A Geologia no litoral do Alentejo

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1 A Geologia no litoral do Alentejo Manuel Francisco Pereira (Prof. Auxiliar da Universidade de Évora) Carlos Ribeiro (Prof. Auxiliar da Universidade de Évora) Cristina Gama (Prof.ª Auxiliar da Universidade de Évora) Departamento de Geociências, Centro de Geofísica de Évora O litoral do Alentejo, que se estende desde a península de Tróia a Odeceixe, apresenta uma grande variedade de rochas sedimentares e ígneas que representam cerca de 380 milhões de anos da história da Terra. Neste importante património geológico estão preservadas etapas do desenvolvimento de bacias sedimentares com magmatismo associado, distribuídas por três Eras do Fanerozóico (v.g. Carta Geológica de Portugal, folha sul, escala 1/ Serviços Geológicos de Portugal, 1992; Noticia Explicativa da folha 7, escala 1/ , Carta Geológica de Portugal, Serviços Geológicos de Portugal, 1984): Paleozóico (Devónico superior Carbónico inferior, ~ milhões de anos): etapas de formação do supercontinente Pangea; Mesozóico (Triásico-Jurássico superior, ~ milhões de anos): processos de fragmentação do supercontinente Pangea e abertura do Oceano Atlântico; e, Cenozóico (Paleogénico- Neogénico, < 65 milhões de anos): evolução da margem continental Atlântica da Península Ibérica. 1

2 Figura 1 - Mapa esquemático com a geologia do litoral Alentejano (adaptado de Carta Geológica de Portugal, folha sul, escala 1/ Serviços Geológicos de Portugal, 1992) As rochas que aqui afloram ao longo deste litoral mostram os efeitos de diferentes tensões que deformaram e ainda deformam a crosta continental, como consequência do movimento à escala global das placas litosféricas (tectónica de placas). No registo geológico gravado nestas rochas existe uma grande variedade de estruturas primárias que traduzem os processos sedimentares e ígneos que as originaram e também estruturas secundárias resultantes da deformação que sofreram. Paleozóico (Devónico superior Carbónico inferior, ~ milhões de anos): etapas de formação do supercontinente Pangea As rochas mais antigas que estão expostas neste litoral do Alentejo surgem perto de Melides na Serra de Grândola representadas por sedimentos e rochas vulcânicas pertencentes à Faixa Piritosa (subdivisão da Zona Sul-Portuguesa, ZSP). Da base para o topo temos uma sequência estratigráfica constituída por pelitos e arenitos do Devónico superior (PQ), um complexo vulcano-sedimentar constituído por tufos (incluindo os xistos borra de vinho ) e filões camada, essencialmente félsicos (VS) e por fim, espessos turbiditos representados por alternâncias de grauvaques, conglomerados e pelitos (Culm), do Carbónico inferior. O VS, também representado perto de Grândola, surge em extenso afloramento que se estende de Porto Covo a perto de Odemira, passando pelo Cercal, S. Luís e Vila Nova de Milfontes. Aqui para além de tufos felsicos, riolitos, pelitos e jaspes do VS também se observam diabases e tufos intermédios-máficos. Em Odemira, estratigraficamente sobreposto a este magmatismo, surge uma sequência monótona e espessa de turbiditos do Carbónico inferior a superior (Culm). Em S. Teotónio e estendendo-se para a linha costeira entre o Cabo Sardão e Odeceixe, incluindo também uma estreita faixa entre Vila Nova de Milfontes e Odemira, aflora uma espessa sequência monótona com repetições de pelitos e grauvaques (turbiditos) do Culm. 2

3 Figura 2 - Sequência monótona de pelitos e grauvaques (Culm; Carbônico ~320 milhões de anos) afectada por dobramento que provoca rotação dos planos de estratificação que estariam originalmente subhorizontais (Lapa das Pombas, Almograve) A evolução paleogeográfica do Devónico superior-carbónico (~ milhões de anos) para esta bacia sedimentar pode ser idealizada considerando várias etapas de desenvolvimento da margem continental de Gondwana: (1) Devónico superior (~ 370 milhões de anos) com a deposição de espessa sequência de arenitos e pelitos (PQ) num ambiente sedimentar de plataforma marinha superficial siliciclástica estável; esta teria sido posteriormente afectada por instabilidade tectónica e consequente compartimentação por rotura da plataforma, movimento de blocos e formação de relevos (deposição de barras, debris flows, cones deltaicos e construções carbonatadas); (2) Carbónico inferior (~ milhões de anos) com intensa actividade magmática e deposição de um volumoso complexo vulcano-sedimentar com sulfuretos maciços (Mina do Cercal) associados onde surgiriam piroclastos, escoadas e intrusões subvulcânicas (VS); (3) Carbónico inferior-superior (~ milhões de anos) com erosão das sequências anteriores e deposição de espessas e monótonas sequências de turbiditos, formação de escorregamentos por gravidade e, ainda, deposição litoral e de plataforma superficial (Culm). Esta sequência estratigráfica foi no Carbónico superior afectada pelo movimento de placas litosféricas que conduziram à colisão continental entre os continentes Gondwana e Laurussia (orogenia Alleganiana- Varisca), à formação da Pangea e à inversão tectónica da bacia sedimentar da ZSP. Em consequência do encurtamento as rochas foram deformadas, gerando-se dobramentos e fracturação. Desta forma, os planos de estratificação sofreram rotações (por vezes apresentando-se invertidos) descrevendo dobras a todas as escalas de observação, desenvolveram-se planos de clivagem e nalguns casos, os problemas de espaço geraram falhas. 3

4 Mesozóico (Triásico-Jurássico superior, ~ milhões de anos): processos de fragmentação do supercontinente Pangea e abertura do Oceano Atlântico As rochas sedimentares e magmáticas do Mesozóico que estão expostas no Litoral Alentejano (em Sines) são um prolongamento da sequência que aflora entre Santiago do Cacém e Grândola, incluindo o alinhamento montanhoso da Serra de Grândola, e que inclui evaporitos, margas, arenitos, basaltos, dolomitos e calcários. No Cabo de Sines afloram rochas magmáticas do Cretácico (~ ? milhões de anos) essencialmente gabros (Fig.3), dioritos, sienitos, doleritos, basaltos e traquitos) e rochas sedimentares do Jurássico superior (~ milhões de anos) calcários fossilíferos, calcários margosos, calcários detríticos e margas) sobre as quais se depositaram, em discordância, depósitos sedimentares do Plio-Quaternário (< 5 milhões de anos). Figura 3 - Rede de diques félsicos (sienitos) em rochas máficas plutónicas (gabros de Sines; Cretácico milhões de anos?) Cenozóico (Paleogénico-Neogénico, < 65 milhões de anos): evolução da margem continental Atlântica da Península Ibérica Entre a Península de Tróia e o Cabo de Sines, as arribas estão representadas por sequências sedimentares fluvio-marinhas essencialmente detríticas do Miocénico (~ 23-5 milhões de anos; areias silto-argilosas, argilas, arenitos lumachélicos e calcários) e do Plio-Plistocénico (~ 5 milhões anos areias finas a grosseiras, com níveis de cascalheiras, argilas e com crostas ferruginosas). Ao longo do arco litoral de 4

5 Tróia-Sines (Fig.4) observam-se ainda dunas atribuídas ao Holocénico (< anos, areias médias a finas) e depósitos de areia de praia (areias finas a muito grosseiras com fragmentos de conchas) que contactam com os cones de dejecção no sopé das arribas (formadas por areias finas a grosseiras com seixos) e das linhas de água que aí desaguam (aluviões). Os afloramentos do Cenozóico pertencentes à Bacia do Sado estendem-se ao longo de uma faixa contínua entre Sines e Odeceixe. Entre Odemira e Odeceixe, passando por S. Teotónio, observam-se afloramentos do Pliocénico mais antigo limitados a noroeste pela falha de Messejana, constituídos por sequências de argilas, margas, calcários, areias e cascalheiras que se encontram discordantes sobre as rochas mais antigas do Carbónico. A passagem do Neogénico ao Plistocénico (Quaternário) é, sem dúvida, o intervalo de tempo mais bem representado ao longo do litoral, com afloramentos de areias, arenitos e cascalheiras expostos no topo das arribas rochosas que se estendem desde Sines, passando por Vila Nova de Milfontes e Odeceixe. O Plistocénico mais recente aflora em Sines e Sagres, sendo constituído essencialmente por terraços fluviais e depósitos de vertente. O Holocénico (Quaternário) está representado por aluviões modernos em Sines, Vila Nova de Milfontes e Odeceixe, e ainda por dunas, areias de dunas e de praia. A importância de movimentações tectónicas recentes (Neotectónica) é demonstrada no Litoral Alentejano pelo desenvolvimento de sistemas de falhas e consequente basculamento de blocos que controlam o traçado das linhas de água e compartimentam a cobertura sedimentar Holocénica. Figura 4- Praia arenosa e dunas Holocenicas com arribas constituidas por depositos siliciclasticos Plio- Plistocenicos e, ainda alguns afloramentos de calcários do Jurássico superior que afloram na face da praia (Praia do Norte; norte do Cabo de Sines) 5

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