Sondagem com executivos estrangeiros

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1 Sondagem com executivos estrangeiros Rio de Janeiro Janeiro 2014

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3 Sondagem com executivos estrangeiros Introdução O Rio de Janeiro nunca viveu um cenário tão positivo de investimentos públicos e privados. Só em recursos financeiros, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Rio vai receber R$ 235,6 bilhões entre 2014 e Do total, 60% dos investimentos estão previstos para os setores de petróleo, gás e petroquímica; infraestrutura (incluindo investimentos para os Jogos Olímpicos); e turismo. O momento econômico favorável vivido pelo estado e a falta de mão de obra qualificada no mercado interno têm atraído profissionais do exterior que fogem da economia global estagnada. Em 2013, o Rio de Janeiro foi o estado que mais recebeu estrangeiros, com vistos concedidos, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego. Entre outros chamarizes de expatriados para o estado, estão as remunerações mais elevadas e as perspectivas de crescimento profissional. Tudo porque em diversas áreas, como petróleo, gás, energia, construção civil e tecnologia, a oferta de vagas supera o total de candidatos disponíveis. Com tantas obras previstas, o plano de importar colaboradores entrou no rol de prioridades de muitas empresas no estado. Apesar da grande necessidade de mão de obra qualificada para preencher as lacunas do mercado local, o país ainda não tem um ambiente favorável para a atração de profissionais capacitados do exterior. Foi o que concluiu a Sondagem com Executivos Estrangeiros, realizada pela PwC com o objetivo de avaliar, com base na opinião desses profissionais, quais são as potencialidades do estado e no que ainda é preciso avançar para torná-lo um anfitrião melhor de estrangeiros. A proposta é oferecer mais informações para as áreas de Recursos Humanos das empresas sobre como apoiar os profissionais estrangeiros e fazer da pesquisa uma ferramenta de auxílio aos governos para a construção de políticas ou ações que melhorem o ambiente de negócios e o dia a dia desses profissionais. Para realizar a pesquisa, ouvimos 97 expatriados, entre CEOs, CFOs, vice-presidentes, diretores, gerentes-gerais e gerentes de grandes empresas com sede no estado. Esses executivos de alta qualificação atuam nos setores de óleo, gás, serviços, finanças, telecomunicações, varejo, governo, navegação/ marítimo, construção civil, siderurgia, energia elétrica, fabricação de produtos de consumo, farmacêuticos, turismo/hotelaria, entre outros. Isso nos proporcionou uma amostragem rica e abrangente, sem predominância de um único segmento. 1

4 PwC A sondagem foi realizada entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, por meio eletrônico. A análise dos resultados fornece uma série de informações relevantes para os gestores de Recursos Humanos e instituições governamentais sobre, por exemplo, como foram os preparativos para a transferência do profissional, o processo de retirada de documentos legais, a assistência dada pelos empregadores, as vantagens e desvantagens do estado e até como o Rio de Janeiro se compara ao local de origem dos expatriados. A maioria dos entrevistados veio da Europa e dos Estados Unidos e não teve dificuldades em identificar pontos positivos do estado, como o cenário de beleza natural, o estilo de vida saudável, a hospitalidade do carioca ou fluminense, os alimentos frescos, a disponibilidade de profissionais que prestam serviços domésticos, além de opções turísticas e de lazer. O principal obstáculo encontrado pelos estrangeiros se refere à obtenção do visto de trabalho, que é ainda muito caro e complexo para as empresas. A burocracia é enorme e há relatos de profissionais que levaram até um ano para obtê-lo. Outras preocupações comuns entre os expatriados são a violência, o custo de vida e o trânsito na cidade do Rio de Janeiro, que, no período de aplicação dos questionários, era dificultado pela conclusão das obras de mobilidade urbana do Bus Rapid Transit (BRT) Transcarioca e pela eliminação do Viaduto da Perimetral, prevista no projeto Porto Maravilha na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Os resultados da pesquisa indicam que as vantagens do estado do Rio ainda superam os problemas. A maioria dos entrevistados está satisfeita com a sua vida no Rio. Muitos informaram que concordariam em estender sua permanência, em média de dois a cinco anos, no estado. A pesquisa foi realizada em um momento ingrato de obras com muito transtorno no trânsito, mas isso vai permitir que, em dois a três anos, a cidade tenha uma mobilidade urbana muito melhor. O Rio de Janeiro está numa fase de transformação e crescimento. Mas, para isso, é essencial que a cidade receba melhor os estrangeiros, afirma Márcio Marotti, diretor da PwC. Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego Atualizado: 31/12/

5 Sumário Caracterização da amostra 04 Dos planos à chegada ao Brasil 06 Primeiras impressões 08 A motivação da transferência 09 Os desafios da mudança e a assistência do empregador 10 A adaptação do estrangeiro 12 A avaliação do Rio: vantagens e desvantagens 13 A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos 15

6 PwC Caracterização da amostra Entrevistamos 97 executivos estrangeiros que atuam em cargos de alto nível gerencial ou de diretoria de empresas de grande porte, com base no estado do Rio de Janeiro. A maior parte dos entrevistados que participaram da pesquisa é formada por engenheiros, advogados, economistas, diplomatas, geólogos, jornalistas e cientistas, com pós-graduação e/ou doutorado e mestrado, ou seja, com alto nível de instrução. A maioria veio da Europa (61%), América do Norte (18%), América do Sul (15%), América Central (4%), Ásia (1%) e África (1%). O questionário foi respondido por estrangeiros, que, em grande parte (90%), moram no município do Rio de Janeiro, com exceção de 4% que vivem em munícipios limítrofes à cidade, Niterói e Nova Iguaçu, e de 6% que residem em Macaé, no interior do estado. Talvez pelo fato de muitos executivos trabalharem em empresas prestadoras de serviços do setor de óleo, gás e energia, grande parte dos entrevistados são homens (87%) e 13% mulheres, que estão entre 30 e 60 anos de idade. Quase todos os participantes da pesquisa são casados (80%) e 35% ainda não têm filhos. Entre os casados, a maioria (78%) não tem parceiros brasileiros. Ou seja, a vinda desses executivos para o país não foi determinada por um casamento com um cidadão local. O peso da opinião da família geralmente é importante para um executivo estrangeiro permanecer na nova cidade. Entre os entrevistados, 78% tiveram seus parceiros adaptados ao estilo de vida local, contra 22% para os quais as esposas ou os maridos não gostaram da transferência. Essa má adaptação pode ser explicada pela dificuldade dos cônjuges de expatriados de conseguir um visto de trabalho no país. Como o visto temporário permite somente que o executivo trabalhe, a maioria dos cônjuges (67%) fica sem permissão para atuar profissionalmente no Brasil. Esse é um dos obstáculos cuja solução pode ser analisada pelos governos e pelas gerências de Recursos Humanos das empresas. 4

7 Sondagem com executivos estrangeiros 90% Moram no município do Rio de Janeiro 18% Vem da América do Norte 4% Vem da América Central 15% Vem da América do Sul São provenientes 61% da Europa 1% Vem da Africa Vem da 1% Ásia 67% dos cônjugues não obteram licença para trabalhar 97 Executivos 97 Estrangeiros Engenheiros Jornalistas 21% Ficaram insatisfeitos com a cidade Advogados Cientistas 78% Parceiros conseguiram se adaptar a cidade Economistas 35% Não Possuem filhos Diplomatas 6% Residem no interior do estado do Rio de Janeiro 4% 81% Vivem em municípios ao redor como: Niteroi e Nova Iguaçu São casados 87% Homens 13% Mulheres 5

8 PwC Dos planos à chegada ao Brasil A maioria dos executivos estrangeiros (64%) chegou ao Brasil nos últimos cinco anos entre 2009 e O primeiro obstáculo encontrado pelos profissionais estrangeiros foi a burocracia para obter o visto de trabalho. A lentidão do processo e a falta de clareza sobre os procedimentos necessários exigem uma dose extra de paciência dos profissionais estrangeiros. Quando perguntados qual o tempo decorrido entre a data em que receberam a proposta de trabalho e a chegada ao Brasil, 54% responderam de um a seis meses, 21% disseram mais de um ano, 19% afirmaram entre seis meses e um ano. Entre os vistos mais solicitados estão o permanente (38%), geralmente destinado aos executivos de alto nível gerencial e para o qual a empresa contratante precisa provar um investimento mínimo de R$ 600 mil no país. O visto temporário com vínculo de emprego é o segundo mais pedido (32%) por técnicos ou gerentes que têm vínculo empregatício com a empresa no Brasil. O visto permanente em decorrência de vínculos familiares foi o retirado por 15% dos entrevistados. Nesse caso, o estrangeiro é casado com um cônjuge brasileiro ou tem filho(a) nascido(a) no Brasil. A grande maioria dos respondentes avaliou como ruim ou frustrante o prazo para obtenção de documentos legais exigidos, embora tenha considerado justos o atendimento e a assistência recebidos. Uma das orientações dadas por um dos executivos participantes da pesquisa foi providenciar com maior antecedência documentos escolares que demoram mais a ser expedidos pelas instituições de ensino. Tendo logo todos os papéis em mãos, fica mais rápido o processo, escreveu um dos executivos. Outra alternativa é contar com o suporte de uma empresa especializada nesse tipo de serviço. Quase todos os documentos são difíceis de obter no Brasil se não houver apoio de empresas especializadas, segundo os executivos. O mais difícil de todos é o visto de entrada (89%), seguido de carteira de identidade (88%), CPF Cadastro de Pessoas Físicas (84%), visto de trabalho (87%) e carteira de motorista (62%). A sondagem abriu espaço para que os participantes pudessem sugerir melhorias para esses serviços. Entre as sugestões apresentadas estão medidas para que o estrangeiro possa retirar seus documentos em um só local, mais informações e clareza nos procedimentos, prazos menores para entrega de vistos e melhor atendimento de funcionários que falem a língua inglesa aos estrangeiros. 6

9 Sondagem com executivos estrangeiros Chegada ao Brasil % dos executivos chegaram nos últimos cinco anos 2014 Entre os obstáculos encontrados pelos profissionais, destacou-se a burocracia e a lentidão durante o processo para a obtenção de documentos. Vistos mais solicitados Dificuldade na obtenção de documentos 38% Vistos permanente em decorrência de investimento 89% Visto de entrada 31% 15% Vistos temporário com vínculo de emprego Vistos permanentes em decorrência de vínculo familiar 88% 87% 84% Carteira de identidade Carteira de trabalho Cadastro de Pessoas Físicas 62% Carteira nacional de habilitação 7

10 PwC Primeiras impressões Tempo de permanencia planejado 1% Menos de 1 ano Ao chegar ao Rio de Janeiro, grande parte dos entrevistados se encantou com o clima tropical, as praias, o cenário de beleza natural, a hospitalidade dos moradores e o estilo de vida saudável, com muitas possibilidades esportivas dentro do estado. Entre outras vantagens apontadas pelos estrangeiros em relação a suas cidades de origem, estão a maior oferta de legumes e frutas frescas, ótimos restaurantes, vida social mais intensa, táxi barato e mais opções de turismo. A maior parte (42%) dos entrevistados planeja ficar de um a três anos no Rio, mas quase todo o restante pretende permanecer no Brasil por mais tempo: 26% de três a cinco anos, 23% entre cinco e dez anos e 8% mais de dez anos. Apenas 1% pensa em ficar menos de um ano. 42% 26% 23% 1 a 3 anos 3 a 5 anos 5 a 10 anos 8% Mais de 10 anos 8

11 Sondagem com executivos estrangeiros A motivação da transferência A motivação da transferência 54% 30% Possibilidade de uma boa posição profissional Vieram por iniciativa própria Em sua maioria, os executivos estrangeiros entrevistados (62%) já foram transferidos a trabalho para o exterior. Muitos deles, portanto, moraram em outros países antes de vir para o Brasil, em especial nações produtoras de petróleo, como Angola, Argélia, Canadá, Catar, China, Egito, México, Noruega e Venezuela. Um bom cargo garantido numa grande multinacional no Brasil incentivou a maioria dos executivos (54%) a se mudarem para o país. Apenas 30% vieram por iniciativa própria. A perspectiva de crescimento profissional foi um dos principais fatores de atração para 77%. O estilo de vida alegre e saudável dos moradores do Rio também foi importante para 30% dos entrevistados, seguido por remunerações mais elevadas (24%) e outras razões (19%), como uma oportunidade de trabalho na área de especialização, a possibilidade de morar perto da família do cônjuge, aprender a língua e conhecer a cultura brasileira. Antes de chegar ao Brasil, grande parte dos expatriados (49%) não falava suficientemente bem o português, contra 27% que já tinham bons conhecimentos da língua. Os que não dominavam o idioma (49%) levaram em média de um a três anos para ter fluência. Razões que atraíram os executivos 77% 30% 24% 19% 10% Fluência no idioma português 49% Perspectiva de crescimento profissional Estilo de vida carioca Remunerações mais elevadas Outras razões Oportunidade de negócio e investimentos Não tinham fluência no idioma português quando chegaram ao Brasil e aprenderam o idioma em até 3 anos 3 anos 2 anos 1 ano 9

12 PwC Os desafios da mudança e a assistência do empregador O fato de muitas empresas estarem investindo no Brasil aumentou a demanda por imóveis de alto padrão. Isso e o fato de a cidade do Rio de Janeiro sediar tanto os Jogos Olímpicos como a Copa do Mundo pressionaram os valores dos aluguéis de casas e apartamentos, que praticamente dobraram nos últimos anos. Essa foi uma tendência observada em toda a cidade, onde mora a maioria dos nossos entrevistados, mas principalmente nos bairros mais próximos ao Centro, como os da Zona Sul da cidade. A dificuldade de encontrar uma moradia é um dos motivos de frustração para os profissionais que se mudaram para o Rio nos últimos anos. Há muita demanda e pouca oferta de bons apartamentos. Os que existem são muito caros e estão em péssimo estado de conservação, relatou um dos executivos participantes da pesquisa. Além da dificuldade de encontrar uma residência satisfatória, os expatriados sofrem com o aumento do custo de vida na cidade, considerada uma das mais caras do mundo e a segunda do Brasil, atrás apenas de São Paulo. Outro desafio é a enorme espera para a chegada da mudança, o que leva geralmente de seis meses a um ano. Se eu soubesse que iria demorar tanto tempo assim, teria vendido meus móveis e comprado outros novos no Brasil, disse um dos entrevistados. Para compensar as dificuldades, além dos altos cargos e salários, as empresas têm oferecido benefícios bastante competitivos, como auxílio moradia (78%), auxíliotransferência (77%), equalização de impostos (60%), curso de língua estrangeira (58%), automóvel (57%), aumento salarial (50%), cargo de gerência (33%), promoção (32%), clube (13%) e outros incentivos (4%), como pagamento de aposentadoria, seguro de vida e contratação de empregados domésticos e motoristas custeados pela empresa. Na opinião da maioria dos executivos (73%), o auxíliomoradia oferecido pela empresa foi suficiente. Mais de metade deles (58%) não receberam um bônus de transferência como parte do pacote, mas, entre os que dirigem, 47% dispõem de um carro da empresa para locomoção ou de auxílio para compra de automóvel (31%). Além disso, 12% têm serviço de motorista ou carro alugado pela empresa. Do total, 70% dos entrevistados gostaram da assistência que a empresa forneceu para melhorar a adaptação deles ao país, o que geralmente inclui pacote de boasvindas, informações para a família sobre segurança, assistência para encontrar escolas, uma boa moradia e ajuda doméstica, contra 30%, que não ficaram satisfeitos. Quase todos os executivos (90%) informaram que a empresa também forneceu assessoria para o cumprimento de suas obrigações com impostos. 10

13 Sondagem com executivos estrangeiros Benefícios oferecidos Opinião dos executivos sobre os benefícios oferecidos 78% Auxílio moradia 77% 60% 58% Auxílio transferência Equalização de impostos Curso de língua estrangeira 57% Automóvel 50% 33% 32% Aumento salarial Cargo de gerência Promoção 73% Afirmam que o auxílio moradia oferecido pela empresa foi o suficiente 70% 90% Responderam estar felizes com a assistência que a empresa forneceu para melhor adaptação Informaram que a empresa para qual trabalham forneceu assessoria para o cumprimento de suas obrigações com impostos Opinião dos executivos sobre os benefícios oferecidos l ia 73% Afirmam que o auxílio moradia oferecido pela empresa foi o suficiente 70% 90% Responderam estar felizes com a assistência que a empresa forneceu para melhor adaptação Informaram que a empresa para qual trabalham forneceu assessoria para o cumprimento de suas obrigações com impostos 11

14 PwC A adaptação do estrangeiro Mesmo com todos os problemas encontrados para se mudar e se estabelecer no estado, 80% dos estrangeiros estão satisfeitos com sua qualidade de vida. Perguntados sobre o que os ajudou a se adaptar melhor à nova cidade, a maioria respondeu que foi a comida brasileira, o clima tropical, o trabalho, seguidos pela hospitalidade dos moradores e pela facilidade de se adaptar à língua e à cultura brasileira. Para grande parte dos executivos estrangeiros entrevistados, os moradores do Rio de Janeiro são mais alegres que as pessoas do seu país, mais tranquilos e mais pacientes em ajudar os estrangeiros. Outro ponto alto são as opções de lazer, que não faltam no Rio. Grande parte dos entrevistados e suas famílias passam seu tempo livre com amigos (78%), na praia (76%), viajando (58%), fazendo atividades esportivas (37%), em shows, museus e galerias de arte (31%), em eventos culturais (26%) e clubes (19%). Adaptação dos executivos estrangeiros na cidade Opções de lazer 80% Como grande parte dos executivos passam o tempo livre? Amigos 78% Dos estrangeiros estão felizes com sua qualidade de vida no Rio. Praia 76% Viagem 58% 12

15 Sondagem com executivos estrangeiros A avaliação do Rio: vantagens e desvantagens Custo de vida 96% $ Não estão satisfeitos A maioria dos entrevistados apontaram que o custo de vida no Rio é muito maior do que eles esperavam. Ao comparar o Rio de Janeiro com seu local de origem, a maioria dos executivos estrangeiros declara que a beleza natural e o clima tropical são excelentes e considera bons os cinemas, os teatros e museus, os parques municipais, os restaurantes, as escolas privadas, as universidades, os shoppings, os eventos esportivos, os táxis, o trabalho doméstico, o turismo e a possibilidade de viagens locais no estado. Alguns problemas, no entanto, também foram apontados, como o trânsito sempre congestionado, a sensação constante de insegurança, as instalações insatisfatórias dos aeroportos, a falta de limpeza nas ruas e os hospitais e serviços de saúde deficientes. Perguntados sobre do que sente mais falta no Rio em comparação com seu local de origem, a maioria respondeu a família e os amigos, seguidos de limpeza das ruas, cidadãos mais educados, trânsito organizado e menor custo de vida. Assim como os cariocas vêm sofrendo com o aumento do custo de vida no estado nos últimos anos, para quase todos os entrevistados (96%) o custo de morar no Rio é muito maior do que eles esperavam. Principais problemas apontados pelos executivos ao compararem suas cidades de origem com o Rio de Janeiro Segurança pública e pessoal 51% 32% 16% 1% Trânsito 48% 46% 7% 0% Fluência no idioma português dos entrevistados definiram como ruim a segurança no Rio. dos entrevistados se mostraram insatisfeitos dos entrevistados definiram como boa dos entrevistados definiram como excelente dos entrevistados definiram como ruim o trânsito no Rio. dos entrevistados se mostraram insatisfeitos dos entrevistados definiram como boa dos entrevistados definiram como excelente 66% Relatam que o nível de inglês é suficiente no setor empresarial e no ambiente de negócios para assegurar uma boa comunicação. 52% Dos executivos afirmam que o nível de inglês ainda precisa melhorar comparado aos outros países que não tem o inglês como idioma principal. 13

16 PwC Dentre as desvantagens mais destacadas pela comunidade de expatriados, estão a insegurança, a burocracia e o trânsito. Poucos investimentos em educação, na redução da burocracia e em segurança estão entre os gargalos que mais prejudicam o país como um todo. O sistema tributário também é um dos pontos negativos, por ser considerado extremamente complexo em comparação com o do país de origem. Outro ponto negativo apontado pelos profissionais estrangeiros, e que também afeta os turistas, é o fato de ainda serem poucos os estabelecimentos comerciais com atendimento satisfatório na língua inglesa. No setor empresarial e no ambiente de negócios, o nível de inglês é suficiente para assegurar uma boa comunicação para 66% dos entrevistados. Mas, mesmo assim, de acordo com 52% dos executivos, ainda precisa melhorar para se equiparar ao de outros países com os quais eles fazem negócio e que também não têm o inglês como principal idioma. Mesmo com tantos problemas e áreas que precisam avançar, 81% dos entrevistados afirmam que, se recebessem uma proposta para estender seu contrato por mais tempo no Brasil, aceitariam e ficariam em média entre dois e cinco anos a mais na cidade. 14

17 Sondagem com executivos estrangeiros A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos Faltando muito pouco tempo para sediar a Copa do Mundo, grande parte (60%) dos executivos estrangeiros que moram no estado do Rio ainda não acredita que o Brasil esteja preparado para receber grandes eventos desse porte, como os Jogos Olímpicos também. Predomina entre eles a visão de que, mesmo com todas as obras realizadas, a infraestrutura de transportes, os aeroportos e a rede hoteleira do Brasil não são suficientes. Já para os que acreditam que o país está preparado (40%), a boa organização da Copa das Confederações é o principal indicador disso. O grande desafio, segundo eles, serão as Olimpíadas: É preciso melhorar muito na acessibilidade, transporte e segurança, disse um dos entrevistados. Às vésperas da realização do maior evento de futebol do mundo no país, não podíamos deixar de perguntar sobre a expectativa deles em relação ao campeão desta edição do torneio. O Brasil lidera a preferência, seguido por Alemanha, Espanha, Itália e Argentina. Opinião dos executivos estrangeiros sobre o Brasil estar preparado para sediar grandes eventos 60% Contra Dos executivos não acreditam que o Brasil esteja preparado para sediar grandes eventos Dos executivos pensam que o país está preparado para sediar grandes eventos 40% Favoráveis

18 PwC Conclusão Como conclusão dos resultados obtidos na sondagem, destacamos os seguintes pontos de atenção em resumo: Pontos fortes O Rio de Janeiro é um bom lugar para se morar. Cenário de beleza natural e clima agradável. Oportunidades de crescimento profissional e remunerações elevadas. A hospitalidade dos moradores. Restaurantes, comércio e shopping centers. Opções turísticas na região. Opções de teatro, lazer e eventos culturais. Pontos de melhoria 16 Mais clareza, assistência e menos burocracia para obter a documentação para estrangeiros. Mais facilidade na autorização de trabalho para cônjuges de expatriados. Redução do custo de vida. Mais facilidade para encontrar uma boa moradia. Aperfeiçoamento da infraestrutura de trânsito, vias, rodovias e aeroportos. Aperfeiçoamento do transporte público. Ampliação da segurança pública. Sistema de saúde e educação pública melhor. Preparo do comércio regional para atender o público estrangeiro em inglês.

19 Contatos Ivan Clark Sócio Edmar Perfetto Sócio Vanessa Moreti Diretora Eduardo Faro Diretor

20 Siga-nos facebook.com/pwcbrasil 2014 PricewaterhouseCoopers Brasil Ltda. Todos os direitos reservados. Neste documento, PwC refere-se à PricewaterhouseCoopers Brasil Ltda., a qual é uma firma membro do network da PricewaterhouseCoopers, sendo que cada firma membro constitui se em uma pessoa jurídica totalmente separada e independente. O termo PwC refere-se à rede (network) de firmas membro da PricewaterhouseCoopers International Limited (PwCIL) ou, conforme o contexto determina, a cada uma das firmas membro participantes da rede da PwC. Cada firma membro da rede constitui uma pessoa jurídica separada e independente e que não atua como agente da PwCIL nem de qualquer outra firma membro. A PwCIL não presta serviços a clientes. A PwCIL não é responsável ou se obriga pelos atos ou omissões de qualquer de suas firmas membro, tampouco controla o julgamento profissional das referidas firmas ou pode obrigá-las de qualquer forma. Nenhuma firma membro é responsável pelos atos ou omissões de outra firma membro, nem controla o julgamento profissional de outra firma membro ou da PwCIL, nem 4pode obrigá-las de qualquer forma.