Teoria dos Jogos e Neuroeconomia: De que maneira tomamos decisões.

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA Teoria dos Jogos e Neuroeconomia: De que maneira tomamos decisões. JULIANO ANTONIO FERNANDES DE LUNA NATAL 2014

2 JULIANO ANTONIO FERNANDES DE LUNA Teoria dos Jogos e Neuroeconomia: De que maneira tomamos decisões. Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, em cumprimento parcial das exigências para obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas. Orientador: Prof. Dr. Zivanilson Teixeira e Silva NATAL/RN 2014

3 Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA Luna, Juliano Antônio Fernandes de. Teoria dos Jogos e neuroeconomia: de que maneira tomamos decisões / Juliano Antônio Fernandes de Luna. - Natal, RN, f. Orientador: Prof. Dr. Zivanilson Teixeira e Silva. Monografia (Graduação em Economia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Economia. Curso de Graduação em Ciências Econômicas. 1. Economia - Monografia. 2. Neuroeconomia - Monografia. 3. Tomada de decisão - Monografia. I. Silva, Zivanilson Teixeira e. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/BS/CCSA CDU Economia - Monografia. 2. Neuroeconomia - Monografia. 3. Tomada de decisão - Monografia. I. Silva, Zivanilson Teixeira e. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/BS/CCSA CDU 330

4 EPIGRÁFE O homem é do tamanho do seu sonho. Fernando Pessoa

5 AGRADECIMENTOS Nesse longo caminho durante o curso de Ciências Econômicas aprendi que não alcançamos os nossos objetivos sozinhos, e tive ajuda de pessoas bastante valiosas, e sei que posso contar com elas para os próximos passos. Primeiramente agradecer a Deus, por ter me consentido força e sabedoria para, apesar de todas as dificuldades nessa jornada, nunca ter me abandonado. A meus pais, Júlio e Nilda, uma vez que sempre estiveram ao meu lado e me deram o apoio necessário em todos os momentos. A minha avó Severina e minha irmã Danielle, pelas palavras de encorajamento e auxílio em diversos momentos nessa caminhada. A minha namorada Juciléa, por ter me apoiado e ajudado para que eu obtivesse êxito nessa jornada. Os meus amigos, onde contei e sei que posso contar com vocês para os próximos objetivos. O professor Zivanilson Teixeira, que acreditou em mim e abraçou comigo esse trabalho, tornando-se grande amigo.

6 RESUMO Esse presente trabalho visa mostrar uma reflexão quanto ao entendimento da teoria dos jogos em uma nova visão, a neuroeconomia. A teoria dos jogos prevê a busca por uma maximização da satisfação do jogador, baseado em suas preferências, onde o jogador sempre será racional, a fim de atingir esse objetivo. Quanto à neuroeconomia, mesmo sendo um tema relativamente novo, está mais presente em nossa vida do que podemos imaginar, uma vez que a todo o momento nos vemos obrigados a tomar decisões, desde coisas simples até as mais importantes. Observaremos diversos fatores para a tomada de decisão no que tange a teoria dos jogos, onde demonstraremos que os jogadores não pensam somente em na sua decisão e benefício, pensando assim também no outro jogador e na consequência de sua tomada de decisão. Palavras-chave: teoria dos jogos; neuroeconomia; tomada de decisão.

7 ABSTRACT This present study aims to show consideration regarding the understanding of game theory in a new vision, Neuroeconomics. The Theory of Games provides the quest for maximizing player satisfaction, based on your preferences, where the player will always be rational in order to achieve this goal. As for Neuroeconomics, despite being a relatively new subject, is more present in our lives than we can imagine, once the whole time we are forced to make decisions, from simple to the most important things. Later, we will look at several factors for decision making in relation to game theory, which demonstrate that players do not think only of your decision and benefit, so also thinking the other player and the consequence of their decision making. Keywords: game theory; neuroeconomics; decision making.

8 LISTA DE ABREVIATURAS E/OU DE SIGLAS irmf PET Ressonância Magnética Funcional Tomografia por Emissão de Pósitrons

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Batalha do mar de Bismark...15 Tabela 2 Situação de equilíbrio de Nash...19 Tabela 3 Caso em que não ocorre equilíbrio de Nash...20 Tabela 4 Jogos sequenciais...22 Tabela 5 Jogos de coordenação...25 Tabela 6 Jogos de competição...26 Tabela 7 Randomização e imprevisibilidade...35 Tabela 8 Sinalização e cooperação...46

10 SUMÁRIO CAPÍTULO I INTRODUÇÃO...09 CAPÍTULO II TEORIA DOS JOGOS Por que estudar teoria dos jogos? Quando estamos jogando? Teoria da escolha racional Estratégias mistas Equilíbrio de Nash Equilíbrio de Nash no mercado internacional de petróleo Jogos sequenciais Jogos repetidos Jogos de coordenação Jogos de competição...26 CAPÍTULO III NEUROECONOMIA Benefício, custo e risco Tomada de decisão A emoção Dopamina Randomização e imprevisibilidade...34

11 3.6 Incerteza...36 CAPÍTULO IV TEORIA DOS JOGOS APLICADO A NEUROECONOMIA Teoria dos jogos clássica e teoria dos jogos comportamentais Dilema do viajante Jogo do ultimato Jogos em humanos Negociação Sinalização Sinalização e cooperação...46 CONSIDERAÇÕES FINAIS...47 REFERÊNCIAS...48

12 1 INTRODUÇÃO Durante nossas vidas, nos deparamos com situações em que devemos fazer escolhas, desde a mais simples até as mais complexas. Dado a importância e complexidade dessas decisões, faz-se necessário entendê-las cada vez melhor. O campo da economia comportamental ainda é pouco explorado pelos economistas, principalmente pelos economistas brasileiros. Ainda é comum a ideia de que a economia é uma ciência que estuda coisas complexas, onde experimentos em laboratório não têm muito a oferecer, visto que as condições humanas e sociais não podem ser reproduzidas em laboratório. Porém, a economia comportamental tem-se tornado uma ferramenta cada vez mais usual de pesquisa econômica. A economia comportamental teve surgimento através dos estudos sobre o comportamento de escolha individual. Com o aprofundamento das teorias microeconômicas, que dependem das escolhas individuais, a averiguação em laboratório tornou-se mais atrativo, com o intuito de verificar o comportamento dos indivíduos em diversas situações. Este novo ramo da economia, caracteriza-se pela tentativa de entender o indivíduo, não através de métodos matemáticos de suas preferências, mas de uma maneira mais complexa e completa, desvendando como os mecanismos de criação de preferências e escolhas ocorrem internamente, ou seja, como o cérebro do indivíduo recebe, processa as informações e condiciona a sua tomada de decisão. A ausência de considerações, como, por exemplo, justiça e lealdade da teoria econômica padrão é uma das características mais contrastantes entre a teoria econômica e os novos estudos sobre o comportamento humano. De acordo com Kahneman, Knetsch e Thaler há uma clara preferência em tratar aparentes indicações de justiça (ou de irracionalidade) como fenômenos isolados de pouca importância econômica. Sempre que um conjunto de indivíduos estiver envolvido em uma situação de interdependência, onde as decisões tomadas são mutuamente influenciadas, podemos dizer

13 10 que estamos em uma situação de jogo. Com o uso da teoria dos jogos, buscaremos entender teoricamente o processo de decisão dos agentes que interagem entre si, a partir da compreensão lógica da situação em que estão envolvidos. Usaremos a teoria dos jogos para demonstrar as situações de interações em que indivíduos e organizações agem estrategicamente, citando como exemplo a guerra de preço no mercado de automóveis, uma vez que as empresas agem na maioria das vezes sem saber como será a tomada de decisão de sua concorrente. Uma das principais hipóteses é a da racionalidade egoísta, hipótese básica em teoria dos jogos, que é baseada no pressuposto de que os indivíduos não levam em consideração variáveis como igualdade ou justiça durante o processo de tomada de decisões. A ausência da consideração destas variáveis é uma das características mais contrastantes entre a teoria econômica e o estudo do comportamento humano. 1 OBJETIVOS Objetivo Geral Analisar como tomamos decisões em uma situação de teoria dos jogos Objetivos Específicos Verificar obras literárias que abordem o assunto; Entender os conceitos relacionados à teoria dos jogos; Comparar a teoria dos jogos clássica com a teoria dos jogos comportamentais Justificativa Sendo a finalidade de o trabalho científico ampliar o conhecimento e contribuir para a população de um modo como um todo, e pela carência de maiores detalhes sobre o comportamento humano em situações de tomada de decisão, este trabalho visa sair um pouco das áreas de pesquisas convencionais e relatar novos campos de conhecimento.

14 11 Este trabalho justifica-se por procurar entender como vivemos realmente em nosso cotidiano e por buscar uma vertente diferente do modelo clássico de Teoria dos Jogos, a qual é a analise comportamental do indivíduo. Grande parte das pessoas que leram sobre a teoria dos jogos clássica, deve ter questionado acerca dos resultados encontrados pela mesma, onde os jogadores são semelhantes, suas escolhas são feitas de modo a maximizar o seu bem estar e o indivíduo possui um tempo vasto para fazer a sua escolha. E é de nosso conhecimento que, em muitas situações, a realidade é bem diferente disso. Assim sendo, esse trabalho tem como intuito estimular a reflexão e discussão tanto da teoria dos jogos clássica quanto da teoria dos jogos comportamentais, com a finalidade de compreender acerca das preferências e escolhas dos indivíduos Metodologia Para iniciar o debate quanto à teoria dos jogos, se faz necessário o esclarecimento dos conceitos básicos com a finalidade de propiciar instrumentos para análises aprofundadas do tema. Assim, o projeto, em sua fase preliminar, consistiu em leitura de livros e artigos que tratassem desse tema. Após essa fase inicial e um entendimento do que se trata a Teoria dos Jogos, e não satisfeito com algumas premissas utilizadas no modelo em questão, faz-se necessário introduzir um novo componente: A neuroeconomia. Nessa linha de pesquisa, fizemos algumas comparações entre os resultados encontrados no modelo clássico de Teoria dos Jogos e a nova abordagem aplicada pela neuroeconomia para esse modelo, onde os resultados nos mostram algo um quão diferente do imaginado.

15 12 2 TEORIA DOS JOGOS Vários autores foram precursores daquilo que hoje chamamos de teoria dos jogos. Talvez o primeiro a elaborar elementos importantes do método que seria formalizado e aplicado mais tarde na solução de um jogo tenha sido o matemático francês Antoine Augustin Cournot, que publicou em 1838 seu livro Recherches sur lês Principes Mathématiques de La Théorie des Richesses. Em seu livro, Cournot apresentou o famoso modelo de duopólio que hoje leva seu nome. Neste modelo, duas empresas produzindo um bem homogêneo decidem que quantidade produzir, sabendo que a quantidade que a outra produzisse afetaria seus lucros. Cournot derivou uma solução em que duas empresas decidem produzir quantidades que eram compatíveis entre si. A teoria dos jogos também está diretamente relacionada aos nomes de John Von Neumann e Oskar Morgenstern. Em sua principal obra sobre o assunto, The Theory of Games and Economic Behavior, os mesmos definiram a representação de jogos em forma extensiva, em que são identificadas as decisões de cada jogador em cada estágio do jogo, quando o jogo se desenvolve em etapas sucessivas. Também discutiu a cooperação e formação de coalizões entre os jogadores. Embora tenha sido a pedra fundamental da teoria dos jogos, The Theory of Games and Economic Behavior tinha uma séria limitação: se concentrava em jogos de soma zero. Porém, ao falarmos de teoria dos jogos, o primeiro nome que vem a nossa cabeça é do matemático John F. Nash Jr, onde em seu artigo Non-Cooperative Games, Annals of Mathematics, sugere uma noção de equilíbrio para modelos de jogos que não se restringia apenas aos jogos de soma zero. A contribuição de John Nash foi fundamental para o desenvolvimento da teoria dos jogos. A partir de sua noção de equilíbrio foi possível estudar uma classe muito mais ampla do que os jogos de soma zero. Foi possível também demonstrar que, em alguns casos, quando

16 13 cada jogador escolhe racionalmente aquela estratégia que seria a melhor resposta às estratégias dos demais, pode ocorrer que o resultado final para todos os jogadores seja insatisfatório e que, portanto, nem sempre a busca de cada indivíduo pelo melhor para si resulta no melhor para todos. Os agentes econômicos podem interagir estrategicamente numa variedade de formas, e várias delas têm sido estudadas por meio da teoria dos jogos. As mesmas lidam com a análise geral da interação estratégica, podendo ser utilizada em diversas ocasiões, tais como o comportamento econômico e as negociações políticas. Os indivíduos e as organizações tomam suas decisões a partir de uma situação de interação estratégica, aquela em que os participantes reconhecem a interdependência mútua de suas decisões. A teoria econômica clássica nunca foi projetada para descrever a tomada de decisão quando se enfrenta um adversário inteligente, um adversário que é influenciado não pelas propriedades estáticas do mundo, mas também pelas ações de um concorrente. Isto porque, em tempo real, duas pessoas em competição, suas ações (e as ações de seu adversário) formam um sistema dinâmico. No mundo real, a decisão muitas vezes deve refletir a existência de adversários inteligentes, cada um dos quais visa maximizar o seu próprio ganho. Esta é a percepção de que a teoria de jogos foi concebida para captar. Outro ponto importante é que a teoria dos jogos oferece modelos bem específicos para a investigação de troca social. Um conceito bastante importante na teoria dos jogos é o de agente racional, onde definiremos o mesmo sendo: aquele que raciocina logicamente, ou seja, obtêm suas conclusões de forma coerente; escolhe suas premissas com base no emprego da razão e que considera as evidências de forma neutra. Em essência, teoria dos jogos é uma coleção de modelos rigorosos na tentativa de compreender e explicar as situações em que os tomadores de decisão devem interagir uns com os outros. Para estabelecermos o entendimento dos conceitos relacionados à teoria dos jogos, faremos a exposição de alguns conceitos, tais como: equilíbrio de Nash, estratégias mistas, jogos de competição, dentre outros.

17 POR QUE ESTUDAR A TEORIA DOS JOGOS? Todos nós, em algum momento de nossa vida já tivemos contato com algum tipo de jogo. Os jogos estão muito presentes em nosso dia-a-dia que os encaramos como algo natural. Muitas pessoas, provavelmente, não consideram os jogos como algo a ser estudado seriamente. Contudo, os jogos podem ir de simples atividades de lazer, como jogos de xadrez até o jogo da livre concorrência. É de nosso conhecimento que eles possuem características diferentes, porém, existe um ponto em comum, que é o da interação estratégica. Uma situação de interação estratégica é aquela em que participantes reconhecem a interdependência mútua de suas decisões. Deste modo, sempre que um conjunto de indivíduos estiver envolvido em uma situação de interdependência recíproca, em que as decisões tomadas influenciam-se mutuamente, pode-se dizer que eles se encontram em um jogo. A teoria dos jogos visa o modo de analisar e conhecer melhor os possíveis desdobramentos desse tipo de situação, em que já existe interação estratégica. Iremos ilustrar a serventia da teoria dos jogos utilizando como exemplo uma das mais importantes batalhas da Segunda Guerra Mundial: a batalha do mar de Bismarck. O alto comando do exército japonês decidiu transferir um maciço reforço, com a finalidade de se recuperar de uma derrota e preparar uma próxima ofensiva. Contudo, a movimentação de um volume grande de tropas por mar tinha um risco elevado: o poderio aéreo aliado na área era fortíssimo. Um dado importante da situação era o fato de que o comboio japonês dispunha de duas rotas alternativas: a rota pelo sul, que apresentava tempo bom e boa visibilidade, e a rota pelo norte, que apresentava tempo ruim e baixa visibilidade. As forças aliadas, porém, somente possuíam aviões de reconhecimento para pesquisar uma rota por vez, sendo que a busca em qualquer uma das rotas consumiria um dia inteiro.

18 15 Dessa forma, se as forças aliadas enviassem seus aviões para a rota certa, poderiam começar a atacar de imediato. Porém, se mandassem os aviões para a rota errada, perderiam um dia de bombardeios. Os aliados também sabiam que se os japoneses escolhessem a rota sul e fossem localizados de imediato, o tempo bom garantiria três dias de bombardeio. A melhor situação para os aliados aconteceria se eles escolhessem a rota sul e os japoneses também tivessem escolhido essa rota, uma vez que seria possível efetuar os ataques por três dias. A pior situação para os aliados seria se eles fossem para o sul e os japoneses fossem para o norte, onde perderiam um dia por ter escolhido a rota errada e outro dia devido ao mal tempo, dispondo de apenas um dia para o bombardeio. Caso os japoneses tivessem escolhido a rota norte e os aliados também, estes perderiam apenas um dia de bombardeio devido ao mau tempo. Por último, se os japoneses escolhessem a rota sul e os aliados escolhessem a rota norte, perderiam um dia em função do engano e teriam dois dias para o bombardeio. A tabela 1 abaixo demonstra as possibilidades que podem ocorrer no evento. Tabela 1 Forças Aliadas Rota Sul Comboio Japonês Rota Norte Rota Sul Três dias de bombardeio Um dia de bombardeio Rota Norte Dois dias de bombardeio Dois dias de bombardeio (Fonte: Fiani, 2006) Conforme o demonstrado acima, se você fosse do comando aéreo aliado, qual rota escolheria? Verificando a tabela acima, fica clara a resposta: você deve mandar os aviões fazerem a busca primeiramente pela rota norte. Isso por que enquanto para os aliados a melhor estratégia depende da escolha dos japoneses, e para os japoneses a rota norte era a melhor escolha caso os aliados escolhessem a rota sul e era uma opção tão boa quanto a rota sul caso os aliados escolhessem a rota norte.

19 16 A rota norte acarretaria um número menor de dias de bombardeio em um caso e igual número de dias de bombardeio em outro, a rota norte era a melhor opção para o comboio japonês, dado que o objetivo era minimizar suas perdas. Consciente disso, os aliados enviaram seus aviões para a rota norte. Assim, os aliados adivinharam por aonde os japoneses viriam considerando principalmente dois pontos: (1) que os japoneses agiriam racionalmente (não se exporiam a perdas desnecessárias); e (2) os dados da situação (o número de dias de bombardeio que o tempo em cada rotina permitiria). Era uma boa aposta, e como a história demonstrou, foi bem-sucedida. 2.2 QUANDO ESTAMOS JOGANDO? Para saber quando estamos jogando, primeiramente iremos fazer uma breve consideração do que é um jogo. Um jogo é caracterizado como situações que envolvem interações entre agentes racionais que se comportam estrategicamente e que podem ser analisadas formalmente como um jogo. Essa caracterização merece ser analisada com cuidado, uma vez que ela contém todos os elementos necessários à compreensão do objeto de estudo da teoria dos jogos. Vejamos cada um desses elementos: Um jogo é um modelo formal: Na teoria dos jogos existem regras preestabelecidas para apresentar e estudar um jogo. Portanto, o estudo dessas técnicas é um elemento fundamental para a compreensão da teoria. Interações: As ações de cada agente, consideradas individualmente, afetam os demais. Agentes: Qualquer indivíduo com capacidade de decisão para afetar os demais. Racionalidade: Os indivíduos empregam os meios mais adequados aos objetivos que almejam, sejam quais forem esses objetivos. Comportamento estratégico: Cada jogador, ao tomar a sua própria decisão, leva em consideração o fato de que os jogadores interagem entre si, e que, portanto, sua decisão terá consequência sobre os demais jogadores, assim como as decisões dos outros jogadores terão consequências sobre a sua.

20 17 Recompensas: Representam mudanças no bem estar ou utilidade ao final do jogo, e são determinadas pela escolha da estratégia de cada jogador. Um jogo envolve a interdependência mútua das ações de seus jogadores e isso leva naturalmente os jogadores a considerar, em suas decisões, os efeitos sobre os demais jogadores, assim como as reações deles. Sendo assim, os jogadores tomam decisões estratégicas, no sentido preciso de que suas decisões não contemplam apenas seus objetivos e suas possibilidades de escolha, mas também os objetivos e as possibilidades de escolha dos demais jogadores. 2.3 TEORIA DA ESCOLHA RACIONAL A teoria dos jogos visa explicar como esses jogadores fazem as suas escolhas em situações de interação estratégica. Para verificar como os jogadores tomam as suas decisões, temos de considerar as preferências desses jogadores, pois essas preferências é que irão nortear suas escolhas. Apresentaremos a teoria da escolha racional, essa teoria parte das preferências dos jogadores para entender suas escolhas, assumindo como princípio básico a ideia de que os jogadores são racionais. Grande parte dos modelos de teoria dos jogos parte do pressuposto de que os jogadores são supostamente racionais. Afirmar que os jogadores são racionais em teoria dos jogos significa afirmar que as suas preferências são racionais. A teoria econômica clássica nunca foi projetada para descrever a tomada de decisão quando se enfrenta um adversário inteligente, onde as ações também são influenciadas pelas ações de um concorrente. Isso ocorre por que, no mundo real, duas pessoas em competição, suas ações e a ações de seu adversário formam um sistema dinâmico. Compreender o funcionamento desse sistema e a incertezas que o cercam não é possível utilizando as abordagens contidas na economia clássica. A teoria da escolha racional envolve quatro pressupostos principais (faremos as devidas críticas mais adiante) que são: (1) as pessoas possuem conhecimento exato sobre o

21 18 jogo em questão; (2) as pessoas possuem racionalidade ilimitada; (3) os equilíbrios são atingidos de imediato e (4) as pessoas são motivadas puramente por interesses próprios. Entraremos agora em alguns pontos importantes no que tange a teoria dos jogos. 2.4 ESTRATÉGIAS MISTAS Antes de falarmos sobre as estratégias mistas, falaremos brevemente sobre o conceito de estratégias puras. Este tipo de estratégia ocorre quando um jogador escolhe uma estratégia de forma definitiva, ou seja, cada agente faz uma escolha e a mantém. Todavia, outra forma de pensar é permitir que os agentes randomizem (veremos mais à frente esse item detalhadamente) suas escolhas, atribuindo uma probabilidade para cada escolha e joguem suas escolhas de acordo com essas probabilidades. Para um melhor entendimento do funcionamento desse tipo de estratégia, usaremos um exemplo que consiste em um jogo de fácil entendimento, o conhecido pedra, papel e tesoura. Nesse jogo, cada jogador escolhe simultaneamente entre pedra, papel e tesoura. As regras são bastante simples: pedra vence a tesoura; tesoura vence o papel e papel vence a pedra. É de conhecimento comum que a melhor estratégia para obter um melhor resultado é escolher de forma aleatória um dos três resultados possíveis. Porém segundo Varian (2009) os seres humanos não são necessariamente tão bons em escolher resultados de forma totalmente aleatória. Sendo assim, é possível prever, com algum grau de acerto, as escolhas de seu oponente, levando vantagem no decorrer do jogo. 2.5 EQUILÍBRIO DE NASH

22 19 Podemos definir o equilíbrio de Nash como sendo a situação em que cada estratégia é a melhor resposta possível às estratégias dos demais jogadores, e isso é verdade para todos os jogadores. Lembramos que nenhuma pessoa sabe o que a outra fará quando for sua vez de escolher a estratégia. Porém, cada pessoa tem suas expectativas a respeito de qual será a escolha do outro jogador. O equilíbrio de Nash pode ser interpretado com um par de expectativas sobre as escolhas da outra pessoa, de modo que, quando a escolha de uma pessoa for revelada, nenhuma delas quererá mudar seu próprio comportamento. Outro modo de visualizar o equilíbrio de Nash é a situação onde todas as estratégias adotadas por todos os jogadores sejam as melhores respostas às estratégias dos demais. Embora sendo bastante utilizado, o equilíbrio de Nash possui alguns problemas. Primeiro, um jogo pode ter mais de um equilíbrio de Nash. Essa situação ocorre quando mais de uma combinação de estratégias maximiza a utilidade dos jogadores. O segundo problema é que há jogos que não possuem equilíbrio de Nash. Para um melhor entendimento, serão expostas abaixo duas situações: uma onde há mais de um equilíbrio de Nash e uma situação onde não existe equilíbrio de Nash. O jogo da tabela 2 abaixo representa uma situação de interação estratégica em que um fabricante de sistemas operacionais (SOp) tem que decidir se desenvolve ou não uma nova ferramenta em seu sistema operacional, e uma empresa que produz um software antivírus (AV) tem de decidir, simultaneamente, se atualiza seu software para a nova ferramenta a ser introduzida no sistema operacional. Tabela 2 Antivírus Sistema Operacional Atualizar Não Atualizar Desenvolver 2,1-1,-2 Não Desenvolver 0,-1 1,2 (Fonte: Fiani, 2009)

23 20 Nesse jogo, embora as empresas não mantenham contato para coordenar suas decisões, ambas têm interesse em uma solução conjunta, uma vez que decisões divergentes (se SOp desenvolve a nova ferramenta e a AV não atualiza seu programa, ou se a SOp não desenvolve a nova ferramenta enquanto AV atualiza seu programa) trazem prejuízos para ambas. A presença de mais de um equilíbrio de Nash é o que ocorre nesse jogo. Assim como temos um equilíbrio de Nash na combinação (desenvolver, atualizar), temos outro equilíbrio de Nash na situação (não desenvolver, não atualizar). Vejamos agora um caso em que não há equilíbrio de Nash. Usaremos um jogo conhecido por ter que combinar moedas. Neste jogo, dois jogadores exibem, ao mesmo tempo, uma moeda que esconde em sua mão. Se ambas apresentarem o mesmo resultado (cara cara ou coroa-coroa), o jogador 2 dará a sua moeda ao jogador 1. Caso apresentem resultados diferentes, o jogador 1 dará a sua moeda ao jogador 2. Esse jogo está representado abaixo. Tabela 3 Jogador 1 Cara Jogador 2 Coroa Cara 1,-1-1,1 Coroa -1,1 1,-1 (Fonte: Fiani, 2009) Como pode ser visto, não existe combinação de estratégias que atendam os requisitos para ocorrer o equilíbrio de Nash, uma vez que, qual seja a combinação, algum dos jogadores não terá sua utilidade maximizada. Demonstraremos a seguir uma situação real de acontecimento do equilíbrio de Nash.

24 EQUILÍBRIO DE NASH NO MERCADO INTERNACIONAL DE PETRÓLEO Em seu artigo, Duane Chapman e Neha Khanna propõem explicar a estabilidade do preço internacional do petróleo entre 1986 e 1999, quando se situou de forma estável entre US$ 15 e US$ 20. Os autores afirmam que o custo de produção do petróleo nos países produtores de baixo custo (Arábia Saudita e Iraque, principalmente) muito provavelmente se situa em torno de US$ 5. Assim, se o mercado internacional de petróleo fosse um mercado competitivo no período por eles analisado, o preço se situaria em torno desse valor. Por outro lado, pelos cálculos de Chapman e Khanna, se o mercado fosse um mercado monopolizado, o preço internacional do petróleo se situaria em torno de US$ 30. No entanto, o preço se manteve por todo aquele período em um valor intermediário entre o preço competitivo e o preço de monopólio. Chapman e Khanna apresentam uma explicação para essa estabilidade. Segundo eles, essa faixa de preço que se manteve estável entre US$ 15 e US$ 20 corresponderia, no período que vai de 1986 a 1999, a um Equilíbrio de Nash: situação em que nenhuma parte conseguiria melhorar sua situação alterando sua estratégia. Esse equilíbrio de Nash era a melhor resposta possível tanto para os países desenvolvidos quanto para os países produtores de petróleo. Para os países desenvolvidos, a faixa de preço entre US$ 15 e US$ 20 representava um preço suficientemente alto para evitar que a produção nos Estados Unidos fosse abandonada, sem ser tão elevado a ponto de gerar uma inflação indesejável. Segundo os autores supracitados, o custo da produção de petróleo nos Estados Unidos é pelo menos três vezes maior do que um dos produtores citados anteriormente, e um preço do petróleo muito baixo inviabilizaria a produção nessas áreas, além de aumentar o consumo e com isso a dependência desses países. Já para os países produtores, um preço do petróleo entre US$ 15 e US$ 20 seria suficientemente alto para financiar seus gastos militares, dando instabilidade a região. Um

25 22 preço mais elevado enfrentaria resistência dos países desenvolvidos, e um preço mais baixo não permitiria a esses países investirem o necessário em sua segurança. 2.6 JOGOS SEQUENCIAIS Definiremos jogos sequenciais como a situação em que o jogador toma a sua decisão já conhecendo a escolha do outro jogador. Dessa forma, ao ter que tomar a sua decisão, o jogador possui maior informação sobre o outro jogador. A situação exposta acima, juntamente com o fato de considerarmos que os jogadores são racionais, não nos permite supor que os jogadores tomem suas decisões ignorando o que o outro jogador decidiu em etapas anteriores, uma vez que ele terá conhecimento dessa situação. Em teoria dos jogos, um jogador que ignorasse os acontecimentos do jogo até o momento em que tem de tomar a sua decisão, estaria agindo de forma irracional, uma vez que ele não estaria empregando de forma eficiente um dos meios que dispõe para alcançar o seu objetivo. Trataremos a questão dos jogos sequenciais por meio de um exemplo econômico. Nosso exemplo consiste na interação estratégica entre duas empresas uma que deseja entrar em um mercado qualquer e outra que já encontra neste mercado. Chamaremos a primeira de desafiante e a segunda de dominante. A empresa Desafiante possui duas estratégias: (1) entrar no mercado e (2) não entrar no mercado. Quanto à Dominante, a mesma também possui duas possibilidades de ação: (1) luta ou (2) acomoda. Com o dito acima, caracterizaremos a seguinte situação: Caso a empresa Desafiante decida não entrar, seu lucro será zero, enquanto o lucro da Dominante é máximo, 10 milhões. Caso a desafiante decida entrar no mercado e a dominante decidir lutar, a desafiante terá um prejuízo de um milhão (-1), e os lucros da dominante será reduzido para a quantia de dois milhões. Por fim, se a dominante optar pela acomodação à entrada da desafiante, os lucros desta serão de três milhões, enquanto do daquela será de sete milhões.

26 23 Tabela 4 Para efeito ilustrativo, segue tabela com as possibilidades do jogo. Desafiante Luta Dominante Acomoda Entra -1,2 3,7 Não entra 0,10 0,10 (Fonte: Fiani, 2009) Analisaremos primeiramente a situação do desafiante. Caso o dominante decida lutar, o melhor que o desafiante tem que fazer é não entrar, pois nesta situação ela obtém uma recompensa de zero, contra uma recompensa de -1 caso decida entrar. Caso a dominante decida acomodar, o melhor que a desafiante tem de fazer é entrar, já que obterá uma recompensa de 3 milhões. Vejamos agora o caso da dominante. Caso a desafiante decida entrar, o melhor que a dominante tem a fazer é acomodar, pois obterá um lucro de 7 milhões, valor superior aos 2 milhões caso opte por lutar. Por outro lado, caso a desafiante decida não entrar, não há uma estratégia que unicamente seja a melhor para a dominante, pois em qualquer caso, ela terá um lucro de 10 milhões. Caso a desafiante decida entrar, o melhor que a dominante tem a fazer, conhecendo essa decisão da desafiante, é acomodar. Já tendo à empresa dominante tomado a decisão de acomodar, a decisão da desafiante de entrar no mercado torna-se uma escolha racional. Verificando a tabela 4 acima, será razoável concluir que a estratégia Luta nunca será decidida pela empresa dominante. Caso se apresente a situação em que seja necessário empregar a estratégia Luta, essa escolha seria irracional por parte da empresa dominante. Mas por que isso ocorre?

27 24 Essa situação ocorre pelo fato de que o equilíbrio de Nash apenas exige que as estratégias empregadas pelos jogadores sejam as melhores respostas umas às outras, sem considerar a ordem em que os jogadores tomam suas decisões. Mais especificamente, caso o desafiante escolha não entrar, a resposta da dominante de torna irrelevante para a determinação dos lucros. 2.7 JOGOS REPETIDOS São processos que envolvem etapas que repetem. Nesse caso existem novas possibilidades estratégicas abertas para os jogadores. Esse tipo de jogo pode ser com um número fixo de vezes ou com um número de vezes indefinido. Em contrapartida, nos jogos repetidos com um número fixo de vezes temos uma situação em que burlar pode ser a melhor alternativa para os jogadores. Consideremos uma situação em que os jogadores sabem a quantidade de rodadas que irão ocorrer. Neste caso será de dez. Onde chegamos à última rodada. Assim sendo, caso burlar for a estratégia que maximize a utilidade do jogador, ele a adotará, uma vez que não terá possibilidade do outro jogador retaliar essa escolha. Para o melhor entendimento dos jogos com um número indefinido de vezes, trataremos a definição acima por meio de um exemplo. Temos uma relação comercial entre duas empresas, em que uma das empresas adquire matéria-prima da outra, onde deverá ser entregue com determinada característica e em um dado prazo. Ao mesmo tempo, para poder oferecer essa matéria-prima, a empresa produtora tem de realizar alguns investimentos, deixando de certa forma a empresa produtora na dependência de que seus compradores cumpram o acordado. Nessa situação, percebemos que para o funcionamento e o consequente lucro das empresas em questão, se faz necessário que ambas cumpram com o combinado, acarretando assim em uma maximização da utilidade.

28 JOGOS DE COORDENAÇÃO São os jogos em que os ganhos dos participantes são maiores quando existe uma coordenação em suas estratégias. Porém, como veremos mais adiante, desenvolver essa coordenação é um entrave para o aumento dos ganhos dos jogadores. Daremos como exemplo de jogos de coordenação o conhecido dilema do prisioneiro. A discussão original do jogo trata de uma situação em que dois prisioneiros, comparsas em um crime, eram interrogados em locais separados. Cada prisioneiro tinha a opção de confessar o crime (envolvendo o companheiro) ou negar sua participação no crime. Deste modo, teremos a seguinte situação: se apenas um prisioneiro confessar o crime, ele seria libertado e o outro condenado a seis meses de prisão; se ambos negassem envolvimento com o crime, seriam presos por apenas um mês (questões burocráticas); e se ambos confessassem, seriam presos por três meses. Tabela 5 Demonstraremos a situação por meio da seguinte tabela 5 abaixo: Suspeito 1 Confessa Suspeito 2 Nega Confessa -3,-3 0,-6 Nega -6,0-1,-1 (Fonte: Fiani, 2009) Vamos verificar a situação do suspeito 1. Se o suspeito 2 negar ter cometido o crime, ele estará melhor se confessar, uma vez que será libertado. Caso o suspeito 2 confessar, ele

29 26 estará melhor se confessar, onde obterá uma pena de três meses ao invés de uma pena de seis meses. Sendo assim, independentemente do que o suspeito 2 fizer, a melhor opção para o suspeito 1 será confessar. O mesmo ocorre com o suspeito 2, ele estará melhor se confessar. Portanto, o único equilíbrio de Nash nesse jogo para ambos os suspeitos é confessar o crime. Todavia, se ambos pudessem ter a certeza de que o outro não confessaria, eles ficariam apenas um mês presos. Conforme exposto acima, não existem meios dos suspeitos coordenarem suas ações. Um fator importante para o tratamento deste tipo de situação é a quantidade de vezes que o jogo é jogado. Onde podemos adotar uma estratégia caso o jogo ocorra uma única vez ou se for repetido uma quantidade de vezes. Analisaremos situações onde ocorrem jogos sequenciais e jogos repetidos. 2.9 JOGOS DE COMPETIÇÃO É o oposto dos jogos de cooperação. Têm como principal característica os ganhos de um jogador ser exatamente iguais às perdas do outro jogador, por isso também é conhecido como jogos de soma zero. Esse pode ser o caso se duas empresas estiverem disputando, por exemplo, aumentar suas participações em um dado mercado, onde o esse aumento se dará somente à custa da redução da participação da outra empresa. Vamos ilustrar os jogos de competição a partir de uma disputa de pênaltis do futebol. Teremos dois jogadores, o goleiro e o chutador. O chutador pode escolher entre chutar para a direita ou chutar para a esquerda, e o goleiro pode optar pelos mesmos movimentos. Vamos representar os ganhos dessas estratégias em termos de pontos esperados. Obviamente, o chutador terá mais êxito se o goleiro escolher o lado contrário do qual ele bateu. Todavia, o jogo pode não ser perfeitamente simétrico por que o chutador pode chutar melhor para determinado lado e o goleiro defender melhor em um dos lados. Vamos supor que o chutador faça o gol em 80% das vezes se chutar para esquerda e o goleiro pular para a direita, e apenas 50% das vezes, se o goleiro também pular para a esquerda. Caso o chutador

30 27 escolha chutar para a direita, suporemos que ele terá êxito em 90% das vezes se o goleiro pular para a esquerda, mas apenas 20% caso o goleiro decida pular para a direita. Exporemos a situação conforme tabela seguinte. Tabela 6 Chutador Defende à esquerda Goleiro Defende á direita Chuta para a esquerda 50,-50 80,-80 Chuta para a direita 90,-90 20,-20 (Fonte: Fiani, 2009)

31 28 3 NEUROECONOMIA A economia clássica tem como um dos fundamentos o conceito de expectativas racionais e racionalidade completa, onde se supõe que o indivíduo tome as melhores decisões com base na informação disponível. Todavia, esse conceito não era aceito por uma parcela dos economistas, onde relatavam diversos outros fatores, tais como, emoção e incerteza, para que o agente pudesse tomar sua decisão. Um fator muito importante desprezado quanto à racionalidade do indivíduo é a consideração sobre em que contexto social e cultural o mesmo está enquadrado. Uma vez que dependendo desses contextos, a sua tomada de decisão pode ser interferida. Isso apenas citando um exemplo. Outros fatores podem interferir na realidade em comparação com o visto na teoria. Baseados nos avanços proporcionados pela metodologia experimental, novos fatores como os de origem psicológica e biológicas, e também relacionadas às estruturas cognitivas neurais e emocionais passaram a ser considerados na análise econômica a fim de buscar uma melhor compreensão do processo de tomada de decisões. Assim sendo, o uso da matemática é deixada um pouco de lado, a psicologia volta à tona e a emoção ganha um papel fundamental no processo de tomada de decisão. A teoria da probabilidade se tornou uma ferramenta central para a compreensão da tomada de decisão eficiente por seres humanos e empresas. A relação entre a teoria da probabilidade e da função neural, até recentemente, manteve-se em grande parte inexplorado. Assim sendo, o cérebro é composto por dois sistemas de tomada de decisão. Um, o deliberativo ou cognitivo, onde a tomada de decisão ocorre de forma racional. O segundo é o afetivo ou intuitivo, onde as decisões são tomadas levando em conta o nosso estado emocional, a intuição e experiências anteriores.

32 BENEFÍCIO, RISCO E CUSTO As avaliações quantitativas de benefício e risco utilizadas para a tomada de decisão são, na verdade, percepções subjetivas acerca dos valores numéricos das variáveis envolvidas. As avaliações quantitativas associadas ao cálculo de benefício e risco são obtidas, portanto, por meio de um processamento neural que correlaciona os valores medidos pelos sistemas sensoriais em uma percepção interna, que é precisa, embora subjetiva. Os filtros utilizados para gerar as percepções de benefício e risco são dependentes da percepção de custos. Bernouille foi o primeiro a afirmar que a percepção de utilidade de um produto ou serviço está diretamente ligada com a riqueza do indivíduo. Por exemplo, um lucro ou prejuízo de R$ 50,00 pode ser considerado grande ou pequeno, dependendo da situação financeira do indivíduo. Uma vez avaliado o custo de uma ação, os filtros para a percepção de benefício e risco são ajustados, e os cálculos sobre a adequação da ação para satisfazer a necessidade e a possibilidade de sua implementação utilizam apenas essas avaliações sobre incertezas de benefício e risco. 3.2 TOMADA DE DECISÃO O objetivo principal na neurociência da decisão tem sido pesquisar e identificar os mecanismos neurais e biológicos que modulam os fatores comportamentais individuais da capacidade de escolha (Smith, DV, Huettel,2010). Modelos econômicos tradicionais consideram a tomada de decisão como um processo tipicamente racional e cognitivo, e que tal pensamento deliberadamente controlado estaria livre de vieses.

33 30 Porém, as abordagens mais contemporâneas observam que o comportamento humano não é lógico quando se refere à distribuição de recursos entre indivíduos ou grupos. Assim, incorporam a ideia de que as emoções, seus componentes fisiológicos e seus processos de sinalização regulatória podem desempenhar um importante papel na tomada de decisão. A escolha da ação a ser implementada para satisfação da necessidade motivadora depende não só da relação entre o benefício esperado e o risco calculado para essa ação, como também do conflito gerado pelas percepções de risco e benefício. A facilidade da tomada de decisão depende da relação risco/benefício. Os conflitos gerados pelas avaliações de risco e benefício variam de pessoa para pessoa. O conflito e a tolerância ao stress influenciam o tempo alocado para a tomada de decisão. Algumas pessoas tendem a retardar a tomada de decisão à medida que o conflito aumenta. Outras, ao contrário, aceleram o processo de tomada de decisão para se livrar logo da ansiedade gerada pelo conflito. A implementação de uma ação depende da relação entre o benefício esperado e o risco calculado, e será tanto maior quanto maior o benefício em relação ao risco. Por exemplo, uma pessoa altruísta está mais disposta a correr risco em determinada situação do que uma egoísta. O fato de as pessoas diferirem em suas avaliações de benefício e risco, onde algumas são mais propensas a privilegiar o benefício enquanto outras mais propensas a ressaltar o risco, é fator fundamental dentro de uma visão neuroeconômica da tomada de decisão. Um fator muito importante no processo de tomada de decisão se refere ao esforço cerebral para a realização dos cálculos envolvidos no processo. Esse esforço cognitivo está relacionado com a relação risco/benefício. Se o benefício esperado é muito maior que o risco calculado, ou vice-versa, a decisão é fácil e exige um recrutamento mínimo de recursos neurais para o seu processamento. Porém, o conflito na tomada de decisão aumenta à medida que a razão risco/benefício se aproxima de um, isto é, as percepções de risco e benefício se tornam semelhantes. Neste caso, a tomada de decisão se torna mais complicada, acarretando uma utilização maior de recursos cerebrais. Caso a diferença entre o risco e benefício for muito grande, nem nos damos conta, em geral, que estávamos diante de um processo de tomada de decisão. Ela é tomada inconsciente.

34 31 Na situação inversa, onde o risco e o benefício são parecidos, tomamos consciência da dificuldade em decidir e alocamos cada vez mais recursos para sua solução. Por fim, devemos ressaltar a diversidade humana. Embora dependente de uma herança genética, é também dependente do histórico do indivíduo, uma vez que a capacidade de aprender é a marca registrada do cérebro. 3.3 A EMOÇÃO Começaremos a discutir esse ponto por meio de uma citação há cerca de um século de William James 1, onde dizia: É-me muito difícil, se não mesmo impossível, pensar que a espécie de emoção de medo restaria se não se verificasse a sensação de aceleração do ritmo cardíaco, de respiração suspensa, de tremura dos lábios e de pernas enfraquecidas, de pele arrepiada e de aperto no estômago. Poderá alguém imaginar o estado de raiva e não ver o peito em ebulição, o rosto congestionado, as narinas dilatadas, os dentes cerrados e o impulso para a ação vigorosa, mas, ao invés, músculos flácidos, respiração calma e um rosto plácido? Com certeza, todos nós, ao ter que tomar alguma decisão sentimos um ou alguns dos sintomas descritos acima, e com certeza, esse sintoma interferiu em nosso processo de tomada de decisões. Segundo o neurocientista António Damásio, a emoção pode ser definida como movimentos de sistemas fisiológicos envolvidos com uma resposta do organismo a situações do ambiente. Esses movimentos são chamados de reações emocionais. Tais reações desencadeiam percepções sensoriais, que nos fazem sentir as alterações orgânicas, como alterações do batimento cardíaco e a frequência respiratória. Em muitas circunstâncias de nossas vidas, sabemos que as nossas emoções são desencadeadas após um processo mental de avaliação que é voluntário e não automático. As emoções desempenham uma função na comunicação de significados a terceiros. Segundo António Damásio, existe uma hipótese de fácil entendimento para todos, Estamos programados para reagir com uma emoção de modo pré-organizado quando 1 Um dos fundadores da psicologia moderna e importante filósofo nascido nos Estados Unidos em 1842.

35 32 determinadas características dos estímulos, no mundo ou nos nossos corpos, são detectadas individualmente ou em conjunto 2. A reação emocional pode atingir alguns objetivos úteis, como por exemplo, uma fuga rápida ou uma exibição de raiva em relação a um competidor. Todavia, o processo não é finalizado com as alterações corporais que definem uma emoção. O próximo passo é o que chamaremos de sensação da emoção. Podemos inicialmente nos fazer a seguinte pergunta: Por qual motivo devemos estudar se já existe um meio automático de reagirmos a determinadas situações? A melhor resposta é que a nossa consciência proporciona vários modos para que possamos efetuar a nossa proteção, onde nos atermos apenas ao modo automático seria um desperdício muito grande. Consideraremos a seguinte situação: Temos uma situação X, que por algum motivo é causadora de medo, sendo assim, temos duas formas de nos comportarmos diante desta situação. A primeira é inata, não controlável. Além disso, não é específica da situação X. Já a segunda forma é baseada em sua própria experiência e é específica de X. O conhecimento de X permite-lhe pensar com antecipação e tentar evitar a presença de X. Existem algumas vantagens ao encontrar uma situação que cause medo, como por exemplo, ter cautela em situações que se pareçam com X, ou pode ter sido descoberto algum ponto vulnerável em X, que pode ser atacado em um próximo encontro. Em resumo, sentir os estados emocionais aumenta o nosso leque de opções com base na história das nossas interações com o meio que vivemos. Sairemos agora do que foi chamado de emoções primárias e adentraremos em um ponto um pouco mais complexo, as emoções secundárias. A fim de abordarmos a noção de emoções secundárias, vamos começar por meio de um exemplo. Imagine que encontra um amigo que não vê a muito tempo ou tem conhecimento da morte inesperada de uma pessoa com quem trabalhou próximo. Em qualquer desses casos reais, sentirá uma emoção. O que significa realmente ter uma emoção? Depois da formação de imagens mentais sobre os fatos citados anteriormente, verificase uma mudança no estado do seu corpo definida por várias modificações em diferentes

36 33 regiões do corpo, como aceleração dos batimentos cardíacos, nosso rosto expressará uma feição feliz, ou a boca pode ficar seca, uma contração na barriga, uma tensão nos músculos do pescoço, dentre outros sintomas. Ao vivermos uma situação de emoção, muitas partes do nosso corpo são levadas a um novo estado em que são introduzidas mudanças significativas. O que acontece com o nosso corpo para provocar essas mudanças? No Livro O Erro de Descartes, Damásio relacionou esse acontecimentos, como veremos abaixo: 1. O processo inicia-se com as considerações deliberadas e conscientes que lhe ocorrem em relação a uma determinada pessoa ou situação. Estas considerações encontram expressão como imagens mentais organizadas num processo de pensamento e envolvem uma infinidade de aspectos da sua relação com uma determinada pessoa, reflexões sobre a situação atual e as consequências para si e os demais. 2. Em um nível não consciente, reagimos de forma automática e involuntária aos sinais resultantes do processamento das imagens descritas anteriormente. Estas representações provem de representações de disposições adquiridas. Aquilo que as disposições adquiridas incorporam é a sua experiência única dessas relações ao longo da vida. A sua experiência pode variar muito ou pouco comparado com outras pessoas, mas é somente sua, e a experiência pessoal é única para cada indivíduo. 3. De uma forma não consciente, automática e involuntária ocorre a ativação dos núcleos do sistema nervoso; envio de sinais ao sistema motor (expressões faciais e posturas corporais) e ações químicas que resultam em mudanças nos estado do corpo e cérebro. Em essência, a emoção pode ser caracterizada como a coleção de mudanças no estado do corpo que são induzidas numa infinidade de órgãos por meio das terminações das células nervosas sob o controle de um sistema cerebral dedicado, o qual responde ao conteúdo dos pensamentos relativos a uma determinada entidade ou acontecimento. Para concluir, podemos relatar que a emoção é a combinação de um processo de avaliação mental, com respostas disposicionais a esse processo, na maioria das vezes dirigidas

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