platão faz uma referência: a) à releitura medieval da obra de Sócrates feita por Platão, a partir de textos preservados no Império Bizantino. b) ao fato de que Platão, ao dar continuidade à obra de Sócrates, inverteu alguns de seus princípios, conforme mostra o confronto entre os textos dos dois mestres.l c) ao fato de que Platão foi discípulo e seguidor de Sócrates, que aparece como personagem em inúmeros diálogos platônicos. d) irônica ao fato de que o seguidor de Sócrates foi Aristóteles, não havendo qualquer ligação entre aquele e Platão. e) às Guerras Médicas, que resultaram na destruição de Atenas e na perda do conhecimento socrático, reinventado por Platão anos depois. 4. A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e no-lo mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego. Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica Moderna. In: Os Pré-Socráticos. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, p. 43. Com base no texto e nos conhecimentos sobre Tales e o surgimento da filosofia, considere as afirmativas a seguir. I. Com a proposição sobre a água, Tales reduz a multiplicidade das coisas e fenômenos a um único princípio do qual todas as coisas e fenômenos derivam. II. A proposição de Tales sobre a água compreende a proposição Tudo é um. III. A segunda razão pela qual a proposição sobre a água merece ser levada a sério mostra o aspecto filosófico do pensamento de Tales. IV. O pensamento de Tales gira em torno do problema fundamental da origem da virtude. a) I e II. b) II e III. c) I e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

20 5. (UFPE -2009) Etimologicamente, o que significam os termos Cosmos, Physis e Ethos? a) Cosmético, Filosofar e Ética. b) Universo, Física e Moral. c) Beleza/Universo, Natureza e Habitação/morada. d) Cosmologia, Natureza e Ética. e) Harmonia/universo, Brotar e Étnico. 6. (UFPE 2009) A Filosofia, ao surgir na Grécia Antiga deve seu contexto basicamente: a) ao aparecimento de Sócrates como pensador. b) ao surgimento anterior da literatura, das navegações e contato com outros povos, da mitologia e da pólis gregas. c) ao surgimento da Lógica, da Teologia e da Mitologia. d) ao aparecimento dos sofistas e dos pitagóricos. e) ao surgimento da moeda, da agricultura, da escrita, da administração e do império de Alexandre, o grande. 7. (UEL- 2003) É correto afirmar que a filosofia: a) surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos. b) retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógicoargumentativas. c) reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina. d) desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos. e) estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição. 8. (Cesgranrio SP 2005) Em vários textos e manuais de introdução à filosofia, apresentase a tese de que a filosofia e a ciência ocidentais surgem na Grécia com uma explicação da realidade que difere do mito em diversos aspectos, sendo um dos principais a recusa do pensamento filosófico-científico de fazer apelo a forças sobrenaturais. Segundo esses textos e manuais, trata-se de uma tese a) adequada para descrever todo o período chamado "pré-socrático", exceção feita ao pensamento de Heráclito. b) constantemente rejeitada como sendo simplista, associada ao "milagre grego" defendido por Burnet. c) insustentável após a interpretação nietzscheana, segundo a qual a filosofia está sempre muitos passos à frente da ciência. d) importante mas imprecisa, em especial no que se refere à teoria pitagórica da transmigração das almas. e) adotada como formulação inicial e padrão para dar conta de uma questão que se admite ser, entretanto, mais complexa.

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