UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA THAÍS COSTA GONZALEZ

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA THAÍS COSTA GONZALEZ AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO CORPORAL ATRAVÉS DA CORRELAÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO POSTURAL E O TESTE DE ASKEVOLD CASCAVEL 2005

2 TERMO DE APROVAÇÃO THAÍS COSTA GONZALEZ AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO CORPORAL ATRAVÉS DA CORRELAÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO POSTURAL E O TESTE DE ASKEVOLD Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Profº Eduardo Alexandre Loth Coordenador do Curso BANCA EXAMINADORA Orientador(a) Prof a Keila Okuda Tavares Colegiado de Fisioterapia - UNIOESTE Profª (Mestre) Karen Andréa Comparin Colegiado de Fisioterapia UNIOESTE Prof o Carlos Eduardo de Albuquerque Colegiado de Fisioterapia- UNIOESTE Cascavel, 22 novembro de 2005

3 DEDICATÓRIA Aos meus pais Alcides e Cecília

4 AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus que sempre esteve (e está) junto de mim, me protegendo e abrindo todas as janelas necessárias para me ajudar na caminhada. Agradeço aos meus pais, Alcides e Celília, que não apenas possibilitaram minha vinda ao mundo, mas que desde então sempre estiveram ao meu lado, me mostrando o caminho, me apoiando em minhas escolhas e me oferecendo todo o suporte necessário para eu realizar meus sonhos. Aos meus irmãos, Aline e Rodrigo, pelo amor, pela amizade e pela cumplicidade. À vovó Diva e à vovó Lourdes pelas orações. À toda família Costa e à família Gonzalez pela torcida. Aos amigos que deixei em Maringá, ou em algum outro lugar, que apesar da distância sempre estiveram presentes em minha vida. Aos amigos que eu fiz em Cascavel, que me ajudaram a ter forças para continuar. Que me proporcionaram amizades intensas em um período tão curto da minha vida, em especial: Vinícius meu amigo/irmão. Carla por sempre estar comigo na mesma empreitada. Sheila por alegrar, inclusive, os momentos difíceis. Pinetti companheira de aventuras (coincidência???). Bia por nunca negar uma festa. Cássius que esteve ao meu lado na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, te amo narigudo feio e bobo... O amor mais amigo que me apareceu. Agradeço ao Carlos que deixou de ser, apenas, um professor para se tornar também um amigo. E por ter aberto às portas de sua casa à mim e aos meus amigos, proporcionando momentos de desestresse durante esse ano. Esse agradecimento se estende à Marta sua esposa e à toda família. Por fim, agradeço à Keila que além de orientadora desse trabalho, foi a pessoa que me deu a luz para que eu escolhesse esse assunto.

5 RESUMO A partir dos sentidos o ser humano é capaz de organizar e interpretar estímulos vindos do ambiente e de seu próprio corpo. A percepção é o que dá significado a essas informações sensoriais. Ela não está relacionada à consciência, não depende da vontade do indivíduo e nem é apenas a integração dos sentidos. É a simultaneidade e indivisibilidade de todos os sentidos que vem carregada de emoções. O objetivo desse estudo foi descobrir a simetria entre pontos corporais verificados através da comparação de uma avaliação postural e uma avaliação da percepção corporal. Além disso, foi aplicado um questionário contendo perguntas sobre fatores que poderiam influenciar tanto a postura quanto a percepção corporal, já que estas se relacionam. A amostra do estudo foi composta por acadêmicos do último ano do curso de Fisioterapia da Unioeste de ambos os sexos, com idade entre 21 e 25 anos. Mesmo a amostra sendo composta por indivíduos normais, com seus sistemas fisiológicos responsáveis pela percepção, atuando de forma adequada e semelhante, todos os participantes apresentaram alterações em sua percepção corporal. Por meio do questionário foi possível atentar para os fatores que provavelmente exercem influência sobre ela. Conclui-se que a adequada funcionalidade dos sentidos, não assegura uma percepção normal. Palavras-chave: postura; percepção corporal; imagem corporal

6 ABSTRACT From the directions the human being is capable to organize and to interpret come stimulatons of the environment and its proper body. The perception is what it gives meant to these sensorial information. The perception is not related to the conscience, it does not depend on the will of the individual and nor is only the integration of the directions. It is the concurrence and indivisibility of all the directions that come loaded of emotions. The objective of this study was to discover the symmetry between corporal points verified through the comparison of a postural evaluation and an evaluation of the corporal perception. Moreover, a questionnaire was applied contends questions on factors that could influence the position in such a way how much the corporal perception, since these if relate. The sample of the study was composed for academics of the course of Fisioterapia of the Unioeste, exactly the sample being composed for "normal" individuals, with its responsible physiological systems for the perception, acting of adequate form and similar, all the participants had presented alterations in its corporal perception. By means of the questionnaire it was possible to attempt against for the factors that probably exert influence on it. Knowing that the adjusted functionality of the "directions", does not assure a normal perception. Key words: Posture; corporal perception; corporal image.

7 SUMÁRIO Orientador(a) Profa Keila Okuda Tavares...2 Colegiado de Fisioterapia - UNIOESTE... 2 LISTA DE FIGURAS... 8 LISTA DE TABELAS INTRODUÇÃO Justificativa Objetivo FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Postura Ajustes Posturais Percepção Os Sentidos Visão Audição Tato Percepção dos Sentidos Percepção Corporal Imagem Corporal Tratamento METODOLOGIA Análise Dos Dados Resultados DISCUSSÃO CONCLUSÃO...59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...65

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Esquema demonstrando as estruturas responsáveis pela visão...25 Figura 2 Estruturas Externas e Internas...29 Figura 3 Ouvido Interno Figura 4 Movimentação da Endolinfa... 33

9 LISTA DE TABELAS Orientador(a) Profa Keila Okuda Tavares...2 Colegiado de Fisioterapia - UNIOESTE... 2 Profo Carlos Eduardo de Albuquerque...2 LISTA DE FIGURAS... 8 LISTA DE TABELAS INTRODUÇÃO Justificativa Objetivo FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Postura Ajustes Posturais Percepção Os Sentidos Visão Audição Tato Percepção dos Sentidos Percepção Corporal Imagem Corporal Tratamento METODOLOGIA Análise Dos Dados Resultados...52 Tabela 1- Relação entre pontos simétricos e número de pessoas...52 Tabela 2- relação entre pontos simétricos, andiedade, depressão, distúrbio do sono e dor Tabela 3- Relação entre pontos simétricos, relacionamento, atividade física e terapia corporal...55 Tabela 4- Relação entre número de regiões acometidas pela dor, intensidade média da dor, número de pessoas e pontos simétricos DISCUSSÃO CONCLUSÃO...59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...65 Assinatura:...66

10 1 INTRODUÇÃO O termo postura pode ser definido como sendo a posição ereta adotada pelo ser humano em perfeito equilíbrio com a ação da gravidade, gastando o mínimo de energia possível. Esse baixo gasto energético é decorrente de uma menor sobrecarga articular que, por sua vez, determina uma atividade muscular menos intensa. Além disso, ela pode ser entendida também, como sendo uma posição mantida de maneira automática e espontânea, ou ainda, pode ser simplesmente considerada a forma como um determinado indivíduo sustenta seu corpo, cada um com sua maneira característica. Segundo Enoka (2000), a postura é uma resposta neuromecânica que se relaciona com a manutenção da estabilidade músculo-esquelética. Gagey e Weber (2000) afirmam que, a expressão para o mundo exterior se dá, não apenas, através das mímicas manuais e faciais, mas também, através da disposição corporal no seu conjunto. Sendo assim, fica claro que a postura também está intimamente ligada à vida emocional. Segundo Bienfait (1995), a coluna vertebral é o ponto chave da sustentação e equilíbrio do corpo juntamente com a musculatura paravertebral. Esses músculos se encontram em contração permanente, mantida por uma função reflexa de atuação ininterrupta, que estabelece o tônus postural. É a ele, que devemos a manutenção da posição ereta, a sustentação dos segmentos

11 pendulares, as reações de adaptação estática inconsciente de equilíbrio. Esse tônus antigravitacional depende diretamente de proprioceptores, para apresentar um funcionamento adequado. Os proprioceptores são estruturas destinadas a receber determinadas informações e transmiti-las ao Sistema Nervoso Central. Dentre eles pode-se citar: as terminações sensoriais nas cápsulas articulares e ligamentos; os receptores na pele e tecidos profundos, próximos às articulações; os fusos musculares, que detectam o alongamento muscular. Por meio destes receptores, o corpo é capaz de apresentar a propriocepção, ou seja, a sensibilidade que fornece informações sobre as atividades sinestésicas e posturais próprias do corpo humano. As sensações proprioceptivas estão diretamente relacionadas ao estado físico do corpo. Isso inclui as sensações de posição e equilíbrio provenientes de tendões, músculos e articulações. Os estímulos externos influenciam todos sentidos e isso inclui nosso sentido proprioceptivo. Quanto maior o número de estímulos que um indivíduo vivencia, mais treinados estarão seus receptores e sua musculatura. Sendo assim, as respostas aos movimentos, às situações de desequilíbrio e mesmo à posição estática, serão mais rápidas, mais eficazes e específicas, quanto mais estímulos sofrer determinado indivíduo (KNUDSON e MORRISON, 2001). Sabe-se que a propriocepção é apenas um dos vários sentidos que o homem possui, dentre os quais, pode-se citar a visão, a audição e o tato. Cada um desses, fornecem informações específicas. Sendo assim, o sentido proprioceptivo sinestésico, é mais eficiente em transmitir informações sobre força, quando se comparado a outros sentidos como a audição, ou a visão. No

12 entanto, quando se trata de reunir informações temporais, a audição exerce papel preponderante. Assim como, a visão é muito importante quando se trata de informações espaciais. Apesar da especificidade de cada sentido, é imprescindível a integração entre eles, para que a percepção se faça possível. Deve-se ter em mente, que os sentidos fornecem mais que simples informações gerais, por meio da visão, audição, sinestesia e toque. Eles podem mostrar a qualidade das formas que interpretam, para fornecerem informações bastante específicas sobre o que está acontecendo no ambiente e no próprio corpo (KNUDSON e MORRISON, 2001). A consciência do corpo no espaço, a percepção corporal e a relação existente entre corpo e ambiente estão intimamente ligadas aos sentidos. A percepção não é uma ciência do mundo, não é nem mesmo um ato, uma tomada de posição deliberada; ela é o fundo sobre o qual todos os atos se destacam e ela é pressuposta por eles (MERLEAU-PONTY, 1994). A percepção não está relacionada à consciência, não depende da vontade do indivíduo e nem é, apenas, a integração dos sentidos. Ela é a simultaneidade e indivisibilidade de todos os sentidos, além de vir carregada de emoções. Dentro desse contexto, é importante compreender que nós somos o nosso corpo, como afirma Keleman (1994). Deve-se entender, então, corpo/mente, espírito/matéria, como sendo uma unidade, não a dualidade que é pregada culturalmente. Desse ponto de vista, fica mais claro compreender que a percepção depende de estruturas físicas, das sensações e também, depende da individualidade de cada um. Nota-se aqui, a importância que existe em se destacar que o homem é uma unidade e que, ter uma visão somente psicológica do ser humano faz transparecer que ele é um simples habitante de seu próprio corpo.

13 No entanto, segundo Bakhtin (2000), cada indivíduo é dotado de um corpo interior, que faz parte da nossa autoconsciência, com sensações orgânicas internas e diversas, de necessidades e desejos. E também do corpo exterior, que é aquele que serve de objeto para quem observa, visualiza e percebe. Estes corpos são diferenciados pelo que representam, mas se unem para formar um todo, onde os aspectos físicos e a expressividade são vividos pelo corpo interno, e as sensações externas captadas pelo corpo externo, estando intimamente ligado à percepção interna. Isso significa que, experiências e sensações, tanto internas quanto externas, se mesclam, existindo uma interdependência entre elas. Sendo assim, não é possível que o homem expresse seu próprio corpo como um objeto, completamente, externo. Ele somente será capaz de se expressar, de se situar no espaço, se considerar todas as sensações e emoções, enfim, tudo que já experienciou, através dos mais diversos artifícios que dispõe para isso. Segundo Tavares (2003), ao produto da transposição psíquica da percepção de um objeto, interno ou externo, dá-se o nome de imagem. E é a imagem que nos permite manipular qualquer objeto, sem que ele esteja presente. No entanto, a imagem que um indivíduo faz em relação a outro indivíduo, não coincide à imagem que esse segundo indivíduo tem de si mesmo. Isso se deve ao fato da imagem corporal não estar ligada apenas aos órgãos do sentido, mas também, à percepção interna da autoconsciência. Essa imagem corporal é definida, segundo Tavares (2003), como sendo todas as maneiras que um indivíduo pode se valer, para experienciar e conceituar seu próprio corpo. É comum a associação do termo imagem corporal apenas à imagem visual do corpo, mas, ela deve ser compreendida como sendo um fenômeno singular, estruturado no contexto da experiência existencial e individual do ser humano, dentro de um universo onde as imagens

14 corporais se inter-relacionam. Essa imagem corporal sofre influência de fatores sensoriais, processo de desenvolvimento e aspectos psicodinâmicos (TAVARES, 2003). 1.1 Justificativa Ao realizar uma avaliação postural e também uma avaliação da percepção corporal e comparar as informações colhidas, é possível que se tenha uma idéia sobre a percepção corporal do indivíduo e também sobre a maneira como esse mesmo indivíduo está exteriorizando essa percepção (postura) que, dentre outros fatores, é influenciada pela imagem que faz de si mesmo. Sabendo-se que os aspectos físicos influenciam comportamentos psicológicos e que o contrário também é verdadeiro, torna-se perfeitamente clara a importância dessas avaliações. As informações que elas transmitem, são fundamentais para se estabelecer um tratamento específico e adequado a cada indivíduo. Tratamento esse, capaz de respeitar a individualidade das experiências vividas, das sensações, emoções. Respeitar o ser humano como o todo que é. 1.2 Objetivo Esse trabalho teve por objetivo, comparar os resultados de uma avaliação postural aos resultados de uma avaliação da percepção corporal, ambas realizadas em um mesmo indivíduo, a fim de descobrir quais as equivalências e discrepâncias entre elas. Ou seja, saber, se o indivíduo é

15 capaz de perceber suas simetrias e assimetrias para considerá-lo tendo uma percepção corporal satisfatória ou não.

16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Postura O termo postura pode ser entendido como uma posição otimizada, mantida com características automática e espontânea, de um organismo em perfeita harmonia com a gravidade. Além disso, pode também ser considerado o conjunto de relações existentes entre um organismo como um todo, e o ambiente que o cerca (TRIBSTONE, 2001). A postura correta é a posição na qual um mínimo estresse é aplicado em cada articulação. Assim, será necessária mínima atividade muscular para manter esta posição. Qualquer posição que aumente o estresse sobre as articulações pode ser denominada postura defeituosa. Se um indivíduo possuir músculos fortes e flexíveis, as articulações adquirem capacidade de mudar de posição facilmente, não permitindo que os estresses se tornem excessivos. Se as articulações forem rígidas, ou os músculos forem fracos ou encurtados, a postura não pode ser facilmente alterada para o alinhamento correto, ocasionando estresses (MAGEE, 2002). Uma outra definição de postura, a considera uma posição ou atitude do corpo, um arranjo relativo das partes do corpo para uma atividade específica, ou uma maneira característica

17 de alguém sustentar seu corpo (KISNER e COLBY, 1998). Para Kendal (1998), postura é a posição do corpo que envolve o mínimo de sobrecarga das estruturas, com o menor gasto de energia, para o máximo de eficiência na utilização do mesmo. De acordo com Enoka (2000), postura é uma resposta neuromecânica que se relaciona com a manutenção do equilíbrio e tem como objetivo a manutenção da estabilidade músculo-esquelética. Não existe uma só postura correta para todos os indivíduos. Para cada pessoa a melhor postura é aquela em que os segmentos corporais estão equilibrados na posição de menor esforço e máxima sustentação. Pode-se afirmar também que a melhor postura é aquela que preenche todas as necessidades do aparelho locomotor, permitindo que o indivíduo mantenha a posição ereta com esforço muscular mínimo (LIANZA, 2001). Então, sendo a postura uma posição que visa, entre outros fatores, o menor gasto energético, Bienfait (1995), afirma que cada indivíduo adota uma postura distinta que pode ser influenciada por fatores estruturais, o que significa dizer que, ela pode ser alterada, por exemplo, em decorrência a uma frouxidão ligamentar, a uma má formação óssea, retesamento fascial e musculotendíneo, tônus muscular, ângulo pélvico, posição e mobilidade das articulações, aferências e eferências neurogênicas. Como também pode ser influenciada por fatores posicionais, relacionados aos hábitos posturais do indivíduo. A coluna vertebral sendo o eixo do corpo, tem importante papel no que diz respeito à postura. Ela deve conciliar dois imperativos mecânicos contraditórios, que são a rigidez e a flexibilidade. A flexibilidade do eixo vertebral se dá em decorrência à sua configuração por múltiplas peças superpostas, unidas entre si por elementos ligamentares e musculares. Deste modo, esta estrutura pode deformar-se apesar de permanecer rígida sob a influência dos tensores

18 musculares (KAPANDJI, 2000). A coluna possui curvaturas que servem para a absorção de choques e para a diminuição da constante pressão exercida sobre o esqueleto durante todo o dia e em todas as atividades realizadas pelos indivíduos (CASTRO; NUNES e SILVA, 2000). Pode-se comparar a coluna vertebral a um mastro de navio que estaria apoiado na pelve, com uma verga transversal na sua porção superior, representando a cintura escapular. Em cada nível da coluna, existem tensores ligamentares e musculares dispostos como se fossem maromas, unindo o mastro à sua base de implantação, a pelve. Na cintura escapular encontra-se um segundo sistema de maromas, que constitui um losango de eixo vertical maior e de eixo transversal menor. Na posição simétrica, as tensões estão equilibradas em ambos os lados e o mastro é vertical e retilíneo (KAPANDI, 2000). A maneira com que o corpo humano se expressa, em função de sua solicitação cotidiana, possibilita um equilíbrio harmonioso, com pouca sobrecarga das estruturas corporais. No entanto, deve-se compreender que, a cada atitude, o corpo pode adotar uma boa ou má postura e sendo assim, a relação de sobrecarga articular pode se alterar e se tornar até prejudicial. Dessa forma, a boa postura se dá em função do comportamento adequado e para isso, deve-se estabelecer uma relação que possibilite ao indivíduo estar sempre promovendo o endireitamento e equilíbrio, conseguidos pelo arranjo relativo das partes do corpo. A má postura caracteriza-se por relações inadequadas entre as partes do corpo, o que produz diferenciados níveis de pressão sobre as estruturas de suporte, podendo inclusive gerar lesões (CASTRO; NUNES e SILVA, 2000). O corpo do ser humano é estruturado de maneira que os segmentos se dispõem empilhados, uns sobre os outros. A estabilização postural se dá através do equilíbrio entre os

19 segmentos e isso significa que para que um indivíduo consiga manter uma determinada postura, é necessário que cada segmento de seu corpo esteja em equilíbrio com o segmento adjacente. Esse empilhamento, ocasiona um processo de equilíbrio ascendente sustentado pela musculatura tônica, também chamada musculatura postural, contando com o auxílio de ligamentos, cápsulas articulares, ossos, tendões. Um outro fator importante de se destacar, é que essa musculatura além de estabilizar e promover o equilíbrio entre os segmentos, deve também ser capaz de controlar os desequilíbrios, tanto os necessários para a realização de movimentos, quanto os que realmente comprometem a harmonia postural e exigem reações para o retorno ao equilíbrio previamente estabelecido (BIENFAIT, 1995) Ajustes Posturais A coluna vertebral é o ponto chave da sustentação e equilíbrio do corpo juntamente com a musculatura paravertebral. Esses músculos são classificados como antigravitacionais (BIENFAIT, 1995). Segundo Feldenkrais (1977), não temos consciência da contração, permanente, realizada por essa musculatura e sua ação é percebida, apenas, quando a tentamos interromper ou quando sobrecarregamos sua função. A contração permanente que acontece nesses músculos não é registrada por nossos sensores, isso significa que os impulsos elétricos, que provém de diferentes fontes dentro do Sistema Nervoso Central, combinam-se complexamente, sendo que uma parte desses impulsos é responsável por produzir ação deliberada, enquanto outra parte controla a contração dos músculos antigravitacionais até que sua ação vença a força da gravidade.

20 A postura ereta, estática e dinâmica, resulta do equilíbrio entre as forças que agem no centro de gravidade, e as forças dos grupos musculares antigravitacionais que se contraem e atuam em sentido contrário. A atitude ereta estática com apoio bípede, necessita de constante controle e permanente adaptação das estruturas músculo-esqueléticas (LIANZA, 2001). Segundo Enoka (2000) o controle da postura é uma característica adaptável do sistema motor que se baseia na integração dos impulsos aferentes e eferentes. Estes ajustes posturais são influenciados pelas partes do corpo que estão em contato com o meio ambiente, como por exemplo, quando um indivíduo está em pé a resposta a uma perturbação é iniciada pelos músculos das pernas, mas se as mãos fornecem apoio, a resposta é iniciada pelos músculos dos braços. Sendo assim, considera-se sensitiva e induzida pela gravidade, todas as contrações que equilibram a postura. Dessa forma, pode-se dizer que o trabalho postural educa as sensações, já que o sistema muscular é o fiel executor dos impulsos motores, sendo estimulado pelas sensações da gravidade. A regulação automática e perfeita da postura do indivíduo, baseia-se essencialmente na elaboração das informações provenientes dos receptores (TRIBASTONE, 2001). Os receptores que estão nos tecidos derivados do ectoderma embrionário, situados na superfície externa do corpo, são os chamados exteroceptores. Estes são sensíveis a estímulos do ambiente externo. Pode-se citar como exemplo os mecanoceptores, termoceptores, nociceptores cutâneos, receptor auditivo, receptores de equilíbrio, fotoceptores (KANDEL,1995). Eles têm a função fornecer informações para o indivíduo situar-se em relação ao mundo, já que são sensíveis à força da gravidade e às acelerações lineares e angulares, cujas informações são

21 moduladas no nível dos núcleos vestibulares. Sendo assim, estes sinais contribuem para a manutenção do tônus postural, para a orientação antigravitacional do corpo e na origem de reações rápidas às acelerações. Essas reações rápidas visam a estabilização da cabeça ou dos olhos durante o movimento (ASENCIO; BLANC e CLASILLAS, 2001). Os receptores que estão nos tecidos derivados do mesoderma embrionário, ou seja, nos músculos, ligamentos, tendões e articulações, são sensíveis a estímulos mecânicos do próprio organismo e são denominados proprioceptores. Pode-se citar como exemplo destes, o fuso muscular, o órgão tendinoso de Golgi e os receptores articulares. As informações proprioceptivas são conscientes e inconscientes e estão relacionadas ao sentido da posição estática do corpo no espaço (propriocepção) e ao movimento corporal (cinestesia) (KANDEL,1995). Considera-se informação proprioceptiva consciente, as que atingem o córtex cerebral permitindo perceber a posição do corpo e suas partes, bem como a atividade muscular e movimentos articulares. São, portanto, responsáveis pelo sentido de posição e movimento. Os impulsos inconscientes não despertam nenhuma sensação, sendo utilizados para a regulação reflexa da atividade muscular através do reflexo miotático (FILHO, 2005).

22 2.2 Percepção Os Sentidos O homem toma conhecimento do ambiente e dos processos que acontecem no interior de seu organismo através de sentidos especializados. Os órgãos sensoriais mais conhecidos são: olhos, ouvidos, órgão tátil da pele, órgão gustativo da língua, órgão olfativo do nariz. Cada um deles está apto para reagir a uma grande variedade de influências ambientais, e assim, transmitir as respectivas informações ao sistema nervoso central (DUDEL, 1980). Nos receptores com células especializadas, o estímulo atua sobre um tipo particular de célula especializada não nervosa (célula sensorial secundária) associada à célula nervosa propriamente dita (célula sensorial primária), que por sua vez transmite o impulso à via neural. É um tipo de receptor característico dos sentidos especiais, fazendo parte dos seguintes órgãos do sentido: olfação, gustação, audição, equilíbrio e visão (KANDEL,1995). Existem numerosas classificações para os receptores, baseadas na forma de energia a que são seletivamente sensíveis, como é o caso dos mecanoceptores, quimioceptores e termoceptores. Os mecanoceptores são excitados por estímulos mecânicos que provocam deformação tecidual diretamente no receptor ou em células adjacentes. Constituem o grupo mais diversificado. Podemos citar como exemplos de mecanoceptores os receptores auditivos e de equilíbrio (ouvido interno), baroceptores, fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi, e além desses, os receptores cutâneos de tato (pressão e vibração). Os termoceptores são ativados por

23 variação de temperatura, são representados pelos receptores para frio e para calor. Já os quimioceptores são estruturas sensíveis às alterações de uma determinada substância química, como concentração de O 2 (oxigênio) ou de CO 2 (gás carbônico), e também são sensíveis a concentração osmótica (osmoceptores). Os receptores determinantes da olfação e gustação, são os sentidos conhecidos como sentidos químicos. Os nociceptores são ativados por estímulos nocivos, ou seja, lesões teciduais físicas ou químicas (extremos de energia mecânica, térmica e química), por esse motivo, são chamados receptores da dor (KANDEL,1995). Outra classificação que se pode fazer em relação aos receptores é baseada em sua localização no corpo, dessa forma são chamados: exteroceptores, proprioceptores e interoceptores (KANDEL,1995). Os receptores que estão nos tecidos derivados do ectoderma embrionário, situados na superfície externa do corpo, são os chamados exteroceptores, estes são sensíveis a estímulos do ambiente externo e pode-se citar como exemplo os mecanoceptores, termoceptores, nociceptores cutâneos, receptor auditivo, receptores de equilíbrio, fotoceptores (KANDEL,1995). Um grupo de impressões sensoriais parecidas, transmitidas através de um determinado órgão, recebe o nome de sentido, ou modalidade. Além dos clássicos cinco sentidos, pode-se citar outras modalidades, como por exemplo as fornecidas pelos órgãos sensoriais presentes na pele. Estes órgãos são responsáveis pelas sensações de pressão, mas também são sensíveis ao frio, ao calor, a vibração e a dor. Além dessas modalidades correspondentes às impressões sensoriais que procedem do ambiente externo e que incidem sobre os órgãos sensoriais, existem outras. No entanto, essas outras modalidades são destinadas a registrar o estado do próprio organismo, como exemplo, o sentido de equilíbrio e a propriocepção (DUDEL, 1980).

24 Cada tipo de receptor sensorial responde a uma modalidade particular de estímulo causando a produção de Potenciais de Ação no axônio do neurônio aferente periférico respectivo. Estes impulsos são conduzidos através de uma via aferente particular a uma região específica do córtex cerebral que permite a interpretação da percepção sensorial quando esta via neural específica é ativada (KANDEL,1995). De um modo geral, as impressões sensoriais se iniciam através dos estímulos, fatores responsáveis por desencadear tais impressões, e atingem seus respectivos receptores, que são estruturas presentes nos órgãos sensoriais aptas a produzir uma reação intensa e específica diante dos estímulos. Dessa forma, cada órgão do sentido está localizado em pontos particularmente expostos a estímulos específicos. Os receptores do paladar se localizam na língua, enquanto os receptores para luz estão situados na retina (DUDEL, 1980). A seguir serão abordados alguns dos sentidos: visão, audição, tato e propriocepção (já citada anteriormente, atualmente também considerada um dos sentidos). O olfato e o paladar não serão abordados, visto que não interferem de maneira direta na postura do indivíduo Visão A visão humana depende de estruturas anatômicas para se estabelecer. A retina é a porção do olho sensível à luz, que contém os cones, responsáveis pela visão das cores, e os bastonetes, responsáveis pela visão no escuro. Quando os cones e bastonetes são excitados, ou seja, quando os estímulos visuais chegam à retina, os sinais são transmitidos através de camadas

25 sucessivas de neurônios na própria retina, até as fibras do nervo óptico para finalmente atingir o córtex visual (DUDEL, 1980) como pode ser visto na figura 1. As informações originadas na retina não só evocam a visão como também desencadeiam outros eventos, como as respostas motoras reflexas e os ritmos biológicos (KANDEL, 1995). Figura 1 Esquema demonstrando as estruturas responsáveis pela visão Fonte: Sendo a retina composta de sucessivas camadas (camada pigmentar; camada de bastonetes e cones projetando-se para a camada pigmentar; membrana limitante externa; camada nuclear externa, que contém os corpos celulares dos cones e bastonetes; camada plexiforme interna; camada ganglionar; camadas das fibras do nervo óptico e membrana limitante interna), pode-se dizer que a luz após atravessar o sistema cristalino do olho e o humor vítreo, penetra na retina por seu lado interno. Isso significa que, a luz atravessa primeiro as células ganglionares,

26 camada plexiforme e nuclear, antes de chegar à camada de cones e bastonetes, que está localizada na face externa da retina (GUYTON e HALL, 2002). Os cones e bastonetes são fotorreceptores, isso significa dizer que são receptores sensíveis à luz. Tanto os cones quanto os bastonetes contêm agentes químicos que se decompõem pela exposição à luz e dessa forma, excitam as fibras nervosas provenientes do olho. O agente químico fotossensível nos bastonetes é chamado rodopsina, enquanto que nos cones, os agentes são chamados pigmentos dos cones ou pigmentos de cor (GUYNTON e HALL, 2002). Os cones são responsáveis pela visão detalhada, precisa e colorida. Por outro lado, os bastonetes são receptores muito sensíveis à luz e por isso são responsáveis pela visão em ambiente com baixa iluminação. Todavia, eles não conseguem discriminar cores, nem detectar detalhes (GARCIA, 2002). São estruturas compostas de um segmento externo, um segmento interno, núcleo e corpo sináptico. No geral, o segmento externo dos cones têm um formato cônico, enquanto os bastonetes são mais estreitos e longos. Observa-se nos segmentos externos destes receptores, grande número de pregas na membrana celular, chamadas de discos, neles, tanto a rodopsina, quanto os pigmentos de cor, que são proteínas conjugadas, são incorporadas às membranas dos discos sob a forma de proteínas transmembrana. Já o segmento interno, contém o citoplasma usual da célula com suas organelas, sendo as mitocôndrias de especial importância, já que são responsáveis por fornecer energia necessária para a função dos fotorreceptores. O corpo sináptico, é a porção que se conecta com as células neuronais, as células horizontais e as bipolares subsequentes, que representam os próximos estágios da visão (GUYNTON e HALL, 2002).

27 Na organização neuronal da retina, as células fotorreceptoras, fazem sinapse com as células bipolares e com as células horizontais (corpos celulares na camada nuclear externa), no nível da camada plexiforme externa. Por sua vez, as células bipolares, juntamente com as células amácrimas (corpos celulares na camada nuclear interna), fazem sinapse com as células ganglionares, no nível da camada plexiforme interna. Esse padrão de organização vertical através de toda a retina (fotorreceptor/bipolar/ganglionar), é responsável pela transmissão da excitação luminosa até as fibras do nervo óptico (os axônios das fibras ganglionares), e é complementado por um componente horizontal, representado pelas células horizontais e amácrimas (AIRES, 1985). Esse componente horizontal tem diversas funções reguladoras e suas células são excitadas pelas fotorreceptoras (as células horizontais) e pelas bipolares e ganglionares (as células amácrimas). Reciprocamente, as células deste componente horizontal atuam sobre as células que as excitaram e as circundantes do mesmo tipo. Como resultado, a atividade neuronal que é conduzida pelas fibras do nervo óptico já reflete interação espaço-temporal complexa dos efeitos da estimulação luminosa, tanto da difusa (de fundo), como da localizada (focal) (AIRES, 1985). É importante entender que a retina separa partes das cenas visuais em fragmentos antes de enviarem para os centros superiores e somente nos centros mais avançados a cena é reconstituída como sensação visual. Além disso, existem células ganglionares especializadas na decodificação do padrão de luminosidade e das cores e também de outras características dos objetos como movimento, direção do movimento, cor, brilho, tamanho e forma. Estas características distintas da imagem trafegam por vias específicas (separadas e paralelas) até os centros visuais (KANDEL, 1995).

28 Para fazer uso total da capacidade dos olhos, quase tão importante quanto o sistema de interpretação de sinais visuais a partir dos olhos, é o sistema de controle cerebral para dirigir os olhos em direção ao objeto para que ele possa ser visto. Os movimentos oculares são controlados por três pares de músculos, enquanto um par se contrai para mover os olhos de um lado para o outro, o segundo par se contrai para mover os olhos para cima e para baixo. Um terceiro par, é responsável por rodar os globos oculares, visando manter o campo visual na vertical, para que o indivíduo veja todas as imagens na posição correta e não de maneira invertida (de cabeça para baixo) (GUYNTON e HALL, 2002). Quando queremos manter o olhar fixado num determinado objeto, os nervos motores do III, IV e V pares cranianos, ou seja, oculomotor, troclear e trigêmio respectivamente, são recrutados para controlar os músculos extrínsecos dos olhos. Entretanto, estamos sujeitos a movimentos da cabeça e do corpo constantemente, tendendo a desfocalizar o objeto de interesse sobre a fóvea. Os órgãos do sentido de equilíbrio enviam constantemente informações para estes núcleos que corrigem os movimentos dos olhos (KANDEL, 1995). Na visão, assim como nas outras modalidades sensoriais, os órgãos dos sentidos e os sistemas correspondentes, não se limitam à função de simples receptores passivos, ao contrário, a sua atividade desempenha importante papel na percepção. Dessa forma, pode-se dizer que vemos passivamente, mas também olhamos, inspecionamos, contemplamos. Todas essas descrições salientam o elemento ativo da visão. No entanto, mesmo quando a visão é aparentemente passiva, nota-se a movimentação voluntária ou não, dos globos oculares. Esses movimentos, os quais poderão classificar o ambiente visual, sua intensidade e amplitude, são determinados de acordo com a atenção, o interesse do indivíduo e também o tipo de estímulo visual (GRÜSSER e GRÜSSER-CORNEHLS, 1980).

29 Audição Assim como a visão e os outros sentidos, a audição também necessita de estruturas anatômicas para se fazer possível. Sendo assim, pode-se citar estruturas fundamentais como: a orelha externa que é a estrutura cartilaginosa que vemos; o meato acústico; o tímpano, que é a membrana que divide a orelha, em orelha interna e orelha externa; existem também, três ossos, o martelo, bigorna e estribo; além disso, tem-se a cóclea que é considerada o aparelho auditivo propriamente dito. A membrana timpânica e o sistema ossicular estão intimamente ligados e são responsáveis por transmitir o som através do ouvido médio, até a cóclea ou ouvido interno (GUYNTON e HALL, 2002). Figura 2 Estruturas Externas e Internas Fonte: Sendo assim, o aparelho auditivo é dividido em ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. O meato auditivo é a passagem que comunica o ouvido externo com o ouvido médio. Essa estrutura é fechada em sua extremidade interna pela membrana do tímpano. Atrás do tímpano, encontra-se o ouvido médio onde se localiza o sistema ossicular. Os três ossos já citados, mantém conexões flexíveis entre si, sendo que uma das extremidades do martelo está

30 presa ao tímpano. Assim, quando o tímpano se movimenta em virtude das ondas sonoras, transmite ao sistema ossicular esses movimentos. Esse sistema por sua vez, está ligado ao ouvido interno através do estribo. Dessa maneira, os três ossículos formam uma ponte que liga o tímpano ao ouvido interno, e é assim que a energia sonora entra pelo ouvido externo e chega ao ouvido interno (KLINKE, 1980). Após as ondas serem recebidas pelo ouvido, suas freqüências serão discriminadas e as informações serão transmitidas para o sistema nervoso central, onde seu significado será decifrado (GUYNTON e HALL, 2002). O ouvido interno ou labirinto é constituído pelos sistemas coclear e vestibular (fig. 3). A cóclea é o órgão sensorial responsável pela decodificação dos sons e evoca o sentido da audição. O sistema vestibular é constituído pelos canais semicirculares, sáculo e utrículo e informam o sistema nervoso central sobre a posição e movimentos da cabeça. Os receptores vestibulares são do tipo ciliado e, quando estimulados, causam mudanças no potencial de membrana por mecanismos distintos. Por meio de sinapses químicas excitatórias, essas células sensoriais comunicam-se com as fibras aferentes primárias do VIII par craniano, o nervo vestibulococlear. Além disso, as células sensoriais recebem vias eferentes do sistema nervoso central significando que a sua sensibilidade pode ser modulada centralmente (KANDEL, 1995). Tanto a cóclea quanto o sistema vestibular, recebem estímulos e os transformam em uma resposta, a diferença está na natureza dos estímulos mecânicos, que por sua vez evocam o sentido da audição ou de equilíbrio. Dentro da cóclea estão os órgãos de Corti que são sensíveis às ondas mecânicas; os canais semicirculares que possuem as cristas ampulares sensíveis à aceleração angular da cabeça; e o sáculo e utrículo que possuem as máculas sensíveis a aceleração linear da cabeça. Todos esses neuroepitélios apresentam células sensoriais ciliadas, e estes cílios ao serem deslocados em uma direção se despolarizam, enquanto em sentido oposto,

31 hiperpolarizam. A despolarização causa aumento na secreção de neurotransmissores excitatórios e a hiperpolarização, causa a diminuição (KANDEL, 1995). Figura 3 Ouvido Interno Fonte: Estando nosso corpo todo, ou parte dele, parado ou em movimento, os proprioceptores garantem que tenhamos a percepção cinestésica. O sentido vestibular ou do equilíbrio também está intimamente associado a esta sensibilidade, pois seus receptores detectam os movimentos originados exclusivamente na cabeça. A sensação de equilíbrio/desequilíbrio do corpo e os movimentos de rotação da cabeça são detectados pelo sistema vestibular que é considerada uma forma de propriocepção especial (KANDEL, 1995). Os três canais semicirculares de cada lado estão orientados perpendicularmente entre si, sendo co-planares em relação aos do lado oposto o que garante uma abstração tri-dimensional do espaço. Isso garante a detecção de que qualquer movimento espacial de rotação da cabeça. Cada canal possui uma dilatação em sua extremidade denominado ampola e dentro de cada ampola

32 está o neuroepitélio com as células sensoriais ciliadas, cujos cílios estão mergulhados numa cúpula gelatinosa que quase obstrui a luz do canal. Todas as vezes que a cabeça é rotacionada (para cima, para baixo ou para os lados) a endolinfa no interior dos canais se move em sentido contrário (KANDEL,1995). A inércia causa uma deformação mecânica na cúpula, e em resposta à essa deformação mecânica, os cílios são tracionados e respondem com alterações na condutância iônica de membrana, ou seja, com despolarização ou hiperpolarização, conforme o sentido de movimento do líquido. As células sensoriais ciliadas fazem sinapses excitatórias com as fibras aferentes vestibulares do VIII par craniano. A freqüência de despolarização das fibras aferentes primárias vai, assim, depender da quantidade de neurotransmissores liberados como acontece com as células sensoriais ciliadas acústicas (AIRES, 1985). As máculas utriculares e saculares possuem, ambas, uma superfície curva, com células dispostas em um mosaico que segue um padrão em várias direções. Quando nós aceleramos estaticamente para frente ou para trás, a endolinfa desloca-se, causando movimentos dos cílios. Como a orientação dos cílios varia por toda a superfície da mácula, qualquer inclinação da cabeça excita uma população de células ciliadas e, ao mesmo tempo, inibe outra, gerando um padrão específico de atividade aferente quanto à inclinação que a cabeça sofre (KANDEL,1995).

33 Figura 4 Movimentação da Endolinfa Fonte: Tato A pele é composta pela epiderme, que é uma camada mais externa, e pela derme que é uma camada interna. Em toda a extensão da pele existem órgãos receptores e alguns destes podem ser encontrados, também, no tecido subcutâneo. Esses receptores apresentam morfologia variada, alguns são terminais nervosos simples, amielínicos, enquanto outros são mais complexos, apresentando seus terminais nervosos envoltos por estruturas não neurais, o que acarreta a esses receptores um aspecto de corpúsculo (EYZAGUIRRE e FIDONE, 1977). Os receptores cutâneos podem ser divididos de acordo com o tipo de estímulo ao qual respondem. Os principais tipos são: mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. Os mecanoceptores, respondem a estímulos mecânicos como o toque da pele e podem ser de

34 adaptação rápida ou lenta. Os de adaptação rápida são os receptores do folículo piloso, os corpúsculos de Meissner e os corpúsculos de Pacini, já os de adaptação lenta são os discos de Merkel e as terminações de Ruffini. Os termoceptores são os receptores de frio e de calor, são responsáveis por sinalizar a temperatura da pele, sendo ambos de adaptação lenta. Já os nociceptores respondem ao estímulo que pode provocar lesão, são eles os nociceptores mecânicos e os nociceptores polimodais C (BERNE, 1996). As terminações nervosas livres, são receptores que respondem aos estímulos mecânicos. Estas terminações são receptores simples, porque não apresentam qualquer envoltório ou célula especializada anexa. Elas são formadas pelas ramificações de terminais periféricos de um neurônio aferente primário, consideradas as unidades periféricas do Sistema Nervoso, pois são as únicas interfaces entre o Sistema Nervoso e a periferia (KANDEL, 1995). Podem ser encontradas em toda a pele e também em outros tecidos, são responsáveis por detectar pressão e tato (GUYNTON e HALL, 2002). Outro tipo de receptor do tato com sensibilidade especial é o corpúsculo de Meissner, uma terminação nervosa longa e encapsulada que excita uma fibra nervosa sensorial mielinizada. Estes receptores estão presentes na parte não-pilosa da pele, ou também chamada pele glabra. São particularmente abundantes nas pontas dos dedos, nos lábios e em outras partes da pele onde a capacidade de discernir as características espaciais das sensações do tato é altamente desenvolvida. São bastante sensíveis ao movimento de objetos sobre a pele e a vibrações de baixa freqüência (GUYNTON e HALL, 2002). Nas pontas dos dedos e em outras áreas onde é comum se encontrar o corpúsculo de Meissner, nota-se a presença de outro receptor, o disco de Merkel. Este receptor pode também ser

35 encontrado em regiões pilosas da pele. Estes se diferem do corpúsculo de Meissner pelo fato de serem responsáveis pela emissão de sinais que determinam o toque contínuo de objetos sobre a pele. Estes receptores juntamente com o corpúsculo de Meissner desempenham papel extremamente importante na localização de sensações do tato em áreas específicas do corpo e na determinação de texturas (GUYNTON e HALL, 2002). Cada pêlo possui uma fibra nervosa basal chamada de órgão terminal do pêlo, que detecta, sobretudo, o movimento de objetos na sua superfície do corpo ou o contato inicial com o corpo. Já nas camadas mais fundas da pele e também nos tecidos mais internos, encontram-se os órgãos terminais de Ruffini que são terminações encapsuladas com múltiplas ramificações. Estes receptores são importantes para sinalizar estados contínuos de deformação da pele e de tecidos mais profundos (GUYNTON e HALL, 2002). Os corpúsculos de Pacini são encontrados tanto imediatamente abaixo da pele, como também profundamente, nas fáscias dos tecidos do corpo. São estimulados apenas quando há movimento rápido dos tecidos, sendo assim, são particularmente importantes na detecção das vibrações dos tecidos ou de alterações rápidas no estado mecânico dos tecidos (GUYNTON e HALL, 2002).

36 2.3 Percepção dos Sentidos O estudo da percepção teve início antes de existir a ciência da psicologia, e as primeiras pesquisas realizadas nesse campo, foram feitas por fisiologistas e físicos. Estes estudos surgiram com o intuito de explicar as observações que o homem faz do mundo que o rodeia e de si mesmo (HOCHBERG, 1982). Considerando o processo perceptivo fundamental para suprir a necessidade que o homem tem em se adaptar ao seu ambiente e a si mesmo, para enfrentar com eficiência as exigências da vida, é importante esclarecer o modo como o indivíduo obtém conhecimento sobre seu ambiente. Sabe-se que, para obter tal conhecimento é preciso que o ser humano extraia informações da vasta ordem de energia física que estimula os sentidos do organismo (FORGUS, 1971). Dessa forma, entendendo a percepção como sendo o fator que orienta a tarefa de adaptação do homem, nota-se a necessidade de existir um conjunto de eventos no ambiente que coloque esse processo em andamento. Esses eventos são toda e qualquer condição estimuladora. As condições que o ambiente oferece estão presentes nas energias físicas que provêem a entrada para a percepção (FORGUS, 1971). Somente parte de toda a energia existente no ambiente têm papel informativo, isso significa dizer que, somente parte da energia que cai dentro dos limites da escala de energia que estimulam os sentidos, carrega mensagens ao organismo. No caso da percepção visual, o olho só é sensível à porção de radiação eletromagnética (energia de luz) que está entre os comprimentos

37 de onda 400 e 800 milimícrons, ou seja, o olho é insensível à energia física que está abaixo de 400 ou acima de 800 milimícrons. Sendo assim, não há transmissão de informação fora destes limites. Em se tratando da visão das cores, o olho irá perceber como azul-violeta o comprimento de onda mais curto e como vermelho o comprimento de onda mais longo, dentre estas cores forma-se o espectro de luz visível (FORGUS, 1971). De modo semelhante, a percepção auditiva do som se dá, somente, nas energias físicas da vibração que caem entre 10 e ciclos por segundo (cps). Isso significa que o ser humano é surdo aos baixos mais graves que 10cps e aos agudos mais altos que cps. Nota-se então, que os sentidos são diferencialmente sensíveis a tipos específicos de dimensões informativas, por isso tem-se a necessidade de possuir tipos especiais de mecanismos sensórios que transformem as dimensões físicas em unidades de mensagem que o sistema possa compreender (FORGUS, 1971). A transdução da informação física em mensagens informativas é necessária, para o ser humano se adaptar diariamente, a uma variedade de padrões de energia. A maior parte das energias vem do ambiente, mas outra parte, vem dos órgãos internos. Os aspectos informativos destes estímulos incidem sobre vários órgãos dos sentidos, que por sua vez, transmitem seletivamente tipos específicos de informação. Pode-se citar como exemplo, alguns órgãos de sentido específico, relacionados aos tipos de energia informativa que transmitem. A visão, por exemplo, transduz a energia de luz; a audição, energia de som; os sentidos cutâneos, tranduzem mudanças de energia de tato que envolve pressão, calor, frio, dor; o sentido cinestésico, transduz mudanças na posição do corpo e movimentação dos músculos, tendões e articulações (FORGUS, 1971).

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