TREINO DO JOVEM TENISTA Conteúdos da preparação desportiva, tempo de treino e suporte familiar em jogadores de anos do Estado de São Paulo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TREINO DO JOVEM TENISTA Conteúdos da preparação desportiva, tempo de treino e suporte familiar em jogadores de 13-14 anos do Estado de São Paulo"

Transcrição

1 MARCELO NOLF FERREIRA BRANDÃO TREINO DO JOVEM TENISTA Conteúdos da preparação desportiva, tempo de treino e suporte familiar em jogadores de anos do Estado de São Paulo UNIVERSIDADE DE COIMBRA Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física SETEMBRO, 2011

2 UNIVERSIDADE DE COIMBRA Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física TREINO DO JOVEM TENISTA Conteúdos da preparação desportiva, tempo de treino e suporte familiar em jogadores de anos do Estado de São Paulo Dissertação de Mestrado em Treino Desportivo para Crianças e Jovens, pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, sob a orientação do Prof. Doutor Manuel João Coelho e Silva (Universidade de Coimbra) e Mestre João Valente dos Santos (Bolseiro Fundação para a Ciência e Tecnologia, investigador CIDAF). MARCELO NOLF FERREIRA BRANDÃO II

3 RESUMO O presente estudo teve por objectivo analisar o tempo de treino, o suporte familiar e os conteúdos da preparação desportiva de jovens tenistas do escalão sub-14 filiados à Federação Paulista de Ténis. Posteriormente, procurou-se apresentar informações que pudessem explicar os resultados encontrados, comparando-as com as informações indicadas na literatura para esta faixa etária. Foram utilizados o Inventário do treino técnico-desportivo do tenista (ITTT), o Questionário de suporte familiar à participação no desporto e uma ficha para o acompanhamento de treino dos atletas durante o ano. Os resultados indicaram que os atletas iniciaram a prática por volta dos sete anos de idade e têm vindo a praticar desde então. Treinaram, em média, 427 horas e realizaram 40 jogos durante a temporada. A taxa de lesões encontrada foi de 6,1 lesões para cada exposições, o que indica que a prática desportiva com jovens geralmente é segura. Os atletas revelaram uma maior aderência aos Golpes de Preparação (GP) em detrimento aos Golpes de Definição (GD), o que revela uma especialização precoce destes jovens tenistas. Quanto ao suporte familiar, 90% dos pais serviram, de alguma maneira, como modelo para a participação desportiva e 85% dos pais deram, no mínimo, algum suporte emocional em relação ao envolvimento de seus filhos no desporto. Os pais dos atletas forneceram ainda um grande apoio financeiro, porém atribuíram pequena importância ao sucesso desportivo de seus filhos. Palavras-chave: Ténis, tempo de treino, especialização, suporte familiar. III

4 ABSTRACT The aim of the present study was to analyze the training time, family support and the contents of the preparation of young tennis players in the under-14 level affiliated to the Sao Paulo Tennis Federation. Later, we tried to present information that might explain the results, comparing them with the information indicated on the literature for this age group. We used the Inventory of technical training for tennis (ITTT), the Questionnaire of family support for participation in sport and a form for monitoring the athletes training during the year. The results indicated that the athletes began the practice around seven years old and have been practicing since that. They have trained an average of 427 hours and played 40 matches during the season. The injury rate found was 6.1 injuries per exposures, indicating that youth sports are generally safe. The athletes showed a greater adherence to the preparation techniques (GP) over the definition techniques (GD), with reveals an early specialization of these young players. About family support, 90% of the parents served, in some way, as a role model for sport participation and 85% of the parents provided, at least, some emotional support for the involvement of their children in sport. The parents of these athletes still provided a great financial support, but attached little importance to the sport success of their children. Keywords: Tennis, practice time, specialization, family support. IV

5 RESUMEN El presente estudio tuve como objetivo analizar el tiempo de entrenamiento, apoyo familiar y contenidos de la preparación deportiva de jóvenes tenistas infantiles filiados a la Federación Paulista de Tenis. Más tarde, hemos tratado de presentar informaciones que podrían explicar los resultados obtenidos, comparándolos con la información indicada en la literatura para este grupo de edad. Se utilizó el Inventario del entrenamiento técnico-deportivo del tenista (ITTT), el Cuestionario de apoyo familiar a la participación deportiva y una ficha para el seguimiento de los entrenamientos de los deportistas durante el año. Los resultados indicaran que los atletas comenzaran la práctica a los siete años y he estado practicando desde entonces. Entrenaran, en media, 427 horas y realizaran 40 partidos durante la temporada. El índice de lesiones que se encontró fue de 6,1 lesiones para cada exposiciones, lo que indica que el deporte de jóvenes en general es seguro. Los atletas mostraran una mayor adherencia a los golpeos de preparación (GP) en relación a los golpeos de definición (GD), lo que revela una especialización temprana de estos jóvenes. En cuanto al apoyo de la familia, 90% de los padres servirán, de alguna manera, como un modelo para la participación deportiva y 85% de los padres fornecerán, al menos, algún apoyo emocional con respecto a la participación de sus hijos en el deporte. Los padres de los atletas ofrecerán un gran apoyo financiero, pero atribuirán poca importancia a los éxitos deportivos de sus hijos. Palabras-clave: Tenis, tiempo de práctica, especialización, apoyo familiar. V

6 ÍNDICE GERAL ÍNDICE DE TABELAS... ÍNDICE DE ABREVIATURAS... VIII IX 1 INTRODUÇÃO Pergunta Geradora de Pesquisa Sub-questões REVISÃO DE LITERATURA Talentos Participação no Desporto Treino Desportivo a Longo Prazo Especialização Prática Deliberada Suporte Familiar Alto Rendimento METODOLOGIA Amostra Instrumentos Procedimentos Análise dos Dados RESULTADOS 23 5 DISCUSSÃO Idades de início da prática Tempo de treino Conteúdos da preparação desportiva Suporte familiar CONCLUSÕES REFERÊNCIAS VI

7 8 ANEXOS Inventário do Treino Técnico-desportivo do Tenista Questionário de Suporte Familiar à Participação no Desporto Acompanhamento de Treino VII

8 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 Características da amostra Tabela 2 Parâmetros de preparação desportiva para a totalidade da amostra Tabela 3 Estatística descritiva resultante da aplicação do inventário do treino técnico-desportivo do tenista para a totalidade da amostra Tabela 4 Frequência de resposta quanto à dimensão de modelação da prática desportiva Tabela 5 Frequência de resposta à questão do apoio financeiro do questionário de suporte familiar Tabela 6 Frequência de resposta nas questões relacionadas com o suporte emocional prestado pelos pais Tabela 7 Frequência de respostas na dimensão relacionada com a importância de sucesso no desporto.. 27 Tabela 8 Frequência de resultados de análise da dimensão Modelação da prática desportiva, Apoio financeiro, Suporte emocional e Importância do sucesso no desporto para a totalidade da amostra VIII

9 ÍNDICE DE ABREVIATURAS 14MA 14MC CBT FPT GD GP ITF ITTT RFET TTEP - 14 Anos Masculino A - 14 Anos Masculino C - Confederação Brasileira de Ténis - Federação Paulista de Ténis - Golpes de Definição - Golpes de Preparação - Federação Internacional de Ténis - Inventário do Treino Técnico-desportivo do Tenista - Real Federação Espanhola de Tenis - Treino Técnico-desportivo Especializado Precocemente IX

10 1 INTRODUÇÃO Como resultado do aumento da importância do sucesso no desporto na sociedade moderna, o aumento contínuo no número de jovens atletas e o aumento da sofisticação dos métodos de treino, como a preparação psicológica, melhoria na qualidade dos equipamentos e estrutura de treino, o nível competitivo aumentou ao ponto em que apenas os atletas extremamente talentosos e bem preparados são potencialmente capazes de atingir o status de atletas de elite (Visscher, Elferink-Gemser & Lemmink, 2004). Quando os atletas de alto nível exibem sua performance em público, a execução parece tão fácil e natural que somos levados a atribuir isso a talentos especiais. No entanto, uma certa quantidade de treino e conhecimento sobre a prática deliberada se faz necessária (Ericsson & Lehmann, 1996). As pesquisas laboratoriais sistemáticas não fornecem evidências para o talento inato dos atletas, mas mostra que habilidades excepcionais são adquiridas freqüentemente em condições óptimas de treino (Ericsson & Charness, 1994). A alta performance desenvolve-se gradualmente e normalmente atinge o seu pico mais de uma década após a maturação biológica (Ericsson & Ward, 2007). As medidas das capacidades básicas gerais não predizem necessariamente sucesso em um determinado domínio. As diferenças sistemáticas entre os profissionais de alto rendimento e outros indivíduos refletem atributos adquiridos pelos profissionais durante seus anos de treino (Ericsson & Lehmann, 1996). Ericsson, Prietula & Cokely (2007) afirmam que a prática deliberada se relaciona com esforços consideráveis, específicos e sustentados para se melhorar alguma deficiência. A quantidade acumulada de prática deliberada é estreitamente relacionada com o nível de performance atingido pelos atletas. Deste modo, os maiores níveis da performance humana em diferentes domínios só podem ser atingidos após aproximadamente 10 anos de atividades diárias de prática deliberada. Durante estes anos de desenvolvimento, os atletas de elite se dedicam a mais de horas de prática deliberada (Ericsson & Cherness, 1994; Ericsson & Lehmann, 1996; Ericsson & Ward, 2007). O início da prática desportiva se dá muitas vezes por forte influência dos pais e familiares. Ericsson (1996) afirma que o envolvimento da família é um factor importante no desenvolvimento de jovens atletas talentosos. Estudos recentes sugerem que aqueles indivíduos que atingem um alto nível de performance no desporto têm pais com grande expectativa sobre sua realização no desporto (Côté, 1999). Para Ericsson, Krampe, Tesch- Romer (1993), as condições ambientais e o suporte familiar, mais que o talento, podem ser factores importantes para se determinar o princípio do treino e o nível de performance atingido. Visscher et al. (2004) afirma que o modelo de prática desportiva dos pais pode ter um efeito importante na prática desportiva dos filhos. Para Coté (1999), o modelo dos pais é uma influência importante para os filhos na aquisição de valores, atitudes e comportamentos positivos na prática do desporto e da actividade física. 1

11 Para Balyi (2005), um grande envolvimento na etapa de fundamentos é essencial para desportos de especialização tardia, como o ténis. A construção dos pressupostos para o rendimento desportivo no ténis deverá fazer-se fundamentalmente no quadro de uma formação motora e desportiva não especializada, na qual assentem-se os princípios da diversidade de actividades e da formação multilateral (Balbinotti, Balbinotti, Marques & Gaya, 2005). No entanto, a busca incessante de resultados positivos nas competições faz os jovens tenistas se especializarem cada vez mais nas jogadas que trazem vitórias a curto prazo. Priorizar a formação integral da técnica desportiva se constitui num verdadeiro desafio contra a tendência da orientação para a obtenção de resultados imediatos (Gottfried, 1994; Sammel, 1995). Se houvesse equilíbrio no treino de todas as jogadas, mesmo que o desempenho fosse qualitativamente diferente, ainda assim, teríamos as jogadas mais deficientes em processo de desenvolvimento para que na fase adulta pudessem corresponder às expectativas do tenista vencedor (Balbinotti et al., 2005). 1.1 Pergunta Geradora de Pesquisa O escalão de 14 anos corresponde a uma etapa em que se realiza um prognóstico do potencial desportivo de um jovem tenista. Nesse sentido, foi estudado o contributo do suporte familiar, da quantidade de treino e dos conteúdos da preparação desportiva capazes de explicar o sucesso desportivo traduzido pela inclusão de alguns jovens atletas na melhor categoria até 14 anos de tenistas do Estado de São Paulo. 1.2 Sub-questões O presente estudo monitorizou o tempo de treino de jovens tenistas do Estado de São Paulo filiados à Federação Paulista de Ténis. Adicionalmente, os tenistas foram avaliados no questionário de suporte dos pais à prática desportiva dos filhos (utilizado por Visscher et al., 2004). Por fim, utilizando o instrumento proposto e validado por Balbinotti, Balbinotti, Marques & Gaya (2004), procedeu-se a caracterização dos conteúdos técnico-tácticos dos treinos dos jovens tenistas. 2

12 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Talentos Um jovem atleta talentoso é considerado como alguém que, se comparado à seus companheiros de actividades, apresenta um melhor desempenho em treinos e competições, além de ter potencial para atingir o alto nível de rendimento (Howe, Davidson & Sloboda, 1998; Helsen, Hodges, Van Winckel & Starkes, 2000). Hyllegard (2000) afirma que atribuir talento a jovens atletas pode ter consequências importantes na vida destes jovens. Apesar dos pais atribuírem as capacidades artísticas das crianças principalmente ao talento inato e à motivação intrínseca, as estimativas de horas acumuladas de envolvimento na arte mostrou que as crianças tiveram padrões similares de envolvimento na arte aos indivíduos com antecedentes de alta performance em outros domínios. Ericsson & Chaness (1994) afirmam que a tradicional suposição de habilidades e capacidades básicas (talento), que pode permanecer estável em estudos com tempo de prática limitados, não se generaliza para a alta performance adquirida através de anos ou décadas de treino em um domínio específico. Nesta mesma linha, Howe et al. (1998) sugerem que as diferenças em experiências precoces, preferências, oportunidades, hábitos, treinos e prática são os reais determinantes da excelência. Os programas de desporto de elite geralmente elaboram protocolos designados a detectar talentos precocemente e seleccionar aqueles indivíduos com certos atributos físicos ou de personalidade que são os mais desejáveis naquele desporto (Helsen et al., 2000). Dada a baixa probabilidade em atingir o sucesso, pais e técnicos estão muito interessados na identificação de talentos o mais cedo possível, dando a eles coragem, suporte e as melhores oportunidades para o aprendizado (Ericsson & Charness, 1994). Em muitos domínios, como a música e o desporto, os pais colocam seus filhos para começar a praticar em idades muito baixas, algumas vezes entre 3 e 4 anos de idade (Ericsson, Nandagopal & Roring, 2005). Deve ser dada particular atenção aos períodos sensíveis que surgem em diversos momentos da maturação (Balyi, 2005). As crianças podem adquirir certas habilidades entre os 3 e 5 anos de idade. A aquisição das mesmas habilidades durante a vida adulta é difícil e consome muito tempo. Este início precoce pode se tornar uma grande vantagem para o desenvolvimento futuro de suas habilidades. Assim, os jovens treinados serão capazes de realizar as tarefas em níveis substancialmente maiores, quando comparados a muitos de seus parceiros, que provavelmente só vão começar a prática em um domínio por volta dos 10 a 14 anos de idade. A maior performance qualitativa dos jovens treinados reforça a percepção que eles são talentosos, muitas vezes motivando-os a continuar os treinos com grande esforço (Ericsson et al., 2005). 3

13 O efeito da idade relativa (Musch & Grondin, 2001) e, em menor escala, o tamanho da cidade da qual os atletas vêm (Curtis & Birch, 1987) também são duas variáveis que podem ser associadas com o aumento da exposição precoce ao desporto e a capacidade de se atingir o alto nível de rendimento. Nos desportos onde as categorias são divididas por idade desde cedo, existe uma grande vantagem para as crianças que nascem no começo da temporada competitiva. A diferença de 1 ano na data de nascimento cria uma variação substancial na precocidade física ou nível de maturação. Os atletas jovens nascidos na primeira parte do ano desportivo, na idade entre 6 e 8 anos de idade, tendem a ser identificados como mais talentosos e são expostos a maiores quantidades de treino e apoio de treinadores (Helsen et al., 2000). Helsen, Starkes & Winckel (1998b) examinaram a relação entre o mês de nascimento do atleta e o número de participantes em níveis variados de jogo no futebol. Os resultados indicaram que os indivíduos nascidos na primeira parte do ano tendem a ser identificados como talentosos e são expostos a maiores níveis de treino, enquanto os jogadores nascidos no fim do ano tendem a abandonar o esporte precocemente. A hipótese mais aceita sobre o efeito da idade relativa sugere que as crianças mais velhas em um grupo serão privilegiadas devido à circunstâncias que facilitam a melhora de suas habilidades no começo do seu desenvolvimento. Geralmente, os atletas nascidos no primeiro quarto do ano desportivo estão em maior número em selecções nacionais comparados aos atletas nascidos no último quarto do ano (Côté, Macdonald, Baker & Abernethy, 2006). Os dados norte-americanos indicam que crianças nascidas em comunidades de habitantes ou mais têm uma significante desvantagem nos termos de ambiente para se tornar um atleta de elite, se comparados às crianças de comunidades com menos de habitantes. Parece que o tamanho da comunidade óptimo para o desenvolvimento de atletas profissionais está em cidade entre e habitantes. As crianças que moram em cidades menores têm mais oportunidades para se desenvolver e chegar ao alto nível de prestação em um desporto (Côté et al., 2006). 4

14 2.2 Participação no Desporto Os jovens participam do desporto for diferentes razões. Um estudo com jovens tenistas mostrou que suas principais preferências seguem a seguinte ordem: melhorar a performance geral no ténis, participar, divertir-se e depois vencer. Assim, os jovens atribuem um baixo valor à vitória, se comparados à gostar e se divertir com a actividade. Normalmente a vitória é comumente associada ao sucesso e a derrota ao fracasso, porém no desporto com jovens geralmente é atribuída uma importância relativamente pequena à vitória (Meisterjahn & Dieffenbach, 2008). Dado que os jovens passam mais da metade das horas em que estão acordados com actividades de lazer, actividades de lazer estruturadas são propostas como um veículo efectivo para facilitar um desenvolvimento positivo no desporto. Assim, o desporto foi consistentemente definido como uma das melhores e mais populares actividades organizadas que consomem o tempo dos jovens. Os atletas sugeriram que seu envolvimento no desporto facilitou muitas experiências positivas durante o seu desenvolvimento, como a relação com o desafio, bons relacionamentos e outras experiências de vida. No entanto, vivenciaram algumas experiências negativas, relacionadas com relações ruins com os treinadores, influências negativas, pressão dos pais e o desafio psicológico no envolvimento com o desporto competitivo (Fraser-Thomas & Côté, 2009). Em virtude do aumento da competitividade no desporto de alto nível nos últimos anos, vemos crianças serem submetidas a um início da prática desportiva em idades cada vez mais baixas. Evidências sugerem que o desenvolvimento de atletas de alta performance usualmente começa com um envolvimento onde as crianças são expostas desde cedo e regularmente a actividades desportivas (Côté et al., 2006). Alguns autores (Côté, 1999; Soberlak & Côté, 2003) definem os estágios da participação no desporto em três categorias cronológicas distintas. Estes três estágios foram rotulados como os anos de experimentação do desporto (6-13 anos), os anos de especialização (13-15 anos) e os anos de investimento (15 anos e acima). Durante os anos de experimentação do desporto, os pais foram os responsáveis por, inicialmente, desenvolver o interesse de seus filhos no desporto e possibilitar a eles experimentar uma grande quantidade de actividades prazerosas sem o foco no treino intenso. A maior ênfase durante este estágio é dada em experimentar diversão e excitação através do desporto. Alguns elementos importantes em praticar o desporto durante esta idade envolvem a participação activa, boa vontade e voluntariedade, fornece gratificação imediata e inclui motivação intrínseca. Considera-se que a prática lúdica de diferentes desportos é beneficiosa para o desenvolvimento da motivação intrínseca necessária para a etapa em que o treino é mais estructurado e exige um esforço maior (Côté, 1999). 5

15 O segundo estágio, chamado de anos de especialização, é caracterizado pelo envolvimento dos atletas entre 13 e 15 anos de idade. Ainda que este estágio aparente ser menor, é marcado como um período no qual os atletas gradualmente diminuem seu envolvimento em actividades extracurriculares variadas e aumentam o foco em uma ou duas acitividades desportivas (Côté, 1999). Bompa (2002) distingue dois estágios na fase especializada: a especialização e o alto desempenho. Durante o estágio de especialização, os atletas escolhem em que desporto e de quais eventos específicos gostariam de participar. A razão principal que faz os adolescentes escolherem se especializar em uma actividade em detrimento de outras reside no valor positivo associado à esta experiência. O desenvolvimento de habilidades específicas do desporto através da experiência nos anos de especialização é uma característica importante no envolvimento dos adolescentes (Côté, 1999). Durante os anos de especialização, a prática se torna um factor muito importante no desenvolvimento das habilidades (French & Thomas, 1987). Os atletas deveriam se especializar em apenas um ou dois desportos na idade entre os 13 e 15 anos, enquanto que os anos de investimento envolvem a participação em um único desporto com 16 ou mais anos de idade (Côté, Baker & Abernethy, 2003; Williams & Ford, 2008). Nos anos de investimento, os atletas estão comprometidos a atingir um alto nível de performance em uma única actividade. As famílias que são comprometidas com o envolvimento de seus filhos no desporto conseguirão de alguma maneira os recursos financeiros necessários para seu desenvolvimento, fazendo constantes sacrifícios em sua vida social e recreacional. Os anos de investimento se diferem dos anos de especialização principalmente pela extrema intensidade de comprometimento do atleta com o desporto e a tremenda quantidade de prática deliberada (Côté, 1999). Bompa (2002), afirma que, uma vez especializados, os atletas podem aumentar a intensidade e o volume do treino progressivamente, o que resulta em um alto desempenho. Os três estágios da participação no desporto mostram que diferentes temas são importantes em cada fase da participação da criança no desporto. Os conceitos de jogo e prática deliberada são duas variáveis que marcam a transição entre os anos de experimentação, especialização e investimento. Em geral, os anos de experimentação são caracterizados por uma baixa frequência de prática deliberada e uma maior frequência de jogo deliberado. Os anos de especialização são caracterizados por quantidades mais equivalentes de treino e jogo. Os anos de investimento, por sua vez, são caracterizados por uma maior frequência de prática deliberada e uma menor frequência de jogo deliberado (Côté, 1999). 6

16 2.3 Treino Desportivo a Longo Prazo Crespo, Reid & Miley (2001) definem o treino desportivo a longo prazo como a habilidade de planear especificamente a carreira de um jogador em relação às suas etapas de crescimento e desenvolvimento. O desenvolvimento das habilidades técnicas, tácticas, físicas e psicológicas essenciais para a prática do ténis em alto nível devem ser trabalhadas desde a infância até a fase adulta e cada uma destas destrezas possui fases sensíveis de desenvolvimento. Um entendimento dos períodos mais oportunos para a melhora de diferentes habilidades e capacidades, bem como conhecimentos sobre as características fundamentais do crescimento, desenvolvimento e maturidade do ser humano torna-se essencial. Como indica Bompa (2000) em cada etapa de seu desenvolvimento os jovens são únicos. A aparição de diferentes mudanças: fisiológicas, físicas, psicológicas e sociais associadas às diferentes etapas de desenvolvimento não se produz de maneira contínua e progressiva. Para ajudar os jovens tenistas a desfrutar o ténis e desenvolver suas potencialidades até seu máximo potencial é crucial compreender as implicações de tais mudanças. Crespo & Miley (1999) citam os factores relacionados aos jogadores de ténis que são importantes na planificação a longo prazo, onde se destacam as idades fisiológica e psicológica, nível de motivação e desenvolvimento neurológico do jogador, além das fases sensíveis e períodos críticos que são mais favoráveis para o treino de certos aspectos. O objectivo do processo de treino a longo prazo é a obtenção gradual dos requisitos do treino, ou seja, a melhoria contínua da capacidade de rendimento desportivo. A capacidade de desempenho desportivo depende dos potenciais físicos, psíquicos, técnicos e tácticos. Para se atingir um elevado nível destes componentes do desempenho em sua totalidade, há a necessidade há a necessidade de um planeamento minucioso do processo de treino (Weineck, 2003). Durante os últimos anos, dados de publicações especializadas e o volume de informções produzidas permite afirmar que cada vez é maior o número de científicos do desporto e especialistas que têm contribuído com suas investigações e conhecimento para a descrição das diferentes competências necessárias para alcançar o nível requerido nas distintas etapas de desenvolvimento do tenista (Crespo et al., 2001). Crespo et al. (2001) coloca que os programas de desenvolvimento de jogadores cresceram exponencialmente devido aos grandes interesses nacionais e empresariais. Na actualidade, devido à progressiva acumulação de estudos e resultados neste tema, existe um maior acesso à uma informação prática e actualizada, o que facilita a tarefa de montar programas de desenvolvimento de jogadores a longo prazo. Neste sentido, Balyi & Hamilton (2003) dividem a carreira do atleta em 6 estágios de desenvolvimento: fundamental, aprender a treinar, treinar para treinar, treinar para competir, treinar para vencer e retirada planeada. 7

17 2.4 Especialização Crespo & Reid (2009) afirmam que o debate da especialização surgiu pelo interesse na busca pelo melhor modelo para o desenvolvimento do tenista. Diversos autores (Balyi & Hamilton, 2003; Balyi, 2005) sustentam que os desportos podem ser classificados com de especialização precoce ou tardia segundo o modelo de desenvolvimento que sigam. A especialização precoce compreende alguns desportos, como a ginástica, ginástica rítmica, patinagem artística e saltos olímpicos, que requerem especialização precoce na prática do desporto, ou seja, treino específico de um único desporto desde as idades mais novas. Outros desportos, incluindo o ténis, podem classificar-se como desportos de especialização tardia e requerem um início muito geral nas primeiras etapas de treino. A ênfase nas idades mais novas deve ser sobre o desenvolvimento e domínio de habilidades motoras básicas e técnico-tácticas (perceptivo-motoras) como correr, lançar e saltar. Os autores concluem que os desportos de especialização precoce requerem um modelo de quatro etapas, enquanto os desportos de especialização tardia requerem um modelo de seis (Balyi & Hamilton, 2003). A especialização precoce em modalidades que pertencem ao segundo grupo contribui para o abandono precoce da prática desportiva. Se existe uma base de habilidades motoras gerais adquiridas antes de maturação, os atletas podem se especializar em um desporto quando estão entre as idades de 12 e 15 anos e assim podem ter o potencial para subir ao estrelato internacional (Balyi, 2005). Bompa (2002) afirma que o objectivo primário do período não especializado é construir uma base em que se possa efectivamente desenvolver capacidades motoras complexas, que resultem em uma transição para a fase especializada. Para Balyi (2005), a especialização precoce contribui para o rendimento precoce, no entanto a falta de habilidades desportivas de base podem contribuir para o overtraining e o aparecimento de um maior número de lesões. Crespo & Reid (2009) fazem referência aos modelos de desenvolvimento multilateral ou de habilidades múltiplas. No ténis observa-se que os tenistas de alto nível não estiveram totalmente dedicados durante as fases iniciais de seu desenvolvimento. Se considera que a prática lúdica de distintos desportos é beneficiosa para o desenvolvimento da motivação intrínseca necessária para a etapa em que o treino é mais estructurado e exige um esforço maior (Côté, 1999). Ainda, a prática variada em idades baixas influi positivamente nas habilidades físicas e cognitivas do indivíduo (Baker, Côté & Abernethy, 2003). Balyi & Hamilton (2003) consideram que a tendência actual do ténis internacional é desenvolver as capacidades específicas do ténis no jogador antes que tenha desenvolvido suas capacidades físicas gerais. Schonborn (2001) enfatiza a importância do desenvolvimento do tenista a longo prazo e da preparação física para produzir tenistas de elite. 8

18 Schönborn (1999) afirma que se um jogador treina excessivamente nas primeiras etapas de seu desenvolvimento, alcançará um rendimento final mais baixo e é bem provável que abandone o desporto precocemente. O êxito se obtém ao alcançar um bom rendimento a longo prazo, no lugar das vitórias a curto prazo. Van Fraayenhoven (2001) coloca que é importante compreender que um jogador de ténis precisa de tempo para desenvolver-se, melhorar e especializar-se antes de alcançar o alto rendimento. Para este autor, a especialização só deve ocorrer depois de uma longa fase de trabalho dos padrões motores básicos necessários para o ténis. A especialização precoce e o treino semelhante aos profissionais no ténis não favorece o desenvolvimento de atletas de elite. Um desenvolvimento desportivo não especializado é mais importante nos anos que antecedem a adolescência (Carlson, 1988, 1997; Schonborn, 2001). A carência de um modelo referencial de orientação para o treino técnico-desportivo do jovem tenista brasileiro de 13 a 16 anos de idade dificulta o trabalho dos treinadores que actuam directamente com este grupo de atletas (Balbinotti et al., 2004). Como resultado desta carência, cada treinador adota, em sua prática diária, uma abordagem para o treino desportivo sustentada na reprodução de seu próprio modelo de formação, de sua experiência como atleta ou, ainda, de modelos adultos vencedores (Amorose & Weiss, 1998). Esta conducta poderá levar os tenistas a serem submetidos ao treino técnico-desportivo especializado precocemente (TTEP), visando a obtenção de resultados imediatos nas competições infanto-juvenis (Allen & Howe, 1998). Na realidade, a carência deste modelo faz com que os técnicos desportivos avaliem o sucesso de seu trabalho utilizando critérios baseados na analise de resultados em competições (Mc Pherson, 1999a, 1999b). Williams & Ford (2008) sugerem que a importância relativa entre a especialização precoce e tardia é, em grande quantidade, específica em relação ao desporto e à cultura (Williams & Ford, 2008). A obtenção de títulos nas categorias infanto-juvenis não garante o sucesso do trabalho de formação dos jovens (Gould, Damarjian & Medberry, 1999; Gould, Udry, Tuffey & Loehr, 1996a, 1996b, 1997; Wiersma, 2000). Conhecidos especialistas do treino (Bompa, 2000; Platonov, 1994) consideram também que a centralização nos resultados como um objectivo de preparação, durante os primeiros estágios da preparação desportiva terá como consequência inevitável um esgotamento prematuro das reservas de adaptação dos jovens desportistas. Priorizar a busca de resultados nas competições irá prejudicar o tempo de trabalho essencial à construção dos pressupostos do futuro rendimento de alto nível. Portanto, ter sucesso nas primeiras competições não é condição indispensável à obtenção de resultados futuros. É possível alcançar resultados elevados sem forçar os jovens no início da preparação e, particularmente, sem comprometer o tempo destinado à aprendizagem e ao aperfeiçoamento dos fundamentos da futura actividade desportiva (Balbinotti et al., 2004). 9

19 Observa-se, claramente, que a etapa de formação dos jovens tenistas deve caracterizarse pelo exercício de actividades voltadas para um jogo completo de toda a quadra. Deve ser estimulado o aprendizado de uma grande variedade de golpes e recomenda-se que as actividades sejam realizadas em todas as superfícies, justamente para desenvolver um jogo completo e variado (Gottfried, 1994). A formação integral e contínua dos jovens tenistas devem ser o principal objectivo dos treinadores (Mc Pherson & French, 1991; Mc Pherson & Thomas, 1991; Weiss, Kimmel & Smith, 2001). O êxito na formação técnico-desportiva do tenista depende fundamentalmente do treino balanceado de todos os tipos de jogadas responsáveis pela formação de tenistas completos (Balbinotti et al., 2004). O ITTT (Inventário do treino técnico-desportivo do tenista) consiste de 12 jogadas específicas consideradas fundamentais para o desenvolvimento equilibrado e harmonioso das habilidades técnicas do tenista. A iniciativa destas jogadas deverá ocorrer através de três possibilidades distintas: o serviço, a devolução de serviço, e a troca de bolas do fundo de quadra. O tenista que está de posse do serviço poderá, fundamentalmente, executar este golpe considerando 4 objectivos distintos: o ace (serviço indefensável), a aproximação à rede, o domínio de ponto de fundo de quadra e a variação de potência e rotação da bola. No que concerne à devolução de serviço, as mesmas quatro alternativas de jogadas podem ser criadas: devolver o serviço visando um golpe vencedor, devolver o serviço visando aproximação à rede, devolver o serviço visando dominar o ponto de fundo de quadra e devolver o serviço com variações de potência e rotação. Na hipótese de ambos os tenistas serem neutralizados em suas acções de serviço e devolução, a iniciativa das jogadas para a construção dos pontos vencedores terão origem na troca de bolas do fundo de quadra. Sendo assim, durante a disputa dos pontos, os tenistas organizam as jogadas a partir da troca de bolas do fundo de quadra, visando as seguintes alternativas: golpe vencedor, aproximação à rede, o domínio da iniciativa das jogadas e o controle das variações de potência e rotação da bola (Balbinotti et al., 2004). O ITTT mostra-se uma ferramenta importante para auxiliar treinadores especializados no planeamento e aplicação do treino técnico-desportivo do tenista, visando uma formação integral dos aspectos relacionados à técnica desportiva dos jovens tenistas. Observam-se duas grandes estructuras de golpes, independentemente da origem da jogada: os golpes de preparação (GP) e os golpes de definição (GD). Percebem-se dois GP e dois GD em cada uma das iniciativas de jogadas. Os GP (domínio do ponto de fundo de quadra e variações de potência e rotação) são aqueles em que o tenistas utilizam uma série de golpes em sequência para deslocar seu adversário do posicionamento ideal de recepção. Os GD (golpe de definição ou aproximação à rede) são todas a acções técnico-desportivas do tenista, que buscam a definição do ponto através de um golpe que seja indefensável para seu adversário (Balbinotti et al., 2004). 10

20 É muito importante para a formação técnico-desportiva do jovem a aquisição dos padrões elementares de execução em sua plenitude, pois muitas vezes verifica-se que os praticantes chegam ao escalão sénior com deficiências ao nível de fundamento técnicos. Isso ocorre, fundamentalmente, quando há um desequilíbrio na proposta de treino em favor dos golpes de preparação ou até mesmo nos golpes de definição no ténis (Ramos, 1999). Fato que caracteriza o treino técnico-desportivo especializado precocemente (TTEP), pois os tenistas adultos de alto nível costumam especializar-se através do exercício de um grupo específico de jogadas para a obtenção de melhores resultados nas competições (Groppel, 1993). Se desde a fase de formação o tenista for estimulado a especializar-se tecnicamente, através do treino de um grupo específico e restricto de jogadas, reproduzindo o modelo adulto, suas qualidades técnico-desportivas poderão ser suficientes para a obtenção de resultados na fase infanto-juvenil, contudo, na fase adulta, em virtude do acréscimo da velocidade imposta ao jogo, as deficiências estarão mais vulneráveis e, consequentemente, ficará difícil neutralizar as acções do adversário. Assim, o domínio das técnicas avançadas no ténis é a principal característica do tenista adulto que obtém sucesso na competições internacionais (Balbinotti et al., 2004). Para se evitar o treino técnico-desportivo especializado precocemente, não é recomendado que os exercícios específicos sejam retirados do treino, pelo contrário, esses exercícios são necessários desde as primeiras fases de desenvolvimento dos jovens tenistas (Balbinotti et al., 2005). A construção dos pressupostos para o rendimento desportivo deverá fazer-se fundamentalmente no quadro de uma formação motora e desportiva não especializada, no qual assente-se nos princípios da diversidade de actividades e da formação multilateral. O treino desportivo especializado precocemente é um dos sérios problemas que emergem do treino desportivo de jovens. Especializar precocemente um atleta significa potencializar sua preparação desportiva no sentido de orientá-la de uma forma unilateral prematuramente e, ainda, forçando os ritmos e incrementos das cargas de treino (Marques, 1991). O principal objectivo da investigação de Balbinotti et al. (2005) foi apresentar como foi realizado o treino técnico-desportivo de jovens tenistas brasileiros de 13 a 16 anos posicionados entre os 10 melhores do ranking oficial da Confederação Brasileira de Ténis em relação ao demais tenistas que participam de competições oficiais. O primeiro resultado relevante encontrado neste estudo foi com relação a aderência maior ao treino dos GP em comparação aos GD, para ambos os grupos. Trata-se, portanto, de um indício real de treino técnico-desportivo especializado precocemente (TTEP). A insuficiente dedicação dos tenistas ao treino dos GD constatada neste estudo é preocupante. Este grupo de jogadas exige muita precisão e potência nos golpes, razão pela qual ocorrem erros com muita frequência. 11

21 Schönborn (1999) salienta a necessidade de praticar todos os exercícios relacionados aos GD desde a fase de formação do tenista. Parece evidente que os GD não são estimulados no treino em virtude de sua ineficiência nas competições infanto-juvenis. Através dos resultados obtidos em seu estudo, Balbinotti et al. (2005) afirma que a orientação do treino técnicodesportivo segue na direcção da busca das vitórias em competições a curto prazo. O fato dos jovens dedicarem uma maior frequência de treino aos GP demonstra que não está havendo uma preocupação com aquelas jogadas (GD) que serão dominantes para a obtenção de vitórias nas competições adultas. Deve haver uma proposta de equilíbrio no treino dos GP e GD. Vários autores (Schönborn, 1999; Groppel, 1993; Sammel, 1995, Balbinotti et al., 2004, Balbinotti et al., 2005) recomendarem a necessidade da formação técnico-desportiva integral nas fases de formação dos jovens tenistas, porém continua havendo uma tendência significativa na proposta de treino favorável aos GP. 12

22 3.5 Prática Deliberada A prática deliberada pode ser definida como uma actividade designada a melhorar a performance actual, através do esforço e de exercícios que não são naturalmente agradáveis (Helsen et. al, 2000). O conceito de prática deliberada foi introduzido para explicar a performance excepcional em domínios como a música, xadrez e desportos. Os seguidos anos de experiência prática em uma actividade pode servir como uma oportunidade óptima para melhorar as habilidades individuais (Keith & Ericsson, 2007). Ericsson & Cherness (1994) afirmam que a prática deliberada se difere de outras actividades relacionadas ao domínio pois proporciona oportunidades óptimas para o aprendizado e aquisição de habilidades. Contrariando a crença comum de que o alto rendimento reflete capacidades e habilidades inatas, estudos em diferentes domínios da alta performance demonstram que o alto desempenho é predominantemente mediado por um complexo de capacidades adquiridas e adaptações fisiológicas (Ericsson & Cherness, 1994). Ericsson et al. (1993) argumenta que o nível de prestação atingido é directamente proporcional à quantidade de horas de prática acumuladas em um domínio. Deste modo, a função de factores genéticos ou hereditários é menos importante para se atingir o alto rendimento que o compromisso contínuo em actividades de prática relevantes. O alto rendimento é adquirido lentamente através de um longo tempo como resultado da prática. Diversos autores (Ericsson et al., 1993; Ericsson & Charness, 1994; Helsen et al., 1998a; Balyi, 2005; Ericsson et al., 2007) revelam que até mesmo os atletas mais talentosos precisam de um mínimo de 10 anos ou horas de treino relevante e intenso antes de se destacar em competições internacionais. Assim, o comprometimento com a prática deliberada distingue os atletas de elite da grande maioria de crianças e adultos que parecem ter dificuldades em participar de grandes demandas de prática em escolas e programas de exercícios físicos (Ericsson et al., 1993). Investigações e revisões extensas demonstram que o desenvolvimento do desempenho do atleta de alta performance será limitado principalmente pela participação dos indivíduos na prática deliberada e pela qualidade dos recursos disponíveis para os treinos (Ericsson, Nandagopal & Roring, 2007). A prática deliberada envolve dois tipos de aprendizado: aumentar o poder e o número de habilidades e melhorar habilidades já adquiridas. Ericsson & Charness (1994) afirmam que os indivíduos melhoram sua performance e atingem o alto rendimento não por uma consequência automática de maior experiência com a atividade, mas principalmente através de uma aprendizagem estruturada e adaptação ao esforço. 13

23 Em contraste ao jogo, a prática deliberada é uma actividade altamente estruturada, onde o objectivo principal é o aumento do rendimento (Ericsson et al., 1993). Os indivíduos são motivados a treinar porque a prática melhora a performance. Para um aprendizado efectivo, a prática deve ser desafiadora em relação ao nível do atleta. A prática deliberada deve envolver feedback adequados, tempo para resolução de problemas e avaliação e repetições com oportunidades para corrigir erros e refinar habilidades. A prática deliberada requer concentração e esforço (Ericsson, 2008; Williams & Ford, 2008). São tarefas do treinador organizar a sequência de tarefas apropriadas durante os treinos, monitorar a evolução do atleta e decidir quando a transição para tarefas mais complexas e desafiadoras é apropriada (Ericsson et al., 1993). A prática deliberada é uma actividade de esforço que pode ser sustentada apenas por um tempo diário durante longos períodos sem levar à exaustão. Para maximizar os ganhos da prática ao longo do tempo, os indivíduos devem evitar a exaustão e limitar a prática para uma quantidade em que possam se recuperar completamente numa base diária e semanal. A prática deliberada óptima mantém o equilíbrio entre esforço e recuperação. Assim, deve-se aumentar devagar e regularmente a quantidade de prática que possibilite uma adaptação para demandas maiores de treino (Ericsson et al., 1993). Quando um atleta escolhe desenvolver seu talento com o intuito de chegar a um nível de elite, ocorrem grandes consequências em seu estilo de vida (Visscher et al., 2004). A prática deliberada pode ainda levar à mudanças anatômicas, resultado das adaptações às actividades físicas intensas. Os atletas de alta performance moldam suas vidas para optimizar seu envolvimento com a prática deliberada (Ericsson & Charness, 1994). Os melhores atletas se comprometem em substancialmente mais prática deliberada e isso é responsável por grandes adaptações fisiológicas que os distinguem dos atletas comuns. O alto desenvolvimento dos atletas de elite requer um longo envolvimento no domínio específico do desporto em questão. Os atletas de elite transformam seus mecanismos cognitivos e fisiológicos melhorando sua performance através do alto empenho na prática deliberada (Ericsson et al., 2005). Os altos níveis de prática são necessários para se atingir as adaptações fisiológicas necessárias que são encontradas nos atletas de alta performance, e os efeitos da prática parecem ser grandes quando a prática intensa e o desenvolvimento físico começa durante a infância e adolescência (Ericsson & Charness, 1994). Em muitos desportos, a altura dos atletas de elite é sistematicamente diferente da população normal. Os atletas de elite ainda diferem no tamanho dos músculos, circunferência do punho e quantidade de gordura corporal através de dobras cutâneas. Atletas de longa distância possuem uma maior capacidade aeróbia, coração maior, mais capilares levando sangue aos músculos e uma maior porcentagem de fibras de contração lenta nos músculos (Ericsson et al., 1993). 14

24 O desafio principal da prática deliberada é manter os esforços para sua evolução pelo tempo em que quiserem melhorar seu nível de prestação (Ericsson et al., 2005). A prática deliberada tem se situado ainda como um factor chave na manutenção da performance. À medida que os atletas de alto nível atingem maior idade, sua performance em relação à idade começa a declinar, primeiramente devido à uma redução da prática deliberada regular, mais que uma consequência directa da idade em si (Ericsson & Charness, 1994; Ericsson etkrampe & Charness, 2006). A razão principal pela qual é raro encontrar indivíduos de nível internacional em mais de um desporto é que é simplesmente impossível dedicar o tempo de prática necessária para mais de um domínio, a menos que haja uma significante transferência de habilidades entre as duas actividades (Helsen et al., 2000). Indivíduos podem adquirir habilidades que envolvam limites básicos na capacidade de memória e processos seqüenciais (Ericsson & Charness, 1994). A maior velocidade em atletas de elite em determinadas situações, como a devolução de uma bola de ténis, não refletem uma melhor percepção ou maior velocidade cognitiva, demonstrado por uma simples velocidade de reação, mas sim por uma melhor antecipação de eventos através da identificação de situações anteriormente semelhantes (Ericsson et al., 2005). A quantidade e a qualidade da prática são factores chave para se determinar o nível de prestação atingido. Não se pode melhorar consistentemente a habilidade de tomar decisões sem uma considerável prática, reflexão e análise (Ericsson et al., 2007). As capacidades básicas necessárias para viver numa cultura são adquiridas virtualmente por todas as crianças como parte de uma interação social normal com um mínimo de instrução (Ericsson & Charness, 1994). Uma análise das características e habilidades adquiridas, bem como sua história de desenvolvimento e métodos de treino podem providenciar pontos gerais sobre a estrutura e os limites da adaptação humana (Ericsson et al., 1993). Helsen et. al. (1998a) afirmam que a correlação entre a quantidade de prática deliberada e o nível de performance atingido é válida tanto para desportos colectivos quanto individuais. Ericsson et al. (2007) colocam que os peritos genuínos não apenas praticam deliberadamente, mas também pensam deliberadamente, o que sugere um maior envolvimento com o domínio e uma melhor organização do tempo, especialmente o tempo livre (Ericsson et al., 1993). As actividades de jogo são divertidas e naturalmente motivadoras. Existem evidências que sugerem que as horas de jogo são essenciais para desenvolver habilidades de inteligência no jogo, como a antecipação e tomada de decisões (Williams & Ford, 2008). O envolvimento precoce no desporto também tende a ser uma actividade intrinsecamente motivadora e ter um efeito positivo na vontade dos atletas em seguir actividades de prática mais estruturadas, com treinadores específicos (Côté et al., 2003). 15

25 2.6 Suporte Familiar A literatura sobre o alto rendimento ilustra a importância do envolvimento da família na aquisição da alta performance (Côté, 1999). Visscher et al. (2004) ressalta que quando um atleta opta por desenvolver seu talento a fim de chegar a um status de elite, ocorrem grandes consequências no estilo de vida do jovem atleta. O processo é longo, e durante este intervalo, os pais assumem uma importante função. Ericsson & Lehmann (1996) afirmam ainda que o envolvimento da família é uma variável importante que vai afectar o desenvolvimento do talento em muitos domínios, incluindo o desporto. Ericsson et al. (1993) coloca que o compromisso com a prática deliberada gera custos associados à técnicos e ambiente de treino e não gera retorno imediato de dinheiro, portanto o interesse dos pais é fundamental no auxílio às crianças para a prática deliberada e o acesso aos materiais e ambientes necessários, como o acesso às quadras de ténis para tenistas. Hellsted (1995) sugere que família com crianças novas devem enfatizar o divertimento e o desenvolvimento de habilidades e minimizar o estresse competitivo se eles querem evitar atrasos ou barreiras no desenvolvimento de seus filhos. Os técnicos e treinadores podem contribuir para o desenvolvimento e sucesso em carreiras desportivas através, entre outras coisas, da criação de uma atmosfera agradável de treino. A função da família no desenvolvimento de talentos requer suporte familiar, ensino excelente e reforço motivacional apropriado em qualquer estágio de desenvolvimento (Visscher et al. 2004). Uma área na pesquisa da influência familiar revela a importância do modelo dos pais para a aquisição de valores positivos, atitudes e condutas na actividade física e no desporto (Côté, 1999). O envolvimento dos pais pode ter efeitos positivos no envolvimento de seus filhos no desporto (Visscher et al., 1996). Os pais de atletas comprometidos são usualmente dispostos e felizes em assistir as competições e torneios dos filhos, e estão geralmente presentes durante as sessões de treino (Visscher et al. 2004). No entanto, a expectativa dos pais pode ser uma fonte de pressão e estresse que pode interferir na participação de seus filhos no desporto. Os treinadores de jovens identificaram uma ênfase excessiva na vitória como o principal hábito negativo que os pais exibem em suas interações com a prática desportiva de seus filhos. Os pais possuem uma influência considerável para os jovens na adoção de padrões específicos em seu envolvimento com o desporto. Existe uma distinção, entretanto, no suporte familiar como um modelo ou como um estímulo para o desenvolvimento atlético. A combinação dos dois tipos de suporte familiar tem o melhor efeito no envolvimento e o sucesso no desporto. Os pais servem como um modelo positivo se eles estão activamente presentes no desporto, ou estiveram no passado. A estimulação do envolvimento atlético pode ser dividida em três componentes: suporte financeiro, suporte emocional e importância de sucesso no desporto (Butcher, 1985; Visscher et al. 2004; Meisterjahn & Dieffenbach, 2008). 16

Pedagogia do Desporto. António Rosado

Pedagogia do Desporto. António Rosado Pedagogia do Desporto António Rosado Âmbito da Pedagogia do Desporto A Pedagogia reflecte sobre as questões: 1. O que é uma boa Educação? 2. Como consegui-la? A Pedagogia do Desporto reflecte: 1. O que

Leia mais

Direcções Executivas Projecto Gira Volei 2013/2014

Direcções Executivas Projecto Gira Volei 2013/2014 Direcções Executivas Projecto Gira Volei 2013/2014 16 de Julho de 2013 Índice 1. INTRODUÇÃO... 3 2. JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO... 4 3. OBJECTIVOS DA AVM... 4 3.1. OBJECTIVOS GERAIS... 4 3.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS...

Leia mais

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte Prof. Antonio Carlos Fedato Filho Prof. Guilherme Augusto de Melo Rodrigues Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos

Leia mais

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM VOLEIBOL

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM VOLEIBOL PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM VOLEIBOL Gabriel Weiss Maciel Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil Henrique Cabral Faraco Universidade do Estado de Santa Catarina,

Leia mais

Sociedade União 1º.Dezembro. Das teorias generalistas. à ESPECIFICIDADE do treino em Futebol. Programação e. Periodização do.

Sociedade União 1º.Dezembro. Das teorias generalistas. à ESPECIFICIDADE do treino em Futebol. Programação e. Periodização do. Sociedade União 1º.Dezembro Das teorias generalistas à ESPECIFICIDADE do treino em Futebol Programação e Periodização do Treino em Futebol 1 Programação e Periodização do Treino em Futebol Ter a convicção

Leia mais

PLANO DE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 2012 FORMAÇÃO DE TREINADORES FEDERAÇÃO PORTUGUESA DO PENTATLO MODERNO

PLANO DE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 2012 FORMAÇÃO DE TREINADORES FEDERAÇÃO PORTUGUESA DO PENTATLO MODERNO 1 PLANO DE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 2012 FORMAÇÃO DE TREINADORES FEDERAÇÃO PORTUGUESA DO PENTATLO MODERNO 2 1. Introdução O processo de adaptação e ajustamento ao PNFT entra em 2012 na sua fase terminal

Leia mais

ICC Europe Howzat Text Portuguese Version

ICC Europe Howzat Text Portuguese Version ICC Europe Howzat Text Portuguese Version Bem-vindo ao Howzat! A ECB Coach Education em parceria com a ICC Europe está empenhada em disponibilizar recursos de nível mundial; o Howzat! foi pensado para

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto Processos de gerenciamento de projetos em um projeto O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos.

Leia mais

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO. José Matias Alves

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO. José Matias Alves Seminário NORTE 2015 O Desenvolvimento Regional no Novo Horizonte Europeu: O caso do Norte de Portugal 25.Maio.2005 EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO José Matias Alves Norte Continente População 25-64 com 12º ano 22

Leia mais

Circuito de Atletismo em Pavilhão Games and Fun

Circuito de Atletismo em Pavilhão Games and Fun 2014 Circuito de Atletismo em Pavilhão Games and Fun Departamento Técnico Associação de Atletismo do Porto Introdução O Circuito de Torneios de Atletismo em Pavilhão tem como propósito o combate dos modelos

Leia mais

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos. Professora Mestranda Elaine Araújo

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos. Professora Mestranda Elaine Araújo Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos Professora Mestranda Elaine Araújo E o profissional de RH... Como deve mergulhar na abordagem da Gestão do Conhecimento? Qual sua contribuição

Leia mais

METODOLOGIA PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE CASOS

METODOLOGIA PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE CASOS METODOLOGIA PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE CASOS 1 O Método do Caso e o Ensino em Administração O uso do Método do Caso nas escolas de administração no Brasil é relativamente recente, embora não haja

Leia mais

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS Educação Matemática na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (EMEIAIEF) GT 09 RESUMO

Leia mais

ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007

ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007 ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007 Conteúdo da apresentação Enquadramento da CAF Características gerais da CAF Estrutura da CAF Processo de aplicação da CAF (10 Passos) Enquadramento da CAF

Leia mais

ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE

ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação

Leia mais

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil 1. INTRODUÇÃO Ivan Tomaselli e Sofia Hirakuri (1) A crise financeira e econômica mundial de 28 e 29 foi principalmente um resultado da

Leia mais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica

Leia mais

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, estamos no período em que se comemoram os vinte anos de promulgação da Constituição Cidadã de

Leia mais

PROGRAMA DE GINÁSTICA 11ª Classe

PROGRAMA DE GINÁSTICA 11ª Classe PROGRAMA DE GINÁSTICA 11ª Classe Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário Disciplina de Educação Física Ficha Técnica Título Programa de Ginástica - 11ª Classe Formação de Professores do

Leia mais

POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP

POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP CONTEXTO Respeitar a diversidade social e a representatividade presente nas comunidades em que as organizações se inserem é um dever ético e simultaneamente um fator

Leia mais

3. ORIENTAÇÃO OPERACIONAL. 3.1 Organização e equipa

3. ORIENTAÇÃO OPERACIONAL. 3.1 Organização e equipa transferência comuns. No que toca à rede regional, a cooperação já foi iniciada há algum tempo com o projecto do Sistema Regional de Transferência e Tecnologia que está em curso. No âmbito da rede este

Leia mais

O Poder das Exposições no século XXI

O Poder das Exposições no século XXI O Poder das Exposições no século XXI Identificar, descobrir e agarrar a mudança do ponto de vista dos jovens profissionais Identificar, Descobrir e agarrar a Mudança do Ponto de Vista dos Jovens Profissionais

Leia mais

3 Qualidade de Software

3 Qualidade de Software 3 Qualidade de Software Este capítulo tem como objetivo esclarecer conceitos relacionados à qualidade de software; conceitos estes muito importantes para o entendimento do presente trabalho, cujo objetivo

Leia mais

Escolher um programa de cuidados infantis

Escolher um programa de cuidados infantis Escolher um programa de cuidados infantis A escolha de um programa de cuidados infantis é uma opção muito pessoal para cada família. O melhor programa é aquele que mais tem a ver com a personalidade, gostos,

Leia mais

PROGRAMA DE FUTEBOL 10ª Classe

PROGRAMA DE FUTEBOL 10ª Classe PROGRAMA DE FUTEBOL 10ª Classe Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário Disciplina de Educação Física Ficha Técnica Título Programa de Futebol - 10ª Classe Formação de Professores do 1º

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

i9social Social Innovation Management Sobre

i9social Social Innovation Management Sobre i9social Social Innovation Management A inovação social é uma solução inovadora para um problema social, que é mais eficaz, eficiente e sustentável do que as soluções existentes, e a qual incrementa a

Leia mais

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009 IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões Lisboa, 15 de Abril de 2009 Foi com todo o gosto e enorme interesse que aceitei o convite do Diário Económico para estar presente neste IV Fórum do sector

Leia mais

A GESTÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA INCUBADORA TÉCNOLÓGICA UNIVAP

A GESTÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA INCUBADORA TÉCNOLÓGICA UNIVAP A GESTÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA INCUBADORA TÉCNOLÓGICA UNIVAP Feitosa, R. 1, Santos, J. 2, Lourenção, P. 3 123 Curso de Administração de Empresas, Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas. Univap

Leia mais

A presente seção apresenta e especifica as hipótese que se buscou testar com o experimento. A seção 5 vai detalhar o desenho do experimento.

A presente seção apresenta e especifica as hipótese que se buscou testar com o experimento. A seção 5 vai detalhar o desenho do experimento. 4 Plano de Análise O desenho do experimento realizado foi elaborado de forma a identificar o quão relevantes para a explicação do fenômeno de overbidding são os fatores mencionados na literatura em questão

Leia mais

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum 1. O direito constitucional à educação é concretizado, primeiramente, com uma trajetória regular do estudante, isto é, acesso das crianças e jovens a

Leia mais

1. Resolver um problema

1. Resolver um problema 1. Resolver um problema resolução de problemas no futebol inclui o conjunto de etapas essenciais à realização de uma A ação. Resolver um determinado problema é ter a capacidade de: Identificar o problema:

Leia mais

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Esta Norma Interpretativa decorre da NCRF 12 - Imparidade de Activos. Sempre que na presente norma existam remissões

Leia mais

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos Texto adotado pela Cúpula Mundial de Educação Dakar, Senegal - 26 a 28 de abril de 2000. 1. Reunidos em Dakar em Abril

Leia mais

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* O idoso brasileiro no Mercado de Trabalho 30 1- Introdução A análise da participação do idoso nas atividades econômicas tem um caráter diferente das análises tradicionais

Leia mais

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção O QUE ESPERAR DO SVE Programa Juventude em Acção KIT INFORMATIVO Parte 1 Maio de 2011 Introdução Este documento destina-se a voluntários e promotores envolvidos no SVE. Fornece informações claras a voluntários

Leia mais

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO Ano letivo 2013-2014 Programa de Apoio à Avaliação do Sucesso Académico DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO (Avaliação Formativa) REFERENCIAL IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR Agrupamento de Escolas D. Sancho I

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando as orientações políticas

Leia mais

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP Regulamento do Curricular Supervisionado do Curso de Graduação em Pedagogia - Licenciatura Faculdade de

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO

DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO MOTIVAÇÃO A motivação é caracterizada como um processo ativo, intencional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos).

Leia mais

Sinopse do Seminário Desporto Escolar na Europa

Sinopse do Seminário Desporto Escolar na Europa Sinopse do Seminário Desporto Escolar na Europa Descrição do evento Por ocasião da reunião da Direção da Associação Europeia de Educação Física (EUPEA) organizada pela Sociedade Portuguesa de Educação

Leia mais

Plano Nacional de Saúde e as. Estratégias Locais de Saúde

Plano Nacional de Saúde e as. Estratégias Locais de Saúde Plano Nacional de Saúde e as Estratégias Locais de Saúde (versão resumida) Autores Constantino Sakellarides Celeste Gonçalves Ana Isabel Santos Escola Nacional de Saúde Pública/ UNL Lisboa, Agosto de 2010

Leia mais

PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. 1) Objecto e finalidades da revisão do regime jurídico da avaliação:

PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. 1) Objecto e finalidades da revisão do regime jurídico da avaliação: PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA E DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO 1) Objecto e finalidades da revisão do regime jurídico da avaliação:

Leia mais

REGULAMENTO DE ALTA COMPETIÇÃO

REGULAMENTO DE ALTA COMPETIÇÃO REGULAMENTO DE ALTA COMPETIÇÃO ÍNDICE 1. Nota Introdutória... 2 2. Classificação dos Praticantes em Regime de Alta Competição... 3 (Portaria nº947/95 de 1 de Agosto) 3. Níveis de Qualificação... 5 4. Critérios

Leia mais

Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos.

Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos. Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos. 9.1 Explicações iniciais A avaliação é algo que faz parte de nossas vidas, mesmo antes de nascermos, se não

Leia mais

II Jogos Estudantis do Colégio Vital Brazil

II Jogos Estudantis do Colégio Vital Brazil II Jogos Estudantis do Colégio Vital Brazil Antes da pretensão de promover um campeonato, deve-se promover o homem em sua infinita potencialidade e complexidade, REVERDITO, SCAGLIA E MONTAGNER 2013....

Leia mais

Navarro, F. In Planificacion del entrenamiento a largo plazo

Navarro, F. In Planificacion del entrenamiento a largo plazo Um programa de treino bem organizado e planificado, durante um período de tempo prolongado, aumenta a eficácia da preparação para as competições futuras mais importantes, uma vez que: introduz uma utilização

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDAVEIS: Um relato de experiência

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDAVEIS: Um relato de experiência EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDAVEIS: Um relato de experiência Verônica Silva Rufino Dornelles 1 Nicanor da Silveira Dornelles 2 Daniela Lopes dos Santos 3 Resumo: O presente estudo

Leia mais

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA Coordenação do Internato Médico de Saúde Pública PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA (Aprovado pela Portaria 47/2011, de 26 de Janeiro) Internato 2012/2016 ÍNDICE GERAL INTRODUÇÃO 1 1. DURAÇÃO

Leia mais

Brasil avança em duas áreas da Matemática

Brasil avança em duas áreas da Matemática PISA 2003 - BRASIL O Brasil mostrou alguns avanços na segunda edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Foi o que mais cresceu em duas das áreas avaliadas da Matemática, melhorou

Leia mais

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010)

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) 1 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Artigo

Leia mais

Estado da tecnologia avançada na gestão dos recursos genéticos animais

Estado da tecnologia avançada na gestão dos recursos genéticos animais PARTE 4 Estado da tecnologia avançada na gestão dos recursos genéticos animais A caracterização de raças e ambientes de produção precisa ser melhorada para fomentar políticas de decisão na gestão dos recursos

Leia mais

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL MINAS, IDEB E PROVA BRASIL Vanessa Guimarães 1 João Filocre 2 I I. SOBRE O 5º ANO DO EF 1. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi criado há um ano pelo MEC e adotado como indicador da

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO (A PREENCHER PELA COMISSÃO DO PAA) Atividade Nº AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO Clube de adrez Professor Responsável Carlos Magalhães Ano letivo 2014/2015 Índice 1. Introdução 3 2. Objetivos

Leia mais

O que é protagonismo juvenil?

O que é protagonismo juvenil? O que é protagonismo juvenil? Branca Sylvia Brener * Índice Protagonismo Juvenil Por que a participação social dos jovens? O papel do educador Bibliografia Protagonismo Juvenil A palavra protagonismo vem

Leia mais

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS: TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS: Art. 3º - A Escola oferece os seguintes níveis de ensino: I. Educação Infantil: de 0 a 05 anos de idade. Educação Precoce de 0 a 03 anos Educação

Leia mais

Pós Graduação Engenharia de Software

Pós Graduação Engenharia de Software Pós Graduação Engenharia de Software Ana Candida Natali COPPE/UFRJ Programa de Engenharia de Sistemas e Computação FAPEC / FAT Estrutura do Módulo QUALIDADE DE SOFTWARE (30h) Introdução: desenvolvimento

Leia mais

PLANO DE CARREIRA DO NADADOR DO AMINATA ÉVORA CLUBE DE NATAÇÃO

PLANO DE CARREIRA DO NADADOR DO AMINATA ÉVORA CLUBE DE NATAÇÃO PLANO DE CARREIRA DO NADADOR DO AMINATA ÉVORA CLUBE DE NATAÇÃO PLANO DE CARREIRA DO NADADOR AMINATA ÉVORA CLUBE DE NATAÇÃO Introdução O Aminata Évora Clube de Natação, sendo um clube dedicado a várias

Leia mais

Marketing Pessoal. aumentem de valor.

Marketing Pessoal. aumentem de valor. P U B L I C A Ç Ã O N º 3 2 3 D E Z E M B R O 2 0 0 9 Marketing Pessoal PONTOS DE INTERESSE: Conceito Na Prática Definir Objectivos Marca Pessoal Marketing Pessoal pode ser definido como o processo de

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

AVALIAÇÃO. 3. O tempo de duração de cada teste é cuidadosamente calculado, tendo em conta a idade do aluno e aquilo que já é capaz de fazer.

AVALIAÇÃO. 3. O tempo de duração de cada teste é cuidadosamente calculado, tendo em conta a idade do aluno e aquilo que já é capaz de fazer. AVALIAÇÃO Regras de correcção e atribuição de notas em Lower School Os professores de Lower School seguirão as regras, a seguir apresentadas, na avaliação, exceptuandose os testes de ortografia e cálculo

Leia mais

CURSO DE PSICOLOGIA. Trabalho de Conclusão de Curso Resumos 2011.2

CURSO DE PSICOLOGIA. Trabalho de Conclusão de Curso Resumos 2011.2 CURSO DE PSICOLOGIA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos 2011.2 COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Mônica Ramos Daltro SALVADOR TEMA: Contribuições da Teoria do Pensamento Complexo Para a Área da Psicologia

Leia mais

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO EFECTIVIDADE DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS PROJECTO ESSE Indicadores de qualidade I Introdução Baseado em investigação anterior e na recolha de informação

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

METODOLOGIA DO TREINO

METODOLOGIA DO TREINO faculdade de motricidade humana unidade orgânica de ciências do desporto METODOLOGIA DO TREINO Objectivos 1. dominar os conceitos fundamentais em treino desportivo. 2. conhecer os diversos factores do

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando a vontade comum do

Leia mais

PROJETO DO DESPORTO ESCOLAR

PROJETO DO DESPORTO ESCOLAR COORDENADOR: Vanda Teixeira 1. FUNDAMENTAÇÃO/ CONTEXTUALIZAÇÃO/ JUSTIFICAÇÃO a) O Desporto Escolar constitui uma das vertentes de atuação do Ministério da Educação e Ciência com maior transversalidade

Leia mais

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 10ª e 11ª Classes

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 10ª e 11ª Classes república de angola ministério da educação PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 10ª e 11ª Classes Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário FASE DE EXPERIMENTAÇÃO Ficha Técnica Título Programa de

Leia mais

Planejamento Estratégico Setorial para a Internacionalização

Planejamento Estratégico Setorial para a Internacionalização Unidade de Projetos de Termo de Referência para elaboração e desenvolvimento de Planejamento Estratégico Setorial para a Internacionalização Agosto de 2009 Elaborado em: 4/8/2009 Elaborado por: Apex-Brasil

Leia mais

Impacto_ Aproximar o ambiente escolar do desenvolvimento de habilidades socioemocionais cria espaço para um aprendizado mais completo e tem impacto no bem-estar ao longo de toda a vida. Isso porque, segundo

Leia mais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 7ª, 8ª e 9ª classes 1º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Ficha Técnica TÍTULO: Programa de Educação Física - 7ª, 8ª e 9ª classes EDITORA: INIDE IMPRESSÃO: GestGráfica, S.A. TIRAGEM:

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

INTRODUÇÃO. A educação física é uma disciplina curricular que pedagogicamente bem orientada contribui para o desenvolvimento integral do homem.

INTRODUÇÃO. A educação física é uma disciplina curricular que pedagogicamente bem orientada contribui para o desenvolvimento integral do homem. INTRODUÇÃO O ensino da educação física no 1º nível de ensino joga um papel importante no desenvolvimento das diferentes qualidades físicas, assim como das diversas habilidades motoras dos educandos. Através

Leia mais

CRISTOVÃO PEDRO MAIA

CRISTOVÃO PEDRO MAIA CRISTOVÃO PEDRO MAIA COMPARAÇÃO A MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA ESPORTIVA ETRE DUAS EQUIPES PROFISSIOAIS DE FUTSAL DA CATEGORIA ADULTO Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso em Especialização

Leia mais

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS)

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS) NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS) Temas para Discussão 1) DISPOSIÇÕES GERAIS 2) DEFINIÇÕES GERAIS 3) CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS 4) EVIDENCIAÇÃO

Leia mais

ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE

ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo A Administração da revolução O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi

Leia mais

ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Josilene Maria de Almeida 1 ; Rosângela Miranda de Lima 2 ; Maria Sônia Lopes da Silva; Maria Anunciada

Leia mais

ANEXO III REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

ANEXO III REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ANEXO III REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Artigo 1.º Âmbito 1 - O presente regulamento de avaliação de desempenho aplica-se a todos os docentes que se encontrem integrados na carreira. 2 - A avaliação

Leia mais

ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE

ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Instituto Politécnico De Leiria A.1.a. Identificação

Leia mais

TAFCITY (A Cidade Amiga do Idoso) GUIA DO PROFESSOR

TAFCITY (A Cidade Amiga do Idoso) GUIA DO PROFESSOR TAFCITY (A Cidade Amiga do Idoso) GUIA DO PROFESSOR TAFCITY Guia do Professor PAG. 1 Introdução Este guia foi concebido para ajudar os professores a utilizar o curso, planeando a sua lecionação e o modo

Leia mais

PROJETO. Saúde, um direito Cívico

PROJETO. Saúde, um direito Cívico PROJETO Saúde, um direito Cívico Projeto Mexa-se - Ano de 2014-2015 Página 1 " A manutenção da saúde assenta no contrariar a tendência para a redução de exercício. Não existe nenhuma forma de substituir

Leia mais

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG). ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA PRESENTES EM UMA INSTITUIÇÃO FILÁNTROPICA E MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de

Leia mais

Dispõe sobre o atendimento educacional especializado aos alunos identificados com altas habilidades ou superdotados no âmbito do Município de Manaus.

Dispõe sobre o atendimento educacional especializado aos alunos identificados com altas habilidades ou superdotados no âmbito do Município de Manaus. PROJETO DE LEI N º 280/2013 ESTADO DO AMAZONAS Dispõe sobre o atendimento educacional especializado aos alunos identificados com altas habilidades ou superdotados no âmbito do Município de Manaus. Art.

Leia mais

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso 7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso Saiba como colocar o PINS em prática no agronegócio e explore suas melhores opções de atuação em rede. Quando uma empresa

Leia mais

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS E IDENTIDADE ACADÉMICA E PROFISSIONAL

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS E IDENTIDADE ACADÉMICA E PROFISSIONAL COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS E IDENTIDADE ACADÉMICA E PROFISSIONAL 1.1. A definição do nosso objecto de estudo e de intervenção profissional continua a prestar-se a confusões terminológicas, a especulações

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO ESCOLAR

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO ESCOLAR A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO ESCOLAR Stefania Germano Dias; Flávio Pereira de Oliveira; Josefa Nandara Pereira de Souza; Larissa Brito da Silva; Maria Aparecida

Leia mais

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Projeto Integrado Multidisciplinar I e II

UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Projeto Integrado Multidisciplinar I e II UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA Projeto Integrado Multidisciplinar I e II Manual de orientações - PIM Cursos superiores de Tecnologia em: Gestão Ambiental, Marketing, Processos Gerenciais

Leia mais

Voleibol. Professor:Pedro Engler Neto

Voleibol. Professor:Pedro Engler Neto Voleibol Professor:Pedro Engler Neto Histórico O voleibol foi criado por William G. Morgam em 09 de fevereiro de 1895. Na Associação Cristã de Moços,HoYolke Massachussets, Eua. E a intenção de Morgan era

Leia mais

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

FERRAMENTAS DA QUALIDADE FERRAMENTAS DA QUALIDADE Docente: Dr. José Carlos Marques Discentes: Estêvão Andrade N.º 2089206 Maria da Luz Abreu N.º 2405797 Teodoto Silva N.º 2094306 Vitalina Cunha N.º 2010607 FERRAMENTAS DA QUALIDADE

Leia mais

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS Mirian Vieira Batista Dias Universidade Federal de São Carlos/Secretaria

Leia mais

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Camila Lopes Ferreir a (UTFPR) camila@pg.cefetpr.br Dr. Luiz Alberto Pilatti (UTFPR) lapilatti@pg.cefetpr.br

Leia mais