PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO SUSTENTÁVEL (COAST): ÁREA TEMÁTICA DA GESTÃO DA RECREAÇÃO MARINHA E DE RECIFES (RMRM) MOÇAMBIQUE PROJECTO

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2 PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO SUSTENTÁVEL (COAST): ÁREA TEMÁTICA DA GESTÃO DA RECREAÇÃO MARINHA E DE RECIFES (RMRM) MOÇAMBIQUE PROJECTO Maio 2014 Por um Turismo Marinho Sustentável no Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho (TBT) Versão Por: Bernice Mclean* Jonathan Kingwill* Jayshree Govender* Gabriel Marime* Em colaboração com o Comité de Gestão do Sítio de Demonstração do COAST e outros interveinentes *Consultores da EcoAfrica Environmental i

3 Prefácio É com enorme prazer que apresentamos-vos o documento: Plano Por um Turismo Marinho Sustentável no sítio de Demonstração no Tofo-Barra-Tofinho (TBT), em nome do Projecto da Acção Conjunta Por Um Turismo Sustentável (COAST), Terceira Área Temática: Gestão da Recreação Marinha e de Recifes. O meio ambiente marinho, turismo marinho e costeiro da África Oriental é famoso pela sua riqueza do património cultural, beleza natural, e biodiversidade biológica. Os sensíveis ecosistemas que oferecem uma multiplicidade de bens e serviços para apoiar o turismo e outros sectores económicos nas áreas costeiras estão, contudo, sob uma crescente pressão de ameaças tais como níveis crescentes de poluição, degradação de habitats sensíveis devido a um desenvolvimento mal planificado, corrida aos recursos naturais. Para além disso, as comunidades locais estão afectadas por uma pobreza degradante e decréscimo de recursos. Em face destes desafios o Projecto COAST dedicou-se ao trabalho através de aplicação de uma série de projectos práticos de demonstração, Melhores Práticas Disponíveis e/ou Melhores Tecnologias Disponíveis (MPDs/MTDs) em nove destinos turísticos na África Subsahariana. A Área Temática sobre Gestão da Recreação marinha e de Recife (RMRM), foi uma das principais três Áreas Temáticas, através da qual as actividades do COAST foram categorizadas. O objectivo das actividades da RMRM era promover práticas sustentáveis de recreação marinha e de recife em três Sítios de Demonstração selecionados de modo a reduzir as ameaças aos ecosistemas marinhos costeiros sensíveis e prevenir mais perda da biodiversidade. O presente documento é um resultado essencial das actividades do projecto. O objectivo do presente documento visa o turismo sustentável dentro do Sítio de Demonstração do TBT (doravante denominado Sítio de Demonstração), que seja gerido para o benefício de todos os utentes. Isto garantirá que a longevidade dos recursos marinhos e de recifes é mantida e que também garanta ganhos económicos para o sustento das populações locais. O Sítio de Demonstração (TBT) situa-se na costa do Oceano Índico, a Nordeste de Inhambane, em Moçambique. Este local singular é caracterizado por praias arenosas de tirar o fôlego, grandes dunas, ecossistemas de corais de recife raros, uma grande quantidade de mega fauna de espécies marinhas, lagoas, florestas de mangais, pradarias e de ervas marinhas. A área conta também com muitos habitantes locais, assim como visitantes nacionais e internacionais. Os moçambicanos têm usado esta área e o meio ambiente marinho natural como um recurso para o seu sustento e um destino turístico, e como local de relaxamento tanto para os locais assim como para os visitantes. A área costeira a partir do Tofo até Bazaruto foi identificada como um potencial Local de Património Mundial Marítimo com um valor universal incomensurável (Obura et al., 2012). A alta biodiversidade e a fantástica beleza natural atrai um grand número de turistas de ano para ano. A pressão sobre o meio ambiente pelo sector do turismo tornou-se uma grande preocupação do governo e como consequência identificou-se a necessidade através do Projecto COAST para a elaboração de um plano com vista a melhorar a gestão sustentável do turismo marinho na área do TBT. A abordagem identificada pelo projecto COAST é trabalhar com os intervenientes locais de modo a ii

4 identificar as necessidades do sítio e trabalhar com vista uma gestão sustentável da área de turismo marinho. As actividades do projecto foram coordenadas através do Comité de Gestão do Sítio de Demonstração (DSMC), e uma pequena Equipa Técnica (Tech), constituida por instituições Governamentais, Organizações Não-Governamentais (ONGs), Organizações Baseadas na Comunidade (OBC), pesquisadores, o sector privado e outros intervenientes. Um processo altamente participativo da planificação de gestão sustentável resultou na identificação da Visão pela área e prioridades essenciais para o reforço de gestão de turismo marinho na área, que estão delineadas no presente documento. Visão A área de Tofo-Barra-Tofinho é um destino turístico de classe mundial na qual a riqueza da nossa biodiversidade marinha costeira está conservada e faz-se manutenção de um meio ambiente limpo e saudável. A utilidade dos diversos recursos naturais é gerida de uma forma integrada e conjunta de modo a garantir sustentabilidade e para reduzir conflitos entre os utentes. A gestão da recreação dos corais de recife e marinhos é aperfeiçoada de modo a reduzir os impactos negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país no seu todo. Através da implementação da gestão sustentável, dentro de dez anos, a área do TBT transformar-se-á numa área de conservação importante na região. Este documento foi elaborado de uma forma participativa. A filosofia fundamental é que num contexto complexo como o da área do TBT com os seus múltiplos utentes, intervenientes e gestores, a gestão deve ser abordada de uma forma participativa, conjunta e transparente. É importante tomar em conta que a gestão do turismo marinho de uma forma sustentável na área do TBT é um processo não irá acontecer de uma forma instantânea, mas irá evoluir ao longo do tempo, se for conduzido de modo conjunto pelos membros do DSMC e outros actores principais. É importante realçar que este documento é a primeira Versão do documento e devia ser revisto regularmente. Deve ser reconhecido como um documento de trabalho que será modificado e actualizado de modo a reflectir novas ideias e inovações e abordar assuntos e oportunidades emergentes nos próximos anos. Por fim gostaríamos de manifestar a nossa gratidão e estima às pessoas e às partes, que participaram na elaboração deste documento, incluindo aqueles que participaram em seminários, os que generosamente forneceram dados e informação, pelo seu tempo, ou aos que prestaram apoio à nossa equipa no terreno. A vontade dos que contribuíram ajudará no reforço da governação da área e estabelecer um trajecto por uma colaboração e acção conjunta. Pelo Comité da Gestão do Sítio de Demonstração de Moçambique iii

5 Índice Prefácio... ii Índice... iv Lista de Figuras... v Lista de Tabelas... v Lista de Abreviaturas... vi 1 Introdução Turismo em Zonas Costeiras O Valor de Ecosistemas Marinhos Saudáveis para o Turismo O Projecto COAST no Tofo, Barra, Tofinho Contexto do Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho Visão Geral Turismo Marinho no Sítio de Demonstração do TBT Desafios para o Turismo marinho Sustentável Medidas Actuais de Gestão do Turismo Marinho Consultas com os Actores Intervenientes Quadro Institucional e Regulador Quadro Institucional Políticas e Legislação Elaboração do Plano de Gestão da Recreação marinha para o Sítio de Demonstração de TBT Processo de Elaboração do Documento Principais Problemas Identificados pelos Actores Intervenientes Avaliação Preliminar de Ecossistemas e Mapeamento de Actividades Constatações da Pesquisa Visão, Princípios e Objectivos Visão Princípios Orientadores Metas e Objectivos Potenciais Parceiros, suas Funções e Responsabilidades Plano de Ancoragem Plano de Implementação Monitoria e Avaliação para Gestão Adaptativa Conclusão e Recomendações Conclusão Geral Desafios Riscos Período Recomendações Futuro do Documento Versão Referências Anexo 1: Lista do DSMC (DSMC) e Membros da Equipa Técnica (Tech) Anexo 2: Lista de Actores Intervenientes Consultados Anexo 3: Lista de Espécies Ameaçadas e Vulneráveis Anexo 4: Pesquisa em Curso no Sítio de Demonstração iv

6 Lista de Figuras Figura 1: indicative do potencial de Sítio de Património Mundial no Canal de Moçambique (adaptado de Obura et al. 2012) Figura 2: Actividades de recreação marinha dentro do Sítio de Demonstração de TBT... 6 Figura 3: Processo de desenvolvimento do Plano de Gestão de Turismo marinho Sustentável para o Sítio de Demonstração Figura 4: Sítios Afectados pelo Turismo marinho dentro do Sítio de Demonstração do TBT Lista de Tabelas Tabela 1: AMPs em Moçambique, nos termos do Acordo de Conservação Marinha Tabela 2: Políticas e leis principais relacionadas com o turismo e protecção costeira e marítima Tabela 3: Plano de Implementação para o melhoramento do recife e gestão de recreação marinha v

7 Lista de Abreviaturas ADMAR AHTPI ALMA AMAR ANAC AOA MPDs MTDs OBC CCP CDS CEPI CMCI COAST CoC CTA DINATUR DPCA DPC DPP DPTUR DSMC EBM AIA SGA OH FOPROI FGA GoM INAE INAMAR IDPPE IIP IUCN AMGL ACM MICOA MITUR MMA MMF MoE AMP ONGs VUE Administração Marítima Associação de Hotelaria e Turismo da Província de Inhambane Associação de Limpeza e Meio Ambiente Associação dos Mergulhadores Activos para os Recursos Marinhos Administração Nacional das Áreas de Conservação All Out Africa (de África) Melhores Práticas Disponíveis Melhores Tecnologias Disponíveis Organizações Baseadas na Comunidade Conselho Comunitário de Pescas Centro de Desenvolvimento Sustentável Conselho de Empregadores de Inhambane Conselho Municipal de Inhambane Acções Conjuntas por um Turismo Sustentável (ACTS) Código de Conduta Confederação das Associações Moçambicanas Direcção Nacional de Turismo Direcção Provincial Para Coordenação da Acção Ambiental Coordenador do Projecto do Sítio de Demonstração (CPSD) Direcção Provincial das Pescas Direcção Provincial do Turismo Comité de Gestão do Sítio de Demonstração (DSMC) Gestao Baseada no Ecosistema (GBE) Avaliação do Impacto Ambiental (EIA) Sistemas de Gestão Ambiental (EMS) Olhos no Horizonte (EotH) Fórum Provincial de Organizações de Inhambane Fundo Global do Ambiente (GEF) Governo de Moçambique Instituto Nacional de Actividades Económicas Instituto Nacional da Marinha Instituto para o Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala Instituto de Investigação Pesqueira União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) Área Marinha Gerida Localmente (LMMA) Acordo de Conservação Marítima (MCA) Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental Ministério do Turismo Área Marítima sob Gestão (AMG) Fundação Marinha Mega Fauna Memorando de Entendimento Área Marítima Protegida (MPA) Organizações Não-Governamentais Valor Universal Escepcional vi

8 RMRM AAE SDAE SNV TBT Tech Team UEM UNEP UNESCO UNIDO UNWTO WCS WWF Gestão da Recreação marinha e de Recife Avaliação Ambiental Estratégica (SEA) Serviços Distritais de Actividades Económicas Organização de Desenvolvimento da Holanda Tofo-Barra-Tofinho Equipa Técnica do DSMC no Sítio de Demonstração Universidade Eduardo Mondlane Programa das Nações Unidas para o Ambiente Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial Organização Mundial de Turismo Sociedade de Conservação da Vida Selvagem Fundo Mundial para Natureza vii

9 1 Introdução 1.1 Turismo em Zonas Costeiras O meio ambiente costeiro é complexo, dinâmico e altamente sensível e tem ecossistemas delicados, constituídos por habitats significativos e é rico em biodiversidade (OMC, 2013a). Universalmente, a capacidade produtiva e a integridade ecológica do ambiente marinho, que inclui tanto os estuários e águas costeiras, estão a degradar-se, e em muitos destes locais a degradação acentuou-se. Na maioria dos casos, os principais factores que contribuem para a degradação destes ecossistemas é a falta de uma planificação espacial adequada, crescimento rápido e desenvolvimento de actividades relacionadas nestas áreas costeiras. Isto vem como resultado do aumento populacional, urbanização, industrialização, turismo e transporte marítimo (OMC, 2013a). Ao longo da história, o ambiente costeiro tem sido um chamariz carismático de turistas. O turismo em áreas costeiras é um dos maiores e um dos sectores da indústria que mais crescem e que é uma promessa como um contributo para o bem-estar económico e social dos países destinatários. Na África Subsaariana, muitas destas áreas foram desenvolvidas em destinos turísticos prósperos dado que os países estão cada vez mais a virar as suas atenções para o turismo como uma opção viável para acelerar o seu crescimento económico ao mesmo tempo que o sector tem demonstrado de uma forma consistente a sua capacidade para actuar como um factor principal de crescimento em alguns dos países mais pobres do mundo (OMC, 2013a). O turismo costeiro é contudo, um sector frágil, sobretudo em países em desenvolvimento, onde sistemas de governação e estruturas de desenvolvimento estão a emergir. Neste caso os residentes locais poderão experimentar o lado negativo do comércio de turismo do que o tormento das suas riquezas. Os impactos negativos incluem, por exemplo, níveis crescentes de poluição e degradação das áreas costeiras e marinhas sensíveis devido ao planeamento mal concebido, concorrência por água doce e sobre exploração dos escassos recursos para alimentar o sector, subida dos preços do parque imobiliário, deslocação das comunidades locais de pescadores e de agricultores e os danos irreversíveis à cultura local. Em poucas palavras, o desenvolvimento de turismo inadequado destrói os recursos naturais e culturais locais e limita as oportunidades de negócio no turismo a longo prazo. A boa nova é o reconhecimento cada vez mais crescente de que nem todas as formas de turismo são também destrutivas e que também o turismo pode ser gerido para prover tanto experiências de qualidade de visitantes e também beneficiar as economias locais e seus meios de sobrevivência, se planificados e implementados de um modo conjunto e responsável. 1.2 O Valor de Ecosistemas Marinhos Saudáveis para o Turismo Recifes de coral, algas marinhas e mangais dão lugar à funções essenciais tais como protecção costeira, fixação do carbono, zonas de reprodução e habitats para uma diversidade de organismos incluindo espécies pesqueiros importantes para o comércio. Os recifes de coral estão entre a maioria dos biologicamente diversos ecossistemas na terra. A saúde dos recifes, ervas marinhas e os ecosistemas de florestas de mangais está estritamente interligado devido a uma interconectividade de espécies e processos naturais. Algumas das principais oportunidades recreativas na região providas por estes ecossistemas marinhos incluem barcos com armadura de vidro com vista de baixo (fundo), mergulho submarino, pesca desportiva e recreativa e o Scuba diving (mergulho). A avaliação dos 1

10 ganhos económicos anuais gerados a partir destas formas de turismo é estimada em $9.6 biliões. Uma análise de 2013 das receitas directas geradas pelo turismo com relação à observação de uma única espécie marinha (operações de observação de arraias manta) em 23 países de todo mundo, valorizaram a indústria em mais de US$ 73 milhões anualmente. O impacto económico directo das despesas associadas ao turismo é avaliado em US$140 milhões anualmente (O Malley et al, 2013). Contudo, o crescimento do turismo marinho da costa não consegue cumprir com as promessas de grandes benefícios para as comunidades costeiras pobres ao mesmo tempo que estas descendem para enfrentarem problemas ambientais e sociais sérios. O turismo das áreas costeiras é um dos sectores desta indústria que mais crescem com a promessa de trazer contributos para o bem-estar económico e social dos países destinatários. Contudo, o turismo tornou-se uma das forças mais poderosas, mais influentes e menos examinadas no mundo ao ponto de ser considerado a indústria sorrateira do século 21 (Becker, 2013). Embora diferentes tipos e dimensão de actividades de recreação marinha acontecem no Sítio de Demonstração, o sector do turismo depende directamente de ecosistemas marinhos e costeiros saudáveis e produtivos para uma sustentabilidade a longo prazo. Contudo, a realidade prova que muita pressão ameaça a saúde destes ecosistemas. A sobreutilizaçào dos recursos marinhos e costeiros, actividades destrutivas nos ecosistemas sensíveis, e a falta de gestão e uso (costeira) e o desenvolvimento mal planificado estão a resultar na degradação dos recursos de base. A pobreza extrema, pressão crescente das actividades piscatórias e os conflitos cada vez crescentes entre os usuários, acentuam as ameaças aos ecosistemas sensíveis. A fraca governação e colaboração limitada entre os intervenientes contribuem ainda mais para as ameaças que esta área enfrenta. Tal como O Ganso dos Ovos de Ouro, o turismo marinho depende estritamente de ecosistems saudáveis e funcionais. Se o meio ambiente natural dos destinos marítimos e costeiros se manuter e for usado de uma forma responsável, maiores serão as oportunidades para o sector do turismo crescer e florescer a longo termo e maior será o apoio para o desenvolvimento económico contínuo da área. 1.3 O Projecto COAST no Tofo, Barra, Tofinho O Projecto de Acções Conjuntas por um Turismo Sustentável (COAST) implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), pretende, através de uma série de projectos de acções práticas de demonstração, aplicar certas Melhores Práticas Disponíveis e/ou Melhores Técnicas Disponíveis (MPDs/MTDs) em nove destinos turísticos na África Sub-Sahariana. Todas elas têm como objectivo reduzir os impactos ambientais negativos que resultam das acções do sector do turismo costeiro e poluentes. A Área Temática da Gestão da Recreação marinha e de Recifes (RMRM) é uma das três principais Áreas Temáticas através das quais as actividades COAST estão categorizadas. O Projecto COAST selecionou as áreas de Tofo, Barra, Tofinho como um dos três Sítios de Demonstração da África Oriental (doravante designados Sítios de Demonstração) para a Área Temática RMRM. O bjectivo dos Sítios de Demonstração é demonstrar e apoiar a adopção de abordagens de melhores práticas de modo a promover práticas sustentáveis de actividades de recreação marinha e de recifes. O presente documento foi elaborado a partir de actividades levadas a cabo na área como parte do Projecto COAST e oferece uma visão geral de recomendações para a melhoria de gestão das actividades de recreação marinha e de recifes na área de TBT. 2

11 2 Contexto do Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho 2.1 Visão Geral O Sítio de Demonstração Tofo-Barra-Tofinho (TBT) localiza-se a sudeste de Moçambique. A área está localizada na Costa do Oceano Índico, na península da Ponta da Barra na província de Inhambane. O Sítio de Demonstração localiza-se a cerca de 22 quilómetros da histórica cidade de Inhambane e caracteriza-se pelos diversos ecossistemas incluindo as dunas costeiras arenosas, margens rochosas e arenosas, florestas de mangais, leitos de ervas marinhas, corais de recifes e oceano aberto. O Sítio de Demonstração inclui áreas principais de praias: Tofo, Barra e Tofinho e alguns corais de recife com muita abundância de corais suaves do Lobophytum e Cladiela geral. As correntes oceânicas dominantes transportam sedimentações para o norte e formam pequenas penínsulas com tendência para norte, tais como Tofo (Obura et al, 2012). Um alto nível de produtividade na região resulta da mistura da variação de redemoinhos a partir do Canal de Moçambique no Norte, e a partir da região da Corrente do Cabo das Agulhas do Leste de Madagáscar no Sul. A área de Tofo, Barra, Tofinho alberga uma riqueza excepcional de biodiversidade biológica, que forma uma base para o turismo e comércio ao longo desta extenção da costa. A área de TBT localizase dentro de uma série de sítios no Canal de Moçambique, que combinados, tem potencial de valor de Património Mundial. Um estudo recente do Ocidente do Oceano Índico sobre Património marítimo Mundial em 2012, constatou que 6 sítios dentro do Canal de Moçambique, (incluindo a área do Tofo, Barra e Tofinho), alberga características únicas e que potencialmente tem Valor Universal Excepcional (OUV) necessários para a designação como uma área para Património Mundial transfronteiriço. As seis áreas constituintes incluem: a) Quirimbas Mtwara; b) Norte de Madagáscar; c) o Arquipélago das Comores; d) the Iles Éparses; e)tofo Bazaruto, Moçambique; f) Planície de Madagáscar (Veja-se figura 1 abaixo). e a d c f b Figura 1: potencial para indicação de Patrimônio da Humanidade no Canal de Moçambique (adaptado de Obura et al. 2012). Este sistema alberga uma diversidade única de espécies marinhas, particularmente espécies carismáticas tais como cavalo marinhos, peixe de recife e espécies de grande megafauna, tais como manta raias, tubarões baleias, tartarugas, dugongos e baleias curcunda. A importância do potencial da designação de Património Mundial marítimo significaria reconhecimento global do valor do património marítimo da área, o que alavancaria grandemente o turismo e maximizar recursos para a gestão. O mosaico de ecossistemas na área de TBT suportaria uma combinação única formas de vida terrestres e marinhas. Os mais citados são os globalmente significantes, do conjunto de todo o ano de arraias manta, o Recife Manta (Manta Alfredi) e a Manta Gigante (Manta birostris), que representam o maior conjunto no Oceano Índico e o segundo maior no mundo (Marshal et al 2011). A área também alberga um dos maiores conjuntos de Tubarões baleia (Rhincodon typus) no Oeste do Oceano Índico (Obura et al, 2012). Outra mega fauna carismática citada na área inclui as grandes populações de baleias jubarte de inverno (Megaptera novaeangliae), golfinhos nariz de garrafa (Tursiops truncates) golfinhos 3

12 jubarte (Sousa chinensis)e os dugongs altamente ameaçados pela extinção (Dugong dugon). Existem nesta área cinco espécies de tartarugas em risco de extinção, como os cavalos-marinhos e uma variedade de outras espécies que atraem visitantes para esta área. Mais de trinta corais de recife são usados dentro do Sítio de Demonstração como destinos de mergulho e/ou snokerlling, com mais recifes a serem descobertos regularmente. Para além da alta biodiversidade que existe na costa do Tofinho, Tofo e Barra, a baía de Inhambane dá uma ligação essencial nos processos dentro do ecossistema na área. A Baía é rica em mangais e ecossistemas de ervas marinhas que dão habitat crucial aos organismos marinhos incalculáveis incluindo cavalo-marinho (Hippocampus sp.), pepino do mar (Holotúrias sp.), crustáceos e moluscos. Estes habitats também servem como locais importantes para a alimentação e procriação para uma diversidade de espécies de pesqueiras economicamente importantes. Uma outra evidência empírica é da existência de dugongs em perigo de extinção na Baía. A Baía de Inhambane é extensivamente usada pelos pescadores locais com recurso a uma vasta gama de redes e armadilhas de pesca. A área nordeste da Baía tem estado também a atrair cada vez mais turistas, sobretudo na região onde estes fazem piqueniques, snorkel, MERGULHO, kayak, barcos a motor e o jet ski. Viagens a barco são também alguns pacotes oferecidos por alguns operadores turísticos para as duas pequenas ilhas na Baía, incluindo a Ilha dos Porcos, Ilha dos Ratos e a Ilha Pansy Shell. A Província de Inhambane possui uma riqueza de património cultural, com a histórica cidade de Inhambane e a diversidade de autênticas experiências para os visitantes incluindo comida tradicional, música, dança e arte. A área do Sítio de Demonstração é também constituída por uma rica diversidade cultural das comunidades locais, maioria das quais estão envolvidas em actividades pesqueiras ou relacionadas com o turismo. Historicamente uma pequena aldeia costeira de pescadores, a área do TBT cresceu significativamente nos últimos anos e tornou-se um grande destino turístico que impulsionou um crescimento significativo na população. Um total de seis aldeias localizam-se na área do Sítio de Demonstração, incluindo Sequiriva, Salela, Machavenga, Josina Machel, Conguiana e Nhamua. A pesca artesanal e de Subsistência é a única fonte de proteínas para mais de 40% da população moçambicana (Ocean Revolution, 2012). Os aldeões da área do Sítio de Demonstração dependem largamente do mar através da pesca tanto no mar assim como na Baía de Inhambane para o seu sustento. As práticas pesqueiras locais incluem pesca à anzol e fio, pesca a lança, à rede e captura de mariscos nos recifes na Baía de Inhambane. Actividades agrícolas de pequena escala suplementam o sustento dos aldeões. Estão em fase piloto de implementação as actividades de aquacultura no continente na área mas ainda espera-se o seu significativo contributo nas actividades de sustento. A extrema dependência dos aldeões das zonas costeiras sobre o mar revela o grande imperativo da manutenção de ecossistemas marinhos e costeiros produtivos e saudáveis. 2.2 Turismo Marinho no Sítio de Demonstração do TBT A linha costeira moçambicana com uma extensão de 2,700 km é caracterizada por habitats que dão lugar a abundância de várias espécies. Esta riqueza torna a zona costeira de Moçambique única na África Oriental. O turismo costeiro está bem desenvolvido na parte sul do país, e esta indústria expandiu-se rapidamente desde o fim da guerra civil em 1992 (COAST, 2009). Inhambane é uma das províncias mais pobres de Moçambique, contudo, tem uma grande taxa de crescimento e esta indústria representa a principal actividade económica na área do Sítio de Demonstração. O sector do turismo está concentrado nas praias para férias e actividades marinhas 4

13 relacionadas tais como mergulho, safaris marinhos e snorkelling. A maioria dos operadores turísticos são de origem sul-africana e a maioria dos visitantes vem da África do Sul, Zimbabwe, Europa e dos Estados Unidos da América. Aproximadamente 3 hotéis, 9 pousadas e 72 lodges oferecem alojamento dentro do Sítio de Demonstração. Actualmente existem seis provedores de serviços de mergulho a operarem na área, quatro no Tofo e duas na Barra. Estes Centros promovem viagens de snorkelling para nadar junto com os tubarões baleias e viagens de mergulho para ver as arraias manta (estes mergulhos vão até uma profundidade de 20 metros) e também algumas fazem viagens de snorkelling e excursões de barco para as ilhas localizadas na Lagoa de Inhambane. Mais 3 operadores de merguho usam os recifes na área de TBT. Estes incluem operadores em Guinjata e um em Paindane. Existe também a possibilidade de incluir os recifes de Wogwarts e Paindane Express na área marinha de TBT dado que é uma extensão do sistema de recife de TBT e oferece excelente mergulho em corrente (drift). As actividades relacionadas ao turismo dentro do Sítio de Demonstração que dependem do capital natural da área características marinhas e de praia. O total de visitantes nocturnos para esta área estimou em 50,000 em Aproximadamente metade dos 125,000 visitantes que viajam para a província todos os anos, chegando para ver a maior densidade mundial do residente da mega fauna - tubarões baleia e arraias manta (Ocean Revolution, 20120). Sendo um sector de mão-de obra intensiva, o turismo tem o potencia de contribuir significativamente para a renda da população rural, daí que tem um grande potencial para ser uma indústria para os pobres (SLE, 2003). Enquanto o impacto económico deste sector nas comunidades circunvizinhas é actualmente baixo, com a maioria dos trabalhadores em contratos precários para o nível de entrada, trabalhadores não qualificados, o turismo continua a ser um sector importante. Em 2011, estima-se que 45% do emprego formal em Inhambane (130,000 empregos) estava directamente ou indirectamente relacionado com o turismo marinho (Ocean Revolution, 2012). Assim sendo, as ameaças da sustentabilidade à indústria do turismo marinho a longo termo constituem uma grande preocupação. A figura 2 apresenta a diversidade das actividades turísticas no Sítio de Demonstração do TBT mostrando que as actividades relacionadas com o turismo que dependem da praia e características marinhas incluem os que fazem negócio na praia, operadores de barcos e de mergulho, pesca desportiva, snorkelling, surf, Caiaque passeio de barco. As actividades secundárias são passeios de safari, diversão desportiva e outras actividades comerciais. Enquanto a ligação entre o turismo marinho e a economia local podia ainda ser melhorada na área do Sítio de Demonstração, as empresas de ecoturismo estão a crescer na área, com cada vez mais interesse por parte dos residentes locais nas oportunidades das actividades de turismo marinho sustentável. 5

14 Figura 2: Actividades de recreação marinha dentro do Sítio de Demonstração de TBT 6

15 2.3 Desafios para o Turismo marinho Sustentável Os oceanos em todo o mundo estão sob pressão. Alterações globais, exacerbadas por actividades destrutivas tais como a poluição, exploração excessiva, pesca destrutiva, baixo desenvolvimento, falta de governação e outras de impacto humano são tão evidentes como a perda da biodiversidade, degradação de ecossistemas marinhos e costeiros cruciais e a redução de recursos marinhos essenciais. Enquanto as actividades marinhas raramente são consideradas como as que criam estes tipos de impacto, a gestão turística e de actividades de recreação inadequada pode resultar na poluição de áreas marinhas e costeiras sensíveis, impedir os processos naturais e espécies, destruição de habitats devido ao fraco desenvolvimento do turismo costeiro, a procura dos poucos recursos para alimentar o sector, preços imobiliários em alta, deslocamento das comunidades locais e impactos indirectos como o crescimento populacional. Os desafios já são evidentes tanto no ambiente marinho assim como no sector do turismo na área do TBT. Uma pesquisa levada a cabo pela Fundação Marinha Megafauna mostra claramente uma redução acentuada na visualização das arraias manta de recife (redução em 88%) e de tubarão baleia (redução em 79%) entre 2003 e Embora as causas possam ser diferentes, considera-se que tanto a pesca destrutiva assim como o crescente número de visitantes para os recifes é que estão a causar a redução destas espécies (Rohner et al, 2013). Algumas evidências empíricas mostram que o turismo na área de TBT reduziu de certa forma nos últimos anos devido, em parte, à crise económica mundial. A recente instabilidade política em Moçambique poderá também aumentar esta redução. Os impactos destas mudanças a longo termo ainda irão se evidenciar, porém, o declínio do desenvolvimento económico na região irá certamente afectar negativamente tanto os residentes locais assim como o meio ambiente. Estas tendências requerem uma atenção urgente pelos decisores e pelos utentes da área marinha. A província de Inhambane tem uma taxa de pobreza bastante alta. Cerca de 80% da população vive em pobreza extrema (Barros 2012). Dado que os recursos marinhos são a única fonte de proteínas para a maioria dos residentes, a manutenção de um meio ambiente marinho produtivo é crucial. Segundo o acima citado, as mudanças nos recursos marinhos e na economia na área do TBT já são evidentes. Também os conflitos de uso, que principalmente estão a volta de actividades turísticas não geridas e a extracção de recursos para a sobrevivência dos locais. Desafios chave interligados seleccionados, especificamente, relacionados com a recreação marinha e de recifes que foram identificados através de consultas com os actores no Sítio de Demonstração do TBT incluem: 1) Falta de conhecimento da importância do ambiente marinho & costeiro saudáveis pelos órgãos decisores, grupos de utentes e visitantes As consultas com os actores destacaram a falta de disponibilidade de e acesso à informação sobre os ecossistemas e recursos marinhos e costeiros e o desejo de todos os sectores e níveis de actores para mais informação. Estas são actualmente as poucas vias para a partilha de informação entre os actores, sobretudo ao nível local, para além das actividades essenciais levadas a cabo pela Bitonga Divers. As actividades de sensibilização levadas a cabo no âmbito das actividades do projecto COAST incluindo encontros e conversações nas aldeias locais e no Sítio de Demonstração foram importantes na criação de ânimo e interesse por mais discussões e partilha de informação sobre uma gestão melhorada. Pedidos dos pescadores e sobretudo dos aldeões foram recebidos, de mais recursos de informação de modo a aumentar o seu conhecimento sobre os recursos marinhos. Há boas oportunidades para a partilha das constatações dos grupos de pesquisas com o governo local, OBCs e o sector privado, que irão reforçar ainda mais a preocupação por um uso sustentável de recursos e identificação das 7

16 melhores opções de gestão. Há também a necessidade de mais informação para os visitantes assim como para os operadores e proprietários de estâncias turísticas sobre o valor e a importância das actividades turísticas sustentáveis, a necessidade de turismo responsável e de baixo impacto, e as opções para a redução de impactos sobre os ecossistemas marinhos e espécies. Esta informação pode ser incluída nos Códigos de Conduta para as diferentes actividades assim como na sinalização e outros materiais de sensibilização. 2) Falta de Gestão de turismo marinho Os actores falam de gestão deficitária por parte das instituições governamentais e falta de cumprimento das leis de turismo e regulamentos dos assuntos principais. Os representantes do governo local, por sua vez, destacaram Problemas que têm a ver com recursos técnicos e financeiros inadequados que influem na execução das suas responsabilidades. Os aldeões manifestaram a sua frustração devido à falta de consideração dos impactos do turismo nas comunidades locais por parte do governo, sobretudo com relação ao consumo de recursos marinhos, uso de material local para a construção, pressão crescente sobre espécies específicas tais como cavalo-marinho e tubarões da extracção sem controle e acesso restrito à certos recursos como resultado do desenvolvimento do turismo. Falta de controlo por parte do governo do licenciamento da pesca desportiva e outras actividades que afectam os recursos disponíveis para as comunidades foi, igualmente, destacado. As comunidades gostariam de ver uso responsável do ambiente marinho pelo sector do turismo. Membros do sector privado destacam assuntos atinentes à falta de cumprimento dos regulamentos pelo governo e a falta de transparência no licenciamento e requisitos de autorização e procedimentos. O fraco cumprimento de e respeito aos regulamentos importantes conducentes ao desenvolvimento costeiro e a regulação do turismo costeiro e marinho e actividades de uso dos recursos, está claramente a afectar os ecossistemas e espécies sensíveis de uma forma negativa. Por exemplo, todas as infra-estruturas nas áreas costeiras foram erguidas em dunas extremamente frágeis dada a ausência das devidas avaliações de impacto ambiental (SLE 2003). O tráfego não regulado de veículos tem estado a degradar áreas de praias e mangais sensíveis, que servem como locais propícios de habitat e procriação das espécies de tartarugas em extinção. O mesmo acontece com barcos à motor conduzidos sobre as áreas de ervas marinhas sensíveis na Baía de Inhambane. A gestão de resíduos sólidos naquela área é precária e a deposição de lixo em áreas de mangais sensíveis é evidente. À medida que o desenvolvimento costeiro aumenta e enquanto actividades recreativas marinhas emergem com a diversificação dos produtos turísticos por operadores, mais ecossistemas marinhos sensíveis e espécies ficam afectados. A falta de um plano de desenvolvimento turístico e zoneamento apropriado para turismo específico e actividades de uso de recursos tem estado a aumentar os conflitos entre os utentes. A necessidade de uma gestão mais forte pelo governo de modo a reduzir conflitos entre os grupos de utentes e garantir que o turismo adequado seja a principal preocupação. Recentemente, um plano de infraestruturas urbanas para o Município de Inhambane foi desenvolvido pelo CMCI com o apoio da GIZ. Este plano inclui áreas turísticas, dentro da área de TBT. Espera-se que a aprovação deste plano aconteça em princípios de ) Protecção Inadequada de ecossistemas marinhos e dos recifes e de espécies marinhas Actualmente não existe nenhuma área formal marinha protegida ou um plano de gestão da zona para proteger os ecossistemas marinhos sensíveis, processos e espécies dentro do Sítio de Demonstração e toda área em geral. Esforços preliminares foram, contudo, empreendidos através de uma colaboração informal entre os pescadores e um dos operadores de mergulho de modo a reduzir a pressão piscatória num recife de Buddies na área da Barra. Pescar em corais de recife é ilegal, e o que é necessário 8

17 apenas é o cumprimento. Vários grupos comunitários também manifestaram um grande desejo de criar áreas marinhas geridas localmente para proteger áreas seleccionadas da exploração excessiva e para o uso de recursos de uma forma mais sustentável através de práticas piscatórias menos destrutivas. Os desafios referidos têm a ver com a obtenção de licenças formais do governo para a criação e gestão local de tais áreas. Um acordo preliminar foi igualmente alcançado entre os operadores para o encerramento de um dos recifes de mergulho mais famosos (Recife Manta) por um período curto de modo a reduzir pressão sobre as raias manta devido ao número excessivo de mergulhos. Embora resultados iniciais pareceram encorajadores, a falta de colaboração entre os operadores precipitou o fim desse acordo. A gestão das pescas vai para além do âmbito deste plano. É importante contudo, reconhecer a relação entre o turismo e as pescas na medida em que a pressão da demanda pelos mariscos para o comércio do turismo e também para alimentação dos residentes locais trazidos à esta área sob a promessa de emprego na indústria do turismo. Um levantamento preliminar, levado a cabo para perceber os contornos do comércio de mariscos dentro do sector do turismo nas áreas de Tofo e Barra, revela que uma diversidade de espécies marinhas é capturada para alimentar o sector do turismo, algumas das quais incluem espécies vulneráveis de recifes. Os Actores intervenientes também sugerem que algumas espécies da mega fauna são capturadas pelos pescadores locais para fornecer carne e objectivos comerciais. Inicialmente, as actividades de turismo no Sítio de Demonstração centralizavam-se nos recifes costeiros. Recentemente, contudo, certas áreas dentro da Baía de Inhambane tornaram-se bastante famosas para muitos turistas. Novas áreas de atracção tais como a área de bastante biodiversidade e ervas marinhas estão a surgir na área nordeste da Baía. A fraca monitoria e gestão governamental na direcção turística e de actividades piscatórias e a prevenção da degradação são tidas como preocupação principal pelos actores intervenientes. A exploração não controlada de recursos marinhos (peixe e mangais) e a falta de controlo das actividades marinhas destrutivas deve ser resolvida muito urgentemente de uma forma sistemática e informada. 4) Práticas de turismo marinho não sustentáveis O sector do turismo no Sítio de Demonstração é maioritariamente detido por estrangeiros e os visitantes são geralmente oriundos de países estrangeiros. A aplicação inconsistente de regulamentos por parte do governo, combinada com a falta de um quadro regulador de gestão para o sector do turismo e actividades turísticas potencialmente conflituosas têm estado a resultar na redução na condição de algumas áreas e espécies altamente sensíveis. Embora algumas soluções estejam a ser elaboradas, as mesmas ainda não produziram resultados. Por exemplo, a Associação dos Mergulhadores Activos para os Recursos Marinhos (AMAR) foi delegada a tarefa de rever a legislação sobre mergulho recreativo (Decreto 44/2006) pelo Instituto Nacional da Marinha (INAMAR), e submeteu uma proposta da comunidade dos mergulhadores ao INAMAR. Esperava-se uma resposta em Março de Actividades como condução na praia, danificam gravemente os habitats de pássaros e tartarugas. Barcos a motor e jet skies ameaçam as áreas frágeis de ervas marinhas na Baía de Inhambane e com a falta de mapeamento representa perigo para os banhistas e mergulhadores. Visitas excessivas de vários mergulhadores para certos recifes famosos, fraco conhecimento de mergulho e snorkelling e a interferência no comportamento de espécies tem criado um alto nível de perturbação, que poderá ter sido motivo da redução de espécies principais. O que agrava os factores supracitados é a gestão inadequada pelo governo que está limitado a colaboração/auto-regulação pelos operadores turísticos. Alguns actores na área estão a tentar autoregulamentar algumas actividades e têm estado a disseminar Códigos de Conduta (CoC) elaborados localmente baseados em boas práticas internacionais para os mergulhadores. Contudo, o cumprimento de CoCs acontece de forma esporádica e mais ênfase é necessária para o cumprimento dos procedimentos nos CoCs e para uma maior auto-regulamentação geral por parte dos operadores de passeios turísticos. 9

18 5) Falta de colaboração, coordenação & comunicação entre todos os grupos de utentes A colaboração entre o governo, o sector privado e os aldeões no Sítio de Demonstração é fraca. Em outras palavras, alguns esforços iniciais são evidentes que até podem servir como um exemplo útil para mais colaboração. Um encontro de Diálogo do Grupo Intersectorial foi convocado para mediar problemas do diálogo público-privado. Este grupo inclui representantes da Administração Marítima (ADMAR), Direcção Provincial de Turismo (DPTUR), Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), Direcção Provincial das Pescas (DPP), Conselho Municipal da Cidade de Inhambane (CMCI), Conselho dos Empregadores da Província de Inhambane (CEPI), Associação dos Mergulhadores de Moçambique (AMAR), Associação de Hotelaria e Turismo de Inhambane (AHTPI) e o Instituto Nacional para Actividades Económicas (INAE). Outra iniciativa conjunta é a disponibilização e transporte pelos operadores das estâncias turísticas para os funcionários do governo para velarem pelo cumprimento dos regulamentos tais como a prevenção da condução nas praias. Estas acções colaborativas, contudo, se afiguram poucas. é um desses exemplos, porém, estas práticas são poucas. Há muita competição e rivalidade entre os operadores turísticos e a colaboração é bastante baixa, sobretudo em termos de regulamentação do número de turistas que devem visitar os recifes famosos. As preocupações manifestadas pelos residentes locais e pescadores artesanais têm a ver com os desafios da sua sobrevivência em assuntos como conflitos com o sector do turismo, e a falta de acordos de co-gestão entre o governo e as comunidades costeiras para a manutenção de recifes. Embora as áreas geridas localmente são escassas, actualmente existe apenas um acordo entre os pescadores e os operadores turísticos na Barra para proteger um dos recifes, consultas iniciais com os pescadores revela um grande interesse em tais acordos. 2.4 Medidas Actuais de Gestão do Turismo Marinho O meio ambiente marinho de Moçambique é bastante diversificado e produtivo mas está ameaçado pelo excesso da pesca, desenvolvimento costeiro e poluição (WWF, 2007). Apesar da extensa linha costeira, Moçambique demarcou sete Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) (vide Tabela 1). Tabela 1: AMPs em Moçambique, nos termos do Acordo de Conservação Marinha Áreas Marinhas Protegidas em Moçambique Categoria Sítio UICN (IUCN) Tamanho (em km 2 ) Data da criação Tipo de Gestão Arquipélago Primeiras e Segundas (2 áreas) 10, Governo Bazaruto II Governo Ilha do Inhaca e dos Portugueses VI Governo Quirimbas Governo Quirimbas Norte Privado Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro Governo Vilanculos Privado Apesar da importância da biodiversidade da área de Inhambane e da dependência do sector do turismo (e por isso também da economia local) pelo capital natural da marinha, actualmente não há áreas marinhas formais protegidas dentro do Sítio de Demonstração ou de uma forma clara quaisquer áreas 10

19 demarcadas de gestão marinha com a indicação de actividades específicas. As áreas marinhas protegidas estão localizadas mais para o norte do arquipélago do Bazaruto. Esforços, contudo, foram envidados para criar áreas marinhas geridas localmente seguindo modelos participativos, envolvendo os aldeões por intermédio do Conselho Comunitário dos Pescadores (CCP), autoridades locais, o sector do turismo e organizações de pesquisa, de modo a proteger alguns dos recifes e espécies que sustentam a economia local. Segundo o mencionado anteriormente, a área foi também identificada como parte de um complexo de áreas marinhas globalmente importantes (em associação com Bazaruto), que têm um valor de potencial Património Mundial. Do lado continental da zona costeira, Inhambane foi identificada como uma Área Prioritária para o Investimento de Turismo no âmbito do Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Turismo em Moçambique ( ) (MITUR, 2004). Uma série de estudos foram conduzidos de modo a orientar o desenvolvimento na área. Em 2002 o Centro para o Desenvolvimento Sustentável das Zonas Costeiras (CDS-ZS) uma instituição consultiva do Ministério para a Coordenação de Acção Ambiental (MICOA) adjudicou uma Estratégia de Avaliação Ambiental (EAA) como um Plano de Macro-Zoneamento para as áreas das praias de Tofo, Barra, Tofinho e Rocha. Este processo destacou alguns dos assuntos chave e soluções para alguns impactos do turismo para a área incluindo aqueles que têm impacto sobre o meio ambiente marinho, e identificou zonas territoriais de protecção comunitária e uma zona de reflorescimento da comunidade e sete zonas para a aprovação de propostas de desenvolvimento (Gove, 2003). O Plano de Macro-Zoneamento ainda carece de implementação mas manifesta-se como um Plano útil na orientação do desenvolvimento desta área. Subsequentemente, um plano de desenvolvimento de Turismo (Nhantumbo, 2009) foi criado para a Província de Inhambane, e a administração da província de Inhambane tem estado a trabalhar de modo a promover a transparência no processo da criação de empresas turísticas, e para desenvolver associações do sector privado para representar os operadores de mergulho. Para além do acima citado, um estudo importante foi feito em 2002 pelo Centro para a Formação Superior em Desenvolvimento Rural (SLE) destacou passos claros para o desenvolvimento de turismo costeiro sustentável em Inhambane (SLE, 2003). O presente documento intitulado Turismo e Gestão da Zona Costeira centra-se principalmente no meio ambiente costeiro do continente mas as recomendações nele contidas para reduzir a pobreza, gerir conflitos e proteger o meio ambiente são ainda bastante válidas dado que muitos dos impactos sobre os recifes e ecossistemas marinhos são movidos por actividades do turismo costeiro. Muito recentemente o Banco Mundial financiou o Projecto de Competitividade para Desenvolvimento do Sector Privado (PACDE), apoiou o sector de turismo em Inhambane através da elaboração e implementação do plano de acção e estratégia do turismo. O projecto iniciou em 2009 e espera-se que seja concluido em 2015 (Banco Mundial, 2014). 2.5 Consultas com os Actores Intervenientes Um grupo diverso de actores intervenientes está preocupado com a recreação marinha e de recifes no Sítio de Demonstração incluindo representantes governamentais de diferentes agências, aldeões locais, Pescadores, sector privado, operadores de excursões e proprietários de estâncias turísticas, residentes e proprietários de residências, organizações de pesquisa, ONGs e OBCs. No princípio do projecto COAST, um Comité de Gestão DSMC foi criado para o Sítio de Demonstração do TBT (vide Anexo 11

20 1). O Objectivo do DSMC é de ajuda na implementação das actividades do projecto e promover a sustentabilidade dos resultados do projecto. O DSMC também ajudou na ligação entre os actores intervenientes com o governo central, através de um Coordenador do Projecto do Sítio de Demonstração (CSP). Uma Equipa Técnica do Sítio de Demonstração foi igualmente criada em Agosto de 2013 para incluir outros actores intervenientes e dar mais apoio de especialidade para a implementação das actividades da RMRM do projecto. O presente documento foi elaborado através de consultas contínuas com os membros do DSMC e a equipa Técnica assim como outros actores intervenientes tanto dentro do Sítio de Demonstração assim como na região do Oeste do Oceano Índico. O Anexo 2 apresenta a lista dos actores consultados. 3 Quadro Institucional e Regulador 3.1 Quadro Institucional O Ministério do Turismo MITUR é a instituição governamental responsável pela promoção e licenciamento de actividades turísticas. As Direcções Provinciais de Turismo DPTURs e os Serviços Distritais de Actividades Económicas SDAEs são as instituições governamentais que representam o MITUR ao nível local. A responsabilidade geral da gestão ambiental em Moçambique é do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). As instituições responsáveis pela gestão dos recifes e recursos marinhos são os Departamentos de Pescas, MICOA e ADMAR. O mandato das áreas protegidas está sob responsabilidade do Ministério do Turismo, através da Agência Nacional para as Áreas de Conservação (ANAC)), dado que o turismo é tido como a via para financiar a conservação. O Instituto de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala (IDPPE) e o Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (IIP) faz a gestão de assuntos relacionados com as AMPs. A gestão local das pescas é promovida pela legislação através do desenvolvimento de organizações locais conhecidas como Conselhos Comunitários de Pesca. Nem todos os pescadores fazem parte dos CCPs, contudo, o número de membros tem estado a crescer (Songane pers. com. 2013). Os CCPs têm conhecimento de práticas insustentáveis por parte de pescadores. Estes conselhos têm um alto nível de conhecimento de práticas tradicionais e são grandes promotores de métodos sustentáveis de pesca (Ocean Revolution, 2012 A Administração Marítima, no Ministério dos Transportes e Comunicações, é responsável pela navegação e segurança marítima. A Administração Marítima também presta assistência no licenciamento da pesca artesanal e licenciamento de centros e escolas de mergulho. Na área de Inhambane, são responsáveis pelo cumprimento de alguns regulamentos turísticos tais como a proibição de condução nas praias. 3.2 Políticas e Legislação Uma variedade de instrumentos de políticas, leis e regulamentos são relevantes para o sector do turismo marinho em Moçambique e na área do Sítio de Demonstração (vide Tabela 2). O sector do turismo em Moçambique tem estado a receber muita atenção na perspectiva de planificação e legislação. Com o fim da guerra civil e a consequente assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, a Organização Mundial de Turismo ajudou o governo de Moçambique na formulação de um plano estratégico de desenvolvimento de turismo no período de 1993 à Em 2000 o Governo 12

21 Moçambicano criou o Ministério do Turismo, MITUR, que dirigiu a formulação do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo (MITUR, 2004) e a Política Nacional do Turismo e a Estratégia de Implementação para o desenvolvimento de turismo em Moçambique (GoM, 2007). O primeiro Plano Estratégico para o desenvolvimento do Turismo e Desenvolvimento Humano em Inhambane foi adoptado, cobrindo um período que ia de 2004 à 2013 (Gove, 2011). Subsequentemente, o Plano de Acção e Estratégia do Turismo foi elaborado através do Banco Mundial, Projecto PACDE e foi apresentado ao governo nos finais de O objectivo do documento é dar uma visão e estratégia do desenvolvimento do destino geral sobre o desenvolvimento dos produtos turísticos da Província de Inhambane e actualizar bem como aumentar os benefícios às comunidades locais e conexões sustentáveis entre pequenos e médios negócios e a indústria de turismo entre 2011 e A implementaçao da Estratégia está ainda por ser concluída (Empresa da Estratégia do Turismo, 2014). As Áreas Protegidas foram criadas nos termos da Lei de Florestas e Fauna Bravia de A mesma refere-se essencialmente às áreas protegidas no continente. Embora não exista nenhuma legislação específica sobre as Áreas Marítimas Protegidas (AMP), o Decreto 16/96, sobre o Regulamento da Pesca Marítima, permite a designação de Reservas Nacionais Marítimas, Parques Marinhos Naturais e Áreas Marítimas Protegidas. A Lei Nacional de Pescas e os planos Estratégicos Provinciais prevêem a criação de zonas co-geridas para o uso de recursos marítimos com os Conselhos Comunitários de Pesca Locais (Ocean Revolution, 2012). A tabela abaixo resume as leis principais e políticas relacionadas com o uso e conservação dos recursos marinhos. Em 2013, o governo aprovou uma nova Lei das Pescas (2013), que irá abordar os direitos baseados em gestão de pescas, principalmente para o benefício directo dos pescadores locais e conservação em favor dos pobres. Este instrumento baseado em direitos é o primeiro da sua natureza no Oeste do Oceano Índico. A Lei das Pescas é o instrumento mãe que regula todas as actividades piscatórias em Moçambique e regulamentos afim e está sob a Política das Pescas de Os principais instrumentos do quadro do sector são o Plano Director de Pescas, Plano Estratégico para a Pesca Artesanal, Estratégia para o Desenvolvimento da Aquacultura, Estratégia de Desenvolvimento da Investigação Pesqueira, Políticas de MCS e a Estratégia de Implementação, e o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal, não Declarada e não Regulamentada. Na área do Sítio de Demonstração, a Associação dos Pescadores da Comunidade de Tofo e o Conselho Comunitário dos Pescadores criaram um regulamento local de modo a reforçar a legislação existente para dar uma melhor compreensão entre os pescadores e centrar-se no uso dos recursos marinhos e na área de TBT. 13

22 Tabela 2: Políticas e leis principais relacionadas com o turismo e protecção costeira e marinha Política ou Lei Relevância Políticas e Quadros Programa Nacional de Gestão Ambiental (NEMP, 1995) Política de Conservação e Estratégia de Implementação (2009) Política de Terra (1995) Estratégia Nacional e Plano de Acção para a Conservação da Biodiversidade (2003) Política de Pescas e Estratégia de Implementação (1996) Estratégia e Política Nacional de Turismo (2003) Quadro da Lei Ambiental (1997) Lei da Terra (1997) Lei de Florestas e Fauna Bravia (1999) Regulamentos de Florestas e Fauna Bravia Anexo II (2002) Lei do Turismo (2004) Regulamentos sobre os Benefícios do Turismo para a comunidade (2005) Decreto sobre Regulamentos de Mergulho (2006) Taxas e tarifas para as Áreas Protegidas (2009) Lei e Regulamentos de Pescas Órgãos Locais e Lei Lei sobre as Avaliações do Impacto Ambiental (AIAs) (2004) Regulamentos que regulam AIAs (2004) Abrangendo a estratégia nacional do ambiente procurando promover e implementar boas políticas ambientais. Estratégia para a Conservação dos recursos naturais e biodiversidade de Moçambique. Mantendo o princípio segundo o qual a terra é pertença do Estado reconhecendo, porém os direitos tradicionais de uso. Plano para atingir os objectivos da Convenção sobre a Diversidade Biológica (Apêndice 1) incluindo a conservação dos recursos marinhos. Pretende maximizar os objectivos económicos ao mesmo tempo que garante a colheita sustentável de recursos Reconhece a necessidade para desenvolver o turismo de uma forma sustentável e promove investimentos do sector privado Legislação Quadro legal e institucional para a gestão do meio ambiente de Moçambique Determina que a Terra é propriedade do Estado e que não está à venda. Prevê bases legais para determinar áreas protegidas Determina os princípios e regras para a protecção, conservação e uso sustentável da gestão integrada, para o desenvolvimento económico e social de Moçambique. Cria áreas protegidas em terra Faz uma lista de animais protegidos que não podem ser caçados nos termos da Legislação de Florestas e Fauna Bravia (as únicas espécies marinhas incluídas são dugongs e tartarugas marinhas que cada uma delas dá direito a uma multa de Mzn e Mzn respectivamente) Aplica-se às actividades de turismo, actividades do sector público direccionadas a promoção de turismo, fornecedores, turistas e consumidores de produtos turísticos e serviços Regula os benefícios do turismo para a comunidade. Estipula que 20% do valor dos impostos do turismo reverterão às comunidades locais. Inclui detalhes do registo, gestão e distribuição de finanças, etc. da comunidade. Em substituição do decreto 1968 requer pleno registo e autorização dos centros de mergulho das Autoridades Marítimas Nacionais. Os dispositivos referem-se essencialmente à admissão, certificação e prática dos instrutores de mergulho e mergulhadores. Estipula taxa e tarifas para as áreas protegidas em Moçambique (parques e reservas) Regula a adopção de uma arraia da gestão de pescas e medidas de conservação. Permite as autoridades distritais para propor e designar áreas protegidas através dos seus poderes da planificação do uso da terra Aborda todos os assuntos atinentes à avaliação do Impacto Ambiental da terra anterior ao desenvolvimento, incluindo a poluição, infra-estruturas, gestão sustentável, auditorias, responsabilidades e sanções Os regulamentos para a lei nos AIAs. 14

23 4 Elaboração do Plano de Gestão do Turismo marinho para o Sítio de Demonstração de TBT 4.1 Processo de Elaboração do Documento O presente documento foi elaborado através de um processo participativo envolvendo os membros DSMC, intervenientes relevantes, ONGs, OBCs e pesquisadores dentro do Sítio de Demonstração. A abordagem seguida foi ascendente, descendente, com recurso à certas técnicas de linha de base de pesquisa, identificação de Melhores Práticas Disponíveis e Tecnologias (BAPs & BATs), avaliação de ecossistemas, mapeamento participativo, sensibilização, problemas e identificação de necessidades e debates para identificar soluções prioritária (vide Figura 3 abaixo ilustrando o processo). O presente documento espera-se que seja simples, prático e simpático para o seu utente de modo que possa ser usado por todos os utentes dos recursos marinhos do Sítio de Demonstração que estejam interessados na gestão melhorada da recreação marinha de recifes. Figura 3: Processo de desenvolvimento do Plano de Gestão de Turismo marinho Sustentável para o Sítio de Demonstração 4.2 Principais Problemas Identificados pelos Actores Intervenientes Segundo o debatido na Secção 2.3 acima, uma lista de problemas principais priorizados foram identificados pelos actores através do processo de consultas, a saber: 15

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