Sequência Didática. Nome do Bolsista/Voluntário: Licencianda do curso de Matemática Carina Barbosa Maduro Co-autora: Paloma Alinne Alves Rodrigues
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- Gabriela Ferretti
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1 Sequência Didática Nome do Bolsista/Voluntário: Licencianda do curso de Matemática Carina Barbosa Maduro Co-autora: Paloma Alinne Alves Rodrigues Perfil do Sujeito/Aluno a quem a sequência foi destinada: A Sequência Didática foi desenvolvida para um aluno de 11 anos que possui Síndrome de Down, pode-se observar que o mesmo apresenta uma leve defasagem na capacidade motora, o que é visível em seu movimento corporal. No entanto, esta característica não o impede de praticar atividades que utilize o movimento do corpo no espaço. Contudo, no que se refere à fala do aluno, observou-se por meio dos encontros que possui dificuldade na pronuncia de frases coerentes e coesas, fator que está sendo trabalhado em acompanhamentos com fonoaudióloga. Além disso, o aluno reconhece as letras, no entanto não é capaz de escrever palavras de forma autônoma. Em contrapartida reconhece os numerais de 1 a 30 sendo capaz de sequenciá-los. Todavia, não consegue identificar relações quanto ao valor posicional dos algarismos que formam números ou quantidades. Ademais, o aluno encontra-se em nível de alfabetização em escola regular de ensino, a qual proporciona subsídios para que suas defasagens sejam minimizadas. No que diz respeito ao comportamento do aluno durante os encontros, verificou-se inicialmente a presença da fuga esquiva característica da Síndrome de Down, a qual fora contornada por meio de acordos realizados com o aluno. Além disso, ficaram evidentes as dificuldades apresentadas pelo mesmo com relação ao domínio das operações elementares da matemática, tais como: contagem, adição, subtração, multiplicação e divisão. Ademais, observou-se que o aluno não possui abstração, bem como dificuldade para compreender os processos operatórios, e com isso repete mecanicamente os algoritmos. Em vista disso, fez-se necessário partir de ações concretas e para tal serão utilizados recursos pedagógicos como auxilio no processo de aprendizagem do aluno em questão. Desse modo, serão introduzidos o material dourado e o Quadro de Valor de Lugar no decorrer das atividades propostas nesta sequência didática. Título da Sequência: Ressignificação da soma através do material dourado e do QVL Recursos Necessários: Uma caixa de material dourado; Lousa, pincel, apagador; Vinte peças encaixantes; Caderno, lápis e borracha; 1
2 Jogo de boliche; Jogo de Bingo. Iniciando a Sequência Didática Atividade 1: Objetivo: Perceber as relações existentes entre as peças do material dourado. Conteúdo Físico: Relações e noções de agrupamento. Recurso: Uma caixa de material dourado. Motivação: - Proporcionar o contato com os recursos advindos do material dourado. - Perguntas norteadoras: Quantos cubinhos são necessários para formar uma barra? Quantas barras são necessárias para formar uma placa? Quantas placas são necessárias para obter um cubo? Momentos Sugeridos entre as Atividades Momento 1 relativo à Atividade 1: Considera-se que para o desenvolvimento dessa Sequência Didática o professor necessita ter domínio sobre os instrumentos utilizados na atividade a seguir. Deste modo, indica-se para fundamentação teórica a leitura do artigo O uso do material dourado e do quadro valor de lugar (QVL) no ensino de matemática: um estudo com professores das séries inicias. Disponível em: Acesso em: 05 de maio de
3 O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de agrupamento. Deste modo, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações entre as peças quando estimuladas. Atividade 1: O primeiro momento tinha por objetivo fazer com que o aluno percebesse as relações existentes entre as peças do material dourado (Fig. 1). Para tanto, será sugerida as seguintes montagens. Uma barra; Uma placa feita de barras; Um bloco feito de placas; Desta maneira o aluno foi estimulado a obter conclusões com as seguintes perguntas: Quantos cubinhos são necessários para formar uma barra? Quantas barras são necessárias para formar uma placa? Quantas placas são necessárias para obter um cubo? Figura 1: Realização da Atividade 1 com o material dourado 3
4 Atividade 2: Objetivo: Proporcionar contato com o material de maneira livre, sem haver regras pré-determinadas. Conteúdo Físico: Exploração do material dourado. Recurso: Uma caixa de material dourado. Momento 2 Relativo à Atividade 2: Nesta etapa recomenda-se que o aluno tenha liberdade para explorar a sua criatividade. Atividade 2: Dando continuidade o aluno a construiu uma figura qualquer a partir das peças do material dourado (Fig. 2). Em seguida, contou a quantidade de peças e que tipo delas foram utilizadas em sua figura. Figura 2: Manipulação livre do material dourado 4
5 Atividade 3: Objetivo: Relacionar cada grupo de peças ao seu valor numérico. Conteúdo Físico: Relações existentes entre as peças do material e a representação numeral das mesmas. Recurso: Uma caixa de material dourado; Lousa, pincel, apagador; Caderno, lápis e borracha. Momento 3 Relativo à Atividade 3: Este momento permitiu identificar eventuais equívocos que o aluno pudesse apresentar mediante o proposto. Atividade 3: Em seguida, foi solicitado ao aluno que relacionasse cada grupo de peças ao seu valor numérico. Desse modo, foi construído um quadro análogo ao da figura 3, a fim de que escrevesse em numerais e por extenso as representações associadas às peças do material dourado. Tais peças dispostas no quadro serão equivalentes a sequência dos números de 1 á 20. 5
6 Figura 3: Representação Atividade 4: Objetivos: Compreender o conceito de sucessor e antecessor de um número natural. Desenvolver o raciocínio lógico matemático. Conteúdo Físico: Sucessor e antecessor na sequência dos números naturais. 6
7 Recurso: Uma caixa de material dourado; Vinte peças encaixantes. Momento 4 Relativo à Atividade 4: Essa atividade proporciona ao aluno identificar o valor posicional dos algarismos na sequência dos números. Sendo, portanto fundamental para ele compreender as atividades seguintes. IMPORTANTE: Neste momento, pode haver a necessidade de retomar conceitos advindos das atividades anteriores. Atividade 4: Foi sugerido ao aluno a construção de um trem, com auxílio das peças do material dourado, de maneira que o primeiro vagão seja representado por 1 cubinho (Fig. 4). Dessa forma, o próximo vagão deverá conter 1 cubinho a mais que o anterior e assim sucessivamente até que o último vagão seja formado por duas barrinhas. Como se pode observar na imagem a seguir. Figura 4: Representação para o desenvolvimento do trem 7
8 Analogamente a atividade proposta acima, foi feito um trem invertido de forma que o primeiro vagão seja representado por 2 barrinhas. Nesse sentido, o próximo vagão deverá conter 1 cubinho a menos que o anterior e assim sucessivamente, até que o último vagão seja formado por 1 cubinho (Fig. 5). Figura 5: Construção do trem Atividade 5: Objetivos: Potencializar a compreensão do aluno, no que tange aos algoritmos de adição e suas propriedades. Questionar e prever resultados advindos das análises feitas com o auxílio do material dourado. Conteúdo Físico: Adição sem reserva. 8
9 Recurso: Uma caixa de material dourado; Lousa, pincel, apagador; Caderno, lápis e borracha. Momento 5 Relativo à Atividade 5: Nesta etapa iniciou-se efetivamente o conteúdo a ser objeto de estudo, dessa forma foi necessário retomar certos conceitos advindos das atividades antecedentes a esta, tais como, as relações pertinentes às peças do material dourado as quais são pré-requisitos neste momento. Atividade 5: Nesta fase foi contextualizada a operação de adição, com os recursos do material dourado juntamente com o apoio do quadro de valor de lugar. Para tanto, foi fundamental estabelecer a seguinte regra: nunca 10, isto é, não se pode ter dentro de um mesmo espaço 10 ou mais de 10 peças. Todavia, quando isto aconteceu o aluno teve que realizar a troca por outra peça, a qual ocupou a próxima posição no QVL. Adição sem reserva. A operação de adição em sua forma simples ou sem reserva é o resultado da combinação de duas parcelas em um número que não ultrapasse o 9. Primeiramente será proposta a construção das operações abaixo, para isso serão utilizando os recursos do material dourado e o QVL, com o intuito de visualizar o resultado no concreto. Sendo assim, espera-se que o aluno associe os valores obtidos pelas peças do material à representação numeral dos mesmos. DU DU DU DU DU DU DU DU DU DU
10 IMPORTANTE: Como o aluno reconheceu a sequência dos números de 1 até o 30, as operações acima foram uma forma do aluno construir os números sucessores ao 30, e assim gradativamente ampliar a sequência numérica conhecida pelo aluno. Figura 6: Realização da atividade 5 Atividade 6: Objetivo: Fixar a compreensão do aluno, no que tange aos algoritmos de adição sem reserva, assim como, a regra nunca 10 estabelecida na atividade anterior. Conteúdo Físico: Adição sem reserva. 10
11 Recurso: Para essa atividade foi necessário o uso do computador, internet e jogo Nunca 10 (Fig. 7). Figura 7: Tela inicial do Jogo Nunca 10 Fonte: Motivação: Nesta atividade foi proposta a introdução do jogo denominado Nunca 10. Momento 6 Relativo à Atividade 6: O jogo nunca 10 foi utilizado com o intuito de possibilitar uma aprendizagem significativa acerca do algoritmo da adição sem reserva, juntamente a regra nunca 10 estabelecida para assimilação do aluno aos valores quantitativos relacionados à posição dos números no algoritmo. Desse modo com a introdução do jogo foi possível verificar se o aluno fora capaz de compreender o processo operatório da adição simples, bem como a regra estabelecida. Atividade 6: Para a realização desta atividade o professor deverá fazer o uso do jogo Nunca 10 como já mencionado. No entanto caso não seja possível utilizar o jogo, o professor poderá utilizar o material 11
12 dourado e folha para anotações (Fig. 8). Figura 8: Jogo Nunca 10 Atividade 7: Objetivo: Proporcionar uma aprendizagem significativa por meio de uma atividade lúdica e dinâmica. Consolidar a compreensão do aluno, no que se refere aos algoritmos de adição sem reserva. Conteúdo Físico: Adição sem reserva. Recurso: Jogo de boliche; Lousa, giz, apagador; Folha, lápis e borracha. 12
13 Motivação: Introdução do jogo de boliche com o intuito de tornar o aprendizado significativo. Momento 7 Relativo à Atividade 7: Nesta etapa foi proposta a introdução do jogo de boliche, uma vez que este é capaz de despertar o interesse no aluno, devido ao movimento corporal que o mesmo exige e por seu poder lúdico. IMPORTANTE: Desse modo, sugere-se a construção de um jogo de boliche com o intuito proporcionar uma aprendizagem agradável ao ensino de adição. Atividade 7: Tendo em vista a aplicação da atividade, foi levado um jogo de boliche confeccionado de maneira artesanal utilizando para isso rolos de papel higiênico os quais representarão os pinos, desse modo, cada rolo possuirá uma numeração feita de EVA, além de uma bolinha para que o aluno a arremesse nos pinos (Fig. 9). Neste âmbito, a quantidade de pinos que caírem com o arremesso da bolinha foram somados e o valor resultante foi inserido em uma tabela, a qual continha a quantidade de jogadas realizadas pelo aluno, até que ao fim todos os pinos sejam derrubados. Figura 9: Jogo de boliche 13
14 Avaliação da Sequência: A avaliação aconteceu ao longo de todas as aulas de maneira informal, de modo que foram analisados a participação, o envolvimento e a aprendizagem do aluno frente ao conteúdo das atividades propostas. Deste modo serão objetos de avaliação os exercícios propostos, bem como os relatos transcritos. Ao final foi proposta uma atividade avaliativa formal, a fim de verificar os conhecimentos adquiridos pelo aluno após a aplicação de todas as atividades presentes na sequência didática. Nesse sentido, a atividade se refere a um jogo de bingo adaptado, para tal será disponibilizado ao aluno uma cartela de bingo com 9 espaços para serem completados. De modo que o professor terá em mãos o jogo de bingo, sendo que irá sortear 9 bolas uma por vez, ao sortear o referido número, lançará desafios ao aluno para que o mesmo descubra de qual valor numérico se trata (Fig.10). Tais como: Tal número é o sucessor de x; O número sorteado é o antecessor de y; O valor em questão é formado por (x) centenas + (y) dezenas + (w) unidades; O resultado é x + y; e assim sucessivamente até que o aluno complete a tabela. Assim foi avaliado o raciocínio lógico, a capacidade de desenvolver as expressões matemáticas para chegar ao resultado, uma vez que o aluno não podia ser auxiliado pelo educador nesse processo, contudo foi disponibilizado ao mesmo o material dourado, folha, lápis e borracha para realizar anotações. Figura 10: Avaliação da Sequência jogo de bingo 14
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