ar, Poder Judiciário Tribunal de Justiça da Paraíba Gabinete do Desembargador Jorge Ribeiro Nábrega

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1 :._ * 190\' ar, Poder Judiciário Tribunal de Justiça da Paraíba Gabinete do Desembargador Jorge Ribeiro Nábrega ACÓRDÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO N Oriundo a 8a Vara Cível da Comarca da Capital AGRAVANTE : Banco ABN AMRO Real S/A ADVOGADO : João Aberto da Cunha Filho AGRAVADO : Eurivaldo Alexandrino Primo ADVOGADA : Mirlene Carvalho Lucena de Brito 41' s PROCESSO CIVIL Agravo de Instrumento Ação de Busca e Apreensão Devedor que ao ser citado efetuou a purgação da mora Ausência de decisão ordenando abertura de conta é efetivação do depósito Inadequação da via eleita pelo agravante à discussão da matéria pertinente ao valor depositado Não conhecimento do recurso. 10 Se o Juízo não determinou a abertura de conta judicial para a efetivação do depósito pertinente à purgação da mora, tendo sido a iniciativa do próprio devedor, uma vez executada a liminar de busca e apreensão, pagando a integralidade da dívida pendente, não há que se falar em decisão, e ainda, passível ser atacada via agravo de instrumento, daí o não conhecimento do recurso. V ISTOS, relatados e discutidos os autos acima referenciados. ACORDAM, em Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, na conformidade do voto do relator e da súmula de julgamento de fls. 64, por votação unânime, ÃO CONHECER DO RECURSO.

2 RELATÓRIO Tratase de Agravo de Instrumento interposto pelo BANCO ABN AMRO REAL S/A contra EURIVALDO ALEXANDRINO PRIMO com objetivo de questionar despacho prolatado pelo Juízo da 8 a Vara Chiei da Comarca da Capital, nos autos da Ação de Busca e Apreensão. Sustenta o agravante que o comando judicial, cujo conteúdo foi no sentido de determinar a abertura de conta judicial para ocorresse o depósito pertinente ao montante pleiteado pelo demandante, referiuse a um valor menor tendo em vista ao postulado na exordial, daí por que requer o pagamento do quantum especificado em documento colacionado na exordial integralmente. No despacho inicial, reserveime no direito de apreciar a liminar depois de prestadas as informações pelo Juiz a quo, o que ocorreu às fls. 44, tendo sido indeferida a medida (fls. 46/48). Nas contrarazões, o agravado pleiteia o não conhecimento do vertente recurso, ao argumento de que a decisão hostilizada não é atacável por meio de agravo e, no mérito, afirma ter efetivado o depósito no valor especificado na exordial, postulando pelo desprovimento do recurso (fls. 51/56). Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recolhido o preparo (fls.35), subiram os autos à apreciação desta Corte, tendo a douta Procuradoria de Justiça opinado pela sua não intervenção no feito, em razão da ausência de interesse público, consoante "recomendação PGJ N 01/2004" (fls. 59/61). Em síntese, é o relatório. VOTO: EXMO. SR. DES. JORGE RIBEIRO NOBREGA(RELATOR) Por ocasião das contrarazões, disse o agravado que o comando judicial vergastado não pode ser discutido por meio de agravo de instrumento, ao fundamento de que não é decisão interlocutória, razão por que pleiteia o não conhecimento da vertente irresignação. Ocorre que não se trata, na espécie, de decisão, como alega o recorrido, e muito menos, como pretende o recorrente. Inferese dos autos, e mais precisamente, do despacho de fls. 23, que ali o Magistrado singular deferiu o pedido liminar de busca e apreensão do veículo, ordenando a citação do devedor, para requerer a purgação da mora, nos termos do disposto no 1 do art. 3 do DecretoLei n 911/69 (LAF). Ora, não foi com relação ao despacho inicial, que até se reveste de caráter de decisão interlocutória, que o agravante se insurgiu, e sim, com relação à determinação de abertura de conta para o depósito, que, como bem disse o Juiz singular, nunca existiu, in verbis: "O agravante, Banco ABN ~O Real S/A, inconformado com uma suposta decisão que determinou a abertura de conta judicial e da que liberou o veículo objeto do contrato de financiamento, nos autos da Ação de Isca e Apreensão que litiga com Eurivaldo

3 Alexandrino Primo, postula a sua reforma ao argumento de que a purgação da mora se deu em valor inferior ao devido e que não foi regularmente intimado sobre a oferta. Pois bem. De logo, cumpre salientar que o Juízo não determinou a abertura de conta judicial alguma. O devedor/agravado, uma vez executada a liminar e realizada a citação, efetuou, por conta própria, a purgação da mora, pagando a integralidade da dívida pendente, de acordo com o valor apresentado na inicial, a teor do art. 3, 1 a 3 0, do DecretoLei n 911/69, com a redação dada pela Lei n /2004. Assim, enquanto o mandado de busca e apreensão foi juntado aos autos, devidamente cumprido, em data de , o agravado, através do comprovante de fls. 23, purgou a mora em , ou seja, quando o qüinqüídio não havia sequer iniciado. Ademais, se o agravante apresentou planilha onde consta valor superior ao depositado, não pode imputar ao devedor qualquer culpa por ter, eventualmente, purgado a mora em quantum inferior, pois a inicial informa que a dívida imporia em R conforme valor atribuído à causa, e não em R$ 3.860,45. Ora, se o promovido observou o prazo, a forma de pagamento e o valor perseguido na inicial, não havia outro caminho, s.m.j., senão liberar o veiculo, então apreendido, a seu favor". (GRIFAMOS) De acordo com a legislação aplicada à espécie, vislumbrase no 2 do art. 3 do Decreto Lei 911/69 (LAF), com a nova redação dada pela Lei N , de 2004, que o bem será restituído ao interessado, após o pagamento da dívida pendente, conforme o valores apresentados na exordial, in verbis: " 22 No prazo do 1 2, o devedor jiduciante poderá pagar a integralidade da divida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus. [Redação dada pela Lei , de 2004)" Ora, se o Juízo não determinou a abertura de conta judicial para a efetivação do depósito pertinente à purgação da mora, tendo sido a iniciativa do próprio devedor, uma vez executada a liminar de busca e apreensão, pagando a integralidade da dívida pendente, não há que se falar em decisão, e ainda, passível de ser atacada via agravo de instrumento, daí o não conhecimento do recurso. Com estas considerações, NÃO CONHEÇO DO RECURSO. A douta Procuradoria de Justiça, em Parecer de fls. 59/61, opinou, em razão de ausência de interesse público, pela sua não intervenção no feito, consoante "Recomendação PGJ N 01/2004" É o meu voto. Presidiu o julgamento o Exmo. Des. José Rodrigues de Ataide, com voto. Dele participando, além de mim Relator, o EXMQ Josivaldo Félix de Oliveira, Juiz de

4 Direito convocado. Presente o Exmo. Dr. Arlan Costa Barbosa, Promotor de % Justiça convocado. Sala de Sessões da Egrégia Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado d 'araib. em 05 de maio de Des. J9 Sibeiro Nó.,e I a t X X's

5 TRIBUNAL DE JUSTIÇí, Coordecadoitt Ja,: :. 2iji ria Regtstrade em p.t., 05; 05"