Avaliação Actuarial do Sistema Previdencial da Segurança Social

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Avaliação Actuarial do Sistema Previdencial da Segurança Social"

Transcrição

1 Avaliação Actuarial do Sistema Previdencial da Segurança Social Sistema Previdencial GEP/MSESS JUNHO DE 2015

2 Índice 1. SUMÁRIO EXECUTIVO PROJECÇÃO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DO SISTEMA ENQUADRAMENTO GERAL EVOLUÇÃO DA RECEITA COM CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES ESTRUTURA SALARIAL, CONTRIBUIÇÕES MÉDIAS E TAXAS DE CONTRIBUIÇÃO PROJECÇÃO DA DESPESA: PENSÕES E COMPLEMENTOS BREVE ENQUADRAMENTO PENSÃO DE VELHICE PENSÃO DE INVALIDEZ PENSÃO DE SOBREVIVÊNCIA EVOLUÇÃO DA DESPESA COM PENSÕES E COMPLEMENTOS CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE PENSÕES PENSÕES ESTATUTÁRIAS E PENSÕES TOTAIS MÉDIAS PROJECÇÃO DO NÚMERO DE PENSÕES POR EVENTUALIDADE PROJECÇÃO DA DESPESA COM PENSÕES E COMPLEMENTOS PROJECÇÃO DA DESPESA COM PRESTAÇÕES SOCIAIS POR DESEMPREGO BREVE CARACTERIZAÇÃO DAS PRESTAÇÕES SOCIAIS POR DESEMPREGO PROJECÇÃO DA DESPESA COM PRESTAÇÕES SOCIAIS POR DESEMPREGO CONTA PREVISIONAL DO SISTEMA PREVIDENCIAL-REPARTIÇÃO E ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE CONTA PREVISIONAL DO SISTEM PREVIDENCIAL-REPARTIÇÃO AVALIAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DE LONGO PRAZO DO SISTEMA ESTIMATIVA DA DÍVIDA IMPLÍCITA DO SISTEMA TAXA CONTRIBUTIVA DE EQUILÍBRIO DO SISTEMA BIBLIOGRAFIA ANEXOS i

3 Índice de Quadros Quadro 1 DESAGREGAÇÃO DA TAXA CONTRIBUTIVA GLOBAL Quadro 2 IMPORTÂNCIA RELATIVA DAS VÁRIAS EVENTUALIDADES NA DESAGREGAÇÃO DA TCG Quadro 3 DESAGREGAÇÃO DA RECEITA COM CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES POR EVENTUALIDADE Quadro 4 NÚMERO E IDADE MÉDIA DOS CONTRIBUINTES SINGULARES POR GRUPO PROFISSIONAL, Quadro 5 REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL DECLARADA POR GÉNERO E GRUPO PROFISSIONAL, Quadro 6 CONTRIBUIÇÃO MÉDIA ANUAL DECLARADA POR GÉNERO E TIPO DE QUALIFICAÇÃO, Quadro 7 EVOLUÇÃO DA DESPESA COM PENSÕES E COMPLEMENTOS NA SEGURANÇA SOCIAL Quadro 8 EVOLUÇÃO DO N.º DE PENSÕES DO SISTEMA DE SEGURANÇA SOCIAL POR REGIME Quadro 9 IDADE MÉDIA DOS PENSIONISTAS DO SSS POR REGIME, GÉNERO E EVENTUALIDADE, Quadro 10 PENSÃO MÉDIA TOTAL EM PROPORÇÃO DO SALÁRIO MÉDIO MENSAL DO RGSS, Quadro 11 EVOLUÇÃO DA DESPESA COM PENSÕES E COMPLEMENTOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL Quadro 12 PROJECÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES SOBRE AS PRESTAÇÕES POR DESEMPREGO Quadro 13 CONTA PREVISIONAL DA SEGURANÇA SOCIAL: SISTEMA PREVIDENCIAL - REPARTIÇÃO (PREÇOS CORRENTES) Quadro 14 CONTA PREVISIONAL DA SEGURANÇA SOCIAL: SISTEMA PREVIDENCIAL - REPARTIÇÃO (PREÇOS CONSTANTES 2013) Quadro 15 CONTA PREVISIONAL DA SEGURANÇA SOCIAL: SISTEMA PREVIDENCIAL - CAPITALIZAÇÃO (PREÇOS CORRENTES) 55 Quadro 16 ESTIMATIVA DA DÍVIDA IMPLÍCITA DO SISTEMA PREVIDENCIAL REPARTIÇÃO Quadro 17 CONTRIBUIÇÃO DE EQUILÍBRIO (PAYGO) DO SISTEMA PREVIDENCIAL REPARTIÇÃO Quadro 18 GAP - GENERAL AVERAGE PREMIUM Índice de Figuras Figura 1 EVOLUÇÃO DA RECEITA COM CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES Figura 2 PERFIL SALARIAL POR IDADE, GÉNERO E GRUPO DE CONTRIBUINTES DO RGSS EM Figura 3 PROJECÇÃO DO N.º ANUAL DE NOVAS PENSÕES DO SISTEMA PREVIDENCIAL, POR EVENTUALIDADE Figura 4 PROJECÇÃO DO N.º TOTAL DE PENSÕES DO SISTEMA PREVIDENCIAL, POR GÉNERO Figura 5 EVOLUÇÃO DO RÁCIO DE SUPORTE DO SISTEMA PREVIDENCIAL - REPARTIÇÃO Figura 6 EVOLUÇÃO DA DESPESA COM PENSÕES E COMPLEMENTOS POR EVENTUALIDADE Figura 7 EVOLUÇÃO DA DESPESA COM PENSÕES E COMPLEMENTOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL Figura 8 PROJECÇÃO DA PENSÃO ESTATUTÁRIA MÉDIA MENSAL DOS NOVOS PENSIONISTAS DO RGSS Figura 9 TAXA DE SUBSTITUIÇÃO ENTRE A 1ª PENSÃO E O SALÁRIO MÉDIO PROJECTADO, RGSS Figura 10 DISTRIBUIÇÃO, POR GÉNERO, DOS BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO Figura 11 ESTRUTURA ETÁRIA DOS BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO POR GÉNERO Figura 12 PROJECÇÃO DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS DAS PRESTAÇÕES POR DESEMPREGO E EM PROPORÇÃO DO NÚMERO DE CONTRIBUINTES Figura 13 PROJECÇÃO DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS DAS PRESTAÇÕES POR DESEMPREGO, POR GÉNERO Figura 14 PROJECÇÃO DO Nº DE BENEFICIÁRIOS COM MAJORAÇÃO DAS PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO, POR GÉNERO Figura 15 PROJECÇÃO DO PERÍODO MÉDIO DE CONCESSÃO DAS PRESTAÇÕES POR DESEMPREGO Figura 16 PROJECÇÃO DOS ENCARGOS COM PRESTAÇÕES SOCIAIS POR DESEMPREGO E TAXA DE DESEMPREGO Figura 17 EVOLUÇÃO DAS RECEITAS CORRENTES DO SISTEMA PREVIDENCIAL REPARTIÇÃO Figura 18 EVOLUÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES DO SISTEMA PREVIDENCIAL REPARTIÇÃO Figura 19 EVOLUÇÃO DO SALDO DO SISTEMA PREVIDENCIAL - REPARTIÇÃO (RECEITAS PRÓPRIAS) Figura 20 EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DAS RECEITAS CORRENTES DO S. PREVIDENCIAL REPARTIÇÃO Figura 21 EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES DO SISTEMA PREVIDENCIAL - REPARTIÇÃO Figura 22 IMPORTÂNCIA RELATIVA DAS VÁRIAS EVENTUALIDADES NA DESPESA COM PRESTAÇÕES SOCIAIS Figura 23 IMPORTÂNCIA RELATIVA DAS VÁRIAS EVENTUALIDADES NA DESPESA COM PRESTAÇÕES SOCIAIS, ii

4 1. SUMÁRIO EXECUTIVO As dinâmicas desfavoráveis da demografia, da economia e do mercado de trabalho, projectadas para as próximas décadas em Portugal, contribuirão para agravar as dificuldades de financiamento dos Sistemas Públicos de Protecção Social, colocando em causa a sua sustentabilidade financeira e aumentando a pressão sobre as finanças públicas do país. Não obstante as medidas excepcionais de aumento da receita e de contenção e corte da despesa adoptadas em Portugal nos últimos anos, a realidade mostra que o equilíbrio financeiro dos sistemas de protecção social tem sido assegurado pela afectação crescente de impostos e/ou outras fontes de financiamento externas. O recurso a esta via para cobrir os défices de autofinanciamento tornará os sistemas cada vez mais assistencialistas, afastando-os da lógica contributiva e do princípio da solidariedade laboral com base nos quais foram fundados, princípios estes nos quais reside, em grande medida, a sua legitimidade. A acentuação da iniquidade intra e intergeracional, o aumento da desconfiança de participantes e beneficiários em relação à viabilidade dos sistemas e à sua capacidade para atingir os seus desígnios fundamentais, a quebra recorrente das promessas de benefício definido, a todos convocam para uma reflexão profunda em torno da equidade, sustentabilidade e adequação dos sistemas de protecção social. Ao nível individual, os sistemas de protecção social visam, primariamente, proporcionar segurança contra níveis de rendimento e/ou riqueza baixos na velhice e nas demais eventualidades cobertas (desemprego, doença, invalidez, etc.). Mediante decisões de consumo e de poupança apropriadas, esta piggybank function permite transferir, no tempo e entre contingências, poder aquisitivo com origem nos rendimentos do trabalho gerados durante a vida activa para financiamento do consumo na reforma contribuindo, assim, para a manutenção dos níveis de vida em períodos de ausência e/ou diminuição do rendimento e para o alisamento dos níveis de consumo ao longo do ciclo de vida. Oferecem ainda um mecanismo de seguro social ou de mutualização dos riscos intrageracionais, associados a contingências imediatas ou diferidas. Ao nível das políticas públicas, os sistemas incorporam uma função redistributiva, que se materializa no pagamento de prestações sociais, em situações de falta ou insuficiência de contribuições e/ou recursos económicos, e no âmbito de objectivos mais gerais das políticas públicas. Prosseguem ainda este objectivo através de políticas (gerais ou selectivas) de redução dos níveis de pobreza e de exclusão social, em especial entre os mais velhos. A juntar a estes objectivos primários, os sistemas de protecção social devem ainda procurar promover a equidade intra e intergeracional, reduzindo as transferências não intencionais de rendimento e reforçando a noção de justiça no sistema, criar incentivos à participação no 3

5 mercado de trabalho, prolongando a vida activa, à redução do risco moral, contribuir para o aumento da poupança agregada do país e para o desenvolvimento dos mercados financeiros, promover uma adequada partilha dos riscos macroeconómicos entre gerações, reforçar a autonomia e responsabilidade individuais, ser um catalisador do crescimento económico, aumentar a confiança dos trabalhadores e das empresas no futuro, aumentar a previsibilidade na tomada de decisões de consumo, poupança e investimento. Estudos recentes sugerem que uma boa parte dos impostos, contribuições e quotizações cobrados pelos sistemas para financiar as prestações sociais são redistribuídos ao longo do ciclo de vida dos beneficiários e não entre diferentes participantes. Este mecanismo de redistribuição dita intrapessoal, de transferência de poder de compra entre diferentes estágios da vida, é substancialmente distinto da tradicional redistribuição interpessoal, entre indivíduos com distintos níveis de rendimento e/ou riqueza, e suscita a necessidade de rever os moldes em que se estruturam os sistemas de protecção social. Se é inquestionável que uma parte dos impostos e contribuições pagos se convertem em prestações sociais recebidas ao longo da vida, a realidade mostra igualmente que esses impostos e benefícios tendem a distorcer o comportamento do indivíduo. Neste contexto, é fundamental reforçar a contributividade do sistema reforçando a ligação actuarial entre contribuições e benefícios, eliminar o problema de "free-rider", reduzindo ou minimizando o acesso às prestações contributivas por parte de beneficiários que não exibem suficiente carreira contributiva ( something for nothing problem 1 ), combater o crescente sentimento de que as contribuições não passam de impostos e que do seu pagamento não decorre qualquer contrapartida em termos de prestações sociais ( nothing for something problem), tornar os mecanismos redistributivos mais transparentes. Um sistema de protecção social só cumpre de forma duradoura os seus propósitos se for demográfica, económica e financeiramente sustentável, se proporcionar prestações sociais adequadas e se for entendido como intra e intergeracionalmente justo. Um sistema de protecção social contributivo diz-se financeiramente sustentável se estiver em equilíbrio actuarial. No caso particular do Sistema Previdencial da Segurança Social, cujo modelo de financiamento estipulado por lei é de repartição contemporânea, tal pressupõe, em termos genéricos, que as receitas actuais e futuras com contribuições e quotizações sociais devem, em conjunto com os activos de fundos de reserva existentes, ser suficientes para financiar a despesa prevista com diferentes prestações sociais no médio e longo prazos. 1 Bell, K., Gaffney, D. (2012). Making a contribution: social security for the future. Touchstone Pamphlet Nº 12, London. 4

6 Quando tal não acontece e o sistema evidencia um desequilíbrio de carácter estrutural, tornase necessário ajustar os benefícios (em montante e/ou em duração do período de atribuição), e/ou aumentar o nível de contribuições e/ou recorrer a fontes de financiamento externas ao sistema, fontes essas que, no caso do Sistema Previdencial, têm passado nos últimos anos pelo recurso a dotações anuais extraordinárias provenientes do Orçamento de Estado. O recurso extraordinário (mas crescente) a fontes de financiamento externas ao regime de protecção social, para colmatar os défices de autofinanciamento, deixa o sistema dependente da situação global das finanças públicas do país e, num quadro mais geral, dos compromissos assumidos pelo Estado Português no contexto da nova arquitectura europeia em matéria de regras e procedimentos orçamentais. Com o objectivo de quantificar o valor actual e futuro das responsabilidades líquidas do Sistema Previdencial da Segurança Social e os seus impactos orçamentais, efectuamos neste estudo uma avaliação actuarial e uma análise da sustentabilidade financeira do sistema num horizonte temporal de 75 anos. A avaliação socorre-se de um modelo de projecção de natureza actuarial, com base no qual é possível, assente em pressupostos (demográficos, macroeconómicos, do mercado de trabalho, actuariais), projectar, de forma integrada, a evolução a longo prazo dos principais indicadores físicos e financeiros do sistema, quantificar a respectiva dívida implícita e estimar as taxas contributivas de equilíbrio (globais e por eventualidade). A projecção das fontes de autofinanciamento do Sistema Previdencial aponta para um crescimento médio anual esperado da receita com contribuições e quotizações de 1,17% entre 2013 e Salientamos, contudo, que este crescimento só será possível se se confirmarem as previsões de crescimento salarial real e nominal consideradas no estudo, i.e., se as previsões de crescimento significativo da produtividade do trabalho se materializarem, uma vez que é esperada uma redução substancial do número de contribuintes singulares no período em análise, fruto das tendências fortemente negativas antecipadas para a evolução demográfica. O peso da receita com contribuições e quotizações no PIB, a preços constantes de 2013, aumentará, segundo as projecções deste estudo, 0,42 pontos percentuais até 2060, partindo de um valor actual de 7,73% do PIB para um valor 8,15% em Para este aumento contribuem fortemente as contribuições e quotizações dos trabalhadores que exercem funções públicas, na sua grande maioria hoje integrados no Regime de Protecção Social Convergente gerido pela Caixa Geral de Aposentações, que vão sendo progressivamente integrados no Sistema Previdencial no quadro do encerramento do sistema gerido pela CGA a novos subscritores, em 31 de Dezembro de

7 Os resultados do estudo indicam ainda que o equilíbrio demográfico do Sistema Previdencial- Repartição, mediado por diferentes indicadores da relação entre o número de financiadores (actuais e potenciais) do sistema e o número de beneficiários das prestações sociais está comprometido. Por exemplo, o rácio entre a população activa com idades no intervalo e o número de pensões registará uma queda acentuada no período em análise, passando dos actuais 1,86 indivíduos activos por pensão do Sistema Previdencial, em 2013, para um valor de 0,91 em 2060, fruto quer da redução estimada da população activa quer do aumento significativo do número de pensões. A análise da conta previsional permite concluir que as receitas e despesas totais do sistema vão crescer a preços correntes e a preços constantes, mas a ritmos diferenciados, agravando os saldos negativos registados em 2013 e Com efeito, se excluirmos as transferências extraordinárias do OE efectuadas em 2013 e 2014 para financiamento do défice do SSS, no valor de EUR e EUR (OER 2014), respectivamente, o défice do Sistema Previdencial-Repartição teria sido de EUR (0,66% do PIB) em 2013 e EUR (0,62% do PIB) em As projecções apontam para um desequilíbrio financeiro recorrente do Sistema Previdencial que se irá agravar nas próximas décadas, alcançando em 2060 uma cifra de M (ou 3,13% do PIB), a preços correntes. Se considerarmos apenas o diferencial entre as receitas próprias do sistema (contribuições e quotizações) e a despesa com as prestações sociais de natureza contributiva, as necessidades de financiamento do Sistema Previdencial-Repartição que, em 2013, ascendiam a 0,81% do PIB continuarão a agravar-se alcançando, em 2060, um valor de M, a preços constantes de 2013, correspondentes a 3,24% do PIB a preços constantes desse ano. No lado da despesa, o principal contributo para o aumento dos encargos com prestações sociais vem do aumento dos gastos com pensões e complementos, que representará em ,3% da despesa total. A despesa com pensões crescerá significativamente no período em análise, quer pelo efeito-volume (aumento do número de pensões) quer por um efeito-preço (aumento da pensão estatutária média do stock de pensionistas). A preços correntes, a despesa com pensões passará dos actuais M para M em Se descontarmos o efeito da inflação, a despesa cresce M no período apresentado, para um valor em 2060 de M. Por eventualidade, o maior contributo para o crescimento da despesa com pensões e complementos é dado pelas pensões de velhice, cujo encargo para o sistema aumenta 173% em termos acumulados no período em análise para um valor em 2060 de M. Relevante é ainda o acréscimo da despesa com pensões de sobrevivência - viuvez, para um valor de M em

8 O aumento das pensões estatutárias médias (e totais) do stock de pensionistas do sistema previdencial previsto no estudo decorre: (i) da aplicação das regras de actualização automática das pensões, (ii) do aumento da pensão estatutária média dos novos pensionistas, fruto quer da aplicação da actual fórmula de cálculo que é menos penalizadora do que a anterior uma vez que exclui o factor de sustentabilidade para as pensões requeridas à idade normal de reforma, (iii) da maturação do sistema que conduzirá à reforma de gerações de trabalhadores com carreiras contributivas mais longas e significativas que se traduzirão, apesar de com menores taxas de substituição, em pensões médias mais elevadas; (iv) do efeito-substituição associado à saída do sistema (por morte) das actuais gerações de pensionistas com idades mais avançadas e pensões substancialmente mais baixas do que a média, e a sua substituição por pensionistas mais jovens e com pensões mais elevadas; (v) da progressiva integração dos novos funcionário públicos (admitidos após Dezembro de 2005) no RGSS. A utilização do FEFSS para colmatar as necessidades de financiamento do Sistema Previdencial- Repartição conduzirá ao seu esgotamento em 2024 ou 2025, consoante os cenários de taxa de retorno considerados, o que significa que a manutenção de défices significativos e persistentes no sistema não poderá ser colmatada pelo recurso ao fundo, carecendo da transferência de dotações crescente do OE a partir dessa data. As estimativas da dívida implícita do Sistema Previdencial-Repartição (considerando como medida adequada dos défices de autofinanciamento o Saldo Receitas Próprias), oscilam entre os M (ou 179,58% do PIB) no cenário mais pessimista, de uma taxa de desconto de 3%, e os M (ou 83,89% do PIB) na hipótese mais favorável de uma taxa de desconto anual nominal de 5%. As estimativas da taxa contributiva global de equilíbrio mostram que o General Average Premium necessário para, num horizonte temporal de 75 anos, cobrir as necessidades de financiamento do Sistema Previdencial, através de contribuições e quotizações, é de 41,41%, i.e., a taxa contributiva global (sem administração) deveria aumentar 8,43 pontos percentuais face ao seu valor actual. Por eventualidade, as contingências mais carenciadas são as de velhice e morte, enquanto, segundo as projecções no longo prazo, as contingências de desemprego, invalidez, doença e doença profissional apresentariam excedente financeiro. 7

9 2. PROJECÇÃO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DO SISTEMA 2.1 ENQUADRAMENTO GERAL A Lei 4/2007, de 16 de Janeiro, que aprova as Bases Gerais do Sistema de Segurança Social e o Decreto Lei n.º 367/2007, de 2 de Novembro, que estabelece o quadro genérico do financiamento do sistema da Segurança Social introduziram algumas alterações na estrutura do sistema, que passou a integrar o sistema de protecção social de cidadania, o sistema previdencial e o sistema complementar. Estabeleceram ainda o quadro genérico do financiamento do sistema da Segurança Social, procurando discriminar as receitas e as despesas enquadradas em cada um dos sistemas, concretizando o princípio da adequação selectiva das fontes de financiamento às modalidades de protecção social. De acordo com este princípio, a determinação das fontes de financiamento e a afectação dos recursos financeiros deve ser feita de acordo com a natureza e os objectivos das modalidades de protecção social e com as situações e medidas especiais, designadamente as relacionadas com políticas activas de emprego e formação profissional. Com estas alterações legislativas procurava-se tornar mais transparente e rigorosa a gestão financeira do sistema, delimitando de forma mais precisa as responsabilidades em matéria de financiamento que devem caber, por um lado, ao Estado nas transferências realizadas para a área não contributiva da Segurança Social e, por outro, aos trabalhadores e entidades empregadoras que, através do pagamento de contribuições e quotizações sociais, suportam os encargos com as prestações sociais contributivas. Em resultados destas alterações, o sistema passou a estabelecer três grandes fontes de financiamento (art.º 3º do DL n.º 367/2007, de 2 de Novembro): a) Financiamento através de quotizações dos trabalhadores por conta de outrem, de contribuições dos trabalhadores independentes, de contribuições das entidades empregadoras, devidas no âmbito dos regimes gerais de Segurança Social e, bem assim, de outras contribuições, devidas no âmbito de outros regimes de Segurança Social, ainda que de inscrição facultativa; b) Financiamento por transferências do Orçamento do Estado; c) Financiamento por consignação de receitas. O sistema precisou ainda que a concretização do princípio da adequação selectiva das formas de financiamento às modalidades de protecção social significaria daí em diante que (art.º 4º): 8

10 a) As prestações substitutivas de rendimentos de actividade profissional atribuídas no âmbito do sistema previdencial (por desemprego, doença, velhice, invalidez,...) e, bem assim, as políticas activas de emprego e formação profissional devem ser financiadas por quotizações dos trabalhadores e por contribuições das entidades empregadoras. b) As prestações sociais garantidas no âmbito do sistema de protecção social de cidadania devem ser financiadas por transferências do Orçamento do Estado e por consignação de receitas; c) Sem prejuízo do disposto na alínea (b), a contrapartida nacional das despesas financiadas no âmbito do Fundo Social Europeu é suportada pelo Orçamento do Estado. d) As despesas de administração e outras despesas comuns do sistema, qualquer que seja a sua natureza, são financiadas através das fontes correspondentes aos sistemas de protecção social de cidadania e previdencial, na proporção dos respectivos encargos. O Decreto Lei n.º 367/2007, de 2 de Novembro, veio ainda determinar que o financiamento do sistema previdencial e sua gestão financeira obedecem a mecanismos redistributivos de base profissional, combinando métodos de repartição e de capitalização, sendo que a componente de capitalização se refere à capitalização pública de estabilização. 2 A combinação destas técnicas dá origem ao desdobramento do sistema previdencial em Sistema Previdencial- Repartição e Sistema Previdencial-Capitalização. O Sistema Previdencial-Repartição regista a receita e despesa dos regimes contributivos, a saber do regime geral dos trabalhadores por conta de outrem, do regime dos trabalhadores independentes e do seguro social voluntário. A sua principal fonte de financiamento são contribuições e quotizações pagas por trabalhadores e entidades empregadoras, obtidas por aplicação de taxas contributivas aos rendimentos profissionais considerados na base de incidência contributiva nos termos do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial da Segurança Social (CRCSPSS). A taxa que assegura a cobertura de todas as eventualidades (do regime geral) corresponde à taxa contributiva global (comummente conhecida por Taxa Social Única, TSU), mas existem no CRCSPSS inúmeras outras taxas contributivas que reflectem designadamente um âmbito material (conjunto de eventualidade e/ou prestações) mais restrito. 2 A componente financeira do sistema previdencial gerida em repartição é denominada Sistema Previdencial-Repartição e a componente gerida em capitalização denomina-se Sistema Previdencial- Capitalização. 9

11 A taxa contributiva global (TCG) do regime geral correspondente ao elenco das eventualidades protegidas é de 34,75%, cabendo 23,75% à entidade empregadora e 11% ao trabalhador, sem prejuízo da possibilidade de se aplicarem taxas contributivas diferenciadas a categorias de trabalhadores ou a situações específicas. A taxa contributiva global integra o custo correspondente a cada uma das eventualidades previstas no âmbito da protecção social conferida pelo regime geral dos trabalhadores por conta de outrem (doença, parentalidade, desemprego, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte), sendo este calculado em função do valor das seguintes parcelas: (a) Custo técnico das prestações; (b) Encargos de administração; (c) Encargos de solidariedade laboral e (d) Encargos com políticas activas de emprego e valorização profissional. Nos termos do CRCSPSS em vigor, a taxa contributiva global é desagregada por cada eventualidade nos seguintes termos (artigo 51.º do CRCSPSS): Quadro 1 DESAGREGAÇÃO DA TAXA CONTRIBUTIVA GLOBAL Eventualidade Total Custo Administração Solidariedade Políticas Activas Total sem Técnico Laboral Emprego e FP Administração Doença 1,40% 1,33% 0,03% 0,04% 1,37% Doença Profissional 0,50% 0,06% 0,44% 0,50% Parentalidade 0,76% 0,72% 0,02% 0,02% 0,74% Desemprego 5,13% 3,76% 0,09% 0,12% 1,16% 5,04% Invalidez 4,30% 3,51% 0,09% 0,12% 0,58% 4,21% Velhice 20,21% 19,10% 0,48% 0,63% 19,73% Morte 2,45% 2,31% 0,06% 0,08% 2,39% Total global 34,75% 30,79% 0,77% 1,45% 1,74% 33,98% Fonte: Elaboração própria com base no CRCSPSS. Como se pode observar no Quadro 1, a maior fatia da TCG está afecta à eventualidade Velhice (20,21% do custo total), logo seguida das eventualidades Desemprego (5,13%), Invalidez (4,30%) e Morte (2,45%). As eventualidades Doença (1,40%), Parentalidade (0,76%) e Doença Profissional (0,50%) recebem fatias menos representativas da TCG. Saliente-se que dos 34,75% da TCG, 88,60% destinam-se a financiar o custo técnico das prestações, 2,22% estão afectos ao pagamento dos custos de administração do sistema, 4,17% devem ser suficientes para suportar a solidariedade laboral e 5,01% das contribuições estão consignadas às políticas activas de emprego e valorização profissional. O Quadro 2 representa a importância de cada eventualidade na desagregação da Taxa Contributiva Global e ilustra o peso relativo que as diferentes prestações sociais assumem no orçamento do Sistema Previdencial-Repartição. Como se observa, o sistema prevê que as prestações sociais relacionadas com a eventualidade Velhice captem 58,16% da totalidade das 10

12 contribuições e quotizações pagas pelos trabalhadores por conta de outrem (58,06% se excluirmos a parcela destinada a cobrir as despesas de administração), 14,76% devem ser suficientes para financiar as prestações sociais previstas no sistema previdencial para a eventualidade Desemprego, 12,37% para as prestações por Invalidez, 7,05% para as prestações por Morte, 4,03% para prestações por Doença, 2,19% para prestações associadas à Parentalidade e apenas 1,44% para financiar os encargos com a Doença Profissional. A legislação estabelece que a desagregação da Taxa Contributiva Global deve ser revista quinquenalmente, com base em estudos actuariais a desenvolver para o efeito. Quadro 2 IMPORTÂNCIA RELATIVA DAS VÁRIAS EVENTUALIDADES NA DESAGREGAÇÃO DA TCG Eventualidade Total Custo Administração Solidariedade Políticas Activas Total sem Técnico Laboral Emprego e FP Administração Doença 4,03% 4,32% 3,90% 2,76% 4,03% Doença Profissional 1,44% 0,19% 30,34% 1,47% Parentalidade 2,19% 2,34% 2,60% 1,38% 2,18% Desemprego 14,76% 12,21% 11,69% 8,28% 66,67% 14,83% Invalidez 12,37% 11,40% 11,69% 8,28% 33,33% 12,39% Velhice 58,16% 62,03% 62,34% 43,45% 58,06% Morte 7,05% 7,50% 7,79% 5,52% 7,03% Total global 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Fonte: Elaboração própria com base no CRCSPSS. O Sistema Previdencial-Capitalização espelha os resultados da gestão do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS - mecanismo de capitalização pública de estabilização) e tem por objectivo contribuir para o equilíbrio e sustentabilidade do sistema previdencial. Nos termos do n.º 1 do artigo 91.º da Lei de Bases da Segurança Social (LBSS), o Sistema Previdencial-Capitalização deve garantir, através de reservas acumuladas no FEFSS, um montante equivalente ao pagamento de pensões aos beneficiários por um período mínimo de dois anos. Este sistema é financiado por uma parcela entre 2 e 4 pontos dos 11 pontos percentuais correspondentes às quotizações dos trabalhadores por conta de outrem, pela alienação do património do Sistema de Segurança Social, por rendimentos do património próprio e do património do Estado consignados ao reforço das reservas de capitalização, por ganhos obtidos das aplicações financeiras geridas em regime de capitalização, pelos excedentes anuais do Sistema Previdencial-Repartição, excepto aqueles que decorram de programas financiados por transferências comunitárias, pelo produto de eventuais excedentes de execução do Orçamento do Estado de cada ano e por outras fontes previstas por lei. Refirase ainda que, apesar de obrigatória nos termos da lei, a transferência para capitalização da 11

13 parcela quotizações dos trabalhadores por conta de outrem está dependente da conjuntura económica do ano a que se refere e situação financeira do Sistema Previdencial-Repartição. Este facto tem inviabilizado, desde 2010, a que se efectivem as transferências de receitas provenientes de quotizações de trabalhadores para reforço do FEFSS, conforme prevê a LBSS. A primeira alteração à Lei do Orçamento de Estado para 2012 veio estabelecer um novo sistema Sistema dos Regimes Especiais, que acresce aos anteriores, destinado a acomodar as despesas com as pensões dos beneficiários do regime de Segurança Social substitutivo do sector bancário (previsto em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho). As despesas inerentes a este sistema são financiadas inteiramente por transferências do OE consignadas àquele fim. 3 O financiamento do Sistema Previdencial-Repartição deve, por natureza, ser assegurado por contribuições sociais sendo que apenas em situações excepcionais devem ser canalizadas transferências do Estado para colmatar défices de autofinanciamento. Daqui resulta que as receitas próprias do sistema previdencial dependem da base de incidência contributiva e das taxas contributivas aplicadas a cada grupo profissional. A base contributiva é função sobretudo das remunerações ilíquidas devidas em função do exercício da actividade profissional (ou decorrente da cessação do contrato de trabalho) ou, no caso das bases de incidência convencionais aplicadas aos trabalhadores independentes, função do valor do indexante dos apoios sociais. 4 Significa isto que o seu montante anual depende sobretudo da evolução do emprego formal e da massa salarial declarada à Segurança Social, da 3 A transferência das responsabilidades deste regime de natureza contributiva para a esfera do Sistema de Segurança Social (ao abrigo dos Decretos-Lei n.º 127/2011, de 31 de Dezembro e 88/2012, de 11 de Abril) abrangeu o pagamento das pensões de invalidez e velhice concedidas até 31 de Dezembro de Segundo o artigo 46.º do CRCSPSS, para efeitos de delimitação da base de incidência contributiva consideram-se remunerações as prestações pecuniárias ou em espécie que nos termos do contrato de trabalho, das normas que o regem ou dos usos são devidas pelas entidades empregadoras aos trabalhadores como contrapartida do seu trabalho. Fazem parte da base de incidência contributiva, entre outras, a remuneração base, em dinheiro ou em espécie, as diuturnidades e outros valores estabelecidos em função da antiguidade dos trabalhadores ao serviço da respectiva entidade empregadora, as comissões, os bónus e outras prestações de natureza análoga, os prémios de rendimento, de produtividade, de assiduidade, de cobrança, de condução, de economia e outros de natureza análoga que tenham carácter de regularidade, a remuneração pela prestação de trabalho suplementar ou nocturno, a remuneração correspondente ao período de férias, os subsídios de Natal, de férias, de Páscoa e outros de natureza análoga, os subsídios por penosidade, perigo ou outras condições especiais de prestação de trabalho, subsídios de compensação por isenção de horário de trabalho ou situações equiparadas, os valores dos subsídios de refeição, quer sejam atribuídos em dinheiro, quer em títulos de refeição, os subsídios de residência, de renda de casa e outros de natureza análoga, que tenham carácter de regularidade, os valores efectivamente devidos a título de despesas de representação, gratificações, importâncias atribuídas a título de ajudas de custo, abonos de viagem, despesas de transporte e outras equivalentes. 12

14 composição do emprego por idade, género e grupos profissionais, das correspondentes taxas de contribuição efectivas e dos níveis de incumprimento da obrigação contributiva observados. Neste capítulo analisa-se, de forma sumária, a evolução recente da receita corrente com contribuições e quotizações do Sistema Previdencial-Repartição e projecta-se a sua evolução futura até 2060 tendo em conta a evolução esperada do emprego e dos salários nominais e reais. O exercício assume que os salários reais da população empregada (masculina e feminina) crescerão em linha com o crescimento da produtividade do trabalho, donde decorre que a fracção relativa aos rendimentos do trabalho no PIB (wage share) e os custos unitários reais do trabalho se assumem constantes durante este período da projecção. Admitimos ainda que as actuais taxas contributivas aplicadas aos diferentes grupos profissionais nos termos do CRCSPSS se mantêm inalteradas durante todo o horizonte temporal da projecção. 2.2 EVOLUÇÃO DA RECEITA COM CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES As contribuições e quotizações constituem a principal fonte de financiamento do Sistema Previdencial-Repartição representando, em 2013, 78,8% do total de receitas correntes do sistema, correspondendo ,9 M. Esta é igualmente a principal fonte de financiamento de todo o sistema de Segurança Social representando, em 2013, 52,9% das receitas efectivas. Ainda assim, o peso relativo da receita com contribuições e quotizações tem vindo a diminuir nos últimos anos, sendo compensada pelo aumento do peso relativo das transferências correntes ordinárias e de transferências extraordinárias provenientes do Orçamento de Estado, consignadas ao financiamento do défice do Sistema Previdencial-Repartição, que ascenderam em 2013 a 1 430,3 M. A Figura 1 representa a evolução da receita com contribuições e quotizações do Sistema Previdencial da Segurança Social no período compreendido entre 2005 e 2013 a preços correntes e em percentagem do PIB. Como se observa, a receita tem vindo a aumentar gradualmente, mas a um ritmo decrescente tendo inclusive registado um decréscimo significativo de 4,8% em 2012 na sequência dos efeitos sobre o mercado de trabalho e sobre os salários da aplicação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF). A evolução registada nas receitas com contribuições beneficiou da revisão do código dos regimes contributivos da Segurança Social em 2011, que aumentou a base de incidência contributiva e as taxas contributivas para um número significativo de contribuintes do sistema, da criação em 2012 de uma contribuição extraordinária de solidariedade (CES) sobre as 13

15 pensões em pagamento e da criação, em 2013, de uma contribuição de 6% e 5%, respectivamente, sobre as prestações de Desemprego e de Doença. 5 A aplicação da CES manteve-se, com alterações nos beneficiários abrangidos e nas taxas, até à data, enquanto a contribuição sobre as prestações de Desemprego e de Doença foi suspensa a partir de Julho de 2014 (com restituição dos valores retidos em 2014) na sequência do acórdão do Tribunal Constitucional n.º 413/2014. Em 2013, o montante de receita arrecadado pela aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade e das contribuições sobre as prestações de Desemprego e Doença ascendeu a um total de EUR, um valor correspondente a 1,40% do total de receitas com contribuições e quotizações. Figura 1 EVOLUÇÃO DA RECEITA COM CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES ,0% ,8% 7,6% ,4% ,2% ,0% ,8% ,6% ,4% em milhões EUR em % do PIB Fonte: IGFSS, Boletins de Execução Orçamental, Conta da Segurança Social e cálculos GEP/MSESS Nota: Valores a preços correntes em milhões de euros. As contribuições e quotizações pagas por trabalhadores e entidades empregadoras têm assumido um peso crescente na riqueza criada no país. Com efeito, se em 2005 o seu montante ascendia a 6,96% do PIB, não obstante a conjuntura macroeconómica desfavorável registada nos últimos anos o seu peso aumentou para 7,84% da riqueza gerada em 2013, acompanhando o aumento generalizada da fiscalidade em Portugal observado neste período. 5 Lei n.º 51/2013, de 24 de Julho. 14

16 Se descontarmos o efeito da evolução dos preços, no período compreendido entre 2008 e 2012, as contribuições efectivamente recebidas pelo sistema diminuíram, em termos reais, 6,7% e, anualmente, 1,7% em média, no quinquénio 2012/2008. No Quadro 3 ilustra-se a afectação da receita com contribuições e quotizações, por eventualidade, nos termos da desagregação prevista no CRCSPSS. Quadro 3 DESAGREGAÇÃO DA RECEITA COM CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES POR EVENTUALIDADE Rubrica Contribuições e quotizações taxa de variação (%) 5,2% 6,5% 5,7% 0,3% 2,7% 1,9% -4,8% 2,8% em % do PIB 6,96% 6,99% 7,05% 7,31% 7,48% 7,49% 7,80% 7,70% 7,84% Afectação por Eventualidade prevista na TCG Velhice Desemprego Invalidez Morte Doença Parentalidade Doença Profissional Administração Fonte: Cálculos GEP/MSESS. Notas: Valores a preços correntes em milhões de EUR; afectação por eventualidade prevista na TCG considerando a taxa total expurgada das despesas de administração. Considerando o tipo de qualificação, a população de contribuintes singulares mais jovem, em 2013, correspondia à dos TCO, com uma idade média de 39,59 anos no caso dos homens e de 39,06 anos no caso das mulheres, ver Quadro 4. Globalmente, a população de contribuintes singulares mais envelhecida, no final de 2013, era a dos trabalhadores do serviço doméstico, em particular do sexo feminino. A população de contribuintes qualificados como TI e MOE era, no final de 2013, maioritariamente masculina, ao passo que a esmagadora maioria dos contribuintes do regime do serviço doméstico era feminina. A população de TCO apresenta uma distribuição por género relativamente equitativa, embora os contribuintes homens estejam em maior número. 15

17 Quadro 4 NÚMERO E IDADE MÉDIA DOS CONTRIBUINTES SINGULARES POR GRUPO PROFISSIONAL, 2013 N.º CONTRIBUINTES HOMENS MULHERES TOTAL TCO TI MOE SD SSV RGSS IDADE MÉDIA HOMENS MULHERES TOTAL TCO 39,59 39,06 39,33 TI 47,20 45,96 46,65 MOE 47,18 46,29 46,91 SD 43,58 49,91 49,82 SSV 40,44 41,90 41,31 RGSS 41,16 40,56 40,87 Fonte: Instituto de Informática, I.P. e cálculos GEP/MSESS. Nota: Idades médias ponderadas pelo número de contribuintes expressas em anos. Dados relativos a Dezembro de Salienta-se que, da informação disponibilizada pelo Instituto de Informática, I.P. para a realização deste estudo não constava informação acerca das carreiras contributivas médias dos contribuintes singulares registados em cada regime e grupo profissional, existindo apenas essa informação no Centro Nacional de Pensões e para os actuais pensionistas. 2.3 ESTRUTURA SALARIAL, CONTRIBUIÇÕES MÉDIAS E TAXAS DE CONTRIBUIÇÃO Um dos elementos chave na projecção das receitas com contribuições e quotizações do sistema previdencial está relacionado com a estrutura salarial declarada ao sistema por grupo profissional, género e idade. O Quadro 5 sintetiza a informação sobre as remunerações médias mensais ilíquidas declaradas pelos contribuintes singulares em 2013, desagregadas por género e grupo profissional. No ano de 2013, a remuneração média mensal declarada ascendia, para o conjunto do RGSS, a 814,57 EUR, mas apresentava diferenças substanciais por género e por grupo profissional. Por género, o diferencial salarial é favorável à população masculina de contribuintes singulares, sendo esse diferencial de 30,6% no caso dos TCO, 11,7% no caso dos TI, 26,0% no caso dos MOE, 25,3% no caso dos trabalhadores do SD e 29,6% no caso dos trabalhadores cobertos pelo 16

18 regime do SSV. Por tipo de qualificação profissional, as remunerações médias mensais mais elevadas são declaradas pelos TCO, logo seguidas pelos MOE. Em sentido oposto, as remunerações médias mais baixas são reportadas pelos trabalhadores do SD, fruto quer do nível de salários mais baixo que é praticado nesta actividade quer do peso substancial da economia informal neste sector. Quadro 5 REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL DECLARADA POR GÉNERO E GRUPO PROFISSIONAL, 2013 REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL HOMENS MULHERES TOTAL TCO 1 014,32 776,48 898,31 TI 266,04 238,13 253,61 MOE 987,19 783,20 925,83 SD 259,08 206,79 207,57 SSV 500,22 385,91 432,28 RGSS 924,91 696,01 814,57 Fonte: Instituto de Informática, I.P. e cálculos GEP/MSESS. Nota: Remuneração média mensal expressa em euros e calculada assumindo o recebimento de doze prestações por ano. Dados relativos ao ano de Na Figura 2 representam-se os perfis salariais por idade, género e grupo de contribuintes singulares, declarados em 2013, para as idades individuais compreendidas entre os 20 e os 65 anos. Como se pode observar, as remunerações médias declaradas assumem até por volta dos 45 anos um perfil ascendente quer na população masculina quer na população feminina, mais pronunciado no caso dos TCO e dos MOE e bastante menos expressivo no caso dos TI e dos trabalhadores do SD. No caso dos MOE, as remunerações médias declaradas apresentam uma correlação positiva clara com a idade. No caso dos TCO do sexo feminino, no ano de 2013, os salários mais elevados são alcançados por volta dos 40 anos, verificando-se que a partir dessa idade as remunerações médias tendem a diminuir com a idade. 17

19 Figura 2 PERFIL SALARIAL POR IDADE, GÉNERO E GRUPO DE CONTRIBUINTES DO RGSS EM Homens TCO TI MOE SD SSV RGSS Mulheres TCO TI MOE SD SSV RGSS Fonte: Instituto de Informática, I.P. e cálculos GEP/MSESS. Nota: Remuneração média mensal expressa em euros e calculada assumindo o recebimento de doze prestações por ano. Dados de

20 O Quadro 6 resume a informação sobre as contribuições médias anuais declaradas pelos contribuintes singulares em 2013, desagregadas por género e grupo profissional. Em termos globais, neste ano, as contribuições médias mais elevadas foram declaradas pelos MOE com um total anual médio por contribuinte de 3 795,91 EUR, logo seguidos dos TCO com 3 581,17 EUR por contribuinte singular. Os valores mais reduzidos são registados nos trabalhadores do SD, em particular do sexo feminino, com apenas 710,82 EUR de contribuições declarados, em média, no ano. Quadro 6 CONTRIBUIÇÃO MÉDIA ANUAL DECLARADA POR GÉNERO E TIPO DE QUALIFICAÇÃO, 2013 CONTRIBUIÇÃO MÉDIA ANUAL HOMENS MULHERES TOTAL TCO 4 065, , ,17 TI 962,97 851,63 913,36 MOE 4 040, , ,91 SD 919,65 710,82 713,94 SSV 1 415, , ,41 RGSS 3 701, , ,92 Fonte: Instituto de Informática, I.P. e cálculos GEP/MSESS. Nota: Contribuição média anual expressa em euros. Dados relativos ao ano de Os valores apurador não incluem os montantes arrecadados com a contribuição extraordinária de solidariedade e com as contribuições sobre as prestações de desemprego e doença. Os diferenciais nas contribuições médias por género e por grupo espelham, no essencial, os diferenciais salariais apontados anteriormente, pese embora se deva assinalar que para os montantes apurados no Quadro 6 contribuem igualmente as diferenças existentes nas taxas contributivas globais aplicadas a cada grupo profissionais nos termos do Código dos Regimes Contributivos em vigor. Com base no valor da contribuição média anual declarada é possível, por exemplo, estimar o montante das contribuições perdidas em razão da diminuição do número de contribuintes singulares registada desde 2010 até ao final de Assim, num cenário hipotético, o regresso aos níveis de 2010 em termos de contribuintes ( contribuintes) permitiria ao sistema, a manterem-se os níveis de contribuição média anual registados em 2013, acrescentar 1 837,7 millhões de EUR de receitas com contribuições e quotizações. 19

Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro

Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro A necessidade de contenção da despesa pública no longo prazo com caráter de definitividade obriga à redução da despesa no setor da segurança social, o que

Leia mais

Orçamento do Estado 2014 Saúde e Segurança Social Para Onde Vamos?

Orçamento do Estado 2014 Saúde e Segurança Social Para Onde Vamos? Orçamento do Estado 2014 Saúde e Segurança Social Para Onde Vamos? Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 18 de Novembro Maria Margarida Corrêa de Aguiar margaridacorreadeaguiar@gmail.com TÓPICOS DEFINIÇÕES

Leia mais

Glossário sobre Planos e Fundos de Pensões

Glossário sobre Planos e Fundos de Pensões Glossário sobre Planos e Fundos de Pensões Associados Benchmark Beneficiários Beneficiários por Morte CMVM Comissão de Depósito Comissão de Gestão Comissão de Transferência Comissão Reembolso (ou resgate)

Leia mais

A proteção na parentalidade é um direito constitucionalmente reconhecido (artigo 68º da Constituição da República Portuguesa).

A proteção na parentalidade é um direito constitucionalmente reconhecido (artigo 68º da Constituição da República Portuguesa). Ana Alves A proteção na parentalidade é um direito constitucionalmente reconhecido (artigo 68º da Constituição da República Portuguesa). A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes.

Leia mais

Nota Técnica. Sobre a sustentabilidade dos sistemas de proteção social

Nota Técnica. Sobre a sustentabilidade dos sistemas de proteção social Nota Técnica Sobre a sustentabilidade dos sistemas de proteção social Tal como sucedeu com a maior parte dos regimes de proteção social da Europa, também o sistema português evoluiu de um regime de seguros

Leia mais

NEWSLETTER Fevereiro 2014 SEGURANÇA SOCIAL 2014

NEWSLETTER Fevereiro 2014 SEGURANÇA SOCIAL 2014 NEWSLETTER Fevereiro 2014 SEGURANÇA SOCIAL 2014 SEGURANÇA SOCIAL 2014 Índice 1. INTRODUÇÃO 3 2. ALTERAÇÕES SEGURANÇA SOCIAL 4 3. BASES DE INCIDÊNCIA 6 3 1. Introdução Com a entrada em vigor da Lei do Orçamento

Leia mais

Sistemas de Protecção Social: experiência de Portugal

Sistemas de Protecção Social: experiência de Portugal Sistemas de Protecção Social: experiência de Portugal José Luís Albuquerque Subdirector-Geral do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS) VIII

Leia mais

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS ADENDA AO APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS Páginas 19 O artigo 1.º foi revogado pela Lei n.º 60/2005, de 29 de Dezembro: São revogados o artigo 1.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei

Leia mais

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL 8818 Diário da República, 1.ª série N.º 252 31 de Dezembro de 2009 MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL Portaria n.º 1457/2009 de 31 de Dezembro O

Leia mais

Reforma Estrutural dos Sistemas de Pensões

Reforma Estrutural dos Sistemas de Pensões Reforma Estrutural dos Sistemas de Pensões Jorge Miguel Bravo Universidade Évora Economia & Universidade Nova Lisboa - ISEGI jbravo@uevora.pt / jbravo@isegi.unl.pt Fundação Calouste Gulbenkian, 7 de Outubro

Leia mais

Incentivos à contratação

Incentivos à contratação Incentivos à contratação A empresa poderá beneficiar de incentivos quando pretende contratar novos trabalhadores. Os incentivos de que as empresas podem usufruir quando contratam novos trabalhadores podem

Leia mais

REFORMA DO REGIME DE APOSENTAÇÕES

REFORMA DO REGIME DE APOSENTAÇÕES Ministério das Finanças e da Administração Pública Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social REFORMA DO REGIME DE APOSENTAÇÕES ÍNDICE DE ASSUNTOS I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REFORMA 5 1. Cessação

Leia mais

Documento de Apoio Simulador de Rendas

Documento de Apoio Simulador de Rendas Documento de Apoio Simulador de Rendas O Município de Lisboa desenvolveu um simulador de Cálculo de Rendas que está disponível para o munícipe na página da internet da CML, no seguinte endereço http://simuladorderenda.cm-lisboa.pt

Leia mais

Perspectiva Fiscal SAMUEL FERNANDES DE ALMEIDA. de 2012. de 2012

Perspectiva Fiscal SAMUEL FERNANDES DE ALMEIDA. de 2012. de 2012 Perspectiva Fiscal SAMUEL FERNANDES DE ALMEIDA de de 2012 ÍNDICE SUJEIÇÃO CONCEITO DE REMUNERAÇÃO REMUNERAÇÃO ACESSÓRIA EXEMPLOS DE REMUNERAÇÕES SUJEITAS BREVE ANÁLISE DO CONCEITO DE REMUNERAÇÃO DO CÓDIGO

Leia mais

Lei n.º 11/2014, de 6 de março. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Lei n.º 11/2014, de 6 de março. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Lei n.º 11/2014, de 6 de março A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1. A presente lei estabelece mecanismos de convergência

Leia mais

GUIA PRÁTICO INSCRIÇÃO/ALTERAÇÃO MEMBROS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

GUIA PRÁTICO INSCRIÇÃO/ALTERAÇÃO MEMBROS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO INSCRIÇÃO/ALTERAÇÃO MEMBROS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático - Inscrição/Alteração Membros dos Órgãos Estatutários (MOE) (1008 V5.3)

Leia mais

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 220/2006 de 3 de Novembro, o qual alterou o quadro legal de reparação da eventualidade do desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Leia mais

Evolução do Número de Beneficiários do RSI

Evolução do Número de Beneficiários do RSI Evolução do Número de Beneficiários do RSI Carlos Farinha Rodrigues De acordo com os dados do Instituto da Segurança Social (ISS), em Julho houve 269.941 pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção,

Leia mais

Pessoas abrangidas pelo Seguro Social Voluntário. 1. Quem é abrangido pelo Regime do Seguro Social Voluntário

Pessoas abrangidas pelo Seguro Social Voluntário. 1. Quem é abrangido pelo Regime do Seguro Social Voluntário Pessoas abrangidas pelo Seguro Social Voluntário 1. Quem é abrangido pelo Regime do Seguro Social Voluntário Cidadãos nacionais, e cidadãos estrangeiros ou apátridas residentes em Portugal há mais de um

Leia mais

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO REGIME ESPECIAL DE PROTEÇÃO NA INVALIDEZ (ESCLEROSE MÚLTIPLA, ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA), DOENÇA DE PARKINSON (DP), DOENÇA DE ALZHEIMER (DA), ENTRE OUTRAS). INSTITUTO DA SEGURANÇA

Leia mais

GUIA PRÁTICO MEDIDA EXCECIONAL DE APOIO AO EMPREGO - REDUÇÃO DE 0,75 PONTOS PERCENTUAIS DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA ENTIDADE EMPREGADORA

GUIA PRÁTICO MEDIDA EXCECIONAL DE APOIO AO EMPREGO - REDUÇÃO DE 0,75 PONTOS PERCENTUAIS DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA ENTIDADE EMPREGADORA GUIA PRÁTICO MEDIDA EXCECIONAL DE APOIO AO EMPREGO - REDUÇÃO DE 0,75 PONTOS PERCENTUAIS DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA ENTIDADE EMPREGADORA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia

Leia mais

Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral

Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral Lei n.º 53/2011, de 14 de outubro, que procede à segunda alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, estabelecendo

Leia mais

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas Algumas Medidas de Política Orçamental CENÁRIO O ano de 2015 marca um novo ciclo de crescimento económico para Portugal e a Europa. Ante tal cenário,

Leia mais

ACORDO SOBRE AS LINHAS ESTRATÉGICAS DE REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL

ACORDO SOBRE AS LINHAS ESTRATÉGICAS DE REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL ACORDO SOBRE AS LINHAS ESTRATÉGICAS DE REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL Julho de 2006 1 O sistema de protecção social português encontra-se hoje, tal como na generalidade dos países desenvolvidos, perante desafios

Leia mais

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões O Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro - que estabelece o regime jurídico da constituição

Leia mais

GUIA PRÁTICO COMPLEMENTO POR DEPENDÊNCIA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

GUIA PRÁTICO COMPLEMENTO POR DEPENDÊNCIA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO COMPLEMENTO POR DEPENDÊNCIA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Complemento por Dependência (7013 v4.23) PROPRIEDADE Instituto da Segurança Social, I.P. AUTOR

Leia mais

CONTRATO CONSTITUTIVO DO FUNDO DE PENSÕES DOS ADMINISTRADORES E/OU DIRECTORES DA ROBBIALAC

CONTRATO CONSTITUTIVO DO FUNDO DE PENSÕES DOS ADMINISTRADORES E/OU DIRECTORES DA ROBBIALAC CONTRATO CONSTITUTIVO DO FUNDO DE PENSÕES DOS ADMINISTRADORES E/OU DIRECTORES DA ROBBIALAC CAPÍTULO I (DISPOSIÇÕES GERAIS) 1 A existência do Fundo de Pensões dos Administradores e/ou Directores da Robbialac

Leia mais

A visão Social da Previdência Complementar. Palestrante: Henda Mondlane F. da Silva

A visão Social da Previdência Complementar. Palestrante: Henda Mondlane F. da Silva A visão Social da Previdência Complementar Palestrante: Henda Mondlane F. da Silva Protecção Social Obrigatória vs Protecção Social Complementar As alterações efectuadas nos últimos anos ao Regime da Segurança

Leia mais

Decreto Regulamentar n.º 12/83, de 12 de Fevereiro. Regulamenta a base de incidência das contribuições para a segurança social

Decreto Regulamentar n.º 12/83, de 12 de Fevereiro. Regulamenta a base de incidência das contribuições para a segurança social Decreto Regulamentar n.º 12/83, de 12 de Fevereiro Regulamenta a base de incidência das contribuições para a segurança social 1. A regulamentação vigente sobre a base de incidência das contribuições para

Leia mais

Regime geral dos trabalhadores por conta de outrem

Regime geral dos trabalhadores por conta de outrem Gastos e operações com o pessoal Os recursos humanos implicam gastos: Remunerações fixas e/ou variáveis recebidas pelos trabalhadores vinculados à empresa por contrato individual de trabalho; Remunerações

Leia mais

A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO SOCIAL COMPLEMENTAR. Palestrante: Manuel Moreira

A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO SOCIAL COMPLEMENTAR. Palestrante: Manuel Moreira A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO SOCIAL COMPLEMENTAR Palestrante: Manuel Moreira OBJECTIVOS DA SEGURANÇA SOCIAL A segurança social tem o fim primordial de libertar os membros da sociedade das preocupações

Leia mais

PROPOSTAS. (Ponto 2 da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral Anual de 27 de março de 2014)

PROPOSTAS. (Ponto 2 da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral Anual de 27 de março de 2014) PROPOSTAS (Ponto 2 da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral Anual de 27 de março de 2014) Proposta de Recurso aos Excedentes Técnicos e ao Fundo de Reserva Geral para Cobertura dos Saldos Negativos dos

Leia mais

MARIA JOSÉ BANHA DEZ/ 2014 TRABALHO REALIZADO POR: PAULO ELIAS

MARIA JOSÉ BANHA DEZ/ 2014 TRABALHO REALIZADO POR: PAULO ELIAS FORMADORA: MARIA JOSÉ BANHA DEZ/ 2014 TRABALHO REALIZADO POR: MARIA ANTÓNIA PAULO ELIAS SEGURANÇA SOCIAL A Segurança Social Portuguesa está sob a tutela do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social

Leia mais

Quais as principais diferenças entre um seguro de vida individual e um seguro de vida de grupo?

Quais as principais diferenças entre um seguro de vida individual e um seguro de vida de grupo? SEGURO VIDA Que tipo de seguros são explorados no ramo vida? A actividade do ramo Vida consiste na exploração dos seguintes seguros e operações: Seguro de Vida, Seguro de Nupcialidade /Natalidade, Seguro

Leia mais

Informação necessária à avaliação do Programa da Coligação Portugal à Frente

Informação necessária à avaliação do Programa da Coligação Portugal à Frente Informação necessária à avaliação do Programa da Coligação Portugal à Frente Lisboa, 10 de Outubro de 2015 Na sequência da reunião mantida no dia 9 de Outubro de 2015, e com vista a permitir a avaliação

Leia mais

Novo Regime da Reparação da Eventualidade de Desemprego

Novo Regime da Reparação da Eventualidade de Desemprego 19 de Junho de 2007 Novo Regime da Reparação da Eventualidade de Desemprego João Santos Advogado DIPLOMA LEGAL Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de Novembro, complementado pela Portaria n.º 8-B/2007, de 3

Leia mais

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL 1. Introdução 1.1. Nos termos e para efeitos do n.º 4 do artigo 115.º-C do Regime Geral

Leia mais

GUIA PRÁTICO DECLARAÇÃO DE REMUNERAÇÕES INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

GUIA PRÁTICO DECLARAÇÃO DE REMUNERAÇÕES INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO DECLARAÇÃO DE REMUNERAÇÕES INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático de Declaração de Remunerações (2016 V5.4) PROPRIEDADE Instituto da Segurança Social, I.P. AUTOR

Leia mais

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR OBTENÇÃO E ELABORAÇÃO DOS DADOS ACTUARIAIS E ESTATÍSTICOS DE BASE NO CASO DE EVENTUAIS DIFERENCIAÇÕES EM RAZÃO DO SEXO NOS PRÉMIOS E PRESTAÇÕES INDIVIDUAIS DE SEGUROS E DE

Leia mais

Aprovado por Despacho do Senhor Secretário de Estado dos Transportes, de 25 de Maio de 2000 e Despacho do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e

Aprovado por Despacho do Senhor Secretário de Estado dos Transportes, de 25 de Maio de 2000 e Despacho do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e ESTATUTO DO PESSOAL Aprovado por Despacho do Senhor Secretário de Estado dos Transportes, de 25 de Maio de 2000 e Despacho do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, de 6 de Julho de 2000.

Leia mais

CONSELHO SUPERIOR DE ESTATÍSTICA

CONSELHO SUPERIOR DE ESTATÍSTICA DOCT/1078/CSE/DS 14 a DECISÃO DA SECÇÃO PERMANENTE S DEMOGRÁFICAS E SOCIAIS RELATIVA AO RELATÓRIO APRESENTADO PELO GRUPO DE TRABALHO SOBRE ESTATÍSTICAS DA PROTECÇÃO SOCIAL Considerando que constitui uma

Leia mais

Ponto da situação sobre a aposentação

Ponto da situação sobre a aposentação Ponto da situação sobre a aposentação Com a publicação da Lei nº 11/2008, de 20 de Fevereiro, são introduzidas mudanças pontuais ao regime de aposentação que já tinha sido alterado nos anos mais recentes.

Leia mais

QUADRO RESUMO INCENTIVOS Á CRIAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO

QUADRO RESUMO INCENTIVOS Á CRIAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO Medida Contratação via Reembolso TSU Portaria nº 204-A/2013 de 18 de Junho Estágio Emprego Portaria nº 204-B/2013 de 18 de Junho Jovens idades 18-30 anos Adultos idade = ou > 45 anos Adultos idades 31

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 312/XI

PROJECTO DE LEI N.º 312/XI Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 312/XI DEFINE O DIREITO À ANTECIPAÇÃO DA APOSENTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO DA PENSÃO DE VELHICE A TRABALHADORES QUE TENHAM COMEÇADO A TRABALHAR ANTES DE COMPLETAREM 16 ANOS

Leia mais

Decreto-Lei n.º 92/2000 de19 de Maio

Decreto-Lei n.º 92/2000 de19 de Maio Decreto-Lei n.º 92/2000 de19 de Maio Esquema de protecção social especial para as pessoas atingidas por doenças graves do foro oncológico O n.º 5 do artigo 5.º da Lei n.º 28/84, de 14 de Agosto, consagra

Leia mais

Índice. Lei n. 14/2012. Contas individuais de previdência

Índice. Lei n. 14/2012. Contas individuais de previdência Índice Lei n. 14/2012 Contas individuais de previdência CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto e finalidades.............................. 3 Artigo 2.º Órgão executivo..................................

Leia mais

EM PORTUGAL REFORMAS E PENSÕES. PÓS-TROÏKA : A QUEDA DAS PENSÕES E PROPOSTAS PARA REAGIR Diogo Teixeira, Administrador Executivo

EM PORTUGAL REFORMAS E PENSÕES. PÓS-TROÏKA : A QUEDA DAS PENSÕES E PROPOSTAS PARA REAGIR Diogo Teixeira, Administrador Executivo REFORMAS E PENSÕES EM PORTUGAL PÓS-TROÏKA : A QUEDA DAS PENSÕES E PROPOSTAS PARA REAGIR Diogo Teixeira, Administrador Executivo 20 de Fevereiro de 2014 Quem Somos > Os Nossos Valores > Ativos Sob Gestão

Leia mais

Incentivos à contratação 2013

Incentivos à contratação 2013 Incentivos à contratação 2013 Conheça os principais apoios à contratação em vigor em 2013 Os incentivos de que as empresas podem usufruir quando contratam novos trabalhadores podem consistir em apoios

Leia mais

Decreto-Lei n.º 343/91, de 17 de setembro

Decreto-Lei n.º 343/91, de 17 de setembro Decreto-Lei n.º 343/91, de 17 de setembro O regime de pensões de sobrevivência para a função pública, instituído pelo Decreto-Lei n.º 24046, de 21 de junho de 1934, correspondia, na sua essência, a uma

Leia mais

Regime Fiscal 2013 - Seguros Reais e de Poupança -

Regime Fiscal 2013 - Seguros Reais e de Poupança - Regime Fiscal i) Pessoas Singulares 1. PPR Plano Poupança Reforma pág.2 2. Seguros Vida: Capitalização e Reais pág.4 3. Seguros de Acidentes Pessoais pág.4 4. Seguro de Saúde pág.5 5. Regimes Especiais

Leia mais

SEGUROS DE VIDA IRS 2015

SEGUROS DE VIDA IRS 2015 SEGUROS DE VIDA IRS 2015 (Lei n.º 82-B/2014 de 31 de Dezembro e Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro) generali.pt 2 IRS 2015 - Seguros de Vida Índice I II III Seguros de Vida 1. Dedução dos prémios 2.

Leia mais

Estímulo Emprego. Promotores

Estímulo Emprego. Promotores Estímulo Emprego Apoio financeiro aos empregadores que celebrem contratos de trabalho a termo certo por prazo igual ou superior a 6 meses ou contratos de trabalho sem termo, a tempo completo ou a tempo

Leia mais

Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal

Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal SEMINÁRIO O Orçamento de Estado para 2015 Um OE amigo do Investimento, Crescimento e Emprego? Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal Jorge Miguel Bravo

Leia mais

JORNAL OFICIAL I SÉRIE NÚMERO 60 QUARTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2014

JORNAL OFICIAL I SÉRIE NÚMERO 60 QUARTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2014 I SÉRIE NÚMERO 60 QUARTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2014 ÍNDICE: PRESIDÊNCIA DO GOVERNO Resolução n.º 89/2014: Cria um prémio destinado à integração de ativos no setor primário, designado por AGRICULTURA +.

Leia mais

REDE SOCIAL L DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Sociall

REDE SOCIAL L DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Sociall REDE SOCIAL DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Social Parte 3.7 protecção social E Acção social O artigo 63º da Constituição da República Portuguesa estabelece que ( ) incumbe

Leia mais

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009)

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) LEGISLAÇÃO Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) ( DR N.º 21, Série I 30 Janeiro 2009 30 Janeiro 2009 ) Emissor: Ministério do Trabalho

Leia mais

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE V EUROSAI/OLACEFS CONFERENCE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A V Conferência EUROSAI/OLACEFS reuniu, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Maio de

Leia mais

ALTERAÇÕES AO REGIME DO DESEMPREGO (comparação artigo a artigo) Redacção anterior Nova redação DL 64/2012 Artigo 9.º

ALTERAÇÕES AO REGIME DO DESEMPREGO (comparação artigo a artigo) Redacção anterior Nova redação DL 64/2012 Artigo 9.º ALTERAÇÕES AO REGIME DO DESEMPREGO (comparação artigo a artigo) Artigo 9.º Artigo 9.º Desemprego involuntário Desemprego involuntário 1 - O desemprego considera-se involuntário sempre que a cessação do

Leia mais

DECRETO N.º 262/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

DECRETO N.º 262/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1. DECRETO N.º 262/XII Cria a contribuição de sustentabilidade e ajusta a taxa contributiva dos trabalhadores do sistema previdencial de segurança social e do regime de proteção social convergente, procedendo

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

GUIA PRÁTICO PENSÃO SOCIAL DE VELHICE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

GUIA PRÁTICO PENSÃO SOCIAL DE VELHICE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO PENSÃO SOCIAL DE VELHICE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Pensão Social de Velhice (7009 v4.15) PROPRIEDADE Instituto da Segurança Social, I.P. AUTOR Centro

Leia mais

EM QUE CONSISTE? QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL?

EM QUE CONSISTE? QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL? EM QUE CONSISTE? As entidades devedoras de pensões, com exceção das de alimentos, são obrigadas a reter o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) no momento do seu pagamento ou colocação

Leia mais

L 306/2 Jornal Oficial da União Europeia 23.11.2010

L 306/2 Jornal Oficial da União Europeia 23.11.2010 L 306/2 Jornal Oficial da União Europeia 23.11.2010 Projecto DECISÃO N. o / DO CONSELHO DE ASSOCIAÇÃO instituído pelo Acordo Euro-Mediterrânico que cria uma associação entre as Comunidades Europeias e

Leia mais

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1

Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 Cresce o numero de desempregados sem direito ao subsidio de desemprego Pág. 1 CRESCE O DESEMPREGO E O NUMERO DE DESEMPREGADOS SEM DIREITO A SUBSIDIO DE DESEMPREGO, E CONTINUAM A SER ELIMINADOS DOS FICHEIROS

Leia mais

CONDIÇÕES GERAIS. Tomador do seguro A entidade que celebra o contrato de seguro com a VICTORIA e que assume a obrigação de pagamento do prémio.

CONDIÇÕES GERAIS. Tomador do seguro A entidade que celebra o contrato de seguro com a VICTORIA e que assume a obrigação de pagamento do prémio. CONDIÇÕES GERAIS 1 Definições Para efeitos deste Contrato, entende-se por: 1.1 Partes envolvidas no contrato Empresa de seguros VICTORIA - Seguros de Vida, S.A., entidade que emite a apólice e que, mediante

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Observatório Pedagógico Desigualdade Económica em Portugal Carlos Farinha Rodrigues ISEG / Universidade Técnica de Lisboa Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos 18 de Outubro de 2012 2 Objectivos:

Leia mais

Centro de Emprego da Maia. Estágios Emprego. Reativar. Emprego Jovem Ativo. Estímulo Emprego. Mobilidade Geográfica. Empreendedorismo.

Centro de Emprego da Maia. Estágios Emprego. Reativar. Emprego Jovem Ativo. Estímulo Emprego. Mobilidade Geográfica. Empreendedorismo. Centro de Emprego da Maia Estágios Emprego Reativar Emprego Jovem Ativo Estímulo Emprego Mobilidade Geográfica Empreendedorismo Adolfo Sousa maiago, 14 maio 2015 Taxa de Desemprego em Portugal - INE 0

Leia mais

SEGUROS DE VIDA IRS 2014

SEGUROS DE VIDA IRS 2014 SEGUROS DE VIDA IRS 2014 (Lei n.º 66-B/2012 de 31 de Dezembro) generali.pt 2 IRS 2014 - Seguros de Vida Índice 3 Seguros de Vida 1. Dedução dos prémios 2. Tributação dos benefícios 2.1. Indemnizações por

Leia mais

2.28. Benefícios dos Empregados

2.28. Benefícios dos Empregados . Modelo Geral do Sistema de Normalização Contabilística 179.8. Benefícios dos Empregados.8.1. Introdução O presente ponto é fundamentado na Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 8, e visa

Leia mais

2. Enquadramento Orçamental para o Exercício de 2015

2. Enquadramento Orçamental para o Exercício de 2015 G R A N D E S O P Ç Õ E S D O P L A N O E O R Ç A M E N T O 2 9 2. Enquadramento Orçamental para o Exercício de 2015 GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO 2015 3 0 G R A N D E S O P Ç Õ E S D O P L A N O

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS 13.1 - Aspectos preliminares As demonstrações financeiras consolidadas constituem um complemento e não um substituto das demonstrações financeiras individuais

Leia mais

GUIA PRÁTICO PENSÃO DE VIUVEZ INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

GUIA PRÁTICO PENSÃO DE VIUVEZ INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO PENSÃO DE VIUVEZ INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Pensão de Viuvez (7012 v4.14) PROPRIEDADE Instituto da Segurança Social, I.P. AUTOR Centro Nacional de

Leia mais

PROSPECTO SIMPLIFICADO (actualizado a 31 de Dezembro de 2008) Designação: Liberty PPR Data início de comercialização: 19 de Abril de 2004

PROSPECTO SIMPLIFICADO (actualizado a 31 de Dezembro de 2008) Designação: Liberty PPR Data início de comercialização: 19 de Abril de 2004 PROSPECTO SIMPLIFICADO (actualizado a 31 de Dezembro de 2008) Designação: Liberty PPR Data início de comercialização: 19 de Abril de 2004 Empresa de Seguros Entidades comercializadoras Autoridades de Supervisão

Leia mais

Informação 2013 / 18 15/10/2013. Fundos de Compensação do Trabalho (FGCT, FCT, ME)

Informação 2013 / 18 15/10/2013. Fundos de Compensação do Trabalho (FGCT, FCT, ME) Informação 2013 / 18 15/10/2013 Fundos de Compensação do Trabalho (FGCT, FCT, ME) Estimado Cliente, A Lei nº 70/2013, de 30 de agosto, veio consagrar os regimes jurídicos do Fundo de Compensação do Trabalho

Leia mais

FUNCIONAMENTO DA GESTÃO DA RESERVA FINANCEIRA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU E RESPECTIVOS DADOS

FUNCIONAMENTO DA GESTÃO DA RESERVA FINANCEIRA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU E RESPECTIVOS DADOS FUNCIONAMENTO DA GESTÃO DA RESERVA FINANCEIRA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU E RESPECTIVOS DADOS 1. REGIME DA RESERVA FINANCEIRA A Lei n. o 8/2011 estabelece o regime jurídico da reserva financeira

Leia mais

Decreto-Lei n.º 140-B/2010. de 30 de Dezembro

Decreto-Lei n.º 140-B/2010. de 30 de Dezembro Decreto-Lei n.º 140-B/2010 de 30 de Dezembro O presente decreto-lei é mais um passo no objectivo do Governo de reafirmar os princípios de convergência e universalização dos regimes de protecção social

Leia mais

PARECER N.º 185/CITE/2013

PARECER N.º 185/CITE/2013 PARECER N.º 185/CITE/2013 I OBJETO A CITE recebeu um pedido de parecer sobre o assunto referido em epígrafe. A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) tem por missão prosseguir a igualdade

Leia mais

Protecção na Invalidez e Velhice

Protecção na Invalidez e Velhice Protecção na Invalidez e Velhice Junho 2007 A. Fernando Silva 16-07-2007 Fernando Silva 1 LEGISLAÇÃO REVOGADA e ENTRADA EM VIGOR Decreto Lei n.º 187/2007, de 10 de Maio Este diploma revoga: ( art.º 113.º

Leia mais

Gestão Financeira, Patrimonial e Actuarial da Protecção Social Obrigatória Dr. José Manuel Chivala Director Geral Adjunto do INSS

Gestão Financeira, Patrimonial e Actuarial da Protecção Social Obrigatória Dr. José Manuel Chivala Director Geral Adjunto do INSS Gestão Financeira, Patrimonial e Actuarial da Protecção Social Obrigatória Dr. José Manuel Chivala Director Geral Adjunto do INSS Workshop Protecção Social Obrigatória: Níveis de Solidez e Perspectivas

Leia mais

CONTRATO CONSTITUTIVO DE FUNDO DE PENSÕES

CONTRATO CONSTITUTIVO DE FUNDO DE PENSÕES CONTRATO CONSTITUTIVO DE FUNDO DE PENSÕES FUNDO DE PENSÕES GESTNAVE Entre os abaixo assinados: 1. Como Primeira Contratante: ENI Electricidade Naval e Industrial, S.A., com o número único de matrícula

Leia mais

RELATÓRIO E CONTAS 2010 5 ANÁLISE ORÇAMENTAL

RELATÓRIO E CONTAS 2010 5 ANÁLISE ORÇAMENTAL 5 ANÁLISE ORÇAMENTAL 1 PRINCIPAIS DESTAQUES [Indicadores] Indicadores 2009 RECEITA Crescimento da Receita Total -18,8 19,8 Receitas Correntes / Receitas Totais 76,1 61 Crescimento das Receitas Correntes

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

Decreto-Lei n.º 142/99 de 30 de Abril

Decreto-Lei n.º 142/99 de 30 de Abril Decreto-Lei n.º 142/99 de 30 de Abril A Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro, estabelece a criação de um fundo, dotado de autonomia financeira e administrativa, no âmbito dos acidentes de trabalho. O presente

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO 10.º/11.º ou 11.º/12.º Anos de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto Programas novos e Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março) PROVA712/C/11 Págs. Duração

Leia mais

REGULAMENTO DE BENEFÍCIOS. Capítulo I - Disposições Gerais... 2. Capítulo II... 4. Secção I - Serviços de Saúde... 4

REGULAMENTO DE BENEFÍCIOS. Capítulo I - Disposições Gerais... 2. Capítulo II... 4. Secção I - Serviços de Saúde... 4 REGULAMENTO DE BENEFÍCIOS Capítulo I - Disposições Gerais... 2 Capítulo II... 4 Secção I - Serviços de Saúde... 4 Secção II - Complementos de Reforma... 5 Capítulo III - Benefícios suportados pelo Fundo

Leia mais

A. E. / P T Comunicações PROPOSTA DE REVISÃO * 2009

A. E. / P T Comunicações PROPOSTA DE REVISÃO * 2009 STPT Sindicato dos Trabalhadores 1 do Grupo Portugal Telecom Fundamentação Económica A. E. / P T Comunicações PROPOSTA DE REVISÃO * 2009 A proposta de revisão do AE/PT-C que para efeitos de negociação

Leia mais

NOTAS PRÉVIAS I - DE APRESENTAÇÃO

NOTAS PRÉVIAS I - DE APRESENTAÇÃO NOTAS PRÉVIAS I - DE APRESENTAÇÃO 1. O presente estudo dá continuidade ao trabalho de natureza estatística relativo às declarações do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (DR Modelo 22 de

Leia mais

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação Fundo Especial de Investimento Aberto CAIXA FUNDO RENDIMENTO FIXO IV (em liquidação) RELATÓRIO & CONTAS Liquidação RELATÓRIO DE GESTÃO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNO CAIXAGEST Técnicas

Leia mais

Fundo de Pensões. Ordem dos Economistas 2012

Fundo de Pensões. Ordem dos Economistas 2012 Fundo de Pensões Ordem dos Economistas 2012 1 Agenda Plano de Pensões da Ordem dos Economistas Fundos de Pensões Site BPI Pensões 2 Âmbito A Ordem dos Economistas decidiu constituir um Plano de Pensões

Leia mais

O CONTRATO INDI- VIDUAL DE TRAB- ALHO NA ADMINIST- RAÇÃO PÚBLICA. Aplica-se a legislação Geral do Trabalho. (Código de Trabalho)

O CONTRATO INDI- VIDUAL DE TRAB- ALHO NA ADMINIST- RAÇÃO PÚBLICA. Aplica-se a legislação Geral do Trabalho. (Código de Trabalho) O QUE DIZ O CÓDIGO DE TRABALHO - PRIVADO (IPSS) - O CONTRATO INDI- VIDUAL DE TRAB- ALHO NA ADMINIST- RAÇÃO PÚBLICA Regime da Função Pública FALTAS As ausências inferiores a um dia são somadas até perfazerem

Leia mais

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Artigo 102.º Objecto É aprovado o regime especial aplicável aos fundos de investimento imobiliário para arrendamento

Leia mais

I.Estágios/Passaporte Emprego Portaria n.º 225-A/2012, de 31 de julho.

I.Estágios/Passaporte Emprego Portaria n.º 225-A/2012, de 31 de julho. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 51-A/2012, de 14 de junho, veio criar o Plano Estratégico de Iniciativas de Promoção de Empregabilidade Jovem e Apoio às PME s («Impulso Jovem»), que assenta em

Leia mais

Medidas Ativas de Emprego: Estágios e Incentivos à Contratação

Medidas Ativas de Emprego: Estágios e Incentivos à Contratação Medidas Ativas de Emprego: Estágios e Incentivos à Contratação FEIRA DO EMPREENDEDOR 22-11-2012 Medidas Ativas de Emprego: Estágios e Apoios à Contratação Programa Estágios Port.92 Medida Estímulo 2012

Leia mais

APOIOS AO EMPREGO E À CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO

APOIOS AO EMPREGO E À CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO APOIOS AO EMPREGO E À CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO APOIOS AO EMPREGO E À CONTRATAÇÃO Portaria n.º130/2009, de 30 de Janeiro PROGRAMA DE ESTÍMULO À OFERTA DE EMPREGO INICIATIVAS LOCAIS DE EMPREGO Portaria

Leia mais

Subsídio de doença Atualizado em: 06-03-2015

Subsídio de doença Atualizado em: 06-03-2015 SEGURANÇA SOCIAL Subsídio de doença Atualizado em: 06-03-2015 Esta informação destina-se a que cidadãos Trabalhadores por conta de outrem Trabalhadores independentes Seguro social voluntário: Trabalhadores

Leia mais

Transferência parcial para a Segurança Social das responsabilidades. dos fundos de pensões das instituições de crédito

Transferência parcial para a Segurança Social das responsabilidades. dos fundos de pensões das instituições de crédito Transferência parcial para a Segurança Social das responsabilidades dos fundos de pensões das instituições de crédito Audição parlamentar de 11 de janeiro de 2012 Muito bom dia, senhores Presidentes e

Leia mais