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1 DA TRANSPARÊNCIA A INTRANSPARÊNCIA DO DIZER: A DISCURSIVIZAÇÃO DAS COTAS NO DISCURSO DO NÃO-NEGRO. Claudinei Marques dos Santos 1 NEAD/UEMS-PG Marlon Leal Rodrigues 2 NEAD/UEMS Resumo O presente trabalho objetiva analisar os efeitos de sentido no discurso do não-negro da UEMS, (ORLANDI, 2008) concernente ao negro cotista ingressantes em universidades publicas, por meio do sistema de cotas, o qual enquanto acontecimento discursivo, (PÊCHEUEX, 2000), provoca na sociedade brasileira uma multiplicidade de posições sujeitos, que sob o efeito ideológico, (PÊCHEUX, 1997) instaura uma discursividade, uma polêmica, contra a política de reserva de vagas no Brasil. A questão do negro no Brasil não é e nunca foi das melhores, sua situação foi determinada historicamente, através de um regime de escravidão, preconceito e exclusão social, condição esta que continua até hoje, menos, a questão da escravidão, que findou no século passado. Assim esta pesquisa visa senão analisar esses efeitos de sentido no discurso de não-negros, acadêmicos da Universidade Estadual de Mato Grosso do sul, unidade de Nova Andradina, com objetivo analisar as possíveis tensões, a representação que a posição não negro tece sobre o negro ingressante em universidade pública pelas cotas. Palavras-chave: Discurso, sentido, Cotas, negro, universidade. Introdução Compreende-se, aqui, o discurso como um efeito de Sentido entre locutores, em condições sóciohistóricas distintas, que se inscrevem na língua para fazê-la significar, (ORLANDI, 2008) (PÊCHEUX, 1985), isto é, fazer circular um processo discursivo. Já, de antemão, com esse pressuposto, concernente à 11 É mestrando em Letras pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul-UEMS. Pesquisa os sentidos construído sobre o negro e as cotas na sociedade brasileira em diversos tipo de corpus. 22 É Doutor em Linguística pela Unicamp- Universidade Estadual de Campinas e docente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul-UEMS lecionando na graduação e na pós-graduação.

2 noção de discurso é importante enfatizar, que essa pesquisa tem como proposta geral, analisar os efeitos de sentido em dizeres de acadêmicos não-negros sobre os negros que ingressam pelas cotas em universidade públicas, (GOMES & MUNANGA, 2006), o que, a priori, pode-se constatar, tendo em vista, a posição desigual e marginalizada do negro na sociedade, formas de enunciados, cujas materialidades discursivas, tende-se a manifestar uma posição contrária a reserva de vagas para negros um universidade públicas, o que, já é índice da posição ideológica que se instaura dentro dos ambientes acadêmicos no Brasil. Os sentidos sobre as cotas no país se constituem pela posição histórica do negro na sociedade brasileira. Uma posição que há século vem se perpetuando e se multiplicando, e se manifestando através de desigualdades sociais, provenientes necessariamente de um discurso ideológico elitizado, como também, institucionalizado, por relações ideológicas (ALTHUSSER, 2006), que há século tenta manter homogeneidade dos sentidos, um fechamento do discurso, de forma criar um feito de transparência, de nitidez, em outras palavras, um efeito de sentido de normalidade, naturalidade, o que pressuporia de certa forma, um dizer, cujas intransparência não é, senão, produzir sentidos de que a reserva de vagas não é a solução para o Brasil, o que, consequentemente manteria a ordem do discurso, uma regularidade enunciativa, (ORLANDI, 1996), em que as desigualdades, e as exclusões continuariam latejando na realidade social brasileira. Sendo, pois, o sistema de cotas uma política voltada exclusivamente à reserva de vagas em instituições públicas de ensino superior para negros e indígenas, cujas identidades ao longo da história na sociedade brasileira, foi marcada por escravidão, exclusão, preconceito e marginalização social. Processos estes que, no entanto, continuam, em plena contemporaneidade, a produzir efeitos de sentidos (PÊCHEUX, 1997), isto é, dizeres que ecoam no espaço da memória, a produzir retomadas, polêmicas e contra-discursos. Isso, necessariamente, é oriundo da posição histórica negro no Brasil, com suas tensões identitatária (miserabilidade, exclusões, e preconceitos). O único mecanismo dominante e coercivo que não existe na sociedade, é, pois, a escravidão que, por pressões abolicionistas, e necessidades econômicas foi obrigado extinguir, mas, por outro lado, não significa dizer que os negros e os indígenas, possam literalmente participar, de forma ativa, dos ambientes sociais, uma vez que, ainda existem discursos, práticas ideológicas que tendem a negar direitos sociais a

3 esses grupos étnicos, principalmente, aos negros. Essas práticas circulam encadeadas com/por outras, com os quais se relaciona no interdiscurso, em relações de paráfrases, e de polissemia, que por mais transparente que sejam na base da língua, (intradiscurso) não tem como função representar a história do negro no Brasil, com suas mazelas sociais, mas, ao contrário, assegurar a permanência de uma certa representação (ORLANDI, 1996,p.55), manter uma naturalização dos sentidos da realidade social, que há séculos assolam grupos afrodescendentes e indígenas no Brasil. Assim, a presente pesquisa, tem como objetivo geral, analisar os efeitos de sentido no discurso do não-negro da UEMS, concernente ao negro cotista ingressantes em universidades publicas, por meio do sistema de cotas. Esse acontecimento discursivo, (PÊCHEUEX, 2000), provoca na sociedade brasileira uma multiplicidade de posições sujeitos, que sob o efeito ideológico, (PÊCHEUX, 1997) instaura uma discursividades, uma polêmica, contra a política de reserva de vagas no Brasil, a partir de uma posição historicamente constituída, que se coloca na base da língua como transparente, de modo que os sentidos nascem no locutor, ( a origem do dizer), como ele fosse a origem da significação. O que, na realidade é o que Orlandi, (2008) chama de efeito ideológico elementar, pelo qual, o sujeito acha-se o dono, o criador do que diz, quando na verdade, retoma um sentido preexistente, a saber, um dizer já dito e já significado, ou mais especificamente, uma ilusão no dizer ocasionado pela inscrição da língua (susceptível de falha) na história, ao logo dos processos históricos-sociais, para os quais, os dizeres sobre negros, já foram significados e firmando em práticas ideológicas para dadas condições de produção. Em síntese, os sentidos sobre os negros são atemporais, já foram significados na/pela histórica, apenas são camuflados no jogo da língua, que de acordo com Pêcheux, (1997) ela está susceptível ao equívoco, a falhas estruturais, a ser desestabilizada e possivelmente constituir novas série de significação e, consequentemente, produzir novas posições sujeitos no dizer, (ORLANDI, 2008, p 20). Isso evidentemente sucede na medida em a posição sujeito se defronta com uma materialidade discursiva, em que possa restabelecer implícitos, os conjuntos de significações sócio-histórica, já formuladas, e também já significadas, por processos ideológicos, para uma dada sociedade ideológica (ALTHUSSER, 2006) Desse modo, a proposta dessa pesquisa é analisar a produção de sentido no discurso dos não-negros, ingressante pelo sistema geral de vagas da UEMS-Universidade Estadual de Mato Grosso Sul, unidade de

4 Nova Andradina- MS sobre o afrodescendente cotista ou o que almeja ingressar por meio das cotas. Tendo em vista que, segundo ORLANDI, (1999) produzir sentido é a língua em movimento nos espaços sociais, nos quais, o ato de querer, falar, discursivisar, é tomar a palavra a seu favor, assumir uma posição no discurso e do qual passa a enunciar uma identidade, (HALL, 2003) a praticar um dizer nos ambientes sociais e fazê-lo ecoar efeitos de verdade, de legitimação. Isso, necessariamente, a partir de uma posição social, no caso dessa pesquisa, com efeito, a posição que se assume é de acadêmico de universidades publicas. O objeto dessa pesquisa é discurso do não-negro da UEMS referente o afrodescendente ingressante nas universidades pública pelo sistema de cotas. Esse trabalho se insere no quadro formal da Análise do Discurso de Linha Francesa, em que analisa o linguístico e o social inscritos em práticas históricas (ORLANDI, 1999). Sendo assim, essa pesquisa tem como base o discurso de acadêmicos não-negros da UEMS, do curso de Letras da unidade de Nova Andradina-MS, isto é, alunos brancos, que tiveram como acesso à universidades pelo sistema de vagas gerais. E o corpus desse trabalho é formado por discursos desses acadêmicos não-negros, coletados no ano de 2009 e 2010, por meio de um questionário composto de 31 questões discursivas sobre a identidade do negro no Brasil e do sistema de cotas. Dessa forma, pretende-se analisar o produção sentido (ORLANDI, 2008) no discurso acadêmico do não-negro sobre o afrodescendente ingressante na UEMS, com seguintes operações metodológica: Analisar os efeitos de sentido no discurso (PÊCHEUX, 1997), as tensões aos discursivisar as cotas para negros no Brasil bem sua representação na sociedade brasileira; analisar a produção de sentido sobre não-negro sobre cotista, com sua formas ideológicas de negação, ou melhor, os mecanismos discursivos que a posição sujeito não-negro adere para negar as cotas na sociedade brasileira aos negros e indígenas. O Sistema de Cotas no Brasil O sistema de reserva de vagas para negros e indígenas no Brasil, denominado sistema de cotas, tendo o seu princípio já dentro do século XXI, mais precisamente, a partir do ano 2000, com uma proposta política em que se baseia em princípios históricos e sociais, a saber, a história de exclusão, preconceito e

5 marginalização social de negros indígenas na sociedade brasileira. Essa política social tem como meta no país, reservar vagas em universidades e em concursos públicos para negros e indígena, cujos séculos de existência no Brasil, marcaram-se por práticas excludentes e preconceituosas, o que, possibilitou, com efeito, a formulação de ideologias, em torno da questão do negro no país. Práticas ideológicas alicerçadas em discursos da classe dominante elitizada de forma manter o negro sempre na mesma situação social, com as mesmas práticas sociais e, como também, como os mesmos índices de acesso aos ambientes sociais. De acordo com Gomes J.B, (2001, p.40) o sistema de cotas no Brasil é, [...] um conjunto de políticas públicas e privadas de caráter compulsório, facultativo ou voluntário, concebidas com vistas à discriminação racial, de gênero, de origem nacional, bem como para corrigir os efeitos presentes da discriminação praticada no passado, tendo por objetivo a concretização do ideal de efetiva igualdade acesso a bens fundamentais como a educação e o emprego. Diferentemente das políticas anti-discriminatórias tradicionais baseadas em leis de conteúdo meramente proibitivo, que se singularizam por oferecerem às respectivas vítimas tão somente instrumentos de caráter reparatório e de intervenção ex post facto, as ações afirmativas têm natureza multifacetária, e visam evitar que a discriminação se verifique nas formas usualmente conhecidas isto é, formalmente, por meio de normas de aplicação geral ou específica, ou através de mecanismos informais, difusos, estruturais, enraizados nas práticas culturais e no imaginário. Historicamente, a questão das cotas raciais no Brasil, não é, por sinal, uma política social, surgida por mero o acaso ou por bondade dos governantes, mas um conjuntos de políticas e privadas de facultativo ou voluntário, idem, (2001), surgida em três conferências mundiais contra o racismo xenofobia e intolerância na sociedade, tendo como ponto de partida a erradicação de práticas preconceituosas na sociedade. A primeira dessas conferências mundiais foi em 1978 é a segunda 1983 em Genebra na Suíça, já a III Conferência Mundial foi em Durban, África do Sul, em 31 de agosto de 2001, com a participação de 189 nações. Nessas conferências foi feita uma declaração e um programa de ações no quais os representantes de cada nação assinaram comprometendo-se a adotar Ações Afirmativas em suas respectivas nações, tendo como princípio, a questão do negro e as formas de discriminação adotadas ao longo dos séculos para identificar, excluir, discriminar e impedir o acesso desse grupo étnico aos ambientes sociais, em especial, na

6 sociedade brasileira, que é um dos países, que mais importou mão-de-obra negra para o trabalho escravo superando até as grandes nações europeias. È importante argumentar que, mesmo com o fim da escravidão de negros no Brasil, em 2 maio de 1888, não significa que as práticas discriminatória se findaram, ao contrário, na verdade pioram, já que, a sociedade, como forma de manter os seus status sociais, hegemonias sociais, ou melhor, para não perder os costumes de discriminar, menosprezar, ou de ter que ser igual ao negro na sociedade, criou ferramentas ideológicas, mecanismos excludentes, com intuito mostrar aos negros que eram iguais a todos, uma plena sociedade democrática, onde todos podiam viver com harmonia, quando na realidade, na escala social, a população negra estava com condições sociais extremamente alarmantes, sem acesso ao ambientes sociais, do mesmo modo ou pior que no período escravocrata. Uma falsa democracia racial criada no século IXX pelo sociólogo Gilberto Freire, no seu livro Casa Grande e Senzala, que afirmava existir na sociedade brasileira uma certa harmonia racial entre brancos e negros, com condições de acesso aos lugares sociais permanentemente iguais e, sem discriminações ou qualquer forma de preconceito. Nascimento, (1978:93) em referência a essa democracia racial explica que; Devemos compreender democracia racial como significando a metáfora perfeita para designar o racismo estilo brasileiro: não tão óbvio como o racismo nos Estados Unidos e legalizado qual o apartheid da África do Sul, mas eficazmente institucionalizado dos níveis oficiais de governo assim como difuso no tecido social, psicológico, econômico, político e cultural da sociedade do país. Da classificação grosseira dos negros como selvagens e inferiores, ao enaltecimento das virtudes da mistura de sangue como tentativa de erradicação da mancha negra ; da operatividade do sincretismo religioso; à abolição legal da questão negra através da Lei de Segurança Nacional e da omissão censitária manipulando todos esses métodos e recursos a história não oficial do Brasil registra o longo e antigo genocídio se vem perpetrando contra o afrobrasileiro. Monstruosa máquina ironicamente designada democracia racial que só concede aos negros um único privilégio : aquele de se tornarem brancos, por dentro e por fora. A palavra senha desse imperialismo da brancura, e do capitalismo que lhe é inerente, responde a apelidos bastardos como assimilação, aculturação, miscigenação; mas sabemos que embaixo da superfície teórica permanece intocada a crença na inferioridade do africano e seus descendentes.

7 O Brasil no século XX, mais precisamente, a partir da década de 50, adquiriu no mundo, um status de nação modelo para outra, por mostrar que, brancos e negros viviam sem tensões sociais. O país estava de tal forma, segundo Freire, (2008) com uma harmonia racial entre brancos e negros que direitos sociais como educação, saúde e moradia estavam garantidos pelo Estado. Para Telles, (2003, p.50) Por volta da década de 50, o Brasil havia adquirido reputação internacional por sua democracia racial. Por isso, a UNESCO encomendou uma série de estudos para compreender o segredo da reputada harmonia racial do Brasil num mundo marcado pelos horrores do racismo e do genocídio. Florestan Fernandes, da Universidade de São Paulo, fora nomeado o principal pesquisador brasileiro do projeto da UNESCO. Suas conclusões surpreenderam seus patrocinadores por constituírem a primeira contestação de peso à imagem de democracia racial no Brasil, levando a uma primeira ruptura clara com as ideias de Freyre. A UNESCO preocupadas com transparência do Brasil, no concerne à questão racial, por ser uma nação populosa, sendo que a maioria são negros e pardos, gerou grosso modo na comunidade internacional uma certa dúvida sobre essa democracia racial. As pesquisas de Fernandes, (1972: 40-41) contratado da UNESCO para comprovar essa tal harmonia racial na sociedade brasileira, pondera que essa democracia racial, apenas serviu para manter um preconceito de classe arraigado na sociedade brasileira, contra os negros. Conforme elucida o autor abaixo. Generalizar a consciência falsa da realidade racial, suscitando todo um elenco de convicções etnocêntricas: 1ª a ideia de que o negro não tem problema no Brasil;2ª)a ideia de que, pela própria índole do Povo Brasileiro, não existe distinções raciais entre nós; 3ª) A ideia de que as oportunidades de acumulação de riqueza, de prestígio social e poder foram distintas e igualmente acessíveis a todos, durante a expansão urbana e industrial de São Paulo;4ª a ideia de que não existe, nunca existiu, nem existirá, outro problema de justiça social com referência ao negro, excetuando-se o que foi resolvido pela revogação do estatuto servil e pela universalização da cidadania. Essas ideologias propagadas pela Democracia Racial nos séculos passados, no contexto brasileiro, sobre a população negra, embora, tenham sido desmascaradas nos relatórios de Fernandes, foi também comprovadas por Institutos de Pesquisas Estatísticas (IBJE, IPEA e outro), cujas pesquisas contribuíram para evidenciar os níveis gritantes de exclusões de negros na sociedade, mormente, preconceito de cor e condições sociais ( acesso à educação que é, ainda uma abismo intransponível no Brasil pela quantidade de

8 negro no país e também as condições econômica, isto é miserabilidade que é um fator ainda evidente nesse grupo étnico, visto que, a grande maioria da população negra vivem à margem sociedade, excluída dos ambientes sociais. Athaide, (2010, p.16) examina que Nesse relatório, no que tange às propostas em benefício aos negros e aos indígenas, temos uma manifestação de profunda preocupação com os indicadores nas áreas da educação, do emprego, da saúde, moradia, da mortalidade infantil e da esperança de vida de muitos povos, revelando situação de desvantagem, principalmente, quando, entre fatores que para isso contribuem a exclusão está presente o preconceito. Reconheceram, que em muitos países a desigualdade histórica que afeta estes sujeitos em termos de acesso à educação, aos cuidados de saúde e à habitação, constitui uma causa profunda das desigualdades socioeconômicas de que são vítimas. Perceberam que condições políticas, econômicas, culturais e sociais cujos princípios são contrários à equidade podem originar e estimular o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância. Assim, a proposta das cotas se constitui no contexto brasileiro, firmando-se em dois postulados: O primeiro refere-se aos processos de escravidão de negros no Brasil, que, teve como consequência uso de preconceitos, estigmatizações e proibições relativas ao acesso de negros aos lugares sociais. O segundo concerne ao fato de que na contemporaneidade representação de negros nos ambientes sociais, senão é precária está, grosso modo, chegando perto desse valor. Isso é inerente, aos anos de cativeiro, proibições de acesso aos lugares sociais, mais precisamente, marginalizações, exclusões sociais Brasil, a maioria da população. Sendo assim, inaugurou-se no Brasil, a partir de 2000, o Sistema de Cotas, para acesso de negros e indígenas em universidades e concursos públicos, no qual diversas universidades brasileiras aderiam à proposta. Como UNESP, UERJ, UEMS, UEBA, UEMA, UEPR entre outras. Porém, na UEMS- Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, a implantação das cotas ocorreu em meados de 2003, através de conquistas do movimento negro e lideranças indígenas, e ainda, por meio de uma lei estadual, a Resolução CEPE/UEMS nº. 382/03, que regulamentou o sistema de cotas no Mato Grosso do Sul. Em 2012, o governo brasileiro aprovou em Plenário Federal a legalização do sistema de cotas nas universidades públicas. Mas com um acréscimo: a lei que destinava 10% das vagas a negros e a indígenas, mudou-se para uma, em que os negros indígenas e os pobres, têm direitos a 50% das vagas nas

9 universidades públicas, o que mostra que o sistema de cotas, além de beneficiar os negros e os indígenas, beneficia diretamente às pessoas mais carentes, com baixas condições sociais. Pressupostos Teóricos Os estudos da linguagem, a partir da década de 60, na França, ganhou uma contribuição para se compreender melhor a noção de discurso, ou mais especificamente, a produção de sentido, que antes era formada por pressupostos conteudistas, que, na verdade, visavam, em média, extrair o conteúdo do texto, arrancar o que o texto quer dizer, fazê-lo significar alguma coisa. Entretanto, em oposição a essa concepção de linguagem inaugurou-se na França, com Michel Pêcheux, uma teoria que, não busca necessariamente extrair o sentido do texto, à moda conteúdista, mas mostrar como que este produz sentido, ou como que um texto funciona. De forma específica, AD não é uma teoria que segmenta o texto em unidades menores ou extrai o sentido do texto, muito menos uma teoria da comunicação, como é aquela concebida por Jakobson, que analisa o texto como um processo de decodificação, em que propunha um modelo de língua como transparente, isto é, um processo em que há um emissor que transmite uma mensagem a um receptor, mensagem formulada por meio de um código, referida há algum elemento da realidade. Orlandi, (1999, p. 21b) explica que Pêcheux em oposição a essa teoria da comunicação de Jakobson enfatiza que em Análise do Discurso não há necessariamente transmissão de informação, mas, sim, um efeito de sentido entre interlocutores, já que os sujeitos não estão distante do processo discursivo, ao contrário, participam do processo em posições sujeitos. Conforme as palavras literais da autora. Para a Análise do discurso, não se trata apenas de transmissão de informação, nem há essa linearidade na disposição dos elementos da comunicação, como se a mensagem resultasse de um processo assim realizado: alguém fala, refere a alguma coisa, baseando-se em um código, e o receptor capta a mensagem, decodificando-a. Na realidade, a língua não é um código entre outros, não há essa separação entre emissor e receptor, nem tampouco eles atuam numa sequência em que primeiro fala e depois o outro decodifica. Eles estão realizando ao mesmo tempo o processo de significação e não estão separados de forma estanque.

10 O que quer dizer que o sentido de um texto, não se forma de qualquer jeito, fazendo-o significar a alguma e depois tentar extrair os sentidos. Mas, se constitui historicamente na relação entre discurso, sujeito e ideologia, que, num processo enunciativo, não há como separar um do outro, ou seja, não há discurso sem sujeito, do mesmo modo, não discurso sem ideologia, ou mesmo, não há sujeito sem ideologia. Não se pode significa alguma coisa dizendo eu fiz, nós criamos, mas são levados a significar pelos mecanismos ideológicos que se instauram em condições de produção dadas (PÊCHEUX, 1985, p. 260). Desse modo, produzir sentido não é apenas um dizer por dizer, mas um feito das condições de produção que, através do discurso, em entendido como uma prática, ou melhor, uma efeito de sentido entre interlocutores, idem, (2008) produzido pela inscrição da língua na história, regida pelos mecanismos ideológicos, já que o discurso como prática traz em si, as marcas da articulação da língua com a história para significar. Partindo da ideia de que a materialidade específica da ideologia é o discurso e a materialidade do discurso é a língua; trabalha-se a relação entre língua, (espaço onde ocorre as manipulações linguísticos) discurso e a ideologia (ORLANDI, 1999, p.17). O discurso é um espaço de lutas e conflitos. Todo discurso tem uma relação histórica e ideológica que se manifesta através da linguagem, marcando sua relação de poder e de sentido. A noção de sujeito em AD difere das outras áreas da Ciência Humanas por, propor na teoria do discurso a noção interpelação ideológica, que não é um indivíduo, mas a maneira com que a ideologia interpela o indivíduo em sujeito de um prática ideológica e histórica, ou melhor, aos mecanismos ideológicos, aos discursos a que se constitui na linguagem. Nessa perspectiva, o sujeito em Análise do discurso é concebido por Pêcheux, (1997) como assujeitado, aquele que é interpelado em sujeito pela ideologia. O sujeito de linguagem é descentrado, pois é afetado pelo real da língua e também pelo real da história, não tendo o controle sobre o modo como ela o afetam (ORLANDI, 1999, p.20). Pode ocupar vários espaços, ao mesmo tempo, podendo transitar pelos discursos, ocupando uma determinada posição social, de acordo com o objeto de seu desejo, e, ao mesmo tempo, romper-se e trafegar no discurso e inscrever em outro. Outra caraterística do sujeito é a sua relação com inconsciente, que sob o domínio ideológico, cria-se a perspectiva de que é a fonte do que diz, quando, na realidade retoma um dizer, uma prática historicamente

11 constituída. Pêcheux, (1985, p.173) assevera que o sujeito passa por tipos de esquecimento na linguagem. O esquecimento N 02, no qual o sujeito seleciona no interior de formação discursiva que está inserindo, enunciados, sequências linguístico-discursivas que estão em relações de paráfrase com o já aí, com outras práticas. Nesse esquecimento, o sujeito, com impressão de realidade seu pensamento conscientemente faz as seguintes afirmações (eu sei do que estou dizendo, eu sei do que estou falando). [...] utiliza constantemente através do retorno sobre si do fio de seu discurso, da antecipação de seu efeito e da consideração discrepância introduzida nesse discurso pelo discurso de um outro (como próprio para outro) para explicitar e se explicitar a si mesmo o que ele diz e aprofundar o que ele pensa PÊCHUEX, 1985,p.175. Ao passo que o esquecimento N 01, sob o domínio do inconsciente, o sujeito se apropria dos substituíveis que estão inscritos na estrutura da língua, e une as sequências intradiscursivamente, criando no imaginário, simples efeitos de propriedades lexicais, ou seja, o efeito ideológico que marcara os sentidos, como se eles não tivessem um exterior, uma história, como se os léxicos não viessem carreados de sentidos de um palco de relações sociais e ideológica dadas. Nessa perspectiva, compreende-se que o efeito da forma sujeito do discurso é de marcar os objetos discursivos, que é, em regra, o papel do esquecimento N 01 pelo viés do funcionamento do esquecimento N 02. Nesses espaços de reformulação-paráfrase, que de fato, caracteriza uma formação discursiva, como um palco onde constituem o imaginário linguístico. Junto à forma sujeito do discurso, encontra-se a ideologia, que segundo Pêcheux, (1985) não a poderia se concebida como um espírito do tempo, a mentalidade de uma época, os costumes do pensamento, mas como uma prática material, que se efetua no inteiro da luta de classe, que possui uma objetividade material da instância ideológica, e tem como característica a estrutura desigual-subordinação, o do todo complexo das formações ideológicas de uma formação social dada, e que também não é senão a da contradição, reprodução/transformação que constitui a luta ideológica de classe (PÊCHEUX, 1985, p.147). È importante frisar que o propósito da ideologia e do inconsciente ( como linguagem) não é senão dissimular o seu funcionamento produzindo um tecido de evidência subjetivas que constituem posições sujeitos (PÊCHEUX, 1985, p.152). Por outro lado Orlandi (2008, p. 22c) caracteriza a ideologia pela fixação de conteúdo, pela impressão do sentido literal, pelo apagamento da materialidade da linguagem e da

12 história, pela estruturação ideológica da subjetividade. De modo mais abrangente, a ideologia é um mecanismo de naturalização dos sentidos, o que mostra que a língua não é clara, mas opaca, pois há instaurações de dizeres, que não são do sujeito, mas de posições discursivas que se inserem na origem do dizer. Isso evidentemente é determinado pelas formações discursivas que, por meio das formações ideológicas, faz com que uma palavra não signifique em si mesma, mas oriunda de posições que se postam na origem do discurso. A "ideologia", dessa forma, é um mecanismo que promove o aparecimento de certos sentidos e não de outros, criando para o sujeito um efeito de transparência. Assim, enquanto prática significante, a ideologia aparece como (idem, 2008) efeito da relação necessária do sujeito com a língua e com a história para que haja sentidos, pois a história é o elemento constitutivo da língua formando-a no processo de significação. Não é a história que afeta a língua: a língua se inscreve na história, sendo essas duas inseparáveis (ORLANDI, 2008, p. 45). E anexado à ideologia, as formações ideológicas, que ao mesmo tempo, possuem um caráter regional e comportam posições de classe: objetos ideológicos são sempre fornecidos ao tempo que a maneira de se servir deles sentido, isto é, sua orientação, ou seja, os interesses de classe aos quais eles servem ( PÊCHEUX, 1985, p.146), o que significa, que a instância ideológica redireciona os sentidos, no interior de formação discursiva em que está inscrita, selecionando, dizeres, as práticas de seu interesse. Se as formações ideológicas fornecessem os sentidos, trama os sentidos, mais detalhadamente, faz com uma palavra, expressões mudem de sentido, segundo as posições sustentadas por aqueles que as empregam, as formações discursivas, por sua vez, pela maneira pela qual os sentidos vão receber os sentidos, o quer dizer que as palavras, expressões, proposições adquirem os seus sentidos das formações discursivas na qual são produzidas. De acordo com Pêcheux, (1985, p.160) formações discursivas são, aquilo que numa formação ideológica dada, numa conjuntura dada, determinada pelo o estatuto da luta de classes, determinam o que pode e deve ser dito (articulado sob a forma de arenga, de um sermão, de um panfleto, de uma exposição, de um programa. Sendo assim, no espaço de produção sentido, as formações discursivas e ideológicas, trabalham pelos mesmos objetivos, uma vez que, a primeira as palavras, expressões e preposições são determinadas pelas

13 posições ideológicas ao longo dos processos históricos, a segunda, no entanto, as palavras, expressões mudam de sentido segundo as posições daqueles que as empregam no dizer (idem, 1985). Um termo que precisa ser compreendido, em AD- é a memória discursiva que não é uma memória social nos termos psicologistas, muito menos, um conjunto de crença, de uma época dada, mas, segundo Pêcheux, (1985, p. 52) [...] aquilo que, face a um texto que surge acontecimento a ler, vem restabelecer os implícitos ( quer dizer mais tecnicamente, os pré-construídos, elementos citados e relatados, discurso-transversos, etc. ) de que a leitura necessita: a condição do legível em relação ao próprio legível Um espaço de deslocamento, de retomada, disputas, de polêmicas, põe em evidência que o mesmo da palavra abra-se então o jogo da metáfora, com outras possibilidades de articulação discursiva, de forma que o já-dito, do já significado, possa brotar o novo, acontecimento, cujo movimento determinado pelas formações discursivas. Uma espécie de repetição vertical, em que a memória esburaca-se perfura-se antes mesmo de se desdobrar-se em paráfrase. São uns buracos provocados pelo acontecimento uma outra série sob a primeira desmascarando o aparecimento de um série que não estava constituída enquanto tal e que é assim o produto do acontecimento. Desse modo, a Análise do Discurso prioriza seus postulados a evidenciar, o linguístico, social e o histórico inscritos em práticas históricas, em mecanismos ideológicos historicamente constituídos, Idem (1999). Nesse sentido, essa pesquisa sobre a questão das cotas para negros em universidades públicas trás em si, uma historicidade, uma ideologia, que se vem marcando, ao longo dos tempos, a população negra na sociedade brasileira, com formas de preconceitos, processos de exclusões e marginalizações sociais, através de práticas ideológicas que negam e priorizam, a circulação de um único dizer: aqueles que manifestam um pré-construído que é contra a reserva de vagas para negros em instituições de ensino superior no Brasil. Análise do corpus

14 O corpus dessa pesquisa, constituído por discursividades de acadêmicos não-negros da UEMS, é, para Dubois, (2010) onde se aplica os métodos de análise discursiva, que de acordo com Mangueneau, (1987) essas discursividades possui uma historicidade, já foram significadas, bem como, já formulada, que circula no espaço da memória até ser reconfigurada e retomada por formações discursivas em meios as debates de cotas em instituições públicas. (01) Isso depende da força de vontade de cada um (F.1, p.01). (02) É motivo de provar que são iguais a todos (F.9, p.01) (03) Se conseguimos entrar na universidade, foi mérito só nossos (F.14, p.01) (04) O negro só entra na universidade por causa da cota (F.14, p. 01). (05) Criaram as cotas porque negro e índio não tem capacidade de passar nos vestibulares (F.8, p.01). (06) não menos inteligentes que qualquer outra pessoa (F.10, p.02). (07) Seu fosse negra optaria por fazer um vestibular fora da cota para provar a todos que sou humana e que tenho capacidade igual a todos (F.16, p. 02). (08) Acho uma injustiça. Se ele que ter o mesmo direito que os brancos por que não começar por aí F. 01, p.02). (09) Para mim de conhecimento de todos devem ter o mesmo potencial, portanto, sou contra as cotas (F.09, p.02). (10) Não é capaz de competir com os brancos (F.15, p.02). (10) Talvez com menor sorte que os brancos (F.13, p.03). (11) Acho que seria capazes de formarem sem as cotas, com suas capacidades (F.09, p.13). (12) Apenas acredito que ele tem a mesma capacidade de se integrar na universidade, mesmo sem cotas (F.07, p.02). (13) Alguns negros começam a sentir vergonha de ter entrado p/cotas (F.20, p.04). (14) Com as cotas ele serão vistos e relembrados F.13, p. 04). (15) Aquele que precisa da pena, da migalha dos outros, para poderem passar em uma universidade F.10, p.05). (16) Ele se sente rebaixados e envergonhados na maioria da vezes (17) Não comento para evitar constrangimento (F.11, p.06). (18) estão chamando-os de incompetentes (F.09, p. 02). (19) São pessoas normais, como todos (F. 17, p. 01) Discurso da Vergonha (16) Ele se sente rebaixados e envergonhados na maioria das vezes. (13) Alguns negros começam a sentir vergonha de ter entrado p/cotas (F.20, p.04).

15 (14) Com as cotas ele serão vistos e relembrados F.13, p. 04). Para se compreender o funcionamento desse dizer, em (16) e (13) é necessário analisar a posição ideológica do sujeito e os discursos que o permitem dizer o quer dizer, (ORLANDI, 2008) isto é, as redes de significações que o atravessam: Da sua formulação a sua circulação na sociedade brasileira, o que significa, que a posição sujeito, em meio aos debates de cotas no Brasil, por meio de um discurso psicologizante e, ao mesmo tempo, um dizer de pena, de coitadinho, buscar sobre a base língua e do discurso criar, assim, um efeito de sentido de comoção, de dó dos pobres negros cotistas, que adentram na universidade pelo sistema de cotas, ou seja, no seu discurso a posição sujeito tenta naturalizar o seu discurso sobre as cotas para negros no Brasil, a partir de um efeito de comoção, de dó, do que adentram por esse sistema de reserva de vaga. Por outro lado, esses enunciados em (16) e (13) exigem do analista uma compreensão dos não-ditos nesse discurso, aquilo, que foi silenciado, interditado, impedido de fazer sentido, a fim de fechar o sentido do dizer, a mostrar apenas o que convém enunciar, somente, o que as formações ideológica reservaram para enunciar na sociedade. Diante disso, a unidade vergonhado e vergonha, possui um significado na base da língua de uma pessoa tímida, que segundo de o Dicionário de Psicologia de Mesquita & Duarte, (1996, p.201) significa Falta de segurança nas iniciativas e, sobretudo, nas relações com os outros. Está ligada a sentimentos de inferioridade, incapacidade ou culpabilidade, causados, muitas vezes, pela educação: pais que recusaram dar autonomia ao filho, não lhe permitindo afirmar as suas opções, conviver com crianças da sua idade ou outras restrições; ou demasiado exigentes, sem atender às limitações impostas pelas características e capacidades da criança. Timoregulador Medicamento que tem por efeito limitar as oscilações excessivas de humor. O que permite a posição sujeito não-negro representar o negro cotista como uma pessoa vergonhosa, não é, senão na discursivização da reserva de vagas em ambientes sociais, o discurso da psicologia, que emerge no ambiente social, validando e criando, dessa forma, um feito de sustentação, fazendo, dando uma coerência interna ao discurso, instaurando os efeitos ideológicos, de forma a identificar, a mostrar que as

16 cotas produzem sentimentos de timidez, receio, insegurança e incapacidade intelectual. Ao afirmar a vergonha do negro cotista, ele o faz a partir de uma posição social, ao saber, acadêmica, em que os dizeres já vêm carregados de sentidos, práticas sociais articuladas com uma gama de pré-construídos, dizeres prontos e já significados no ambiente acadêmico sobre os negros no Brasil, e a relação deste com educação superior, que, ao longo da história do país, a população negra sempre esteve afastada dos bancos escolares, ora por motivos envolvendo a escravidão, ora pelas condições sociais ( miserabilidade, exclusão e preconceito). Como nesses ambientes acadêmicos já vem significados com regras de convivências, rituais de funcionamento e práticas de acesso aos bancos universitários, institucionalmente, construídas, o que, se por acaso, surgirem políticas sociais que beneficiam negros, como as reservas de vagas, os sistemas de coerções, entram ordem de batalha, uma vez que a questão do negro no Brasil, pela sua posição social e histórica choca-se com as estruturas ideológicas, historicamente firmadas, com uma discursividade meritocrática, que, em seu arcabouço discursivo, inibem o acesso de afrodescendentes ao ensino superior no Brasil. Considerando que a questão das cotas não funciona através do mérito, das capacidades intelectuais, mas por um história de exclusão, preconceito e marginalização social, que afetou e que ainda afeta a maioria da população brasileira. Discurso da Migalha (15) Aquele que precisa da pena, da migalha dos outros, para poderem passar em uma universidade F.10, p.05). O funcionamento de um discurso, de um dizer está intimamente ligado às condições de produção sócio-histórica, que o possibilita significar de um modo e não outro, ou melhor, as condições de produção é um lugar onde os sentidos já-aí adquirem um significado ideológico, retendo apenas o que lhes interessam e mascarando sob a base da língua os outros. Diante dessas considerações, o enunciado acima mantem uma certa inerência com as posições que o teceram ao longo dos processos históricos, em que a posição sujeito

17 não-negro, sob o efeito ideológico de uma formação discursiva, se inscreve para poder fazer significar um dizer nas discussões da reserva de vagas em universidades públicas para negros. Nesse sentido, o enunciado em (15) Aquele que precisa da pena, da migalha dos outros, para poderem passar em uma universidade F.10, p.05), estabelece relações parafrásticas com enunciados em (16) e (13), retomando os sentidos de dó, de comoção e de pena, ao mesmo tempo, reafirmando, pois, sentidos não-ditos, de inferioridade do negro que adentra na universidade pública, no qual o sujeito, na posição de acadêmico não-negro, instaura a partir de uma memória discursiva, práticas, que concernem à incapacidade intelectual do negro de participar dos ambientes acadêmicos. Isso, na verdade, é um discurso colonialista, um efeito de pré-construído, que se articula na ordem do discurso do acadêmico, a assegurar a permanência de uma representação, (idem, 1996), que tem com teor a inferioridade, a incapacidade do negro de conviver, de participar, de se projetar em ambientes em que brancos europeizados, rotineiramente, se prestam a se afiliar. Isso evidentemente, no plano do discurso, é como dizer que os negros são incapazes de ingressar à educação superior pelo mérito, mas necessitam de ajuda, da pena e da comoção, de políticas sociais. A unidade aquele precisa de pena em (15), produz um efeito de sentido no dizer de que os negros que ingressam pelas cotas só o conseguiram pelo fato da sociedade brasileira, sentir compaixão ou piedade para com a situação hedionda e histórica, de sofrimento miserabilidade com que a população passou ou passa no Brasil, No entanto, veja que a posição sujeito interdita sentidos (ORLANDI, 1999), como as cotas como direito histórico por século de escravidão e preconceito de negros ; cotas como forma de aumentar a representação de negros nos espaços sociais. São questões que não se conquistaram por meras comoções da sociedade, mas, pelo resultado de séculos de cativeiro. Políticas públicas que já deveria ter sido aprovado no Brasil, desde o primeiro momento que se extirpou com a escravidão de negros no território brasileiro. Ainda no enunciado em (15), sobretudo, na unidade migalha, que retoma, por assim dizer, um discurso dos restos, das sobras de alimentos, que por algum motivo caiu ou foram deixadas de lado por alguma falha ou descuido da pessoa que está se alimentando, porém, não é necessariamente à alimentação que está referindo esse discurso, isso é apenas um efeito de sentido produzindo pela inscrição da posição sujeito não-negro numa formação discursiva de alimentação, em referência às cotas em universidade pública.

18 È importante, argumentar, também que enunciado em (15), embora pareça um discurso ingênuo em sua materialidade discursiva, como se o sujeito fosse produtor, ou que o discurso não tivesse uma origem (efeito ideológico), mas em meio a essa opacidade do dizer, ouve-se outros sentidos que, não é a do sujeito, que ele assume para criar os efeitos de transparência, de fechamento do dizer, como o discurso Bíblico, em que no Novo Testamento, em especial, no Evangelho de Jesus, segundo Mateus cap.15vers.26, 27, em que Jesus ao encontrar uma mulher cananéia em um suas caminhadas disse-lhe: não é bom pegar o pão dos filhos deitá-los aos cachorrinhos. Ela lhe respondeu: Sim, senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores, MATEUS, cap 15 vser 26, 27. Na condição em que se discutem cotas para negros na sociedade brasileira a unidade migalha em (15), dessa forma, esburaca-se em paráfrase instaurando uma discursividade em que trafega um dizer representando o negro cotista, como aquele que necessita de resto de vagas, sobras de vagas para poder ingressar na educação superior no Brasil, o que, pode-se evidenciar uma posição sujeito que reconfigura um pré-construído, vindo possivelmente, de um discurso de alimentação, a se projetar no Bíblico, e, ao mesmo tempo, a produzir um efeito de sentido de restos de vagas, de sobras de vagas nos ambientes sociais, inserido num posição histórica permeada por práticas ideológicas que analisam o sistema de cotas como um prejuízo para sociedade e não um direito dos negros. Discurso da Sorte (10) Talvez com menor sorte que os brancos (F.13, p.03). Uma discursividade como esta em (10) produzem alguns efeitos de sentido, em especial, a partir da unidade sorte, que muda de sentido ao passar de uma formação discursiva a outra (PÊCHEUX, 198), isto é, as formações de discursiva que a significam, faz com que a memória se movimente em suas fronteiras, gerando assim, novas atualizações, novos dizeres. Considerando, que a unidade sorte, assume diferentes atualizações em seus sentidos, a saber, nos discursos, religiosos, místicos, filosófico que nela se inscrevem e atualizando suas práticas, criando novas sentidos, de acordo com suas particularidades. Alguns a veem como evento, circunstância ou mesmo destino, conforme as palavras de GUNTHER, (2013, p.20).

19 Os dicionários são de ajuda limitada nesse quesito. A definição encontrada nos dicionários consultados pode ser discutida, pois cada uma parece preferir uma filosofia em detrimento de outra. O dicionário de Funk & Wagnall da língua inglesa começa sua definição afirmando que sorte é aquilo que acontece por acaso. Alguns argumentariam que essa é uma definição boa e completa, mas outros diriam que não, que a sorte é mais do que apenas o acaso. Já o Random House Dictionary parte para uma definição mais mística: Força que parece determinar tudo o que acontece de bom ou ruim a uma pessoa. Força? Que força? Já o velho Noah Webster diz que sorte é uma força sem propósito, imprevisível e incontrolável que modela eventos de forma favorável ou não para determinado indivíduo, grupo ou causa. Mas as pessoas mais religiosas não concordariam com a ideia de que a sorte não tem propósito. Os defensores da astrologia e dos fenômenos psíquicos também não concordariam que a sorte é imprevisível. E muitos apostadores que frequentam os cassinos e as corridas de cavalos de Las Vegas, Monte Carlo e outros lugares pelo mundo não concordariam que a sorte seja necessariamente incontrolável também. Porém, não é o objetivo, aqui, discutir a unidade sorte, mas analisar os seus efeitos em torno da reserva de vagas para negros, isto é, os sentidos, as representações que estão na opacidade desse discurso sobre o negro no Brasil. Um dos efeitos que se emerge é o sentido de azar que se atribui naturalmente a condição social do negro, a saber, a posição sujeito tenta explicar a razão pela qual o negro se encontra excluído e marginalizado dos ambientes sociais, é uma das possíveis causas é, senão, para ele o azar, a má sorte, ou seja, como se um evento subjacente à condição de existência, que é miserabilidade, o preconceito e exclusão fosse provocada por mero acaso do destino, ou seja, excluir o negro é um acaso do destino, bem como, não ter sorte é uma característica do negro, ou mesmo, não participar dos ambientes sociais, como universidades públicas, um emprego, enfim, uma educação de qualidade é um evento do acaso, que simplesmente pode acontecer, pelo fato de o negro não tanta sorte como o branco. Em suma, a posição sujeito não-negro explica que causa da desigualdade entre brancos e negros no Brasil é provocada pelos azar uns possuem sorte e outros não, e com isso, silencia no discurso os anos de escravidão, preconceitos e marginalização que é, na verdade, uns dos mecanismos ideológicos que ainda se fazem presente na sociedade brasileira. Esses mecanismos ideológicos ainda se prestam a impedir o acesso de negros aos ambientes sociais, com significações, um conjunto de sentidos construídos por uma formação

20 discursiva para uma dada formação ideológica, em que a questão do negro no Brasil é marcada e mascarada ainda por processos de exclusão e marginalizações, o que significa que o sentido de azar, de má sorte, não é senão um efeito ideológico pelo qual, a posição sujeito, nas discussões das cotas assume, para negar direitos sociais aos negros. Discurso da representação (14) Com as cotas eles serão vistos e relembrados F.13, p. 04). Neste enunciado em (14), por sua vez remete-se a uma rede de sentidos que tem como discurso a representação do negro cotista, que conclui a universidade por meio das costas. A posição sujeito não-negro, a priori, por meio do verbo serão, no futuro de presente, do modo indicativo, em que no seu imaginário social, tece um dizer em que mobiliza sentidos, uma rede de sentidos para representar o negro que conclui a universidade por meio das cotas, ou melhor, via sistema de cotas,. Assim, o enunciado em (14) Com as cotas ele serão vistos e relembrados, toma como ponta de partida o fato, o discurso de que quem ingressa pelas cotas provavelmente são negros inferiores e incapazes, intelectualmente, de se ingressar em ambientes sociais senão pelo sistema de reserva de vagas, enfim, uma série de dizeres, de representações, sobre negro, ou mais, precisamente, sobre aqueles que ingressam pelas cotas. Pode-se perceber também nesse dizer, os efeitos de sentido dos verbos Visto e Relembrados no particípio passado, que são índice de instaurações de dizeres, isto é, produzem alguns efeitos no discurso. O verbo vistos no plural, em (14), representa vários cotistas que se formam, ano a ano, nas muitas universidades públicas no Brasil, que aderiram ao sistema de cotas. Porém, nesse discurso, um préconstruído o atravessa, com um sentido em que representa o negro como incapaz, impõe uma significação ideológica, que identifica e representa os negros cotistas como inferior, colocando, pois, em dúvida, evidentemente, à sua formação profissional nas universidades públicas, apena por ter ingressado via cotas raciais. Por outro lado, o discurso da incapacidade não é senão um feito ideológico ocasionado pela

21 interpelação da posição sujeito pela ideologia, de uma classe historicamente constituída, que quer manter a ordem do discurso, a naturalidade dos sentidos da realidade social, uma vez que, não é, necessariamente, a incapacidade do negro cotista que o impede estar no ensino superior, mas, as coerções, os discursos de exclusões sociais, que há século impedem o acesso de negros em lugares sociais. Seguimento esse mesma linha de argumentação o verbo relembrados, em (14) também no particípio passado e no plural, instaura várias cotistas, entretanto, não deixa de ser opaco, marca-se com suas pegadas na história dos sentidos ideológicos, pois relembrar pressupõe relembrar um acontecimento (AURÈLIO, 2005) que criou um efeito de sentido na posição sujeito, o que, de certa forma, trouxe à tona, com as cotas, sentidos referente à formação intelectual do negro e sua incapacidade intelectual. È como dizer, foi despedido de uma empresa porque curso uma universidade pelas cotas, ou mesmo, fez serviço de preto. São enunciados que estão no espaço da memória circulando, até ser retomado e reconfigurado, a fim de fazer parte de uma prática, como os famosos provérbios portugueses dos tempos da colonização, Um mau trabalhador culpa as ferramentas, O preto no branco, fala como gente em que muitos desses provérbios são reatulizados nos espaços sociais, de forma criar efeitos no discurso, sobre a questão do negro e do sistema de cotas na sociedade brasileira. Desse modo, essas redes de sentidos, tanto aquela que se referem aos efeitos dos verbos, vistos e relembrados, ou mesmo aqueles que referem à incapacidade do negro, são efeito de sentido que a posição sujeito instaura para desestabilizar o sentido de direito, aumentar representação de nos espaços onde sua participação senão escassa está, portanto, chegando perto desse valor. Considerações Finais Nas discussões em torno da reserva de vagas para negros em universidades públicas o discurso acadêmico, mais precisamente, o discurso do não-negro se coloca nos espaços universitários a discursivizar, as cotas de um posição acadêmica historicamente constituída, por dizeres, já significados e já formulados, o que significa, quando se pautam a enunciar contra as cotas, o fazem de um posição ideológica mobilizando sentidos, práticas discursiva, como o discurso da inferioridade do negro cotista e o da incapacidade de

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