Agricultura Familiar PAA

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1 CÂMARA DOS DEPUTADOS BIODIESEL: COMBUSTÍVEL PARA A CIDADANIA Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar PAA Brasília, Programa de Aquisição de Alimentos PAA

2 Institucionalização e Regulamentação Lei , de 02/07/2003 Art. 19. Fica instituído o Programa de Aquisição de Alimentos com a finalidade de incentivar a agricultura familiar, compreendendo ações vinculadas à distribuição de produtos agropecuários para pessoas em situação de insegurança alimentar e à formação de estoques estratégicos Decreto 4.772, de 02/07/2003 Regulamenta o art. 19 da Lei nº Objetivos do PAA Promover ações vinculadas à distribuição de produtos agropecuários a pessoas em situação de risco alimentar e à formação de estoques estratégicos Contribuir para a inclusão social Incentivar a agricultura familiar Promover a cidadania

3 Inovações importantes Preços de referência para a agricultura familiar Aquisição, sem licitação, de produtos da agricultura familiar através do mercado institucional Lei de 2 de julho de o O Programa de que trata o caput será destinado à aquisição de produtos agropecuários produzidos por agricultores familiares que se enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF, ficando dispensada a licitação para essa aquisição desde que os preços não sejam superiores aos praticados nos mercados regionais. FORTALECE PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Incorporação da produção local Permite resgatar e promover hábitos alimentares locais/regionais Resgate e promoção da biodiversidade (sementes crioulas/frutas silvestres/outros) Promove processos de resistência ao padrão de produção e consumo promovido pelas indústrias transnacionais (insumos/sementes), de processamento e do grande mercado varejista (redes de supermercados)

4 PÚBLICO BENEFICIÁRIO Beneficiários produtores: agricultores familiares, assentados da reforma agrária, acampados, agroextrativistas, quilombolas, atingidos por barragens, indígenas e pescadores artesanais Beneficiários consumidores: populações em situação de insegurança alimentar Critérios Estar enquadrado nos grupos A ao D do Pronaf Limite de R$ 2.500,00 por família/ano

5 Recursos 2003 e 2004 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Recursos 2005 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e FNDE Recursos 2006 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, FNDE e Ministério do Desenvolvimento Agrário Grupo Gestor do PAA MDS, MDA, MAPA/Conab, MP, MF MARCO LEGAL PARA OPERARAÇÕES DE AQUISIÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR COM RECURSOS DO FNDE Lei nº PAA Lei nº 8.666, de Art. 24 É dispensável a licitação: Inciso VIII para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno (estados e municípios), de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública (Conab) e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei (estatuto social da Conab), desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.

6 Mecanismos do Programa Compra Direta da Agricultura Familiar - CONAB Compra Antecipada da Agricultura Familiar - CONAB Compra Antecipada Especial da Agricultura Familiar CONAB Contrato de Garantia de Compra CONAB PAA Leite - MDS Compra Local da Agricultura Familiar - MDS Compra Antecipada Cestas de Alimentos Compra Direta ESTOQUE Doações Compra Antecipada Especial Assistência Alimentar Venda em Balcão

7 Produtos Adquiridos Castanhas de caju,de baru e do brasil Trigo Farinha de mandioca Hortigranjeiros Sucos e doces de frutas Polpa e geléias de frutas Leite de gado (fluído e em pó) e cabra Frango Carne de bode Polpas de fruta Pescado Queijo Mel Rapadura Feijão Arroz Milho Pães e bolos caseiros Sementes Salame Açúcar mascavo Castanha de caju Óleo de pequi PAA/CONAB RESULTADOS ALCANÇADOS ANO Famílias atendidas ,357 Recursos investidos em aquisições (R$) Média por família (R$)

8 Famílias de agricultores atendidas por SUREG famílias R$ 4,8 milhões famílias R$ 10,4 milhões famílias R$ 10,5 milhões famílias R$ 6,3 milhões famílias R$ 8,5 milhões famílias R$ 31,3 milhões famílias R $ 4,92 milhões famílias R $ 10,8 milhões famílias R$ 10,1 milhões famílias R$ 37,0 milhões fam ílias R$ 8,1 m ilhões fam ílias R$ 28,7 m ilhões PAA / Conab Número de famílias de agricultores atendidas de 2003 a Jan/2006 e recursos aplicados, por Superintendência Regional famílias R $ 6,3 milhões famílias R $ 12,2 milhões famílias R$ 3,3 milhões6.200 famílias R $ 14,9 milhões famílias R $ 10,4 milhões famílias R$ 6,8 milhões famílias R$ 4,3 milhões 352 famílias R $ 0,8 milhão famílias R $ 59,6 milhões famílias R$ 12,5 milhões Compra Antecipada Especial

9 EXEMPLO 1 PROJETO ALIMENTANDO A CIDADANIA Pelotas/RS e Região Organizações de agricultores familiares COOPAR, COOPAL, UNAIC, Cooperativa Sul Ecológica, ARPA-Sul, Assentamento Renascer, Assentamento Santa Alice, Grupo de Produtores de Leite, Cooperativa Lagoa Viva de Pescadores Artesanais, comunidades quilombolas 10 Organizações diretamente envolvidas, mais famílias não organizadas coletivamente, assessoradas pela Emater

10 2003/04 Municípios envolvidos - 10 Pelotas, Canguçu, São Lourenço do Sul, Arroio do Padre, Morro Redondo, Turuçu, Cerrito, Herval Agricultores familiares envolvidos 719 famílias Beneficiários consumidores Valor total do projeto = R$ , Municípios envolvidos - 10 Pelotas, Canguçu, São Lourenço do Sul, Arroio do Padre, Morro Redondo, Turuçu, Cerrito, Herval Agricultores familiares envolvidos 719 famílias Beneficiários consumidores Valor total do projeto = R$ ,00

11 PÚBLICO CONSUMIDOR 2003/04 18 comunidades de bairros (cozinhas comunitárias e entregas de sacolas) = famílias 25 escolas infantis = alunos Apoio sócio-educativo = 560 crianças 7 abrigos de menores e idosos = 280 usuários

12 PÚBLICO CONSUMIDOR comunidades de bairros (cozinhas comunitárias e entregas de sacolas) = famílias 30 escolas infantis = alunos Outras entidades atendidas = pessoas Produtos = abóbora, açúcar mascavo, batata doce, batata inglesa, beterraba, cebola, cenoura, couve, doces diversos, feijão preto, laranja, mandioca, ovos, chimia, pêssego, leite, biscoito caseiro, pescado.

13 Exemplo 2: Castanha do Brasil

14 Agroextrativismo da castanha contexto redução dos castanhais produtivos deficiências na cadeia produtiva, em especial nas logísticas de transporte e de armazenamento ausência de políticas e de programas de incentivo à produção, de apoio direto à comercialização e de sustentação de renda ao extrativista dificuldades de atendimento às exigências fitossanitárias para exportação COMERCIALIZAÇÃO A comercialização ocorre de duas formas: venda direta aos atravessadores, ligados às indústrias ou a exportadores, ou através de associações e cooperativas Os atravessadores começam a comprar a castanha na árvore nos meses de agosto e setembro

15 Foto2.tif Municípios envolvidos Brasiléia, Xapuri e Rio Branco AC Ji-Paraná RO Boca do Acre - AM Agricultores familiares atendidos famílias Valor total do projeto R$ 3,53 milhões

16 REDE DE COOPERAÇÃO Organização dos extrativistas Cooperativas CAEX, COOPERACRE, CAPEB E ANTI- MARY (34 associações ligadas às cooperativas) Comunidade indígena Zoró (uma tribo indígena) MEDIADOR Secretaria de Extrativismo e Produção Familiar do Governo do Estado do Acre - SEPROF Reflexo imediato: os preços pagos aos extrativistas passaram de R$ 5,55/lata de 10 kg, em dez/03 (antes da divulgação do programa), para R$ 7,00/lata de 10 kg, no início de janeiro de 2004 (logo após à implantação das ações). Atualmente os preços estão em torno de R$ 15,00/lata de 10 kg.

17 EVOLUÇÃ ÇÃO O DE PREÇOS - ACRE Médias mensais R$/lata de 10 kg dez/03 jan/04 Fonte: Cooperativas e Associações fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06

18 EXTRATIVISTA - RENDA MÉDIAM ANUAL ACRE R$/ano Fonte: SEATER e SEPROF/AC USINA DE PROCESSAMENTO

19 Projeto Amafrutas PARÁ RECEBIMENTO DA CASTANHA

20 Castanha do Brasil Acre Cana de Açúcar Projeto Catende - Pernambuco

21 PAA Permite ampliar o atendimento aos agricultores familiares, promovendo a sustentação de preços e a garantia de renda por meio do apoio à comercialização, possibilitando fortalecer a inclusão de parte dos agricultores ao mercado formal. PNPB Ação estratégica e prioritária para o Brasil, que objetiva a implementação, de forma sustentável, tanto técnica como econômica, da produção e uso do biodiesel, com enfoque voltado para a inclusão social e o desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda no campo. Selo Combustível Conjunto de medidas específicas visando a inserção da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel. A Lei que instituiu o PAA dispõe que o Programa tem por finalidade...incentivar a agricultura familiar compreendendo ações vinculadas à distribuição de produtos agropecuários para pessoas em situação de insegurança alimentar e à formação de estoques estratégicos. Já em seu parágrafo 2º, diz: O Programa de que trata o caput será destinado à aquisição de produtos agropecuários produzidos por agricultores familiares.... Em que pese o Art.19 da referida Lei falar em produtos agropecuários, o entendimento é de que ele limita a sua atuação a produtos alimentícios, uma vez que ele se refere ao atendimento a pessoas em situação de insegurança alimentar.

22 Unir essas ações amplia as bases de apoio ao segmento da agricultura familiar. O PNPB poderá cumprir uma de suas diretrizes por meio do PAA, garantindo que parte de suas demandas por oleaginosas, para a produção de biodiesel, seja suprida com produtos da agricultura familiar. PROPOSTA Mantidas as premissas básicas quanto ao público beneficiário, ao limite financeiro e aos preços de referência, seja autorizada a compra de produtos não alimentares com o objetivo de incentivar a agricultura familiar, tanto no que diz respeito ao atendimento ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel PNPB - quanto à inclusão dos extrativistas e das comunidades tradicionais nos mercados formais e informais.

23 COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO JACINTO FERREIRA PRESIDENTE SUPERINTENDÊNCIA DE SUPORTE À AGRICULTURA FAMILIAR ROCILDA SANTOS MOREIRA