A INDIVIDUALIDADE HUMANA NA OBRA MARXIANA DE 1843 A 1848

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1 A INDIVIDUALIDADE HUMANA NA OBRA MARXIANA DE 1843 A 1848 PAULO TOMAZ FLEURY TEIXEIRA* O estudo da história humana e das tentativas de a compreender, assim como a humana aspiração à realização dos potenciais que nossa vida social engendra, levam à constatação de que, mais do que nunca, é necessário reencontrar Marx. O texto que se segue resulta de esforço determinado nesse sentido, não como simples retorno acadêmico ao passado, mas na certeza de que o desvelamento da obra de Marx, em sua maior parte incompreendida, é imprescindível para o avanço ao futuro humano. Nessa perspectiva, a pesquisa da questão do indivíduo na obra marxiana se impõe como um dos momentos mais necessários, tanto por ser uma das esferas mais deturpadas da análise marxiana, quanto porque o devido entendimento das determinações essenciais da individualidade humana, desveladas por Marx, é crucial para a compreensão do processo histórico social e, por conseguinte, do devir humano. A ausência desse entendimento é, sem dúvida, uma das razões pelas quais o marxismo andou sempre às voltas com a aporia de um determinismo econômico fatalista de um lado e um subjetivismo voluntarista de cunho ético por outro. A opinião geral, apoiada nas experiências sociais efetuadas no leste europeu, aponta para a nulificação do indivíduo sob a estrutura do estado como uma característica determinante da teoria marxiana. A posição de praticamente todos os auto-proclamados seguidores e críticos de Marx sustenta a opinião vulgar ao obscurecer o caráter essencialmente ativo dos indivíduos em face do devir histórico social, explícito na obra marxiana, simplesmente o negando ou o vendo como uma postulação utópica. A primeira dessas correntes se embasa na deturpação mecanicista da análise econômico-social marxiana, visualizando no devir perspectivado por Marx a conseqüência do desdobrar cego, autônomo das forças produtivas; amesquinhando a dinâmica multidimensional que está inscrita na legalidade imanente do trabalho, a transformando em uma lógica unilateral com características de necessidade natural. Outra forma comum de desentender a teoria marxiana consiste em tomar como pressupostos as interpretações da corrente economicista. Por via de conseqüência, num flagrante retrocesso na trajetória da filosofia e da análise social, tal crítica faz abstração do caráter ativo dos indivíduos em sua interatividade material e o circunscreve em esferas particulares, restritas, como linguagem, política etc. Uma tentativa de resposta a essas interpretações se configura na corrente que busca apresentar o devir humano perspectivado por Marx como uma propositura 1

2 subjetivista de cunho ético-utópico. Perdem-se aqui exatamente os fundamentos objetivos do devir humano que foram desvelados por Marx e que só podem ser compreendidos através do entendimento das categorias essenciais da atividade produtiva humano-social, da dinâmica que essa instaura e do caráter essencialmente ativo dos indivíduos nessa dinâmica. Conseqüentemente, nessa linha de interpretação, o devir humano somente pode ser apresentado como uma propositura de vontade de Marx, um modelo ideal apenas. Com base no resgate de certas determinações ontológicas do ser social que Marx formulou, Lukács deu os passos iniciais e fundamentais para a ruptura da aporia mecanicismo-idealismo, manifesta nas diversas análises e críticas da perspectiva marxiana do devir humano. Através de seu esforço de perscrutação da obra marxiana, Lukács conclui que "a palavra perspectiva requer um duplo esclarecimento. De um lado se trata da consciência de linhas reais de desenvolvimento no movimento objetivo da economia. A perspectiva, então, não é um afeto subjetivo do tipo da esperança, mas o espelhamento e a prossecução integrativa, na consciência, do desenvolvimento econômico objetivo mesmo. Por outro lado, todavia, esse último /.../ não se apresenta quanto à sua realização como fatal nem teleológico, depende, ao invés disso, das ações dos homens, das decisões entre alternativas que esses, enquanto seres que respondem, querem e podem tomar frente a essa tendência /.../, essa perspectiva pode ocorrer somente pelas posições teleológicas de homens singulares ou de seus grupos, onde as séries causais postas em movimento possam se tornar fatores objetivos de sua realização" 1. Lukács não realizou uma investigação sistemática sobre a questão da individualidade e sobre a dinâmica entre os indivíduos e as estruturas sociais, questão que Marx determina como um dos elementos cruciais da processo de autoconstituição do ser social - cuja legalidade imanente projeta como tendência essencial o devir humano do homem. Apesar disso, por ter captado o caráter ontológico da obra marxiana e compreendido a dinâmica que se forja a partir das determinações próprias da atividade produtiva social, Lukács pôde constatar que o devir perspectivado por Marx se apresenta como tendência imanente à lógica do trabalho e, ao mesmo tempo, como efetivação do caráter ativo dos indivíduos humanos, dependendo, portanto, de suas decisões entre alternativas, de suas escolhas subjetivas. O texto que segue corrobora essa constatação de Lukács, embora se distancie de sua obra em alguns pontos relevantes e pretenda sobretudo avançar no exame detalhado da individualidade na obra marxiana de um dado período. Através desse estudo, busca-se ainda comprovar que Marx havia explicitado as determinações fundamentais que embasam a posição essencialmente ativa dos 2

3 indivíduos em face das categorias sociais, assim como esclarecer que essa posição ativa dos indivíduos se efetiva, como tendência essencial, no processo autoconstitutivo da humanidade a partir do desenvolvimento resolutivo da atividade produtiva social. Este artigo sumariza pesquisa realizada sobre a obra marxiana do período de 1843 a A escolha desse segmento não significa que se partilhe aqui da concepção que postula uma ruptura no interior da obra marxiana separando um certo Marx jovem do maduro. Pelo contrário, o estudo realizado permite afirmar com segurança uma linha, um fio condutor, como o próprio Marx refere na introdução de Para a Crítica da Economia Política de 1859, unindo no essencial o conjunto dos textos marxianos - a partir de meados de O recorte cronológico feito atendeu às necessidades técnicas para a realização de pesquisa em grau de mestrado, assim como responde a questões de fundo relativas ao objeto da investigação, por se tratar da época na qual Marx estabelece o perfil básico de sua teoria, ou seja, na qual formula os lineamentos de seu "pensamento adulto"*, e onde se encontra em maior volume e densidade a abordagem da temática escolhida para a investigação. Exatamente por considerar a unidade teórica que percorre toda a obra de Marx a partir da Crítica de Kreuznach, e por buscar as determinações básicas de sua teoria, me permiti tratar em conjunto as obras do período citado, abstendo-me de investigar eventuais discrepâncias de abordagem nos diversos textos, o que não alteraria o sentido geral do tratamento dado à questão específica da pesquisa. Cumpre dizer, finalmente, que este artigo resulta da condensação de Dissertação de Mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFMG, perante a banca examinadora composta pelos Drs. J. Chasin e José Henrique Santos e pela Profa. Ester Vaismam, aos quais agradeço pelas críticas e sugestões, que espero ter incorporado na elaboração deste artigo. Especial agradecimento ao Prof. J. Chasin, que orientou a elaboração da dissertação, como reconhecimento por sua firmeza de príncipios e propósitos teóricos, fundamental para que o objetivo a que nos propusemos não se perdesse durante o percurso. 3

4 PARTE I DETERMINAÇÕES ONTOLÓGICAS DA INDIVIDUALIDADE HUMANA I - CATEGORIAS GERAIS DA INDIVIDUALIDADE HUMANA 1 - NATURALIDADE Ao afirmar, em A Ideologia Alemã, que "as pressuposições de que partimos não são arbitrárias, não são dogmas; trata-se de pressuposições reais, das quais só se pode abstrair na imaginação; as nossas premissas são os indivíduos reais, a sua ação e as suas condições materiais de existência, sejam estas encontradas totalmente prontas ou criadas por sua própria atividade" 2, Marx não só explicita o caráter ontológico de sua teoria, como evidencia que esta se fundamenta nos indivíduos reais, em sua ação e nas suas condições materiais de existência. As pressuposições reais, de que só se pode abstrair na imaginação, são exatamente as determinações inelimináveis, as categorias ontológicas próprias de uma dada forma de ser. Em se tratando da sociedade humana, a condição última, insuprimível de sua existência são os indivíduos reais vivos e ativos. Por sua vez, a condição básica de existência dos indivíduos é, conforme Marx ressalta, a simples reprodução de sua fisiologia, de seu corpo. "Devemos, por força, constatar que a primeira condição de toda a existência humana e, portanto, de toda a história, é que os homens devem estar em condições de poder viver a fim de `fazer história'. Mas, para viver é necessário antes de mais beber, comer, ter um teto onde se abrigar, vestir-se etc." 3. De modo que a primeira condição de toda a história social consiste na simples existência física dos indivíduos, o que requer a satisfação cotidiana de suas necessidades fisiológicas mediante o necessário relacionamento material com a natureza exterior. Segundo Marx, "o primeiro ato histórico é, pois, a produção dos meios que permitam satisfazer estas necessidades, a produção da própria vida material, trata-se de um ato histórico, de uma condição fundamental de toda a história, que é necessário, como há milhares de anos, executar dia a dia, hora a hora, a fim de manter os homens vivos" 4. Assim, em conformidade com Marx, a simples reprodução da estrutura fisiológica dos indivíduos, a realização do intercâmbio metabólico com a natureza e a satisfação dos carecimentos orgânicos inelimináveis, é fundamento da existência humana em qualquer 4

5 momento histórico; está na base de qualquer formação social desde os primórdios da humanidade e assim será ainda nas sociedades futuras. Em síntese, Marx verifica o caráter material dos indivíduos humanos, o fato de que "o homem é imediatamente ser natural. Como ser natural e como ser natural vivo, está, por um lado, dotado de forças naturais, de forças vitais, é um ser natural ativo; estas forças existem nele como disposições e capacidades, como instintos. Por outro lado, como ser natural, corpóreo, sensível, objetivo, é um ser que padece, condicionado e limitado, tal qual o animal e a planta; isto é, os objetos de seus instintos existem exteriormente, como objetos independentes dele; entretanto, estes objetos são objetos de seu carecimento, objetos essenciais, imprescindíveis, para a efetuação e confirmação de suas forças essenciais. Que o homem seja um ser corpóreo, dotado de forças naturais, vivo, efetivo, sensível, objetivo, significa que tem como objeto de seu ser, de sua exteriorização de vida, objetos efetivos, sensíveis, ou que só em objetos reais, sensíveis, pode exteriorizar sua vida" 5. O indivíduo humano é, pois, imediatamente, ser natural vivo, ser orgânico, biológico, dotado de potencialidades e necessidades naturais; este é um dos elementos ontológicos imprescindíveis da existência e do processo histórico da humanidade. A constatação dessa realidade mais do que evidente, apesar de reiteradamente omitida ou negligenciada, é um dos pontos basilares da análise marxiana da individualidade humana. Como todos os seres naturais vivos, os indivíduos humanos também resultam do desdobrar-se das formas naturais, do movimento evolutivo da vida, do qual eles herdam, por assim dizer, uma determinada estrutura corpórea, dotada de atributos e necessidades, e um ambiente natural externo, com o qual forçosamente têm de se pôr em relação para manterem suas próprias vidas. Por via de conseqüência, como a análise marxiana certifica, "o primeiro estado real que encontramos é então constituído pela complexidade corporal desses indivíduos e a relação com o restante da natureza que daí resulta para eles" 6. Marx constata que as potências naturais dos indivíduos e os meios fornecidos para sua reprodução pela natureza inalterada determinam as formas de existência mais primitivas da humanidade. Ademais, sustenta que o homem jamais prescindirá de sua estrutura orgânica, que, sob este aspecto, "condiciona todo seu desenvolvimento posterior" 7. De modo que a condição ontológica primordial da história humana, o caráter necessariamente natural e vivo do homem, expressa-se em capacidades e necessidades individuais que, embora transformadas no decurso da história, jamais serão completamente suprimidas. 2 - ATIVIDADE VITAL CONSCIENTE 5

6 A análise marxiana não reduz, porém, o universo de possibilidades dos indivíduos humanos aos limites determinados por seus atributos e carecimentos orgânicos. Pelo contrário, é a Marx que devemos o desvendamento do processo objetivo pelo qual os homens superam os estreitos limites naturais. Já na afirmação de que o primeiro pressuposto da história humana é a existência de indivíduos vivos, sua ação e suas condições materiais de existência, há pouco citada, está implícita a total distinção entre o homem e a determinação estritamente natural que caracteriza os animais. O homem se diferencia da determinação puramente natural, superando-a, por intermédio de sua atividade produtiva. De acordo com Marx, "pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião e tudo o que se quiser. Os próprios homens começam a se distinguir quando iniciam a produção dos seus meios de vida, passo em frente que é conseqüência de sua organização corporal. Ao produzirem os seus meios de existência os homens indiretamente produzem a sua própria vida material" 8. A reflexão marxiana evidencia que o homem não tem como bases de sua existência material apenas os elementos que encontra completamente prontos na natureza, mas também, e fundamentalmente, aqueles que ele mesmo cria através de sua própria atividade. Conseqüentemente, as condições oriundas do desdobramento das formas naturais, tanto no que toca aos indivíduos humanos quanto no que diz respeito à natureza externa, constituem para o gênero humano somente o estado originário de sua existência - o primeiro estado real. Os demais seres vivos, por sua vez, têm todo o campo de possibilidades de existência plenamente determinado pelas condições naturais imediatas. É, pois, no processo pelo qual os homens passam a produzir a própria vida material, na atividade produtiva humana que Marx localiza as categorias fundamentais da distinção entre o homem e os animais. De fato, é o que se conclui quando Marx afirma que "O trabalho, a atividade vital, a vida produtiva mesma aparece ao homem em primeiro lugar só como um meio para satisfazer uma necessidade, a necessidade de manutenção da existência física. Mas a vida produtiva é a vida do gênero. É a vida engendradora de vida. No tipo de atividade vital jaz o caráter inteiro de uma species, seu caráter genérico, e a atividade consciente livre é o caráter genérico do homem" 9. Marx constata que as espécies vivas interagem com a natureza circundante através de sua atividade vital. É, pois, na atividade vital que estão determinados o âmbito e o modo desta interação, isto é, o modo de ser de cada espécie. Desse modo, a análise marxiana evidencia também que a atividade vital humana, o trabalho, é radicalmente distinto da atividade vital dos demais seres vivos: "o animal é imediatamente um com sua atividade vital. É sua atividade vital. O homem faz da sua atividade vital mesma um objeto do seu querer e da sua 6

7 consciência. Tem atividade vital consciente" 10. Assim, a própria atividade se coloca para o homem como um objeto para sua determinação consciente. Isto é, o homem toma sua atividade produtiva como objeto de projeção e reflexão espiritual, consciente, mesmo que esta consciência seja apenas rudimentar. Diferentemente dos animais, o homem se torna ativo em face da determinação natural, ao fazer dela objeto para sua consciência, de modo que os indivíduos humanos não se adaptam passivamente às condições naturais, mas também intervêm transformando o meio à sua volta. Tendo como base as transformações que o trabalho promove nas condições originárias de existência, o homem passa a criar suas próprias condições materiais de existência, constituindo, por isso, uma nova forma de ser, uma nova gradação ontológica, distinta dos seres meramente orgânicos: o ser consciente e ativo, que se liberta dos estreitos limites da reprodução cega das formas biológicas. A satisfação das necessidades orgânicas constitui necessariamente o fim, o objetivo do trabalho, mas apenas no primeiro momento, correspondendo às condições originárias de existência do homem. A organicidade biológica dos indivíduos e a natureza com a qual realizam seu metabolismo nunca deixam de estar presentes, mas progressivamente sua determinação sobre a existência dos indivíduos é mais e mais mediatizada e secundarizada pela atividade humana que cria o medium em que os indivíduos efetivamente vivem. Esse processo autoconstitutivo caracteriza a dinâmica própria do gênero humano e determina, segundo a análise marxiana, a distinção ontológica entre o homem e os puros seres orgânicos, em sua cabal radicalidade. É o que Marx expressa muito claramente ao afirmar que "o homem não é apenas um ser natural: é um ser natural humano, isto é, um ser que é para si próprio e, por isso, ser genérico, que enquanto tal deve atuar e confirmar-se tanto em seu ser como em seu saber. Por conseguinte, nem os objetos humanos são objetos naturais tais como se oferecem imediatamente, nem o sentido humano, tal como é imediatamente - como ele é objetivamente - é sensibilidade humana, objetividade humana. Nem objetiva nem subjetivamente está a natureza imediatamente presente ao ser humano de modo adequado. E como tudo que é natural deve nascer, assim também o homem possui seu ato de nascimento: a história, que, no entanto, é para ele uma história consciente, e que, portanto, como ato de nascimento acompanhado de consciência é ato de nascimento que se supera" 11. Esse rico trecho dos Manuscritos Econômico-Filosóficos nos permite asseverar, em consonância com o mesmo, que a natureza nunca está presente de forma imediata para o indivíduo humano porque toda relação do homem com a natureza é mediatizada por sua existência e atividade genérica e consciente. Mesmo os sentidos humanos, sustenta Marx, enquanto propriamente 7

8 humanos, não são como se apresentam imediatamente, como meras objetividades naturais, mas são produtos do processo histórico do gênero humano. Essa processualidade tem início a partir do momento em que os homens passam a produzir os próprios meios de vida, o que, como vimos, constitui o primeiro ato histórico, o ato de nascimento da humanidade e, como ato de nascimento que se supera, o primeiro passo de uma dinâmica autoconstitutiva. O grande mérito que Marx atribuiu a Hegel é justamente o fato de ter vislumbrado a legalidade essencial do processo autoconstitutivo da humanidade. Segundo Marx, "a grandeza da Fenomenologia hegeliana e de seu resultado final - a dialética da negatividade na qualidade de princípio motor e gerador - consiste, de uma parte, que Hegel compreenda a autocriação do homem como processo, a objetivação como perda do objeto, alienação e superação dessa alienação; que compreenda então a essência do trabalho e conceba o homem objetivo - verdadeiro, pois é o homem real - como o resultado de seu próprio trabalho. O comportamento real e ativo do homem para consigo mesmo como ser genérico, ou sua manifestação como ser genérico real (isto é, como ser humano), somente é possível porque ele efetivamente exterioriza todas as suas forças genéricas - o que, por seu turno, só é possível através da ação cooperativa de toda a humanidade, somente como resultado da história" 12. Foge ao escopo deste trabalho qualquer análise da relação teórica e crítica de Marx com Hegel. Vou abordar, pois, apenas os conteúdos que positivamente contribuem para a compreensão do objeto em questão. Nota-se que a pesquisa marxiana encontra os fundamentos últimos do processo histórico autoprodutivo, que caracteriza a humanidade na essência da atividade vital humana, na lógica de sua dinâmica. Ao nos determos na análise que Marx faz do trabalho estamos, pois, diante do núcleo essencial do complexo determinativo que caracteriza o gênero e as individualidades humanas, a partir do qual todas as suas manifestações se desdobram. Desvendar o caráter próprio da atividade vital humana corresponde, portanto, a desvendar a essência dinâmica, histórica do homem. Deve ser claro que essência não é aqui entendida como um conceito hipostasiado, à guisa de "telos" da história, mas, pelo contrário, elemento distintivo e característico de uma nova forma de ser, de uma nova gradação ontológica que se efetiva através da própria atividade autoformativa. Conforme se evidencia pela análise marxiana, o homem realiza o intercâmbio metabólico com a natureza não somente de acordo com suas capacidades físicas imediatas. Pelo contrário, os indivíduos tomam a própria atividade como objeto, o que implica, como bem explicitou Lukács no Capítulo sobre o Trabalho de sua Ontologia do Ser Social, a prévia ideação do objetivo da ação e a escolha adequada de meios. A 8

9 efetivação do trabalho requer, portanto, a apropriação consciente (mesmo que seja apenas uma consciência rudimentar) da realidade, tanto da natureza externa quanto da própria natureza dos indivíduos humanos; além disso, sempre impulsiona à crítica prática, que pode modificar todo o processo a partir de novas aquisições a respeito da realidade objetiva advindas da própria realização do trabalho. Essa característica essencial confere à dinâmica imanente ao agir humano a configuração de uma espiral onde o movimento potencializa a si próprio, pois o desenvolvimento da produção material, ao satisfazer as necessidades mais imediatas, cria condições para o exercício de formas propriamente humanas de atividade e interrelação, permitindo a evolução da consciência sobre o próprio trabalho e sobre a existência humana em geral, o que, por sua vez, tende a resultar em novos avanços na atividade imediatamente produtiva e no conjunto da realização humano-societária. Por conseguinte, de acordo com a lógica imanente ao trabalho, a produção material, assim como a forma de existência social que a ela se vincula, dá-se sempre sobre um novo patamar, a partir do desenvolvimento alcançado nos estádios anteriores. Essa é a razão pela qual o ser que sobre esta base se desenvolve configura uma processualidade autoprodutiva, sendo, portanto, potencialmente ilimitado em seu devir, e, sob este aspecto, livre, pois que não está preso à reprodução passiva, inconsciente, das formas naturais. Conclui-se, pois, que o homem cria seu próprio ser a partir das transformações que sua atividade genérica e consciente impõe às condições objetivas, tanto da natureza externa quanto dos próprios homens. De modo que os indivíduos humanos em sua existência concreta são fruto de um processo histórico autoconstitutivo cuja lógica essencial se encontra nas determinações específicas de sua própria atividade vital. 3 - GENERIDADE Até agora a análise marxiana do trabalho foi examinada segundo suas categorias intrínsecas e conforme a dinâmica que instaura. Não consideramos, porém, o modo como os indivíduos efetivam a atividade vital. Quanto a esse aspecto, a simples leitura das passagens relativas ao trabalho acima citadas já bastaria para esclarecer que a atividade produtiva humana não se efetiva como a ação de indivíduos isolados, mas somente como interatividade de indivíduos sociais. De fato, a análise marxiana do trabalho evidencia a essência genérica dos indivíduos humanos: "a atividade vital consciente distingue o homem imediatamente da atividade vital animal. É precisamente só por isto que ele é um ser genérico. Ou ele é um ser consciente, isto é, sua própria vida é para ele um objeto, 9

10 precisamente porque é um ser genérico. Só por isto sua atividade é atividade livre" 13. Marx verifica que o caráter consciente do trabalho, propriedade específica e distintiva da atividade e do ser humano, não é uma atribuição natural, não é um elemento derivado imediatamente de sua estrutura orgânica, apesar de ser possibilitado por esta. Apenas no desenvolvimento resolutivo do trabalho social, ainda nas condições mais primitivas, se deram os florescimentos iniciais da consciência. Ressalta-se então o caráter genérico, social da atividade produtiva humana; somente como tal ela se torna um processo autoconstitutivo e o homem inicia sua própria história, diferente da história natural. Conforme Marx assevera, na atividade vital jaz o caráter inteiro de uma espécie, e a atividade produtiva humana é essencialmente genérica, por conseguinte, "no engendrar prático de um mundo objetivo, no trabalhar a natureza inorgânica, o homem se prova como um ser genérico consciente, isto é, um ser que se relaciona com o gênero enquanto sua própria essência ou consigo como ser genérico"14. É lícito afirmar que Marx capta o caráter genérico consciente como um elemento ontológico próprio do homem. Vale dizer que o indivíduo humano, em suas determinações essenciais - as quais se efetivam no processo histórico autoconstitutivo - se reconhece como ser genérico, é gênero para-si, por mais limitado que seja esse auto-reconhecimento. A análise marxiana constata a essência genérica dos indivíduos humanos na forma necessariamente social do trabalho, conseqüentemente, apreende a generidade humana em sua real dimensão ontológica, compreendendo sua objetividade e processualidade, não como uma dimensão especial, abstraída da existência cotidiana dos indivíduos, mas como a forma própria da existência dos indivíduos desde sua própria atividade material. Em suma, a atividade vital consciente e a generidade essencial dos indivíduos humanos perfazem um complexo ontológico único, indissociável, que caracteriza o homem como uma nova forma de ser: o ser social. Ao reconhecer a objetividade, a materialidade da essência genérica do homem, Marx não estabelece, contudo, uma identidade entre a generidade humana e o gênero natural. É o que está manifesto ao criticar Feuerbach por tomar a essência humana como "generidade interior, muda, que liga de maneira natural a multidão dos indivíduos" 15. Para Marx, pelo contrário, "o homem é um ser genérico, não só na medida em que teórica e praticamente faz do gênero, tanto do seu próprio quanto do das demais coisas, o seu objeto, mas também - e isto é apenas uma outra expressão da mesma coisa - na medida em que se relaciona consigo mesmo como gênero vivo, presente, na medida em que se relaciona consigo mesmo como com um ser universal e por isto livre" 16. Segundo a análise marxiana, portanto, o gênero não constitui para o homem meramente a categoria em que se agrupam os indivíduos por sua determinação 10

11 essencial, conforme a definição aristotélica. O homem, além de reconhecer a peculiaridade ontológica dos seres em geral constituírem gêneros - universais concretos - devido a suas características específicas comuns, tem uma relação reflexiva e ativa consigo próprio como ser social. O homem é o único ser que se efetiva e se reconhece como objetividade genérica, peculiaridade que o distingue dos demais seres vivos e é fundamento de sua processualidade histórica autoprodutora. A individualidade humana é produto da sociedade, pois apenas a atividade social supera as condições naturais de existência. A sociedade, e não o indivíduo isolado, rompe os limites naturais e só por seu intermédio pode se desenvolver a individualidade humana. A atividade social cria o meio no qual os indivíduos humanos realmente vivem. É somente através da sociedade que o indivíduo humano se constitui enquanto tal, e não a partir de uma determinação natural imediata. É por essa razão que Marx considera que a essência humana, "em sua realidade, é o conjunto das relações sociais" 17, e adverte que "antes de tudo é preciso evitar fixar a `sociedade' de novo como abstração em face do indivíduo. O indivíduo é o ser social. A sua manifestação de vida - mesmo que não apareça na forma imediata de uma manifestação comunitária de vida, levada a cabo simultaneamente com outros - é por conseguinte uma manifestação e confirmação da vida social" 18. Marx identifica a generidade como categoria constitutiva da individualidade humana, determinante ontológico dos indivíduos. O gênero, a universalidade dos homens, está presente no indivíduo, na determinação e efetivação de seu ser. A existência genérica é a forma própria de existência do homem e somente através dela ele se torna efetivamente homem. Marx explicita que a atividade e a totalidade da existência individual, a forma própria de ser de cada indivíduo, é essencialmente unida à sociedade que cria as condições e os meios objetivos e subjetivos para sua realização. Em outras palavras, "a história de um indivíduo considerado separadamente não pode em caso algum estar isolada da história dos indivíduos que o precederam ou são seus contemporâneos: pelo contrário, a sua história é determinada pela deles" 19. Depreende-se que mesmo as características ou as categorias próprias do que se costuma reconhecer como sendo a individualidade, a vida privada e interior ou espiritual dos indivíduos, é indissociavelmente unida à forma de existência genérica. A individualidade humana somente se forma e se efetiva na interatividade com os demais indivíduos, isto é, os indivíduos são determinados e se efetivam na comunidade, no e através do medium criado pela interatividade social. Portanto, ao considerar a individualidade humana na obra de Marx deve-se ter em conta que, diferentemente dos tratamentos que tomam os indivíduos isolados e a-históricos, a pesquisa marxiana, ao contrário, apreende a concreticidade dos indivíduos captando-os em sua interatividade 11

12 genérica, fruto do evolver autoconstituinte da sociedade. Marx constata o caráter genérico dos indivíduos humanos, ao mesmo tempo que impugna o tratamento do gênero como ser abstrato e independente dos indivíduos (o indivíduo é o ser social), porém não se deve concluir daí que Marx faça uma identificação completa entre gênero e indivíduo, o que seria, por sua vez, uma abstração arbitrária oposta às evidências mais imediatas. Compreendendo a essência genérica do indivíduo humano em sua objetividade concreta, Marx assevera que "a morte parece uma dura vitória do gênero sobre o indivíduo determinado, particular e parece contradizer sua unidade; mas o indivíduo particular é apenas um ser genérico determinado, como tal mortal" 20. A análise marxiana da sociedade constata que a unidade ontológica de indivíduo e gênero é a unidade de dimensões distintas de um mesmo ser; unidade que, portanto, comporta diferenças. O gênero não tem vida independente; não é, a não ser como totalidade das entificações individuais. Mas como tal, como realidade da interatividade dos indivíduos, o gênero perdura na reprodução transformadora das categorias sociais. O indivíduo, por sua vez, realiza, como síntese dinâmica única, potencialidades, necessidades e atributos que só se formam pelo desenvolvimento social. Eis por que o indivíduo é denominado por Marx como ser genérico determinado, o qual, uma vez que também natural, biológico, é mortal. Tal constatação não anula o entendimento, previamente apontado, de que "a vida individual do homem e a sua vida do gênero não são diversas" 21. Deve-se compreender que a vida do indivíduo e a vida do gênero constituem, efetivamente, dimensões ou pólos de um mesmo ser. São em essência a mesma vida que é, propriamente, a existência interativa dos indivíduos em seu evolver histórico. Portanto, a individualidade desenvolvida se realiza concretamente como ser social e como consciência de si genérica, elevando-se ao universal humano - o que, por sua vez, representa um reencontro com sua essência objetiva. Nas palavras de Marx: "como consciência do gênero o homem confirma sua vida social real e apenas repete sua existência efetivamente real no pensar, tal como inversamente o ser do gênero se confirma na consciência do gênero e é para si em sua universalidade como ser pensante" 22. Marx evidencia que as determinações ontológicas próprias do homem se encontram em seu caráter genérico, em sua interatividade, que ao transformar as condições originárias de produção inicia o infinito processo de autocriação. Através da interatividade social os homens forjam para si um meio próprio de existência que, se bem que necessariamente em intercâmbio com a natureza, progressivamente mais se liberta de suas determinações. No mesmo processo, a natureza dos próprios homens, as individualidades, também são modificadas, as condições materiais superiores e as novas 12

13 formas de interatividade condicionam o desenvolvimento das subjetividades. A tendência essencial inscrita na lógica imanente dessa processualidade é que progressivamente a essência genérica dos indivíduos se torne uma efetividade e que os indivíduos progressivamente adquiram consciência de seu ser, confirmando em suas subjetividades, como seres genéricos para si, sua objetividade social. II - A DETERMINAÇÃO SOCIAL DAS INDIVIDUALIDADES Podemos notar, segundo a análise marxiana, que a generidade humana comporta tanto a determinação das existências individuais pela formação social, quanto a relação consciente do indivíduo para consigo próprio e para com os demais como ser genérico. Este segundo aspecto, que necessariamente se apresenta ao exame ontológico do gênero humano, será abordado em seus amplos desdobramentos na Segunda Parte, onde pretendo considerar detalhadamente as perspectivas que se projetam a partir das categorias essenciais da existência interativa dos indivíduos humanos. Por ora, cumpre avançar mais na exposição de tais categorias essenciais, isto é, dos elementos ontológicos do ser e agir dos indivíduos humanos desvelados por Marx, perscrutando a dinâmica da determinação das existências dos indivíduos pela sociedade: a determinação social das individualidades. De acordo com Marx, "o desenvolvimento de um indivíduo está condicionado pelo de todos os outros, com quem se encontra em relações diretas ou indiretas; da mesma forma, as diferentes gerações de indivíduos, entre as quais as relações se estabeleceram, têm em comum o fato de as gerações posteriores dependerem na sua existência material das que as precederam, receberem destas as forças produtivas que acumularam e as formas de troca, o que condiciona suas próprias relações mútuas" 23. A pesquisa marxiana do evolver histórico do ser social sustenta, pois, que os indivíduos têm sua existência condicionada pelo conjunto da sociedade, isto é, pelas relações diretas ou indiretas que estabelecem com os outros indivíduos. Tais relações, por sua vez, são matrizadas pelo estádio de desenvolvimento das forças produtivas da sociedade e pela forma como os indivíduos se encontram organizados na produção material. Desse modo, "constata-se, antes de qualquer outra coisa, um sistema de laços materiais entre os homens que é determinado pelas necessidades e o modo de produção, e que é tão velho quanto os próprios homens, que adquire constantemente novas formas e tem assim uma história, mesmo sem que exista ainda qualquer absurdo político ou religioso que contribua também para unir os homens" 24. O modo de realizar a produção material, condicionado pelo nível de desenvolvimento das forças produtivas, obriga os homens ao 13

14 estabelecimento de determinadas relações objetivas, práticas. Essas relações constituem a matriz de uma determinada formação social que, como visto, é o medium concreto das existências individuais em todos os seus âmbitos ou dimensões. As relações que cada indivíduo estabelece, assim como os meios que encontra para sua efetivação, e o espectro de atividades que lhe é possibilitado dependem da evolução material da sociedade e da posição que tal indivíduo ocupa na estrutura social erigida a partir da organização da produção. Por isso mesmo a vida interativa dos indivíduos, sua atividade produtiva e suas inter-relações em todos os âmbitos, não é "livre", no sentido de incondicionada, mas sim determinada pelas condições materiais e pela forma concreta da organização social resultante de sua evolução histórica. Ou seja, "a um determinado estádio de desenvolvimento das faculdades produtivas dos homens corresponde determinada forma de comércio e de consumo. A determinadas fases de desenvolvimento da produção, do comércio e do consumo correspondem determinadas formas de constituição social, determinada organização da família, das ordens ou das classes: numa palavra, uma determinada sociedade civil" 25. Marx não abstrai a materialidade incontornável dos indivíduos que os obriga a estabelecer um intercâmbio com a natureza, transformando-a concretamente, tanto para satisfazerem suas necessidades naturais mais imediatas, quanto para se efetivarem em outros âmbitos de sua existência. Por essa razão, pode captar com toda segurança a prioridade ontológica da produção material para a forma da sociedade e, o que dá no mesmo, no modo de existência dos indivíduos. Em primeiro lugar, a existência de indivíduos vivos é condição sine qua non de qualquer formação social e, em segundo, todas as realizações humanas implicam, de algum modo, a transformação material da natureza. Por conseguinte, é consentâneo com o pensamento marxiano afirmar que o desenvolvimento das forças produtivas sociais condiciona a organização da produção social, e a organização da produção social condiciona o conjunto das relações entre os indivíduos em todos os âmbitos de sua existência. 1 - DIVISÃO DO TRABALHO E CLASSES SOCIAIS NA DETERMINAÇÃO DAS INDIVIDUALIDADES Os textos adultos de Marx, redigidos entre 1843 e 48, examinam vários âmbitos específicos da existência interativa dos indivíduos - complexos categoriais da estrutura social que, sob o aspecto que estamos analisando, são mediações particularizadoras na determinacão social das individualidades. A análise dos resultados a que Marx chega nesses estudos é, pois, fundamental para o aprofundamento da exposição em curso. 14

15 Em consonância com a lógica objetiva da estrutura das sociedades apreendida pela investigação marxiana, deve-se abordar em primeiro lugar, como prioridade ontológica, as categorias sociais diretamente vinculadas à produção material. Por isso, ao iniciar a análise da determinação das individualidades pelas mediações societárias, tomarei como objetos de análise a divisão do trabalho e as classes sociais. Estas são, de acordo com Marx, categorias matrizadoras da formação social, a partir das quais as outras formas e âmbitos da interatividade têm lugar, definindo as formas específicas de sociedade, ou seja, da existência interativa dos indivíduos. A divisão do trabalho, nos textos em pauta, não se refere, senão ocasionalmente, à distribuição técnica das funções no interior do processo de trabalho. Nas obras desse período, Marx considera que "divisão do trabalho e propriedade privada são expressões idênticas - na primeira, se enuncia relativamente à atividade o que na segunda se enuncia relativamente ao produto desta atividade" 26. A divisão do trabalho consiste, aí, na separação das classes no interior da sociedade de acordo com sua posição na produção material e, conseqüentemente, condiciona o modo de vida de cada classe de indivíduos e as relações que entre os diversos grupos se estabelecem, configurando a base de diversas formações sociais. Assim, "sob o regime patriarcal, sob o regime de castas, sob o regime feudal e corporativo, havia divisão do trabalho na sociedade inteira segundo regras fixas" 27. De forma que a sociedade, "desde a emergência da civilização, tem se fundado no antagonismo entre as distintas camadas sociais" 28. Ao se questionar acerca da origem desse fenômeno, Marx verifica que é somente a partir do crescimento da população, das necessidades e da produtividade "que se desenvolve a divisão do trabalho, a qual primitivamente se manifestava apenas nas relações entre os sexos e, mais tarde, numa divisão `natural', automática do trabalho consoante os dotes físicos (o vigor corporal, por exemplo), as necessidades, o acaso etc." 29. A análise marxiana indica que essa divisão primitiva da atividade produtiva, de acordo com os atributos naturais dos indivíduos, não é ainda uma divisão da sociedade com relação ao trabalho e seus produtos. Porém, o caráter espontâneo, inconsciente dessa distribuição das atividades e seus frutos, ao se estender às formações sociais mais complexas, forma a base da real divisão social do trabalho e da sociedade de classes, a qual se desenvolve, originalmente, "sobre a divisão natural do trabalho na família e sobre a divisão da sociedade em famílias isoladas e opostas, que implica simultaneamente a repartição do trabalho e dos seus produtos, distribuição desigual tanto em qualidade como em quantidade; e dá, portanto, origem à propriedade, cuja primeira forma, o seu germe, reside na família, onde a mulher e as crianças são escravas do homem" 30. Em sua origem a divisão do trabalho se apresenta, pois, como uma cisão da sociedade, dos 15

16 indivíduos, a partir da organização da produção material, conseqüente ao desenvolvimento da própria produção nas condições primitivas de sociabilidade. A divisão do trabalho dá origem a camadas sociais distintas, de modo que as existências individuais passam a ser cristalizadas em campos restritos da atividade e do inter-relacionamento social. Como resultado criam-se individualidades especializadas e limitadas; as capacidades e potencialidades multifacéticas dos indivíduos são negadas quando se instala a cisão e a desigualdade social. Como afirma Marx, em concordância com Adam Smith, "no princípio um carregador difere menos de um filósofo que um mastim de um galgo. A divisão do trabalho é que introduziu um abismo entre ambos" 31. A investigação marxiana configura que tal diferenciação entre as individualidades, determinada pela divisão do trabalho, com a conseqüente subordinação dos indivíduos às classes sociais, constitui forma constritiva da organização social se fazer presente e determinar as existências individuais. "Com efeito, desde o momento em que o trabalho começa a ser repartido, cada indivíduo tem uma esfera de atividade exclusiva que lhe é imposta e da qual não pode sair; é caçador, pescador, pastor ou crítico e não pode deixar de o ser se não quiser perder seus meios de subsistência" 32. Marx evidencia que os indivíduos, coagidos pela imposição social objetiva, se vêem aprisionados a uma esfera particular da atividade e do intercâmbio social, "a partir da separação inicial entre cidade e campo" 33, que lhes confere o caráter de seres limitados, fragmentados. A acentuação deste processo de fragmentação das individualidades, devido à sua limitação a uma esfera restrita da atividade produtiva, levará na sociedade pré-capitalista ao que Marx denomina "idiotismo do ofício" 34. Porém, a divisão do trabalho determina uma cisão no conjunto da sociedade que não se limita à especificação do papel dos indivíduos no processo produtivo. Pelo contrário, a cisão social determinada pela divisão do trabalho tem outra dimensão, cuja relevância é muito maior, estendendo-se a todas as esferas da sociabilidade e determinando mesmo o caráter da existência social. É o que se evidencia quando Marx explicita que "a divisão do trabalho só surge efetivamente a partir do momento em que se opera uma divisão entre o trabalho material e o trabalho intelectual" 35, pois é esta divi_são que instaura e estrutura a reprodução social baseada na cisão e na contradição entre grupamentos sociais opostos. A fragmentação e a contradição passam a caracterizar a relação entre os indivíduos. Estes são agrupados pelas necessidades da produção, mas antagonizados pela forma como a mesma está organizada, já que "através da divisão do trabalho torna-se possível e efetivamente ocorre que a atividade intelectual e material, o gozo e o trabalho, a produção e o consumo, caibam a indivíduos distintos"

17 Por conseguinte, segundo a análise marxiana, a cisão dos indivíduos - por sua participação no processo produtivo e no usufruto de seus produtos - estabelece a desigualdade e o antagonismo entre as diversas camadas sociais. Na mesma linha analítica, Marx assevera que "os indivíduos isolados só constituem uma classe na medida em que passam a desenvolver uma luta comum contra outra classe; de resto, eles mesmos se enfrentam de modo hostil na concorrência. Por outro lado, a classe se torna, por sua vez, independente dos indivíduos, de modo que estes encontram suas condições de existência já preestabelecidas, vêem imposto pela classe seu lugar na vida, e, portanto, sua evolução pessoal: os indivíduos são subordinados à classe" 37. Nota-se que a cisão e o antagonismo social instaurados a partir da divisão do trabalho se consubstanciam nas relações contraditórias entre as classes. A determinação da posição social dos indivíduos pela divisão do trabalho cria castas, ordens, estamentos, classes sociais etc.; estes, em cada período histórico, têm uma relação competitiva e antagônica entre si, em face das atribuições na atividade produtiva e do usufruto do produto social. A investigação marxiana prossegue pela indicação de que as individualidades, no interior da sociedade fragmentada em classes, encontram, de modo geral, os meios e os fins, o conteúdo e os limites de sua existência condicionados por sua origem de classe. Tal condicionamento é tão mais absoluto quanto mais "naturalmente" se considere essa divisão social, tão mais constrangedor quanto menos os homens a percebam como resultado de sua própria interatividade. Trata-se, portanto, "do mesmo fenômeno antes existente na subordinação dos indivíduos isolados à divisão do trabalho; e este fenômeno só pode ser suprimido se for suprimida a propriedade privada e o próprio trabalho" 38. De modo que a classe social, originada pela divisão social do trabalho, constitui, quanto ao aspecto que ora analisamos, um conjunto de determinações que impõe aos homens seu modo de ser de forma exterior, contrária à determinação ativa dos indivíduos. Logo, os indivíduos, em sua totalidade, se vêem condicionados, senão completamente determinados, por uma forma social que se realiza constrangendo e limitando aqueles que a compõem. A esse respeito Marx afirma "que o vínculo comum que os indivíduos de uma classe nutrem entre si, e que sempre foi condicionado pelos seus interesses comuns relativamente a terceiros, constitui sempre uma comunidade que engloba esses indivíduos unicamente enquanto indivíduos médios, na medida em que vivem nas condições de vida da mesma classe: relações em que eles não participam enquanto indivíduos mas sim enquanto membros de uma classe" 39. Constata-se que o indivíduo, no interior da sociedade de classes, tem seu ser predominantemente determinado por uma teia de relações que se encontra não só para além de sua vontade individual, mas também além da própria atividade conjunta, social, 17

18 consciente. Os indivíduos enquanto membros de uma classe social têm cerceada sua essência ativa na medida em que atuam, por imposição de suas condições de existência, como elementos médios de um conjunto adstringente, ao qual falta a potência característica de uma existência interativa realmente humana. Eis por que, para Marx, nesta circunstância, eles não são indivíduos propriamente humanos. Ao considerar o papel da divisão do trabalho e da classe social na determinação das individualidades, tratei essas categorias sociais de modo genérico, abstraindo as diferenças nas formas de divisão do trabalho que ocorreram no decurso da história, assim como também foram omitidas as diferenças entre as diversas classes nas diferentes formações sociais e no interior de cada sociedade. Esse tratamento, único possível no âmbito deste texto, está em concordância com a análise marxiana, pois Marx encontra elementos universais em todas as formações sociais baseadas na divisão do trabalho e no antagonismo de classe. Não obstante as especificidades de cada estádio histórico, das diferentes nações etc., a obra de Marx, no período por nós pesquisado, permite considerar sob o conceito genérico de classes sociais todos os grupamentos oriundos da cisão social com base na divisão do trabalho e na propriedade que, em cada período histórico, se enfrentam, definindo o perfil da sociedade e condicionando de modo predominante as existências individuais. A determinação diferenciada das individualidades de acordo com a especificidade de suas classes sociais será abordada mais à frente, quando serão consideradas as classes sociais melhor analisadas por Marx: a burguesia e o proletariado. Até aqui foram examinadas as categorias societárias vinculadas diretamente à produção material e que, portanto, atuam sobre as individualidades a partir de necessidades imediatas da organização da produção material. Está claro, contudo, que a determinação das individualidades por essas categorias transcende os aspectos puramente econômicos, compreendendo inclusive o inter-relacionamento e a espiritualidade dos indivíduos. A seguir serão apreciadas categorias e esferas sociais que estão em relação de determinação recíproca com as condições da produção material sem estar imediatamente vinculadas a ela, e que, mais identificados aos aspectos, por assim dizer, superestruturais da sociabilidade, complementam e consolidam a determinação social das individualidades, estruturada a partir da organização da interatividade produtiva. 2 - O ESTADO COMO MEDIAÇÃO PARTICULARIZADORA NA DETERMINAÇÃO SOCIAL DAS INDIVIDUALIDADES 18

19 Como é estabelecido por Marx, a sociedade organizada com base na divisão do trabalho e no antagonismo de classe necessariamente compreende uma estrutura de poder, um estado. Em suas palavras, "a vida material dos indivíduos, que não depende de modo nenhum apenas da sua `vontade', o seu modo de produção e as suas relações sociais, que se condicionam reciprocamente, são a base real do estado e continuarão a sê-lo em todos os estádios em que sejam ainda necessárias a divisão do trabalho e a propriedade privada, de forma perfeitamente independente da vontade dos indivíduos" 40. Em outros termos, as sociedades estruturadas, com base no conflito entre os indivíduos particulares, as famílias isoladas e as classes sociais antagônicas, não podem prescindir de uma estrutura de poder, que se organiza sob a forma de estado. Por conseguinte, "os indivíduos que exercem o poder não podem, portanto, abstraindo já o fato de que seu poder se deve constituir em estado, fazer outra coisa senão dar à sua vontade, determinada por estas condições precisas, a expressão geral de uma vontade do estado, de uma lei - e o conteúdo dessa expressão é sempre dado pelas suas condições de classe" 41. De modo que os interesses privados conflitantes, determinados pelas condições de classe dos indivíduos, encontram um ordenamento na instituição do estado, sob o domínio de uma das classes que dá uma expressão geral à sua vontade própria. Os indivíduos que exercem o poder se submetem, assim como os outros, aos interesses gerais da classe dominante. Conseqüentemente, "o seu domínio pessoal tem apenas a possibilidade de se constituir, simultaneamente, como domínio médio /.../. A expressão dessa vontade determinada por seus interesses comuns é a lei. É justamente o triunfo dos indivíduos independentes uns dos outros e o triunfo da sua vontade pessoal - triunfo que, nessa base, só pode ser egoísta no que respeita ao seu comportamento social - que torna necessária a negação de si na lei e no direito" 42. É lícito inferir em conformidade com Marx que o poder dos indivíduos da classe dominante só pode se constituir como expressão do domínio de classe, o qual adquire uma expressão geral contrária à essência consciente e ativa do indivíduo humano, até mesmo para os membros dessa classe, consistindo na negação de si na forma da lei e do direito. Donde, o estado, o ordenamento da sociedade, dos comportamentos individuais e suas inter-relações são dados no prisma do domínio de uma classe, que impõe seus interesses no conflito generalizado dos interesses privados. "O combate prático desses interesses particulares, constantemente opostos aos interesses comuns, reais ou ilusórios, torna necessária a intervenção prática e a ação moderadora através do interesse `universal' ilusório sob a forma de estado" 43. De modo que, nas formações sociais fundadas na divisão social do trabalho e nas classes sociais, o estado tem uma função ordenadora e coativa sobre as individualidades em sua atividade e inter-relações, 19

20 coordenando a existência comum na base contraditória do antagonismo social. A instituição do estado será, por conseguinte, necessária em todos os estádios ainda limitados de desenvolvimento humano-social, onde está impossibilitado o controle consciente dos indivíduos associados sobre sua própria forma de existência social. A estrutura social se organizando e desdobrando de modo alheio às individualidades se lhes afigura estranha e hostil. Os interesses da sociedade parecem antagônicos aos interesses individuais, e "é precisamente esta contradição entre o interesse particular e o interesse coletivo que faz com que o interesse coletivo adquira, na qualidade de estado, uma forma independente, separada dos interesses reais do indivíduo e do conjunto e tome simultaneamente a aparência de uma comunidade ilusória, mas sempre sobre a base concreta dos laços existentes em cada conglomerado familiar ou tribal, tais como laços de sangue, língua, divisão do trabalho em larga escala; em particular /.../ sobre a base das classes sociais já condicionadas pela divisão do trabalho, que se diferenciam em qualquer agrupamento deste tipo e entre as quais existe uma que domina as restantes" 44. De sorte que o estado constitui a instituição do poder de uma classe e uma realização ilusória da essência genérica do homem, que na prática está contraditoriamente cindida pela divisão do trabalho e fragmentada no antagonismo de classes. A generidade necessariamente presente na reprodução individual - desde a simples existência material até a totalidade das dimensões do seu ser - toma, na forma de estado, a configuração de algo ilusório, independente dos mesmos indivíduos. Os interesses coletivos cristalizados no estado se apresentam como algo alheio aos objetivos individuais e exterior à realização de si dos indivíduos. A seguir, a análise da determinação social das individualidades por intermédio do estado será feita tendo como referência o estado capitalista, porque é somente na sociedade do capital que o estado se desenvolve em sua plenitude, como esfera separada e oposta aos outros âmbitos da interatividade social. Marx havia constatado esse fato já em Para a Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, de 1843, onde assevera que na "Idade Média vida do povo e vida do estado são idênticas /.../, o antagonismo abstrato e refletido pertence somente ao mundo moderno" 45. Assim, é no estudo da sociedade burguesa que se encontram as melhores condições para compreender a mediação da política na determinação das individualidades, fator que constitui um dos momentos fundamentais da formação das individualidades na sociabilidade do capital. Marx sustenta que "a contradição que opõe o estado representativo democrático à sociedade burguesa é o culminar da contradição clássica entre comunidade pública e escravidão. No mundo moderno, todo indivíduo é ao mesmo tempo escravo e membro da comunidade. Mas a escravidão da sociedade burguesa constitui, em aparência, a maior 20

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