Kit de treinamento SWITCH GESTÃO INTEGRADA DAS ÁGUAS URBANAS NA CIDADE DO FUTURO. Módulo 1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. Preparando-se para o futuro

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1 Kit de treinamento SWITCH Módulo 1

2 Ficha Técnica Título Original: Editor: Autor Principal: Co-autores: Baseado Principalmente nos Trabalhos dos Seguintes Parceiros do consórcio SWITCH: Organizadores: Design: Layout: Copyright: Agradecimentos: Aviso: Edição brasileira: Editor: Coordenação editorial: Este material foi traduzido para o português e adaptado ao contexto do Brasil por: Editoração Eletrônica: Organização e Revisão: SWITCH Training Kit - Integrated Urban Water Management in the City of the Future ICLEI European Secreteriat GmbH (Gino Van Begin Diretor) Ralph Philip (ICLEI - Secretariado Europeu) Barbara Anton (ICLEI - Secretariado Europeu), Peter van der Steen (Instituto UNESCO-IHE para a Educação sobre a água) John Butterworth, Charles Batchelor, Carmen da Silva (IRC Centro Internacional da Água e Saneamento), Peter van der Steen, Carol Howe, Diana M. Guio-Torres (Instituto UNESCO-IHE para a Educação sobre a água); Chris Jefferies, Alison Duffy (Universidade de Abertay) Ralph Philip, Barbara Anton, Anne-Claire Loftus (ICLEI - Secretariado Europeu) Rebekka Dold Grafik Design & Visuelle Kommunikation, Freiburg, Alemanha Imagem da capa e itens gráficos por Loet van Moll Illustraties, Aalten, Países Baixos Stephan Köhler (ICLEI - Secretariado Europeu) Secretariado Europeu do ICLEI GmbH, Friburgo, Alemanha 2011 O conteúdo deste kit de treinamento está sob licença da Creative Commons especificada como Attribution- Noncommercial-Share Alike 3.0. Essa licença permite que outros ajustem e desenvolvam os materiais do Kit de Treinamento para fins não comerciais, desde que seja dado crédito ao Secretariado Europeu do ICLEI e licenciadas as novas criações sob os mesmos termos. licenses/by-nc-sa/3.0 / O texto legal completo sobre os termos de uso desta licença pode ser encontrado em Este Kit de treinamento foi produzido no âmbito do projeto Europeu de pesquisa SWITCH (2006 a 2011) O SWITCH foi co-financiado pela Comissão Européia sob o 6th Framework Programme contribui para a temática prioritária Global Change and Ecosystems [ ] Contract no Essa publicação reflete somente as opiniões dos autores. A Comissão Européia não se responsabiliza pelo uso das informações contidas nessa publicação. Kit de Treinamento SWITCH: Gestão Integrada das Águas na Cidade do Futuro Módulo 1 - : ICLEI Brasil Florence Karine Laloë Coordenação técnica - Prof. Nilo de Oliveira Nascimento (Universidade Federal de Minas Gerais) Revisão e Adaptação - Marcus Suassuana Tradução - Luiza Dulci, Davi Alencar, Davi Baptista, Luiz Otávio Silveira Avelar e Maurício Moukachar Baptista. Mary Paz Guillén e Isadora Marzano Florence Karine Laloë e Sophia Picarelli Kit de Treinamento SWITCH: Gestão Integrada das Águas na Cidade do Futuro Módulo 1 Planejamento estratégico:. Coordenação técnica: Nilo de Oliveira Nascimento. Coordenação editorial: Florence Karine Laloë. 1. ed. São Paulo, 2011 ISBN (PDF) ISBN (CD-ROM)

3 Kit de treinamento SWITCH Módulo 1

4 4 Kit de Treinamento SWITCH Kit de Treinamento SWITCH Gestão Integrada das Águas Urbanas na Cidade do Futuro O Kit de Treinamento SWITCH é uma serie de módulos sobre Gestão Integrada das Águas Urbanas (GIAU) desenvolvido no âmbito do Projeto SWITCH - Gestão da Água na Cidade do Futuro. O Kit foi desenvolvido primeiramente para atividades de treinamento visando principalmente aos seguintes grupos: Tomadores de decisão no âmbito dos governos locais; Funcionários de altos escalões de órgãos dos governos locais, que: sejam diretamente responsáveis pela gestão da água; sejam eles próprios grandes usuários de água, tais como os responsáveis por parques e locais de recreação; representem grandes impactos sobre os recursos hídricos, tais como o planejamento do uso do solo; tenham interesse no uso da água em geral, tais como departamentos do meio ambiente. Gestores de recursos hídricos e profissionais dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de águas pluviais. Todos os módulos estão intimamente ligados entre si e estas ligações são claramente indicadas nos textos. Além disso, as informações contidas nos módulos são complementadas por uma biblioteca on-line, estudos de caso e links para outras fontes, todos eles destacados no texto, quando for o caso. Os seguintes símbolos são usados para indicar quando informações adicionais estiverem disponíveis: Refere-se a outro modulo do Kit de Treinamento SWITCH onde mais informações são encontradas Refere-se a recursos adicionais do projeto SWITCH disponíveis no site SWITCH Training Desk Refere-se a um estudo de caso disponível no site SWITCH Training Desk Refere-se a um link para outras fontes

5 Módulo 1 5 Kit de Treinamento SWITCH: Todos os módulos A abordagem geral do projeto SWITCH à GIAU (Gestão Integrada das Águas Urbanas) Módulo 1 Módulo 2 GRUPOS DE INTERESSE Envolvendo todos os agentes Contém uma introdução aos principais desafios da gestão das águas em áreas urbanas, no presente e no futuro, e informações passo-apasso sobre o desenvolvimento e a implantação de um processo de planejamento estratégico. Contém um resumo sobre diferentes abordagens ao envolvimento de múltiplos agentes incluindo Alianças de Aprendizagem e meios pelos quais tal engajamento pode ser efetivamente alcançado para os propósitos da GIAU. Soluções sustentáveis Módulo 3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA Explorando opções Módulo 4 MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS Explorando opções Módulo 5 ESGOTAMENTO SANITÁRIO Explorando opções Descreve como o abastecimento de água nas cidades / manejo de águas pluviais / gerenciamento de efluentes líquidos pode se beneficiar de uma maior integração, incluindo exemplos de soluções inovadoras pesquisadas no âmbito do projeto SWITCH e a possível contribuição dessas pesquisas para uma cidade mais sustentável. Auxílio à decisão Módulo 6 AUXÍLIO À DECISÃO Escolhendo um caminho sustentável Introduz o conceito de Sistemas de Auxílio à Decisão para a gestão das águas urbanas incluindo detalhes da ferramenta Águas Urbanas, desenvolvida no âmbito do projeto SWITCH.

6 6 Kit de Treinamento SWITCH Módulo 1: Conteúdo Introdução... Metas de aprendizagem Por que a mudança é necessária Os problemas A abordagem convencional versus a abordagem integrada... A água na cidade Vínculos dentro do ciclo hidrológico urbano Vínculos entre o ciclo hidrológico e outros setores de gestão urbana A água e a qualidade de vida... A direção geral: gestão sustentável das águas Colocando a GIAU em prática O processo de planejamento estratégico para a GIAU Uma visão geral Envolvimento de grupos de interesse Unidade de coordenação O papel dos políticos locais O processo de planejamento estratégico para a GIAU Avaliação inicial Criando uma visão Estabelecendo objetivos Indicadores e metas Construção de cenários Desenvolvimento de estratégias Desenvolvimento de um plano de ação Implantação Monitoramento e avaliação A natureza cíclica do processo de planejamento estratégico Fechamento... Referências

7 Módulo 1 7 Introdução Imagem: istockphoto.com/neoellis Sendo o primeiro da série, o Módulo 1 do Kit de Treinamento do projeto SWITCH familiariza o usuário com o conceito de Gestão Integrada das Águas Urbanas (GIAU) e fornece orientações sobre as etapas básicas a serem percorridas para a realização de tal abordagem na prática. O Módulo 1 promove uma abordagem integrada para a gestão urbana da água, partindo da premissa de que: O projeto e gestão do sistema hídrico urbano baseado em uma análise do sistema como um todo levará a soluções mais sustentáveis do que projetos e práticas de gestão, de cada elemento do sistema, separados." ¹ Ao invés de separar as ações relativas ao manejo de águas pluviais, abastecimento de água e esgotamento sanitário, e buscar soluções individualizadas para cada uma delas, conceber e gerenciar todas elas de maneira interligada leva a oportunidades de usos mais eficientes e sustentáveis de recursos, naturais, financeiros e humanos. Para caminhar rumo a essa abordagem integrada, o Kit de Treinamento SWITCH recomenda a adoção de um processo de planejamento estratégico de longo prazo para o sistema hídrico urbano como um todo. O Módulo 1 descreve as fases para a implantação de tal processo. Um aspecto crucial da GIAU é o envolvimento efetivo de grupos de interesse ainda nas primeiras etapas da construção de um processo de planejamento. O envolvimento desses grupos é apenas abordado superficialmente aqui, mas é aprofundado no Módulo 2 da série. Os Módulos 1 e 2 estão diretamente ligados e não devem ser considerados isoladamente. O Módulo 1 não entra em detalhes sobre o projeto de diferentes elementos do ciclo hidrológico urbano. Tais detalhes podem ser encontrados nos Módulos 3, 4 e 5. 1 Hipótese SWITCH obtida de Abordagem SWITCH ao planejamento estratégico para a Gestão Sustentável das Águas Urbanas (GIAU), van der Steen 2009

8 8 Kit de Treinamento SWITCH Metas de aprendizagem O Módulo 1 apresenta uma visão geral da GIAU e das fases necessárias para o desenvolvimento de um plano estratégico, com o objetivo de que se caminhe rumo a ela. São fornecidos elementos para a transformação de uma abordagem convencional à gestão urbana das águas em uma abordagem baseada na integração, mais adequada para atender às necessidades atuais sem que se prejudique o desenvolvimento futuro, atuando de forma mais sustentável. O Módulo também oferece uma mensagem mais simples e relevante para todas as cidades: a de que vale a pena perseguir uma abordagem integrada, independente de seu ponto de partida. Mais especificamente, o módulo vai auxiliar usuários a obter um entendimento sólido: daquilo que constitui uma abordagem integrada à gestão do ciclo hidrológico urbano e de como ela se diferencia de uma abordagem convencional; de como a GIAU pode ajudar a caminhar em direção a uma maior sustentabilidade no ciclo hidrológico urbano e ao desenvolvimento urbano em geral; e de como adotar a GIAU por meio de um processo de planejamento estratégico de longo prazo. Figura 1: O ciclo hidrológico urbano Imagem: ICLEI

9 Módulo 1 9 Porque a mudança é necessária 3.1 Os problemas A situação da água nas cidades é um dos fatores determinantes para a qualidade de vida urbana. Quando esta é gerenciada de forma deficiente, são comprometidos a saúde e o bem-estar da população da cidade, sua economia e seu meio ambiente natural. Por exemplo: Saúde pública A falta de abastecimento adequado de água e a disposição inadequada de efluentes líquidos são causas de doenças de veiculação hídrica; Segurança O gerenciamento inadequado de águas pluviais e da urbanização pode levar a inundações, colocando em risco vidas humanas, módos de vida e propriedades; Economia A oferta insuficiente de água limita atividades econômicas, e assim, limita também o desenvolvimento de uma cidade. O excesso de água pode fazer o mesmo; Meio ambiente A exploração excessiva e o lançamento de efluentes não tratados nos corpos hídricos urbanos danificam ecossistemas e limitam seu valor como recurso natural. Imagem: Ralph Philip

10 10 Kit de Treinamento SWITCH Sistemas urbanos de água são ainda submetidos a pressões que, por sua vez, também sofrem mudanças significativas ao longo do tempo. Essas pressões podem ser crescentes e agravar desafios atuais, bem como levar a outros inteiramente novos. Os impactos das mudanças climáticas, da urbanização acelerada e da deterioração de infra-estrutura obsoleta, por exemplo, são potenciais causadores de enchentes, escassez de água e custos de recuperação em uma escala que pode superar a capacidade das cidades. Figura 2: Exemplos de mudanças futuras com impactos no gerenciamento das águas nas cidades Desenvolvimento econômico Impactos de uma economia em desenvolvimento/ recessão sobre serviços de saneamento Poluição industrial Mudanças Climáticas Risco crescente de enchentes Escassez hídrica Uso de energia Custos crescentes na distribuição e tratamento da água Necessidade de redução das emissões de CO2 por parte do setor água Crescimento populacional e urbanização Aumento da demanda Dificuldade crescente em prover serviços Tecnologias emergentes Crescimento do reuso da água Dessalinização Deterioração de sistemas da infra-estrutura Perdas de distribuição Altos custos de recuperação de sistemas Comportamento público e atitudes Mudando estilos de vida e padrões de consumo Desenvolvimento da consciência ambiental

11 Módulo A abordagem convencional versus a abordagem integrada Muitas cidades no mundo já se encontram com grandes dificuldades para operar sistemas hídricos de maneira eficaz e muitas outras devem sofrer a mesma dificuldade no futuro, caso as soluções de gestão e o desenvolvimento de tecnologias aplicadas ao ciclo hídrico urbano não sofram significativas mudanças. A abordagem do gerenciamento de recursos hídricos, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos, visa solucionar problemas existentes por meio de investimentos elevados, aplicando-se tecnologias convencionais de intervenção sobre sistemas hídricos. O gerenciamento dos sistemas de águas urbanas é geralmente fragmentado, de forma que o projeto, a construção e a operação dos vários elementos são realizados isoladamente. Soluções de curto prazo são utilizadas com pouca reflexão acerca dos impactos de longo prazo dessa escolha sobre o sistema como um todo. Mais especificamente, a abordagem convencional da gestão das águas urbanas está tipicamente associada aos seguintes problemas: Fragmentação Os vários elementos do sistema de águas urbanas são normalmente operados isoladamente. Essa abordagem fragmentada pode resultar em escolhas técnicas baseadas nos benefícios a uma parte individual do sistema, mas que podem negligenciar impactos causados em outras partes. Soluções de curto prazo A gestão das águas, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos, geralmente se concentra nos problemas atuais, optando por soluções de curto prazo apesar do risco de que as medidas implantadas não sejam viáveis ou sustentáveis em longo prazo. Falta de flexibilidade A infra-estrutura e a gestão tradicionais tendem a ser inflexíveis quanto a mudanças circunstanciais. Sistemas de abastecimento de água, tratamento de efluentes líquidos e manejo de águas pluviais são construídos para atender a capacidades fixas, e quando estas são excedidas, problemas ocorrem. Da mesma forma, o gerenciamento desses sistemas torna-se precário quando confrontado, por exemplo, com maior variabilidade climática e demanda urbana em rápido crescimento. Altamente energética A infra-estrutura convencional de distribuição e tratamento de água é altamente dependente da oferta energética. Cortes de energia e crescimento rápido nos custos de combustíveis podem vir a interromper serviços. O uso intensivo de energia também pode resultar em altos níveis de emissões, em um momento em que várias cidades tentam reduzir sua pegada de carbono. Uma discussão sobre como aumentar a flexibilidade da gestão das águas urbanas como uma forma de adaptação às mudanças climáticas pode ser encontrada em Adapting urban water systems to climate change A handbook for decision makers at the local level (Loftus et al, 2011). switch-resources. Em resposta a essas limitações, a GIAU reconhece que problemas encontrados em uma parte do sistema podem ser resultado da (má) gestão em outra parte do mesmo sistema. Na GIAU, todos os aspectos do ciclo hidrológico urbano são tratados como parte de um sistema e todas as instituições responsáveis são envolvidas, para fazer com que tal integração seja alcançada. São favorecidas as tecnologias inovadoras e flexíveis, selecionadas baseando-se em uma avaliação holística do ciclo hidrológico e da sustentabilidade do sistema como um todo, em longo prazo.

12 12 Kit de Treinamento SWITCH Resumidamente, a GIAU exige que: Mais informações sobre as diferenças entre as abordagens convencional e inovadora ao gerenciamento hídrico urbano podem ser encontradas nos artigos "An overview of conventional and innovative approaches for UWM in Europe and the South: including case studies and the application of Cleaner Production Principles" e "Report providing an inventory of conventional and innovative approaches for urban water management". switchresources Todas as partes do ciclo hidrológico sejam consideradas como partes de um sistema integrado; Todos os aspectos da sustentabilidade sejam equilibrados; Todos os grupos de interesse, inclusive os usuários da água, sejam envolvidos; Todos os usos da água sejam considerados; e Todas as especificidades do contexto local sejam atendidas. Baseado em Mitchell (2004) Cumprindo com essas exigências, a GIAU tem grande potencial para melhorar, significativamente, a eficiência na gestão da água. Benefícios tipicamente observados são, por exemplo: Maior disponibilidade de água para o desenvolvimento econômico e redução do volume de lançamentos de efluentes líquidos por meio da exploração do potencial de reuso da água; Proteção das fontes de abastecimento de água e ecossistemas aquáticos naturais, por meio do investimento no controle e na prevenção da poluição difusa no escoamento de águas pluviais; Melhores relações custo-efetividade e maior viabilidade de intervenções selecionadas intersetorialmente, envolvendo múltiplos grupos de interesse. Um aspecto crucial da GIAU é o envolvimento de grupos de interesse. O Módulo 2 aborda esses aspectos em detalhes. A GIAU permite um novo olhar sobre os recursos hídricos urbanos. Ao invés de buscar solucionar problemas por meio de investimentos na expansão de infra-estrutura existente e tecnologias convencionais, a GIAU sugere reavaliações das abordagens tradicionais e quando necessário mudanças nos seus fundamentos. Isso inclui a formulação de novas políticas e a análise de tecnologias alternativas emergentes que sejam adequadas às necessidades de longo prazo, tanto do ciclo hidrológico urbano, como da vasta gama de usuários da água que dependem dele. A Tabela 1 resume algumas das principais diferenças entre uma abordagem convencional e uma abordagem integrada à gestão das águas urbanas.

13 Módulo 1 13 Tabela 1: Principais diferenças entre uma abordagem convencional e uma abordagem integrada à gestão das águas urbanas Aspecto da gestão das águas urbanas Abordagem convencional Abordagem da GIAU Abordagem global A integração ocorre por acidente. O abastecimento de água, o esgotamento sanitário e o manejo das águas pluviais podem ser gerenciados pelo mesmo órgão como conseqüência de acaso histórico, mas fisicamente, os três sistemas são separados. A integração física e institucional vem do projeto. Vínculos são estabelecidos entre o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e o manejo das águas pluviais, assim como outros elementos da urbanização, por meio da gestão altamente coordenada. Colaboração com grupos de interesse Colaboração = relações públicas. Outros órgãos e o público são aproximados quando a aprovação de uma solução préselecionada se faz necessária. Colaboração = envolvimento. Diversos órgãos e o público buscam juntos soluções efetivas. Escolha da infra-estrutura A infra-estrutura é feita de concreto, metal ou plástico. A infra-estrutura pode também ser verde, incluindo solos, vegetação e outros sistemas naturais. Gestão de águas pluviais As águas pluviais são indesejáveis e devem ser transportadas para longe das áreas urbanas o mais rápido possível. As águas pluviais são um recurso e podem ser coletadas para o abastecimento ou absorvido para a manutenção de aqüíferos, cursos d água e da biodiversidade. Esgotamento sanitario O esgoto é coletado, tratado e descartado no meio ambiente. O esgoto é um recurso e pode ser usado produtivamente para a geração de energia e a reciclagem de nutrientes. Gerenciamento da demanda de água A crescente demanda de água é atendida por meio de investimentos em novas fontes de abastecimento e nova infra-estrutura Opções para a redução da demanda, a captação de águas pluviais e o reuso de efluentes líquidos têm prioridade sobre o desenvolvimento de novos recursos. Escolha de soluções tecnológicas A complexidade é negligenciada e soluções de engenharia comuns são aplicadas a componentes individuais do ciclo hidrológico Soluções variadas (tecnológicas e ecológicas) e novas estratégias de gestão são exploradas e encorajam a cooperação entre gestão da água, urbanismo e paisagismo. Baseado de Pinkham (1999) Maiores informações sobre opções inovadoras para a gestão hídrica urbana podem ser encontradas nos Módulos 3, 4 e 5.

14 14 Kit de Treinamento SWITCH A água na cidade 4.1 Vínculos dentro do ciclo hidrológico urbano Como demonstrado anteriormente na Figura 1, os elementos do ciclo hidrológico urbano estão indissociavelmente ligados: a boa ou má gestão de um elemento pode influenciar o sucesso da gestão de outro. A abordagem convencional de gerenciamento de elementos individuais do sistema normalmente resulta em impactos indesejados em outras partes do ciclo. Quando ignorados, os vínculos entre os vários elementos do ciclo hidrológico urbano podem causar impactos negativos. Por outro lado, eles podem também ser explorados para fornecer efeitos positivos. O planejamento integrado garante que as intervenções sejam projetadas para maximizar benefícios em diferentes partes do ciclo, enquanto minimizam impactos negativos em outras. Alguns exemplos de interferências positivas e negativas dentro do ciclo hidrológico urbano são expostos na Figura 3. Figura 3: Impactos resultantes das interferências entre componentes do ciclo hidrológico urbano Impacto positivo Captação de água da chuva > Redução do escoamento superficial e fonte alternativa de abastecimento de água Impacto negativo Construção de canais de drenagem de concreto > Redução da recarga de aqüíferos Abastecimento de água Águas Pluviais Ciclo Hidrológico Urbano Impacto positivo Controle da poluição difusa de águas pluviais > Redução dos custos de tratamento de efluentes líquidos em sistemas mistos de esgoto Impacto negativo Expansão da infra-estrutura de drenagem pluvial > Inundações mais freqüêntes de sistemas mistos de esgoto Esgotamento Sanitário Impacto positivo Reuso de águas residuais > Fonte alternativa de abastecimento de água e redução no volume de efluentes gerado Impacto negativo Descarga de efluentes líquidos deficientemente tratados > Contaminação de fontes locais de abastecimento

15 Módulo 1 15 Os vínculos existentes dentro do ciclo hidrológico urbano são inúmeros, o que torna o planejamento integrado uma atividade complexa. Existem ferramentas de modelagem que auxiliam o processo de planejamento e podem ajudar os planejadores a prever os impactos de possíveis intervenções ao longo do sistema. É preciso notar, porém, que a complexidade não é conseqüência apenas dos vínculos entre os componentes da infra-estrutura física, mas também da configuração institucional, onde um conjunto inteiramente diferente de desafios precisa ser superado para melhorar a integração. Para maiores informações sobre ferramentas de apoio às decisões veja o Módulo 6 Gestão total do ciclo hidrológico urbano na Cidade de Melbourne Em resposta a secas prolongadas, crescimento populacional e crescente poluição de cursos d água locais, a Cidade de Melbourne se comprometeu ao que é referido como gestão total do ciclo hidrológico. Baseado em uma abordagem gerencial integrada, o conselho local desenvolveu políticas sensíveis à água e diretrizes que abrangem todos os componentes do ciclo hidrológico urbano, incluindo o abastecimento de água, o manejo de águas pluviais, o esgotamento sanitário e o meio ambiente hídrico natural. Projetos Urbanos Sensíveis à Água em Melbourne, Australia Imagem: Melbourne Water Para maiores informações sobre a superação de restrições institucionais veja o Módulo 2 Com essa base de trabalho, metas ambiciosas de economia de água, redução de efluentes e qualidade de águas pluviais foram estabelecidas com o objetivo geral de reduzir a dependência de mananciais de abastecimento vulneráveis, melhorando a situação de cursos hídricos locais e preparando a cidade para os impactos das mudanças climáticas. Conduzido pelo conselho municipal, a abordagem da cidade como uma bacia envolve uma gama de grupos de interesse, incluindo as operadoras de serviços de saneamento locais, o setor comercial e o público geral. Para maiores informações sobre a abordagem de Melbourne ao gerenciamento hídrico urbano veja o Estudo de Caso e WhatCouncilisDoing/Pages/CityCatchment.aspx

16 16 Kit de Treinamento SWITCH 4.2 Vínculos entre o ciclo hidrológico e outros setores de gestão urbana O ciclo hidrológico urbano está direta e indiretamente vinculado com uma variedade de outros serviços urbanos, tais como habitação, energia e transporte. Sendo assim, uma abordagem integrada à gestão de recursos hídricos urbanos exige coordenação e cooperação entre os diversos órgãos responsáveis pela gestão desses serviços, bem como entre outros grupos de interesse. Na realidade, porém, esses vínculos são freqüentemente negligenciados quando decisões sobre os diferentes setores são tomadas. Novos projetos habitacionais, por exemplo, podem ser planejados sem a contribuição de órgãos responsáveis pelo abastecimento de água e pelo manejo de águas pluviais. Mas, uma vez construídos, eles provavelmente apresentarão grandes impactos sobre o trabalho dos gestores de recursos hídricos, de empresas de saneamento e de secretarias municipais de obras. A busca por novos mananciais pode ser necessária para suprir a demanda crescente e, quase certamente, haverá implicações para a coleta de efluentes e sua infraestrutura de tratamento. Além disso, o volume de escoamento superficial gerado pela maior área de superfícies impermeáveis deverá ser gerenciado para prevenir inundações locais e a jusante. Por meio de uma abordagem integrada, os órgãos, empresas e grupos de interesse envolvidos atuam em conjunto e cooperam para combater pró-ativamente esses efeitos secundários. Ao invés de demandar intervenções corretivas e caras sobre o sistema de águas urbanas no futuro, impactos indesejáveis podem ser prevenidos por meio da integração multisetorial ainda no estágio de planejamento. Isso permite, com pouco ou nenhum custo, a incorporação de certas soluções no projeto de urbanização. No caso de novos projetos habitacionais, por exemplo, equipamentos hidráulicos eficientes e sistemas de coleta de águas pluviais para reduzir o consumo de água podem ser instalados juntamente com vários sistemas sustentáveis de manejo de águas pluviais, como pavimentos permeáveis, trincheiras de infiltração e bacias de detenção, incluídos como parte do paisagismo. Com o planejamento integrado, sinergias e conflitos entre diferentes elementos do gerenciamento urbano podem ser sistematicamente identificados e solucionados, aproveitando ao máximo, dessa forma, os recursos disponíveis. A Figura 4 mostra alguns dos vínculos possíveis entre o ciclo hidrológico urbano e outros serviços de gerenciamento urbano. Imagem: istock/stevegeer

17 Módulo 1 17 Figura 4: Exemplos de como o ciclo hidrológico urbano está vinculado a outros serviços urbanos Planejamento do uso dos solos: Mudanças no uso dos solos alteram a hidrologia local Escassez de água e risco de inundações restringem o uso dos solos Residências: Demanda por novos mananciais e por infraestrutura de abastecimento e esgotamento sanitário Inundações Transporte: Maior escoamento superficial e poluição difusa proveniente de estradas Danos à infra-estrutura de transporte causados por inundações. Parques e áreas de recreação: Uso de água para irrigação Inundações e secas danificam plantas e locais de recreação Ciclo Hidrológico Urbano Saúde: Poluição de cursos hídricos causada por resíduos hospitalares Presença de parasitas e doenças de veiculação hídrica causadas por água contaminada ou parada Resíduos sólidos: Poluição de recursos hídricos e bloqueio de canais de drenagem Inundação de locais de armazenagem de resíduos Desenvolvimento econômico: Demanda crescente de água e risco de poluição pelo lançamento de efluentes A escassez de água pode restringir a produtividade econômica Agricultura urbana: Escoamentos contendo fertilizantes e pesticidas podem poluir mananciais locais A escassez de água reduz a produtividade de fazendas urbanas Energia: O tratamento e a distribuição de água exige um suprimento confiável de energia Recursos hídricos são usados pra a geração de energia = impacto de serviços urbanos sobre o ciclo hidrológico = impacto do ciclo hidrológico sobre demais serviços urbanos Planejamento urbano integrado em Hammarby Sjöstad O eco-distrito de Hammarby Sjöstad na cidade de Estocolmo, na Suécia, é um exemplo recente de uma abordagem integrada ao planejamento urbano e desenvolvimento. Construído em um parque industrial abandonado, Hammarby Sjöstad utiliza-se das sinergias e vínculos entre diferentes serviços urbanos como energia, resíduos e água para criar um meio ambiente urbano mais sustentável. A produção do aquecimento do distrito por meio de resíduos industriais, a decomposição de lodo de esgoto para produzir biogás e o reuso de águas residuais para resfriamento são apenas alguns dos exemplos da visão ambiental holística do distrito, na qual os resíduos de um sistema se tornam os recursos de outro. Imagem: Malena K arlsson Para maiores informações dobre o Modelo Hammarby veja o Estudo de Caso em: Hammarby Sjöstad

18 18 Kit de Treinamento SWITCH 4.3 A água e a qualidade de vida A GIAU tem também o grande potencial de melhorar o padrão de vida de uma cidade em uma escala muito mais ampla. A qualidade de vida urbana depende de uma série de fatores sociais, econômicos e ambientais. Isso é reconhecido por muitas cidades e, cada vez mais, indicadores de qualidade de vida são monitorados e avaliados de forma a medir o progresso no desenvolvimento urbano sustentável. Essas atividades de monitoramento freqüentemente irão abordar a questão hídrica de alguma forma, particularmente no que diz respeito ao acesso adequado ao abastecimento de água e serviços de saneamento. No entanto, a água tende a ser apenas um aspecto, não mais significativo que os muitos outros listados em relação à saúde, segurança, oportunidades de emprego, renda média, etc. Somente quando as relações indiretas entre a água e o bem estar da cidade são analisadas mais detalhadamente, se torna óbvia a importância da boa gestão da água para o padrão de vida urbana. Alguns exemplos relevantes de aspectos típicos da qualidade de vida e como eles se relacionam com a água são mostrados na Tabela 2. Tabela 2: A relação entre qualidade de vida na cidade e a água Aspectos da qualidade de vida Igualdade social Saúde humana Espaços verdes e biodiversidade urbana Segurança Projetos de urbanização Relação com a água O acesso universal à água de qualidade e ao esgotamento sanitário e seus benefícios é um aspecto fundamental da igualdade social. Água e saneamento estão intimamente vinculados à saúde humana, tanto direta, como no caso de doenças parasíticas e de veiculação hídrica, quanto indiretamente, por exemplo, pelo papel da água na redução do efeito urbano de ilhas de calor. A água é necessária para a criação e gestão de áreas verdes urbanas e ecossistemas naturais, tanto por meio da irrigação artificial quanto pela preservação de um ambiente aquático saudável. Eventos de precipitação extrema são uma ameaça aos habitantes e à propriedade urbana. A gestão do risco de inundações protege tanto os cidadãos quanto as atividades econômicas. A água é freqüentemente associada a um ambiente construído esteticamente agradável, por meio do uso de fontes, lagoas e canais.

19 Módulo 1 19 Em algumas cidades, onde o excesso ou a falta de água se tornou uma restrição clara à qualidade de vida, investimentos significativos foram necessários para solucionar o problema. Cada vez mais, as cidades percebem que não podem se dar ao luxo de negligenciar a situação de seus recursos hídricos se quiserem manter ou melhorar o padrão de vida de seus cidadãos. As cidades de Windhoek, na Namíbia (veja quadroexemplo abaixo), e Rotterdam, na Holanda, são dois exemplos nos quais cidades agiram para superar as restrições da escassez de água e inundações, respectivamente. Os impactos esperados das mudanças climáticas devem ser suficientes para persuadir as cidades a levar o gerenciamento de sua água a sério. Enquanto uma abordagem convencional à gestão das águas urbanas terá muitas dificuldades para melhorar e manter os padrões de vida em várias cidades, pelos motivos descritos na Seção 4, a GIAU oferece às cidades um caminho para solucionar de fato seus problemas atuais e reduzir o risco de ameaças futuras. Maiores informações sobre a gestão hídrica em Rotterdam podem ser encontradas no Plano Hídrico 2 da cidade, que pode ser obtido em: rotterdamclimateinitiative.nl/ documents/rcp/english/wpsamenvatting_eng.pdf Windhoek, Namíbia Windhoek é a capital da Namíbia e abriga uma população de habitantes. Devido à falta de corpos hídricos permanentes e à rápida urbanização, assegurar o abastecimento de água para a cidade é um desafio considerável. Em resposta, a cidade introduziu um programa abrangente de gerenciamento da demanda de água que consiste em várias medidas estruturais e não-estruturais para garantir o abastecimento a longo prazo sem restringir o desenvolvimento social e econômico da cidade. Estação de Tratamento de Água de Reuso Nova Goreangab que fornece água potável para Windhoek, Namíbia Imagem: Berlinwasser Medidas políticas e legais destinadas a reduzir o consumo e encorajar a reutilização da água foram combinadas com investimentos em aparelhos hidráulicos eficientes destinados a aumentar a eficiência no abastecimento e reduzir perdas de água por faturamento. Conseqüentemente, a cidade conseguiu reduzir o consumo de água em 15%, mantém os vazamentos na rede de distribuição em menos de 10% e responde a um quarto da demanda hídrica com água de reuso. Assim, o ciclo hidrológico urbano em Windhoek está agora quase completamente fechado e a garantia de abastecimento aos usuários não está mais sob ameaça. Fonte: Water Management in Windhoek, Namibia, Water Science & Technology Vol 55 No 1 2 pp , J. Lahnsteiner and G. Lempert, 2007, IWA Publishing

20 20 Kit de Treinamento SWITCH A direção geral: Gestão sustentável das águas O objetivo final de uma abordagem mais integrada à gestão das águas urbanas é tornar o desenvolvimento local mais sustentável. Em 1983, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento cunhou a famosa definição de desenvolvimento sustentável como o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender às suas próprias necessidades. Se a gestão de recursos hídricos vai contribuir para a sustentabilidade, essa perspectiva em dois tempos deverá ser sempre mantida em mente: o presente e o futuro. A sustentabilidade é definida por meio de três grandes dimensões: a social, a econômica e a ambiental. Combinada com o exposto acima, a gestão sustentável de recursos hídricos pode ser brevemente definida como a gestão que atende às necessidades sociais, econômicas e ambientais atuais enquanto cria condições que permitem que essas necessidades sejam atendidas também no futuro. Contudo, ao mesmo tempo em que essa visão busca evitar a externalização de impactos negativos no tempo, isso também inclui, na perspectiva da cidade, a externalização no espaço, considerando os impactos que as ações locais podem vir a gerar nas vizinhanças das cidades e em regiões mais distantes. Figura 5: Gestão sustentável das águas urbanas Sociedade A gestão da água contribui para a qualidade de vida de todos os cidadãos Espaço Decisões e ações de gestão são tomadas considerando os impactos a montante e a jusante Gestão Sustentável das Águas Urbanas Meio Ambiente O equilíbrio ecológico de sistemas hídricos naturais é mantido, buscando não se explorar mais do que pode ser reabastecido, prevenindo-se a poluição e a erosão Tempo Decisões e ações de gestão são tomadas considerando-se os impactos a longo prazo Economia A operação e manutenção de serviços hídricos são custo-eficientes

21 Módulo 1 21 Aplicar as dimensões social, econômica e ambiental da sustentabilidade aos diferentes elementos do sistema de águas urbanas pode ajudar a refletir sobre a sustentabilidade de sua gestão e planejamento. A Tabela 3 mostra como essas dimensões podem ser refletidas em metas gerais para a sustentabilidade das águas na cidade. Tabela 3: Sustentabilidade e o sistema hídrico urbano Elementos do sistema hídrico urbano Abastecimento de água Esgotamento Sanitário Manejo de águas pluviais Metas de sustentabilidade Prover com um abastecimento de água seguro e confiável em longo prazo todos os cidadãos em quantidades suficientes, com o menor custo possível e utilizando-se o mínimo possível de energias não renováveis, sem extrair água do meio ambiente que não pode ser reposta naturalmente sob condições climáticas variáveis. Prover todos os cidadãos com serviço adequado de esgotamento sanitário em longo prazo, com o menor custo possível e utilizando-se o mínimo possível de energias não renováveis. Enquanto isso, minimizar o risco à saúde humana e manter a disposição de efluentes líquidos abaixo da capacidade de assimilação do meio ambiente receptor. Reduzir o risco de inundações a níveis aceitáveis, mesmo sob futuros cenários de mudanças climáticas, e, enquanto isso, manter um ciclo hidrológico natural equilibrado e um ambiente aquático saudável. Em graus variados, a maioria das cidades atinge alguns dos aspectos das metas de sustentabilidade descritas acima. No entanto, é improvável que muitas afirmariam confiantemente que atendem a todas elas. Enquanto prover todos os cidadãos com serviços hídricos e de saneamento adequados é claramente alcançável, outros aspectos dos princípios, como operar serviços hídricos e de efluentes com o menor custo possível, estabelecendo um equilíbrio hídrico natural em um ambiente urbano e eliminando o risco de inundações são todos desafios que provavelmente nunca serão inteiramente superados. Possíveis melhorias para ampliar a sustentabilidade sempre serão, portanto, identificadas, mesmo em cidades que são consideradas líderes mundiais em gestão da água. Mesmo que uma cidade possa afirmar confiantemente que já atingiu uma ou outra das metas descritas acima, a luta pela sustentabilidade permanece sendo um desafio contínuo. A gestão da água é sujeita a interferências que estão em constante mutação, o que implica na necessidade de constantes ajustes e ocasionalmente reformas mais drásticas. O desenvolvimento tecnológico e os resultados de pesquisas também apresentam oportunidades para constantemente melhorar a eficiência de serviços e da operação dos sistemas. Um líder mundial em políticas e práticas de gestão sustentável das águas hoje, poderia muito bem ficar para trás daqui a alguns anos. O trabalho em direção à sustentabilidade deve ser encarado como um processo em constante evolução, com um objetivo final que nunca pode ser atingido.

22 22 Kit de Treinamento SWITCH Colocando a GIAU em prática Evoluir rumo à GIAU não é uma atividade ou processo solitário, que realizado por uma única pessoa ou entidade resulta em uma gestão da água mais sustentável. Mudanças serão necessárias em múltiplos níveis: nas estruturas governamentais, na política de planejamento da cidade, nas atitudes dos usuários ou dos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos urbanos, etc. Tais mudanças podem ser o resultado de esforços somados de determinados grupos de interesse, desencadeadas ao longo do tempo. Onde os recursos permitirem, elas podem ser conduzidas pelo próprio município de forma mais proativa por meio de um esforço abrangente para avançar em direção a uma maior integração. Para esse fim, a cidade pode decidir desencadear uma série de processos e firmar inúmeros compromissos, o que irá reforçar e acelerar essa evolução. Alguns exemplos desses processos são exemplificados na Figura 6. Figura 6: Maneiras e meios de se evoluir em direção à GIAU Planejamento estratégico Uma base de trabalho estruturada para o desenvolvimento e implantação de uma estratégia a longo prazo para a GIAU. Veja a Seção 7 deste módulo para mais detalhes Envolvimento de múltiplos detentores de interesse Uma plataforma de múltiplos grupos de interesse que combate restrições institucionais à integração e colabora com a pesquisa. Veja o Módulo 2 para mais detalhes GIAU Pesquisa e demonstração A análise e demonstração de soluções inovadoras que forneçam alternativas mais sustentáveis em comparação com tecnologias convencionais. Veja os Módulos 3-5 para mais detalhes Transições Uma investigação estruturada sobre como as condições locais podem ser influenciadas de forma a auxiliar a aceitação geral de práticas de gestão mais sustentável de recursos hídricos. Veja o manual de transições SWITCH para maiores informações Tomada integrada de decisões O uso de ferramentas de suporte à decisão integrada para analisar o impacto geral que determinadas soluções e intervenções podem apresentar ao ciclo hidrológico urbano. Veja o Módulo 6 para mais detalhes O restante deste módulo está focado em um desses aspectos, a saber, o processo de planejamento estratégico. Deve ser observado, no entanto, que esse processo precisa ser implantado considerando-se os outros aspectos mostrados na Figura 6. Em particular, o envolvimento de grupos de interesse, como discutido no Módulo 2, está intimamente vinculado à maioria das fases do processo de planejamento estratégico.

23 Módulo 1 23 O processo de planejamento estratégico para a GIAU 7.1 Uma visão geral O processo de planejamento estratégico para a GIAU é um processo com uma estratégia de longo prazo em seu cerne. A GIAU pode ser aplicada de várias maneiras diferentes. Ela não deve, no entanto, ser confundida como um conjunto limitado de ações. Ela é, ao contrário, um comprometimento com um processo continuo e em constante reavaliação, com escolhas diariamente tomadas para lidar com circunstâncias em constante transformação. O processo de planejamento estratégico fornece a base de trabalho que possibilita a evolução rumo a políticas, estruturas institucionais, práticas e escolhas tecnológicas mais integradas, para uma gestão mais sustentável da água. Se desenvolvida sobre a base de uma decisão formal do governo local ou outra autoridade pública, ela fornece suporte e legitimação para que todas as organizações envolvidas levem adiante as reformas necessárias no que diz respeito à água. O processo consiste no desenvolvimento e implantação de uma estratégia flexível, que considere holisticamente todos os aspectos do ciclo hidrológico urbano assim como outros setores da gestão urbana. Ele facilita a otimização de todo o sistema de águas urbanas e a seleção de soluções mais eficazes em diferentes cenários de um futuro cada vez mais incerto. Um processo de planejamento estratégico consiste em uma série de fases, cujos resultados são reavaliados regularmente. A Figura 7 fornece um modelo dessas fases. Figura 7: O processo de planejamento estratégico para a GIAU Pesquisa e análise de usos da água, usuários, problemas e influências externas Análise fundamental Desenvolvimento de uma visão de longo prazo para o sistema de águas urbanas, os objetivos e as metas necessárias para alcançá-la. Os indicadores precisam acompanhar os objetivos para que os sucessos e falhas sejam avaliados. Visão, objetivos, metas e indicadores Construção de cenários e desenvolvimento de estratégias Desenvolvimento de uma estratégia que responda aos objetivos e alcance a visão sob um conjunto de cenários futuros. Desenvolvimento e implantação de um plano de ação A definição e implantação de ações que coloquem a estratégia em prática dentro de determinado prazo e do orçamento disponível Monitoramento e avaliação Medição e avaliação dos resultados da implantação para garantir que as metas pretendidas sejam atingidas.

24 24 Kit de Treinamento SWITCH O processo na Figura 7 é mostrado como uma seqüência lógica de passos embora na realidade exista uma grande dose de revisitação de diferentes fases. A ordem de tarefas diferentes também pode variar. No entanto, o que é consistente no processo de planejamento estratégico é a necessidade da revisão contínua dos resultados confrontados com um conjunto de indicadores definidos para medir o progresso. A habilidade de reagir a circunstâncias inesperadas é a chave do sucesso do planejamento. As fases do processo de planejamento estratégico devem ser ajustadas à situação local, onde o planejamento estratégico é pensado. Nenhuma cidade começará do zero e o processo deverá ser alinhado com iniciativas de planejamento existentes na cidade. O processo de planejamento estratégico para a GIAU é discutido no artigo 'SWITCH approach to strategic planning for Integrated Urban water Management (IUWM)' (van der Steen 2008). A estratégia é o produto principal do processo de planejamento estratégico da GIAU. Se for desenvolvida e aceita por todos os grupos de interesse e aprovada pelo conselho municipal (ou pela câmara de vereadores ou secretaria municipal), a estratégia se torna a base de trabalho para todos os atores em seu esforço conjunto para melhorar a gestão da água. Além disso, ela pode também direcionar a urbanização como um todo, informando as prioridades e planos de outros órgãos ou setores. Um resumo do processo é fornecido em SWITCH Policy Briefing Note 2 (Fisher 2010). Imagem: Barbara Anton

25 Módulo Envolvimento de grupos de interesse Gerenciar o ciclo hidrológico urbano de maneira holística não é possível sem discussões entre todos os usuários da água, em conjunto com os responsáveis pela elaboração de políticas, leis, regulamentos, bem como pelos responsáveis pela construção, captação, tratamento de água, etc. Quanto maior a cidade, maior o conjunto de instituições, grupos de interesse, associações de usuários dentre outros que estão, de uma forma ou de outra, vinculados ao ciclo hidrológico urbano. Nenhum grupo de interesse relevante deve ser deixado de fora e essa colaboração deve ser cuidadosamente planejada para que uma abordagem mais integrada realmente tenha êxito. Para maiores informações sobre o envolvimento de detentores de interesse veja o módulo 2. Isso não deve ser confundido com a organização de uma ou duas reuniões onde a informação é distribuída e respostas são coletadas. O envolvimento de grupos de interesse é mais que isso. Seu objetivo é persuadir todos os atores relevantes que trabalham nas questões relativas às águas urbanas a caminharem na mesma direção, alinhados com princípios comuns. Para esse fim, as preocupações de todos os grupos de interesse precisam ser abordadas, e as capacidades e recursos que eles possuem devem ser utilizados na busca de melhores soluções para os diferentes problemas em questão. Para fazer da integração uma realidade, os grupos de interesse assumem papéis diversos e contínuos ao longo do processo de planejamento estratégico. O envolvimento nas fases iniciais do processo é aconselhável para ganhar e fortalecer a sua participação, e assim também a sua motivação desde o início. Deve ser observado que a participação dos grupos de interesse não substitui, mas complementa a governança do sistema hídrico urbano. O verdadeiro poder da tomada de decisões e assim a responsabilidade para oferecer bons serviços hídricos ainda cai sobre as entidades públicas e privadas que têm o encargo oficial de gerir a água. Um processo participativo eficaz, por sua vez, vai garantir que decisões cruciais sejam tomadas em consenso com todos os grupos de interesse, e que estes desenvolvam, em troca, um senso de responsabilidade e disposição para apoiar as entidades oficiais, dentro das limitações de suas próprias capacidades. Como mencionado acima, o envolvimento de grupos de interesse precisa ser cuidadosamente planejado e orçado. Uma unidade responsável dentro do governo local é necessária para coordenar todas as atividades e atuar como um centro de comunicação. O apoio de profissionais especializados pode ser buscado em etapas mais avançadas para determinadas tarefas como, por exemplo, a facilitação de reuniões. O apoio de profissionais especializados também pode ser aplicado ao uso de tecnologias mais avançadas de comunicação, como por exemplo, a criação de uma plataforma de comunicação que disponibilize informações e conhecimentos, abastecida ao longo das atividades realizadas no processo de planejamento. Orientações sobre como envolver grupos de interesse podem ser encontradas no módulo 2 do Kit de Treinamento SWITCH.

26 26 Kit de Treinamento SWITCH 7.3 Unidade de coordenação O processo de planejamento estratégico para a GIAU exige a participação e cooperação de vários órgãos e instituições que podem não estar acostumados a trabalhar em conjunto. Sob uma abordagem convencional, os gestores responsáveis pelo manejo de águas pluviais, por exemplo, não irão necessariamente consultar os departamentos de abastecimento de água e meio ambiente quando planejarem uma intervenção e vice-versa. Mesmo onde a comunicação e a cooperação entre departamentos estão estabelecidas e são eficazes, ainda é raro encontrar gestores de recursos hídricos com uma visão ampla do gerenciamento na cidade como um todo. Sendo assim, é improvável que exista alguém com habilidade para tomar decisões baseadas no que é melhor para o sistema como um todo, ao invés do que é melhor para componentes individuais do sistema. O estabelecimento de uma unidade de coordenação pode superar essa restrição, construindo uma visão aérea sobre todo o sistema de águas urbanas. Dessa forma, a análise de alternativas de intervenções pode ser baseada nos interesses do sistema como um todo, minimizando a ocorrência de efeitos colaterais negativos sobre outras parcelas do sistema. Opiniões diferentes podem ser consideradas sobre como posicionar a unidade de coordenação em certas estruturas administrativas. Por exemplo: Um órgão ou indivíduo separado, de alto nível que inspecione todos os departamentos e instituições relevantes; ou Uma unidade inserida ou associada a um órgão ou instituição existente. Governos locais, ou instituições equivalentes, estão em boa posição para abrigar a unidade de coordenação devido à sua maior responsabilidade sobre o desenvolvimento local como um todo. Isso não implica, no entanto, que o governo local carrega a responsabilidade por todas as áreas do processo de planejamento. Ao contrário, seria esperado que ele estabelecesse subgrupos ou forças-tarefa que envolvam a delegação de determinadas responsabilidades a membros de fora da administração. A unidade de coordenação pode também ser responsável pela colaboração com atores relevantes para além dos limites locais. A GIAU, propositalmente, se concentra nos limites da cidade como a arena de planejamento sobre a qual o governo local tem controle. Isso não significa que a GIAU está em conflito com os esforços de Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH), que elege a bacia hidrográfica como unidade de gestão. Pelo contrário, a GIAU pode complementar a GIRH embutindo os planos e atividades da cidade nos processos e políticas contínuos, ao nível das bacias hidrográficas. Além disso, o princípio da GIAU de eliminação dos impactos negativos a montante e a jusante causados por atividades na cidade é igualmente aplicado nos objetivos da GIRH.

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