N º 112 > Janeiro de 2010 PERSPECTIVAS PARA 2010

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1 N º 112 > Janeiro de 2010 PERSPECTIVAS PARA 2010

2 p>2 SUMÁRIO CONJUNTURA ECONÔMICA PG 005 CARTEIRA SUGERIDA COMO FAZEMOS? PG 007 DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS PG 008 ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO ANO DE 2009 PG 009 DESEMPENHO EM DEZEMBRO PG 010 SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JANEIRO 2009 PG 012 PORTFÓLIO DIVIDENDOS COINVALORES PG 013 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS PG 014 AÇUCAR E ALCOOL PG 015 COSAN PG 016 GUARANI PG 017 SÃO MARTINHO PG 018 AGRÍCOLA PG 019 SLC AGRÍCOLA PG 020 ALIMENTOS PG 021 BRF FOODS PG 022 MARFRIG PG 023 MINERVA PG 024 AUTOPEÇAS / TRANSPORTES PG 025 BATTISTELLA PG 026 IOCHPE MAXION PG 027 MARCOPOLO PG 028 METAL LEVE PG 029 RANDON PG 030 AVIAÇÃO PG 031 EMBRAER PG 032 GOL PG 033 TAM PG 034 BANCOS PG 035 ABC BRASIL PG 036 BICBANCO PG 037 BANCO DO BRASIL PG 038 DAYCOVAL PG 039 INDUSVAL PG 040 PARANÁBANCO PG 041 PINE PG 042 BENS DE CAPITAL / INFRA-ESTRUTURA PG 043 INDÚSTRIAS ROMI PG 044 LUPATECH PG 045 BENS DE CONSUMO PG 046 HYPERMARCAS PG 047 CALÇADOS / TÊXTIL PG 048 GRENDENE PG 049 CARTÕES DE CRÉDITO PG 050 CIELO PG 051 CSU CARDSYSTEM PG 052

3 p>3 SUMÁRIO CONSTRUÇÃO CIVIL PG 050 BROOKFIELD PG 054 CAMARGO CORRÊA PG 055 CR2 PG 056 CYRELA REALTY PG 057 DIRECIONAL PG 058 EVEN PG 059 EZTEC PG 060 GAFISA PG 061 HELBOR PG 062 JHSF PG 063 MRV PG 064 RODOBENS PG 065 ROSSI PG 066 TRISUL PG 067 EDUCACIONAL PG 068 KROTON PG 069 SEB PG 070 ENERGIA PG 071 AES TIETÊ PG 072 CEMIG PG 073 COELCE PG 074 COPEL PG 075 CPFL ENERGIA PG 076 ELETROPAULO PG 077 EQUATORIAL PG 078 LIGHT PG 079 MPX ENERGIA PG 080 TRACTEBEL PG 081 FERTILIZANTES PG 082 FERTILIZANTES HERINGER PG 083 FOSFERTIL PG 084 IMOBILIÁRIO PG 085 LOPES BRASIL PG 086 LOCAÇÃO COMERCIAL PG 087 SÃO CARLOS PG 088 LOGÍSTICA / TRANSPORTES PG 089 ALL PG 090 CCR PG 091 LOCALIZA PG 092 LOG-IN PG 093 OHL BRASIL PG 094 TEGMA PG 095 MATERIAL DE CONSTRUÇÃO PG 096 ETERNIT PG 097 EUCATEX PG 098 METALURGIA PG 099 KEPLER WEBER PG 100 PARANAPANEMA PG 101

4 p>4 SUMÁRIO MINERAÇÃO PG 102 FERBASA PG 103 MAGNESITA PG 104 VALE PG 105 PAPEL E CELULOSE PG 106 KLABIN PG 107 SUZANO PAPEL PG 108 PETRÓLEO / PETROQUÍMICO / GÁS PG 109 BRASKEM PG 110 COMGÁS PG 111 ECODIESEL PG 112 OGX PG 113 PETROBRAS PG 114 PROVIDENCIA PG 115 ULTRAPAR PG 116 SANEAMENTO BÁSICO PG 117 COPASA PG 118 SABESP PG 119 SAÚDE PG 120 AMIL PG 121 CREMER PG 122 DROGASIL PG 123 ODONTOPREV PG 124 PROFARMA PG 125 SEGUROS PG 126 SULAMERICA PG 127 SERVIÇOS DIVERSOS PG 128 BMFBOVESPA PG 129 TEMPO PART PG 130 SHOPPING CENTERS PG 131 BRMALLS PG 132 IGUATEMI PG 133 MULTIPLAN PG 134 TECNOLOGIA PG 135 POSITIVO PG 136 TOTVS PG 137 UOL PG 138 TELECOM / BANDA LARGA PG 139 NET PG 140 TELEMAR PG 141 VIVO PG 142 VAREJO PG 143 LOJAS RENNER PG 144 MARISA PG 145 PÃO DE AÇÚCAR PG 146 INDICADORES PG 147

5 p>5 CONJUNTURA ECONÔMICA A Recuperação da Economia em 2010 Não assistimos aqui nenhuma quebra de banco importante como ocorreu nas principais economias globais, em especial, nos EUA. No último bimestre de 2009, a recuperação da economia despontou na linha do horizonte. Beijamos a lona no ano passado, é verdade, mas nos levantamos, sacudimos a poeira e tudo indica que venceremos o round do crescimento em A principal razão desta rápida retomada (em relação aos demais países) foi a solidez do nosso sistema financeiro. Apesar do susto inicial, nenhum Banco importante operando aqui pediu socorro, ou quebrou espalhando o pânico como ocorreu, por exemplo, nos Estados Unidos depois do desastre do Lehman Brothers em setembro de Embora uma maior fiscalização do Banco Central tenha influído, a saúde do sistema deveuse aos juros estratosféricos pagos por um cliente tipo risco zero, isto é, o governo federal na rolagem de sua crescente dívida pública. O crédito consignado também ajudou: assalariados descontados na fonte são devedores seguros, ou quase. As altas taxas de juros praticadas no país, proporcionam lucros extraordinários aos bancos locais sem riscos exagerados. Segurança e taxas de juros elevadas proporcionaram aos Bancos lucros extraordinários. Os balanços de 2007 e 2008 bateram recordes. Repetiram a dose em 2009 embora com menor exuberância. Em síntese, nossos Bancos não necessitaram correr riscos exagerados caçando os clientes sub-prime como fizeram os bancos norte-americanos com os resultados conhecidos. Mas a crise internacional derrubou os preços das exportações e o volume exportado. Os mercados externos encolheram. Nosso setor financeiro foi golpeado e resistiu, mas o produtivo foi atingido pela retração da demanda e cambaleou. Como é usual nessas ocasiões, empresários começaram a dispensar trabalhadores e/ou dar férias coletivas. E, pior, seus planos de investimento foram adiados. Não adiantaram os apelos do governo para que as empresas segurassem seus funcionários, alertando para o círculo vicioso: demissão, maior retração do consumo, menores vendas, redução dos lucros, menores investimentos, novas demissões etc. Keynes certamente aplaudiria as medidas adotadas pelo governo para combater a crise. Para enfrentar a crise, o governo adotou a política correta: cortou impostos reduzindo preços de carros, da linha branca, e do material de construção. O consumo se manteve em alguns casos até aumentou as demissões foram interrompidas, o salário mínimo cresceu em termos reais o mesmo acontecendo com o bolsa-família. Se estivesse vivo, John Maynard Keynes certamente aplaudiria, pois manter ou aumentar salários em épocas de contração da economia é o melhor caminho para furar a onda da recessão via manutenção da demanda efetiva. A produção, a renda e o consumo deverão se elevar em 2010, catapultadas pela base da pirâmide, pela elevação real do salário mínimo. O ano de 2009 foi um round perdido, mas que permitiu acumular forças para vencer o de Mantendo o consumo, o governo jogou a isca sinalizando aos empresários que, se investirem os clientes irão às compras em Mas, esta é a grande incógnita: os investimentos garantirão um crescimento robusto em 2010? É provável que sim. O carry over positivo de 2009 sinaliza uma recuperação considerável da indústria e da agropecuária. E o nível de renda especialmente das faixas da base da pirâmide turbinadas pela elevação real do salário mínimo indicam que a produção, a renda e o consumo deverão se elevar em 2010.

6 p>6 O Real mantêm-se em patamar valorizado, apesar da colocação deste pedágio por parte do governo de 2% de IOF. Além disso, dois fatores extra econômicos podem ajudar: a realização da Copa em 2014 e as Olimpíadas em Ambos os eventos criam um misto de oportunidades de investimentos públicos e privados, algo inédito no Brasil desde a construção de Brasília. Não devemos esquecer também que uma importante agência de rating como a Moody s Investor Service atribuiu ao Brasil grau de investimento. Este selo de qualidade associado a uma taxa de juros ainda muito elevada ampliou a atratividade brasileira para os investidores externos. A futura extração de petróleo do pré-sal ameaçando tornar o Brasil um exportador do produto também deu mais confiança aos investidores. Essa onda de dólares tem sido tão intensa que obrigou o governo a colocar na porta um pedágio de 2,0% de IOF para evitar excessiva valorização do real. Mesmo assim o fluxo cambial ainda é positivo mantendo o real em patamar valorizado e ajudando a segurar a inflação. Prevalecendo este quadro, a expectativa de um PIB em torno dos 4% em 2010 parece plausível. Mas existem ameaças. A quebra da principal empresa imobiliária em Dubai e as dificuldades da Grécia mostraram que a crise financeira internacional ainda não identificou todas as suas vítimas trazendo golfadas de incerteza aos mercados globalizados. Muitos países criaram grandes déficits em 2009 para evitar uma crise mais profunda e a ressaca poderá ocorrer em No nosso caso a redução do superávit comercial em 2010 para 15 bilhões de dólares e o aumento das despesas com serviços poderá aumentar o déficit em conta corrente para mais de 50 bilhões de dólares indicando problemas cambiais no médio prazo. Infelizmente, no médio prazo, as pressões no câmbio e nos juros tornam inviável manter o crescimento econômico de forma sustentável. Mas, a engenharia econômico-financeira utilizada pelo governo para evitar o pior tem um custo: corrói as contas públicas. O déficit alimenta a dívida publica que combinada com pressões inflacionárias trazidas pelo crescimento robusto do PIB em 2010 tornará indispensável à elevação dos juros. No médio prazo, as pressões no câmbio e nos juros tornam inviável manter o crescimento econômico de forma sustentável. Mas até lá já teremos atravessado o tortuoso período das eleições presidenciais. O governo que sai deverá cozinhar estas tensões econômicas em água morna. As soluções mais dolorosas deverão ficar para o sucessor (a) a partir de Paulo Henrique Ribeiro Sandroni Graduado em Ciências Econômicas pela USP (1964) e mestrado em Economia pela PUC de São Paulo (1982). Atualmente, é Professor contratado do FGV - SP (Ministra aulas na graduação e pós-graduação executiva) e Professor da PUC de São Paulo. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos Recursos Humanos. Livros publicados: Traduzindo o Economês (2000), Novíssimo Dicionário de Economia (1999) e Dicionário de Administração e Finanças (1996).

7 p>7 COMO FAZEMOS A CARTEIRA SUGERIDA A carteira sugerida foi criada em julho de 2001, com o objetivo de agregar valor às atividades do departamento, aumentando o leque de produtos oferecidos a nossos clientes. Atravessávamos um período conturbado, marcado pelo estouro da bolha da Internet, num processo de recessão nos EUA e em diversos países no mundo, inclusive o Brasil. Aliás, começávamos a sofrer os nefastos efeitos da crise energética que teve impacto direto no mau desempenho da economia no período (o país cresceu pífios 1,3% em 2001 contra 4,3% em 2000). Nossos hermanos estavam às voltas com a maior crise econômica desde a implantação da estabilização monetária do anos 90. Entre crises e expansões econômicas completamos 8 anos de carteira sugerida comemorando a rentabilidade acumulada até dez/09 de 1.552,73% contra 398,49% do IBOVESPA no período. Mas também é verdade que temos obtido êxito na empreitada de reduzir a exposição ao risco em nossas indicações, focando empresas sólidas em setores menos sensíveis a crise financeira internacional. Aliás, cabe utilizar este espaço para esclarecer como é feito o processo de escolha desta carteira sugerida. Primeiramente, discutimos o desempenho da carteira sugerida do mês que se encerra, o cenário traçado, os papéis sugeridos, enfim, a estratégia que foi adotada. Importante sempre, independentemente dos acertos, aprender com os erros para tentar ao menos evitá-los. Não custa lembrar que a carteira sugerida faz parte da Análise de Mercado Mensal, compondo o corpo deste trabalho que é divulgado até o 3º dia útil do mês. Só podemos fazer as alterações na carteira durante este período. Lembrem-se, a carteira sugerida é apenas um portfólio de referência para o investimento em ações, não se trata de uma carteira real administrada pelos analistas da corretora e nem poderia ser diferente. Mensalmente, nos reunimos no último dia útil para discutir sobre o cenário macroeconômico para o mês subseqüente. Debatemos sobre a agenda macro-econômica e sobre a agenda corporativa para o mês e avaliamos os principais itens da pauta macro e micro econômica de forma a traçarmos um cenário base para o período. Definido o cenário base, enquadramos os setores que devem ser beneficiados pela conjuntura econômica projetada. Posteriormente, fazemos a escolha das companhias que tendem a se destacarem setorialmente frente às seus pares diante de determinada conjuntura. Esta é a chamada análise top down (de cima para baixo). No caso da carteira sugerida, eventualmente, praticamos a chamada análise bottom-up (de baixo para cima), utilizando projeções recentes que elaboramos. Nós decidimos os pesos dos papéis na carteira pelo risco que estes representam em maior medida que o retorno projetado para estas ações. A experiência da equipe é de fato o maior trunfo para a boa performance ao longo dos anos.

8 p>8 DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS Ao longo destes oito anos, enfrentamos situações absolutamente distintas, com fases de forte expansionismo econômico e diferentes crises. Nossa estratégia de focar no cenário macro (análise Top Down) para suportar a grande maioria das escolhas de papéis para a carteira se mostrou adequada na maioria das vezes. Principalmente em tempos de crise, a carteira teve desempenho bastante satisfatório ante o IBOVESPA. Coinvalores Ibovespa Outubro 2008 Coin -20,68% Ibov -24,8% Julho 2002 Coin -3,53% Ibov -12,36% Telecon 21% Petróleo 20% Mineração 13% Siderurgia 4% Outros 42% Julho 2004 Coin +12,30% Ibov +5,62% Siderurgia 12% Petróleo 10% Energia 10% Mineração 10% Telecom 8% Bancos 5% Outros 45% Maio 2006 Coin -5,34% Ibov -9,50% Petróleo 15% Energia 15% Siderurgia 14% Mineração 10% Bancos 5% Outros 41% Petróleo 18% Mineração 16% Bancos 15% Energia 15% Outros 36% Setembro Novembro Janeiro(02) Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro(03) Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro(04) Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro (05) Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro (06) Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro (07) Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro (08) Março Maio Julho Setembro Novembro PIB* 1,30% 2,70% 1,20% 5,70% 3,20% 3,80% 5,40% 5,1% * fonte Focus Risco Lula Rico Brasil 2515 p Dólar a R$ 4,00 Eleição Presidencia Tsunami Tailândia Inflação Ameicana Inicio de aumento da tx de juros americana. Crise do Subprime Colapso do Bear Steams S&P e Fitch eleva Brasil a grau de investimento Agravamento da crise financeira

9 p>9 DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO ANO DE 2009 Acabou! O ano de 2009 sem sombra de dúvida foi um ano de muitos desafios instigantes. Foram 365 dias vivenciando os possíveis e visíveis efeitos da crise. Confrontamos teorias econômicas, testamos nossos conhecimentos e muitas vezes nos surpreendemos com os movimentos do mercado. A economia é complexa meus caros. Este ano nos serviu para muita coisa. Vimos o Brasil se tornar referência no mundo inteiro, exemplo de país emergente com baixa vulnerabilidade externa (em relação às outras economias / em relação às outras crises) e capaz de se recuperar da crise de forma exemplar. O país apresenta taxa de juros em patamares historicamente baixos. E vai sediar dois eventos esportivos. Também, presenciamos governos no mundo inteiro injetando montantes astronômicos em suas economias na tentativa de retirá-las da beira do abismo. E a conseqüência disso é simples: o mundo criou mais uma batalha para si o desequilíbrio fiscal dessas economias será o grande vilão da próxima década. Muitos países voltaram os olhos para o Brasil, para entender como funciona o nosso sistema financeiro. Será que temos as melhores instituições bancarias do mundo? Inúmeras vezes, no departamento, comentamos que aprendemos mais do que ensinamos, este ano foi mais um aprendizado. Além do mundo, nós também voltamos nossos olhos para o mercado interno, tanto que nossas indicações de investimentos foram para aquelas empresas voltadas para o mercado doméstico. Vale destacar que nossa carteira recomendada apresentou valorização no ano de 94,17%, acima do IBOVESPA 82,66%. 20,00% 15,00% Fevereiro 2009 Coin +0,64% Ibov -2,84% Bancos 12% Mineração 17% Petróleo 20% Consumo 15% Outros 36% Agosto 2009 Coin +6,17% Ibov +3,15% Bancos 16% Mineração 14% Petróleo 12% Consumo 11% Outros 47% Dezembro 2009 Coin +4,05% Ibov +2,30% Petróleo 10% Mineração 13% Bancos 12% Consumo 17% Outros 48% 10,00% 5,00% 0,00% Janeiro (09) Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro -5,00% Coinvalores Ibovespa CoinxIbov Efeitos da crise econômica Global; Moody s eleva Brasil a grau de investimento; Olimpíadas no RJ em PIB = - 0,24%* Fonte: * Focus (P)

10 p>10 HISTÓRICO DE DESEMPENHO DESEMPENHO DO PORTFÓLIO DE DEZEMBRO E ÚLTIMOS 12 MESES Oscilação Mensal Ganho Acumulado 12 meses Período Portfólio Ibovespa Dif. Portfólio Ibovespa Janeiro 5,12% 4,66% 0,46% 5,12% 4,66% Fevereiro 0,64% -2,84% 3,49% 5,80% 1,69% Março 6,08% 7,18% -1,10% 12,23% 8,99% Abril 11,62% 15,55% -3,93% 25,27% 25,94% Maio 11,47% 12,49% -1,03% 39,64% 41,67% Junho -3,16% -3,25% 0,09% 35,22% 37,06% Julho 8,30% 6,41% 1,88% 46,44% 45,85% Agosto 6,17% 3,15% 3,02% 55,47% 50,44% Setembro 8,37% 8,90% -0,53% 68,49% 63,83% Outubro 1,20% 0,05% 1,15% 70,51% 63,91% Novembro 9,44% 8,93% 0,51% 86,61% 78,55% Dezembro 4,05% 2,30% 1,75% 94,17% 82,66% Performance Portfólio Coinvalores x Ibovespa Carteira Ibovespa 190,00% 170,00% 150,00% 130,00% 110,00% 90,00% 70,00% 50,00% 30,00% 10,00% -10,00% -30,00% -50,00% Carteira Ibovespa 4,05% 2,30% 94,17% 94,17% 82,66% 82,66% dez-09 No Ano 12 meses % % % % % % % % % 0 % 1552,73% 398,49% * ,00% Performance Acumulada Portfólio Coinvalores x Ibovespa *Início do Portfólio Coinvalores 19-Jul ,00% 132,06% Carteira Ibovespa 100,00% 8,55% 22,83% 97,35% 63,14% 26,88% 17,81% 50,49% 51,97% 43,65% 27,72% 32,93% 94,17% 82,65% 0,00% -1,34% -17,03% -41,79% -41,22% -100,00%

11 p>11 DESEMPENHO EM DEZEMBRO Empresa Código Peso Cotação Cotação % 160,00 Portfólio Coinvalores Performance Dezembro/09 30/11/09 30/12/09 Período Vale PNA VALE5 13% 42,37 42,20-0,40 Petrobras PN PETR4 10% 38,58 36,69-4,92 Bradesco PN BBDC4 6% 35,94 36,38 1,20 Gol PN GOLL4 6% 25,01 26,08 4,28 Itaú Unibanco PN ITUB4 6% 37,75 38,50 1,98 Lojas Americanas PN LAME4 6% 14,50 15,53 7,10 MRV ON MRVE3 6% 12,68 14,10 11,17 Pão de Açúcar PNA PCAR5 6% 55,30 65,02 17,58 Sid Nacional ON CSNA3 6% 58,06 56,00-3,56 Cemig PN CMIG4 5% 30,10 31,60 4,98 Duratex ON DTEX3 5% 15,39 16,20 5,26 Hypermarcas ON HYPE3 5% 18,65 20,00 7,24 Klabin S/A PN KLBN4 5% 4,89 5,31 8,59 Positivo ON POSI3 5% 20,30 22,33 10,00 Randon Part PN RAPT4 5% 14,88 15,58 4,70 Weg ON WEGE3 5% 17,78 18,40 3,47 Total 100% 4,05% Ibovespa IBOV 2,30% 120,00 80,00 40,00 Portifolio Coin 4,05 Ibovespa 2,30% 0,00 30/11 2/12 4/12 8/12 10/12 14/12 16/12 18/12 22/12 28/12 30/12 Desempenho dos Papéis Dezembro-09 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% -5,00% -10,00% -15,00% -20,00% -25,00% -30,00% -35,00% -40,00% -45,00% -50,00% 17,58% 11,17% 7,24% 8,59% 10,00% 7,10% 4,98% 5,26% 4,28% 4,70% 1,20% 1,98% -4,92% -3,56% -0,40% 3,47%

12 p>12 SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JANEIRO DE 2010 Empresa Código Peso Cot./ L. Líq. '08(*) P/L '08* Cotação Preço Alvo Potencial Portfólio Ibovespa IBrX 100 VPA R$ Milhões 30/12/2009 Dez/10 Valorização Mineração 13% 15,97% 17,01% Vale PNA VALE5 13% 11,66% 9,61% 2, ,0 22,0 42,40 49,00 16,1% Bancos 12% 10,55% 18,46% ABC Brasil ABCB4 6% -x- -x- 1,30 150,1 11,6 11,80 14,10 19,5% Itaú Unibanco PN ITUB4 6% 4,71% 10,01 2, ,0 15,9 38,69 47,00 21,5% Varejo 12% 2,17% 3,29% Lojas Americanas PN LAME4 6% 1,02% 0,47 33,70 154,5 68,1 15,53 19,00 22,3% Pão de Açúcar PNA PCAR5 6% 0,61% 0,86% 2,60 422,7 39,2 65,02 76,00 16,9% Petróleo 10% 17,59% 26,40% Petrobrás PN PETR4 10% 12,55% 13,47% 2, ,9 13,3 36,69 48,50 32,2% Aviação 6% 2,49% 1,43% Tam S/A PN TAMM4 6% 0,71% 0,33% 3, ,4 3,4 38,21 -x- -x- Bens de Consumo 6% 2,22% 3,64% Hypermarcas ON HYPE3 6% -x- -x- 3,30 457,9 19,5 40,00 -x- -x- Construção Civil 6% 5,23% 2,52% Cyrela ON CYRE3 6% 1,64% 0,77% 3,40 277,7 -x- 24,50 -x- -x- Auto Peças 5% -x- -x- Randon Part PN RAPT4 5% -x- -x- 2,90 150,3 15,9 15,58 -x- -x- Bens de Capital 5% -x- -x- Weg ON WEGE3 5% -x- -x- 4,90 476,8 23,8 18,40 -x- -x- Logística 5% 2,78% 1,75% All Amer Lat UNT N2 ALLL11 5% 1,40% 0,67% 3,60 246,5 53,7 16,30 -x- -x- Material de Construção 5% 0,51% -x- Duratex ON DTEX3 5% 0,51% -x- 3,20 315,2 23,5 16,20 -x- -x- Papel e Celulose 5% 2,68% 0,79% Klabin S/A PN KLBN4 5% 0,42% -x- 1,80 636,6 7,6 5,31 5,70 7,3% Siderurgia 5% 10,35% 6,53% Gerdau PN GGBR4 5% 3,78% 2,12% 2, ,1 31,4 29,14 33,00 13,2% Tecnologia 5% -x- -x- Positivo Inf ON POSI3 5% -x- -x- 3,10 123,1 15,6 22,33 -x- -x- Total 100% (*) Estimativa ER Em revisão Divisão da Carteira por setores Petroleo 10% Tecnologia 5% Bens de Capital 5% Bancos 12% Logística 5% Mat.de Construção 5% Varejo 12% Auto peças 5% Siderurgia 5% Const.Civil 6% Mineração 13% Aviação 6% Bens de Consumo 6% Papel Celulose 5%

13 p>13 PORTFÓLIO DIVIDENDOS COINVALORES SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JANEIRO DE 2010 Empresa Código Exposição Cotação Preço Alvo Portfólio 30/12/2009 Yield Projeta do Presença Bradesco BBDC4 20% 14,85 Em revisão 2,7% 100% AmBev PN AMBV4 20% 101,34 Em revisão 4,0% 100% Cremer CREM3 20% 14,82 Em revisão -x- 100% Vale PNA VALE5 20% 44,10 R$ 49,00 1,1% 100% Usiminas USIM5 20% 49,39 R$ 58,00 1,4% 100% O Portfólio Dividendos Coinvalores consiste na indicação de cinco papéis de companhias com elevada projeção de dividend yield, satisfatória liquidez, presença mínima de 80,0% de mercado e histórico de boa pagadora de dividendos. Nosso objetivo é proporcionar aos nossos clientes um portfólio que garanta a distribuição dos dividendos, juros sobre capital próprio e bonificações sem, contudo, referenciar seu desempenho aos principais benchmarks do mercado. O Portfólio será avaliado e sofrerá alterações mensalmente quando for o caso, entretanto, destacamos que as indicações podem não coincidir com as recomendações da Equipe de Análise de Investimentos da Coinvalores. Importante ressaltar que sua performance poderá ser abaixo dos principais benchmarks, quando é analisada através da evolução dos preços das ações sugeridas, pois o foco é alcançar rentabilidade através de dividendos e/ou distribuição de juros sobre capital próprio. Porém, o Portfólio Dividendos Coinvalores apresenta perfil com menor risco, tendo em vista sua composição caracterizada por companhias mais maduras e com elevada geração de caixa. DESEMPENHO DO PORTFÓLIO EM DEZEMBRO DE 2009 Empresa Código Exposição Cotação Cotação Valorização Portfólio 30/11/09 30/12/2009 % Bradesco BBDC4 20% 35,95 36,38 1,20% AmBev PN AMBV4 20% 165,30 174,50 5,57% AES Tietê GETI4 20% 18,98 20,00 5,40% Vale PNA VALE5 20% 42,37 42,20-0,40% Sid Nacional CSNA3 20% 58,07 56,00-3,56% Total 1,64% Em dezembro, o Portfólio Dividendos Coinvalores apresentou desempenho abaixo do IBOVESPA, com alta de 1,64%, contra a performance também positiva de 2,30% do Índice da Bolsa de São Paulo, no mesmo período. Esse desempenho foi influenciado principalmente pela queda das ações da Sid. Nacional (-3,56%) e pelas ações da Vale (-0,40%). Para o Portfólio Dividendos Coinvalores do mês de Janeiro, optamos pela troca dos papéis da AES Tietê (GETI4) por ações da Cremer (CREM3) e a troca de Sid. Nacional (CSNA3) por ações da Usiminas (USIM5), tendo em vista o cenário favorável para essa companhia e a perspectiva de distribuição de proventos futuros. O contínuo desempenho favorável da AmBev e sua manutenção em carteira está relacionada às perspectivas favoráveis para os próximos períodos, devido o início do verão, quando a demanda por seus produtos aumenta expressivamente. Vale lembrar que, do total de vendas, 40% se concentram nesta estação. P erfo rmance P o rtfó lio D ividendo s C o invalo res - D ezembro / 09 HISTÓRICO DE DESEMPENHO DO PORTFÓLIO DIVIDENDOS Portfólio Dividendos Coinvalores IBOVESPA Dezembro/09 1,64% 2,30% Acumulado no Ano 54,60% 82,66% Último 12 Meses 54,60% 82,66% 17% 15% 13% 11% 9% 7% 5% 3% 1% -1% -3% -5% P o rtfó lio 1,64% 2,30% Ibo vespa

14 p>14 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS O QUE É? Nosso objetivo neste trabalho foi trazer para o investidor as expectativas das companhias de capital aberto (não se trata de informação privilegiada) em relação ao ano de Gostaríamos de agradecer às seguintes equipes de relações com investidores que colaboraram diretamente com nosso trabalho: ABC Brasil Eucatex Multiplan AES Tietê Even NET ALL EZTEC OdontoPrev Amil Ferbasa OGX Banco do Brasil Fertilizantes Heringer OHL Brasil Battistella Fosfertil Pão de Açúcar Bicbanco Gafisa ParanáBanco BMFBovespa Gol Paranapanema Braskem Grendene Petrobras BRF Foods Guarani Pine BRMalls Helbor Positivo Brookfield Hypermarcas Profarma Camargo Corrêa Iguatemi Providencia CCR Rodovias Indústrias Romi Randon Cemig Indusval Rodobens Cielo Iochpe Maxion Rossi Coelce JHSF Sabesp Comgás Kepler Weber São Carlos Copasa Klabin São Martinho Copel Kroton SEB Cosan Light SLC Agrícola CPFL Energia Localiza SulAmerica CR2 Log-In Suzano Papel Cremer Lojas Renner TAM CSU Cardsystem Lopes Brasil Tegma Cyrela Realty Lupatech Telemar Daycoval Magnesita Tempo Part Direcional Marcopolo Totvs Drogasil Marfrig Tractebel Ecodiesel Marisa Trisul Eletropaulo Metal Leve Ultrapar Embraer Minerva UOL Equatorial MPX Energia Vale Eternit MRV Vivo Assim como no ano passado, não pudemos contar com a participação de todas as companhias de capital aberto que acompanhamos em nosso stock guide. Todavia, conseguimos um número consideravelmente mais representativo de depoimentos, que com certeza ajudarão o investidor a formar uma opinião mais clara sobre Reiteramos que a economia é dinâmica e os cenários mudam consideravelmente, entretanto, o nosso trabalho é, e sempre será, traçar cenários e perspectivas. Para isso, contamos muito com os profissionais de relação com os investidores para afinar e calibrar nossas projeções. E, novamente, agradecemos muito os esforços decisivos destes profissionais para a confecção deste trabalho. Totalizamos 102 companhias. Peço licença para usar este espaço para lamentar e protestar contra a falta de profissionalismo de alguns pouquíssimos profissionais de Relações com Investidores que infelizmente tratam de forma diferente analistas de casas diferentes. Afirmamos isso, pois temos colegas em muitas instituições e sabemos o quão FLEXÍVES tais profissionais são às solicitações de analistas das chamadas boutiques do mercado de capitais.

15 p>15 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS AÇÚCAR E ÁLCOOL EMPRESAS ACOMPANHADAS: GUARANI COMPRAR (ACGU3) COSAN COMPRAR (CSAN3) SÃO MARTINHO COMPRAR (SMTO3) R$ 20,00 Comecemos este texto com uma notícia positiva para o setor. Às vezes, começar pelas abstrações negativas cansa. Então é o seguinte, vivenciamos em meados de 2009 para cá uma forte valorização do preço do açúcar é a tendência é que em 2010 os preços do produto se apresentem mais fortes. Bom, o motivo pode vir de várias frentes, mas as que achamos importantes discorreremos aqui, certo? O aumento nos preços nos mostra que o setor sucroalcooleiro começa a se levantar dos momentos de letargia provocados pela crise de 2008, onde a falta de crédito internacional, impediu que muitos projetos de investimento fossem levados adiante, além do fato de que a dívida do segmento mostrou apetite para crescer no período. Para deixar felizes os que gostam de números o preço do açúcar, por exemplo, se valorizou ao longo da safra cerca de 80% quando comparado com os preços praticados no mesmo período da safra anterior. Agora passemos as questões analíticas: a quebra de safra na Índia sem sombra de dúvida é um fator essencial para entendermos o que aconteceu no mercado e ajuda na atividade de adivinhar o que pode acontecer em Primeiro, o evento mencionado abre uma gama de oportunidades para os negócios de nossas empresas que atuam no ramo, principalmente, para a produção de açúcar (Os principais produtores, como Índia, tiveram lá os seus problemas. Bom para o Brasil!). Dado que o Brasil exporta cerca de 65% do que produz (açúcar, ok), acredita-se que o país deverá exportar algo em torno de 24 milhões de toneladas, considerando uma produção total de 34,64 milhões de toneladas (E dá-lhe quebra de safra da Índia. Não julguem meus valores éticos, apenas penso no sucesso do país. E tenho dito!). Quanto ao Etanol, a redução das exportações nesta safra desanima os expectadores. Na safra passada, cerca de 4,9 bilhões de litros foram exportados, o que significa aproximadamente 1,5 bilhão de litros a menos nesta safra. Mas nem tudo está perdido, o sucesso dos carros flexfuel no país nos mostra um fôlego digno de um jovem, ou seja, tem tudo para se solidificar daqui pra frente. Assim, falemos sobre assuntos climáticos. O que dá até medo, certo? Sim, claro, assunto capcioso, paulistano tem medo de ver noticias sobre meteorologia no jornal. Dá-lhe criançada nadando na enchente. Questões climáticas como fortes chuvas, que prejudicam o rendimento do canavial, acabaram interferindo na colheita da cana o que acabou impactando no preço do etanol. Para se ter idéia, os meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro que possuem um ritmo mais intenso da moagem foram surpreendidos com uma umidade acima do normal ocasionada pelas chuvas o que interferiu na concentração de sacarose pela planta, afetando a colheita. O preço acabou sendo impactado, dado a oferta ainda tímida frente à demanda mais acentuada que se observou nos últimos períodos do ano de De acordo com o terceiro levantamento do segmento feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima-se que a produção total de cana moída alcance ,20 mil toneladas, se mostrando acima do observado na safra passada. Possivelmente 20 milhões de toneladas de cana ficarão para a próxima colheita situação causada pelas chuvas. Do total da cana esmagada, 45% serão destinadas à produção de açúcar e 55% na produção de álcool. Vale destacar que grande parte deste montante será destinada a Índia. Por fim, breve comentário sobre a COP 15 em Copenhague que incluiu no seu fórum de discussão a questão do álcool como uma alternativa verde (leia-se bicombustível) para suprir as necessidades do setor de transporte, o que acaba sendo uma maneira eficaz de reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. Como se observa, o mundo começa a dar mais atenção às questões ambientais e cada vez mais o lado sustentável da empresa será levado em consideração. Essa preocupação abre boas oportunidades para o Brasil como a questão do etanol.

16 p>16 COSAN (CSAN3) A Cosan S.A. Indústria e Comércio, fundada em 2000 e com sede em Piracicaba (SP), é a única Companhia de energia renovável totalmente integrada. Com um modelo de negócios verticalizado, sua atuação abrange todos os elos da cadeia sucroalcooleira, desde o plantio da cana, passando pela cogeração de energia, até a distribuição e comercialização final dos produtos obtidos (açúcar e etanol). Além disso, a Companhia está presente nas áreas de investimento em propriedades agrícolas, logística, distribuição, e comercialização de combustíveis e lubrificantes. Essa estrutura faz da Cosan a terceira maior produtora de açúcar do mundo, maior produtora mundial de etanol a partir da cana de açúcar e a maior exportadora mundial de açúcar. O ano de 2009 foi marcado pela incorporação dos ativos de comercialização, logística, produção de açúcar e álcool e cogeração de energia da NovAmérica, firmando-se como a principal consolidadora do setor sucroalcooleiro. Em março, a Cosan celebrou uma parceria com a ALL visando expandir a capacidade operacional ferroviária para o transporte de açúcar a granel, grãos e derivados. Seguindo a estratégia de investir em atividades que ofereçam maior estabilidade e, portanto, melhor previsibilidade para nossa geração de caixa, foram celebrados novos contratos de comercialização de energia gerada a partir do bagaço de cana de açúcar. A estratégia é de continuar investindo nesse negócio, atendendo à demanda com energia limpa e renovável sem impactar o meio ambiente. A Cosan também realizou grandes investimentos no projeto greenfield em Jataí, Goiás, que entrou em operação no segundo semestre de 2009, como uma das mais modernas usinas de etanol do mundo. Em termos de resultados, a companhia obteve receita líquida de R$ 7.141,4 milhões até o segundo trimestre do exercício social de 2010, que corresponde aos meses de abril até setembro de O EBITDA registrado foi de R$ 666,9 milhões, 215% superior comparado ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido acumulado do período totalizou R$ 510,6 milhões, resultado do forte desempenho operacional, relacionado à alta dos preços do açúcar, além da recuperação dos preços do etanol e manutenção das margens na distribuição de combustíveis. Como parte da estratégia de crescimento e integração dos negócios, a Cosan dará continuidade aos investimentos iniciados nas áreas de cogeração de energia, distribuição de combustíveis e lubrificantes e logística, além de expansão e melhorias nas unidades de produção já existentes. A Cosan está preparada para enfrentar os desafios de consolidação, integração e gestão das diversas linhas de negócio, e tem plena convicção de que contará com o comprometimento de toda a Companhia para otimizar custos e processos e extrair as sinergias que continuam garantindo o crescimento sustentável dos negócios e gerando valor a todos os clientes, parceiros e colaboradores. Equipe de Relações com Investidores

17 p>17 AÇÚCAR GUARANI (ACGU3) A Açúcar Guarani é uma das empresas mais sólidas do mercado sucroenergético brasileiro. Tem como atividade principal a transformação da cana-de-açúcar em açúcar, etanol e energia. É a 3ª maior processadora de cana-de-açúcar e produtora de açúcar do Brasil, com um processamento de 14,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2008/09. Virtualmente não possui terras e tem seu modelo de suprimento de cana-de-açúcar baseado em terceiros fornecedores (70%), reduzindo a utilização de capital. Possui 6 unidades industriais, sendo 5 no Brasil, na região noroeste do Estado de São Paulo, e uma em Moçambique, na África, além de um projeto greenfield, no município de Pedranópolis, em São Paulo. A Guarani é controlada pela Tereos (69%), uma cooperativa agroindustrial com experiência na produção de açúcar e etanol/álcool a partir da beterraba, da cana-de-açúcar e de cereais, na França e no mundo. A Tereos é a 4ª maior produtora de açúcar, de álcool e de produtos à base de amido do mundo. No 1º semestre de 2009/10 (abril a set/09), a Açúcar Guarani registrou receita líquida recorde para o período, atingindo R$ 607,0 milhões e representando um aumento de 23,9% ante 2008/09. Este resultado foi impulsionado pelos melhores preços do açúcar, sendo que somente a receita líquida do açúcar aumentou 51,1%. O açúcar representou 64,6% da receita líquida, enquanto a contribuição do etanol foi de 26,6%. O EBITDA Ajustado da Companhia apresentou crescimento de 49,9% no período, alcançando R$ 114,8 milhões versus R$ 76,6 milhões registrados no primeiro semestre do período anterior. A Companhia registrou lucro líquido de R$ 13,8 milhões, comparativamente ao prejuízo líquido de R$ 78,7 milhões (ajustado pela amortização de ágio) no primeiro semestre de 2008/09. A Guarani manteve o foco no processo de fortalecimento de seu balanço patrimonial através de: a) disciplina nos investimentos, voltados para programas que busquem o aumento da capacidade de produção de açúcar, a redução de custos e a eliminação de gargalos industriais; e b) esforços para alongamento do endividamento através de financiamentos de médio e longo prazos. Em setembro e outubro de 2008 (período 2008/09), a Guarani recebeu o equivalente a US$ 220 milhões em empréstimos concedidos pelo acionista controlador, a Tereos, que demonstrou forte compromisso e suporte à Companhia, que representa um ativo estratégico para o crescimento do Grupo. Na visão da Guarani, a perspectiva de preços para o açúcar é positiva para 2010, como conseqüência das chuvas no Brasil e de seca em regiões produtoras de cana-de-açúcar na Ásia, que afetou o balanço de oferta e demanda de açúcar mundialmente e que deverá fortalecer a demanda por açúcar branco, foco da Companhia. O cenário de preços também é positivo para o etanol, devido à demanda aquecida no mercado doméstico, sustentada pelo aumento nas vendas de veículos flexfuel. A Açúcar Guarani acredita possuir um portfólio atraente de projetos de expansão com foco na produção de açúcar no curto prazo e etanol e cogeração no médio e longo prazos. Os novos investimentos voltados ao aumento da produção de açúcar estão concentrados na construção de uma fábrica de açúcar em nossa unidade Tanabi, para adicionar 110 mil toneladas a partir da safra 2010/11, e na expansão da produção em nossa unidade São José, com produção adicional de 50 mil toneladas de açúcar na safra 2010/11. Através destes investimentos, a Guarani visa aumentar o mix de produção voltado para o açúcar, a fim de aproveitar as tendências positivas do mercado, destinando cerca de 67% da cana-de-açúcar à produção de açúcar na safra 2010/11. Para o etanol, a Companhia tem a possibilidade de desenvolvimento de seu projeto Cardoso e de otimizar a flexibilidade nas unidades Andrade e Tanabi. Alexandre L. Menezio Gerente de Relações com Investidores

18 p>18 SÃO MARTINHO (SMTO3) O Grupo São Martinho está entre os maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade de moagem próxima a 14 milhões de toneladas, destinadas a produção de açúcar e etanol nas três usinas em operação: Usina São Martinho localizada em Pradópolis (região de Ribeirão Preto, SP); Usina Iracema, em Iracemápolis (região de Limeira, SP) e Usina Boa Vista (Quirinópolis, a 300km de Goiânia, GO), além de uma unidade para produção de ácido ribonucléico, a Omtek, também em Iracemápolis. O índice médio de mecanização da colheita é de 82%, chegando a 100% na Usina Boa Vista. Desde a Safra 2008/09, passamos também a comercializar energia elétrica produzida a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. O ano de 2009 foi marcado por uma forte recuperação nos preços de açúcar e etanol, trazendo os resultados do Grupo São Martinho para outro patamar de rentabilidade. Desde o início da Safra 2009/10 (abril/09) registramos crescimento de 75,9% na Receita Líquida no Comparativo 6M10 x 6M09, enquanto o EBITDA ajustado do Grupo apresentou crescimento ainda mais expressivo de +149,6% neste mesmo período. O Grupo também anunciou investimentos no valor de R$ 18 milhões para aumentar a flexibilidade na produção de açúcar com o objetivo de incrementar em 120 mil toneladas a sua produção, já na próxima safra que se iniciará em abril/2010. Anunciamos também no início de dezembro, uma Joint Venture com a Amyris voltada para o mercado de especialidades químicas e biocombustíveis a partir da cana de açúcar na Usina Boa Vista. Adicionalmente, foi firmada uma parceria entre o Grupo Amyris e a São Martinho S.A para que esta mesma tecnologia seja adotada na Usina Iracema após o início do projeto na Usina Boa Vista. O ano de 2010 aponta para um período de resultados ainda mais robustos para o Grupo São Martinho. Investimos na flexibilidade das Usinas São Martinho e Iracema que resultará em um aumento de aproximadamente 17% na produção de açúcar no Grupo que deverá atingir 820 mil toneladas já na próxima safra que se inicia em abril/2010. Do lado do etanol, acreditamos que o aumento da frota de veículos flexfuel no Brasil possibilitará a manutenção de um forte crescimento da demanda no mercado interno, o que deverá se refletir em um mercado ainda mais equilibrado no que se refere à oferta x demanda para o produto. Por fim, estamos confiantes que no ano de 2010 iremos consolidar nossa estratégia de posicionamento do Grupo São Martinho nos mercados de produtos de maior valor agregado, adicionando mais valor à cana-de-açúcar produzida pelo Grupo. João Carvalho do Val Relações com Investidores.

19 p>19 AGRÍCOLA EMPRESAS ACOMPANHADAS: BRASILAGRO (AGRO3) RENAR (RNAR3) SLC AGRÍCOLA (SLCE3) O setor agrícola apresentou desempenho negativo, apesar da pesquisa do IBGE apontando uma recuperação ainda no segundo semestre do ano de Esse resultado mostra que a retomada não veio no curto prazo. Esperamos que esta recuperação venha gradualmente ao longo de Destacamos como os principais agravantes para a agropecuária neste ano, a queda das safras de milho e soja, a baixa produtividade do café, a queda da produção de carne e, principalmente, os problemas climáticos. Além dos problemas acima comentados, destacamos a formação do custo de produção no ano 2009, refletindo o resultado da safra 2008/09 que foi impactada pelo alto preço dos principais insumos. Sendo assim, o PIB agrícola deve recuar 4,8% no ano de Para 2010, que será resultado da safra 2009/10, cujo plantio já foi iniciado, esperamos um cenário mais favorável em relação ao reportado na safra passada, com previsão de clima estável. Adicionalmente, a melhora da economia e a redução no custo de produção corroboram para uma maior demanda por commodities agrícolas. Desta forma, para 2010, a perspectiva para o setor é mais favorável, com melhorias na produtividade de diversas culturas o que deverá elevar o PIB agrícola ao patamar de 7,4%. Destacamos que as duas culturas que mais afetaram o desempenho do ano de 2009 (milho e soja) devem apresentar resultados melhores em Segundo o levantamento da safra 2009/10 divulgado pela CONAB, a estimativa também é de aumento para a área de soja no Brasil, devendo crescer 3,8% e atingir 22,55 milhões de hectares em comparação com os 21,73 milhões de hectares na safra 2008/09. Esse avanço deverá acontecer principalmente sobre áreas de milho cuja comercialização está sendo afetada por preços baixos e falta de liquidez em A produção total de soja no Brasil foi estimada em 62,77 milhões de toneladas para 2009/10, o que totalizará crescimento de 10% em relação ao ano-safra 2008/09. Com expectativa de produção mundial recorde associada a previsões de uma retomada do crescimento econômico, o consumo de soja deverá voltar a crescer em 2009/10. Já para o milho, mesmo com a redução de área 1ª safra, segundo a Conab, a produção total em 2009/10 atingirá 51,5 milhões de toneladas, 1,1% a mais que 2008/09, quando foram produzidos 50,97 milhões de toneladas. Ainda segundo a Conab, no ano-safra 2009/10 o consumo doméstico atingirá 46 milhões de toneladas, e as exportações deverão chegar a 8 milhões de toneladas, o que deverá reduzir os estoques de passagem em 19,7%, para 8,9 milhões de toneladas. Produções Setoriais Fonte: Coinvalores

20 p>20 SLC AGRÍCOLA (SLCE3) A SLC Agrícola é uma das maiores proprietárias de terras do Brasil e uma das maiores produtoras agrícolas brasileiras, com foco em soja, algodão e milho. Possui 11 unidades de produção, estrategicamente localizadas em 6 estados brasileiros, e atingiu 220 mil hectares de área plantada no ano-safra 2008/09. Apesar da nossa longa história no setor, e da característica cíclica do mercado agrícola, destacamos que nesse ano a combinação de fatores negativos foi singular. Os resultados do ano de 2009 foram reflexo principalmente da safra 2008/09, cujo plantio teve início em setembro de A formação do custo de produção naquele ano foi impactada pelo alto preço dos principais insumos. Nos fertilizantes, o cloreto de potássio e o MAP, por exemplo, tiveram aumentos de 81,1% e 93,3%, respectivamente, em comparação com a safra anterior. Nos defensivos, o glifosato - um importante herbicida - teve um aumento de preço de 33,1%. Esses custos elevados foram sendo reconhecidos ao longo de Além disso, em 2008, com o início da crise financeira, os preços internacionais das commodities agrícolas caíram, em média, 50%. O preço internacional do algodão atingiu pico de US 90,0/lb em março de 2008, caindo para níveis de US 40,0/lb no início de No caso da soja, após atingir níveis acima de USD 16,0/bu, as cotações recuaram para USD 8,5/bu, em março de Enquanto isso, a cotação da moeda brasileira sofreu alta volatilidade, oscilando num intervalo entre R$1,55 (agosto de 2008) e R$2,49 (dezembro de 2008). No lado operacional, houve problemas climáticos atípicos de excesso de chuvas que afetaram fortemente as nossas produtividades. Por exemplo, na Fazenda Palmares, na Bahia, nos meses críticos de março e abril, quando ocorrem a colheita da soja e a abertura das maçãs do algodão, o índice pluviométrico foi de 642,3 mm, quando a média histórica de mais de vinte anos é 359,6 mm. Esse excesso de chuvas causou queda da produtividade, em relação ao projeto, de 21,1% na soja e 21,4% no algodão. A experiência da SLC Agrícola no agronegócio combinada com uma política consolidada de gestão de riscos foram fatores-chave para prevenção de um cenário ainda pior, como foi observado com a maioria dos players do setor. Para 2010, a Companhia projeta um cenário mais favorável, dadas as melhores condições do ponto de vista macro, notadamente em relação às possibilidades de redução nos custos de produção e condições econômicas em recuperação, favorecendo a demanda das commodities agrícolas com possível impacto nos preços internacionais. No próximo ano, pretendemos também retomar o ritmo de expansão em área que obtivemos nos anos de 2007 e 2008, entregando parte do crescimento que não ocorreu no ano de 2009, e mantendo o equilíbrio entre aumento da produção e manutenção da eficiência operacional. Laurence Beltrão Gomes Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

21 p>21 ALIMENTOS EMPRESAS ACOMPANHADAS: BRF FOODS (BRFS3) JBS (JBSS3) MDIAS BRANCO (MDIA3) MARFRIG (MRFG3) MINERVA (BEEF3) MINUPAR (MNPR3) COMPRAR MANTER O cenário econômico para o setor em 2009 foi complicado, com queda da demanda, principalmente, no mercado externo, dado a crise econômica mundial. A redução nos preços de exportação dos produtos in natura e os estoques ainda carregando preços de grãos elevados, afetaram as margens operacionais das companhias. Além disso, destacamos a grande volatilidade do dólar que afetou fortemente as empresas que estavam posicionadas em operações com câmbio, seja aqueles com um simples hedge ou aquelas que foram mais atingidas com operações tóxicas pode ser considerado um ano para ser esquecido para algumas companhias ou para ser lembrando como o Grande Ano para outras. Tendo como destaque as grandes aquisições, tais como: Perdigão x Sadia = Brasil Foods; JBS x Pilgrim s e Bertin; Marfrig x Seara e; por fim Minerva fazendo nova captação no mercado. Todos estes eventos movimentaram e modificaram muito o setor, criando empresas gigantes e desaparecendo tantas outras. Entretanto, para 2010 se pensávamos que iríamos ficar sem o peru de final de ano, nos enganamos, a recuperação se faz presente, principalmente no mercado interno. Observamos que os resultados das companhias já mostraram recuperação, dada a menor volatilidade do dólar e a queda de alguns produtos base de seus custos. Outros pontos que consideramos muito positivos são os incentivos para o setor, tais como: a desoneração do PIS/COFINS; a redução do IPI e; a isenção temporária do ICMS para o estado de São Paulo. Todos estes mecanismos impulsionam o desempenho das companhias nos próximos exercícios. Fonte:USDA Segundo os gráficos da USDA acima, tanto a importação quanto a exportação vão apresentar aumento de volume. O relatório mostra que o consumo de proteínas animal, principalmente nos países em desenvolvimento, vai apresentar crescimento: alta de 20% para a carne bovina, +6% de aves e +3% de suínos. Consideramos os aspectos positivos para o setor, não só das empresas mas como na recuperação econômica mais robusta, principalmente no mercado interno.

22 p>22 BRF BRASIL FOODS S.A. (BRFS3) A BRF desponta como líder global na indústria de alimentos, sendo uma das maiores empresas do setor no mundo, dispondo de uma ampla gama de produtos e marcas. É a maior exportadora de aves e uma das maiores exportadoras de carne no mundo e a maior empresa de proteínas global em termos de valor de mercado. Principais números: - R$ 22,1 bilhões de faturamento líquido (56% Mercado Interno); - 64 fábricas; - Mais de 100 mil funcionários; - Exportações de aproximadamente 190 mil toneladas/mês para mais de 110 países; - Abate de 6,7 milhões de cabeças de aves/dia e 39,3 mil cabeças de suínos + bovinos/dia; - Produção anual de 4,8 milhões de toneladas de alimentos derivados de carne e 1,2 milhão de toneladas de lácteos; - Portfólio composto por mais de SKUs com marcas fortes. Em maio de 2009 realizamos o Acordo de Associação entre a Perdigão e a Sadia, e concluímos, com êxito, suas etapas societárias, que contemplaram as incorporações de ações dos acionistas de HFF em 08 de julho e dos acionistas Sadia em 18 de agosto, associado à captação de recursos de R$ 5,3 bilhões, via oferta primária de ações, destinada para equilibrar a estrutura de capital consolidada. A nova empresa vai constituir bases para fortalecer a atuação da indústria brasileira no competitivo mercado internacional de alimentos. A BRF Brasil Foods, fruto da associação entre Sadia e Perdigão, se tornará a décima maior empresa mundial do setor e já é a maior empresa global de proteínas em valor de mercado. A BRF continuará investindo em soluções que permitam levar produtos saudáveis e práticos para mesa dos consumidores, ampliando também o acesso ao portfólio para as classes C e D, bem como, para as cadeias de food service e varejo, com maior eficiência na distribuição. Reforçamos nosso compromisso em agregar real valor aos negócios da nova empresa e enfatizamos que os cenários conturbados vivenciados em nosso setor, apesar de comprometerem as margens de curto-prazo, fortalecem nossa capacidade de superar adversidades e buscar novas oportunidades que farão da BRF uma empresa de diferencial competitivo ímpar. Nossa perspectiva para 2010 é de melhora na conjuntura doméstica, e no mercado externo, uma recuperação lenta e gradual, principalmente nos países emergentes que voltam a crescer com força o que possibilitará uma retomada dos nossos negócios nas exportações. Leopoldo Saboya Diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

23 p>23 MARFRIG (MRFG3) A Marfrig Alimentos S.A. é uma companhia de alimentos com atividades nos segmentos de processamento e distribuição de produtos de carne bovina, suína, ovina e avícola in natura, processadas e industrializadas a clientes no Brasil e no exterior, além da distribuição de outros produtos alimentícios (batata pré-cozida congelada, legumes, embutidos, pescados, pratos prontos e massas). Em janeiro de 2010, estaremos operando com uma base diversificada e operacionalmente flexível com 92 escritórios e plantas em 13 países localizados na América do Sul, América do Norte, Ásia, África e Europa. O início do ano foi marcado pela queda nos preços e volumes de carnes (bovina, suína e aves) exportados como conseqüência da crise econômica global. Ao longo do ano os preços e volumes exportados têm apresentado recuperação gradual, ainda abaixo dos patamares de Apesar da queda nos preços e volumes exportados, os mercados internos onde a Marfrig tem operações (Brasil, Argentina, Uruguai e Europa) têm apresentado consumo forte no decorrer do ano. Até 30 de setembro, a Companhia obteve um faturamento líquido de R$ 7.057,5 milhões, 85,3% superior ao resultado do mesmo período de O crescimento é explicado principalmente pelas aquisições feitas pelo Grupo Marfrig no ano de 2008 e 2009 onde os resultados efetivos foram consolidados em O EBITDA acumulado no ano foi de R$ 619,5 milhões comparados aos R$ 437,7 milhões em A margem EBITDA atingiu 8,8%, abaixo da margem de 11,5% atingida no mesmo período de A queda nos preços de exportações no mercado de proteínas animais, além da valorização do Real frente ao Dólar, afetaram a rentabilidade das empresas do setor. Através de sua diversificação geográfica com atuação em 13 países, diversificação de produtos baseada em proteínas animais, do crescimento da participação de produtos processados e industrializados, além do comprometimento com ações de responsabilidade social e de preservação do meio ambiente, o Grupo Marfrig vem conseguindo obter rentabilidade e crescimento sustentável ao longo dos anos e tem cumprido sua estratégia anunciada desde o IPO da empresa em junho de 2007, entregando resultados sustentáveis aos seus acionistas. Ao final de 2009, o Grupo Marfrig adquiriu a Seara tornando-se o segundo maior player brasileiro no mercado de aves e suínos consolidando a estratégia de crescimento de produtos industrializados e processados com uma marca nacional e internacional forte e reconhecida, além de ter adquirido o Grupo Zenda com sede no Uruguai e operações em diversos países, tornando-se um importante player no mercado mundial de couros. A expectativa para 2010 é de recuperação gradual nos mercado de exportações de carnes. Os mercados internos onde o Grupo tem operações devem continuar aquecidos. A empresa espera obter uma receita entre R$ 16,5 e R$ 18 bilhões em 2010 (Guidance oficial divulgado em 26/10/2009), com um EBITDA entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,8 bilhão. O objetivo do Grupo Marfrig para o ano é focar na integração e na obtenção das sinergias das empresas adquiridas, além de continuar investindo em ações de responsabilidade social e ambiental e aprimorar continuamente a qualidade dos seus produtos e serviços, com o propósito de atender e superar as expectativas de seus clientes, mantendo uma estratégia de diversificação de riscos e agregando valor de forma sustentável ao Grupo e aos seus acionistas. Ricardo Florence Diretor de Planejamento e de Relações com Investidores. Remi Kaiber Gerente de Relações com Investidores.

24 p>24 MINERVA S.A. (BEEF3) O Minerva S.A. é um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne bovina, couro e exportação de boi vivo e está entre os três maiores exportadores brasileiros do setor em termos de receita bruta de vendas, comercializando seus produtos para cerca de 100 países. A Companhia tem uma capacidade diária de abate de cabeças de gado e de processamento de toneladas de carne bovina, equivalente a aproximadamente cabeças. Presente nos estados de São Paulo, Rondônia, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul e no Paraguai, o Minerva opera oito plantas de abate e desossa e seis centros de distribuição, além de atuar também no segmento de Food Services através da Joint Venture Minerva Dawn Farms (MDF), atualmente com capacidade total de 10 a 15 toneladas de carne processada/hora, produzindo alimentos a base de carne bovina, suína e de aves. Nos últimos doze meses faturamos R$ 2,6 bilhões, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que nos consolida como um dos principais players de proteínas do Brasil. A combinação entre a diversificação dos mercados em que atuamos, nosso conservadorismo na gestão dos investimentos, que teve como foco o crescimento orgânico, e a excelência na gestão de risco foram fatores que nos tornaram menos vulneráveis aos efeitos da crise. Quando comparamos o terceiro trimestre de 2009 com o mesmo período do ano anterior, nossa capacidade de produção aumentou em aproximadamente 30%, com manutenção dos mesmos níveis de utilização, em 80%. E neste momento, a retomada da demanda mundial está sendo acompanhada pela aceleração da maturação dos fortes investimentos realizados nos últimos dois anos, que têm aumentado gradativamente a rentabilidade das nossas operações. Investimos em 2008 e 2009 aproximadamente R$ 429 milhões em expansão e melhorias em nossas plantas e na finalização da construção da planta de cooked frozen (Minerva Dawn Farms). Destacamos a importância de continuarmos com nossa estratégia estruturada no crescimento orgânico e focada no longo prazo, mantendo a geração de valor e sustentação das vendas com lucratividade. O ano de 2010 será um período de plena maturação dos investimentos realizados, resultando num fortalecimento da nossa linha de atuação e sustentável crescimento de receitas, que aliado às mudanças tributárias do setor, deverá impulsionar nossas receitas e margens operacionais. Eduardo Puzziello Relações com Investidores

25 p>25 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS EMPRESAS ACOMPANHADAS: BATIISTELLA (BTTL4) FRAS-LE (FRAS4) IOCHPE MAXION (MYPK3) MARCOPOLO (POMO4) METAL LEVE (LEVE4) PLASCAR PART (PLAS3) RANDON PART (RAPT4) MANTER COMPRAR COMPRAR AUTOPEÇAS / TRANSPORTES Sempre quando falamos de crise financeira, lembramos de alguns exemplos setoriais (construção civil, imobiliário, financeiro). E como não poderia ser diferente, o setor automobilístico foi duramente afetado. O principal lar das grandes montadoras americanas (GM, Chrysler e Ford) a cidade americana de Detroit passou de um ambiente de grande prosperidade a partir da década de 50, para um cenário desolador neste início dos anos Os números mais recentes confirmam que quase 10 milhões de veículos deixarão de ser vendidos em 2009 no mundo todo (passando de 61 milhões em 2008 para 51 milhões em 2009) e a recuperação só será iniciada em 2010 (55 milhões). Resumidamente, o prognóstico parece ser mais promissor para Estão sendo retomados grandes projetos de investimento no setor automobilístico, destacadamente no Brasil, visando absorver as oportunidades deste cenário bastante confortável, não somente para este ano que se inicia, mas sim nos próximos anos que virão. Segundo estudos realizados pela KPMG, há uma expressiva tendência de mudança na distribuição das vendas mundiais de automóveis. Como exemplo, comparando o ano de 2002 com as perspectiva para 2015, vemos os Estados Unidos saindo de 35% para 25%, enquanto a China irá de 4% para 17% do mercado mundial. Somando os países BRICs temos expectativa de evolução de 13 milhões de veículos produzidos em 2007 para 24,3 milhões em Contudo, quando olhamos para consumo per capta, temos hoje a Itália liderando com 595 carros a cada mil habitantes, seguida pela Alemanha (550) e Austrália (542). Segundo a mesma pesquisa, a expectativa é de que as marcas chinesas e indianas serão as que mais ganharão participação de mercado nos próximos anos. Os menores custos de produção de veículos no mundo (em US$ por hora trabalhada) se encontram na China (0,81) e Índia (1,6). Os maiores custos para se produzir um veículo ficam na Alemanha (50,73), seguida pelos EUA (30,56). O Brasil está no meio do caminho, com US$ 7,13/ hora trabalhada. No Brasil, deveremos ter bons indicadores de vendas de veículos em 2009 e a expectativa para 2010 é ainda mais positiva. Para 2009, a expectativa é de que haja relativa estabilidade em comparação com 2008, sendo produzidos cerca de 3,18 milhões de veículos. As vendas, somente no mercado interno, deverão somar 3,11 milhões de unidades e apresentar aumento de 10,3%. Já para 2010, segundo a ANFAVEA, o país deverá apresentar expansão de 9,3%, com recorde de 3,4 milhões de unidades. Lembramos que as projeções da ANFAVEA consideram os benefícios fiscais até o fim de março de Com estes números, o Brasil deverá se consolidar como quinto maior mercado consumidor e o sexto maior produtor mundial. No segmento de ônibus as expectativas também são positivas para A decisão da ANTT de prorrogar até dezembro de 2011 as autorizações especiais de operação das empresas de ônibus interestaduais e internacionais, já impulsionou as vendas de ônibus rodoviários no mercado doméstico. Para a Marcopolo, a medida deve permitir em 2010 a recuperação da produção no segmento aos níveis de A companhia espera produção de aproximadamente 24,4 mil unidades e receita líquida de R$ 2,5 bilhões. Para o segmento de implementos rodoviários, a Randon mostrou consistência na recuperação dos indicadores nos últimos meses do ano, devendo cumprir com tranqüilidade a meta de R$ 2,3 bilhões de receita líquida em No segmento ferroviário destacamos a carteira de pedidos da Iochpe Maxion, que adentra em 2010 com o total produzido por todo o setor em A Iochpe-Maxion conta com uma carteira de pedidos de 975 vagões ferroviários. Com as encomendas da Vale, MRC e Ferrolease, a companhia produzirá quase que o volume total fabricado pelo setor em 2009, de unidades.

26 p>26 BATTISTELLA (BTTL4) A empresa Battistella Administração e Participações S.A., Holding do Grupo de empresas Battistella, tem como atividade a gestão de empresas voltadas para os segmentos econômicos Florestal, Veículos Pesados e Distribuição, sendo este último segmento inerente a fabricação de grupos geradores e distribuição de peças e rolamentos para manutenção industrial, e participação indireta de 42% no Porto de Itapoá Itapoá Terminais Portuários S/A, este ainda em fase pré-operacional. O ano de 2009 foi marcado não só por um processo de reestruturação organizacional das empresas operacionais do Grupo, objetivando o perfeito equilíbrio entre capital próprio e de terceiros, como também pelo forte avanço na construção do empreendimento do Porto de Itapoá. De forma sintética, nas empresas operacionais, podemos destacar: alongamento do perfil da dívida de longo prazo através de emissão de debêntures e notas promissórias, maior competitividade e produtividade nas atividades de silvicultura e operações florestais, valorizando nosso patrimônio florestal, excelente performance na venda de caminhões novos, superando o ano de 2008 em unidades vendidas e forte crescimento do faturamento e margens de rentabilidade na unidade de Energia Auxiliar. Estamos confiantes no crescimento da economia brasileira, em especial nos setores de infra-estrutura e, por conseqüência, confiantes no crescimento dos setores que atuamos. Acreditamos em um desempenho superior ao registrado em 2009, com destaque para os setores de veículos pesados e energia auxiliar. Buscando o perfeito equilíbrio entre capital de terceiros e próprio, daremos continuidade ao processo de reestruturação organizacional da Companhia, com foco na manutenção de ativos geradores de caixa e pouco demandadores de capital de giro, bem como continuaremos o processo de desmobilização de ativos não operacionais. Confiantes, também, na entrada em operação do Porto de Itapoá que, quando pronto a fase 1, será o mais moderno da região sul do Brasil, com calado natural de 16 m e capacidade de movimentação de mais de 300 mil contêineres ano. Relações com Investidores.

27 p>27 IOCHPE MAXION (MYPK4) A Iochpe-Maxion é a maior fabricante brasileira de rodas e chassis, vagões de carga e fundidos ferroviários. A companhia atua no segmento de rodas e chassis para veículos comerciais por meio da Divisão Rodas e Chassis, que é a principal divisão do grupo e no terceiro trimestre de 2009 respondeu por 69% do faturamento líquido consolidado. Atua no segmento de autopeças para veículos de passageiros por meio da Divisão Componentes Automotivos, que no 3T09 respondeu por 12% da receita. Em setembro de 2009, a Iochpe-Maxion adquiriu os negócios de rodas (Fumagalli) para veículos de passageiros da americana ArvinMeritor, que passou a ser chamada de Divisão Fumagalli e respondeu, em apenas oito dias de faturamento, por 6% da receita líquida consolidada. A companhia atua também no segmento ferroviário por meio da Amsted Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários, joint-venture entre a Iochpe-Maxion (50%) e a Amsted Industries (50%). Esta divisão respondeu por 13% da receita no terceiro trimestre de Nos nove primeiros meses de 2009, os resultados foram fortemente afetados pela crise econômica internacional, que teve como conseqüências, a redução da produção brasileira de veículos e máquinas agrícolas, a redução da demanda doméstica por vagões ferroviários e a retração das exportações. Adicionalmente a companhia passou por um processo de redução de custos com o objetivo de adequar a sua estrutura operacional ao cenário atual. A disciplina financeira da Iochpe possibilitou a aquisição, em 04 de agosto de 2009, dos negócios de rodas ("Negócios") da ArvinMeritor no Brasil, no México e nos Estados Unidos, por aproximadamente US$ 180 milhões. Em 21 de setembro de 2009, ocorreu o fechamento da operação de aquisição dos Negócios, nos termos do Contrato de Compra e Venda. Os Negócios relacionam-se a fabricação de rodas de aço Fumagalli para automóveis, picapes, utilitários esportivos e veículos comerciais leves e médios e incluem: Fábrica de rodas na cidade de Limeira, São Paulo, com capacidade de produção de cerca de 14 milhões de rodas/ano e cerca de 800 funcionários; Fábrica de rodas na cidade de San Luis Potosi, no México, com capacidade para produção de 6 milhões de rodas/ano e cerca de 400 funcionários; Escritório de suporte aos clientes para os Negócios na America do Norte, na cidade de Troy, Michigan, nos Estados Unidos, com cerca de 20 funcionários e 3 depósitos arrendados. Os Negócios, a partir de sua aquisição definitiva, passaram a ser denominados pela Iochpe-Maxion como Divisão Fumagalli. A recuperação da economia a partir do final de 2009 no Brasil e a provável recuperação a partir do segundo semestre de 2010 em outras regiões do mundo, traz um potencial de recuperação para os setores de atuação da Iochpe-Maxion. Somando a esses fatores a aquisição dos negócios de rodas da ArvinMeritor (Divisão Fumagalli) a expectativa é que a companhia consiga já em 2010, voltar para os mesmos níveis de receita e margens alcançados em 2008, que foi um ano de resultados recordes para a Iochpe-Maxion. Relações com Investidores.

28 p>28 MARCOPOLO S.A. (POMO4) A Marcopolo S.A., líder de mercado no Brasil, é uma das principais empresas do mundo dedicadas ao desenvolvimento de soluções para o transporte coletivo de passageiros. A Companhia, que completou 60 anos em 2009, destaca-se pelas idéias inovadoras aliadas à tecnologia de ponta, que tem como resultado uma linha diversificada para atender às necessidades específicas de cada mercado, nacional ou internacional. Fundada em Caxias do Sul, possui operações na África do Sul, Argentina, Brasil, China, Colômbia, Egito, Índia, México e Rússia. A Marcopolo é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em que é listada desde 1978, e em 2002, foi a primeira companhia industrial a aderir ao Nível 2 de Governança Corporativa da Bovespa. O setor de carrocerias de ônibus no Brasil enfrentou dificuldades no ano de 2009 em virtude da crise financeira internacional. Alguns segmentos sofreram mais, como o de fretamento, em função da menor atividade econômica e do conseqüente aumento das demissões na indústria, o que diminuiu a demanda por ônibus. O segmento de ônibus rodoviários esteve reprimido em função das indefinições quanto à prorrogação das concessões das linhas interestaduais no Brasil, e a demanda menor do que a esperada por ônibus escolares provenientes do projeto Caminho da Escola contribuíram para a retração do mercado nos primeiros meses do ano. O setor começou a reagir a partir de setembro no Brasil. Já há sinais claros de melhora da atividade econômica e da demanda por ônibus, mesmo que algumas operações, principalmente no exterior, ainda estejam enfrentando dificuldades. No mercado brasileiro, a demanda vem reagindo significativamente desde setembro, o que motivou a Companhia a retomar a contratação de novos colaboradores e trouxe expectativa de forte recuperação nestes últimos meses do ano e em As melhores condições de financiamento oferecidas pelo BNDES, com a ampliação dos prazos de 72 para 96 meses e a redução da taxa de juros, fixada em 7,0% ao ano, além do sucesso do lançamento da Geração 7 de ônibus rodoviários da Marcopolo têm desempenhado papel relevante na retomada das encomendas. A recente notícia da prorrogação por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) das concessões das linhas interestaduais para 2011 também resultará em renovação da frota brasileira, principalmente de ônibus rodoviários. No exterior, os destaques ficarão por conta das fábricas na Índia e no Egito, esta última devendo entrar em operação no início de Thiago Deiro Gerente de Relações com Investidores.

29 p>29 MAHLE METAL LEVE S.A. (LEVE4) A MAHLE Metal Leve se transformou em um modelo empresarial que conseguiu se destacar em um mercado altamente competitivo, concentrando esforços em tecnologia, qualidade e formação de recursos humanos. A Companhia fabrica pistões, bronzinas, bielas, sistemas de trem de válvulas, filtros automotivos, filtros industriais, além de outros componentes para motores. A empresa hoje é símbolo de qualidade em seus produtos, serviços e atendimento a clientes. Os seus mercados de atuação constituem-se do mercado de equipamento original - OEM e do mercado de peças para reposição - aftermarket. Grande parte de sua produção é exportada para montadoras e mercados de reposição nos Estados Unidos, Europa, América Latina, África e Oriente Médio. No primeiro trimestre, o desempenho da Companhia foi comprometido em função da demanda reprimida causada pela crise global, registrando queda no volume de vendas e produção, no mercado interno e externo, principalmente nos segmentos de veículos pesados e máquinas agrícolas, altos níveis de estoques de veículos no inicio do ano, bem como dos efeitos do resultado de hedge nas operações com instrumentos financeiros sobre exportações e matérias-primas. No segundo trimestre, a Companhia apresentou um resultado mais satisfatório, no contexto do cenário de crise, e conseguiu atingir o equilíbrio financeiro em suas operações devido às condições econômicas mais favoráveis do País, das medidas governamentais de desoneração tributaria, que refletiram positivamente no desempenho do setor automotivo, aliados ao Plano de Ação definido pela Administração para minimizar os efeitos da crise. No terceiro trimestre, o lucro líquido consolidado foi de R$ 32,2 milhões, constituindo-se de um aumento de 24,3% em relação ao lucro líquido de R$ 25,9 milhões no mesmo trimestre do ano anterior, e no período acumulado de nove meses de 2009 foi de R$ 0,8 milhão. O desempenho positivo apresentado, a partir do início do terceiro trimestre foi fruto dos esforços contínuos para a efetiva implementação do referido Plano de Ação, e decorrente também do reaquecimento da demanda no mercado interno, iniciada a partir do segundo trimestre, que resultou na retomada no desempenho do setor automotivo brasileiro. Para o quarto trimestre, a Companhia prevê vendas menores em relação às vendas do terceiro trimestre de 2009, e o resultado do quarto trimestre tende a sofrer pressões de custos tanto em relação aos preços dos insumos metálicos quanto pelo impacto causado pelos dissídios coletivos. O Brasil está prestes a se deparar com um período de forte crescimento econômico. Vários fatores indicam boas perspectivas para um ciclo de crescimento virtuoso: superação da crise global; crescimento sustentado do PIB em 2010; os eventos copa do mundo (2014) e jogos olímpicos (2016) irão desencadear a construção de grandes obras ligadas à infra-estrutura de cidades, portos e aeroportos; boas perspectivas para o setor agrícola; investimentos relacionados ao pré-sal; e ascensão das classes C e D, entre outros. Conseqüentemente, esses fatores irão contribuir para proporcionar um crescimento econômico com grandes oportunidades para os próximos anos. O setor automotivo irá incorrer impactos significativos, nos segmentos de veículos leves, veículos pesados e máquinas agrícolas. A Companhia tem como objetivo manter seu market share e participar desse crescimento. João Antônio Passos Carvalho Supervisor de Relações com Investidores

30 p>30 RANDON S.A. (RAPT4) A Randon Implementos e Participações é uma provedora de soluções para o transporte e logística e controla oito empresas que atuam nos segmentos de Veículos (veículos rebocados, vagões ferroviários e veículos especiais), Autopeças (componentes e sistemas automotivos) e Serviços (administração de consórcios). Muito embora o ano tenha apresentado momentos difíceis e atividade retraída, os resultados apresentados até o 3T09 acumulam uma margem líquida de 5,6% sobre a receita líquida consolidada de R$ 1,75 bilhão. A queda na demanda dificultou os negócios e prejudicou o desempenho como um todo. Houve retração na receita, exportação e margens. Considerando os indicadores econômicos divulgados, é muito provável que o ano de 2009 registre um modesto crescimento econômico. Isto também significa retomada da certeza. Maior confiança, maior atividade econômica, mais transporte. É a engrenagem girando. A aguardar que o último suspiro de 2009 continue restabelecendo não só a confiança, mas o crescimento na economia real. O Brasil possui um mercado interno realmente promissor e capaz de sustentar o crescimento de longo prazo. A extensão territorial é continental e numa economia crescente, uma das grandes dificuldades é transportar a produção. Aqui, mais da metade - 58% precisamente - do progresso vai de norte a sul, leste a oeste, em vias rodoviárias. E a Randon participa ativamente das soluções para este composto, seja com veículos rebocados, especiais ou autopeças. Além disto, pelas vias ferroviárias outros 25% do volume de cargas anuais percorre seu destino. A Randon também está presente neste modal com soluções integradas e inovadoras. E, considerando o mercado externo, em todos os segmentos de atuação, a Companhia também possui ótimas oportunidades de avanço e crescimento. E, portanto, diante de um cenário macroeconômico melhor, a Companhia tem boas condições para aproveitar o crescimento da economia. Oportunamente será divulgado o Guidance oficial para 2010, com a base dos indicadores para este exercício. Equipe de Relações com Investidores

31 p>31 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS AVIAÇÃO EMPRESAS ACOMPANHADAS: EMBRAER (EMBR3) GOL (GOLL4) TAM (TAMM4) MANTER COMPRAR COMPRAR 2010 promete ser um bom ano para as companhias aéreas. Estimativas iniciais apontavam para crescimento de 10 a 12% da demanda. Porém, esses números devem ser revisados para baixo após a decisão da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) de restringir o número de pousos e decolagens em Cumbica. Já após a decisão, a GOL sinalizou que espera crescer cerca de 7% para Esperamos um expressivo crescimento principalmente na procura por assentos nos vôos nacionais, reflexo do crescimento esperado da economia nacional. Lembramos que cerca de 70% dos passageiros transportados viajam a negócios que respondem ao desempenho econômico brasileiro. O gráfico abaixo mostra a participação das principais companhias nesse mercado: 5% Participação - Mercado Doméstico 46% OUTRAS 4% 4% 41% 2009, mesmo com crescimento da demanda, foi marcado por aumento na competitividade entre as companhias, com o crescimento das pequenas e perda de mercado para as grandes TAM e GOL. A TAM, por exemplo, fechou os dez primeiros meses de 2008 com 50,4% de participação no mercado doméstico, no mesmo período de 2009, a participação da companhia nesse mercado caiu para 46,1%. Para a GOL, 2009 também significou menor participação, de 42,5% entre janeiro e outubro de 2008 para 41,1% neste ano. O início das operações da Azul, com um modelo de negócio diferente das companhias aéreas tradicionais, é um marco no crescimento das pequenas. A Azul terminou outubro com 3,6% de participação, esse foi também o estopim para que se deflagrasse forte guerra de preços, o que fez com o que os tickets médios das empresas ficassem perigosamente baixos, como vimos nos últimos resultados trimestrais divulgados entre outubro e novembro. Com o aumento da demanda que acompanhamos nos últimos meses, as empresas voltaram a concentrar esforços na alta dos seus yields. Em reuniões públicas, tanto a GOL quanto a TAM afirmaram que a expectativa é que já no 4º trimestre recebamos notícias de melhora nos seus respectivos yields. A Embraer, que figura em nosso universo de cobertura, tem perspectivas opostas as das companhias aéreas. Os últimos resultados vieram tímidos, fortemente afetados pela crise. O número de pedidos em carteira mostra que as perspectivas de curto e médio prazo continuam desfavoráveis para a Embraer. São 306 jatos, totalizando US$ 18,6 bilhões. Comparando com o mesmo período de 2008, os pedidos em carteira totalizavam US$ 21,6 bilhões, queda de 13,8%. Em teleconferência, a fabricante de jatos, divulgou expectativa de diminuição de cerca de 10% na receita líquida e de margens similares as esperadas para esse ano.

32 p>32 EMBRAER (EMBR3) A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. - Bovespa: EMBR3; NYSE: ERJ) é uma Empresa líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e uma das maiores exportadoras brasileiras. Com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, a Empresa mantém escritórios, instalações industriais e oficinas de serviços ao cliente no Brasil, Estados Unidos, França, Portugal, China e Cingapura. Fundada em 1969, a Embraer projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva e defesa. A Empresa também fornece suporte e serviços de pós-vendas a clientes em todo o mundo. Em 30 de setembro de 2009, a Embraer contava com empregados número que não inclui empregados de suas subsidiárias não-integrais OGMA e HEAI e possuía uma carteira de pedidos firmes a entregar de US$ 18,6 bilhões. Até esta data, a Embraer havia entregue 153 jatos, sendo 96 para o segmento de aviação comercial, 54 para o segmento de aviação executiva e 3 para o mercado de defesa. No 3T09, a receita líquida acumulada era de R$ 8.014,2 milhões e o lucro líquido de R$ 727,1 milhões, correspondente a um lucro por ação de R$ 1, Nos primeiros nove meses do ano, o lucro operacional ficou em R$ 671,6 milhões e a margem operacional em 7,0%. Em 2009, a Empresa deu continuidade e aprimorou o seu Programa de Excelência Empresarial Embraer (P3E) o que vem resultando em melhorias contínuas e significativas dos seus processos, na otimização de seus recursos e na diminuição de suas despesas operacionais e estoques, além da crescente motivação de seus empregados, observada na pesquisa de clima organizacional realizada recentemente. No mercado de aviação comercial, apesar da diminuição da cadência de entregas dos E- Jets (família Embraer 170/190), resultante principalmente do forte efeito que a crise gerou nas companhias aéreas e da contração do crédito para financiamento de aeronaves, a Embraer espera entregar todas as aeronaves contratadas para o período. Na aviação executiva, o Phenom 100 e o Lineage 1000 entraram em série e o Phenom 300 foi certificado no prazo previsto, atendendo ou superando todos os parâmetros de desempenho estabelecidos no lançamento do projeto. O negócio de Defesa conquistou contratos de exportação do Super Tucano, iniciou as entregas dos E190 Presidenciais e firmou o contrato de desenvolvimento do KC-390, o maior avião que a Embraer já se lançou a projetar e fabricar. Outro destaque foi o contrato de revitalização dos caças A-4 da Marinha do Brasil, marcando o primeiro negócio com esse novo cliente. A expectativa da Empresa é de encerrar o ano de 2009 com um total de 242 aeronaves entregues em todos os segmentos, além de alcançar uma receita liquida de US$ 5,5 bilhões e uma margem operacional de aproximadamente 7% (USGAAP). Até o encerramento do ano de 2009 a Embraer não havia divulgado informações ou perspectivas referentes ao exercício seguinte. O guidance deste período será divulgado em março de André Gaia - Diretor de Relações com Investidores

33 p>33 GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A. (GOLL4) A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (Bovespa: GOLL4 e NYSE: GOL), a maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina, oferece cerca de 800 vôos diários para 49 destinos que conectam todas as mais importantes cidades do Brasil e dez mercados internacionais na América do Sul e Caribe. Sua estratégia consiste em manter sua estrutura de liderança em custos e freqüências de vôos entre os principais aeroportos domésticos brasileiros, combinada com elevados indicadores de regularidade e pontualidade, gerando um produto de alto custo-benefício a seus clientes. Com cinco fortes marcas GOL, VARIG, SMILES, VOE FÁCIL e GOLLOG e uma frota moderna e padronizada de aeronaves Boeing e de última geração, a Companhia entende que pretende estimular a demanda da classe média pelo transporte aéreo brasileiro, por meio do VOE FÁCIL, programa que permite que os clientes possam parcelar suas passagens em até 36 vezes, ao mesmo tempo em que o SMILES, maior programa de fidelidade da América Latina com 6,5 milhões de clientes colabora com a expansão da GOL dentre os passageiros de negócios. As receitas auxiliares estão sendo estrategicamente posicionadas para elevar as margens operacionais da Companhia. Como exemplos, o GOLLOG, serviço de transporte de cargas da GOL, foi reposicionado para focar no segmento de cargas expressas em abril e a partir de 2010 a plataforma e-commerce da GOL ( será convertida em uma plataforma que venderá todos os produtos relacionados a viagens (reservas em hotéis, restaurantes, seguros, aluguel de carros, etc.) de forma integrada aos clientes, acelerando as parcerias comerciais e gerando receitas adicionais foi o primeiro ano após a integração das operações da VRG, adquirida em abril de Com a integração a Companhia pode capturar sinergias o que significou reduzir custos operacionais, voltar a oferecer seus vôos de forma integrada e revitalizar o programa SMILES. Esses foram os principais fatores que levaram a GOL a elevar o número de passageiros transportados e melhorar seu desempenho operacional em relação ao A GOL realizou uma oferta primária de ações de R$ 627 milhões em outubro de 2009, que permitiu que a empresa a contar com uma das melhores posições de liquidez no setor aéreo mundial. A Companhia entende que um forte balanço patrimonial é fundamental para proteger a companhia de eventuais mudanças abruptas no cenário econômico e para estabelecer suas parcerias operacionais e financeiras. A GOL visa expandir margens operacionais aumentando sua penetração dentre os passageiros de negócios, além de continuar a incentivar a demanda da classe média brasileira pelo transporte aereo. O Brasil é um dos países com menores taxas de penetração do transporte aéreo no mundo, com menos de 15 milhões de usuários em um universo de 100 milhões de clientes que possuem poder aquisitivo para usufruir da aviação comercial. Adicionalmente, a Companhia pretende expandir seu universo de receitas auxiliares focando atividades em sua nova plataforma e-commerce, maturação do GOLLOG e criação de novos produtos e parcerias que colaborem com a geração de novas receitas e expansão das margens operacionais. Rodrigo de Macedo Alves Gerente de Relações com Investidores.

34 p>34 TAM (TAMM4) A TAM ( lidera o mercado doméstico desde julho de 2003 e fechou o último mês de novembro com 43,9% de market share. A companhia voa para 42 destinos no Brasil. Com os acordos comerciais firmados com companhias regionais, chega a 79 destinos diferentes do território nacional. A participação de mercado da TAM entre as companhias aéreas brasileiras que operam linhas internacionais foi de 85,4% em novembro. As operações para o exterior abrangem vôos diretos para 18 destinos nos Estados Unidos, Europa e América do Sul: Nova York, Miami e Orlando (EUA), Paris (França), Londres (Inglaterra), Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha), Madri (Espanha), Buenos Aires (Argentina), La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Santiago (Chile), Assunção e Ciudad del Este (Paraguai), Montevidéu (Uruguai), Caracas (Venezuela) e Lima (Peru). Além disso, mantém acordos de codeshare que permitem o compartilhamento de assentos em vôos com companhias internacionais, possibilitando ao passageiro viajar para outros 72 destinos nos EUA, América do Sul e Europa. Pioneira no lançamento de um Programa Fidelidade para empresa aérea no Brasil, a TAM possui hoje 6,4 milhões de associados e já distribuiu 9,2 milhões de bilhetes por meio de resgate de pontos. O Brasil sentiu os efeitos da crise global, o que, na aviação, afetou especialmente as viagens de negócios. Por entender que a retomada do mercado se daria em aproximadamente 12 meses, adequamos a adição de oferta no mercado através da redução da utilização diária das nossas aeronaves, que impactou parcialmente a diluição de nossos custos fixos. Observamos a recuperação da demanda a partir da segunda quinzena de setembro. Continuamos nossos esforços desenvolvendo áreas responsáveis pelas fontes de receitas auxiliares na empresa. Anunciamos as primeiras parcerias e arquivamos o pedido de registro de companhia aberta e da oferta pública de distribuição de ações da Multiplus Fidelidade, além de termos aumentado a quantidade de certificações que nosso MRO, centro de manutenção de aeronaves, possui. Estamos otimistas com Acreditamos que o mercado doméstico deve se manter em crescimento lembrando que a aviação comercial brasileira historicamente cresce numa proporção de duas a três vezes a taxa de crescimento do PIB. Temos agora a oportunidade de aumentar a utilização diária das nossas aeronaves, o que representará uma maior diluição dos custos fixos e nos auxiliará na nossa estratégia de possuir um baixo custo operacional, para podermos oferecer tarifas competitivas e estimular cada vez mais a demanda do mercado. Além de continuar investindo na qualidade de seu serviço, a TAM oferece mais facilidade no pagamento das passagens. Fechamos parcerias com o Banco do Brasil e o Itaú para que os clientes desses bancos possam parcelar, diretamente com a instituição financeira, os bilhetes aéreos em até 48 meses. Parcerias com outros grandes bancos estão sendo negociadas e devem ser anunciadas brevemente. Jorge Bonduki Helito Gerente de Relações com Investidores.

35 p>35 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS BANCOS EMPRESAS ACOMPANHADAS: ABC BRASIL COMPRAR (ABCB4) R$ 14,10 AMAZÔNIA (BAZA3) BANESTES (BEES3) BANRISUL (BRSR6) BICBANCO COMPRAR (BICB4) R$ 14,70 BRADESCO COMPRAR (BBDC4) BCO DO BRASIL COMPRAR (BBAS3) R$ 36,40 CRUZEIRO DO SUL MANTER (CZRS4) DAYCOVAL COMPRAR (DAYC4) R$ 11,10 INDUSVAL COMPRAR (IDVL4) ITAUBANCO COMPRAR (ITAU4) R$ 47,00 NOSSA CAIXA (BNCA3) PANAMERICANO COMPRAR (BPNM4) PARANÁ MANTER (PRBC4) R$ 11,20 PINE COMPRAR (PINE4) R$ 12,40 SANTANDER COMPRAR (SANB11) R$ 26,50 SOFISA (SFSA4) Foi um ano difícil para o setor como esperávamos, todavia, podemos dizer que entre mortos e feridos salvaram-se todos!!! Como sempre enfatizamos, CRISES SÃO SINÔNIMOS DE OPORTUNIDADES. Importante lembrar ao investidor que observamos quedas estrondosas nas ações dos bancos médios no ápice da crise, paralelamente à uma mudança radical na base acionária, com uma total inversão entre investidores estrangeiros e locais foi o que chamamos de janela de oportunidades. Veja o caso do BicBanco, por exemplo: seus papeis ao final de 2007 estavam cotados a R$ 8,94, caíram impressionantes 71,3% em 2008, fechando a R$ 2,56 e com alta de simplesmente 373,6% em 2009 fecharam a R$ 12,15. Em nenhum momento esta instituição passou perto de algo que justificasse do ponto de vista fundamentalista essas variações. É a crise e as oportunidades que ela proporciona. Os bancos oficiais aumentaram participação em todos os segmentos, seja pela política mais agressiva na concessão de crédito, seja pelas aquisições. O Fundo Garantidor de Crédito deu um chão para a questão da liquidez e pode-se dizer que foi o grande tiro certo do governo nesse ano, pelo menos neste setor. Adicionalmente, observamos caixa alto, restrição na concessão de crédito, aumento dos spreads, inadimplência e provisões em alta, Basiléia lá em cima e controle de gastos. Isto basicamente resume E 2010? Temos boas perspectivas para o Itaú-Unibanco, pois em nossa opinião os ganhos de sinergia deverão começar a florecer ao longo do exercício, elevando a lucratividade deste gigante. Estaremos observando com especial atenção o desempenho do Bradesco ao longo do próximo exercício, pois o crescimento dos segmentos de seguro e previdência sobre o resultado do grupo torna-o uma opção de investimento de certa forma mais agressiva, do que os outros grandes bancos. O BB não deve repetir 2009, uma vez que sendo um banco oficial adotou uma postura anticíclica, ou seja, mais agressiva para realizar a concessão de crédito e agora com a normalização do mercado deve ajustar suas provisões para não sofrer com possíveis repiques de inadimplência. No Santander também esperamos que os ganhos de sinergia com o ABN apareçam no resultado, todavia, devemos ficar atentos á questão das carteiras desse banco, pois num passado recente, tanto Santander quanto ABN eram conhecidos por sua agressividade na concessão de crédito. Em termos de carteira total de crédito para o sistema, esperamos crescimento de 20% em 2010, puxado mais por Pessoa Jurídica do que por Pessoa Física. Por segmentos, trabalhamos com: consignados +18%; Pequenas e Médias Empresas + 22%; Veículos +12%; Crédito Direto ao Consumidor +12%, Cartões +15% e Imobiliário +25%. Em nossa opinião, a inadimplência deve se estabilizar, com chance de pequena redução ao final de Isto por si só é uma pressão a menos sobre o resultado dos bancos, reduzindo a necessidade de provisões adicionais. Por falar em resultado, esperamos elevação do ROE (Retorno Patrimonial em inglês) em 2 pontos percentuais sobre Em termos de índice de eficiência, a tendência é de queda (quanto menor melhor), em razão da alavancagem de crédito paralelamente ao controle de gastos já em curso. Há espaço, em termos de Índice de Basiléia, para que as instituições aumentem a concessão de crédito, sem necessitar de grandes aportes de capital. Tudo indica um bom ano em termos de lucratividade para o setor, baseado no ciclo virtuoso da economia, porém, não esperamos a repetição do mesmo desempenho em bolsa dos papéis do setor, pois o que assistimos em 2008 e 2009 foram distorções que em nossa opinião já foram corrigidas. Acreditamos que o setor acompanhe o IBOVESPA de perto, com alguns destaques que vamos tentar garimpar ao longo deste ano. Que venha

36 p>36 ABC BRASIL (ABCB4) O Banco ABC Brasil é uma instituição financeira especializada na concessão de crédito a empresas de médio a grande porte. Construiu ao longo de 20 anos uma base sólida de clientes, oferecendo produtos financeiros de alto valor agregado e adaptados às necessidades específicas dos seus clientes. Atua no segmento de Atacado (empresas de grande porte com faturamento anual acima de R$ 2 bilhões), Large Middle (empresas de médio-grande porte, com faturamento anual entre R$ 250 milhões e R$ 2 bilhões) e Middle Market (empresas de médio porte, com faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 250 milhões). Conta com uma ampla carteira de produtos, ágil processo decisório e profunda expertise na análise de crédito, o que permite auferir resultados consistentes, com índices de perda notadamente baixos. O ABC Brasil é um dos únicos bancos brasileiros de porte médio a contar com controle internacional e completa autonomia local. O controlador Arab Banking Corporation é um banco internacional com sede em Bahrain e com ações negociadas em bolsas de valores, com presença própria ou através de subsidiárias, atuando em 21 países. Seus principais acionistas são: Abu Dhabi Investment Authority, Kuwait Investment Authority e Banco Central da Líbia. O Banco ABC BRASIL possui a mais alta classificação de risco entre os bancos médios de capital aberto. Foi conferido pela agência Moody`s Investors Service Aa1.br / Br-1 na escala nacional e Baa3 / P3 na escala global. A agência Fitch Ratings Inc., confere AA- na escala nacional e BB+ em escala global. Ao longo do ano de 2009, os seguidos dados positivos da economia brasileira se refletiram nos resultados das empresas, tornando possível a retomada do crescimento das carteiras de crédito do banco após o período de forte incerteza ao final de No final do 3T09 a carteira de crédito Atacado + Large Middle atingiu R$ 6.305,0 milhões, um crescimento de 13,3% em relação ao trimestre anterior (R$ 5.563,1 milhões) e a carteira de crédito do Middle Market atingiu R$ 984,4 milhões, um crescimento de 12,2% em relação ao trimestre anterior (R$ 877,0 milhões). A retomada do crescimento e a melhora da qualidade das carteiras de crédito resultaram em um aumento da rentabilidade ao longo do ano. O lucro líquido no 3T09 totalizou R$ 38,1 milhões versus R$ 35,4 milhões no 2T09 e R$ 24,0 milhões no 1T09. Foi destinado aos acionistas no período (9M09) o valor bruto total de R$ 51,1 milhões referente a JsCP começa como um ano de otimismo por parte do mercado, com um consenso entre os economistas de que será um ano de forte crescimento da economia brasileira. Esse cenário é muito positivo para o crescimento e qualidade das carteiras de crédito. No aspecto concorrencial, a recuperação de provedores de crédito externo ainda em curso e as fusões dos grandes bancos continuam provendo espaço para os participantes remanescentes. O Banco ABC Brasil, focado no crédito corporativo, segue preparado para aproveitar as oportunidades e continuar crescendo em Com suporte de um forte acionista controlador estrangeiro, expertise em análise de crédito e índice de eficiência competitivo, o banco apresenta todas as ferramentas necessárias para se diferenciar e competir no mercado de crédito corporativo brasileiro. O banco continuará seguindo a estratégia de mudança do mix da carteira de crédito com o aumento da participação do segmento de Middle Market (empresas com faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 250 milhões), evolução que já vem ocorrendo nos últimos trimestres com impacto positivo na rentabilidade e diversificação da base de clientes. O Banco ABC Brasil apresenta ainda elevado rating (maior entre os bancos médios de capital aberto) e comprovado histórico de sucesso em diferentes cenários econômicos como importantes diferenciais. Alexandre Yoshiaki Sinzato, CFA - Relações com Investidores

37 p>37 BICBANCO (BICB4) Fundado em 1938, o BICBANCO é um dos bancos mais antigos e tradicionais do país, focado na concessão de crédito corporativo com garantia de recebíveis. É especializado no segmento de middle market empresas que faturam anualmente entre R$ 50 milhões e R$ 500 milhões. Possui uma diversificada base de clientes atendida através de 36 pontos de atendimento nas principais capitais e cidades do País. No sistema financeiro brasileiro, posiciona-se como o 5º maior banco por operações de crédito e 6º por depósitos e lucro líquido, entre os bancos de capital nacional privado, de acordo com o ranking do Banco Central do Brasil (setembro/2009). Em outubro de 2007 o Banco realizou seu IPO aderindo ao nível I de Governança Corporativa da BMF&BOVESPA, garantindo 100% de tag along. O Banco tem remunerado seus acionistas quatro vezes ao ano, através de dividendos e JCP, numa proporção aproximadamente 40% do seu lucro líquido. No término de 2009, o free float era de cerca de 28%. Mesmo durante a recente crise financeira global, que afetou a economia brasileira nos primeiros meses de 2009, o Banco demonstrou agilidade em adaptar-se ao novo ambiente de negócios. Obteve êxito ao atuar de forma conservadora, elevando suas provisões em períodos de maior inadimplência no mercado e foi prudente no gerenciamento da liquidez. No segundo semestre de 2009, a carteira de crédito interrompeu sua trajetória descendente e iniciou o processo de retomada. Em setembro de 2009, a carteira de crédito atingiu R$ 7,7 bilhões e os depósitos a prazo somaram R$ 3,8 bilhões. A rentabilidade no período de nove meses de 2009 foi de 19% e o lucro líquido atingiu R$ 232 milhões, patamar superior ao obtido por seus pares. Em que pese o ano atípico que foi 2009, exigindo esforços e decisões num ambiente de incertezas, o BICBANCO mostrou-se preparado e com bons fundamentos para a retomada dos negócios. As perspectivas para 2010 são favoráveis, sobretudo no que se refere ao aquecimento da economia doméstica e da demanda crescente e consistente por crédito. A recuperação econômica brasileira deverá beneficiar o desempenho do Banco, repercutindo na expansão da atividade creditícia, associada às previsíveis de ganhos de escala, melhora da eficiência e resultados mais promissores. Maria Inês M. Ramos Superintendente de Relações com Investidores

38 p>38 BANCO DO BRASIL (BBAS3) O Banco do Brasil, fundado em outubro de 1808, foi o primeiro a operar no Brasil e o quarto emissor de moeda do mundo. De sua fundação até 1964, exerceu o papel de Banco Central. Nesses dois séculos, participou dos principais acontecimentos econômico-financeiros do Brasil. O BB atua em todos os segmentos do mercado financeiro e de capitais. O investimento em tecnologia e treinamento de funcionários e a estratégia de segmentação dos negócios foram fundamentais para posicionar o Banco do Brasil como uma empresa ágil e competitiva, sem perder o compromisso com a sociedade. Em 2001, o BB tornou-se banco múltiplo e em 2006 aderiu ao Novo Mercado, segmento diferenciado de governança corporativa da Bovespa. Em dezembro de 2009, lançou no mercado norte-americano American Depositary Receipts ADR nível 1. Nos nove meses de 2009, o Banco do Brasil apresentou crescimento da receita financeira em 23,1%, do faturamento com cartões em 27,1%, da carteira de crédito em 41,2% e dos Ativos Totais de 49,6%, em relação ao mesmo período de 2008, impulsionado pela aquisição do Banco Nossa Caixa e de 50% do Banco Votorantim aliada à estratégia de ampliação da oferta de crédito. Com 20% do mercado de crédito no País, é o maior Banco em Ativos do SFN, líder em depósitos, administração de recursos de terceiros, no financiamento do agronegócio e em repasses de recursos do BNDES. Suas empresas de seguros, previdência e capitalização elevaram a participação no resultado do Conglomerado BB de 10,7% para 14,3%. Complementando o portfólio de soluções em crédito a carteira de Financiamento Imobiliário apresenta sólido crescimento partindo de R$ 30 milhões em setembro de 2008 para R$ 471 milhões no mesmo período de A expectativa de que a economia brasileira apresente crescimento econômico robusto em 2010, bem como de que se confirme a recuperação da economia mundial, indicam que o ambiente de negócios deverá apresentar sensível melhora no próximo ano, o que deverá levar a uma expansão mais acelerada da concessão de crédito no país e queda dos índices de inadimplência. Diante desse cenário, e considerando os movimentos estratégicos (aquisições, incorporações e parcerias estratégicas) realizados pelo Banco do Brasil em 2008 e 2009, a administração da empresa espera para 2010: Avançar a integração com o Banco Nossa Caixa, para acelerar os ganhos com sinergias e explorar as oportunidades de negócios advindas da parceria estratégica firmada com o Banco Votorantim; Expandir a presença nacional do BB, buscando levar pontos de atendimento a todos os municípios do país e reforçar a atuação em mercados estratégicos, como o Estado de São Paulo; Manter a expansão da carteira de crédito, especialmente no segmento de varejo; Reforçar a atuação do Banco do Brasil no mercado de capitais e, especialmente, nos negócios com seguros, previdência e capitalização; Rever o modelo de atuação no Varejo Bancário, buscando melhorar a percepção dos clientes em relação ao atendimento prestado e aumentar o volume de negócios junto a esse segmento de clientes; Expandir a atuação no exterior, principalmente onde haja comunidades de brasileiros, atuação de empresas brasileiras e corrente de comércio expressiva com o Brasil. Unidade Relações com Investidores. Relações com Investidores

39 p>39 DAYCOVAL (DAYC4) O Banco Daycoval S.A. é uma instituição financeira especializada no segmento de Middle Market e com atuação relevante no Varejo. O Daycoval, que tem sede em São Paulo (SP), conta com 27 agências, distribuídas por 23 cidades de 17 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. O Banco alcançou nos primeiros nove meses de 2009, carteira de crédito de R$ 3,7 bilhões, ativos totais de R$ 6,2 bilhões e um lucro líquido de R$ 128,6 milhões. Seguindo uma estratégia conservadora, o Daycoval tem se destacado pela sua alta liquidez e baixa alavancagem demonstrada pelo Índice de Basiléia de 29,3% em setembro de O ano de 2009 foi repleto de desafios para o sistema financeiro nacional e internacional, devido às inúmeras incertezas geradas a partir da crise iniciada no ano anterior. Neste contexto, o Banco Daycoval, mais uma vez se destacou graças à sua postura conservadora. Com uma baixa alavancagem durante todo o período, a instituição priorizou a manutenção de suas margens, com um forte controle de custos e um agressivo posicionamento, quanto ao provisionamento e à execução das garantias das operações. Além disso, conseguiu aumentar sua diversidade de funding realizando uma captação pioneira de mais de R$ 400 milhões em pleno auge da crise mundial. Com tudo isso, o Banco Daycoval finaliza o ano mais sólido e ciente de que conseguiu se diferenciar ainda mais dentro do mercado financeiro, fato evidenciado pela elevação dos ratings obtida por duas das principais agências do mundo - Standard&Poors e Fitch - durante o último trimestre de Para 2010, com a expectativa de grande parte do mercado de um crescimento econômico mais acentuado, o Banco Daycoval continuará com uma atuação que deverá privilegiar sua liquidez e também a elevação de seus níveis de rentabilidade. Para isso, entre as principais ações que a instituição irá priorizar estão as seguintes: - foco no segmento de empréstimos para pequenas e médias empresas; - atuação específica no varejo, notadamente no crédito consignado; - desenvolvimento dos novos produtos direcionados às empresas e à pessoa física; - manutenção de margens adequadas às operações; - ampliação da estrutura de captação, com foco na redução dos custos e na extensão dos prazos; - controle das despesas, mantendo um dos melhores índices de eficiência do mercado; - novos esforços para aumentar a liquidez das ações DAYC4. Com todas estas iniciativas, o Banco Daycoval respaldado em uma história de mais de 40 anos, pautada pela seriedade e competência na condução dos negócios, acredita que com seus diferenciais competitivos, aliados às boas perspectivas para o segmento de crédito no Brasil, poderá reforçar seu posicionamento tanto no mercado financeiro, como no mercado de capitais. Carlos Lazar Superintendente de Relações com Investidores.

40 p>40 BANCO INDUSVAL S/A (IDVL4) O Banco Indusval Multistock é um banco comercial focado na concessão de crédito a empresas de médio porte e atua no mercado financeiro brasileiro há mais de 40 anos. Através de suas 11 agências, o BIM oferece produtos de crédito, em moeda nacional e moeda estrangeira - operações de câmbio, financiamento ao comércio exterior e operações estruturadas. Sua controlada, Indusval S/A CTVM, atua como intermediária em operações em bolsas de valores, mercadorias e futuros. Entre seus principais fatores de sucesso estão a agilidade na tomada de decisões, o profundo conhecimento do segmento de empresas de médio porte e o sólido gerenciamento de riscos de crédito. Estreou na bolsa de valores como companhia aberta em julho de 2007, listada no nível 1 de governança corporativa, com adesão voluntária aos requisitos do Novo Mercado, excetuando-se o capital social representado unicamente por ações ordinárias. A redução de liquidez trazida pela expansão da crise americana ao final de 2008 foi rapidamente contornada no mercado brasileiro com a redução nos volumes de crédito. A criação dos Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE), a partir de abril, proporcionou um fluxo de recursos para o sistema financeiro levando a uma liquidez acima dos padrões praticados pré-crise. Por outro lado, a contração de crédito combinada à retração econômica teve reflexos no nível de inadimplência. Nesse cenário, o BIM optou por constituir provisões para créditos de liquidação duvidosa de forma a proteger-se de potenciais perdas futuras e adotou as seguintes medidas para preservar a saúde de seus ativos e sua liquidez: redução do quadro de pessoal para adaptar à nova realidade dos negócios; descontinuidade do projeto piloto de financiamento de veículos usados; controle dos custos operacionais; concretização da parceria na Indusval Corretora para desenvolver esse negócio de forma consistente; diversificação de fontes de captação; e, adoção de uma postura mais severa na concessão de crédito, retendo a carteira em torno de R$ 1,7 bilhão nos 4 últimos trimestres. Como previsto, a inadimplência entre as empresas médias foi muito acentuada, principalmente naquelas ligadas ao agronegócio e ao setor exportador, e nossos resultados refletem a absorção de despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa de R$ 94,8 milhões até setembro Para preservar a segurança e sustentabilidade do negócio a longo prazo, optou-se por abrir mão de rentabilidade de curto prazo, mantendo um caixa livre muito acima daquele do periodo pré-crise e com um perfil de captação mais saudável devido ao alongamento dos prazos dos depósitos que estão mantidos até seu vencimento. Em que pese o resultado líquido de R$ 8,3 milhões nos 9 meses estar aquém do desejável, acreditamos que nossas demonstrações financeiras refletem de forma transparente os riscos detectados. Com a retomada da atividade econômica, a consequente redução nos níveis de inadimplência e a expansão do prazo médio de nossas captações, abre-se a perspectiva de retomada de crescimento da carteira de crédito para empresas de médio porte, mesmo que de forma menos acelerada. O segmento de Middle Market apresenta um grande potencial de crescimento a partir da recuperação da atividade econômica e temos investido em nossas equipes comerciais preparando-as para atuar de forma eficaz no desenvolvimento de relacionamentos duradouros, inclusive em setores econômicos nos quais temos pouca exposição. O volume de crédito concedido e o nível de inadimplência são os principais drivers de resultado para o banco, uma vez que temos um volume de caixa e um índice de Basiléia que nos garantem a possibilidade de crescimento em Maria Angela R. Valente Gerente de Relações com Investidores.

41 p>41 PARANÁ BANCO (PRBC4) O Paraná Banco foi constituído pelo Grupo JMalucelli em 1979, e na década de 80, ainda como Paraná Financeira, já realizava operações de crédito consignado por meio de convênios com associações de servidores públicos do Estado do Paraná e da Prefeitura de Curitiba, tendo sido um dos primeiros bancos no Brasil a oferecer este tipo de crédito. Hoje, além do crédito consignado, o Paraná Banco também atua nos segmentos de crédito a pequenas e médias empresas (PME), seguro garantia e resseguro, estes dois últimos através de suas subsidiárias integrais a JMalucelli Seguradora e a JMalucelli Resseguradora, líderes absolutas no mercado do seguro garantia brasileiro. O Paraná Banco está presente em 11 estados brasileiros através de 80 franquias, 7 lojas próprias e mais de 600 correspondentes bancários. Além disso, a JMalucelli Seguradora possui 10 sucursais distribuídas estrategicamente em diversas regiões do país. O Paraná Banco tornou-se uma companhia de capital aberto em jun/07, e atualmente está listado no nível 1 de governança corporativa da BM&FBovespa e confia tag along de 100% para suas ações preferenciais. Até os 9 meses de 2009, mesmo com o efeito da crise ainda vigente no início do ano, apresentamos crescimento de 10,5% no lucro líquido consolidado quando comparado ao mesmo período de 2008, totalizando R$ 75,2 milhões. A participação do setor de seguros no resultado vem sendo crescente, indo de 26,3% do LL do 9M08 para 39,8% do LL do 9M09. Nosso bom desempenho está relacionado a qualidade da nossa carteira de crédito, nosso modelo inovador de canais de distribuição de lojas próprias e franquias (que nos possibilita maior controle sobre as operações e menores custos) aliados a nossa estratégia de foco em convênios com maior rentabilidade. Nossa presença no mercado de seguro garantia e seu imenso potencial de crescimento também foi marcante em Mantivemos a liderança neste mercado que até outubro de 2009 registrou crescimento de 75%, quando comparado ao mesmo período de Neste ano a JMalucelli Re completou 1 ano de operações registrando volume de prêmios de resseguros emitidos de R$ 280,2 milhões e lucro de 13,6 milhões e em 30 de junho a JMalucelli Seguradora firmou um acordo operacional de cosseguro com a Caixa Econômica Federal (CEF) para o programa Minha Casa Minha Vida, no qual já foram garantidos mais de R$ 3 bilhões em financiamentos, com um volume de prêmios de mais de R$ 3 milhões. O programa todo promete financiamento de R$ 34 bilhões para moradias de famílias de baixa renda. Sendo ainda um banco pouco alavancado, pretendemos crescer a carteira de crédito em 2010 acima da média do mercado. Pretendemos ainda aumentar a participação do crédito a PME no nosso mix da carteira de crédito total, crescendo por meio de uma sinergia com a JMalucelli Seguradora e seus mais de 20 mil clientes. Para o crédito consignado, estamos certos de que a nossa estratégia de priorizar a rentabilidade da nossa carteira está no caminho certo. Estipulamos um crescimento de 27% para o mercado de crédito consignado no Brasil no ano que vem. Para o seguro garantia o futuro é ainda mais azul, já que teremos pela frente pesados investimentos em infra-estrutura decorrentes do pré-sal, da Copa do Mundo e das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Este último evento, isoladamente, já tem condições de movimentar o setor de seguro garantia em receitas 70% superiores as atuais. A liderança da JMalucelli Seguradora neste mercado e a sua excelência na análise de crédito, marcada por índices de sinistralidade historicamente baixos, aliados a nossa estratégia de fundar a JMalucelli Re como forma de aumentar a nossa retenção de prêmios irá certamente proporcionar bons resultados ao Paraná Banco. Cristiano Malucelli Diretor de Relações com Investidores.

42 p>42 BANCO PINE (PINE4) A origem do Banco Pine remonta à tradição da família Pinheiro no setor bancário, iniciada em 1939, com a fundação do Banco Central do Nordeste, na cidade de Fortaleza. Em maio de 1997, os irmãos Noberto Nogueira Pinheiro e Nelson Nogueira Pinheiro iniciaram as operações do Banco Pine. Desde 2005, o Banco Pine é controlado diretamente pelo Sr. Noberto Nogueira Pinheiro. No dia 2 de abril de 2007, o Pine tornou-se o primeiro banco de médio porte a negociar suas ações na Bovespa, levantando R$ 517 milhões com a emissão de ações preferenciais. O Banco PINE é especializado no atendimento a empresas. Sempre adotou as melhores práticas de governança corporativa, mesmo quando era uma empresa de capital fechado. Agilidade e criatividade no atendimento aos clientes são marcas registradas da instituição, graças ao seu modelo de gestão caracterizado por uma estrutura interna enxuta, com poucos níveis hierárquicos e uma cultura baseada na meritocracia, que privilegia o desempenho dos melhores talentos. Os primeiros meses de 2009 foram marcados por um cenário econômico incerto, de liquidez escassa e extrema aversão a risco. Ao final do primeiro semestre, no entanto, diante de uma gradual melhora do ambiente econômico, o Banco PINE voltou a crescer sua carteira de crédito, sempre de forma criteriosa. A carteira de Empresas, principal negócio do Banco, apresentou aumento de 11,3% no trimestre encerrado em 30 de setembro, atingindo R$ 3,4 bilhões. Manteve níveis de non-performing loans abaixo de 2%, mesmo no auge da crise. Este índice encerrou setembro em 1,3%. No lado da captação, os depósitos a prazo atingiram seu máximo histórico, de R$ 2,3 bilhões, superando os níveis pré-crise. Considerando-se o acumulado nos primeiros nove meses do ano, o lucro líquido atingiu R$ 64,4 milhões e o ROAE anualizado, 10,5%. Durante a crise, o Banco PINE soube manter sua política cautelosa de concessão de crédito e fazer frente aos diversos reflexos que vieram no decorrer de 2009, mantendo o foco nos controles de riscos, na segurança e na maximização da rentabilidade para os seus acionistas, investidores e clientes. O primeiro ano pós-crise estará recheado de esperanças como a recuperação da atividade econômica nos EUA, na Zona do Euro, no Reino Unido e no Japão. Esse grupo de países deve manter o forte estímulo monetário durante o primeiro semestre de O grupo das economias emergentes representativas (como Brasil, China, Índia, Chile e África do Sul) deve apresentar taxas de crescimento que superam largamente a média mundial projetada para 2009 (-1,5%) e 2010 (3,0%). É nesse contexto que o Brasil emerge novamente como uma das apostas da vez. As expectativas de superávits tanto da balança comercial quanto da conta financeira e de capitais do balanço de pagamentos produzem a continuidade da apreciação do real e contribuem para que o IPCA permaneça em linha com o centro da meta. O BC teria que elevar a Selic para cerca de 11,5% em 2010, caso o crescimento da demanda agregada e do PIB ameace a estabilidade inflacionária a partir do 2S10. A Selic real, igual a 6,5%, e o aumento da massa real de salários e do crédito doméstico são os principais motores da retomada do crescimento do PIB brasileiro de -0,1% em 2009 para pelo menos 5,0% em O Banco PINE está bem posicionado nos diversos setores da economia que serão beneficiados por este cenário positivo. Está, portanto, otimista em relação ao próximo ano e espera manter uma trajetória de crescimento criterioso. Relações com Investidores Banco PINE

43 p>43 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS BENS DE CAPITAL / INFRA-ESTRUTURA EMPRESAS ACOMPANHADAS: CONFAB COMPRAR (CNFB4) R$ 6,00 INDS ROMI MANTER (ROMI3) INEPAR (INEP4) LUPATECH MANTER (LUPA3) WEG COMPRAR (WEGE3) Não há nada mais desastroso no mercado do que a perda de confiança dos agentes frente à plataforma econômica. Num cenário onde a incerteza é intensificada, os indivíduos se tornam avessos a risco e, dependendo da magnitude deste comportamento, o resultado pode ser a quebra do ciclo de crescimento econômico pelo brutal impacto nos investimentos. De fato, o primeiro semestre de 2009 não foi muito favorável para o setor de bens de capital, que, como discutido acima, sofreu com as incertezas do comportamento da demanda doméstica e da forte retração da demanda externa. É importante dizer que o setor industrial (que abarca o setor de bens de capital) foi afetado de forma mais intensa pela crise do que outros setores como o de comércio e serviços. Esse fato pode ser percebido na queda expressiva nas exportações de alguns itens como equipamentos mecânicos e produtos metalúrgicos. A instabilidade econômica no 1º trim/09 fez com que os principais setores demandantes de produtos do segmento de bens de capital sofressem uma considerável redução da utilização de sua capacidade instalada. Neste ambiente de redução do PIB industrial (retração de 9,3% no primeiro trimestre) e da formação bruta de capital evidenciada desde o último trimestre de 2008, as companhias do setor de bens de capital, por estarem no início da cadeia industrial, sentiram rapidamente os impactos. Já no 2º semestre, percebemos uma melhora no segmento, mas, com ritmo ainda lento. Apesar disso, a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, apontou que a produção industrial em outubro/09 havia avançado 2,2% frente setembro. Vale destacar o desempenho da produção de bens de capital que cresceu 5,9% em outubro comparado com o mês anterior que demonstra tendência de recuperação consistente e aponta para retomada de investimentos num ritmo mais vigoroso daqui para frente. Todavia, como não poderia deixar de ser, comparações com 2008 ainda, mostram taxas negativas. Ao se relacionar, por exemplo, outubro de 2009 com o mesmo trimestre de 2008, a retração da produção industrial atinge o patamar de 3,2%. O IBGE divulgou o PIB do 3º trim/09 que cresceu 1,3% em relação ao segundo trimestre. Destaque para a indústria que individualmente mostrou expansão de 2,9%. Já a taxa de investimento do trimestre representou 17,7% do PIB, apresentando aumento frente os 15,7% do 2º trimestre. Vale sublinhar o crescimento da formação bruta de capital fixo que cresceu 6,5% no terceiro trimestre frente o segundo trimestre. Dados como PIB; PIB industrial e Formação Bruta de Capital são informações de suma importância para o setor, pois, são drivers importantes que influenciam o desempenho das companhias que fazem parte do setor. A turbulência econômica vivida nos últimos tempos foi à prova de fogo para o setor que teve que reavaliar suas estratégias. Quem acompanhou os mercados notou que grandes companhias, não só do setor analisado, estão revendo seus planos de negócio para se adaptarem a nova realidade. Muitas empresas, por exemplo, estão buscando uma maior participação no mercado interno, vêem na diversificação dos produtos oferecidos uma proteção interessante e buscam aumentar suas margens gerenciando de forma mais criteriosa seus custos e despesas no intuito de melhorar seus resultados operacionais. A Industrias ROMI, líder entre os fabricantes nacionais de máquinas-ferramenta e máquinas para plástico, apresentou neste 3º trimestre, por exemplo, crescimento na sua carteira de pedidos na ordem de 46,4% em relação ao trimestre anterior, o que mostra recuperação das atividades dos seus negócios. Por fim, vislumbrando um aumento mais robusto da economia brasileira já a partir de 2010, o setor tende a ter desempenho mais sustentável, dado sua forte correlação com o bom andamento da atividade econômica. O maior investimento em infra-estrutura nos próximos anos no país, também, contribuirá com a maior demanda pelos seus produtos. Trabalhamos com a produção industrial apresentando expansão da ordem de 11% neste ano de 2010 e, particularmente o segmento de bens de capital, expectativa de elevação de 22%, bem acima de nossa projeção para o PIB brasileiro.

44 p>44 INDS ROMI (ROMI3) A Indústrias Romi foi fundada em 1930, em Santa Bárbara d Oeste-SP, Brasil, por Américo Emílio Romi, a partir de uma oficina de reparo de automóveis. A fabricação de máquinasferramenta iniciou-se em 1941 e em 1944 começou a exportá-los. Atualmente, as máquinas-ferramenta ROMI são conhecidas em mais de 60 países, distribuídas por todos os continentes, alcançando o expressivo número de mais de unidades produzidas e comercializadas ao longo de sua história. A Romi é empresa líder entre os fabricantes nacionais de Máquinas-Ferramenta e Máquinas para Plásticos. Detém, também, participação importante no mercado de Fundidos e Usinados. Os principais segmentos industriais que utilizam produtos da empresa são o automotivo (leves e pesados), máquinas agrícolas, bens de capital e bens de consumo, ferramentarias, equipamentos hidráulicos, entre muitos outros. Situada em um mercado de alta tecnologia, a Romi investe 4% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento. O fruto desse investimento consistente é que 38,8% da receita de 2008 foi decorrente de novos produtos lançados nos últimos 3 anos. A empresa conta com onze unidades fabris, sendo quatro de montagem final de máquinas industriais, duas fundições, três de usinagem de componentes mecânicos, uma para fabricação de componentes de chapas de aço e uma planta para montagem de painéis eletrônicos. A capacidade instalada de produção de máquinas industriais é de aproximadamente máquinas/ano e a de fundidos é de aproximadamente toneladas/ano. O PIB Industrial e a Formação Bruta de Capital Fixo são importantes drivers do crescimento da Companhia. O setor de bens de capital é talvez o mais cíclico da economia mundial e como não poderia ser diferente, os negócios da Companhia sentiram com as incertezas sobre o rumo da demanda interna e da forte queda da demanda externa, decorrentes da recente crise financeira internacional. Tais reflexos foram absorvidos pela Companhia desde os últimos meses de 2008, com a demanda pelas máquinas e fundidos da Romi muito abaixo do mesmo período do ano anterior. Entretanto, impulsionado pela (i) redução da taxa de juros para investimento em capital fixo, promovida pelo BNDES em julho de 2009, (ii) melhora do nível de confiança da indústria e (iii) recomposição dos estoques na economia, a Romi pode sentir, no terceiro trimestre de 2009, uma recuperação nos negócios de nossos produtos. O cenário que se apresenta para 2010 é otimista, esperamos aumento dos investimentos domésticos, principalmente em infraestrutura e no setor industrial, que são drivers do nosso crescimento também deve ser um ano de desafios, com a expectativa de baixa atividade econômica nos Estados Unidos e na Europa, nós devemos ter uma concorrência ainda mais acirrada no mercado doméstico. Entretanto, a Romi está preparada para enfrentar estes desafios. A Companhia continua focada em redução de custos e melhoria contínua através da metodologia Lean Six Sigma, implementada em 2008 e conta ainda com uma carteira de clientes diversificada e consistente, uma equipe de colaboradores altamente qualificada e uma administração que mantém como eixo fundamental a criação de valor, de maneira sustentável, para seus acionistas, clientes, funcionários e parceiros de negócios. Luiz Cassiano Rando Rosolen Relações com Investidores.

45 p>45 LUPATECH S.A. (LUPA3) A Lupatech S.A. possui cerca de 75% da receita oriunda do fornecimento de equipamentos e serviços para o setor de petróleo e gás natural, e 20% decorrente do mercado de válvulas para uso industrial. Possui três segmentos de negócios: Energy Products, Flow Control e Metalurgia, e seus principais produtos são cabos para ancoragem de plataformas em águas profundas, equipamentos para exploração de poços, revestimentos de tubos, compressores, sensores, serviços e válvulas. Possui ainda posição de liderança no Mercosul na produção e comercialização de válvulas industriais, principalmente para as indústrias química, farmacêutica, papel e celulose e construção civil. Desenvolve e produz peças, partes complexas e subconjuntos direcionados principalmente para a indústria automotiva. O resultado do 3º trimestre de 2009 apresentou queda em comparação ao mesmo período de 2008, como já era esperado pelo mercado após a Companhia ter adiantado publicamente que o segundo semestre seria mais fraco que o primeiro semestre de O desempenho abaixo do esperado é consequência da forte contração de demanda por bens de capital, principalmente no setor de petróleo e gás natural, que se iniciou ao final de 2008 e deteriorou-se durante o ano de Estamos confiantes na recuperação do desempenho da Companhia nos próximos trimestres. Nos últimos dois meses já foi percebido cenário mais ativo nas relações comercias da Lupatech com seus clientes e acreditamos ser esse o ponto de inflexão de demanda. Os fatores que fazem crer nesse movimento podem ser atribuídos à evolução dos preços do petróleo no mercado internacional a partir do segundo trimestre de 2009 e à excepcional melhoria do mercado de capitais, que juntos proporcionam maiores fontes de financiamento para os projetos de expansão da produção de petróleo e gás, aos quais a Companhia é altamente exposta. Em se confirmando essa nova tendência e sendo mantida a posição de mercado da Companhia é de se prever melhores condições operacionais para Lupatech no exercício de 2010 e seguintes. A Companhia tem capacidade industrial instalada, excelente posicionamento de mercado e know-how para se beneficiar dos investimentos esperados principalmente para o setor de petróleo e gás, onde somente a Petrobras pretende investir US$174 bilhões nos próximos 5 anos. Além disso, a Companhia iniciou a segunda fase do processo de integração e otimização de seus negócios, onde estão sendo revistas e reestruturadas as práticas industriais, comerciais, administrativas, de recursos humanos, dentre outras, de modo a implementar as melhores práticas de gestão em todos os locais onde a Companhia opera seus negócios, através do qual esperamos evoluções resultantes de sinergias. O resultado desse processo de integração e suas sinergias refletirão em melhores indicadores operacionais nos próximos períodos, refletindo em melhores margens. Com cenário de demanda crescente por equipamentos e serviços para o setor de Petróleo e Gás, somados à existência de capacidade industrial já instalada, a Companhia mostra-se preparada e capacitada para períodos de forte crescimento orgânico e de melhoria de rentabilidade, o que deverá ser notado através do processo de criação de valor. Thiago Alonso de Oliveira Diretor de Relações com Investidores e Finanças

46 p>46 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS BENS DE CONSUMO EMPRESAS ACOMPANHADAS: AMBEV (AMBV4) BOMBRIL (BOBR4) HYPERMARCAS (HYPE3) NATURA (NATU3) COMPRAR COMPRAR MANTER O setor de bens de consumo tem diversos tipos de empresas que vendem variados produtos. Sendo assim, cada companhia apresenta diferente maneira de responder ao cenário econômico. Em nosso Stock Guide, o setor de bens de consumo é composto por AmBev, Bombril, Natura, Hypermarcas e Souza Cruz. Em geral as companhias que compõe o setor se mantiveram bem, mesmo em meio a crise econômica que atingiu o mundo. Do mesmo modo, as comparações se fazem verdadeiras ao observarmos melhorias nas econômicas. Entretanto, em geral quando falamos em mercado interno, temos um consenso de bons desempenhos na maioria das empresas, dado mais pelo crescimento da renda disponível do que com a correlação com o crédito. Destacamos que algumas companhias estão em sua plena expansão, seja via aquisições ou pelos investimentos greenfields, outras continuam com sua curva de maturação sem previsão de maiores crescimentos, a não ser, a garantia de uma previsibilidade de seu caixa. SOUZA CRUZ COMPRAR (CRUZ3) R$ 74,00 Para 2010, conforme comentado acima, o setor será mais influenciado pela renda do que pelo crédito e como podemos perceber, o poder de compra dos consumidores está cada vez maior, além disso, a menor inflação cria certa credibilidade em maiores volumes de vendas futuras para as companhias. Outro ponto que merece atenção, agora do lado negativo são os movimentos do governo com a elevação da alíquota de impostos do PIS/COFINS e do IPI sobre a venda de cigarros e de bebidas alcoólicas, atingindo, principalmente a AmBev e a Souza Cruz. No entanto, ambas estão conseguindo obter crescimento tanto em volume quanto em market share, se mostrando eficientes na hora de elevar os preços de seus produtos. Pontualmente para a AmBev as temperaturas mais elevadas e os eventos comemorativos favorecem a empresa no futuro. Já a Souza Cruz, por se tratar de uma companhia com boa situação financeira e forte geração de caixa, garante o retorno via dividendos. A Natura já espera a continuidade do aumento de seus resultados através de novos produtos, entretanto, chamamos atenção para a grande concorrência. Por fim, neste setor, a Hypermarcas é que vem garantindo seu crescimento via aquisições. Somente no segundo semestre a companhia fez mais de cinco aquisições, agregando valor a sua marca. Além disso, vale destacar que a própria empresa comenta que continuará procurando marcas fortes para agregar seu portfólio. Destacamos que o ano de 2010 tem tudo para ser promissor para o setor de bens de consumos, haja vista a melhora do cenário econômico brasileiro.

47 p>47 HYPERMARCAS (HYPE3) A Hypermarcas é hoje a empresa que possui o mais completo portfólio de marcas do Brasil, atuando nos segmentos de Higiene e Limpeza, Beleza e Higiene Pessoal, Alimentos e Medicamentos. Sua história começou em 2002 e, desde então, com investimentos agressivos em marketing e por meio de inúmeras aquisições, constrói uma empresa detentora de um portfólio de diversas marcas reconhecidas em todo o país, tais como Assolan, Monange, Pom-Pom, Paixão, Risqué, Lucretin, Benegrip, Apracur, Doril, Lisador, Engov, Gelol, Zero-Cal, Bozzano, Cenoura & Bronze, Pom-Pom, Jontex, Olla e Neo Química. Para maiores informações visite o site O ano de 2009 foi marcado por diversos acontecimentos relevantes e alto nível de crescimento da Companhia com elevada rentabilidade. O crescimento orgânico foi sustentado por diversos lançamentos, como as lâminas de barbear Bozzano, a renovação da linha capilar Monange, a linha Éh Corpo, a linha Finn Sucralose, Saúde e Bem-Estar Finn e, por último, as sopas e temperos Etti. Em Julho foi feita uma oferta de ações, cuja captação de recursos possibilitou a aquisição de cinco novas empresas, anunciadas ao final do ano, em linha com a estratégia de crescimento inorgânico da Companhia. O segmento de Beleza e Higiene Pessoal fortaleceu-se com a entrada dos produtos da linha infanto-juvenil Hydrogen, fraldas infantis Pom-Pom e fraldas geriátricas BigFral, além das camisinhas Jontex, Olla e Lovetex. Já o portfólio de medicamentos OTC e de prescrição foi complementado pelo ingresso da Hypermarcas no mercado de genéricos e similares com a reconhecida marca Neo Química, agregando novo parque industrial moderno. Considerando a grande expectativa de crescimento da economia para 2010 e a estabilidade do consumo durante a crise, indicando força ao longo do ano, a perspectiva é bastante positiva para a Companhia. O foco para 2010 será no crescimento orgânico com a continuidade dos lançamentos, iniciativas de marketing e melhorias de distribuição, e na captura de sinergias das empresas adquiridas em 2009, mantendo a atenção para novas oportunidades de investimentos. Martim Prado Mattos Diretor de Relações com Investidores.

48 p>48 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS CALÇADOS / TÊXTIL EMPRESAS ACOMPANHADAS: ALPARGATAS (ALPA4) GRENDENE (GRND3) MANTER MANTER O Brasil tem representado um importante papel na indústria de calçado, sendo o maior país da América Latina e um dos mais destacados fabricantes de manufaturados de couro, detendo o terceiro lugar no ranking dos maiores produtores mundiais. Uma das características do setor calçadista é a sua grande diversidade, englobando muitas atividades não comparáveis entre si, além disso, muitas empresas optam em entrar no varejo para valorizar sua marca e melhorar as margens obtidas nas vendas, tanto no mercado interno quanto no externo. As companhias deste setor tem forte dependência de investimento em publicidade para difundir novos lançamentos. O setor calçadista brasileiro viveu momentos de incerteza no mercado internacional. Se olharmos o saldo comercial da atividade, as exportações do setor de calçados caíram 33,4% de janeiro a novembro, se comparado ao mesmo período do ano passado. Sendo exportados 114,9 milhões de pares, que geraram faturamento de US$ 1,2 bilhão, com o preço médio de US$ 10,73. Comparando-se a igual período de 2008, houve redução de 23,8% em pares e a variação do preço médio também apresentou queda de 6,7%. Vale lembrar, que em setembro de 2009, o governo brasileiro adotou medidas antidumping para calçados importados da China, protegendo a indústria local. Estas medidas da Câmara de Comércio Exterior (Camex) foram para estabelecer cobrança provisória de $ 12,47 por par de calçado importado da China. A alíquota provisória deverá ser recolhida pelo importador, além dos 35% de imposto de importação já incidente sobre os produtos originários de fora do Mercosul. Destacamos que a China em 2008, respondeu por aproximadamente 85% do volume total de calçados importados pelo Brasil. Para 2010, as empresas já começam o ano se preparando para as novas coleções a partir de janeiro. Para o mercado externo, as atenções ainda se fazem presentes, principalmente por conta das importações vindo da China. Já para o mercado doméstico, esperamos melhoras, dado a retomada do cenário econômico e a menor volatilidade do dólar. Além disso, a estabilidade dos preços das commodities, vão contribuir para a diluição dos custos fixos das companhias, garantindo uma maior competitividade e melhorias de escala. Outro grande destaque do setor são os eventos Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016, que vão impulsionar as vendas de produtos esportivos. Visando estes eventos, as companhias estão tendo como estratégia de investimentos e marketing suas marcas esportivas, como exemplos temos com a Alpargatas a marca Topper e a Grendene com a marca Speedo. Vemos com bons olhos a demanda por parte do mercado interno e principalmente os eventos esportivos que virão em 2014 e 2016, entretanto, no curto prazo ainda recomendamos certa cautela, principalmente por conta do acirramento da concorrência.

49 p>49 GRENDENE (GRND3) A Grendene é uma das maiores fabricantes de calçados no mundo. Sua 1ª unidade fabril nasceu em Farroupilha (RS), em As vantagens competitivas da companhia se fundamentam em tecnologia própria de produto e produção, na sólida geração de caixa operacional, na verticalização da sua produção (capacidade instalada de 190 milhões de pares/ano além de matrizaria e fábrica de PVC para consumo próprio), nas marcas e designs próprios, na pesquisa, desenvolvimento e inovação constantes e no marketing forte e bem posicionado. A companhia é detentora de marcas como Melissa, Rider, Cartago, Grendha, Ipanema, Ipanema RJ, Grendene Kids, Grendene Baby, Ihabela e Zaxy, além de uma linha de licenciamentos que contempla celebridades e personagens infanto-juvenis. A Grendene vende seus produtos por meio de representantes comerciais, distribuidores, exportações diretas e via subsidiárias no exterior (EUA e Argentina). As exportações, iniciadas em 1979, seguem, atualmente, para mais de 90 países, cobrindo todos os continentes. A Grendene entregou nos primeiros nove meses de 2009 um lucro líquido de R$ 187,2 milhões com crescimento na Receita Líquida de Vendas de 15,5% e fabricação de 108 milhões de pares de calçados, gerou R$ 286 milhões de caixa proveniente das atividades operacionais e pagou R$ 99 milhões de dividendos a seus acionistas. Um excelente resultado, considerando que nenhuma empresa do setor de calçados no Brasil se aproxima destes números e poucas empresas brasileiras do setor de consumo em geral o superam. Independente de crises ocasionais como a que irrompeu nos mercados desenvolvidos no final de 2007 e que eventualmente podem se repetir no futuro, as perspectivas de elevação no consumo mundial de calçados nos próximos anos persistem. A crescente urbanização em países gigantescos como China e Índia, a ascensão dos BRICs e a emergência de uma classe média numerosa e com poder aquisitivo em muitos países, inclusive o Brasil, são poderosos estímulos ao aumento de consumo no setor. Muitos mercados, inclusive o brasileiro, apresentam baixo consumo per capita que, a julgar pelo acontecido em mercados mais desenvolvidos, deve se elevar com o aumento da renda da população. Este quadro, por si só já otimista, é reforçado no Brasil pela previsão de grandes investimentos nos próximos anos: a copa do mundo, as olimpíadas e os investimentos no pré-sal, são alguns eventos que devem ter efeitos muito positivos na renda da população e no nível de consumo. No curto prazo, no mercado interno, podemos destacar como drivers de consumo a baixa inflação, e os aumentos do salário mínimo e bolsa família, a realização da copa do mundo de 2010 na África do Sul e a realização de eleições gerais no Brasil. Estes eventos, historicamente, impulsionam o consumo no Brasil. Por todos estes fatores, a Grendene deve reforçar a execução de sua estratégia, identificando novos segmentos, com novos licenciamentos, inovando em produtos, reforçando suas marcas com marketing agressivo através de múltiplas mídias e buscando a excelência na operação através das melhorias contínuas. O objetivo é ganhar escala crescendo com solidez e sustentabilidade tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo com especial atenção para a elevação do market share no mercado doméstico. Nossa confiança na evolução da demanda do setor é grande e iniciamos estudos para ampliação da capacidade produtiva de nossas fábricas, investimento que será realizado em Francisco Schmitt - Diretor de Relações com Investidores

50 p>50 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS CARTÕES DE CRÉDITO EMPRESAS ACOMPANHADAS: CIELO (CIEL3) CSU CARDSYSTEM (CARD3) Mesmo considerado um ano relativamente fraco em relação à média histórica dos últimos anos, a Indústria de cartões apresentou forte expansão neste ano de 2009 (aproximadamente 13%), somando mais de R$ 529 bilhões de reais em transações (até outubro/09) de crédito, débito e outras modalidades. O setor vem se expandindo ao ritmo de dois dígitos na última década e já representa 20% de todas as compras efetuadas no país, fechando 2009 com mais de 556 milhões de cartões. REDECARD (RDCD3) No último mês do ano, a Redecard atualizou suas perspectivas para o fechamento de 2009, que resumidamente foram: (ii) expansão de17% a 19% do volume de transações em crédito e de 16% a 18% em débito e (ii) crescimento de 21% a 23% no volume de prépagamento. Já a expectativa da Cielo (antiga Visanet) é de expansão entre 21% a 22% no volume financeiro de transações. Trabalhamos com manutenção da forte expansão do volume transacionado também em Apesar de sua crescente importância, o mercado de cartões não conta, ainda, com um conjunto unificado de regras para discipliná-lo. As normas e resoluções que o regem atualmente estão dispersas por diversos órgãos do governo, como o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional. Tendo em vista tal cenário e para mudar essa situação, o governo e os representantes do setor iniciaram, há aproximadamente um ano, uma série de discussões para criar regras claras para o setor. Para acelerar as mudanças, o governo concordou em deixar a parte menos polêmica para a própria indústria, que vai passar a se autodisciplinar a exemplo do setor de propaganda e marketing. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) enviou a proposta de autoregulação ao BCB no último mês de O cronograma de implementação das medidas será definido pelas autoridades. Contudo, não trabalhamos com uma data especifica para que as medidas sejam enviadas ao Congresso, mesmo porque, não deixamos esquecer que em 2010 os parlamentares estarão bastante envolvidos com as eleições federais. O compromisso dos órgãos reguladores é com a adoção de medidas que aumentem a concorrência e a transparência, melhorem a governança e a segregação de informações e tornem a indústria de cartões de pagamento no Brasil mais eficiente sem afetar as condições de bom funcionamento do setor. As companhias listadas apresentaram ao mercado as últimas notícias e decisões que deverão nortear o desempenho do setor, não só em 2010, como nos próximos anos. Destacamos a publicação pelo Banco Central do Brasil (BCB) em conjunto com a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), em outubro de 2009, de um comunicado sobre a indústria de cartões de pagamentos no Brasil. A referida análise trata de um conjunto de medidas a ser definido no sentido de atender às recomendações do estudo sobre os seguintes pontos: (i) abertura da atividade de credenciamento; (ii) interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de transações); (iii) neutralidade nas atividades de compensação e liquidação; (iv) fortalecimento de esquemas nacionais de cartões de débito; (v) transparência na definição da tarifa de intercâmbio.

51 p>51 CIELO (CIEL3) A Cielo S.A. é a empresa líder do setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro, sendo responsável pelo credenciamento de estabelecimentos e gestão de rede para aceitação de cartões de pagamento da Bandeira Visa no Brasil, bem como pela captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito da Bandeira Visa. Além dos produtos e serviços tradicionalmente oferecidos no mercado de meios eletrônicos de pagamento, a Cielo tem histórico em oferecer soluções inovadoras em segmentos que tenham sinergia com suas atividades. Foi a pioneira na oferta de infra-estrutura de rede para correspondente bancário, recarga de celular, voucher eletrônico, saque com cartão de débito e na captura e processamento de transações eletrônicas que não envolvem pagamento, como conectividade e autorização de transações no segmento de saúde. O ano de 2009 foi muito especial para a Cielo. Realizamos a maior oferta de capital da história da BM&FBOVESPA, atingimos a incrível marca de 1,6 milhão de estabelecimentos comerciais afiliados, distribuídos em todas as regiões do Brasil. Hoje, estamos presentes em cerca de 98% dos municípios brasileiros com mais de 1,5 milhão de POS, com um índice de disponibilidade de 99,995%. No ano de 2009, ainda tivemos o lançamento de novos produtos e soluções como Agrocard Electron, além da mudança da nossa marca. Nós somos a maior rede de pagamentos eletrônicos do País e da América Latina e a 5ª maior rede do mundo. Esperamos que a recuperação da economia observada no segundo semestre de 2009 se perpetue para os próximos anos, através do aumento da oferta de crédito e da expansão do consumo, estimulando assim o uso do cartão. O ano de 2010 será bastante desafiador para Cielo, devido ao fim da exclusividade com a bandeira Visa e ao acirramento do cenário competitivo. Porém, acreditamos que o fato de sermos a maior companhia do setor nos garante um perfeito posicionamento e uma vantagem competitiva para aproveitarmos da melhor maneira este momento. Roberta Noronha Relações com Investidores.

52 p>52 CSU CARDSYSTEM (CARD3) A CSU CardSystem S.A. é referência em administração e processamento de cartões de crédito para terceiros, serviços de call center e suporte para análise crédito e cobrança, bem como no desenvolvimento e na gestão de programas de fidelidade. A empresa surgiu em 1992 com sua primeira unidade de negócios: a CardSystem, que é atualmente a maior processadora de meios eletrônicos de pagamento independente do Brasil. Logo surgiram outras unidades de negócio derivadas do modelo full service que a CSU idealizou no segmento de cartões. Essas novas unidades são hoje intituladas de CSU.Contact, CSU Credit&Risk e CSU.MarketSystem. A CSU CardSystem S.A. apresentou ótimos resultados no 3º trimestre de 2009, acompanhando o crescimento acelerado do mercado e teve destaque em diversos indicadores. A base de cartões fechou o trimestre com 23,2 milhões de cartões, sendo que o 3º trimestre de 2009 representou recorde histórico de cadastramento de 2,4 milhões de cartões. A Receita Líquida cresceu 4,7% quando comparada com o mesmo período de 2008, alcançando R$ 98,5 milhões. O Lucro Bruto evoluiu 49,2%, passando de R$ 18,6 milhões para R$ 27,8 milhões. O EBITDA chegou a R$ 21,3 milhões, representando aumento de 27,6% quando comparado com os R$ 16,7 milhões do mesmo período do ano anterior e o Lucro Líquido saltou de R$ 1,0 milhão para R$ 4,7 milhões, aumento de 360,4%. A Dívida Líquida encerrou o período com saldo de R$ 67,2 milhões e representou uma queda de 29,4% quando comparada com os R$ 95,2 milhões de 30 de setembro de O CAPEX da Companhia, realizado na maioria em customização de softwares e tecnologia, foi de R$ 11,7 milhões no 3º trimestre de 2009, representando variação de 39,0% contra o ano anterior. Esperamos para 2010 um ano muito marcante e de ótimo desempenho para o mercado como um todo. As mudanças no segmento de adquirência motivadas pelo final da exclusividade entre Redecard e Mastercard e Visanet e Visa (prevista para julho de 2010), abrirão as portas do segmento para a CSU. A Companhia está pronta para atender a essa nova demanda do mercado de adquirentes com a utilização de tecnologia de ponta e de sua plataforma de processamento, com mais de dez milhões de linhas de programação sendo cinco milhões customizadas ao longo de 18 anos. As previsões feitas recentemente por economistas dos principais bancos brasileiros indicam forte crescimento no crédito disponível e retomada do crescimento do PIB para Tais previsões reforçam nosso entusiasmo e sugerem que o mercado de meios de pagamento seguirá crescendo no mesmo ritmo de Além disso, no business de contact center, a CSU.Contact inaugurou em agosto de 2009 o novo site de AlphaView. O foco no projeto foi a melhora da qualidade de vida dos colaboradores e o aumento da rentabilidade operacional. Buscamos em 2010 colher os frutos desse investimento, expandindo os negócios a partir do novo site. Projetamos um ótimo ano para a empresa. Nossos colaboradores seguem trabalhando para tirar melhor proveito de todas as oportunidades, mantendo assim a posição de destaque da companhia no mercado. Além disso, gostaria de reforçar que o compromisso com a transparência, sustentabilidade e com as melhores práticas de Governança Corporativa continuarão regendo o trabalho da administração e do departamento de relacionamento com investidores da CSU. Décio Burd - Diretor de Relações com Investidores

53 p>53 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS CONSTRUÇÃO CIVIL EMPRESAS ACOMPANHADAS: ABYARA (ABYA3) AGRA INCORP (AGIN3) BROOKFIELD (BISA3) CAMARGO CORREA (CCIM3) CR2 (CRDE3) CYRELA REALTY (CYRE3) DIRECIONAL (DIRR3) MANTER COMPRAR Após o nebuloso ano de 2008, o setor de construção civil chega ao fim de 2009 com grande alivio. As companhias que outrora estavam endividadas, com crédito restrito, saúde financeira afetada e com desvalorização em torno de 70% do seu valor de mercado, estão conseguindo retomar os seus patamares adequados depois de exatos doze meses. A melhora da demanda por novas habitações é reforçada pelo aumento real dos salários, pela queda nas taxas de desemprego, incentivos governamentais, gradativa recuperação no cenário de crédito com maiores prazos de financiamentos e por índice de confiança do consumidor cada vez maiores. Destacamos como o mais relevante, o crédito, que está cada vez mais acessível para a compra de imóveis, principalmente para o segmento de baixa renda. As políticas implementadas pelo governo em 2009, destacadamente o Programa Minha Casa, Minha Vida, que estima a construção de 1 milhão de casas, causou um efeito de extremo otimismo no setor de construção civil residencial, favorecendo as famílias com poder aquisitivo menores e as empresas que visam a baixa renda. EVEN (EVEN3) EZTEC (EZTC3) GAFISA COMPRAR (GFSA3) R$ 32,00 HELBOR (HBOR3) INPAR (INPR3) JHSF PART (JHSF3) KLABIN SEGALL (KSSA3) MRV COMPRAR (MRVE3) PDG REALT (PDGR3) RODOBENS IMOB (RDNI3) ROSSI MANTER (RSID3) TECNISA MANTER (TCSA3) R$ 11,70 O setor da construção civil tem importante relevância na economia, dada a expressiva abertura de postos de trabalho. Segundo a SindusCon-SP, a construção civil fechará o ano de 2009 com recorde de 2,35 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incremento de 7,3% sobre o estoque de trabalhadores contratados em Já para 2010, estima-se que a construção civil contratará mais 180 mil trabalhadores, expansão de 8% na oferta de vagas com carteira assinada. No entanto, devido ao forte ritmo de recuperação da cadeia da construção é provável que em 2010 o Brasil enfrente escassez de mão de obra qualificada. Salientamos que durante este ano, as companhias de construção civil tiveram uma posição mais conservadora e optaram por vender seus estoques. A fim de se preparar para o ciclo de expansão, que se iniciou neste 4º trimestre com aceleração das vendas e forte introdução de lançamentos. Para 2010, segundo a SindusCon-SP, a indústria da construção civil estima crescer 8,8% em 2010, enquanto o PIB projetado é de 5,8% (Projeção do BC), o que mostra uma rota de crescimento contagiante e que deverá permanecer consistente. Lembramos que a Copa do Mundo no Brasil e as Olimpíadas no Rio de Janeiro irão provocar investimentos expressivos em infra-estrutura e aumento do turismo. Desta forma, as incorporadoras esperam auferir benefícios em todos os segmentos, tendo em vista que a demanda está forte não apenas na baixa renda como também na classe média. Vale destacar que as companhias voltaram a captar dinheiro no mercado por meio de ofertas públicas de ações para atingir suas metas, buscando aumentar o seu landbank. TENDA MANTER (TEND3) R$ 6,50 TRISUL (TRIS3)

54 p>54 BROOKFIELD INCORPORAÇÕES (BISA3) A Brookfield Incorporações S.A. é uma das seis maiores incorporadoras do setor imobiliário brasileiro, com atuação nos segmentos residenciais econômico, médio-baixo, médio, médio-alto e alto, bem como no segmento de escritórios, com foco nas regiões metropolitanas dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, e nas regiões Centro-Oeste e Sul. A Companhia acredita que seus pontos fortes são: - Atuação nas principais áreas metropolitanas - Modelo de negócios totalmente integrado e eficiente - Diversificação de produtos - Sólida reputação e reconhecimento da marca - Experiência comprovada do principal acionista da Companhia - Governança corporativa e equipe administrativa eficiente. Vale mencionar também que a Companhia é parte do Grupo Brookfield, que atua há 110 anos no Brasil, sendo controlada pela Brookfield Brasil e pelos Executivos Signatários do Acordo de Acionistas. A Brookfield Brasil é uma gestora de ativos no Brasil e subsidiária integral da Brookfield Asset Management Inc.. Atualmente a Brookfield Brasil conta com colaboradores e é uma das maiores plataformas de investimentos no país, com aproximadamente R$14 bilhões sob sua gestão - incluindo recursos próprios e de clientes institucionais investidos em ativos nos setores imobiliário, de energia renovável, agrícola, florestal e de infra-estrutura. A Brookfield Asset Management Inc. (BAM) é uma gestora global de ativos e tem aproximadamente US$ 90 bilhões de ativos sob gestão, sendo US$40 bilhões no setor imobiliário. A empresa é listada nas bolsas NYSE, TSX e Euronext Amsterdam sob os símbolos BAM, BAM.A e BAMA, respectivamente. As vendas contratadas no 3T09 totalizaram R$ 623,8 milhões, um aumento de 142% em relação ao 3T08 pro forma. Nos 9M09, as vendas contratadas atingiram R$ 1,5 bilhão, ultrapassando em mais de 30% o total pro forma vendido durante todo o ano de Os lançamentos atingiram R$ 484,7 milhões no 3T09 e foram realizados nos estados de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, assim como Mato Grosso e Bahia. No ano, os lançamentos somaram R$ 1,3 bilhão, sendo que R$ 1,1 bilhão foi direcionado ao segmento residencial, com destaque para os produtos com preço médio abaixo de R$ 500 mil que responderam por 88% do residencial total. A receita líquida totalizou R$ 486,2 milhões no 3T09, um crescimento de 80% em relação ao 3T08 pro forma. Nos 9M09, a receita líquida atingiu R$ 1,3 bilhão. O EBITDA do 3T09 somou R$ 94,1 milhões e nos 9M09 o EBITDA atingiu R$ 268,4 milhões, com margem de 21,1%. O lucro líquido do 3T09 atingiu R$ 55,0 milhões, crescimento de 53,7% em relação ao 3T08 pro forma. Nos 9M09, o lucro líquido atingiu R$ 150,3 milhões, crescimento de 30,6% se comparado aos 9M08 pro forma. Conforme Fato Relevante divulgado ao mercado no dia 14 de dezembro de 2009 as nossas projeções de lançamentos e vendas contratadas para os anos de 2010 e 2011, que se encontram líquidas de permutas são: Projeções (R$ bilhões) Lançamentos 3,0 a 3,3 3,5 a 4,0 Vendas Contratadas 2,5 a 2,8 3,4 a 3,7 % Brookfield Incorporações 100% 100% Luiz Rogelio Tolosa Diretor Executivo de Relações Institucionais e com Investidores

55 p>55 CAMARGO CORREA DESENV. IMOB. (CCIM3) A CCDI é a empresa de incorporação imobiliária do Grupo Camargo Corrêa. Iniciou operações em 2003 e abriu seu capital em 2007, sendo negociada no Novo Mercado da Bovespa sob o símbolo CCIM3. Possui empreendimentos lançados e áreas para desenvolvimento em São Paulo (capital, interior e litoral), Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. Atua em três segmentos de mercado. Baixa renda, com unidades que se enquadram no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), pela HM Engenharia. No segmento de lajes corporativas AAA, desenvolveu o Ventura Corporate Towers, no Rio de Janeiro, e iniciará os projetos Paulista Matarazzo e Vila Olímpia, ambos em São Paulo. No segmento tradicional, em que se enquadram as unidades residenciais de segmentos de renda mais altos e as saletas comerciais, a companhia atua em nichos de mercado específicos. Lançamos (até novembro) R$ 402 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV), em 4 projetos de baixa renda localizados na região de Campinas, e 2 empreendimentos residenciais no segmento tradicional, sendo um em São Paulo e o outro, o primeiro desenvolvimento da companhia em Curitiba. Em outubro, a companhia iniciou um realinhamento estratégico baseado em três objetivos: foco no cliente, integração das equipes por processos e a recuperação de margens. A HM Engenharia tornou-se uma das principais incorporadoras do MCMV, sendo parte do grupo que representa os incorporadores em interações com os operadores do programa, especialmente a CEF. Focaremos na baixa renda, que responderá por parcela relevante do total lançado do ano. Neste segmento, a intenção é suprir a demanda gerada pelo MCMV. Promoverá dois lançamentos no segmento AAA, o Paulista e o Vila Olímpia. Fará, ainda, lançamentos no segmento tradicional, nas praças onde já atua, sempre buscando nichos de mercado que permitam alta velocidade de vendas e rentabilidades crescentes. Novas áreas para futuro desenvolvimento serão adquiridas, para reposição de áreas lançadas e readequação do banco de terrenos da companhia aos novos objetivos estratégicos. Iniciará projeto piloto de construção própria, como alternativa de incremento de margens. Pretende iniciar um novo ciclo de crescimento da companhia, lançando um volume significativamente maior de produtos imobiliários (frente a 2009), com altos índices de vendas. Fernando Bergamin Relações com Investidores.

56 p>56 CR2 EMPREENDIMENTOS IMOB. (CRDE3) A CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. é uma das principais incorporadoras imobiliárias que atuam no Rio e São Paulo. A CR2 tem um modelo diferenciado de negócio sendo uma incorporadora pura que opera por meio de parcerias, sempre tendo e exercendo o controle do projeto. A Companhia acredita que seu modelo de negócio promove grande agilidade e flexibilidade com um baixo custo fixo. O segmento residencial média renda representa 45% do VGV lançado e o econômico 55%. O VGV do landbank é de R$ 2,9 bn sendo que 100% no segmento residencial econômico começou com grandes incertezas em meio à crise financeira global. A decisão de postergar lançamentos serviu o propósito de recompor o caixa e reduzir estoques, mas impactou o reconhecimento de resultados. Os resultados vem apresentando melhora gradual ao decorrer de 2009 tanto nos resultados apropriados, assim como nas vendas contratadas. O plano Minha Casa Minha Vida (MCMV) junto a uma melhora no mercado de crédito propiciaram uma retomada do mercado no 2S09. Passamos a primeira metade do ano nos preparando para o próximo ciclo de crescimento e estreitando os relacionamentos com nossos parceiros financeiros, especialmente a Caixa Econômica Federal (CEF). Nosso track-record com a CEF fica em evidencia ao termo repassado um volume de VGV próximo a R$100mm ao final de Na segunda metade do ano passamos a gerar fluxo de caixa positivo e voltamos a fazer novos lançamentos. Estamos confiantes quanto ao desempenho da empresa em 2010 dado volta da oferta de crédito, posicionamento do landbank no segmento econômico, e parceria com a CEF. Com um baixo nível de alavancagem estamos trabalhando para acessar o mercado de crédito via linhas com volumes, prazo e taxas consistentes com nosso negócio. O anuncio do Rio de Janeiro como sede dos jogos Olímpicos de 2016 traz oportunidades dado nossa exposição na Barra de Tijuca através de empreendimentos residências já lançados e de dois terrenos comercias de relevância no landbank. A retomada dos lançamentos irá impulsionar as vendas e o reconhecimento dos resultados. A qualidade de nossa equipe será um diferencial em Rogério Furtado/Daniel Grozdea Relações com Investidores.

57 p>57 CYRELA BRAZIL REALTY. (CYRE3) Somos a maior construtora e incorporadora de imóveis residenciais da América Latina e Estados Unidos em termos de valor de mercado (considerando a cotação de nossas Ações em 27 de agosto de 2009), de acordo com ranking preparado pela consultoria Economática e divulgado em 28 de agosto de De acordo com a mesma consultoria, no ranking geral das construtoras divulgado na mesma data, que inclui construção pesada, somos a terceira maior empresa da América Latina e Estados Unidos em termos de valor de mercado. Atualmente, estamos presentes em 55 cidades de 17 Estados brasileiros, dentre os quais se destacam São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Maranhão, Amazonas e Rio Grande do Norte, contando com 159 empreendimentos em andamento. Atuamos na construção e incorporação de edifícios residenciais em todos os diferentes segmentos de mercado alto padrão, médio alto padrão, médio padrão, econômico e super-econômico. Ingressamos no Novo Mercado da BM&FBOVESPA em 21 de setembro de O ano de 2009 foi marcado pela melhora geral da conjuntura econômica global e, com os incentivos praticados pelo Governo Federal, registramos, nos nove primeiros meses do ano, R$ 3,1 bilhões de lançamentos e R$ 3,0 bilhões em vendas, em conjunto com nossos parceiros. A velocidade de vendas de lançamentos superou a média do período pré-crise e registrou a marca de 52% no 3º trimestre de O lucro líquido alcançou o recorde de R$ 522 milhões nos nove primeiros meses do ano. A Living obteve destaque especial: com sede própria, nova campanha publicitária e estratégia de vendas, lançou mais de 13 mil unidades em Com o Programa MCMV levado a cabo com seriedade por todas as partes envolvidas Caixa Econômica Federal, Governo e incorporadoras, numa integração nunca vista antes, a Living já aprovou 25 mil unidades para comercialização até novembro de A recente escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olimpicos também vem a contribuir para o cenário de crescimento da Companhia, visto que seu estoque de terrenos na região é expressivo. Diante da recuperação do mercado, da velocidade de vendas dos lançamentos e do potencial do mercado, em 13 de novembro de 2009, a Companhia ratificou as projeções de lançamentos e vendas de 2009 e 2010 divulgados no 2º trimestre de 2009 e foram anunciadas as projeções para 2011 e Em 2009, são esperados lançamentos e vendas de R$ 4,6 a R$ 5,1 bilhões, com participação média de 70% a 75%. A Living compreenderá entre 30% a 35% do portfólio em Já em 2010, são esperados lançamentos de R$ 6,9 bilhões a R$ 7,7 bilhões e vendas de R$ 6,2 bilhões a R$ 6,9 bilhões, com participação média de 73% a 77%. A Living compreenderá entre 35% a 40% do portfólio de 2010, chegando até 50% em As margens esperadas para o período de 2009 a 2012 são: margem bruta entre 33% e 37%, margem EBITDA entre 20% e 24% e margem líquida entre 14% a 16%. Luis Largman - Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

58 p>58 DIRECIONAL (DIRR3) A Direcional Engenharia foi fundada em 1981, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A expansão para outros Estados se iniciou na década de 1990 e hoje a Direcional está presente em sete Estados e no Distrito Federal. As regiões Norte e Centro-Oeste do país concentram mais de 80,0% das nossas operações atualmente. A Companhia desenvolve Empreendimentos Populares de Grande Porte sob a marca Total Ville. São projetos de duas mil a quinze mil unidades residenciais, lançadas e construídas em etapas. Os empreendimentos funcionam como bairros planejados e são dotados de infra-estrutura própria, serviços comunitários, área de lazer completa, segurança e centros comerciais. Para a execução desses projetos, é fundamental um modelo de negócios totalmente verticalizado. Foi criado um processo construtivo padronizado e industrializado, que permite fácil replicação em todos os canteiros, além da utilização de mão-de-obra própria em todas as etapas da construção. No 3T09 a companhia teve recorde histórico de vendas contratadas, com VSO (vendas sobre oferta) de 45,1%. No acumulado do ano, o número de unidades vendidas cresceu 170,8% em relação ao mesmo período de 2008, um total de unidades com VGV de R$ 643,5 milhões. Mais importante que o crescimento, foi o foco em rentabilidade e geração de valor. A receita líquida acumulada atingiu R$ 262,0 milhões, com Margem Bruta de 33,1% e Margem Líquida de 22,9%. O ROE anualizado do 3T09 foi de 31,4%, benchmark no setor. O LandBank no 3T09 era de R$ 4,1 bilhões, composto por 55,8 mil unidades, sendo mais de 85,0% elegíveis ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Em Novembro foi realizada a oferta publica inicial de ações no Novo Mercado, mais elevado nível de governança corporativa na Bovespa, com a capitalização de R$ 274,0 milhões. Nossa visão para 2010 é de extremo otimismo. As políticas anticíclicas implementadas pelo governo em 2009, destacadamente o Programa Minha Casa, Minha Vida, causaram um efeito sem precedentes no setor de construção civil residencial. Num cenário tão positivo, o maior desafio das empresas será a capacidade de execução, onde acreditamos que o nosso DNA de construtora e experiência de quase trinta anos serão determinantes. Nossa estratégia para 2010 é manter a liderança no segmento popular nessas regiões de alto déficit habitacional e alto potencial de crescimento econômico, onde o nosso modelo de negócios verticalizado é um importante diferencial e os competidores sofrem mais com as dificuldades de logística, adversidades climáticas e falta de prestadores de serviço qualificados. Iniciaremos o ano com um balanço forte o suficiente para dar continuidade ao nosso ritmo de crescimento. Entretanto, prevalecerá sempre nossa disciplina de capital e foco em geração de valor. Daniel Amaral CFO Diretor Financeiro

59 p>59 EVEN (EVEN3) A Even Construtora e Incorporadora S.A. é uma empresa resultante da combinação das atividades da ABC Construtora e Incorporadora Ltda. e da Terepins e Kalili Engenharia e Construções Ltda., com o objetivo de atuar nas áreas de construção e incorporação imobiliária, uma empresa com mais de 35 anos de experiência. A Even é a maior construtora e incorporadora de São Paulo segundo o último ranking divulgado pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio do Estado de São Paulo), com atuação em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e foco nos empreendimentos residenciais de até R$ 500 mil. No terceiro trimestre, a companhia alcançou crescimento expressivo nos indicadores operacionais em comparação ao trimestre anterior. Os lançamentos aumentaram em 86%, as vendas contratadas também cresceram de forma expressiva, atingindo alta de 72%, sendo que 71% dos lançamentos do trimestre foram vendidos no mesmo período. O EBITDA cresceu 98%, com margem de 20,7%, e o Lucro Líquido aumentou 152%, com uma margem líquida de 15,5%. Estamos otimistas com a retomada de mercado, mas continuamos com o mesmo plano a longo prazo, em função de lançar, vender, construir e entregar com a mesma eficiência operacional e financeira com que sempre fizemos. Somos realistas quanto aos gargalos do setor, e lançaremos produtos sempre respeitando a capacidade financeira e de execução dos mesmos. Temos 98% dos produtos lançados com financiamento contratado e queremos continuar com assertividade nos futuros projetos. Neste ano de 2009, consolidamos nossa marca Open, que opera em produtos residenciais de R$ 100 a R$ 200mil. Lançamos até o final do 3T09 mais de unidades, das quais 91% já estavam vendidas no mesmo período (9 meses). Para 2010, já contamos com landbank extenso neste segmento, portanto esperamos uma continuidade do crescimento da Open. No tocante a landbank, continuaremos com estratégia de giro rápido, comprando terrenos rentáveis segundo nossos estudos de viabilidade financeira para que sejam lançados num prazo médio de 10 a 12 meses. Estamos trabalhando muito para aperfeiçoar nosso sistema de atendimento ao cliente e mantermos nossa qualidade nos serviços pré e pós-chaves, dado que é uma relação duradoura e envolve o maior ativo dos nossos compradores. Manteremos nossa política conservadora em relação do fluxo de caixa, sempre trabalhando com caixa mínimo confortável para qualquer cenário. Ou seja: possuímos uma posição sólida de caixa e alto índice de financiabilidade; volume significativo de entregas no ano de 2009 e grande crescimento para 2010; maior representatividade da Open dentro do nosso portfólio; aumento consistente no valor de vendas contratadas e margens constantes. Dany Muszkat - Diretor Financeiro e de RI

60 p>60 EZTEC S.A. (EZTC3) Com 30 anos de história, a EZTEC se destaca como uma das empresas com maior lucratividade do setor de incorporação e construção no Brasil. Com um modelo de negócio totalmente integrado, a EZTEC é dividida em 3 unidades de negócios: Incorporação, que prospecta e desenvolve empreendimentos que atendam aos critérios de rentabilidade da Companhia; Engenharia e Construção, que garante a qualidade dos empreendimentos, a entrega no prazo e o controle dos custos; e Imobiliária responsável pela manutenção das fortes velocidades de venda. A EZTEC também se beneficia da receita financeira proveniente do financiamento direto aos clientes. A Companhia já lançou 55 empreendimentos, totalizando mais de 1,1 milhão de metros quadrados de área construída e em construção, compreendendo unidades. A Companhia tem seu foco de atuação no segmento comercial e residencial de classe média na Região Metropolitana de São Paulo. A EZTEC S.A. integra o Novo Mercado da Bovespa desde 2007 e é negociada com o código EZTC3. O ano de 2009 começou sob a perspectiva da maior crise financeira das últimas décadas e, mesmo assim, a EZTEC conseguiu aproveitar oportunidades e continuar crescendo. Nos primeiros 9 meses do ano a Companhia focou seus lançamentos nos segmentos comercial e residencial de alto padrão, com destaque para o empreendimento Capital Corporate Office. Lançado no mês de maio, com um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 235,4 milhões, o projeto já possui 98% das unidades comercializadas. No último trimestre do ano, com a melhora do mercado, a Companhia voltou a realizar lançamentos no segmento residencial de médio padrão, seu grande foco de atuação. Até novembro de 2009 foram realizados 9 lançamentos, totalizando um VGV de R$ 505,8 milhões e vendas contratadas de R$ 540,0 milhões, crescimentos de 15,8% e 50,8%, respectivamente, em relação a No acumulado dos 9 primeiros meses de 2009, o lucro líquido totalizou R$ 128,3 milhões, crescimento de 96,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, representando um lucro por ação de R$ 0,90 e ROE anualizado de 22,2%. As margens líquida e o EBITDA do período foram, respectivamente, 33,5% e 32,9%. A EZTEC está otimista para o ano de O estoque de terrenos (land bank) de R$ 3,4 bilhões no estado de São Paulo, distribuídos 30% no segmento comercial e 70% no residencial, bem localizados e não concentrados, a coloca em uma boa posição para atender a demanda do próximo ano. Além disso, a Companhia possui um caixa disponível de R$ 166,7 milhões, contra um endividamento de R$ 49,9 milhões, exclusivo de financiamentos a produção e com taxas reguladas, permitindo que o plano de crescimento seja executado com segurança. Quanto aos riscos para o próximo ano, com o crescimento do setor, é possível alguma pressão por elevação de custos, principalmente de mão de obra. Nesse sentido, o modelo integrado de produção (com equipes próprias de desenvolvimento, construção, controle e comercialização) é fundamental para entregar os empreendimentos dentro do prazo, custo e qualidade programados. A Companhia tem contratado para 2010 a entrega de 10 empreendimentos, que totalizam unidades, um crescimento de 68,7% em relação às 1126 unidades entregues em 2009, rigorosamente no prazo. Área de Relações com Investidores EZTEC S.A.

61 p>61 GAFISA (GFSA4) Somos uma das empresas líderes diversificadas no mercado de incorporação no Brasil. Nos últimos 55 anos, fomos reconhecidos como uma das principais incorporadoras com administração profissionalizada do País, tendo concluído e vendido mais de 980 empreendimentos e construído mais de 11 milhões de metros quadrados, o que acreditamos ser mais do que qualquer outra incorporadora residencial tenha realizado no Brasil. Acreditamos que "Gafisa" é uma das marcas mais conhecidas no mercado de incorporação imobiliária desfrutando de uma reputação de qualidade, consistência e profissionalismo perante potenciais compradores de imóveis, corretores, financiadores, proprietários de terrenos e competidores. A Companhia atende o segmento habitacional de baixa renda por meio da participação majoritária na Construtora Tenda S.A., uma companhia de capital aberto no Novo Mercado da BM&FBOVESPA. As perspectivas para o setor imobiliário melhoraram fortemente ao longo do ano, devido à volta do otimismo dos investidores em relação ao Brasil, às ações governamentais que desempenharam um importante papel na aceleração da retomada do crescimento econômico, evitando assim, uma recessão mais prolongada e ao cenário macroeconômico em geral, que contribuiu para a retomada da confiança do consumidor. Os mercados de crédito reabriram, retomando suas atividades normais, enquanto a demanda por imóveis residenciais aumentou de modo significativo em todas as faixas de renda. Na Gafisa, implantamos uma plataforma operacional baseada em ganhos de escala para atender esta demanda. No acumulado do ano até Set/09 a Companhia acumula um volume de vendas recorde de R$ 2,2 bilhões, originados por todos os segmentos do portfólio da Gafisa, que atende a todas as faixas da população. A aceleração das vendas será liderada pela forte introdução de novos lançamentos no decorrer do quarto trimestre e além. O déficit de moradia no Brasil continua expressivo, com a estimativa atual próxima de 7 milhões de famílias, e um acréscimo de 1,5 milhão de novas famílias por ano. A demanda por novas habitações é reforçada pelo aumento real dos salários, pela queda nas taxas de desemprego e por um índice de confiança do consumidor cada vez maior. Nos últimos quatro anos, desenvolvemos uma sólida plataforma para atender às diferentes demandas habitacionais das famílias brasileiras preparando a Companhia para atender a demanda em todos os segmentos de baixo, médio e alto padrão, um mercado potencial de R$ 195 bilhões de reais por ano. Com a Copa do Mundo no Brasil e as Olimpíadas no Rio de Janeiro, teremos investimentos expressivos em infra-estrutura. Esperamos auferir benefícios de nosso forte posicionamento em todos os segmentos e alavancar nosso land bank e nossa rede de relacionamentos naquele e em outros estados. Gafisa Relações com Investidores.

62 p>62 HELBOR EMPREENDIMENTOS S.A. (HBOR3) A Helbor é uma das principais incorporadoras imobiliárias do Brasil, com presença em 23 cidades localizadas em nove estados (além do Distrito Federal), nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste. A Helbor acumulou experiência significativa na incorporação de empreendimentos destinados desde o segmento médio-baixo até o alto padrão, segmento comercial e loteamentos, em seus 32 anos de atividades. A Helbor é uma incorporadora pura, o que lhe confere maior capacidade de administrar os custos relacionados ao desenvolvimento de seus empreendimentos, além de lhe permitir flexibilidade e dinamismo para atuar em diversos segmentos e regiões do país. As ações da Helbor (HBOR3) estão listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa desde outubro de O ano de 2009 foi bastante positivo para a Helbor, apesar das incertezas relacionadas à crise financeira internacional, que se intensificou no segundo semestre de Até setembro de 2009, a VGV Total da Helbor totalizou R$ 650 milhões, 52% superior ao período de 9 meses de As vendas contratadas parte Helbor somaram R$ 684 milhões, 105% superior ao período de 9 meses de 2008 e 52% superior ao ano inteiro de A companhia lançou 14 empreendimentos nos 9 primeiros meses de 2009, dos quais 6 lançamentos atingiram a marca de 100% de comercialização. A Helbor também focou seus esforços de vendas de unidades em estoque, tanto que do total de vendas dos 9 meses de 2009, 59% referiram-se a lançamentos e 41% a estoques, e o volume de unidades prontas respresentava menos de 3% dos R$ 606 milhões de estoque parte Helbor. Apesar do programa Minha Casa Minha Vida, que vem recebendo incentivos governamentais, a Helbor manteve o seu foco nos segmentos médio, médio-alto e alto, além do segmento comercial, porque a demanda para estes nichos de mercado se apresentou bastante aquecida. Estamos otimistas com crescimento do setor imobiliário em 2010, principalmente em função dos investimentos privados em novos projetos, das recentes captações realizadas pelas empresas do segmento e devido ao volume de crédito bancário destinado ao setor, que tem crescido consistentemente. A Linha Offices de edifícios comerciais que a Helbor consolidou em 2009 conquistou dois importantes prêmios do mercado imobiliário e é com essa boa perspectiva que temos uma série de outros projetos comerciais para desenvolver até 2011, além dos cinco lançados nos últimos 12 meses. Na verdade, o mercado imobiliário brasileiro vive um momento único. Medidas do governo federal têm estimulado a construção de moradias populares e do segmento de médio padrão, com o aumento do limite de utilização do FGTS para empreendimentos residenciais até R$ 500 mil. Essas medidas mantém aquecida uma extensa cadeia produtiva, gerando milhares de empregos e realizando o sonho de milhares de famílias, inclusive em outras classes sociais, que também desejam ter seu primeiro imóvel próprio, uma moradia mais ampla e confortável, ou preferem os imóveis como investimento. A Helbor está preparada para manter seu plano de vôo no mercado imobiliário. Estamos trabalhando para ampliar o número de cidades em que atuamos, desenvolver novos projetos nas localidades em que já atuamos, atendendo às novas demandas de nossos clientes, inclusive na automação de apartamentos de médio padrão. Henry Borenstein, vice-presidente executivo da Helbor Empreendimentos S.A..

63 p>63 JHSF PART (JHSF3) A JHSF é uma das empresas líderes no setor imobiliário no Brasil, com expressiva atuação nos mercados de incorporações imobiliárias residenciais e comerciais de uso misto e larga escala, desenvolvimento e administração de shoppings centers e escritórios comerciais e hotéis de alto padrão através da marca Fasano. Com 37 anos de atuação, a empresa é reconhecida por seu pioneirismo, padrão de qualidade e pela capacidade de identificar novas oportunidades de negócios que geram impacto altamente positivo nas regiões onde são implantados. Entre os principais projetos de incorporação lançados, destacam-se o Parque Cidade Jardim, a Fazenda Boa Vista, o Horto Bela Vista, Las Piedras, Cidade Jardim Corporate Center e Praça Vila Nova (SP). No 3T09, os projetos lançados atingiram a marca de 73% do VGV em vendas contratadas acumuladas desde o lançamento, ou R$ 2,1 bilhões, marca do sucesso de desempenho destes empreendimentos. Além do bom desempenho de vendas, um dos fatores de destaque dos projetos é a elevada valorização do preço por metro quadrado: Parque Cidade Jardim 103%; Fazenda Boa Vista - Lotes e Estâncias 221%; Fazenda Boa Vista - Residências 100%; Fazenda Boa Vista - Villas Fasano 125%; Cidade Jardim Corporate Center 35% e Horto Bela Vista 30%. Também no 3T09 mostrou-se uma aceleração no reconhecimento das receitas, com tendência de aumento da velocidade para os próximos trimestres, como resultado do ritmo de obras. No trimestre iniciamos obras dos empreendimentos Horto Bela Vista, Praça Vila Nova e Las Piedras (hotel). O lucro líquido atingiu R$ 14,0MM no 3T09, contra R$ 5,5MM no 2T09, representando um crescimento de 154,2%. A geração operacional de caixa atingiu expressivos R$ 117,3MM nos 9M09. Em linha com a estratégia de reciclagem de ativos de renda recorrente divulgada desde a abertura de capital da JHSF, foi concluída, em 8 de Outubro de 2009, a venda do Shopping Metrô Santa Cruz pelo valor bruto de R$251,2MM (cap rate implícito é de 7,5%). Adicionalmente, dentro desta mesma estratégia, foi firmado acordo com a Credit Suisse Heding-Griffo para a constituição de fundo de investimento imobiliário que terá, dentre seus objetivos, a intenção de adquirir e explorar determinados imóveis comerciais, entre eles os Edifícios Metropolitan e Platinum (Rua Amauri São Paulo), ambos de propriedade de controlada da JHSF. A expectativa é de realizar lançamentos com VGV potencial de R$ 1,0 bilhão em 2010, ressaltando que a totalidade dos terrenos necessários para estes lançamentos já faz parte do banco de terrenos. Relações com Investidores

64 p>64 MRV ENGENHARIA (MRVE3) A MRV Engenharia e Participações S.A. é a maior incorporadora e construtora brasileira no segmento de empreendimentos residenciais populares em número de unidades incorporadas e cidades atendidas. A Companhia possui 30 anos de atuação com foco nas classes populares. A larga experiência e estrutura operacional da Companhia lhe permitem combinar uma atuação voltada para o segmento de empreendimentos residenciais populares com a obtenção de altas margens. A MRV possui uma diversificação geográfica única no setor imobiliário brasileiro. A Companhia atua em 75 cidades em 14 estados e no Distrito Federal. A MRV integra o Novo Mercado da Bovespa e é negociada com o código MRVE3. Os ADRs são negociados no OTCQX International Premier, a categoria mais alta do Mercado de Balcão, sob o código MRVNY. Em 2009, a MRV apresentou crescimento consistente e com rentabilidade, comprovando eficiência operacional. A MRV mostrou maior venda contratada do setor (R$ 2,1 bilhões) nos primeiros nove meses de 2009 e alcançou 25,5% de margem do EBITDA (R$283,8 milhões) e 20,3% de margem líquida. A demanda no segmento de baixa renda continua forte em função das condições gerais econômicas positivas, da confiança do consumidor e do suporte trazido pelo programa Minha Casa Minha Vida, no qual somos o maior operador, com R$ 1,3 bilhão de vendas contratadas elegíveis ao programa nos primeiros nove meses de Em julho de 2009, a oferta primária foi concluída com sucesso através da emissão de 24,3 milhões de ações e a captação de aproximadamente R$ 570 milhões. A oferta de ações promoveu um aumento de nosso free float para 55%, assim como o aumento do volume de negociação diária. Estimamos encerrar o ano de 2009 com um total de vendas contratadas entre 2,8 e 3,0 bilhões de reais. A MRV está bastante otimista quanto à perspectiva de crescimento contínuo e confiantes que a sua expertise e suas vantagens competitivas permitirão que a rentabilidade gerada por suas operações se mantenha em destaque. Considerando a sólida performance das vendas contratadas em 2009 e as perspectivas favoráveis para o próximo ano, a MRV espera que as vendas contratadas cheguem a valores entre 3,7 e 4,3 bilhões de reais em Leonardo Guimarães Corrêa - Relações com Investidores.

65 p>65 RODOBENS (RDNI3) Incorporadora imobiliária residencial com mais de 18 anos de atuação e foco em cidades do interior brasileiro com população acima de 150 mil habitantes. Desde o início das atividades em 1991, já lançou 103 empreendimentos residenciais em 41 cidades em nove estados (SP, MG, RJ, PR, RS, CE, MT, SC, BA), totalizando unidades com área total de 2,6 milhões de m² (base: set/2009). A Rodobens Negócios Imobiliários (Companhia) faz parte das Empresas Rodobens - um dos 100 maiores grupos empresariais do País. A corporação fundada em 1949, em São José do Rio Preto (SP), atua fortemente em dois setores distintos: veículos, que deu origem à corporação, e imobiliário. O Grupo se destaca por buscar sempre, nos dois setores de atuação, soluções integradas para seus clientes e, para isso, conta com revendedoras de veículos, administradora de consórcio, corretora de seguros, banco, locação de veículos, negócios internacionais e comunicação empresarial. O ano de 2009 foi repleto de desafios e estruturações para dar suporte ao crescimento projetado para os próximos anos. No primeiro semestre de 2009 o Governo Federal lançou um importante programa habitacional, o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que impactou positivamente as operações das Incorporadoras Imobiliárias no Brasil, principalmente aquelas voltadas para o segmento econômico. A Companhia participou ativa e diretamente da estruturação deste pacote habitacional através de seu CEO, desde a concepção até o acompanhamento constante do programa. Ao final de setembro de 2009, a Companhia já tinha 23 projetos protocolados na CEF em fase de analise definitiva, que era representado por 13 mil unidades e VGV ~R$1 bilhão (parte Rodobens). Somando-se os projetos em fase de análise prévia, totalizava 32 projetos, 18 mil unidades com VGV de ~R$1,3 bilhão. Assim, a Companhia tomou uma decisão estratégica de preservação de caixa, optando por iniciar novas obras somente com os respectivos planos empresários contratados. Tal medida fez com que o reconhecimento de receita do trimestre fosse postergado e, consequentemente, os resultados diminuídos (EBITDA e lucro líquido), apesar do expressivo volume de lançamentos e vendas apresentado. Lançamos no acumulado 9M09, unidades representando um VGV de R$448 milhões (parte Rodobens) e VGV total de R$566 milhões. As vendas contratadas no 9M09 alcançaram R$383 milhões em VGV (parte Rodobens), com unidades vendidas e VGV total de R$548 milhões. No inicio do segundo semestre se deu o Go Live do SAP, um grande passo em direção ao crescimento que a Companhia projeta para os próximos anos e um grande desafio para a empresa. As ações da Companhia para o último trimestre de 2009, assim como os primeiros meses de 2010 serão voltadas para: (i) constante aumento do volume dos repasses das carteiras de clientes aos bancos; (ii) as assinaturas dos planos empresariais que se encontram em análise com a CEF; (iii) redução do ciclo de obra de 12 para 7 meses; (iv) redução do estoque, embora apenas 5% representam imóveis prontos; e (v) continua política de caixa. Em relação ao crescimento projetado para 2010, a Companhia tem como meta interna, lançar R$ 1,2 bilhão em VGV Rodobens com aproximadamente unidades. Estas metas não representam guidance, pois a Companhia tem como política a não divulgação de guidance, apenas compartilha com o mercado suas metas internas. Luciano Guagliardi Relações com Investidores.

66 p>66 ROSSI (RSID3) A Rossi é hoje uma das principais incorporadoras e construtoras do Brasil. Presente em 63 cidades, atua em diversos segmentos do mercado imobiliário e tem no seu portfólio inúmeros sucessos de vendas de imóveis residenciais e comerciais, nos mais variados perfis de renda. A Rossi integra o Novo Mercado da Bovespa e é negociada com o código RSID3 e OTC: RSRZY. O país presenciou o início de uma recuperação no setor a partir de 3T09. Vários fatores explicam os indicadores positivos do setor, como o tripé formado pela estabilidade econômica, pelo aumento da renda e crescimento do crédito. A implantação do programa Minha Casa, Minha Vida agregou ao sistema uma nova marcha de consumidores. Com produtos diferenciados e adequados ao segmento Econômico, a Rossi soube aproveitar esse momento. Com 5 lojas da linha Rossi Ideal, a Rossi tem participado de feirões, em várias cidades, com uma movimentação inédita de clientes. O 3T09 foi marcado por um expressivo crescimento no segmento econômico, responsável por 14 dos 18 lançamentos do período. Do total de unidades lançadas, foram para esse mercado. As vendas contratadas cresceram 28% no 3T09 em comparação com o 2T09, somando R$ 517 milhões, dos quais R$ 354 milhões foram vendas de estoque. A Rossi teve um lançamento recorde no 3T09 de R$ 1 bilhão. Houve melhora nas margens bruta 35%, que aumentou 3,7 p.p. em comparação com o 3T do ano passado, Ebitda 24,5%, cresceu 7,5 p.p. no mesmo período; e a margem líquida, de 14,3%, teve elevação de 4,3 p.p. em relação ao 3T08. A Rossi Vendas vendeu o total de R$ 195 milhões no 3T09. Essa evolução contínua dos indicadores da Rossi só é possível graças à combinação de capacidade e eficiência na execução de projetos, e uma gestão eficiente das despesas comerciais e administrativas. Em 2009 a Rossi realizou um follow on, com captação bruta de R$ 928 milhões, aumentando o free float da companhia de 47,9% antes da oferta para 62,7% no total das ações ofertadas e em Dez, anunciou uma Joint Venture com a Capital Construtora para operar na Região Norte. A nova empresa estima lançar cerca de R$ 1,2 bi em 2010/2011. Para 2010 o guidance de lançamentos da Rossi está entre R$ 3.1 e R$ 3.5 bilhões. A expectativa de crescimento está ainda maior devido ao cenário favorável para a indústria. No segmento Econômico, a Rossi continuará aumentando sua participação, passando de 50% em 2009 para até 55% em Capitalizada, a Rossi está pronta para iniciar um novo ciclo de crescimento, focado na expansão geográfica. Para isso, no 3T09 a Companhia contava com o estoque de 136 terrenos em carteira para futuros lançamentos. Soma-se a esse banco de terrenos adequado e bem distribuído geograficamente uma estrutura descentralizada e com atuação nacional. Com oito escritórios regionais, a Rossi está presente em 63 cidades brasileiras. O atual desconto em relação aos principais concorrentes é excessivo, e poderia reduzir em 2010, dado a esperada melhoria das margens e volume de negócios (pós follow on). Carolina Burg Relações com Investidores.

67 p>67 TRISUL S.A. (TRIS3) A Trisul é uma das maiores incorporadoras e construtoras da região metropolitana de São Paulo, com foco em empreendimentos residenciais voltados ao Padrão Econômico. É uma Companhia que já nasceu com aproximadamente 30 anos de experiência, resultado da reorganização societária ocorrida em abril de 2007 entre as empresas Tricury e Incosul, duas das mais tradicionais empresas de incorporação e construção imobiliária da região metropolitana de São Paulo, ambas fundadas no final da década de O foco da Companhia está no desenvolvimento e construção de empreendimentos voltados ao Padrão Econômico através de seus produtos Trisul life (preço de venda de R$130 mil até R$200 mil por unidade) e o Trisul lar (preço de venda de R$70 mil até R$130 mil por unidade), produto este direcionado ao programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso, a Companhia possui presença geográfica em 22 cidades do estado de São Paulo e com expansões prioritárias para as capitais Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Ao longo de sua história, a Trisul lançou mais de 21,5 mil unidades, distribuídas em 151 empreendimentos, sendo que 63% correspondem a unidades de Padrão Econômico. De acordo com o Top Imobiliário realizado em junho de 2009, a Trisul conquistou a 4ª posição na categoria Construção e alcançou a 7ª posição na categoria Incorporação. Destaque para o empreendimento Grid Tatuapé que conquistou o prêmio de Performance em Vendas Imobiliárias do Segmento Econômico (fonte: Embraesp). No terceiro trimestre de 2009 foi possível observar a consistente retomada do setor de construção civil, impulsionada pela demanda do programa Minha Casa, Minha Vida, pela confiança do consumidor e pelo aumento do fluxo de crédito para financiamento à construção, consolidando assim o segmento da baixa renda no Brasil. Para a Trisul, o terceiro trimestre de 2009 foi marcado pela consolidação do crescimento, demonstrado pelos resultados financeiros e operacionais consistentes. No período acumulado dos nove meses, a receita líquida cresceu 53% vs. 9M08 atingindo R$ 379 milhões e o lucro líquido aumentou 74% vs. 9M08 totalizando R$ 29 milhões no acumulado do ano. Tais indicadores se devem a retomada dos lançamentos, aceleração das vendas e o resultado positivo nos investimentos realizados nos canteiros de obras, fatores esses, que além de aumentar o resultado, trouxeram como conseqüência uma redução dos percentuais sobre receita das despesas administrativas e comerciais. Continuaremos implementando nossa estratégia através da preservação do caixa, reaprovação dos projetos para readequação ao programa MCMV, contínua relação com a Caixa Econômica Federal e manutenção do foco em produtos de Padrão Econômico. O resultado acumulado dos nove meses de 2009 demonstra que estamos no caminho certo e por isso continuaremos nos aperfeiçoando em nossa estratégia e modelo de negócio para entregarmos, cada vez mais, melhores resultados aos nossos acionistas. Marco Antonio Mattar VP, CFO e DRI.

68 p>68 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS EMPRESAS ACOMPANHADAS: ANHANGUERA (AEDU11) ESTÁCIO (ESTC3) KROTON (KROT11) SEB (SEBB11) MANTER EDUCACIONAL Número de Matrículas na Graduação Presencial As empresas do setor educacional desempenharam positivamente em bolsa no ano de Apesar do cenário conturbado no primeiro semestre do ano e do receio quanto aos níveis de inadimplência e rematrícula, a maior parte das companhias do setor conseguiu desempenhar acima do Ibovespa neste ano. Acreditamos que no ano de 2010 as perspectivas se manterão favoráveis, sobretudo, pela retomada da geração de emprego e pela própria exigência do mercado, por mão de obra mais qualificada. Ademais, o setor educacional é extremamente pulverizado, possibilitando a continuidade do ritmo de consolidação. Segundo dados do Censo, em 2008, 77,7% dos jovens entre 0 e 17 anos freqüentavam o ensino básico, estes índices são superiores a 97%, para os jovens entre os 6 e 14 anos que freqüentam o ensino fundamental. O ensino básico no país engloba desde a educação infantil (creche e pré-escola) passando pelo ensino fundamental e médio, até a, educação especial, profissional e EJA (antigos supletivos). No ensino básico estão matriculados 52,6 milhões de jovens, sendo que 86,1% estão em escolas públicas e 13,9% estudam em escolas da rede privada. O número de matrículas apresentou decréscimo de 1,2% na educação básica, contudo o número de matrículas nas instituições Público % - 8,1 3,7 1,2 1,4 2,6 2,7 Privado % - 13,3 8,5 9,2 6,3 5,0 4,6 privadas de educação básica evoluiu 2,9% ante Quando falamos apenas de ensino médio são 8,3 milhões de matriculas. Ainda segundo o censo, no ano de 2008, pela primeira vez desde 1997, o número de IES (instituições de educação superior) diminuiu. Tal redução pode ser explicada pela integração de instituições, por fusão ou compra, observada nos últimos anos. A única parte do país onde se verificou acréscimo no número de IES foi à região Nordeste. A distribuição de IES por categoria administrativa se aproxima à verificada no ano anterior, com 90% de instituições privadas e 10% de instituições públicas. Com relação ao ensino presencial de graduação, foi registrado, pelo Censo de 2008, o funcionamento de Evolução no Número de Matrículas Ensino a Distância Período Matrículas % , , , , , ,9 cursos em todo o Brasil, representando aumento de 5,2% em relação a Dando continuidade ao ritmo de crescimento do setor nos últimos anos, o censo da educação superior de 2008 registrou o ingresso de 1,5 milhão de novos alunos. As IES privadas foram responsáveis por 79,6% desses ingressos. De acordo com os dados, 115 instituições ofereceram, em 2008, cursos de graduação à distância. São 18 IES a mais em relação às registradas no ano de Comparado ao ano de 2007, foram criados 239 novos cursos à distância, representando aumento de 58,6% no período. O total de matrículas apresentou crescimento alto nos últimos anos e, em 2008, chegou ao número de matrículas, quase dobrando o número de matrículas em relação ao ano anterior. Esse número de matrículas em cursos a distância representa 14,3% do total das matrículas dos cursos de graduação, incluindo os presenciais. No ano de 2007, esse percentual esteve em torno dos 7%. Segundo dados da UNESCO, enquanto no Brasil, em 2004, apenas 20% dos jovens em idade teórica de cursar ensino superior freqüentava instituições de nível superior, este índice chegava a 43% no Chile e 61% na Argentina. Contudo, segundo o MEC, estima-se que apenas 11,3% da população entre 18 e 24 anos estava matriculada em instituições de Ensino Superior em 2005, um índice ainda abaixo da meta do Governo Federal, para 2010, definida em 30% pelo Plano Nacional de Educação.

69 p>69 KROTON EDUCACIONAL (KROT11) A Kroton Educacional S.A. é uma das maiores organizações educacionais do Brasil, com atuação no ensino básico há mais de 36 anos e no ensino superior desde A Companhia atua de forma integrada e diversificada, operando escolas e faculdades próprias e provendo serviços de educação, tecnologia de ensino e material didático para uma rede pública e privada atendendo atualmente mais de 650 escolas no ensino básico no Brasil e 6 no Japão. No ensino superior, a Kroton conta com operações em 7 estados brasileiros. Com a desaceleração econômica, reflexo da crise mundial, o setor educacional foi impactado. Os grandes desafios foram as matrículas de novos alunos, evasão e inadimplência. Apesar do cenário a Kroton apresentou bons resultados durante Ainda com ótimas oportunidades de consolidação no setor educacional, a Kroton homologou um aumento de capital em setembro de 2009, operação que reforçou o caixa da Companhia em R$ 387,8 milhões. Houve também a entrada do private equity, Advent International, no grupo controlador da Kroton, o Pitágoras Administração e Participação S.A(PAP). Luiz Kaufmann, ex- Presidente e CEO da Medial Saúde e Aracruz Celulose assumiu a presidência da Companhia em Outubro de Para 2010, vislumbramos a retomada do crescimento orgânico de nossas unidades de ensino superior, excelentes oportunidades de mercado para a educação básica tanto no setor público quanto privado e novas aquisições. Reconhecemos também que os resultados acadêmicos serão determinantes para a sustentabilidade do nosso negócio e diferencial de qualidade. Em 2010 a Kroton crescerá de forma agressiva, mas com responsabilidade, gerando valor para alunos e acionistas. O foco será aprimorar continuamente a nossa qualidade acadêmica, melhorar os nossos serviços e simultaneamente melhorar nossa eficiência operacional e rentabilidade. Thiago Ribas Gerente de Relações com Investidores.

70 p>70 SEB (SEBB11) O SEB Sistema Educacional Brasileiro foi fundado em 1963, com a criação do Curso Osvaldo Cruz, especializado na preparação dos alunos do ensino médio para ingresso na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Hoje, a Companhia também atua em outros segmentos, desde a educação infantil até pós-graduação. Dado o sucesso em aprovações nos vestibulares e o foco em qualidade inerente ao grupo, muitas outras escolas passaram a admirar o seu modelo de ensino e a partir da década de 80, o segmento de sistema de ensino, que incluia a venda de toda a metodologia de ensino a outras escolas, começou a apresentar um ritmo de crescimento mais acelerado e a ser cada vez mais contributivo para o Grupo, já superando os alunos hoje. Em 1999, a Companhia estreou no segmento universitário com a fundação da UniCOC em Ribeirão Preto. Em 2006, o Grupo estreou sua plataforma de Ensino a Distância, que hoje já conta com cerca de alunos. Hoje, o segmento de educação básica conta com cerca de alunos e o ensino superior presencial com cerca de alunos. O SEB estreou na BMF&Bovespa em 18 de outubro de 2007 já sendo listada no Nível 2 de Governança Corporativa. Em 2009, o SEB deve crescer o número de alunos próprios em cerca de 30% e 20% no sistema de ensino, uma vez que já apresentava números próximos a estes ao final do terceiro trimestre e historicamente estes números não variam significativamente do terceiro para o quarto trimestre. A Receita líquida dos 9 primeiros meses de 2009 foi de R$ 292 milhões, já superior aos R$ 289 milhões apresentados para todo o ano de 2008 e substancialmente superior aos R$ 142 milhões de 2007, ano da Abertura de Capital. Devido à sazonalidade do reconhecimento da receita do Sistema de Ensino, os terceiros trimestres apresentam resultados mais fortes, enquanto os quartos trimestres têm mostrado resultados mais tímidos. As margens Bruta, EBITDA e Líquida apresentaram queda em 2008, quando comparadas a 2007 e este ano também já se desenha a mesma tendência. E isso vem ocorrendo exclusivamente devido às aquisições que o Grupo vem realizando desde o IPO, que totalizaram R$ 197 milhões em 27 meses, resultando em mais alunos próprios e mil alunos parceiros. Recentemente, a Companhia adquiriu o Grupo Pueri Domus, com sede em São Paulo por R$ 41,5 milhões e cerca de alunos próprios e alunos parceiros. Contudo o SEB vem obtendo importantes avanços na integração das operações adquiridas, ao comparar as margens Bruta, EBITDA e Líquida no terceiro de 2009 sobre o mesmo período de 2008 excluindo as aquisições realizadas nos últimos 12 meses términos em setembro de 2009, o que denota a eficácia do Grupo na entrega das integrações. Em 2010, o SEB deve superar em mais de 3 vezes a receita do ano de sua abertura de capital, Além disso, a Companhia acredita que o crescimento do segmento de sistema de ensino será o mais representativo em termos orgânicos, o que deve ser contributivo para o Grupo como um todo uma vez que esse segmento apresenta margens superiores a margem consolidada deve também ser um ano de queda da inadimplência e do PDD para todo o setor de educação, embora a Companhia seja menos afetada do que os demais players focados apenas no ensino superior, a educação básica e o Sistema de Ensino têm menor volatilidade e exposição aos ciclos econômicos, juntamente com o seu modelo de negócio integrado nos principais segmentos educacionais, esta melhora acaba sendo favorável para o mercado como um todo. Francisco Bianchi Gerente de Relações com Investidores.

71 p>71 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS ENERGIA EMPRESAS ACOMPANHADAS: AES TIETÊ COMPRAR (GETI4) R$ 23,00 CELESC MANTER (CLSC6) CEMIG COMPRAR (CMIG4) CESP (CESP6) COELCE COMPRAR (COCE5) COPEL COMPRAR (CPLE6) CPFL ENERGIA COMPRAR (CPFE3) R$ 42,00 ELETROBRÁS MANTER (ELET6) ELETROPAULO COMPRAR (ELPL6) R$ 42,30 ENERGIAS DO BRASIL MANTER (ENBR3) EQUATORIAL (EQTL3) LIGHT COMPRAR (LIGT3) R$ 32,00 MPX ENERGIA (MPXE3) REDE ENERGIA (REDE4) TERNA PART. (TRNA11) TRACTEBEL COMPRAR (TBLE3) R$ 28,00 TRANSMISSÃO PAULISTA COMPRAR (TRPL4) R$ 60,00 TWh O ano de 2009 não foi fácil para o setor elétrico brasileiro. Não bastasse os reflexos da crise econômica que impactou, principalmente o segmento industrial, responsável por quase metade do consumo de energia elétrica nacional. O setor ainda enfrentou os contratempos climáticos. No primeiro semestre, as geradoras expostas a região Sul enfrentaram um difícil período de estiagem, com seus reservatórios abaixo do mínimo necessário e o pior nível de chuvas em décadas. Já no segundo semestre, o cenário foi outro, não só as chuvas chegaram, como vieram com toda a força. Os níveis dos reservatórios nas regiões Sul/Sudeste voltaram a patamares confortáveis, contudo, as luzes se apagaram! Isso mesmo, os acontecimentos meteorológicos geraram o tão comentado blecaute. Foram 18 estados brasileiros as escuras, no fatídico dia 10/Nov/09, além dos nossos parceiros paraguaios. O problema ocorrido em Itaipu, em razão das linhas de transmissão de Furnas, não foi explicado a minúcias. Mas como já havíamos destacado em relatórios anteriores, a culpa deve ter sido do estagiário desavisado!!! Ou como sempre nas explicações do governo, terá sido por causas meteorológicas e nunca estruturais. Falando dos dados de consumo, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, a expectativa é de que o ano de 2009 encerre com arrefecimento de 1,2% no consumo de energia elétrica comparado a 2008, com melhores taxas de expansão nos segmentos residenciais e comerciais, contrapostos pelo forte decréscimo na classe industrial. O consumo na classe industrial deve refletir as paralisações por conta da crise, principalmente nas linhas de bens duráveis. Para 2010, a companhia trabalha com consumo total de aproximadamente 455 TWh, com taxa de crescimento em torno de 7,4%. Os dados mais otimistas para 2010 refletem a continuidade do consumo em patamares elevados nas classes residencial e comercial, além da estimativa de aumento de 9,4% no consumo industrial quando comparado a Para a década que se inicia as estimativas também são favoráveis. A classe comercial é a que apresenta maior crescimento estimado no período de , de 6,1% ao ano, seguida da classe residencial de 4,7% ao ano. A classe industrial perde participação no consumo total na rede, com crescimento de 4,0% ao ano em média. 800,0 600,0 400,0 200,0 0,0 Consumo de Energia Elétrica por Classe Res id en cia l In du st rial Co mercia l O ut ras Cla sse s T o tal (p) 2018(p) Acreditamos que as projeções supramencionadas, reportam cenário bastante positivo para o setor elétrico, contudo, o principal destaque seguirá sendo forte geração de caixa refletida em proventos. Com base nos dados disponíveis no Economática, é possível verificar que no acumulado dos nove primeiros meses de 2009, foram pagos mais de R$ 6,0 bilhões em proventos, o que respalda nossa constante recomendação as ações do setor. Com certeza esse é o principal driver das companhias de energia, seja pela constância na distribuição, seja pelo volume, estas empresas se destacam no retorno ao acionista através da distribuição de proventos.

72 p>72 AES TIETÊ (GETI4) Uma das mais eficientes geradoras de energia elétrica do país, a AES Tietê, controlada pelo Grupo AES Brasil, possui um parque de usinas composto por 10 hidrelétricas, com capacidade instalada de megawatts (MW), o que corresponde à 2ª maior capacidade instalada entre os agentes privados brasileiros. Em 2008, a Companhia foi responsável por cerca de 3% da geração total nacional. O complexo de usinas envolve os rios Tietê, Grande, Pardo e Mogi-Guaçu e está localizado nas regiões central e noroeste do Estado de São Paulo. A Companhia possui contrato de concessão válido por 30 anos, com vencimento em 2029, passível de renovação por outros 30 anos. Toda a sua energia assegurada está contratada por meio de um contrato bilateral de compra e venda de energia elétrica com a AES Eletropaulo, válido até Em 2009, a AES Tietê conquistou o direito de se manter pelo terceiro ano consecutivo no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa e estará presente na carteira do ISE do ano de Além disso, recebeu as seguintes premiações: (i) Empresa de Maior Rentabilidade nos Últimos Cinco Anos entre as 500 Maiores Sociedades Anônimas do País, pela Revista Conjuntura Econômica da Fundação Getúlio Vargas e (ii) Medalha de prata na categoria média empresa no Prêmio Paulista na Qualidade de Gestão (PPQG), promovido pelo Instituto Paulista de Excelência e Gestão (IPEG). Ainda no ano de 2009, como resultado de seus esforços de controle de custos e despesas, a Companhia fechou um acordo com a Aneel, geradoras e distribuidoras, referente aos pagamentos do encargo de transmissão TUSDgeração de julho de 2004 a dezembro de Desta forma, uma importante contingência, no valor R$ 190 milhões, foi retirada das demonstrações financeiras da Companhia. Tal acordo culminou em uma reversão de provisão com efeito positivo de R$ 13 milhões e na revisão da metodologia de cálculo dos encargos de conexão e transmissão de energia, permitindo uma economia anual de R$ 57 milhões. Seguindo prática adotada desde 2006, a Companhia por mais um ano distribuiu trimestralmente, por meio de proventos, a totalidade do seu lucro líquido, alcançando a marca de R$ 636 milhões até o terceiro trimestre de No ano de 2010, entrarão em operação duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) com capacidade instalada de 7 MW localizadas no Rio Jaguari-Mirim, no Estado de São Paulo. Além disso, 6 MW de co-geração proveniente de biomassa estão contratados por 15 anos a partir do ano que vem. Ambos contribuirão para o cumprimento da obrigação de expansão de 15% de sua capacidade instalada prevista pelo Edital de Privatização. A AES Tietê continua a busca por oportunidades de expansão através de projetos que permitam uma maior criação de valor para seus acionistas. Adicionalmente, a Companhia pretende manter sua excelência operacional e financeira, com seu rígido controle de custos, bem como expandir suas iniciativas de proteção ao meio ambiente. Esperamos para 2010 condições macroeconômicas favoráveis que possibilite o financiamento da única dívida da Companhia. Por fim, implementar ações de modo a aumentar a segurança de nossos colaboradores, o valor número 1 do Grupo AES Brasil. Relações com Investidores

73 p>73 CEMIG (CMIG4) A Cemig foi fundada em 1953 e hoje é a maior empresa integrada do setor elétrico brasileiro, atuando nos setores de geração, transmissão e distribuição de energia. O grupo é composto por 55 empresas e 11 consórcios, com presença em 20 estados brasileiros e no Chile, sendo que a sua sede está localizada na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Ela possui 12% do mercado de distribuição, 10% da capacidade total de transmissão e responde por 7% da capacidade instalada na geração. A empresa possui mais de acionistas em 44 países, com ações negociadas nas Bolsas de São Paulo, Nova Iorque e Madrid. O valor de mercado da companhia atingiu recentemente a cifra de R$19 bilhões. Além de estar presente nos principais índices acionários ao redor do mundo a Cemig possui uma forte política de dividendos, que garante o pagamento mínimo de 50% do lucro líquido sob a forma de dividendos. Nos primeiros nove meses de 2009 apresentamos um lucro líquido de R$1,42 bilhão e uma geração de caixa, medida pelo LAJIDA, de R$2,9 bilhões. O ano de 2009 foi marcado pela alteração nas perspectivas de crescimento da economia, que se deterioraram a partir do início do ano. Com a crise econômica, várias classes consumidoras reduziram sua demanda, o que levou a uma redução a nível nacional na demanda de energia elétrica, em especial em virtude da retração no consumo das indústrias. Através de um sólido portfólio de negócios e de uma estratégia de comercialização bem sucedida a Cemig conseguiu recolocar as disponibilidades de energia de seus clientes e atenuar os impactos da crise, o que permitiu que os resultados consolidados se mantivessem estáveis no acumulado até novembro. Ademais em virtude de sua posição consolidadora no setor elétrico a Cemig continuou a crescer através de aquisições em 2009, tendo adquirido a transmissora Terna por cerca de R$3,2 bilhões em conjunto com um Fundo de Investimentos o Coliseo, além de ter aumentado sua participação no grupo TBE (transmissão) através de um investimentos superior a R$600 milhões. Também no inicio do ano a Cemig conclui a compra de 49% de três parques eólicos no Ceará por aproximadamente R$213 milhões. A partir do terceiro trimestre de 2009, a economia brasileira passou a apresentar claros sinais de retomada da sua trajetória de crescimento, em especial dentro da área de concessão da Cemig Distribuição, responsável por quase a totalidade do atendimento do Estado de Minas Gerais. Os setores automobilístico, mineração, metalurgia e o setor exportador de commodities como um todo voltaram a apresentar crescimento na comparação com o 1º Trimestre de 2009, em virtude tanto do aumento na demanda de seus mercados consumidores quanto do aumento dos investimentos no estado. Ademais as classes residencial e comercial cresceram ao longo de todo o ano de 2009 e deverão manter esta tendência no próximo ano. Para o ano de 2010, a Cemig espera que seus mercados consumidores cresçam, em virtude de uma expectativa de crescimento do PIB ao redor de 4,5%. Como principais projetos para o ano de 2010 esperamos concluir o processo de aquisição da Terna através da realização de uma OPA aos minoritários, intensificar os ganhos advindos de nosso programa de eficiência operacional, consolidar e capturar as sinergias das recentes aquisições, crescendo de forma equilibrada em todos os nossos setores de atuação, visando permanentemente a agregação de valor aos nossos acionistas. Agostinho Faria Cardoso Superintendente de Relações com Investidores

74 p>74 COELCE (COCE5) Criada em 1971 a partir da união de quatro distribuidoras de energia elétrica cearenses, e privatizada em 1998, a Coelce detém até 2028 a concessão para a distribuição de energia elétrica em todo o território do Ceará. Atuando numa área de aproximadamente 149 mil km2, onde distribui energia para mais de 8 milhões de habitantes, a Coelce foi eleita em 2009 a melhor distribuidora de energia elétrica do Brasil, pela ABRADEE Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica. Neste ano conquistou também o maior índice de satisfação dos consumidores entre todas as distribuidoras do Brasil. Controlada pelos grupos Endesa (Espanha) e Enel (Itália), a Coelce também tem se destacado nos últimos anos por seus altos níveis de eficiência operacional e qualidade do serviço, como uma das melhores empresas para se trabalhar do país e por seus premiados programas de responsabilidade social e sustentabilidade. Nos primeiros 9 meses de 2009, a Coelce alcançou um Lucro Líquido de R$ 253 milhões, aumento de 22,2% em relação ao mesmo período de 2008, resultado que representa uma Margem Líquida de 16,3%. Nesse período, a Coelce destacou-se também por importantes conquistas associadas a todos os seus stakeholders: Acionistas: deliberou distribuição de 100% do lucro líquido passível de distribuição em forma de dividendos (prática mantida nos últimos 6 anos), obtendo um dos maiores dividend yields (indicador que representa o valor dos dividendos sobre a cotação da ação) da BM&FBovespa aproximadamente 12%. A Coelce recebeu, da Standard & Poor s, a classificação de risco em escala nacional BrAA. Colaboradores: eleita uma das 150 melhores empresas para se trabalhar pela Revista Exame (4º ano consecutivo) e uma das 100 melhores empresas para se trabalhar pela Great Place to Work/Você S.A (2º ano consecutivo), obtendo nesta última a 14ª posição geral. Clientes: obteve o maior índice nacional de satisfação de clientes no prêmio ABRADEE e o melhor IASC Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor da região Nordeste. Atualmente, a Coelce apresenta os melhores indicadores de qualidade de fornecimento da região Nordeste e um dos melhores do Brasil. Sociedade: eleita uma das 20 empresas-modelo em sustentabilidade no Brasil, pelo Guia Exame de Sustentabilidade, e pelo 4º ano consecutivo como integrante da carteira do ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa. A Coelce vem apresentando consistente melhoria nos resultados dos últimos anos, o que vem propiciando à empresa destacar-se no segmento de distribuição de energia elétrica nacional. Este destaque culminou com a premiação com o 1º lugar no prêmio ABRADEE de Sustentada nos mesmos pilares que possibilitaram à empresa alcançar os resultados atuais, a Coelce buscará evoluir ainda mais em 2010 e nos anos que seguirão. David Augusto de Abreu - Relações com Investidores.

75 p>75 COPEL (CPLE6) A Copel Companhia Paranaense de Energia - gera, transmite, distribui e comercializa energia, além de prestar serviços de telecomunicações, no Estado do Paraná. A empresa é uma das maiores companhias elétricas do Brasil. A posição de prestígio da Copel no setor elétrico brasileiro é o resultado de 55 anos de experiência e competência em energia. A Copel abriu seu capital ao mercado de ações em abril de 1994 na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA - e tornou-se, em julho de 1997, a primeira empresa do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa de Valores de Nova York. Sua marca também está presente, desde junho de 2002, na Europa, com seu ingresso no Latibex o braço latinoamericano da Bolsa de Valores de Madri. Em maio de 2008, formalizou seu ingresso no Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa. Atualmente, a Companhia atende diretamente a unidades consumidoras em 393 municípios e localidades (distritos, vilas e povoados). A Copel possui 18 usinas próprias e participação em outras 7 empresas de geração de energia, totalizando uma capacidade instalada de MW. Para transmitir e distribuir a energia gerada, a Companhia conta com km de linhas de transmissão e km de linhas de distribuição, sendo a terceira maior rede de distribuição do Brasil. O quadro de pessoal é integrado por empregados. Nos primeiros nove meses de 2009, a Copel apresentou lucro líquido de R$ 846,4 milhões, equivalente a R$ 3,09 por ação. A empresa possui endividamento equivalente a 19,4% do patrimônio líquido, caracterizando-a como uma das menos endividada do setor. O EBITDA foi de R$ 1,4 bilhão, 6,9% inferior ao observado em igual período do ano anterior, em função dos impactos da recessão sobre o resultado da Copel. Diante deste cenário austero, o mercado fio da companhia contraiu-se 0,1% entre janeiro e setembro de 2009, o que pode ser considerado um bom resultado se comparado com a retração de 2,4% no mercado nacional de energia em igual período. O consumo industrial foi o principal responsável pela diferença de desempenho: enquanto a classe industrial do mercado da Copel encolheu 4,3%, a classe industrial nacional retraiu-se 10,3% no período. Para 2010, a Copel aprovou um Programa de Investimentos de R$ 1,3 bilhão, dos quais mais de R$ 300 milhões serão aplicados na construção de UHE Mauá. Existe ainda a perspectiva de que 2010 seja um ano de crescimento significativo no mercado da Copel. O Paraná se sobressaiu como um dos Estados menos afetados pela recessão e dá sinais de que será umas das locomotivas no processo de recuperação da economia brasileira. Paulo Roberto Trompczynski - Diretor de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de Participações

76 p>76 CPFL ENERGIA (CPFE3) A CPFL Energia é o maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, atuando nos segmentos de distribuição, geração e comercialização de energia elétrica, nos mercados livre e regulado. Em Distribuição é líder de mercado com 13% de market-share, atuando através de 8 empresas, atendendo 6,5 milhões de clientes em 568 municípios nos estados de SP, RS, MG e norte do PR. Em Geração, possui atualmente 7 grandes usinas e 33 Pequenas Centrais Hidrelétricas, totalizando MW de potência instalada. Possui ainda a UHE Foz do Chapecó e as UTEs Termonordeste e Termoparaíba em construção, que entrarão em operação em A CPFL Energia também tem investido em geração a partir de biomassa, tendo já dois projetos em andamento UTE Biomassa Baldin e UTE Biomassa Baía Formosa, que agregarão ao Grupo em torno de 49 MW de exportação de energia no período de safra. Recentemente também anunciou a entrada no segmento de energia eólica, tendo comercializado 188 MW no leilão de reserva de dez/09, com entrega a partir de Em Comercialização de energia, também é líder de mercado desde sua criação, com atuação nacional e 21,4% de market-share. Desde setembro de 2004, a CPFL tem suas ações listadas no Novo Mercado da Bovespa e ADR Nível III na NYSE. O ano de 2009, apesar das incertezas com relação à dimensão da crise, foi um ano positivo para a Empresa, caracterizado pela recuperação do mercado industrial após as expressivas reduções no consumo verificadas no final de 2008 e também pelo forte crescimento do mercado de baixa tensão (residencial e comercial), ainda fruto do aumento da renda, das vendas de eletroeletrônicos e da expansão do crédito verificados em Tivemos também a finalização do 2º ciclo de revisão tarifária das nossas distribuidoras e anunciamos projetos novos de geração que totalizam 387,2 MW de potência. No âmbito do Setor, tivemos um mercado industrial bastante afetado pela crise, em especial os segmentos exportadores. Por outro lado, o regime hidrológico foi favorável e o preço spot da energia ficou em patamares médios em torno de R$ 40/MWh (submercados SE/CO e Sul). O governo conseguiu avançar no processo de leilão da UHE Belo Monte, além de ter realizado o 1º leilão voltado para energia eólica do país, na modalidade de "energia de reserva, com contratação de 753 MW médios de 31 empreendimentos. Nossas perspectivas são bastante positivas, visto que já temos indícios claros de recuperação do mercado industrial, bem como indicadores macroeconômicos favoráveis que afetam as classes residencial e comercial. A expectativa do mercado é de um PIB Brasil para 2010 acima de 5%, o que impacta positivamente o consumo de energia. Em 2010 também deverão entrar em operação 4 empreendimentos de geração da CPFL atualmente em construção: a primeira usina de geração de energia a partir de biomassa do Grupo - UTE Biomassa Baldin, as UTE s Termonordeste e Termoparaíba em João Pessoa e a UHE Foz do Chapecó, as quais adicionarão 633 MW à potência instalada de geração do Grupo, representando um acréscimo de 36% sobre a potência atual. O leilão da UHE Belo Monte também é um evento bastante esperado pelo mercado para o início do ano e a CPFL é um dos players com bastante interesse no projeto. No que tange às questões regulatórias, devem ser concluídas as discussões sobre o 3º ciclo de revisão tarifária e outras possíveis melhorias na metodologia de cálculo das tarifas. Gustavo Estrella - Diretor de Relações com Investidores

77 p>77 AES ELETROPAULO (ELPL6) A AES Eletropaulo, a principal distribuidora de energia do Grupo AES Brasil e a maior empresa de distribuição de energia elétrica da America Latina, atende a 24 municípios da Grande São Paulo, incluindo a Capital. A empresa que conta com 4,3 mil funcionários diretos, atende a mais de 17 milhões de pessoas, concentradas em 5,9 milhões de unidades consumidoras. No principal centro econômico do Brasil, o consumo cativo anual aproximado é de 34 TWh de energia. Entre os ativos da AES Eletropaulo estão 150 estações transformadoras de distribuição (ETD), 43 mil quilômetros de redes de distribuição, sendo 40,1 mil quilômetros de redes aéreas e 2,9 mil quilômetros de redes subterrâneas e uma rede de 1,8 mil quilômetros de linhas de subtransmissão (138/88 kv), com o total de 1,1 milhões de postes. Essa estrutura está espalhada pelos quilômetros quadrados abrangidos pela área de concessão da empresa, em uma das regiões que concentra o maior PIB per capita do País. O atendimento aos clientes é feito pelos canais de atendimento, dentre esses, Lojas próprias, Postos Mais AES Eletropaulo (Agentes Credenciados como, por exemplo, casas Lotéricas), distribuídos estrategicamente, além de o Call Center, Contact Center, Chat e Internet. Até novembro a AES Eletropaulo já acumulou importantes conquistas para celebrar o ano de 2009, como o Prêmio Nacional da Qualidade da FNQ e o reconhecimento pelo Índice de Satisfação do Consumidor da ANEEL como melhor distribuidora da região Sudeste com mais de consumidores. Neste ano houve ainda lançamento da nova marca da AES Brasil, um importante passo na consolidação e integração das atividades do grupo, para tal a AES Eletropaulo investiu em Campanhas com o público para divulgar sua nova marca, incluindo o novo modelo de faturas, a nova identificação nos veículos da empresa, entre outros. Além disto, a AES Eletropaulo tem uma preocupação constante com seu cliente, exemplo deste compromisso é a redução nos tempos médios de atendimento e a melhora continua dos indicadores operacionais. O desempenho econômico-financeiro da Companhia também demonstra o compromisso com os stakeholders e a busca pela melhoria continua. No inicio do ano foi assinado um acordo com a prefeitura para receber antigas dívidas de fornecimento de energia, com efeito positivo de R$ 77 milhões no resultado de 3T09. Adicionalmente, a Companhia aderiu em novembro ao programa de parcelamento de débitos do governo, o REFIS 2009, com efeito estimado de R$ 250 milhões no resultado da Companhia ainda no 4T09. Estes dois esforços, somados à gestão focada em otimização de custos e despesas e o compromisso de cumprir os indicadores estabelecidos pelo regulador do setor para AES Eletropaulo refletem positivamente no lucro líquido da Companhia e recompensam o acionista, que desde 2007 são beneficiados pela pratica de distribuição da totalidade dos resultados na forma de proventos em base semianual, correspondendo nos últimos 2 anos consecutivos a um payout superior à 100%. A AES Eletropaulo tem a meta de consolidar sua posição como melhor empresa de distribuição de Energia no Brasil até 2011 através do Ranking Abradee. Para atingir este objetivo a Companhia mantém seus esforços voltados para excelência operacional promovendo qualidade dos serviços e a eficiência operacional, além do compromisso com o valor número 1 da Companhia, a segurança de seus colaboradores, contratados e comunidades. Também destacam-se as iniciativas voltadas para excelência financeira, tais como, redução constante de suas contingências e manutenção de uma estrutura adequada de capital, produzindo sólidos retornos a seus acionistas. Em 2010, a AES Eletropaulo fará parte pelo quinto ano consecutivo do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa, feito que reflete o comprometimento da empresa com a sustentabilidade dos negócios e todos seus públicos de relacionamento. Para 2010, um cenário positivo é esperado com a continuidade da recuperação do ambiente macro-econômico após um período de crise mundial e crescimento do consumo de energia elétrica. Relações com os Investidores.

78 p>78 EQUATORIAL (EQTL3) A Equatorial é uma empresa holding que possui investimentos na Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), na Light S.A. (Light) e na Geranorte. A Equatorial possui 65,12% da CEMAR, concessionária do serviço de distribuição de energia elétrica em todo estado do Maranhão. No Estado do Rio de Janeiro, a Equatorial detém indiretamente 13% da Light, o que representa 25% do seu bloco de controle. A Light atua nos segmentos de distribuição, geração e comercialização de energia elétrica. A Equatorial também participa em 25% da Geranorte, sociedade responsável pela construção e operação de 2 usinas térmicas no Maranhão, com capacidade instalada de 330MW foi um ano de reafirmação da Equatorial Energia. Apesar da crise financeira mundial,a companhia demonstrou seu compromisso com os acionistas ao anunciar a distribuição aos acionistas de R$284 milhões em dividendos, juros sobre capital próprio e redução de capital (um payout de 95% do lucro líquido). Acreditamos que, diante da elevada governança corporativa demonstrada e dos sólidos resultados apresentados, nossa ação reagiu rapidamente, quando sua cotação, em junho deste ano, já estava sendo negociada em patamares superiores aos níveis pré-crise. Em agosto, a controlada CEMAR teve seu processo de Revisão Tarifária concluído, permitindo maior previsibilidade quanto à projeção do fluxo de caixa e gerenciamento da empresa para os próximos 4 anos. Além disso, nosso programa de perdas começou a gerar frutos e obtivemos uma queda relevante neste índice em relação ao ano anterior.. Ao longo do ano, o Programa Luz Para Todos atingiu a marca de mais de 200 mil novos consumidores no Maranhão, decorrência de nossa dedicação em levar energia elétrica às populações do meio rural e em contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico de mais de 1 milhão de pessoas. As expectativas para a Equatorial Energia em 2010 são bastante positivas. Buscamos continuar melhorando nossa performance tanto operacional como financeira, com destaque para o programa de combate às perdas da CEMAR, programa que já demonstrou sua robustez com os resultados apresentados em Em janeiro, está programado o início das atividades de geração na Geranorte (térmelétricas com capacidade conjunta de 330MW), contribuindo para o crescimento da nossa geração de caixa. Com a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, esperamos que o início dos investimentos em infra-estrutura possa impulsionar o consumo de eletricidade na área de concessão da Light. Como resultado de nosso trabalho, esperamos continuar entregando valorização diferenciada aos nossos acionistas, sempre buscando o mais alto nível de governança corporativa. Eduardo Haiama Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

79 p>79 LIGHT (LIGT3) A Empresa chegou ao Brasil em 1899, vinda do Canadá. No Rio chegou em 1905 pela subsidiária The Rio de Janeiro Trainway, Light and Power Co. Ltd. Em pouco tempo assumiu o controle da iluminação pública a gás, logo substituída pela elétrica, que expandiu a produção e passou a servir indústrias, comércio e residências. Depois de vendida a Eletrobrás em 1979, foi privatizada novamente em Em 2006 a empresa passou ao controle do Grupo Rio Minas Energia. Hoje a Light S.A. é uma holding de empresas que atuam nas áreas de: geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia e é responsável pela distribuição de energia elétrica em uma área de concessão de Km 2 do Estado do Rio de Janeiro, serve a 10 milhões de habitantes abrangendo 31 municípios, aproximadamente 70% do consumo do Estado. As ações da Light são listadas no Novo Mercado da Bovespa desde Julho de 2005, em consonância com as melhores práticas de governança corporativa e com os princípios de transparência e equidade, além de conceder direitos especiais aos acionistas minoritários. As ações da Light S.A. compõem os índices Ibovespa, Itag, IGC, IEE, IBrX e ISE. O ano de 2009 foi marcado ainda pelos efeitos da crise econômica mundial. O mercado da Light apresenta baixa exposição a atividade industrial, por este motivo, o consumo de energia na área de concessão da Light cresceu 0,7% até setembro, enquanto os mercados da região Sudeste e do Brasil tiveram queda de 3,9% e 2,4% respectivamente. A imagem da empresa junto aos investidores foi fortalecida em consequência de importantes acontecimentos, entre eles: Oferta Secundária de ações em julho aumentando o Free Float efetivo para 23,5%; aprovação em Novembro de distribuição adicional de dividendos, que somados aos dividendos já declarados totalizam R$ 594 milhões e representam um dividend yeld de 11,6% e payout de 62,7%; permanência pelo 3º. ano consecutivo no ISE (Indice de Sustentabilidade Empresarial), consolidando o compromisso da empresa com a sustentabilidade. O ano de 2010 traz grandes desafios para os negócios da companhia. No segmento de distribuição, os investimentos em novas tecnologias voltados para a redução das perdas de energia elétrica serão intensificados e os resultados preliminares de projetos pilotos trazem grande confiança para o sucesso deste programa. Como estratégia de crescimento através da atividade de geração de energia, a Light pretende dobrar a capacidade instalada atual do seu parque gerador, de 855 MW. Além dos projetos de geração em andamento já anunciados PCH Lajes, PCH Paracambi e UHE Itaocara que adicionarão 121 MW à capacidade instalada atual, a Light procura novas oportunidades em energia renovável, seja greenfields ou bronwfields ou através da Joint Venture com a Cemig. O anúncio do Rio de Janeiro como cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é encorajador para a área de concessão da Companhia, tendo em vista o elevado grau de investimentos previstos para os próximos 7 anos. A cidade, que já passa por um momento de grandes investimentos anunciados, tem a oportunidade de crescimento dos investimentos em infra-estrutura e serviços, impactando o consumo de energia elétrica. Ricardo Levy Superintendente de Finanças e Relações com os Investidores.

80 p>80 MPX ENERGIA (MPXE3) A MPX é uma empresa do Grupo EBX, atuante no setor de energia. A MPX combina atividades de suprimento de combustível, geração e comercialização de energia. Atualmente, a empresa possui 3 empreendimentos em construção e com energia contratada (UTEs Porto do Pecém I e II, Porto de Itaqui). A MPX possui ainda um portfólio diversificado de projetos em desenvolvimento, que posiciona a empresa de forma estratégica em busca das melhores oportunidades de crescimento no setor energético brasileiro. Dentro do conceito de integração do suprimento de combustíveis, a MPX possui ainda direitos minerários de carvão na Colômbia, uma mina de carvão no sul do Brasil e participação em 7 blocos exploratórios com alto potencial de gás natural no Maranhão. A companhia foi listada no Novo Mercado da Bovespa em 2007, seguindo assim os mais estritos padrões de governança corporativa. No ano de 2009, a MPX teve alta expressiva, superando amplamente o Ibovespa e o IEE. Dentre as conquistas em 2009, destacam-se: O desembolso de uma parcela de R$ 700 milhões do financiamento concedido pelo BNDES para Pecém I e de US$ 260 milhões do financiamento concedido pelo BID. A aprovação do financiamento de longo prazo para Itaqui pelo BNDES e BNB e a obtenção de uma linha de crédito do Banco Itaú BBA para Pecém II; O desdobramento da ação na proporção de 1:20, com importante aumento de liquidez; A certificação de 110 milhões de toneladas de carvão nas concessões na Colômbia; A aquisição de participação em blocos terrestres na Bacia do Parnaíba e subseqüente certificação de 1,7 tcf de recursos contingentes de gás natural nos blocos adquiridos. O volume certificado na Bacia do Paraíba indica potencial suficiente para abastecer uma térmica de 1000 MW. A obtenção da licença prévia para o projeto MPX Sul, concedida pelo IBAMA e da licença de instalação para a MPX Açu, concedida pelo INEA Os novos relatórios de recursos e reservas de carvão mineral nas áreas de concessão da MPX na Colômbia e o avanço das pesquisas exploratórias nos blocos da Bacia do Parnaíba, devem trazer maior clareza ao valor desses recursos naturais, ainda não totalmente refletido na ação da MPX. Na Colômbia, será ainda definida a localização do porto que será desenvolvido pela empresa para escoar a produção de carvão de suas minas e terá início o processo de licenciamento do mesmo. Outro importante destaque em 2010, será o forte posicionamento da MPX na geração à gás natural com o licenciamento ambiental da UTE MPX Parnaíba e da fase 2 da UTE MPX Açu. A empresa já tem forte posicionamento na geração térmica, através dos projetos da UTE MPX Sul e da fase 1 da UTE MPX Açu, ambas a carvão mineral. Além disso, a MPX tem hoje em carteira 200 MW em projetos de energia eólica e também inicia a implantação de um projeto piloto de 1 MW de geração a energia solar. Assim sendo, a empresa estará bem posicionada no mercado de energia, com uma carteira de projetos com combustíveis diversificados, que poderão ser ofertados nos mercados livre e regulado. MPX - Relações com os Investidores.

81 p>81 TRACTEBEL ENERGIA S.A. (TBLE3) A Tractebel Energia, com sede em Florianópolis, Santa Catarina, é responsável por cerca de 8% da geração de energia elétrica do país, sendo o maior gerador privado do Brasil. Seu parque, composto por 19 usinas hidrelétricas e termelétricas, tem capacidade instalada de MW, o que significa um incremento superior a 70% desde a privatização da Gerasul em 1998 e demonstra seu foco em crescimento. Três novos projetos totalizando 473 MW entrarão em operação até o início de A Tractebel Energia é listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. Empresa pertencente ao Grupo franco-belga GDF SUEZ, a Tractebel Energia conta com aproximadamente 950 colaboradores no país e tem como maiores clientes as concessionárias de distribuição de energia e indústrias - além de prestar serviços associados, como a implantação de instalações de co-geração, operação e manutenção de equipamentos de produção de energia e monitoramento da qualidade da energia. A GDF SUEZ é a líder do Consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pela construção da usina hidrelétrica Jirau, de MW de capacidade instalada, com previsão de início de operações para meados de A despeito da severa crise econômica mundial, a Companhia deverá apresentar em 2009 receita líquida, EBITDA e lucro líquido em linha com os apresentados no ano anterior. Apesar de a crise ter atingido mais intensamente os consumidores industriais, que vêm apresentando redução de consumo de 12% em relação ao ano passado e representam 25% das vendas da Companhia, esta não foi seriamente impactada, em razão de estar plenamente contratada. A redução dos volumes consumidos nesses contratos não foi significativa, já que a Companhia adota cláusulas de take-or-pay elevado. As vendas para distribuidoras, que representam 55%, não sofreram impacto, já que os volumes são fixos. Assim, a Tractebel Energia fechou o terceiro trimestre de 2009 com uma receita líquida de R$ 887 milhões, um acréscimo de 4% se comparada a do mesmo período de O EBITDA avançou 10% em comparação com o mesmo período de 2008, passando de R$ 520 milhões para R$ 573 milhões no trimestre em análise. Colaborou para esse resultado a redução das despesas com a compra de energia para revenda, já que o preço spot tem sido bastante baixo em razão da grande quantidade de chuvas nas regiões Sul e Sudeste. O lucro líquido alcançou R$ 286 milhões, crescimento de 25% em relação aos R$ 229 milhões apresentados em igual período do ano passado, acumulando R$ 783 milhões nos nove meses de A exemplo dos últimos anos, 2010 será um ano em que a Companhia estará envolvida no desenvolvimento de novos projetos. Para o início do ano, espera-se o início de operação da PCH Areia Branca, de 20 MW, e para o meio do ano da usina de co-geração a bagaço de cana-de-açúcar Andrade, em que a parcela da Tractebel Energia é de 18 MW. Para o final do ano ou início de 2011, está previsto o início de geração da hidrelétrica Estreito, de MW, dos quais 435 pertencentes à Companhia. Seja pelo porte, seja pela data de entrada em operação, esses projetos só deverão contribuir significativamente para os resultados da Tractebel Energia em Além disso, a Companhia deve participar de leilões de energia nova, geração eólica inclusa, com possibilidades de incrementar e diversificar sua matriz energética. A administração mantém seu guidance mínimo de payout de 55% para 2010, em razão do considerável volume de investimentos previstos. Antonio Previtali Jr. Gerente de Relações com Investidores

82 p>82 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS FERTILIZANTES EMPRESAS ACOMPANHADAS: FERTILIZANTES HERINGER MANTER (FHER3) R$ 13,00 FOSFÉRTIL COMPRAR (FFTL4) R$ 23,00 As empresas do setor aguardavam recuperação do consumo de fertilizantes a partir do final do 2º trim./09, no entanto, não vingou. A retração do consumo se deu pelas incertezas em relação aos preços de milho e soja, conjugadas com as cotações do dólar americano com víeis declinante. Além de uma demanda deprimida, as empresas se defrontaram com queda dos preços internacionais, custos ainda elevados (matéria-prima) e grandes estoques em toda a cadeia produtiva. Todos estes fatores afetaram fortemente o desempenho das empresas de fertilizantes, tanto as misturadoras quanto as fornecedoras de insumos. Entretanto, olhando para os próximos anos, observamos a recuperação do setor de fertilizantes, dado alguns fatores como: custos de insumos em níveis abaixo da média histórica, manutenção do patamar de preços agrícolas e a não confirmação da super safra norte-americana de grãos, possibilitando uma boa expectativa de demanda futura. Além disso, nos nove meses de 2009, as empresas queimaram seus estoques, dando possíveis indícios de volta às compras. Já no campo externo, a combinação de estoques com tendência de queda e com vendas finais estáveis, dado os estímulos de crédito e subsídios agrícolas, está levando o setor agrícola mundial a dar sinais de recuperação, elevando assim a produção de grãos e, conseqüentemente, o consumo de fertilizantes. Segundo estimativas do IBGE, a safra de grãos em 2009 será 8,1% inferior sobre a safra recorde de No entanto, para a safra de 2010, o prognóstico da produção está em 140,4 milhões de toneladas, maior em 4,7% que a obtida em 2009 e a área a ser colhida terá crescimento de 2,0%, com 48,1 milhões de hectares. Olhando o fronte das perspectivas para as companhias, continuamos com a recomendação de compra para a Fosfértil, para investidores de longo prazo, dado a melhora do cenário para as fornecedoras de insumos. Outro ponto que consideramos positivo são seus fortes investimentos, destacando-se a expansão Uberaba FASE III, agregando cerca de 27% em seu volume de produtos e em paralelo os estudos para o Projeto Salitre que está avançado, podendo duplicar a capacidade de produção da companhia. Já do lado das misturadoras, estamos com recomendação de manutenção para os papéis da Fertilizantes Heringer.

83 p>83 FERTILIZANTES HERINGER (FHER3) A Fertilizantes Heringer é uma das companhias pioneiras na produção, comercialização e distribuição de fertilizantes. A companhia estima estar entre as 3 maiores empresas de fertilizantes do Brasil, responsável por 14% do mercado de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes em 2008 em termos de volume, baseado nas informações fornecidas pela Associação Nacional para Difusão de Adubos - ANDA. A Heringer comercializa e distribui Fertilizantes Básicos e, produz, comercializa e distribui Fórmulas NPK e Fertilizantes Especiais a produtores rurais, empresas agrícolas, empresas comerciais e cooperativas, localizados em 23 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Em 2008, a Heringer produziu e comercializou 3,18 milhões de toneladas de fertilizantes. No 3T09, a Companhia registrou crescimento de 35,8% YoY no volume vendido, enquanto o resultado da evolução das vendas do setor foi de 16,0% YoY. O market share da empresa fechou em 16% com um ganho de 2,4 p.p. YoY. Destaque para o aumento expressivo na base de clientes de 51,5% YoY e o incremento da participação dos produtos especiais no mix de vendas da companhia (29% das vendas no 3T09, vs. 23% no 3T08), que contribuem para uma maior margem e fidelização de clientes. A margem EBITDA da companhia retornou a níveis positivos 3º trim 09, após um difícil 2T09. Atribuímos esta forte melhora na rentabilidade ao aumento de 97,6% no volume vendido no trimestre em relação ao 2T09. Outro fator importante foi a diminuição no endividamento líquido da companhia, para R$ 308 milhões no 3T09 (vs. R$ 316 milhões no 2T09). A receita líquida apresentou uma queda de 14,1% em relação ao 3T08, resultado da retração de 38,6% no preço médio de vendas de fertilizantes. É importante destacar que os preços do produto ainda caíram 13,8% em relação ao 2T09, impactados pela apreciação do real, visto que os preços de fertilizantes no Brasil são fortemente impactados por variações na taxa de câmbio. Apesar de uma importante recuperação verificada em relação ao 2S09, as margens da Companhia ainda permanecem em níveis inferiores aos verificados no ano passado, em função da forte queda no preço do fertilizante. O Brasil é o 4º maior consumidor de fertilizantes do mundo e a Heringer é a segunda maior Companhia do país. A Heringer é uma das pioneiras na produção, comercialização e distribuição de fertilizantes, com atuação nacional e 41 anos de presença no mercado. No início de novembro, a companhia deu início ao processo de verticalização para reduzir a dependência de insumos importados, que hoje está entre 65% a 70%, com a construção da nova fábrica de Super Fosfato Simples (SSP). O Brasil é um dos países com melhores condições para a agricultura devido às suas condições ambientais favoráveis, ao baixo custo de produção e à grande quantidade de terras agriculturáveis inexploradas. A taxa de aplicação de fertilizantes nas lavouras brasileiras ainda é considerada baixa quando comparada aos países com agricultura desenvolvida. Estima-se que o produtor norteamericano aplique, em média, 1,3 vezes mais fertilizante por unidade de área do que o produtor brasileiro. Historicamente, a sazonalidade é de 30% no primeiro trimestre e 70% das vendas no 2º semestre, contudo, acompanhamos alterações neste perfil ao longo de 2008, ficando em 51% no primeiro trimestre e 49% no segundo trimestre, principalmente pela expressiva elevação das matérias primas no primeiro semestre onde houve uma antecipação das compras. Em 2009, deverão ser comercializadas aproximadamente 22,6 milhões de toneladas de fertilizantes no país. Flávia Von Zastrow de Moraes - Relações com Investidores

84 p>84 FOSFERTIL (FFTL4) A Fosfertil é a principal fornecedora brasileira de matérias-primas para indústrias de fertilizantes e de insumos para empresas químicas, além de prestar serviços de logística, por meio de seu terminal marítimo. Possui minas próprias, usinas de beneficiamento e unidades de processamento industrial, além de um sistema de logística que inclui terminal marítimo, centrais rodoferroviárias e minerodutos. Está presente em quatro Estados brasileiros Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Goiás e emprega diretamente 2,8 mil pessoas. Cenário Internacional - A indústria mundial de fertilizantes atravessou intenso período de volatilidade de preços internacionais, que apresentaram fortes oscilações. Em 2009 materializou-se queda superior a 60% dos preços dos principais fosfatados de alta concentração. Resultados Financeiros - Aquém de seu desempenho histórico, os resultados da Fosfertil refletem os impactos da crise financeira global. Os efeitos adversos da crise na economia real através da fraca demanda internacional por fertilizantes em 2009 fizeram com que as empresas do setor se defrontassem com os mercados doméstico. Com a intensificação da retração dos preços de fertilizantes, aliado aos altos custos das matérias-primas (enxofre, amônia e derivados do petróleo) contidas nos produtos acabados, gerou-se forte e temporária redução da rentabilidade da Fosfertil. Acréscimo do volume de vendas não se refletiu nos resultados financeiros da Fosfertil - Os efeitos dos maiores volumes de vendas não se refletiram nos resultados financeiros da companhia, pois durante o ano de 2009 os principais produtos vendidos (MAP/TSP) ainda carregavam altos custos com enxofre principal insumo importado. Adicionalmente a cotação do dólar americano apresentou retração, contribuindo para redução das margens. Plano de Investimentos Foco no Agronegócio Brasileiro - Com canteiro de obras instalado, a Fosfertil impôs ritmo acelerado à expansão do seu complexo industrial em Uberaba, que está em obras e o cronograma segue conforme previsto. O Projeto alçará a Fosfertil ao posto de 9ª Maior empresa do Mundo em capacidade de produção de fertilizantes fosfatados. Projeto Salitre próxima etapa para atingir a duplicação da capacidade de produção. Paralelamente ao projeto de expansão de Uberaba, a Fosfertil avança nos estudos de engenharia do Projeto Salitre. A conclusão dos estudos deverá ocorrer no primeiro semestre 2010, quando então será submetido à aprovação dos acionistas. Os produtores mundiais de fertilizantes responderam à retração da demanda no ano 2009 cortando fortemente a produção, o que tem levado a sinais de redução de estoques excessivos. A combinação de estoques com tendência de queda e com vendas finais com viés positivo, ajudada pelos estímulos de crédito agrícola e a necessidade de maior produção de alimentos, está levando a demanda por fertilizantes a dar sinais de recuperação, através da elevação da aplicação de fertilizantes com conseqüente crescimento da produção de grãos. Dessa forma, espera-se expansão da produção mundial de forma mais sinérgica com o consumo, conjugada com o demanda por alimentos dos países emergentes e com conseqüente difusão para as economias desenvolvidas, assim permitindo uma recuperação global para o segmento de fertilizantes no médio prazo. Confiante nos fundamentos do mercado e especialmente no crescimento da demanda mundial por alimentos, a Fosfertil permanece investindo fortemente para se tornar uma importante participante entre as principais indústrias produtoras de fertilizantes no mundo. Vital Jorge Lopes Diretor Presidente e Relações com Investidores.

85 p>85 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS IMOBILIÁRIO EMPRESAS ACOMPANHADAS: BR BROKERS (BBRK3) LOPES BRASIL (LPSB3) MANTER O Mercado Imobiliário iniciou 2009 ainda com fortes resquícios da crise financeira que abalou o mundo no segundo semestre de No segundo semestre de 2009, embalada pela reação da economia nacional, a indústria imobiliária começou seu processo de retomada. A melhoria do setor iniciada em maio, é destacadamente creditada ao Feirão da Caixa, e também pela exposição proporcionada pela campanha de lançamento do programa Minha casa, minha vida. Haja vista que a presença do setor na mídia estimulou a confiança dos consumidores na superação da crise, diante dos fatos, mesmo com o impacto sofrido pelas incorporadoras, que adiaram os lançamentos e aproveitaram o período para desovar seus estoques. O crédito imobiliário chega ao final do ano de 2009 com a linha de financiamento de maior expansão pós-crise, atingindo em novembro o melhor mês da história do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), que opera com recursos das cadernetas de poupança. O número de unidades financiadas em novembro cresceu 11,6% em relação a outubro e atingiu a quarta melhor marca da história do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), inferior apenas à do período compreendido entre junho e agosto de No período janeiro a novembro, foram financiadas moradias. Este número é 1,8% inferior ao do mesmo período de 2008, porém, dado o ritmo registrado no comportamento do financiamento habitacional, o resultado final de 2009 tende a superar o recorde histórico de 2008, quando foram concedidos empréstimos. Constata-se, portanto, que um número crescente de famílias estão sendo beneficiadas pelos empréstimos destinados à aquisição da casa própria. De acordo com dados do Sistema Brasileiro de Poupança Empréstimos (ABECIP), diante do volume recorde dos últimos dois meses e do bom desempenho das construtoras, estima-se que as concessões para a compra de casa própria possam chegar até R$ 50 bilhões em 2010, apenas com os recursos da caderneta de poupança, incremento de aproximadamente 50% em relação aos patamares do ano de Além dos recursos da caderneta, o orçamento do FGTS prevê a liberação de R$ 23 bilhões para o ano de 2010, ainda sem contar com a verba do programa habitacional Minha casa, minha vida, que pretende financiar um milhão de moradias até o fim de O mercado imobiliário opera com expectativas positivas, tendo em vista que mais pessoas poderão realizar o sonho da casa própria, comprando ou migrando para imóveis melhores.

86 p>86 LOPES CONSULTORIA IMOBILIÁRIA (LPSB3) A Lopes, maior consultoria imobiliária brasileira, foi fundada em 1935 por Francisco Lopes. Desde sua fundação foi muito importante para o desenvolvimento imobiliário das regiões mais importantes de São Paulo, como a região da Avenida Paulista e, mais tarde, da avenida Faria Lima. Presente inicialmente apenas em São Paulo, a Companhia começou seu processo de expansão geográfica em 2006, hoje está presente em 12 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Lopes, Habitcasa, Pronto! e CrediPronto são as quatro marcas da Companhia, pelas quais opera nos segmentos primário, econômico, secundário e promoção de financiamentos imobiliários (respectivamente). Participante do Novo Mercado da Bovespa desde seu IPO, a Companhia possui alto nível de Governança Corporativa. Seu foco de atuação em operações de intermediação lhe permite fidelizar clientes importantes, além de isentá-la de riscos como os de construção e incorporação. Nos nove primeiros meses de 2009, a Companhia atingiu R$6,2 bilhões em vendas contratadas no mercado primário e secundário. Adicionalmente, a Lopes mostrou estar bem posicionada para aproveitar o potencial de crescimento do segmento econômico: no 3T09 esse segmento representou 42% das unidades vendidas. O resultado apresentado pela Lopes no terceiro trimestre mostrou não só a retomada do mercado imobiliário brasileiro, mas também a eficiência operacional da Companhia. O EBITDA Pro Forma aumentou 37% em relação ao segundo trimestre desse ano e 45% em relação ao terceiro trimestre de 2008, além disso, a margem EBITDA foi de 46%. Já o Lucro Líquido Pro Forma da Companhia foi de R$17,5 milhões, 61% maior que no trimestre anterior. No ano de 2009, a Lopes comprovou estar no caminho certo em todos os setores nos quais atua, em especial o mercado de financiamento e o segmento econômico. No mercado de financiamento, por meio de sua subsidiária CrediPronto!, gerou R$178,3 milhões em financiamentos até novembro, e obteve crescimento de 15 % ao mês. Para o próximo ano, estamos confiante que a CrediPronto! continuará a crescer. No segmento econômico nossa subsidiária Habitcasa se destaca como a única imobiliária especializada em segmento econômico do Brasil, com velocidade de vendas de 66% no 3T09, acima das apresentadas por outras companhias do setor. A Companhia acredita que a diversificação geográfica obtida com a expansão dos últimos anos atingiu seu ponto ideal. A Lopes está confiante no caminho que está seguindo e na posição da Administração da Companhia de manter nosso foco como o principal canal de distribuição de serviços aos nossos clientes incorporadores e de objetivar sempre a prestação de serviços diferenciados aos nossos clientes. Relações com Investidores.

87 p>87 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS LOCAÇÃO COMERCIAL EMPRESAS ACOMPANHADAS: CYRE COM-CCP (CCPR3) SÃO CARLOS COMPRAR (SCAR3) R$ 21,00 O setor de locação comercial vem apresentando crescimento moderado, o que acreditamos ser bom na atual conjuntura, dado os efeitos devastadores da crise econômica que atingiu o mundo. Além disso, se fizermos uma comparação com o período recessivo da primeira metade da década, a quantidade de espaços não ocupados crescia fortemente em contrapartida as absorções muito baixas. O que piorava quando novos empreendimentos eram concluídos e entregues ao mercado. Deste modo, a taxa de vacância chegou a aproximadamente 17% no mercado geral e a 24% no mercado Classe A, sendo este mais sensível a flutuações econômicas, que ocorreu em Já em 2009, mesmo com a baixa absorção dos empreendimentos, a taxa média de vacância ao final do 3 trimestre atingiu 6,5% no mercado geral e 8,0% no mercado de edifícios Classe A, números bem menores se compararmos com os anos de 2001 a 2006, conforme podemos verificar no gráfico acima. Tornando as oportunidades atuais do mercado cada vez mais atrativas tanto para as empresas quanto para os investidores. A oferta de edifícios no Brasil são concentrados nas grandes cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde também está concentrada grande parcela do PIB nacional, principalmente nas regiões do Centro e perto de Marginais. A oferta de edifícios e escritórios em outros estados, mesmo em grandes capitais é mais restrita. Enquanto o mercado de edifícios de escritório nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro têm aproximadamente 10,8 milhões e 5,8 milhões de metro quadrados de área útil, respectivamente, a cidade de Brasília, Capital do Brasil, tem estoque de aproximadamente 2,7 milhões de metros quadrados de área útil; Belo Horizonte tem aproximadamente 1,9 milhão de metros quadrados de área útil e Curitiba cerca de 1,7 milhão de metros quadrados de área útil. Merece comentário que os preços das alocações são basicamente contratadas, tendo um período de no mínimo cinco anos de duração, podendo ser prorrogados. Já as correções dos preços são via índice de inflação. Verificando o lado dos preços, os valores de locação segundo estatísticas trimestrais em todas as sub-regiões registram 5,2% de queda nos preços médios. No curto prazo, a previsão é de estabilização e possibilidade de aumento em 2010, dado à retomada de maiores níveis de demanda como conseqüência da recuperação econômica que deverá levar o país a um crescimento de 5% do PIB em Além disso, as preparações para a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2016 vão garantir o aumento sustentável nos próximos anos. Vale destacar, que o mercado de locação imobiliária de lojas de ruas pode ser considerado o segundo maior do país, ficando apenas atrás do segmento residencial, entretanto, este mercado está cada vez mais competitivo e com clientes mais exigentes.

88 p>88 SÃO CARLOS LOCAÇÃO COMERCIAL (SCAR3) A São Carlos é uma das principais empresas de investimentos e administração de imóveis comerciais do Brasil. Seu objetivo é maximizar a receita de aluguel dos imóveis, o potencial de locação e o valor do portfólio. Sua estratégia de negócios inclui o investimento em novos imóveis comerciais, principalmente edifícios de escritório padrão classe A; a reforma e manutenção dos imóveis da carteira; a otimização da administração condominial; e a venda dos imóveis que já atingiram seu ponto máximo de maturação. O portfólio da companhia tem 43 imóveis, 384 mil m 2 de Área Bruta Locável e valor de mercado estimado em R$ 1,44 bilhão, e inclui edifícios de escritórios, centros de distribuição e lojas de rua, localizados principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A São Carlos Empreendimentos e Participações S/A foi constituída em outubro de 1985 como controlada da Lojas Americanas S.A. e começou a operar no final de Em 1999 os ativos imobiliários das Lojas Americanas foram transferidos para a São Carlos Empreendimentos e a empresa foi separada do grupo, de modo que a nova São Carlos tornou-se uma companhia independente, com capital aberto e ações listadas na BOVESPA (atual BM&F Bovespa). Em dezembro de 2006 a São Carlos aderiu ao Novo Mercado de governança corporativa e realizou uma oferta pública de ações, com montante aproximado de R$ 480 milhões. A venda do investimento no edifício Eldorado Business Tower em maio, e de três centros de distribuição em julho, definitivamente contribuíram para o forte crescimento da receita e lucro da empresa nos nove primeiros meses de 2009 em relação ao mesmo período de No 9M09 a receita bruta foi de 514 milhões (vs. R$ 111 milhões no 9M08) e o lucro líquido foi de R$ 122 milhões ou R$ 2,11/ação, portanto aproximadamente 3,5 vezes o lucro contábil do ano inteiro de Ainda que excluídos os efeitos de eventos não recorrentes, as margens de rentabilidade da companhia nos nove primeiros meses de 2009 continuam bastante altas e estão entre as maiores do setor imobiliário no Brasil: a margem NOI (net operating income) foi de 97,4%, a margem EBITDA foi de 87,5% e a margem FFO (funds from operations) foi de 56,0%. A São Carlos Empreendimentos tinha ao final de setembro de 2009 R$ 421 milhões em caixa e uma dívida líquida de R$ 122 milhões ou 1,1 vez o EBITDA. Trata-se de uma situação financeira bastante confortável e que nos dá grande capacidade e força para seguir investindo na compra de imóveis comerciais, no âmbito do nosso modelo de negócios. As perspectivas para a companhia em 2010 são de crescimento da empresa via aquisição de novos imóveis comerciais, visto que temos hoje uma forte capacidade de investimento - estimamos que atualmente o nosso buying power seja de R$ 1 bilhão - e o atual cenário para o segmento de edifícios de escritório padrão classe A em São Paulo e Rio de Janeiro é promissor para investidores como a São Carlos Empreendimentos. Continuaremos a trabalhar com uma estrutura bastante enxuta e focada, buscando aumentar a margem EBITDA e a geração de caixa, gerando assim bons retornos aos nossos acionistas. Relações com Investidores.

89 p>89 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS LOGÍSTICA / TRANSPORTES EMPRESAS ACOMPANHADAS: ALL (ALLL11) CCR (CCRO3) COMPRAR COMPRAR 2010 deve ser um ano de fortes investimentos quando olhamos para o setor de logística. Após terem os resultados, significativamente, impactados pela crise, como fica evidenciado com a queda abrupta nas exportações brasileiras, as empresas do setor observam cenário mais favorável para o próximo ano. Para termos uma noção do impacto da crise neste ano, em 2008 as exportações entre janeiro e novembro ficaram em US$ 184,124 bilhões, enquanto, no mesmo período de 2009 o número ficou em US$ 138,532 bilhões, retração de 24,7%. LLX (LLXL3) LOCALIZA MANTER (RENT3) LOG-IN MANTER (LOGN3) R$ 9,30 OHL BRASIL MANTER (OHLB3) SANTOS BRASIL MANTER (STBP11) Vislumbrando a retomada do crescimento da economia, somado a realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, o quadriênio será de grandes investimentos, principalmente em infra-estrutura. Para o setor, os efeitos das competições que acontecerão no Brasil na década que se aproxima serão sentidos, principalmente, no aumento do aporte de recursos provenientes de investidores estrangeiros. Mesmo que as obras específicas para os eventos não sejam voltadas para o transporte de cargas, o setor deve ser beneficiado pelo fato de que, por diversos fatores, as atenções do mundo parecem convergir para o Brasil. Exemplos não faltam como a construção de Super Portos, como o Super Porto do Açu e o Super Porto a ser construído na Praia Mole, em Vitória-ES. A perspectiva para a economia também fez com que o grupo LLX retomasse o interesse na construção do Porto Brasil em Peruíbe-SP, projeto que havia sido colocado em espera no ápice da crise econômica mundial. Essa pode ser a grande chance do país rever sua matriz de transportes, investindo, principalmente, no incremento da rede ferroviária. No gráfico abaixo temos a participação de cada modal, especificamente, no transporte de cargas no Brasil. TEGMA (TGMA3) TRIUNFO (TPIS3) MANTER Especificamente para 2010, as expectativas do setor de logística recaem sobre o desempenho esperado para a economia nacional para o ano que se avizinha. No Boletim Focus de 31 de Dezembro, com crescimento do PIB esperado de 5,2%, foi divulgada expectativa de incremento de 7,11% na produção industrial. No agrobusiness, o segundo prognóstico divulgado pelo IBGE, sobre as perspectivas de safra agrícola para 2010 apontava que a de 2010 seria 4,7% maior que a obtida em Destaque para o crescimento da produção de soja, expectativa de 13,8% de aumento.

90 p>90 ALL (ALLL11) A ALL é a maior operadora logística independente baseada em ferrovias da América Latina, oferecendo uma gama completa de serviços de logística, com operações de transporte intermodal, doméstico e internacional, distribuição urbana, serviços de terminal portuário, serviços de armazenamento e centros de distribuição. A área de cobertura da ALL engloba mais de 75% do Produto Interno Bruto do Mercosul, cobrindo os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e a Região Sul do Brasil, a região central da Argentina. A rede ferroviária da ALL atende a sete dos mais importantes portos do Brasil e da Argentina, através dos quais aproximadamente 78% das exportações de grãos da América do Sul são embarcadas anualmente. A ALL opera uma rede ferroviária com quilômetros de extensão, locomotivas, vagões e 700 veículos para transporte rodoviário. A ALL espera crescer seu volume no Brasil entre 10% e 12% no ano de 2009, com ganhos de market share nos mercados de grãos e de produtos industriais. Nos 9M09, o volume cresceu 10,3%, em linha com nosso guidance. Nossos projetos de expansão de longo prazo estão bastante avançados. Em julho, iniciamos a construção de 260 km de linha férrea entre Alto Araguaia e Rondonópolis e serão financiados 90% pelo BNDES. Estamos também concluindo negociações com o FI- FGTS para obter 100% de financiamento do projeto. O projeto Rumo/Cosan, do setor açucareiro, que inclui R$ 1,2 bilhão de CAPEX da Rumo em nosso sistema ferroviário, está em fase final do processo de levantamento de capital. A subscrição total da Oferta Privada de Debêntures Conversíveis atingiu R$ milhões. Os acionistas controladores subscreveram R$ 464,6 milhões, a serem convertidos em ações ordinárias, com restrições de negociação e transferência por um período de 3 anos. Estamos satisfeitos e felizes de ver a confiança que nossos acionistas têm em relação às perspectivas de longo prazo do nosso negócio. As perspectivas para 2010 são positivas. As estimativas mais recentes indicam um aumento de 9,3% na safra brasileira de grãos em nossa região de atuação para o próximo ano, com crescimentos de 11,3% na soja e de 6,4% no milho, e a produção industrial deve crescer 6,5%. Continuamos confiantes nos fundamentos positivos da ALL, junto com a capacidade da Companhia de manter sua historia de crescimento tanto em momentos bons quanto em momentos difíceis. Rodrigo Barros de Moura Campos Diretor de Relações com Investidores.

91 p>91 CCR (CCRO3) A CCR, uma das maiores empresas de concessão de rodovias do mundo, foi criada em 1998 e controla sete concessionárias de rodovias: CCR Ponte (RJ), CCR NovaDutra (SP- RJ), CCR ViaLagos (RJ), CCR RodoNorte (PR), CCR AutoBAn (SP), CCR ViaOeste (SP) e CCR RodoAnel (SP). O conjunto de empresas controladas pela CCR é denominado Grupo CCR e suas rodovias somam quilômetros. A CCR tem ainda participação de 40% na concessionária Renovias, de 58% na ViaQuatro, que vai operar e manter a futura Linha 4 do metrô de São Paulo, e de 45% na Controlar, responsável pela inspeção ambiental veicular na capital paulista. O controle de seu capital é dividido entre grandes grupos empresariais brasileiros e um português. De suas ações ordinárias, 34,78% são negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, também de acordo com modelos contábeis internacionais. A companhia pertence aos índices IBrX-50, IBrX-100, MSCI Latin America e Ibovespa. Foi a pioneira no ingresso ao Novo Mercado da Bovespa, o segmento mais rígido do mercado acionário brasileiro. Após um ano marcado pelos efeitos da crise mundial e forte desaceleração econômica, o modelo de negócio da CCR demonstrou estar baseado em ativos com grande resistência a reveses econômicos, o que permitiu a companhia seguir o compromisso de distribuição de dividendos para os acionistas. Pagamos, em abril, R$ 0,25 por ação e R$ 1,26 por ação em setembro, totalizando R$ 609 milhões dividendos distribuídos aos acionistas. Esse ano também foi marcado pelo aumento de capital que ocorreu no mês de outubro, emissão primária de ações, que propiciou a companhia uma maior flexibilidade financeira para participar de novos projetos, seja no mercado primário como no mercado secundário, preservando o grau de alavancagem em níveis confortáveis. Com a emissão a CCR adicionou ações no mercado, aumentando o free-float (ações em circulação) de 28,6% para 34,78% e conseqüentemente sua liquidez (montante negociado diariamente) em bolsa de valores que passou de uma média de R$ 20 milhões de reais por dia para mais de R$ 43 milhões de reais por dia, média dos últimos 30 pregões. O ano de 2010 será marcado pelo início da operação da linha 4 do metrô de São Paulo. Além de ser a primeira PPP do Estado de São Paulo, esse projeto marcou o início da diversificação do portfólio da companhia. Os recentes indicadores da indústria sugerem um ambiente muito mais favorável daqui para frente e deixam a companhia confiante em relação às perspectivas futuras. O compromisso com os acionistas será mantido, bem como a estratégia de expansão dos nossos negócios com crescimento qualificado, mediante a participação em novas licitações, aquisição de concessionárias de rodovias existentes e negócios relacionados sempre observando uma disciplina de capital. Relações com Investidores

92 p>92 LOCALIZA RENT CAR (RENT3) A Localiza Rent a Car S/A foi fundada em 1973, durante o período do primeiro choque do petróleo, com 6 fuscas usados, comprados a crédito. Hoje, a Companhia é a maior locadora de automóveis da América do Sul, com 431 agências em 9 países da América do Sul e uma frota de mais de 70 mil carros. A Empresa atua por meio de uma plataforma integrada de negócios, composta de 4 divisões: Aluguel de Carros, Franchising de Aluguel de Carros, Aluguel de Frotas e venda de carros Seminovos. Listada no Novo Mercado da Bovespa desde 2005, a Companhia é negociada com o ticker RENT carros 1,8 milhões de clientes 206 agências colaboradores Sinergias: redução de custo cross selling poder de barganha carros 593 clientes 225 colaboradores carros 225 agências em 9 países 160 agências no Brasil 65 agências na America do Sul 16 colaboradores carros vendidos 79% vendidos a consumidor final 42 lojas 446 colaboradores 2009 foi um ano diferente para a Localiza. A Companhia vinha crescendo a taxas anuais de cerca de 30%, nos últimos 4 anos. Com a crise financeira, a estratégia de crescimento foi substituída pelo foco na geração de caixa e redução e alongamento da dívida. No primeiro semestre, a Localiza reduziu sua frota e antecipou o pagamento de toda a dívida do ano, mostrando sua solidez financeira, em razão de um modelo de negócios flexíveis. Nos nove primeiros meses do ano, foram abertas 7 novas agências e 7 novos pontos de venda de Seminovos. Em 2010, a Companhia deverá retomar a estratégia de crescimento acelerado e consolidação de mercado, beneficiando-se dos ganhos de escala. Novas agências de aluguel de carros e pontos de venda de Seminovos serão abertos, de forma a absorver o crescimento da demanda de aluguel e da renovação da frota. Investimentos do governo em infra-estrutura, em razão da Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 e o forte crescimento do PIB deverão alavancar os negócios da Companhia já no ano que vem. Sílvio Guerra Relações com Investidores.

93 p>93 LOGIN-IN LOGÍSTICA INTERMODAL (LOGN3) A Log-In Logística Intermodal S.A. (Log-In, BMF&Bovespa: LOGN3) é a primeira e única empresa no Brasil na área de logística, capaz de oferecer ao mercado soluções integradas para movimentação portuária e transporte de contêineres porta-a-porta, por meio marítimo ou ferroviário, complementado por transporte rodoviário de curta distância, bem como para a armazenagem de contêineres através de seus terminais terrestres intermodais de carga. O ano de 2009 está sendo marcado pelos desdobramentos da crise econômica global deflagrada na segunda metade de 2008, que provocou forte retração na demanda por serviços de transporte e movimentação portuária de contêineres no Brasil a partir do 1T09. Entre janeiro e setembro de 2009, a corrente de comércio exterior no Brasil diminuiu 28,3% em relação mesmo período de 2008, sendo que no comércio bilateral entre o Brasil e a Argentina, um dos nossos principais mercados, as exportações de produtos brasileiros caíram 39,9% e as importações de produtos argentinos caíram 20,4%. A produção industrial brasileira entre janeiro e agosto de 2009 foi 11,7% menor que no mesmo período de No câmbio, verificamos grande oscilação do Real frente ao Dólar desde a metade de 2008 sendo que na comparação entre 9M09 e 9M08, a moeda brasileira desvalorizou 23,1% frente ao Dólar, gerando impacto nas nossas receitas e nos nossos custos. Este ambiente desfavorável de curto prazo nos levou a acelerar a busca por oportunidades para redução da nossa base de custos e aumento da eficiência de nossas operações e nesse sentido, implementamos no 3T09 um novo modelo operacional da Navegação Costeira. No balanço final do 9M09, mesmo neste ambiente desfavorável - forte retração da atividade econômica, queda acentuada no comércio entre o Brasil e a Argentina e também nas cargas Feeder - nossa produção na Navegação Costeira cresceu 11% frente ao 9M08, alcançando 121,8 milhões de TEUs-Milha. Um dos grandes desafios para uma maior eficiência da logística no Brasil é a mudança da matriz de transporte. Ainda utilizamos mais as rodovias que ferrovias e navegação costeira para movimentação de cargas por longas distâncias, o que, num país de dimensões continentais, não é compatível com altas taxas de crescimento. Para crescer de forma sustentável, será fundamental que o país acelere esta mudança, e a Log-In está bem posicionada para oferecer aos seus clientes soluções intermodais que contribuam para uma matriz de transportes mais eficiente. Encontramos grandes desafios no ano de 2009, mas seguimos confiantes na implantação do nosso plano estratégico, buscando a consolidação da Log-In como referência no segmento de logística e líder no mercado de serviços intermodais no Brasil. Mauro Dias - Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Log-In.

94 p>94 OHL BRASIL S.A. (OHLB3) A OHL Brasil S.A. é maior Companhia do setor de concessões de rodovias do Brasil em quilômetros administrados, com Km em operação. Através de suas nove concessionárias, a OHL Brasil administra rodovias localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Atualmente, detém 100% do capital das seguintes concessões estaduais: Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte; e das concessões federais: Autopista Fernão Dias, Autopista Regis Bittencourt, Autopista Litoral Sul, Autopista Planalto Sul e Autopista Fluminense. A Companhia é uma empresa brasileira com 60% do seu controle detido pela OHL Concesiones, sociedade espanhola que desenvolve suas atividades na área de promoção de infra-estrutura, incluindo a seleção de projetos, participação em licitações, financiamento, construção e operação dos mesmos. Atualmente, a OHL Concesiones, além de ser acionista majoritária da OHL Brasil, administra diversas sociedades concessionárias de rodovias na Espanha, Chile, México e Argentina. A OHL Concesiones é subsidiária integral da OHL S.A. empresa espanhola do setor de construção e concessão e uma das líderes desses setores. (Comerciais Leves), peças e componentes e produtos plásticos. O ano de 2009 começou com a atividade econômica brasileira bastante deprimida, bem como as expectativas do mercado, em decorrência do agravamento da crise financeira internacional que afetou de maneira acentuada os países mais desenvolvidos no último trimestre de O tráfego pedagiado das concessionárias estaduais da OHL Brasil acompanhou a evolução do PIB e da produção industrial no ano, recuando 3,5% no primeiro trimestre e apenas 1,7% no terceiro trimestre em comparação aos mesmos trimestres de 2008, corroborando com a recuperação da atividade econômica nacional. Em relação aos novos projetos da Companhia iniciados fevereiro de 2008, terminamos o ano de 2009 com 28 novas praças de pedágio em operação nas concessões federais, contribuindo para o expressivo aumento dos negócios da Companhia. Nos nove primeiros meses do ano, o faturamento líquido da Companhia apresentou aumento de 58,3%, o EBITDA Ajustado cresceu 21,5% e o lucro líquido atingiu R$ 106 milhões, com um crescimento de 79,1% sobre o mesmo período do ano anterior. A OHL Brasil é listada no Novo Mercado da Bovespa, e está dentro dos mais altos padrões de governança corporativa exigidos, com um alto nível de transparência, o que certamente dá segurança total ao investidor. Em 2010, as expectativas do mercado indicam que o PIB deverá crescer próximo a 5% e a produção industrial poderá avançar 7%, além da relativa estabilidade das taxas de inflação e câmbio. Estas condições econômicas deverão impactar positivamente as atividades da Companhia ao longo do ano de 2010, principalmente no que diz respeito a demanda de tráfego pedagiado das rodovias sobe concessão. A administração da Companhia estima que em 2010 irá concluir os contratos de financiamentos de longo prazo junto ao BNDES para os investimentos principais das concessões federais, concluir a implantação da última praça de pedágio na concessionária Autopista Fernão Dias e refinanciar o montante de dívida atual com um cronograma de amortização de longo prazo. Alessandro Scotoni Levy Gerente de Relações com Investidores.

95 p>95 TEGMA GESTÃO LOGÍSTICA S.A. (TGMA3) A Tegma Gestão Logística S.A. é uma das maiores provedoras de gestão logística do Brasil e líder no segmento de transporte de veículos zero-quilômetro para a indústria automotiva. Como provedor logístico integrado, a Tegma atua no transporte, na armazenagem, no controle e na gestão de estoque, bem como no desenvolvimento de soluções logísticas em diversos setores da economia, oferecendo um amplo portfólio de serviços. A Tegma apresentou crescimento de 9,8% de receita líquida nos primeiros nove meses do ano, principalmente por causa do incremento nas vendas de veículos (automóveis e comerciais leves) no mercado interno e do aumento da distância média. A companhia acredita que o desenvolvimento do setor automotivo em 2009 teve como principais causas não só a redução do IPI, mas também a retomada das condições de financiamento aos níveis pré-crise e o aumento da confiança do consumidor. No mesmo período, entre janeiro e setembro, a Tegma apresentou crescimento de 16,5% no EBITDAR, o que equivale a um aumento de 0,8 p.p na margem em relação à receita líquida. Esse incremento deve-se principalmente ao aumento da receita com o transporte de veículos e à adoção de iniciativas voltadas à redução de custos operacionais, e representa com bastante fidelidade o foco adotado pela Companhia em 2009, que é o crescimento com rentabilidade. A Tegma acredita que o ano de 2010 será positivo para o setor automobilístico. Dados divulgados pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) mencionam uma expectativa de crescimento superior a 9% na quantidade de veículos licenciados no mercado interno. Os investimentos anunciados pelas montadoras presentes no país e pelas indústrias do setor que têm ingressado no mercado reforçam as expectativas otimistas para os próximos anos. Nos demais setores de atuação, a Tegma estima que pode se beneficiar do crescimento da economia e da tendência de aumento da terceirização de atividades logísticas de alto valor agregado, como, por exemplo operações de armazenagem e gestão de estoques. No próximo ano, a Tegma mantém sua estratégia de crescimento com rentabilidade, por meio de um rígido controle de custos, da otimização de processos e do foco em aquisição e manutenção de contratos com alto valor agregado. Alexandre Brandão Diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

96 p>96 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS MATERIAL DE CONSTRUÇÃO EMPRESAS ACOMPANHADAS: DURATEX (DURA4) ETERNIT (ETER3) EUCATEX (EUCA4) PORTOBELLO (PTBL3) COMPRAR MANTER Com a retomada do setor de construção civil, foi perceptível também a melhora do setor de materiais de construção, tendo em vista os principais indicadores que estimularam a demanda, tais como: gradativa recuperação no cenário de crédito, desemprego sob controle e taxa de juro decrescente. Conforme o gráfico ao lado, no período de 12 meses, as indústrias de materiais de construção apresentaram, na média, 70% de aproveitamento das ações do governo para o setor de construção civil. Este otimismo ainda pode ser relacionado às ações governamentais de isenção de IPI, que foi prorrogada por mais seis meses, (cimento, vergalhões, argamassa, tinta, revestimento e itens de banheiro). Além disso, a desoneração do IPI para móveis de madeira, plástico, aço e painéis foram prorrogados até mar/10. Outro ponto relevante tem sido o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida que também corroborou para o bom desempenho do setor em De acordo com pesquisas da ANAMACO (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), a compra de materiais de construção pelas construtoras representa apenas 23% dos produtos fabricados. Entretanto, boa parte dos brasileiros que não pode adquirir um novo imóvel, adquirem seus produtos pouco a pouco (consumo formiga), a fim de construir, expandir ou reformar a casa, representando 77% de unidades habitacionais produzidas no Brasil. Durante o mês de dezembro, a Caixa Econômica Federal lançou uma linha de crédito de até R$ 1 bilhão para compra de materiais de construção em lojas de varejo, o valor máximo de financiamento é de R$ 10 mil e o prazo de até 24 meses, permitindo que o cliente escolha a data de vencimento da primeira prestação em até 59 dias após a contratação. Neste caso, a recuperação no cenário de crédito e perspectiva de geração de empregos no país, aumenta a confiança do consumidor em relação ao seu poder de compra, principalmente para o segmento de baixa renda. Dada a importância do setor como forte gerador de postos de trabalho, consideramos um cenário otimista para o Brasil. Estima-se que a construção civil contratará mais 180 mil trabalhadores, expansão de 8% na oferta de vagas com carteira assinada em Destacamos que a Copa do Mundo no Brasil e as Olimpíadas no Rio de Janeiro irão provocar investimentos expressivos em infra-estrutura, o que por sua vez, irá aumentar a demanda por materiais de construção. Diante disso e da volta do crédito imobiliário, as incorporadoras estão otimistas para a realização de seus projetos ao longo de Para o ano de 2010, esperamos continuidade da recuperação das vendas de materiais de construção, tendo em vista a forte demanda por imóveis, devido ao pacote habitacional e a retomada das vendas para média e média alta renda.

97 p>97 ETERNIT S.A. (ETER3) A Eternit é líder nos mercados de cobertura, painéis e placas cimentícias com 69 anos de tradição e pioneirismo, sendo a Companhia mais premiada do setor pela mídia especializada. A Companhia tem uma estrutura de 5 fábricas, localizadas estrategicamente, 7 filiais de vendas e mais de pontos de vendas em todo o país. A Eternit também controla a terceira maior mineradora de Amianto Crisotila do mundo e exporta para mais de 20 países. A economia brasileira apresenta sinais de recuperação após a crise mundial e dentro deste contexto a Eternit permanece operando em plena capacidade na mineração do Amianto Crisotila (capacidade atual 300 mil toneladas) e na linha de produtos acabados a produção acompanha o aquecimento da demanda e opera acima de 90% da capacidade instalada (atualmente em 850 mil toneladas), destaque para o inicio da comercialização do novo portfólio, principalmente loucas sanitárias. A Eternit aprovou aumento de capital, através de subscrição privada, no valor de R$ 107,4 milhões, com objetivo de suportar seu plano de expansão e diversificação de seus negócios mediante a ampliação, da gama de produtos oferecidos, busca de novos mercados e a expansão das atividades por intermédio de investimentos em novos negócios. Destaque para o sistema de Governança Corporativa da Eternit que foi eleito pela IR Global Rankings como o melhor da América Latina e a ABRASCA, através do prêmio Criação de Valor ao Acionista destaque setorial, premiou a Companhia com nota máxima no quesito transparência. A Eternit continuará com o plano de expansão e diversificação, com o objetivo de elevar o seu faturamento bruto para R$ 1 bilhão até A Companhia também espera ter um crescimento constante nos próximos cinco anos e ser um player de destaque no mercado de louças sanitárias, além de ampliar sua liderança atual no mercado de cobertura, placas cimentícias e painel wall, principalmente em função do Programa Federal de Habitação. Em relação à questão jurídica do Amianto Crisotila, a Eternit reforça sua crença na justiça brasileira e espera que sejam consideradas as evidências técnicas e científicas para julgamento de mérito, não sendo suscetível a pressões de grupos favoráveis ao banimento do Amianto Crisotila que se baseiam na experiência européia que utilizou outro tipo de amianto (amianto anfibólio) sem os cuidados necessários, principalmente sob a forma de jateamento. A Administração entende que a Companhia está inserida em um segmento com cenário positivo, onde realizará as suas operações com rigor financeiro, com o foco na sustentabilidade dos negócios, com o objetivo de consolidar a Eternit como uma provedora de produtos e soluções para a construção civil. Élio A. Martins CEO e Diretor de Relações com Investidores.

98 p>98 EUCATEX (EUCA4) A história do Grupo Eucatex teve início em 1951 e hoje está presente nos segmentos da construção civil e indústria moveleira. O Grupo é formado por um complexo de três fábricas: Chapas, Tintas e Vernizes (Salto) e Painéis e Pisos (Botucatu). A empresa possui ainda a Unidade Florestal com 44 mil hectares de florestas de eucalipto e um Viveiro de Mudas. No segmento construção civil, a Eucatex produz os pisos laminados Eucafloor, divisórias modulares Divilux 35 mm, tintas imobiliárias, sistema de cobertura, telhas metálicas e portas. Já a indústria moveleira tem na Eucatex um dos maiores fornecedores de painéis MDP, Tamburato e chapas de fibras de madeira. Grupo genuinamente nacional, a Eucatex opera com madeira proveniente de florestas próprias, que têm certificado ISO e o Selo Verde, concedido pela Scientifc Certification Systems (SCS), entidade ligada ao Conselho de Manejo Florestal, o Forest Stewardship Council (FSC), dos Estados Unidos. O ano de 2009 foi marcado pelo encerramento do processo de recuperação judicial e pela decisão da companhia em aderir à lei de parcelamento de débitos tributários o que a possibilitou alcançar, no final do terceiro trimestre/2009, um patrimônio líquido de R$ 733 milhões e um lucro líquido de mais de R$ 200 milhões. O desempenho da Receita Bruta dos nossos produtos em 9M09 apresentou-se da seguinte forma: no segmento de painéis de madeira para o mercado interno a redução foi de 8,2% enquanto para o mercado externo o crescimento foi de 49%. O segmento de Tintas apresentou crescimento de 16%. O Lucro Bruto foi impactado pela redução das vendas de painéis, com redução de valor da ordem de 3,4%, mas em contrapartida, o percentual de Margem Bruta sobre faturamento aumentou em 1,7p.p. passando a ser 33,7%. Isso se deve a diminuição dos gastos fixos e dos custos de alguns importantes insumos. O EBITDA recorrente da companhia foi de R$ 79 milhões (redução de 4% em relação ao mesmo período no ano anterior), desconsiderando o efeito do parcelamento tributário. Já o EBITDA não recorrente foi de R$ 251,3 milhões, representando um aumento de 137,8%. O Lucro Líquido do período foi de R$ 202 milhões resultado da adesão ao parcelamento dos impostos federais. A redução no passivo tributário, da ordem de R$ 175 milhões, deverá ter efeitos positivos futuros na redução das despesas financeiras. O endividamento representa 0.9 vezes o EBITDA recorrente (sem os efeitos do parcelamento) e reduzido em 14,1%. A dívida de curto prazo representa 55% do seu total. Os investimentos realizados foram da ordem de R$ 116,5, onde os maiores recursos distribuídos na construção da nova linha de T-HDF/MDF, na nova impregnadora que proporcionará reduções de custos em toda linha de pisos e acessórios e nos produtos voltados para a indústria moveleira, além da ampliação da linha de MDP e plantio de 1,1mil hectares de florestas. O valor patrimonial das ações da companhia ao final do terceiro trimestre é de 7,92. Para 2010, a Eucatex projeta aumento das vendas físicas provocada pela recuperação do mercado e pelos principais vetores que impactam os negócios (renda/emprego, crédito e nível de confiança do consumidor), que possuem projeções otimistas, reforçando assim as perspectivas de crescimento. A companhia acredita estar preparada para atender o crescimento de demanda com produtos e serviços que satisfaçam plenamente a necessidade de seus clientes. Vindo ao encontro a esse crescimento, está prevista para entrar em operação no final do 1º semestre de 2010, a nova linha de T-HDF/MDF que quando atingir a sua capacidade plena, poderá acrescentar até R$ 250 milhões ao faturamento bruto e R$ 80 milhões a geração de caixa com base nos preços e custos atuais, representando um percentual de margem EBITDA de 50%. José Antonio Goulart de Carvalho Relações com Investidores.

99 p>99 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS METALURGIA EMPRESAS ACOMPANHADAS: FORJAS TAURUS (FJTA4) GAZOLA (GAZO4) O setor de metalurgia muitas vezes é confundido entre empresas do setor de siderurgia e até mesmo de mineração. Utilizando a Paranapanema como referência para desenhar as perspectivas para o setor em 2010, destacamos os principais produtos da companhia: produtos de cobre refinado, vergalhões, fios e semi-elaborados de cobre. Diversos setores da economia são demandantes de produtos metalúrgicos, contudo, destacaremos os setores industriais (automotivo e bens de capital), bens de consumo duráveis e infraestrutura. KEPLER WEBER (KEPL3) Diversas medidas de estimulo econômico, destacadamente de cunho fiscal, acabaram beneficiando a recuperação da atividade de alguns setores correlacionados a metalurgia (linha branca, automóveis e caminhões). MANGELS INDL (MGEL4) PARANAPANEMA COMPRAR (PMAM3) R$ 8,00 O setor de bens de consumo foi o primeiro a apresentar recuperação e concentrou a forte expansão nos primeiros meses do ano. Mesmo em menor velocidade, trabalhamos com tendência de crescimento deste setor ao longo deste ano. Os indicadores divulgados pelo IBGE mostram forte recuperação da produção industrial nos últimos meses do ano, sinalizando a manutenção da tendência positiva para este segmento em Trabalhamos com expansão do PIB industrial acima de 8% neste ano. Já, particularmente, o setor de bens de capital foi um dos mais penalizados pela crise e apresentou recuperação somente nos últimos meses do ano, contudo, ainda deverá fechar com forte recuo em relação ao ano anterior. Tendo uma base de comparação (2009) baixa, a retomada da programação de investimentos deverá se traduzir em forte expansão da produção de bens de capital em Nosso cenário para construção civil também é animador, devendo se traduzir em forte demanda para o segmento de metalurgia. Trabalhamos com taxa de expansão do setor em linha com nossa projeção de PIB. O programa federal Minha Casa, Minha Vida também deverá contribuir para o aumento da demanda de metalurgia. O segmento automotivo (vide Setorial de Autopeças na página 25) também deverá bater novos recordes em 2010 e seguir a tendência nos próximos períodos. Lembramos a elevada programação de investimentos no setor automobilístico para os próximos anos, devendo o país se tornar o quinto maior mercado mundial. Trabalhamos com expansão da ordem de 9,3% na venda de veículos este ano, sustentada pela tendência favorável para o mercado de trabalho e atividade econômica interna. Olhando para as expectativas para o setor de siderurgia, deveremos confirmar um cenário bastante favorável para a produção mundial, devendo apresentar expansão da ordem de 15%. Este indicador pode ser considerado como importante catalisador para os prognósticos de preços de produtos metalúrgicos. Trabalhamos com continuidade de aumento dos preços das principais commodities metálicas, contudo, a expectativa de elevação da volatilidade, deve ser considerada como fator de risco para os custos das companhias deste setor e, conseqüentemente, menor previsibilidade da rentabilidade operacional ao longo do ano.

100 p>100 KEPLER WEBER (KEPL3) Com sede no Rio Grande do Sul - Brasil, a Kepler Weber atua no setor de agronegócio, sendo especializada no desenvolvimento de soluções completas para armazenagem. Com alta tecnologia de industrialização e qualidade máxima de insumos, as unidades fabris do Grupo Kepler Weber têm capacidade para processar 80 mil toneladas de aço/ano. Trading companies, cooperativas, empreendimentos de médio e de grande porte formam a carteira de clientes da Kepler Weber, para a qual são desenvolvidos projetos sob medida no sistema turn key. Empresa de capital aberto, fundada em 1925, vem atuando a 40 anos no mercado internacional, sendo líder do setor na América Latina. Com estrutura ágil e integrada, a Kepler Weber tem como objetivo contribuir para a lucratividade de seus clientes e para a máxima rentabilidade de seus acionistas. A marca Kepler Weber conquistou reconhecimento nacional e mundial, desempenhando papel de destaque no crescimento da produtividade do agronegócio no Brasil, país com o maior potencial de expansão agrícola no cenário macroeconômico da atualidade. Durante o ano de 2009, a Kepler Weber focou em projetos de redução de custos, desenvolvimento de novos mercados e adequação de seu portfólio de produtos. Dentre as ações tomadas reporta-se: a) especialização das plantas de Campo Grande (MS), que passará a produzir toda a linha de secadores de grãos da Companhia, e de Panambi (RS), que será responsável pelos demais produtos da Kepler Weber; b) expansão dos negócios além da América Latina; c) lançamento da linha KW Fazenda, opção de sistemas de armazenagem para os pequenos e médios produtores de grãos. A recuperação da demanda pôde ser sentida na melhora do resultado financeiro do terceiro trimestre de 2009, além da receita bruta e no Ebitda desde o começo do ano. O resultado financeiro foi positivo em R$ 4,4 milhões, ante os R$ 13,8 milhões negativos apurados nesta época do ano passado. A receita bruta de R$ 64,8 milhões do terceiro trimestre representa 91% de aumento ante o período de abril a junho deste ano. O Ebitda passou a ser positivo, em R$ 345 mil, ante R$ 2,3 milhões negativos no trimestre anterior. A retomada no volume de negócios apresentada no ano de 2009, tanto no mercado interno quanto no externo, impactou positivamente os números acumulados do ano corrente. No mercado interno, visto incertezas geradas pela crise internacional, vários negócios foram postergados para o 4T09. Esses fatores, associados ao período de sazonalidade positiva de vendas, permitem que a Kepler Weber tenha um otimismo moderado, prevendo um maior volume de negócios para o último período do ano. Além disso, a expectativa de uma boa safra 2009/2010 para algumas culturas deverá gerar necessidades de investimentos no segmento de armazenagem de grãos. A disponibilidade de capital de giro, aliada à retomada dos negócios, propiciou que a Companhia continuasse no seu plano de negócios em posição de vantagem competitiva, sem a necessidade de captação de recursos de terceiros. Outro fator que contribuiu para a estratégia da Kepler Weber foi a manutenção do seu Market Share, consolidando a Companhia como líder de mercado no segmento de armazenagem de grãos. Em vista desses fatores apresentados, e baseada em estudos que apontaram para a safra 2009/2010 como sendo a maior da história do Brasil, a Administração da Kepler Weber está confiante na retomada dos negócios e agradece a todos aqueles que apóiam a Companhia acionistas, clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores. Nolci Santos Diretor de Relações com Investidores.

101 p>101 PARANAPANEMA (PMAM3) A Paranapanema é a maior produtora não-integrada de cobre refinado no Brasil atuando no segmento de metais não-ferrosos possuindo uma divisão cobre, sendo líder de vendas com participação de cerca de 36% em volume de vendas no mercado doméstico com volume de produção de cobre eletrolítico de 226mil ton/ano, devendo atingir cerca de 276mil ton/ano a partir de É também uma das maiores produtoras de semi-elaborados de cobre no Brasil (laminados, barras, tubos, conexões e ligas de cobre), produzidos nas plantas industriais da Eluma S.A. com volume de 72 mil ton/ano. Além disso, nossas operações incluem a divisão fertilizantes que atua na produção de superfosfato simples e fertilizantes complexos. A Paranapanema vem implementando desde o final de 2006, um processo de mudanças e transformações, que envolveu importante e profunda reestruturação corporativa, operacional, administrativa e financeira, que culminou com a liquidação de uma dívida não-operacional da holding com credores/acionistas, passando a apresentar caixa líquido e uma estrutura de capitais adequada ao seu negócio, desde o final de Em 2009, já com a dívida equacionada, a Paranapanema pôde direcionar esforços para iniciar uma reestruturação societária que se iniciou em outubro culminando com a incorporação da Caraíba Metais pela Paranapanema, levando à simplificação de sua estrutura organizacional, além de outras iniciativas que revelam mudanças na condução da gestão estratégica da Companhia, dando condições para a Companhia voltar a crescer com lucratividade, agregando valor aos seus produtos e aos seus acionistas, melhorando as suas margens e a competitividade, com ganhos de escala e economia de custos. Dentro outras medidas e esforços adotados pela Companhia em 2009 estão a implementação de uma Política Corporativa de Gestão de Riscos de Mercado, a implementação de um Comitê de Riscos, a expansão da capacidade instalada da Caraíba Metais S.A.(Paranapanema), foco na maximização da cadeia produtiva e no mercado interno, continuidade dos estudos técnicos para incorporação de subsidiárias, aumento das sinergias, investimentos em logística com a criação de um CDPC no estado do Rio de Janeiro, epicentro estratégico da distribuição para indústrias de transformação, ampliação do nível de Governança Corporativa, aperfeiçoamento na comunicação com os stakeholders, e, a adesão ao plano de parcelamento de débitos tributários, realizado em 30/Nov/09. No plano econômico-financeiro houve evolução gradual e positiva com crescimento do volume de vendas em todos os trimestres nas subsidiárias com aumento do mercado doméstico e da receita bruta. Consolidação do caixa líquido positivo da empresa e desoneração de juros e tributos. A Paranapanema passou a ser operacional após a incorporação da Caraíba Metais e com a mudança de sede social para a Bahia terá os benefícios fiscais de empresas sediadas na região de atuação da SUDENE, trazendo ganho de escala, redução de custos e despesas favorecida também pela expansão futura da planta além de ganho de sinergia decorrente da reestruturação societária que ampliará no curto prazo o resultado operacional consolidado, melhorando a competitividade e a rentabilidade; ampliação da capacidade instalada da Paranapanema para 276 mil ton.; aumento de escala de produção em especial dos produtos com maior valor agregado, da qualidade e da competitividade; investimento em crescimento orgânico até 2012; manutenção da sólida situação financeira; aumento de receita e de volume para 2010, com a adoção de medidas estratégicas para ampliar as vendas no mercado doméstico, ampliação dos serviços de logística para os clientes e com ações para as exportações; a Política de Gestão de Risco Corporativo e de hedge implantada em 2009, refletirá positivamente nos resultados de 2010, reduzindo a volatilidade e ampliando a previsibilidade dos resultados; e com a adesão ao parcelamento tributário com a liquidação das dívidas trará uma sólida situação para a Companhia, reduzindo custos desse passivo tributário, solucionando todas as contingências fiscais, mudando radicalmente a percepção de risco da Paranapanema e seu valor de mercado. Eluma - Expansão da capacidade instalada da Eluma S.A. poderá alcançar 90 mil ton/ano; Melhoria da qualidade em todos os segmentos de produção e em especial na fabricação de tubos e produtos de maior valor agregado, melhorando as suas margens; investimentos na ampliação e diversificação da produção do segmento de barramentos de cobre e arames. Logística - Maior eficiência logística com a criação do CDPC(Centro de distribuição de produtos de cobre), reduzindo o prazo de entrega dos produtos aos clientes das regiões Sul e Sudeste. Doris Beatriz França Wilhelm Diretora de Relações com Investidores.

102 p>102 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS MINERAÇÃO EMPRESAS ACOMPANHADAS: FERBASA (FESA4) MAGNESITA (MAGG3) MMX (MMXM3) VALE COMPRAR (VALE5) R$ 49,00 O nosso cenário base de sustentação do forte crescimento chinês e recuperação econômica brasileira se traduzem num prognostico positivo para a demanda de minério de ferro em Após a crise desencadeada pela quebra do Lehman Brothers no final de 2008, esperava-se um ano bastante desafiador para os mercados de commodities metálicas em Contudo, quando olhamos para a representatividade da China neste segmento, acabamos acompanhando números ainda fracos, mas certamente melhores que o esperado. Traduzindo em números, as vendas destinadas ao mercado chinês (até out/09) apresentaram expansão de 37% na comparação anual e o mercado do dragão asiático ganhou importância, passando de 35% do destino final, para 55% em Acompanhando nosso cenário macro, trabalhamos com manutenção do crescimento chinês em patamares próximos a dois dígitos nos próximos anos. Mesmo considerando este cenário de elevação da participação chinesa na demanda mundial pelo minério, os indicadores apresentados no final do ano passado também sinalizaram tendência de recuperação de importantes mercados, como o norte americano. Os estoques mundiais ainda não foram recompostos, enfatizando as expectativas positivas para a elevação da demanda por minério de ferro ao longo deste ano. Para este ano que se adentra, esperamos que os embarques brasileiros atinjam cerca de 331 milhões de toneladas e somem US$ 15,8 bilhões, representando aumento de aproximadamente 26% e 21%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Lembramos que tais expectativas estão considerando elevação média de 10% nos preços de minério de ferro a serem firmados pela Vale junto às siderúrgicas orientais. Contudo, trabalhamos conservadoramente com estes indicadores, já que os preços spot negociados no final do ano, sinalizam potencial ainda maior para os contratos. Associado a este cenário de recuperação de demanda, deveremos acompanhar reduzida programação para expansão da produção mundial em 2010, podendo se traduzir num cenário confortável também para o próximo ano. As perspectivas favoráveis para o setor siderúrgico brasileiro também deverão beneficiar as vendas de minerais no mercado interno. Em 2009, acompanhamos a confirmação da realização das Olimpíadas em 2016 que, associada a Copa de 2014, além de investimentos nos segmentos de Petróleo e Construção civil, cujos investimentos deverão ser iniciados já neste ano. Olhando para a Vale, a programação de investimentos para os próximos 5 anos totaliza US$ 60 bilhões, sendo que US$ 12,9 bilhões serão investidos em Deste montante total, aproximadamente 75% será destinado a expansão orgânica e cerca de 65% aplicados no Brasil. Acompanhando a programação de investimentos, a Vale pretende alcançar, em 2014, as seguintes metas de produção: 450 milhões de tons de minério de ferro, 380 mil tons de níquel, 650 mil tons de cobre, 30 milhões tons de carvão, 3,1 milhões tons de potássio e 6,6 milhões tons de rocha fosfática. Lembramos aos investidores que as questões regulatórias do setor deverão ganhar força no início deste ano, podendo se traduzir em aumento da volatilidade para os papéis do setor no curto prazo. Em nossa avaliação, os resultados das companhias listadas em bolsa ao longo de 2010 poderão ser identificados com dois principais aspectos: forte expansão das receitas e melhoria das margens operacionais.

103 p>103 FERBASA (FESA4) A Ferbasa foi fundada em 1961 no estado da Bahia, se tornou a maior fabricante de ferro ligas do Brasil, tendo o Ferro Cromo como carro chefe, que é uma liga metálica utilizada na produção de aço inoxidável. Outro produto é o Ferro Silicio, necessário para a produção de aços especiais, sendo este o expoente das exportações. É a única produtora integrada do setor, detém 85% das reservas de minério de cromo no Brasil, e utiliza seu próprio carvão como redutor nos fornos, com áreas de reflorestamento no estado da Bahia. Estreou na Bovespa em Representa uma importante função social, através da Fundação José Carvalho, sua controladora, que abrange 12 escolas, atendendo cerca de crianças. Em seguida a um ano fantástico de 2008, onde o desempenho operacional e fatores de crescimento pré-crise ajudaram a consolidar um EBITDA de R$ 408,8MM, de modo geral o ano de 2009 na Ferbasa refletiu uma considerável queda de demanda no primeiro semestre, com um moderado aumento nos pedidos a partir do 3º trimestre, porém, acompanhado pelo declínio nos preços da liga de ferro silício em reais, em paralelo à apreciação do real frente ao dólar. Houve uma boa recuperação da produção de aço inoxidável no mundo, em comparação aos 2 primeiros trimestres de Mas o fundamental foi a manutenção do caixa, mesmo com investimentos com recursos próprios superiores a R$ 50MM. A retomada dos pedidos e a sinalização dos novos clientes para um aumento de demanda, nos mostra uma boa recuperação em A Ferbasa está bem posicionada no cenário interno e externo, e a aposta no crescimento do Ferro Silício está se traduzindo em ótimos volumes de venda, aguardamos um ajustamento de preços a partir do 2T10. No segmento de Ferro Cromo, a recuperação do setor também está a caminho e sinaliza recuperação nos preços já a partir do 1T10. Nossa positiva perspectiva baseia-se em alguns fatores, dentre os quais, destacam-se; Crescimento da produção de aço inoxidável na Ásia, principalmente China, A crescente dos investimentos internos em obras do PAC, Crescimento do setor imobiliário no Brasil, Inicio de obras de infra-estrutura para a copa do mundo Geraldo de Oliveira Lopes - Relações com Investidores

104 p>104 MAGNESITA (MAGG3) A Magnesita Refratários S.A. é uma empresa privada, de capital misto, dedicada à mineração, produção e comercialização de extensa linha de materiais refratários. Seus produtos são utilizados, principalmente, pelas indústrias siderúrgicas, de cimento e de vidro. As atividades industriais tiveram inicio em 1940, logo após o descobrimento dos depósitos de magnesita em Brumado, estado da Bahia. Hoje, opera 28 unidades industriais e de mineração, sendo dezesseis no Brasil, três na Alemanha, três na China, uma nos Estados Unidos, duas na França, uma na Bélgica, uma em Taiwan e uma na Argentina, com capacidade de produção de refratários superior a mil toneladas/ano. A empresa é líder de mercado no Brasil e na América do Sul e, em 2008, exportou para mais de 70 países. Apesar de extremamente difícil, o ano de 2009 possibilitou à Magnesita revelar potenciais e habilidades que somente situações de limitações como as que o mundo enfrentou nos últimos trimestres permitem ser explorados ou, por que não dizer, descobertos. Foi com rapidez e determinação que medidas anti-crise foram colocadas em prática assim que os fundamentos do mercado começaram a se deteriorar. A Companhia, que já havia passado por uma forte reestruturação após a mudança do controle acionário ao final de 2007, convocou seus colaboradores a buscar alternativas para reduzir ainda mais os custos e, o que parecia improvável naquele cenário, a conquistar novos mercados. Além da redução do quadro funcional, operacional, administrativo e comercial, vários times foram formados num projeto denominado Craques da Magnesita com o intuito de apresentar idéias para redução e melhoria de alguns itens relevantes tais como estoques, energia, receita, fretes e segurança. Paralelamente, uma campanha que recebeu o nome de Desperdício Zero possibilitou a implantação de medidas simples, mas muito eficazes, que permitiram reduzir gastos com água (-26%), alimentação, energia (-30%), viagens, dentre outros. Também houve renegociação de contratos com muitos dos fornecedores da Companhia, alongando prazos de pagamentos e, em muitos casos, reduzindo os preços anteriormente contratados. Os investimentos técnicos ficaram limitados ao suficiente para garantir a segurança operacional das fábricas e minas. E, do lado comercial, a Empresa explorou novos mercados consumidores do sínter de magnesita, o qual, devido à menor produção de refratários, pôde ser disponibilizado para um mercado carente do mineral de qualidade superior. Na contramão do mercado, os preços dos produtos negociados pela Companhia puderam ser mantidos praticamente inalterados. E, quando muitos ainda duvidavam da retomada da economia, 8 novos contratos sob o modelo aço vazado foram firmados, sendo 3 no Brasil e 5 nos Estados Unidos. Por tudo isso, a Magnesita é hoje uma Empresa mais forte, capaz de se auto superar e, sobretudo, orientada pelos resultados e altamente diferenciada em seu segmento de atuação, seja pela amplitude da sua verticalização, seja pelo modelo único de negócio, baseado na venda de soluções que visam aumentar a produtividade do cliente. Seus potenciais, sua estratégia de crescimento e a confiança na sua administração foram reconhecidos pelos seus investidores na precificação da sua ação que, de 01/01/09 a 29/12/09, acumulava alta de 105,8% versus 81,9% do Ibovespa. A despeito da ainda pouca visibilidade do cenário macro-econômico no curto prazo, principalmente no que se refere à retomada de projetos de investimentos pelo setor siderúrgico, a Administração da Magnesita está confiante de que 2010 propiciará maior captura de sinergias, maior atuação nas questões estratégicas e, consequentemente, recuperação da lucratividade. Quando a indústria recuperará os níveis de produção pré-crise, ninguém pode assegurar. Mas, o importante é o passo firme que vem sendo impresso nessa direção, com a diferença de, a exemplo da Magnesita, estar mais leve, rigorosa e cautelosa no controle dos gastos e investimentos. Relações com Investidores.

105 p>105 VALE (VALE5) A Vale é a segunda maior mineradora diversificada do mundo, uma das 30 maiores companhias públicas negociadas no mundo e a maior empresa privada na América Latina. A Vale tem capitalização de mercado de aproximadamente US$ 140 bilhões, com mais de acionistas em todos os continentes. De acordo com o Boston Consulting Group, uma das empresas líder de consultoria no mundo, a Vale foi escolhida como uma das 25 maiores geradores de valor sustentável aos acionistas no mundo, devido ao seu extraordinário desempenho ao longo dos últimos 10 anos. A Vale é maior produtora mundial de minério de ferro, matéria-prima essencial para a indústria siderúrgica, a segunda maior produtora de níquel, com aplicações na indústria de aço inoxidável, aeronaves, telefones celulares, baterias, baterias especiais para veículos elétricos híbridos, entre outras. A Vale também produz manganês, ferro ligas, carvão térmico e metalúrgico, bauxita, alumina, alumínio, cobre, cobalto, metias do grupo da platina, potássio e caulim, matérias-primas importantes para a indústria global manufatureira e de construção. A Vale apresentou sólido desempenho operacional e financeiro em 2009, retomando o crescimento após os impactos do choque financeiro mundial. A performance reflete a capacidade da Vale de gerar valor a partir de ativos de classe mundial, posicionamento estratégico, esforços para vencer os desafios originados pela crise e a recuperação da atividade econômica. A Vale continua a buscar a criação sustentável de valor para os acionistas, implementando sua estratégia de crescimento com ênfase na disciplina na alocação de capital e de forma consistente com uma visão de longo prazo dos negócios de mineração. A recessão global está chegando ao fim, com a recuperação ocorrendo mais cedo e em ritmo mais acelerado do que inicialmente esperado. A Vale está melhor posicionada para se beneficiar dos sólidos fundamentos de longo prazo de minerais e metais, com portfólio de ativos de classe mundial, vida longa e baixo custo, com opções de crescimento nos vários segmentos da indústria, supridas pelo pipeline existente de projetos e um programa global de exploração mineral, uma longa e bem sucedida experiência no desenvolvimento de projetos, disciplina na alocação de capital e sólida posição financeira. A implementação no futuro próximo de um plano de investimentos, ancorado nos nossos valores e extensa vantagem competitiva, deve gerar valor significativo para os acionistas ao longo dos ciclos econômicos e múltiplas oportunidades para mobilidade econômica e social para as comunidades onde desenvolvemos nossas operações. Relações com Investidores.

106 p>106 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS PAPEL E CELULOSE EMPRESAS ACOMPANHADAS: FIBRIA MANTER (FIBR3) KLABIN COMPRAR (KLBN4) R$ 5,70 SUZANO PAPEL COMPRAR (SUZB5) Não tem jeito! Ao falar sobre os vários setores de nossa economia, fatalmente discutiremos sobre os efeitos da crise de E não é para menos, afinal, o momento de estresse vivenciado pelos mercados mundiais provocou uma alucinante e saudável reflexão sobre o posicionamento estratégico que cada companhia adotava. Com o setor analisado não poderia ser diferente: os desafios foram enormes, custos tiveram que ser revistos e reestruturados para se adequarem a nova realidade, planos de ação alternativos tiveram que ser acionados para manterem a produção e as vendas, o arrefecimento da demanda mundial, principalmente, da China fez os estoques aumentarem a patamares significativos e por ai vai. Bom, vale lembrar que o mercado chinês é um freguês private, ok! Deixando as rimas baratas de lado, para se ter uma idéia a China foi destino de 33% de nossas exportações de celulose no acumulado do ano de 2009 até outubro, ficando atrás apenas da Europa que respondeu por 39%. Ou seja, dependemos do bom andamento dessas regiões. Como não poderia deixar de ser, os preços de celulose sofreram uma queda expressiva a partir do quarto trimestre de 2008, refletindo uma conjuntura onde a oferta acabou sobrepondo e muito o consumo. O dólar foi outro fator que impactou seriamente o setor. A grande alta da moeda observado no final de 2008 amplificou a dívida das empresas, afetando seriamente os resultados financeiros das mesmas. E esse é um dado importante, basta olhar para a Fibria (a mais alavancada do segmento) que no terceiro trimestre apresentou 63% de seu endividamento bruto em moeda estrangeira. O lado bom é que o Brasil é referência no segmento, possui custos mais baixos e por conseqüência mais competitivos frente às empresas de outras regiões do mundo. E em momentos de vacas magras, esse é um fator de grande relevância, pois, define quem continuará na briga pela sobrevivência. O país, de fato, possui pontos favoráveis, com uma tecnologia genética avançada que permite que a matéria-prima (eucalipto) fique produtiva para manipulação num prazo mais curto do que o observado em outros países. Nos EUA, maior produtor mundial de celulose, a colheita do Pinus demora cerca de 25 anos, enquanto no Brasil o corte do eucalipto demora apenas 6 anos em média. Além, da maior eficiência produtiva, o país possui larga área para o cultivo do eucalipto associada ao clima bastante favorável. Dados da Bracelpa mostram que as exportações de celulose em novembro de 2009 atingiram 723 mil toneladas, representando crescimento de 9,4% frente o mês anterior, sendo que quando a comparação é feita com o mesmo período do ano anterior a variação (positiva) chega a 20,7%. Este salto já era esperado, dado que no auge da crise as grandes fabricantes tiveram que cortar a produção. As companhias mundiais, para protegerem o preço do produto, deixaram de produzir cerca de 2 milhões de toneladas em Internamente, foram comercializados 1,291 milhão de toneladas de celulose até novembro, o que significa crescimento de 17,7% frente o mesmo período do ano passado. Só no mês de novembro, foram vendidas 134 mil toneladas do produto, elevação de 44% ante novembro de As vendas internas de papel, por outro lado, alcançaram 442 mil toneladas em novembro, o que representa queda de 3,7% ante outubro. No entanto, ao compararmos com o mesmo período do ano passado notamos uma variação positiva de 2,6%. No acumulado do ano, as vendas domésticas atingiram 4,55 milhões de toneladas até novembro, ou seja, retração de 3,5% comparada à igual período do ano passado. Já as exportações retraíram 11% entre outubro e novembro, mas expandiu 15% ante novembro de 2008.

107 p>107 KLABIN (KLBN4) Fundada em 1899, Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil. Lidera os segmentos de papéis e cartões para embalagens, embalagem de papelão ondulado e sacos industriais. Também comercializa madeira em toras para serrarias e laminadoras, para uso na indústria moveleira e na construção civil. Referência mundial no desenvolvimento sustentável, posiciona-se como uma das seis maiores fabricantes globais de cartões de fibras virgens, sendo sua unidade no estado do Paraná uma das dez maiores fábricas integradas de celulose e papel do mundo. A crise econômica e financeira impactou a demanda por papéis para embalagens no primeiro semestre de Os volumes de venda da Klabin no mercado externo sofreram redução significativa em alguns segmentos, como é o caso do kraftliner. O mercado de housing starts americano também apresentou queda de 49% nos primeiros seis meses do ano, impactando as vendas de madeira para serrarias e laminadoras. Por outro lado, as vendas no mercado interno se mantiveram em patamares próximos ao do mesmo período de 2008, com estabilidade de preços nos diversos segmentos da Klabin. No segundo semestre do ano, uma forte recuperação do mercado favoreceu os resultados da Klabin. Os cartões mais leves produzidos pela Máquina 9 em Monte Alegre foram bem aceitos pelo mercado, assim o market share de cartões da Klabin cresceu significativamente. A associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) registrou retomada das expedições no mercado interno e recorde de vendas de caixas e chapas de papelão no mês de outubro. O aquecimento da demanda por kraftliner proporcionou aumentos de preços na Europa, América do Norte e América Latina. Por fim, o mercado de construção residencial nos Estados Unidos mostrou sinais de recuperação, trazendo boas perspectivas para Diante da queda do PIB mundial e desaceleração dos mercados globais, a administração da Klabin priorizou a manutenção do caixa, alongamento do perfil da dívida e limitação dos investimentos aos estritamente necessários para a continuidade operacional da Companhia. Em paralelo, as unidades produtivas da empresa, em especial a fábrica de Monte Alegre, foram preparadas para atender o aumento da demanda dos mercados interno e externo esperado para o segundo semestre do ano. Diante do bom desempenho da economia brasileira e de sinais positivos nas economias européia e americana, as perspectivas para a Klabin são promissoras. O ritmo de aquecimento da economia brasileira tem garantido o bom desempenho da demanda dos bens de consumo duráveis e não duráveis. As exportações de cartões da Klabin para os Estados Unidos e Europa tendem a crescer num futuro próximo com a entrada de novos grandes clientes, já em fase final de negociação. Em face desse cenário positivo, a administração foca no aumento da geração operacional de caixa e redução do endividamento, aumento do volume de vendas, desenvolvimento de novos clientes de grande porte no mercado externo, desenvolvimento de novos produtos para o mercado interno, expandir a área plantada em Monte Alegre com recursos de terceiros e em especial com eucalipto para futuro crescimento, melhorar o rating em escala global, ganhar eficiência na matriz energética de Santa Catarina, aumentar a produtividade das fábricas de papelão ondulado e sacos industriais e retomar os estudos para a implantação de uma fábrica de celulose fibra curta e longa com capacidade anual de 1,5 milhão de toneladas. Luiz Marciano Candalaft Relações com Investidores.

108 p>108 SUZANO PAPEL E CELULOSE (SUZB5) A Suzano é uma das maiores produtoras verticalmente integradas de papel e celulose da América Latina, com capacidade de produção anual de 1,1 milhão de toneladas de papel e 1,7 milhão de toneladas de celulose de mercado. Segunda maior produtora de celulose de eucalipto no mundo, a Suzano é líder regional nos mercados de papel para imprimir e escrever e papelcartão. Nossa atuação está concentrada em duas linhas de produtos: celulose de mercado, vendida principalmente para produtores de diferentes tipos de papel em 47 países, fortemente focada em exportações; e papel, vendido principalmente nos mercados latino-americanos, em especial no Brasil. Nosso modelo de atuação esta baseado no tripé: (i) acionista controlador definido; (ii) gestores profissionais e (iii) relacionamento com o mercado de capitais. Iniciamos 2009 com um ambiente adverso em função da crise financeira internacional. A retração da demanda mundial de celulose e papel observada no final de 2008 foi parcialmente revertida ao longo de 2009, com os mercados emergentes, especialmente China e Brasil, retomando o crescimento econômico de forma mais vigorosa. Este cenário possibilitou a recuperação de preços de celulose, com o anúncio de seis aumentos consecutivos. Dessa forma, até setembro, o volume total de vendas da Companhia atingiu cerca de 2,2 milhões toneladas de papel e celulose, volume 17,6% superior ao do mesmo período de A receita líquida permaneceu em R$ 2,9 bilhões alinhada com o ano anterior. Nos primeiros nove meses de 2009, o EBITDA somou R$ 765,7 milhões, com margem de 26,1% em relação à receita líquida do período e o lucro líquido foi de R$ 742 milhões. Disciplina de custos e despesas em 2009 levou a Suzano a reduzir despesas administrativas e com vendas em 24% (9M09x9M08) e a alcançar um dos menores patamares de custo caixa de produção do mundo (R$ 373/ton no 3T09). A Suzano segue em 2010 com os investimentos florestais que serão a base para o seu plano de crescimento orgânico. Ele prevê duas novas unidades industriais: no sul do Maranhão e no Piauí. O plano de crescimento orgânico prevê ainda uma terceira unidade industrial e a ampliação da Unidade de Mucuri sem data de implantação definidos. Assim, aspiramos alcançar, na próxima década uma produção de 7,2 milhões de toneladas/ano de papel e celulose. O sucesso desse novo ciclo de crescimento está amparado por nosso Planejamento Estratégico e pelo conhecimento acumulado ao longo de nossa trajetória, tanto em pesquisa científica e tecnológica aplicada ao manejo florestal e à produção de celulose e papel, como em gestão administrativa e condução dos negócios. Nosso ciclo de Planejamento Estratégico tem como principal orientação a criação de valor sustentável em toda a cadeia de negócios. Relações com Investidores.

109 p>109 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS PETRÓLEO / PETROQUÍMICO / GÁS EMPRESAS ACOMPANHADAS: BRASKEM COMPRAR (BRKM5) COMGÁS MANTER (CGAS5) ECODIESEL COMPRAR (ECOD3) OGX PETRÓLEO (OGXP3) PETROBRAS COMPRAR (PETR4) R$ 48,50 PROVIDENCIA (PRVI3) ULTRAPAR COMPRAR (UGPA4) UNIPAR MANTER (UNIP6) Como discutido em vários relatórios da casa, o primeiro semestre de 2009 foi um teste de fogo para uma gama de setores de nossa economia que tiveram que digerir a força os efeitos da instabilidade econômica mundial. Totalmente indigesto, mas é o preço que se paga por viver num mundo cada vez mais interligado. Para as empresas petroquímicas nacionais o desafio, na época das vacas magras, foi gerenciar de forma eficiente e ágil seus recursos no intuito de responder da forma mais consciente possível o cenário negativo ao qual estavam inseridas. Os dois últimos trimestres de 2008 foram marcados por elevados níveis de estoque, redução considerável dos níveis de utilização da capacidade instalada e queda das margens. Isso se deveu ao mau momento vivido pelos segmentos consumidores de produtos da indústria petroquímica no período, como: a indústria automobilística, construção civil, agricultura, etc. O ano de 2009 foi um divisor de águas para o Brasil. O país mostrou fortes fundamentos macroeconômicos e se destacou como uma das primeiras economias a apresentar recuperação consistente. O que é percebido pelos vários indicadores de atividade econômica favoráveis. O setor petroquímico também mostra recuperação consistente. De acordo com a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) a produção no terceiro trimestre ficou 5,1% acima do verificado no trimestre anterior. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi da ordem de 1,6%. Já as vendas no terceiro trimestre cresceram 7,6% em relação ao segundo trimestre. Tanto as importações como as exportações em novembro retraíram 12,7% ante mês anterior, alcançando em termos absolutos US$ 2,4 bilhões e US$ 922 milhões, respectivamente. Já em relação a novembro de 2008 as importações declinaram 14,2% e as exportações variaram 6,2% positivamente. Os resultados da Braskem no terceiro trimestre foram marcados pela recuperação de preços de resinas e de petroquímicos básicos, destacadamente em relação ao trimestre anterior. O volume total de resinas vendido pela companhia no período foi de 843,7 mil toneladas, sendo 6 % e 5 % maiores que o trimestre anterior e o mesmo período de 2008, respectivamente. O EBITDA acompanhou os melhores preços, maior volume vendido no mercado interno e a maior eficiência operacional, apresentando alta de quase 50% em relação ao trimestre anterior. Para o setor de petróleo as perspectivas também são bastante positivas. À medida que grandes economias como a americana e a chinesa vão se recuperando e a atividade econômica por sua vez se tornando mais intensa, nota-se a maior demanda por petróleo. A OPEP (Organização dos países exportadores de petróleo) divulgou que após um período de retração do consumo a demanda voltará a crescer em A instituição prevê um aumento de barris, ou seja, uma alta de 1% no consumo mundial. Acreditamos que o ano de 2010 será mais positivo para o setor com uma demanda mais consistente, beneficiada pelo melhor cenário macroeconômico e com preços menos voláteis. Alguns itens devem ser acompanhados com bastante atenção como o plano de investimento da Petrobras de 2010/14 e a meta de produção para o próximo ano. Por fim, alertamos aos investidores que os próximos passos em relação ao novo marco regulatório, capitalização e criação da Petro-Sal poderão trazer volatilidade aos papéis no curto-prazo, mas não altera o cenário positivo e confortável olhando mais para frente.

110 p>110 BRASKEM (BRKM5) Criada em 16 de agosto de 2002, a Braskem já iniciou sua trajetória como líder no mercado de resinas termoplásticas da América Latina. O ponto de partida foi a aquisição do controle da Copene, a central de matérias primas do pólo petroquímico de Camaçari, pelos Grupos Odebrecht e Mariani em julho de Posteriormente, os grupos Odebrecht e Mariani integraram os seus próprios ativos do setor petroquímico à Copene, iniciando um processo de integração de ativos de primeira e segunda geração até então inédito no país. Em março de 2007, mais um passo foi dado rumo à reestruturação do setor petroquímico brasileiro. Em parceria com a Petrobras, a Braskem deu início ao processo de consolidação do pólo de Triunfo, com a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga. Em setembro de 2008, as participações da Petrobras nessas empresas foram incorporadas à Braskem. Posicionada entre as três principais companhias industriais de capital privado brasileiro, a Braskem possui 52% do mercado brasileiro de resinas (PE, PP e PVC) e importante base de exportação que representa cerca de 25% de seu faturamento anual. O ano de 2009 começou bastante desafiador devido à intensa redução de estoques na cadeia produtiva como reflexo da crise internacional. A Braskem demonstrou agilidade nos ajustes de produção e estoques neste período de crise e da mesma forma respondeu às oportunidades de rápida recuperação do mercado doméstico e internacional, apoiando seus clientes e toda a cadeia. Num ano que começou repleto de desafios, notadamente em relação à demanda por petroquímicos, a Braskem deve fechar o ano com geração de caixa, EBITDA, bastante semelhante à de Contribuíram para esse excelente resultado a importante recuperação da demanda doméstica, em todos os segmentos, um cenário de mercado de resinas e petroquímicos básicos melhores que o esperado e o investimento pessoal de toda a equipe na aproximação com o cliente e otimização da produtividade e eficiência operacional, sem descuidar da saúde financeira com alavancagem balanceada e liquidez excelente equivalente a 2 anos de amortizações em 30/09/09. O cenário 2010 da petroquímica mundial aponta para uma redução da rentabilidade na indústria. As novas capacidades na Ásia e Oriente Médio, associadas à inversão na tendência de queda dos preços de matéria-prima, se contrapõem a demanda global ainda incerta, apesar de sinais de reação da economia americana e sustentável crescimento dos países em desenvolvimento, como China e Brasil (cujo mercado deve crescer mais de 5% em 2010). Nesse contexto, produtores buscam manter a disciplina do balanço de oferta e demanda, controlando as taxas de operação dos crackers e fechando ou hibernando capacidades menos competitivas. Nesse contexto, a Braskem com sua posição de liderança no Brasil e na América Latina irá buscar preservar a qualidade do seu negócio, através: (i) da busca contínua por produtividade e redução de custos, (ii) da parceria com seus clientes e sustentabilidade da cadeia petroquímica nacional, (iii) da análise das melhores oportunidades no mercado de exportação e (iv) de sua política conservadora de manutenção de sua higidez financeira. A estratégia da Companhia continua focada na diversificação de sua matriz energética e no aumento de sua competitividade por meio de acesso a matérias-primas competitivas, implantação da planta de polímeros verdes a partir de matéria-prima renovável e em oportunidades de aquisição ou alianças que proporcionem acesso a grandes mercados consumidores, dentro de seu plano de crescimento de estar entre as 5 maiores petroquímicas globais. Luciana Ferreira Relações com Investidores.

111 p>111 COMGÁS (CGAS5) A Comgás é uma distribuidora de gás natural canalizado no estado de São Paulo com mais de 830 mil clientes. Sua área de concessão abriga cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, abrangendo 177 municípios das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas, além da Baixada Santista e do Vale do Paraíba. A Comgás trabalha com gás natural, produto ambientalmente mais amigável em comparação com outros combustíveis fósseis, e desempenha o papel de disseminadora da cultura desse insumo. Trata-se de um recurso energético seguro e econômico. Como prestadora de serviços públicos, suas atividades são reguladas pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), órgão do governo do Estado de São Paulo, que concedeu a Comgás um prazo de 30 anos a partir de Maio de 1999 para a exploração do serviço público com a possibilidade de renovação uma única vez por mais 20 anos. O capital da companhia foi aberto em 1996 e suas ações estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde Foi privatizada em Abril/99 por R$ 1,65 bilhão e os principais acionistas com capital votante da companhia são o Grupo BG (antiga British Gas) e o Grupo Shell. Notamos que o ano de 2009 foi marcado pela consistente recuperação da economia brasileira, impactando de forma positiva nas atividades industriais dos clientes, e como conseqüência num aumento pela demanda de Gás em relação aos trimestres anteriores. Porém, para fins de análise, a comparação entre os primeiros meses deste ano e do ano anterior, bem como a comparação trimestral, notam-se resultados, na maioria das vezes, menores do que aqueles reportados no mesmo período de 2008, ano de realidades econômicas bastante contrastantes. No mês de maio a Arsesp publicou o resultado final da revisão tarifária que apresentou um declínio da margem máxima em 9.8%. Além da sazonalidade, os leilões de gás ocorridos em julho, agosto e setembro, incentivaram na retomada do volume demandado pelas indústrias. Cabe também destacar que ao longo de 2009 cerca de 100 mil novos clientes foram conectados. Apesar do ano de 2009 ter sido marcado pela crise, os investimentos da Comgás mantiveram-se no mesmo nível de 2008, demonstrando o comprometimento da Companhia em ampliar a sua área de atuação aprimorando cada vez mais os serviços oferecidos aos seus clientes. As perspectivas para o ano de 2010 são positivas, tanto em termos de retomada no volume distribuído quanto em crescimento através de novos clientes conectados. Continuaremos a juntar esforços para crescer principalmente no mercado residencial sem perder foco nos demais mercados em que atuamos sempre oferecendo soluções energéticas em condições competitivas. A Comgás tem trabalhado fortemente no desenvolvimento de parceiros e infra-estrutura para atingir um patamar de adições de novos clientes, de forma sustentável, próxima a 100 mil clientes por ano para os próximos anos. A Companhia continuará buscando a excelência de suas operações, aprimorando sua eficiência, a otimização de seus resultados e a geração de valor aos seus acionistas. Roberto Lage Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

112 p>112 BRASIL ECODIESEL (ECOD3) A Brasil Ecodiesel é um dos maiores produtores de biodiesel do Brasil, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Atualmente, a comercialização de biodiesel no Brasil é feita através de leilões públicos promovidos pela ANP. A Companhia conta com 4 unidades de produção em operação (Rosário do Sul RS, Porto Nacional TO, Iraquara BA, Itaqui MA), com um total de 518,4 mil m3 por ano de capacidade instalada de produção de biodiesel. O biodiesel é um combustível renovável e biodegradável, derivado de óleos vegetais ou de gorduras animais. Utilizado em motores diesel, pode substituir integralmente o óleo diesel mineral, sendo que sua utilização permite uma redução de até 78% nas emissões de dióxido de carbono, comparado ao óleo diesel mineral, segundo o Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG). Portanto, o biodiesel é uma das principais alternativas contra o aquecimento global. O ano de 2009 chega ao fim caracterizado como ano da retomada para a Brasil Ecodiesel. Após um período de muitas dificuldades em 2008 e no primeiro semestre de 2009, a companhia conseguiu se reestruturar financeiramente, após um processo de aumento de capital e de conversão dos créditos dos bancos credores. Com esses novos recursos, observou-se uma mudança radical no perfil da dívida da companhia, tendo esta se reduzido do total de R$ 229,5 milhões no 2T09 para R$ 78,4 milhões no 3T09. Sendo o mais relevante a diminuição da dívida de curto prazo, que era de 40,3% do total e passou para 23,3% no 3T09. A companhia também passou a apresentar um caixa líquido de R$ 46,7 milhões, com R$ 123,8 milhões em aplicações. Esta nova condição financeira, com a recomposição do capital de giro, propiciou a retomada da produção e da venda de biodiesel. Conseguimos atingir um recorde no cumprimento dos contratos com a Petrobrás no último trimestre, o que fez a companhia atingir os melhores resultados já apresentados na sua história. Os dados de Faturamento, Receita Líquida, Lucro Líquido e EBITDA foram recordes se comparados a períodos anteriores e mostram que estamos no caminho certo para o futuro. Em 2010 teremos o início do B5 (mistura de 5% de biodiesel no diesel mineral), que só estava previsto para começar em 2013, comprovando o sucesso do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Vários projetos que estão em discussão, como o B20 nos transportes públicos metropolitanos e a liberação da venda de carros de passeio a diesel, dão uma perspectiva positiva para o futuro do mercado de biodiesel. Um dos grandes desafios para a Brasil Ecodiesel é conseguir um maior controle sobre a cadeia de matériaprima, ampliando o mix de óleos vegetais usados na produção de biodiesel. No curto e médio prazo, a companhia adotará medidas para um melhor aproveitamento de seus ativos ociosos, sempre à procura de uma maior eficiência e melhores margens. Todas estas questões estão sendo abordadas no novo direcionamento estratégico que está sendo elaborado e será apresentado ao mercado nos primeiros meses de Charles Mann de Toledo Diretor de Relações com Investidores.

113 p>113 OGX (OGXP3) Empresa do Grupo EBX focada na exploração e produção de óleo e gás natural, a OGX Petróleo e Gás SA é a maior companhia privada brasileira no setor de óleo e gás em termos de área marítima de exploração, com aproximadamente km², além de cerca de km² em área terrestre. Possui um portfólio diversificado e de alto potencial, composto por 29 blocos exploratórios nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão e Parnaíba. A companhia possui seus recursos potenciais riscados líquidos estimados em 6,7 bilhões de barris de óleo equivalente, considerando uma probabilidade média de sucesso de 34,5%, e reservas contingentes líquidas estimadas em 212 milhões de barris de óleo equivalente certificados pela DeGolyer & MacNaughton, empresa de consultoria em certificação de reservas. Conforme foi reportado na divulgação de resultados do terceiro trimestre, a Companhia possui R$ 7,8 bilhões em caixa para suportar o início da campanha exploratória, início da produção e novas aquisições. O ano de 2009 marcou o início da campanha exploratória da companhia. Dados sísmicos foram adquiridos para todos os blocos exploratórios marítimos e todos os equipamentos e serviços essenciais foram contratados para a campanha de exploração da Companhia. A OGX assegurou cinco sondas de perfuração, sete embarcações e dois helicópteros, além de uma base portuária na cidade do Rio de Janeiro. Em agosto de 2009, apenas dois anos após sua criação, foi iniciada a campanha de perfuração nos blocos da OGX. Em 2009 a companhia finalizou a perfuração de três poços e, em todos eles fez descobertas relevantes. Apenas para os dois primeiros poços as descobertas foram estimadas entre 1,5 e 3,5 bilhões de barris de óleo equivalente. Essas descobertas reforçam a idéia de que a OGX está diante de uma nova província petrolífera no sul da Bacia de Campos. Também em 2009, a Companhia adicionou 7 blocos terrestres localizados na Bacia do Parnaíba ao seu portfólio, estreando sua atuação em terra. Em dezembro, 18 meses após a oferta pública inicial de ações (IPO) da OGX, a Companhia teve suas ações desdobradas e negociações liberadas no mercado fracionário. Em janeiro, a OGX passa a integrar o Ibovespa, indicador mais tradicional da BM&FBOVESPA, gerando conseqüentemente maior demanda e liquidez para o papel. O desdobramento das ações e a liberação das negociações para o mercado fracionário, ocorridos em dezembro de 2009, permitem maior acesso do papel aos pequenos investidores. A companhia prevê uma intensa campanha de perfuração para 2010 com a perfuração de 27 poços previstos para o ano nas Bacias de Campos, Santos e Parnaíba, contribuindo de maneira substancial para o processo de conversão dos recursos da companhia, hoje estimados em 6,7 bilhões de barris, em reservas provadas. Além disso, uma parte dos recursos financeiros da OGX pode ser utilizada para a aquisição de novas áreas, visando o aumento do potencial do portfólio atual da companhia. Marcelo Torres Relações com Investidores.

114 p>114 PETROBRAS (PETR4) A Petrobras é uma sociedade anônima de capital aberto que atua de forma integrada nos seguintes segmentos da indústria de óleo, gás natural e energia: exploração e produção; refino, comercialização, transporte e petroquímica; distribuição; gás natural, energia e biocombustíveis. Criada em 1953, é a nona maior companhia aberta de energia mundial, segundo ranking da PFC Energy Líder do setor petrolífero brasileiro está expandindo suas operações para estar entre as cinco maiores empresas integradas de energia do mundo em Em 2008, apresentou produção média de óleo e gás de 2,4 milhões de barris diários e reservas de 14,09 bilhões de barris (critério SPE). Possui o controle de 15 refinarias, sendo 11 no Brasil e 4 no exterior. A área exploratória da Companhia supera 150 mil km2. Em 31 de dezembro de 2008, a Petrobras possuía 112 plataformas de produção, frota de 189 navios (próprios e operados por terceiros), 46 terminais, postos de serviço e 17 usinas termelétricas movidas a gás natural, com capacidade total de MW. Sendo líder em tecnologia de exploração e produção em águas profundas e ultra-profundas, a Petrobras vem desenvolvendo uma nova fronteira exploratória, a camada pré-sal da costa brasileira. Esta região possui 800 quilômetros de extensão e 200 quilômetros de largura, distribuindo-se pelas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, a cerca de 300 quilômetros da costa. Com elevado potencial de recursos e com jazidas contendo hidrocarbonetos leves, esta região irá reduzir a necessidade de importação de óleo leve e gás natural e agregar volumes significativos de reservas para a Companhia. Apesar da aversão ao risco e da incerteza que predominou nos mercados na virada de 2008 para 2009, a Petrobras apresentou resultados operacionais bastante positivos, com o lucro líquido até o terceiro trimestre atingindo R$ 20,9 bilhões. No início do ano, anunciou novo Plano de Negócios com elevação do volume de investimentos (de US$ 112 bilhões, no PN , para US$ 174 bilhões, para ). O significativo incremento foi função, principalmente, da incorporação de novos projetos, demonstrando o elevado potencial da carteira da Cia.. Sendo este novo Plano positivamente interpretado pelo mercado, a Companhia conseguiu captar cerca de US$ 35 bilhões mantendo seu grau de investimento. O expressivo aumento de valor da Cia. no ano teve contribuição das importantes descobertas de óleo e gás em águas rasas e profundas. Fato que também merece destaque em 2009 foi o início do Teste de Longa Duração (TLD) em Tupi, na camada pré-sal da Bacia de Santos. Com resultados positivos, este teste vem ajudando a Companhia a compreender melhor o comportamento dos reservatórios na região. Mantendo a trajetória de crescimento sustentado da produção, esta atingiu, na média, mil barris/dia de janeiro a setembro (crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2008). Fator determinante para este incremento foi a entrada em operação de novas plataformas. Em meados do ano, o Governo Federal propôs novo marco regulatório para a exploração de hidrocarbonetos no Brasil. De acordo com este, seremos o único operador no regime de partilha e iremos adquirir, através da cessão onerosa, 5 bilhões de barris de óleo equivalente. Através da capitalização, a Petrobras irá garantir os recursos para os investimentos evitando a elevação significativa de seu grau de alavancagem. Demonstrando as suas práticas de responsabilidade social e ambiental, conquistou pelo quarto ano consecutivo a participação no Índice Dow Jones de Sustentabilidade, o mais importante índice mundial de sustentabilidade. A perspectiva para 2010 é positiva. Enquanto a passagem de 2008 para 2009 ainda era marcada pela incerteza, a de 2009 para 2010 apresenta tendência de maior crescimento mundial e de incremento dos preços de commodities. A economia brasileira deve apresentar incremento elevado, o que representa aumento de demanda interna e impacto positivo na receita da Empresa. Dada a nossa robusta carteira de projetos, iremos manter os investimentos buscando a integração de nossas atividades e garantindo flexibilidade às operações. Na camada pré-sal, o piloto de Tupi irá marcar uma nova etapa em nossa curva de aprendizado da região. Relações com Investidores.

115 p>115 PROVIDENCIA (PRVI3) Fundada em 1963, a Providência é hoje, líder na fabricação e comercialização de nãotecidos no Brasil, com significativa presença na América Latina e Estados Unidos. Na Cidade de São José dos Pinhais/PR, possui 9 linhas de produção com capacidade de 70 mil toneladas de nãotecido/ano e outra linha na Cidade de Pouso Alegre/MG, com capacidade para 10 mil ton/ano. Recentemente anunciou investimentos de U$ 80 milhões em uma nova planta nos EUA, prevista para o 1º semestre de 2011, aumentando sua capacidade para mais 20 mil ton/ano. No Brasil, apresenta 51% de market share e 35% na América Latina. O nãotecido, que tem como matéria-prima principal o polipropileno, é utilizado em vários segmentos, dentre os quais se destacam: descartáveis médico/hospitalares - utilizado na confecção de roupas e artigos descartáveis de proteção médica, como gorros, máscaras, lençóis, aventais e também em campos cirúrgicos de alta performance; descartáveis higiênicos - principal matéria-prima na confecção de fraldas descartáveis, absorventes higiênicos e lenços umedecidos; e duráveis - aplicação em diversas áreas, como agricultura, decoração, ecologia, construção, indústria, embalagem, confecção, medicina, proteção, transporte, esportes, além de produtos como alto-falantes, panos de limpeza e até mesmo testes de gravidez. Os resultados da Companhia Providência no terceiro trimestre de 2009 mostram a retomada do ritmo de desenvolvimento do setor de nãotecidos. A empresa fecha o período com lucro líquido de R$ 18 milhões, ante ao prejuízo de R$ 2,4 milhões em igual período do ano anterior. O Ebitda ajustado da divisão de nãotecidos totalizou R$ 26,1 milhões, sendo 8,4% superior ao terceiro trimestre de O caixa e aplicações financeiras atingiram o montante de R$ 272 milhões, crescimento expressivo de R$ 101,5 milhões - 59,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O ritmo de evolução vem acompanhado de aumento do volume de vendas da divisão de nãotecidos, que somou 17,7 mil toneladas, crescimento de 15,1% em relação ao segundo trimestre de Isto significa aumento gradativo de vendas ao longo deste ano. Outro destaque é a receita líquida da divisão de nãotecidos, que aumentou 8,4% em comparação com o trimestre anterior, resultando em R$ 100,7 milhões. Resultado de todo este esforço, foi o pagamento de dividendos antecipados, de 50% do lucro do exercício, na data base de 30 de junho de 2009, no montante de R$ 10,5 milhões. No decorrer dos últimos meses a Providência observou claramente a retomada dos volumes de vendas a patamares anteriores à crise econômica mundial. A Companhia acredita que o último trimestre do ano consolidará este movimento. Para o ano de 2010, a expectativa é realizar um volume de vendas com plena ocupação da capacidade operacional, tendo em vista o nãotecido como matéria-prima para bens de consumo não duráveis, cuja comercialização está diretamente relacionada à renda mensal das famílias que vêem mostrando crescimento em sua totalidade. Eduardo Feldmann Costa Diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

116 p>116 ULTRAPAR (UGPA4) A Ultrapar é um dos mais sólidos grupos econômicos brasileiros com posição diferenciada nos três segmentos em que atua: distribuição de combustíveis através da Ipiranga e da Ultragaz, produção de químicos através da Oxiteno e armazenagem de granéis líquidos através da Ultracargo foi um ano de realizações e de forte crescimento de resultados para a Ultrapar, apesar do cenário macroeconômico desafiador. Na Ipiranga, destacamos a implementação de forma acelerada do nosso plano de negócios na rede adquirida da Texaco através da conversão da rede adquirida para a marca Ipiranga e da integração das operações, maximizando as sinergias e ganhos esperados. Na Ultragaz, os programas de excelência operacional implantados ao longo dos últimos trimestres colaboraram para uma evolução significativa de resultados. Já a Oxiteno, mesmo em face de condições adversas, apresentou crescimento de volumes viabilizado pelas expansões concluídas no final de 2008 e pelo deslocamento de produtos importados. Ao longo deste ano, executamos também as sinergias com a aquisição da União Terminais, permitindo à Ultracargo atingir um novo patamar de resultados. Adicionalmente, a natureza resiliente de nossos negócios e nossa gestão financeira prudente permitiram a obtenção do investment grade pela Standard & Poor s, mesma classificação já atribuída à Ultrapar pela Moody s em Os investimentos realizados pela Ultrapar nos últimos anos e os setores de atuação de seus negócios a posicionam para capturar os benefícios decorrentes do crescimento esperado da economia brasileira para 2010, com reflexos principalmente (i) na Ultragaz, através do volume direcionado para o segmento granel, (ii) na Oxiteno, por meio do aumento das vendas de especialidades químicas, notadamente para os segmentos de cosméticos, detergentes, agroquímicos, petróleo, tintas e vernizes, (iii) na Ipiranga, tanto pelo aumento do volume de diesel quanto pelo crescimento da frota de veículos, e (iv) na Ultracargo, pela maior demanda por infraestrutura logística. Adicionalmente, à medida que avançamos na integração da Texaco, seguimos focados em (i) capturar os ganhos decorrentes da implementação do modelo de negócios da Ipiranga na rede adquirida e da maior alavancagem operacional resultante da maior escala e da atuação nacional e (ii) aumentar nossa participação de mercado em regiões com potencial de crescimento acima da média nacional (Centro-Oeste, Nordeste e Norte). Relações com Investidores.

117 p>117 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS SANEAMENTO BÁSICO EMPRESAS ACOMPANHADAS: COPASA COMPRAR (CSMG3) R$ 37,00 SABESP MANTER (SBSP3) SANEPAR (SAPR4) A estimativa de investimentos em obras de infra-estrutura social e urbana, energética e de logística e transporte para o PAC seria de R$ 503,9 bilhões no quadriênio Entretanto, no inicio de 2009, com cenário econômico conturbado, o governo decidiu ampliar esses recursos para R$ 646,0 bilhões. Esta iniciativa visou reaquecer a economia através da geração de empregos. Contudo, até agosto deste ano, apenas 33,3% da meta de investimentos públicos e privados previstos até 2010 foi plenamente atingida. Quando olhamos especificamente para os recursos destinados para o setor de saneamento, essas métricas se tornam ainda mais assustadoras. Dos R$ 40,0 bilhões orçado, apenas 22% foram efetivamente executados. Atualmente 20% dos municípios brasileiros têm problema de falta ou racionamento de água, segundo a ASSEMAE. Aproximadamente 32 milhões de pessoas não têm acesso à água encanada, 38% dos distritos abastecidos distribuem água sem tratamento, e cerca de 83 milhões de brasileiros que vivem nas cidades não dispõem de esgotamento sanitário adequado. Segundo estudo realizado pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades , para universalizar os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário até 2010, 2015 e 2020 serão necessários investimentos da ordem de R$ 70 bilhões, R$ 123,6 bilhões e R$ 178,4 bilhões respectivamente. Segundo estudos do setor, o investimentos demandados para atender a meta de univercialização dos serviços em 23 anos seria de R$ 10,0 bilhões anuais. Contudo, considerando-se o gasto médio anual de R$ 4,1 bilhões entre , o levantamento aponta para um prazo de 66 anos. (%) Sobre População Total Acesso Esgoto 36,02 43,02 50,92 Agua 65,93 75,89 81,87 Fonte: Trata Brasil/FGV A tabela acima aponta os níveis de cobertura dos serviços de água e esgoto mais recentes e reforça que estamos longe de indicadores dignos. Com base nas informações anteriormente mencionadas, fica clara a necessidade de investimentos para ampliação dos serviços, seja pela importância econômica (geração de empregos) seja pela melhora dos índices sociais. Reforçamos nossa opinião de que num momento em que as ações se voltam para investimentos em infraestrutura, respaldados por linhas de crédito via BNDES e/ou FGTS, as empresas tendem a se beneficiar. Principalmente aquelas companhias que possuem programas de expansão que vão ao encontro dos propósitos do PAC e estrutura de capital adequada.

118 p>118 COPASA (CSMG3) Eleita a melhor empresa do Brasil pelo jornal Valor Econômico, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais Copasa MG, criada em julho de 1963, é uma empresa pública de economia mista, sendo o Estado de Minas Gerais seu acionista majoritário. Atua no setor de saneamento, desenvolvendo atividades que compreendem os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A empresa também transfere tecnologia por meio de atividades de cooperação técnica no Brasil e no Exterior. Em 2006, a Companhia fez sua oferta inicial de ações, no nível mais alto de Governança Corporativa da Bovespa: o Novo Mercado. Os resultados que têm sido alcançados pela Copasa a transformaram em referência de excelência para o Saneamento no Brasil. Somente em 2009, os investimentos da empresa na implantação, ampliação e melhorias de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, incluindo o tratamento de esgotos ultrapassaram R$ 800 milhões. Nesse ano, 92 mil novas residências passaram a contar com os serviços de abastecimento de água e 163 mil com esgotamento sanitário. O avanço no tratamento de esgoto foi significativo e o volume tratado deverá ter um aumento de quase 11% em relação a O crescimento na prestação de serviços de abastecimento de água foi de 2,3% na população atendida, atingindo 12,7 milhões de habitantes em dezembro de Além de expandir sua atuação em localidades já atendidas, a Copasa iniciou a operação de sistemas de água em 7 novas localidades. Em relação aos sistemas de esgotamento sanitário, a expansão é maior, resultado do esforço empreendido para aumentar a cobertura nas localidades já operadas e crescer o número de concessões. A população atendida pelos serviços da empresa deverá atingir 7,5 milhões de habitantes, com o acréscimo previsto de aproximadamente 11%. O número de localidades atendidas aumentou 7,9%, atingindo 178 localidades operadas. As premiações recebidas este ano comprovam a excelência do trabalho da Copasa. A Companhia foi eleita como a Empresa de Valor 2009, premiação concedida à melhor empresa brasileira entre as 1000 melhores do ano, pelo Jornal Valor Econômico. E, pelo segundo ano consecutivo, ela foi escolhida a melhor empresa do Setor de água e saneamento do Brasil pela Revista Valor Econômico. O Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento PNQS, concedido pelo Comitê Nacional da Qualidade, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES, também confirma os resultados obtidos pela Copasa. Segundo o último diagnóstico disponível do SNIS, a Copasa está entre as companhias estaduais do setor de saneamento no Brasil com os melhores índices operacionais. Para 2010, a Copasa pretende avançar a expansão no Estado focando, principalmente, a obtenção de novas concessões de esgotamento sanitário que fazem parte de seus drivers de crescimento. Eduardo Otávio Moraes Raso - Gerente de Relações com Investidores.

119 p>119 SABESP (SBSP3) A SABESP é uma das maiores prestadoras de serviços de água e esgoto do mundo com base no número de clientes. Está presente em 365 dos 645 municípios do Estado de São Paulo, atendendo a 23,3 milhões de pessoas com água, que representam aproximadamente 60% da população urbana do Estado de São Paulo, e 19,5 milhões de pessoas com esgoto. As importantes transformações na regulação do setor de saneamento, ocorridas em 2007, geraram novos desafios e oportunidades para a Sabesp. A Sabesp está autorizada atuar fora do Estado de São Paulo e exterior. A Companhia vem se estruturando para ampliar a base de sua atuação e, ao mesmo tempo, passar a ser uma empresa de soluções ambientais. A Sabesp está inserida no Novo Mercado da BM&FBovespa (100% de ações ordinárias) e NYSE, onde 49,7% das ações estão em negociação. Desde dezembro 2007 faz parte do Índice de Sustentabilidade da Bovespa ISE. Até setembro de 2009, a Sabesp obteve receita líquida de R$ 4,9 bilhões, crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O LAJIDA dos nove primeiros meses de 2009 foi de R$ 1,9 bilhão e a margem de 38,9%. Graças ao agressivo programa de redução de perdas, o índice que era 28,3% em setembro de 2008, recuou para 26,5% em setembro de Com relação aos empréstimos e financiamentos, cabe destacar que no mês de outubro, a diretoria do BID aprovou um empréstimo de US$ 600 milhões para que a Sabesp dê continuidade às obras do Projeto Tietê, que entra agora em sua terceira fase. Ainda no mês de outubro a Sabesp assinou contrato de financiamento de US$ 100 milhões com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento BIRD para o Programa Mananciais. Outro destaque foi a aprovação pela Assembléia Extraordinária de Acionistas da Sabesp e pela Diretoria do BNDES da concessão de crédito para lançamento de três emissões de debêntures privadas, não-conversíveis em ações, com garantia real, cada uma no montante de R$ 275 milhões, totalizando R$ 826 milhões, para subscrição exclusiva pelo BNDES e pela BNDESPAR. A primeira emissão foi em dezembro de 2009 e as subseqüentes ocorrerão em 2010 e Para o ano de 2010, a Sabesp continuará avançando no seu programa de investimentos. O Capex projetado para o ano de 2010 é de R$ milhões. Os principais projetos são: i) o Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água, com perspectiva de redução do índice de perdas dos atuais 26,5% para 20,0% em 2013; ii) Programa Onda Limpa que tem como objetivo aperfeiçoar e expandir os sistemas de esgoto nos municípios que formam a Região Metropolitana da Baixada Santista; iii) Programa Córrego Limpo que visa à despoluição e a limpeza dos córregos urbanos, sendo que no período pretende-se despoluir 100 córregos; iv) Projeto Tietê 3ª fase cujo objetivo é dar continuidade à melhoria da qualidade ambiental da bacia do Alto Tietê, por meio da ampliação da infra-estrutura de coleta, afastamento e tratamento de esgoto. Serão investidos cerca de US$ 1,05 bilhão com previsão de conclusão em No ano de 2010 a Sabesp pretende formalizar contrato com a Prefeitura Municipal de São Paulo e continuar renovando as concessões vencidas e vincendas, bem como trabalhar no avanço da sua área de concessão. Angela Beatriz Airoldi - Gerente de Relações com Investidores

120 p>120 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS SAÚDE EMPRESAS ACOMPANHADAS: AMIL (AMIL3) CREMER (CREM3) DASA (DASA3) DROGASIL (DROG3) MEDIAL SAÚDE (MEDI3) ODONTOPREV (ODPV3) PROFARMA (PFRM3) Fonte: OMS MANTER VENDER COMPRAR O ano de 2009 não foi fácil para alguns segmentos do setor de saúde. As operadoras de planos médicos foram, dentre as empresas do setor, as que mais sofreram com a crise. Não fosse suficiente, ainda enfrentamos o surto de gripe H1N1, que ficou mais conhecida como gripe suína. O fator perda de postos de trabalho ocasionou o tão comentado efeito de corrida aos consultórios, haja vista que com a possibilidade de demissão, os beneficiários optam pela antecipação dos tratamentos, receando possível futura dependência do sistema público de saúde. A conjunção desses fatores resultou no aumento do índice de sinistralidade, ou seja, maiores despesas com atendimento médico. Outras empresas que sofreram com este movimento de antecipação de tratamentos foram as operadoras de planos odontológicos. Entretanto, o impacto é menos significativo, uma vez que, este segmento apresenta ticket médio muito abaixo dos planos médicos, melhores margens e menor penetração. Enquanto umas perdem outras ganham, assim foi com o segmento de medicina diagnóstica. Com o aumento da procura pelos consultórios médicos e solicitações de exames, as empresas de diagnóstico apresentaram considerável resiliência ao processo de desaceleração econômica, observado no transcorrer do final de 2008 para inicio de Isto porque, estas empresas ganham pelo volume de exames, sejam laboratoriais ou de imagem. Apesar dos obstáculos enfrentados no ano de 2009, o setor de saúde suplementar tem apresentado significativo crescimento nos últimos anos. Esta evolução esta relacionada à maior geração de empregos formais, aumento da renda e aumento da expectativa de vida. A combinação desses fatores impulsiona a expansão de outros segmentos do setor, como a fabricação e distribuição de produtos médico-hospitalares e farmacêuticos. Quando se fala em números, só o setor farmacêutico, em 2008, faturou cerca de R$ 31,0 bilhões. O setor de saúde como um todo movimentou mais de R$ 200,0 bilhões em 2007, os gastos do setor (público e privado) corresponderam 8,4% do PIB naquele ano. Olhando para países com economias desenvolvidas, este patamar fica bem próximo. Contudo, quando destrinchamos entre gastos públicos e privados, observamos que menos de 50% correspondem ao setor público, enquanto que em países europeus, por exemplo, os gastos públicos correspondem a 90% do total. Mesmo quando olhamos para países da America Latina os investimentos públicos são da ordem de 4,5% do PIB, já no Brasil ficam em torno de 3,5%. Este é um dos estímulos para a ascensão dos serviços de saúde privados no Brasil. Os fatores anteriormente mencionados, associados às perspectivas favoráveis para o crescimento econômico em 2010, reforçam nosso viés positivo ao setor de saúde.

121 p>121 AMIL PARTICIPAÇÕES S.A. (AMIL3) A história da Amilpar inicia-se com a aquisição da Casa de Saúde São José em 1972, uma pequena clínica de maternidade na cidade de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Em 1978 foi fundada a Amil Assistência Médica, quando a Companhia ingressou no mercado de planos de saúde. Desde então, a Amilpar desenvolveu as marcas mais reconhecidas e respeitadas no setor de assistência à saúde suplementar por meio de uma estratégia de crescimento lucrativo, tanto organicamente como por meio de uma série de aquisições estratégicas, oferecendo aos seus associados produtos diversificados e inovadores de assistência à saúde. Estreou na Bovespa em 2007, fazendo parte do Novo Mercado, o nível de listagem com o padrão mais alto de governança corporativa. A Amilpar é a maior empresa de Medicina de Grupo no Brasil, de acordo com a ANS, atendendo atualmente a mais de 3 milhões de Beneficiários nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e no Distrito Federal. A Companhia também é a empresa de Medicina de Grupo com a maior Rede Credenciada do País, abrangendo mais de (i) hospitais; (ii) consultórios e clínicas médicas; e (iii) laboratórios e centros de diagnóstico de imagens. O ano de 2009 apresentou uma conjuntura bastante desafiadora, tanto no cenário econômico brasileiro quanto mundial, em função da crise de confiança decorrente do problema hipotecário norte-americano (home loan crisis), que culminou com a quebra do Lehman Brothers em setembro de 2008 e seus impactos nas bolsas de valores ao redor do mundo. Apesar da dificuldade apresentada por este cenário, o mercado de saúde suplementar demonstrou sua resiliência a períodos de estresse, em função do nível de importância dos serviços que oferece. Além disso, a Companhia soube aproveitar as oportunidades que foram apresentadas. Um grande exemplo disso foi a aquisição da Medial Saúde S.A. em novembro de A Medial atende atualmente quase 2 milhões de beneficiários nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal, e conta com uma rede própria com 10 hospitais e 48 centros médicos. Com mais esta aquisição, a Amilpar confirmou sua posição de principal consolidadora do mercado de saúde suplementar brasileiro: após a aquisição, a participação de mercado da Companhia em planos de saúde no Brasil passou de 6,2% para 10,1%, demonstrando de forma definitiva sua posição de liderança nos principais mercados do país: São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2010 a Amilpar continuará a avaliar todas as oportunidades que o mercado vier a oferecer que possam gerar valor para nossos acionistas, seja através de crescimento orgânico, seja através de aquisições estratégicas. A maioria dos indicadores econômicos demonstra atualmente uma retomada do nível da atividade econômica, emprego e renda no país. Estes fatores são fundamentais para que 2010 possa ser um ano bastante positivo para o setor. A Companhia está muito bem posicionada para aproveitar todas as oportunidades que venham a surgir em Roger Nickhorn Coordenador de Relações com Investidores.

122 p>122 CREMER (CREM3) Fundada em 1935, a Cremer é fornecedora líder em várias categorias de produtos descartáveis e consumíveis que facilitam e aperfeiçoam os cuidados com a saúde nas áreas de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene, para uso profissional e doméstico; um mercado estimado de aproximadamente R$ 4,5 bilhões/ano. A sólida posição da Companhia resulta da combinação de (1) produtos de qualidade superior com uma marca altamente reconhecida, (2) escala e excelência operacional e (3) capilaridade e presença nacional que colocam a Companhia em uma posição única no setor. A Cremer abriu seu capital no segmento do Novo Mercado da Bovespa em abril de 2007, aderindo aos mais altos níveis de governança corporativa, sob o código CREM3. O ano de 2009 foi excelente para a Cremer, começando pela mudança na diretoria em maio, que entrou com o mandato de continuar a crescer com rentabilidade e maximizar o retorno sobre capital investido. No ano, a Companhia continuou apresentando um consistente aumento da receita, comprovando a resiliência do setor de saúde, combinado com expressivo aumento das margens e consequentemente maior lucratividade e rentabilidade. Foram criadas 5 áreas de foco estratégico na empresa: (1) Recursos Humanos, (2) Manufatura, (3) Cadeia de Suprimentos, (4) Comercial e (5) Financeira. Em cada uma dessas áreas foram desenvolvidas iniciativas específicas buscando atingir crescimento com rentabilidade. Algumas iniciativas já foram implementados em 2009, por exemplo em recursos humanos, com a implemantação de um programa de remuneração variável baseado no desempenho operacional e ROIC; na cadeia de suprimentos, com a melhoria nos níveis de serviço combinado com a redução das despesas com frete e otimização dos estoques; na área comercial, com o processo de racionalização do portfólio de produtos e com a assinatura de um contrato de exclusividade com a Lemgruber, importante fornecedor de luvas de procedimento e cirúrgicas, abrindo uma nova alternativa de crescimento através de parcerias estratégicas; e na área financeira, onde foram feitos importantes avanços nos sistemas de informações gerenciais e otimização da estrutura de capital, com a restituição de capital aos acionistas no valor de R$ 120 milhões. Um importante desafio da Companhia para 2010 será continuar o crescimento com rentabilidade. Alguns dos projetos estratégicos que iniciaram em 2009 e serão executados em 2010 são na (1) área comercial, com a execução dos planos de go-to-market e branding; (2) cadeia de suprimentos, com a implementação do warehouse management system nos centros de distribuição, (3) manufatura, com a expansão dos projetos de lean manufacturing e Kaizen e (4) área financeira, com a continuidade da estratégia de pagar 100% do lucro líquido na forma de dividendos e JCP a cada trimestre, enquanto a Companhia não atingir seu objetivo de estrutura de capital. Daniel Nozaki Gushi - Gerente de Relações com Investidores

123 p>123 DROGASIL (DROG3) A história da Drogasil tem início com a sua fundação em 28 de março de 1935, quando dois proprietários de pequenos grupos de farmácias, Drogaria Bráulio e Drogaria Brasil, resolveram fazer uma fusão de suas empresas e formam uma nova sociedade que passa a operar sob a denominação de Drogasil. A Drogasil torna-se um sociedade anônima em Em 20 de julho de 1977, obteve o seu registro junto à CVM. Em 11 de Junho de 2007, a Drogasil S.A. registra-se na listagem do Novo Mercado o segmento de maior grau de governança corporativa da BM&FBovespa. Segundo o ranking da ABRAFARMA( Associação Brasileira da rede de Farmácias), a Drogasil é a segunda maior rede de drogarias do Brasil, no critério faturamento base ano A Companhia atua há 74 anos no mercado varejista de medicamentos e produtos de higiene e beleza no Brasil. Encerramos o terceiro trimestre de 2009 com funcionários. O Mercado de medicamentos no Brasil, segundo o relatório IMS Health New Flash 09/09 apresentou crescimento no comparativo 9M09s9M08 de 6.5% em unidades e 13.0% em reais. A Drogasil apresentou crescimento na venda de medicamentos de 34.9% no mesmo período. Do total da receita bruta no período de 9M09, 73.5% foram originados pela venda de medicamentos e 26.5% pelo segmento não medicamentos, que na Drogasil, significa majoritáriamente, produtos de cosmética e higiene pessoal. Neste mesmo período, destacamos o crescimento de vendas em todos os segmentos de medicamentos na Drogasil quando comparado ao mercado brasileiro de medicamentos de marca, isentos de prescrição(otc) e genéricos. Com uma rede de 281 lojas(base 21/12/2009) e com atuação em 78 municípios distribuídos em cinco estados do Brasil (Espirito Santo, Brasilia(DF), Goías,Minas Gerais e São Paulo) a Drogasil vem consistentemente crescendo sua participação de mercado no segmento de medicamentos nos últimos cinco anos e em cada estado onde atua. Em setembro 2009, a Drogasil mantinha um participação de mercado de 4.5% do mercado nacional de medicamentos. A DROGASIL é listada no segmento Novo Mercado da BM&F Bovespa, e está dentro dos mais elevados padrões de governança corporativa exigidos. Mantém conselho fiscal atuante com três membros e conselho de administração com 8 membros, sendo dois independentes. A diretoria executiva é formada por quatro profissionais do mercado, com experiências profissionais distintas. O diretor geral não acumula a função de presidente do conselho de administração. Todos os atos administrativos e legais são apresentados com isonomia e alto nível de transparência, o que certamente dá segurança total ao investidor. O capital social é representado por 59,3 milhões de ações, com um free float de 41.4%, sendo o perfil composto por 62% de investidores internacionais e 38% de investidores do Brasil. Mantemos 894 farmacêuticos para 281 lojas, ou seja, consultoria farmacêutica durante todo o horário de funcionamento de nossas lojas. A rede é cada vez mais priorizada pelas indústrias farmacêutica, de cosmética e higiene pessoal no lançamento de novos produtos. Iniciativas como a introdução da substituição tributária no segmento de medicamentos e cosmética, nota fiscal eletrônica de ICMS, que contribuem para a redução de evasão fiscal, bem como regulamentação sobre as práticas de varejo farmacêutico constituem vetores importantes de crescimento para a Drogasil aliados à crescimento de renda, perfil de população acima de 60 anos crescente no Brasil e maior penetração do medicamento genérico no Brasil. A Drogasil, nos últimos 5 anos, tem apresentado consistente crescimento em vendas, lucro líquido e Ebitda. As vendas crescem à uma taxa efetiva de crescimento composto de 26,2% e o Ebitda à 41.1%. Em 2010, serão 75 anos de uma história de sucesso dentro do nosso mercado de atuação. Roberto Listik Relações com Investidores- Gerente.

124 p>124 ODONTOPREV (ODPV3) A Odontoprev SA foi fundada em São Paulo por cirurgiões-dentistas em 1987, e se tornou líder em planos odontológicos no Brasil em Hoje, a Companhia atende a cerca de 2,6 milhões de associados, de mais de 5 mil empresas, em todos os estados. A OdontoPrev fez sua abertura de capital no Novo Mercado da Bovespa em 2006, e é a única empresa listada dedicada 100% à Odontologia, no mundo. Desde 2006, a OdontoPrev já realizou 7 aquisições de empresas ligadas à saúde bucal, todas pagas à vista, mantendo sólida estrutura de capital, sem qualquer dívida, com consistente política de remuneração aos acionistas. O mercado de planos odontológicos, o de mais forte crescimento dentre o setor de saúde, apresentou nos 9 primeiros meses de 2009 uma expansão já superior a 10% em relação ao fechamento de Trata-se, mais uma vez, da comprovação da principal tese de investimento da Companhia: o Brasil tem apenas 6% de sua população atendida por planos odontológicos, ao passo que nos EUA este percentual já é de 60%. Acreditamos que há significativo potencial de expansão de nosso mercado, principalmente por empresas especialistas no que fazem, que tenham custos baixos, economia de escala e apresentem investimentos em inovação e tecnologia. A disciplina comercial da OdontoPrev, baseada sempre em contratos de médio e longo-prazos, aliada à gestão exclusivamente focada à Odontologia, permitiu a Companhia crescer 20% sua receita até setembro de 2009, tendo o lucro por ação crescido 8% quando comparado a setembro de Em outubro, anunciamos acordo de associação com o Bradesco, que levará a OdontoPrev dos atuais 2,6 milhões de associados para 4 milhões já ao início de Em conseqüência da associação Bradesco, os acionistas OdontoPrev receberão, no primeiro semestre de 2010, cerca de R$187 milhões, provenientes do caixa da Companhia, e mais R$ 248 milhões, que virão do Bradesco, via subscrição de ações OdontoPrev. Se lembrarmos que a listagem de nossas ações na Bovespa ocorreu ao final de 2006, quando captamos R$ 171 milhões, e que já havíamos distribuído mais de R$ 77 milhões aos acionistas até meados de 2009, vemos que o montante geral de remuneração aos nossos acionistas superará meio bilhão de reais, em pouco mais de 3 anos após abertura de capital. Esta é nossa mensagem aos investidores OdontoPrev: foco em resultados, elevados padrões de governança corporativa e transparência, com excelência na gestão de saúde bucal. Em 2.010, pela primeira vez, contaremos com uma parceria do tamanho e qualidade do Bradesco, certamente detentor de inúmeras oportunidades de abertura de novos canais de distribuição de planos odontológicos. Em 2010, também em iniciativa pioneira, começaremos operações fora do Brasil, mais especificamente no México, em parceria com importante empresa local. Finalmente, vale lembrar que nossa recente Assembléia de 23/12 também aprovou que a OdontoPrev dobre o montante anual a ser distribuído aos acionistas, dos atuais 25%, para o mínimo de 50% do lucro anual passível de distribuição. Queremos, em 2010, aproximar o investidor individual cada vez mais de nossa base de acionistas, deste que é um dos IPO s de maior sucesso do mercado de capitais brasileiro dos últimos anos. Para isso, será um prazer trabalhar ainda mais e em conjunto com a Coinvalores. José Roberto Pacheco Diretor de Controladoria e Relações com Investidores.

125 p>125 PROFARMA (PFRM3) A Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos S.A atua há 48 anos na distribuição de produtos farmacêuticos, higiene pessoal e cosméticos, nos mais populosos estados brasileiros. Com 12 centros de distribuição, a Profarma comercializa aproximadamente 18,0 milhões de unidades por mês e atende a aproximadamente 31 mil pontos de venda, consolidando-se entre as empresas líderes deste setor no Brasil. Cobrindo uma área geográfica que representou 91,0% do mercado consumidor de produtos farmacêuticos do Brasil em 2009, a Profarma, com sua equipe especializada e comprometida, busca tornarse o maior e mais rentável distribuidor atacadista de produtos farmacêuticos no Brasil por meio de resultados consistentes e sustentáveis, mantendo baixos custos operacionais, fortalecendo suas vantagens competitivas e maximizando valor para os acionistas. De fato, o ano de 2009 foi marcado pelo foco na melhoria da rentabilidade da Profarma, com ações objetivas para redução das despesas operacionais, incremento na margem bruta e redução do ciclo de caixa da empresa. A Profarma consolidou seus resultados positivos alcançados ao longo do ano, fortalecendo ainda mais sua solidez financeira e seu posicionamento no setor de distribuição. Aliada a esta melhor margem operacional, a Profarma gerou pelo quinto trimestre consecutivo um fluxo de caixa operacional positivo. Vale ressaltar adicionalmente que no terceiro trimestre deste ano a Companhia apresentou um ciclo de caixa de 51,6 dias, que veio a ser a sua melhor marca desde o ano de Desta forma, pelo terceiro trimestre consecutivo a Profarma reduziu sua relação dívida líquida / ebitda. Com os resultados apresentados ao longo do ano de 2009, a Profarma dá continuidade a execução das estratégias de otimização de seus recursos financeiros, iniciada em 2008, e reforça a sustentabilidade de seus resultados positivos. A Profarma é listada no Novo Mercado da Bovespa, e está dentro dos padrões de governança corporativa exigidos com um alto nível de transparência, o que certamente dá segurança total ao investidor. A Companhia não tem política de divulgação de guidance, portanto não é abordado as perspectivas para Relações com Investidores.

126 p>126 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS SEGUROS EMPRESAS ACOMPANHADAS: PORTO SEGURO (PSSA3) SUL AMÉRICA (SULA11) Vamos começar nossa abordagem neste setor dando uma pincelada na história recente do mesmo. Segundo levantamos junto ao Relatório Setorial da Lopes Filho & Associados, Consultores de Investimentos de 09/mar/09, a indústria brasileira de seguros passou por significativas mudanças desde a implantação do Plano Real. Duas importantes medidas de natureza legal destacaram-se em A primeira foi a liberação para o funcionamento de empresa seguradora estrangeira nos ramos/previdência, já que havia o impedimento legal de que o capital estrangeiro participasse com mais de 50% do capital ou um terço das ações de seguradora brasileira. A segunda importante medida de natureza legal foi a quebra do monopólio ressegurador do IRB. Posto isto, fazendo uma pequena retrospectiva de 2009 pode-se dizer que o mercado como um todo continuou a crescer apesar da retração econômica, principalmente no 1º sem/09. Contou positivamente a redução do IPI para automóveis novos, impulsionando as vendas de seguros de veículos. Todavia, no segmento saúde o ambiente foi menos favorável, pois observou-se queda nas vendas e elevação dos cancelamentos em decorrência da desaceleração econômica e seus efeitos perversos sobre os postos de trabalho. Os resultados foram prejudicados pelo aumento da sinistralidade. Em automóveis percebeu-se elevação dos furtos de veículos na primeira metade do ano associado às chuvas acima da média histórica. Em saúde, uma combinação de gripe suína e efeitos da crise econômica lotou os postos de atendimentos privados acarretando custos adicionais para as seguradoras. Interessante notar os efeitos negativos da queda das taxas de juros sobre os resultados das seguradoras. O COPOM realizou diversos cortes na taxa de juros ao longo de 2009 como forma de responder ao forte processo de desaquecimento econômico mundial. Interessante notar que tal receita foi oposta às adotadas anteriormente que se baseavam em elevar a taxa de juros para segurar capital e impedir a alta inflacionária. Justificável, pois agora o bicho era outro. Como a maior parte das seguradoras possui grande percentual de suas carteiras de investimentos lastreadas em CDI, observou redução da taxa de retorno sobre aplicação. Talvez o que tenha causado mais impacto no setor foi exatamente a movimentação dos bancos na ponta de compra: O Santander adquiriu 50% da Tókio Marine Holdings na Real Tókio Marine Vida e Previdência; o Itaú Unibanco se associou à Porto Seguro nos ramos de automóveis e seguros residenciais; o BB anunciou o fim da parceria com a SulAmérica na Brasilveículos e ampliação da parceria com a espanhola Mapfre; e o Bradesco anunciou associação com a OdontoPrev em plano odontológicos. Em termos de números absolutos, nossa expectativa é que a rentabilidade do setor melhore em 2010 quando comparado a O setor deve fechar 2009 com crescimento de 6% a 7%. Já para 2010, esperamos algo em torno de 11%. Sem dúvida a melhora do ambiente macro econômico deve propiciar elevação dos prêmios e queda da sinistralidade. Resta a dúvida como essas empresas vão alavancar seus resultados financeiros num ambiente de taxas de juros menos selvagens.

127 p>127 SUL AMÉRICA (SULA11) Maior grupo segurador independente do Brasil, com sólida reputação e forte reconhecimento da marca, a SulAmérica possui um modelo de negócios multilinha que oferece um amplo portfólio de produtos e serviços de alta qualidade nos segmentos de saúde, automóveis, riscos industriais e comerciais, seguros de pessoas e previdência privada, e gestão de ativos. Com presença nacional, a companhia conta com mais de 100 pontos de presença, incluindo sucursais nas principais cidades do país, que garantem apoio aos mais de 28 mil corretores que distribuem seus produtos. A empresa mantém ainda parcerias com algumas das mais respeitadas instituições financeiras brasileiras para distribuição de seus produtos e serviços, ampliando o alcance da rede de corretores. Desde outubro de 2007, a SulAmérica integra o Nível 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da BM&FBovespa. A SulAmérica e a indústria de seguros em geral, beneficiaram-se grandemente da expansão econômica, da melhor distribuição de renda e da expansão das operações de crédito observados nos últimos anos. A indústria de seguros atravessou o ano de 2009 mantendo um bom desempenho, e mostrando oferecer uma importante resiliência a períodos de desaquecimento. A incorporação de novos mercados de consumidores, como as pequenas e médias empresas, novos produtos e canais de distribuição contribuíram para que a indústria mantivesse a trajetória de crescimento observada nos últimos anos, ampliando sua penetração na economia nacional. Segundo dados da SUSEP e da ANS, os prêmios da indústria de seguros apresentaram crescimento de 5,5% nos nove meses de 2009 quando comparado ao mesmo período de A SulAmérica beneficiou-se de seu modelo multilinha, obtendo crescimento e rentabilidade em suas principais áreas de negócios. A companhia encerrou os primeiros nove meses de 2009 alcançando R$ 6,4 bilhões em prêmios de seguros, com crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os prêmios de seguro saúde aumentaram 9,3% em relação aos nove meses de 2008 e os prêmios de seguros de automóveis cresceram 21,5% no mesmo período, com a frota segurada alcançando 2,1 milhões de veículos em setembro de Cabe destacar que o segmento de automóveis da SulAmérica alcançou uma participação de mercado de 16,7%, com aumento de 1,4 p.p. em relação ao final de 2008.O lucro líquido foi de R$ 269,4 milhões e o retorno sobre o patrimônio líquido anualizado foi de 14,3%. A SulAmérica manterá seu foco na ampliação de ofertas inovadoras e diversificadas, seguindo uma estratégia que tem apresentado excelentes resultados nos últimos anos, com a customização de produtos de seguros e o fortalecimento de sua relação com os corretores de seguros, principais parceiros comerciais da companhia. Além disso, a companhia poderá explorar regiões estratégicas, que ainda tem alto potencial de penetração de seguros, e são pouco exploradas pela companhia. O crescimento orgânico predominará entre os fatores que contribuirão para o desenvolvimento da companhia principalmente com ações de CRM, buscando incentivar as vendas cruzadas. A companhia buscará aumentar o alcance de suas parcerias de distribuição, permitindo uma maior diversificação dos seus canais de distribuição, complementando o principal canal que é representado por mais de 28 mil corretores de seguros. Além das oportunidades já mencionadas, o ano de 2010 exigirá um permanente controle dos custos em todos os seus segmentos. A SulAmérica continuará com seu programa de aprimoramento de eficiência operacional iniciado em 2009, focando na revisão e otimização de processos operacionais. Arthur Farme d Amoed Neto Vice-presidente Corporativo e de Relações com Investidores

128 p>128 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS SERVIÇOS DIVERSOS EMPRESAS ACOMPANHADAS: ABNOTE MANTER (ABNB3) R$ 19,00 BMF&BOVESPA COMPRAR (BVMF3) R$ 15,50 CETIP (CTIP3) CONTAX COMPRAR (CTAX4) TEMPO PART. (TEMP3) A evolução dos diversos setores do PIB, no decorrer do século, tem mostrado uma clara queda da participação da Agricultura, de 45% em 1900, para cerca de 10% nas últimas décadas. Inicialmente, esta queda foi compensada pela expansão da Indústria, que passou de 12% do PIB no início do século, aumentando continuamente sua participação até meados da década de 1970, quando chega a 34% do total. Contudo, o destaque nesta avaliação fica por conta do setor de serviços que responde pelo restante da produção e tem apresentado constante ganhos de participação ao longo do tempo, refletindo uma tendência clássica no desenvolvimento das nações. Os serviços partem de 44% do PIB em 1900, chegam a 50% nos anos 30 e 40 e a 61% na última década do século. No último ano, o PIB do setor de serviços representava cerca de 65,3% da economia local. Trabalhamos com projeções de expansão do PIB de serviços acima de 4% em O bom desempenho do setor foi, principalmente, sustentado pelo bom desempenho do comércio. Para maiores detalhes sobre as perspectivas para o setor de Varejo, recomendamos a leitura da Análise Setorial na página 143. Os segmentos inerentes aos setores de serviços, como alimentação, educação e saúde, são muito dependentes de salário e renda. Consideramos um cenário extremamente favorável as atividades do setor em 2010, com destaque para: expectativa de manutenção do cenário benigno de inflação, tendência de queda da taxa de desemprego e crescimento da massa salarial. Destacamos também o segmento de intermediação financeira, que, segundo nossa Análise Setorial de Bancos (página 35), a disponibilidade de crédito deverá continuar em forte expansão neste ano de Quando consideramos as empresas acompanhadas pelo Departamento de Análise da Coinvalores, encontramos uma grande diversidade de companhias, muitas vezes estas apresentam baixa correlação entre seus negócios e segmentos. Dito isto, iremos focar nas atividades da BM&FBovespa, também destacando as nossas expectativas para a Bovespa em A seguir, uma rápida avaliação dos principais indicadores da BM&FBovespa. A média de volume negociado no segmento Bovespa (acumulado até Nov/09) apresentou queda de 6,31% em relação ao ano de 2008, contudo, ficou 5,19% maior em relação ao ano de Destacamos o último mês de outubro, que apresentou média de negociações recorde de R$ 7,3 bilhões (grande parte impulsionado pelas expressivas ofertas de ações, como exemplo o maior IPO do mundo Santander Brasil), mostrando que a tendência de aumento de volume de negócios deverá se perpetuar em Destacamos outras duas importantes informações. Primeiro, a concentração de mercado: em jan/02 as 100 maiores empresas representavam 99,07% do volume negociado, e no final de 2009, houve pequena redução da concentração, para 95,74%. Olhando para a participação de mercado, as pessoas físicas passaram de 9,7% em 1994 para 31% em 2009, enquanto os estrangeiros passaram de 21,4% para 35,1% no mesmo período. A manutenção de um cenário inflacionário benigno associado a taxas reais de juros num patamar historicamente baixos deverão continuar elevando a atratividade da renda variável em relação às demais categorias de investimento nos próximos anos. Outro ponto que destacamos é o número de contas de custódia na BM&FBovespa, que totalizava 576 mil no final de novembro, número bastante discreto, quando comparamos, por exemplo, com as 112 milhões de contas correntes no pais (final de 2007).

129 p>129 BMF&BOVESPA (BVMF3) A BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada em 2008 com a integração da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). Juntas, as companhias formam uma das maiores bolsas do mundo em valor de mercado, a segunda das Américas e a líder no continente latino-americano. A nova Bolsa oferece sistemas para negociação ações, títulos e contratos referenciados em ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias e moedas nas modalidades a vista e de liquidação futura. Avanços no segmento BM&F: Implantado em 2008, a conexão do sistema eletrônico de negociação de derivativos (GTS) com o Globex (sistema eletrônico do CME Group), cresceu substancialmente a partir de março de 2009; Foram iniciadas parcerias com empresas provedoras de DMA (Direct Market Access), tais como Bloomberg, Marcopolo e Cedro, permitindo que os investidores conectados a esses provedores enviem ordens para nossos mercados; Em junho de 2009, teve início a modalidade de acesso conhecida como co-location, aplicável aos investidores de alta freqüência. Por meio desse modelo de acesso, os servidores desses participantes são hospedados fisicamente dentro das instalações da BM&FBOVESPA e reduzem sensivelmente o tempo de envio das ofertas aos sistemas de negociação; A última etapa do modelo de DMA para o segmento BM&F foi a entrega da Conexão Direta, em outubro de 2009, que consiste numa conexão direta entre o cliente e a Bolsa. Avanços no segmento Bovespa: Implementação da nova versão do sistema de negociação Mega Bolsa; Lançamento do MegaDirect, que permite a conexão de provedores de DMA; Aumento da capacidade de processamento de liquidação e compensação de 770 mil negócios/dia para 1,5 milhão em novembro/09; 24 ofertas públicas em 2009 (6 IPOs e 18 Follow-Ons), totalizando mais de R$ 45,6 bilhões em captações; A BM&FBOVESPA e a NASDAQ OMX Group celebraram acordo de intenções, válido até 31 de dezembro de 2009 e passível de renovação, sobre possível parceria estratégica, comercial e tecnológica. Segmento Bovespa Os principais direcionadores da evolução dos volumes no mercado de ações são: Investidores de Alta Frequência: implantação do DMA via Provedor, Conexão Direta e Colocation; Ofertas Públicas de Ações: Expectativas para IPOs e Follow ons em 2010; Pessoas Físicas: potencial para elevação do volume negociado pelas Pessoas Físicas, dada a nova realidade econômica e às campanhas de popularização; Investidores Institucionais: potencial de crescimento devido à migração de investimentos para fundos de renda variável e elevação do limite dos Fundos de Pensão para investimentos em ações para 70%; Co-location: Implantação no segmento Bovespa no 1T10; Formador de Mercado para opções sobre ações: Mais liquidez no mercado de opções (à ser implementado no 1T10). Segmento BM&F Para o mercado de derivativos, os principais direcionadores são: Investidores de altafrequência: rápido crescimento nos últimos meses; Depósito de Garantias fora do Brasil: aguardando autorização do BACEN para contratos de Índices de Ações - dentro da agenda de discussão com o governo. Relações com Investidores.

130 p>130 TEMPO PART (TEMP3) A Tempo é uma prestadora de serviços líder na administração de planos de saúde, operação de planos odontológicos e assistência especializada. Cada um de seus negócios administra redes de prestadores pulverizadas e de abrangência nacional, com mais de prestadores de serviços especializados. A Companhia é capaz de alavancar oportunidades de cross selling em sua base de clientes, composta por grandes seguradoras, medicinas de grupo (HMO s), entidades governamentais, empresas privadas e indivíduos. A Tempo beneficia-se de economias de escala por operar sob uma única plataforma operacional e por administrar seus serviços de call center, processamento / auditoria de contas e gerenciamento de rede de prestadores por meio de sistemas proprietários de TI. No 3º trim/09, a Tempo divulgou Receita de R$ 200,2 milhões (acumulado de R$ 563,5 milhões) e EBITDA de R$ 19,4 milhões (acumulado de R$ 54,6 milhões). Nos últimos anos a Companhia adquiriu 10 empresas, cresceu em média 20% ao ano (em faturamento), além de ter feito um IPO no Novo Mercado no fim de Em 2010, a Tempo atuará em novos mercados através da aquisição da Seguradora do Unibanco* - e desenvolverá / fortalecerá novos canais comerciais que visam alcançar o usuário final. Dessa maneira, a Companhia pretende oferecer serviços ainda mais completos a seus clientes e com isso ampliar suas oportunidades de crescimento. *pendente aprovação da ANS Mara Boaventura Dias Gerente de Relações com Investidores

131 p>131 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS SHOPPING CENTERS EMPRESAS ACOMPANHADAS: BR MALLS (BRML3) GENERAL SHOPPING (GSHP3) IGUATEMI (IGTA3) MULTIPLAN (MULT3) O setor de Shopping vem evoluindo de forma satisfatória, tanto em inaugurações quanto em faturamento. Segundo dados da ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers), o Brasil termina o ano de 2009 com 392 centros de compras, que somaram mais de 9 milhões m² de Área bruta locável (ABL). Em 2010, a ABRASCE espera a inauguração de 18 novos shoppings. Esta elevação no número de shopping e no ABL, reflete a melhora no cenário econômico, com redução da taxa de juros. Vale destacar que o setor apresenta aproximadamente 18,3% do volume de vendas do mercado de varejo nacional (exceto automóveis), representando 2% do PIB. As perspectivas para o setor no Brasil são muito positivas tendo em vista maiores níveis de renda e continuo aumento de acesso ao crédito, com maior foco nas classes média e média baixa. Vale destacar que o grande destaque do setor para o faturamento são as datas comemorativas. O fim do ano de 2009 veio com tudo, sendo apresentado como o melhor Natal da década. Segundo os dados da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop) as vendas cresceram 11,26% a mais que em 2008 e o ticket médio também aumentou, estimulado pela melhora da economia e queda do dólar, favorecendo, principalmente, as vendas de importados e eletrônicos. Lembramos que o crescimento de vendas nos shoppings favorece o aumento do tráfego de clientes e também eleva o faturamento nestes locais. Além disso, a expertise dos Shoppings em utilizar merchandising em sua administração comercial do local favorece a receita. Nos últimos anos, o Shopping tem sido um grande canal de comunicação com diferentes opções de publicidade, indoor e outdoor, além disso, este ambiente se tornou uma importante ferramenta comercial, para as realizações de eventos nas áreas internas e de estacionamento. Historicamente, o tráfego de pessoas em Shopping Centers cresce a uma média ponderada de 10% e conseqüentemente o faturamento tende a acompanhar esta alta. Lembrando que diferentes segmentos de varejo obtêm grandes faturamentos cada um em uma data diferente, sendo assim, os shoppings tem um faturamento maior com a circulação e com a disponibilização de seus serviços adicionais, tais como: estacionamento, publicidade (merchandising) e quiosques promocionais que conforme a data e localização, o valor a ser cobrado supera o metro quadrado do aluguel de uma loja. Existe também uma parcela variável de aluguel cobrada por alguns administradores de shoppings sobre o faturamento do varejo que ultrapasse um limite pré-estabelecido em contrato. Outro destaque vem das empresas de Shopping, sendo estas que apresentam maior margem em comparação as outras companhias abertas.

132 p>132 BR MALLS (BRML3) A BRMALLS é a maior empresa integrada de shopping centers do Brasil, detendo participação em 35 shoppings, que totalizam 1,0 milhão de m² de Área Bruta Locável (ABL) e 458,6 mil m² de ABL próprio. A companhia possui 5 projetos greenfields e 7 expansões em desenvolvimento, que somados elevam o ABL total da companhia para 1,2 milhão de m² e o ABL próprio para 625,2 mil m² nos próximos anos. A BRMALLS é a única empresa nacional de shopping centers, com presença em todas as cinco regiões do Brasil, atendendo aos consumidores de todas as diferentes classes sociais do país. A Companhia oferece serviços de administração ou comercialização para 28 shoppings centers, nos quais 26 shoppings centers detém participação, totalizando 869,3 mil m² de ABL. O desempenho da companhia no terceiro trimestre de 2009 foi bastante positivo, apresentando uma continuidade na melhoria de indicadores e resultados. Além disso, continuamos observando no trimestre uma melhora do cenário econômico e do mercado de capitais. Alcançamos Receita Líquida de R$ 94,2 milhões, um crescimento de 14,0% sobre o mesmo período do ano anterior. Nosso NOI foi de R$ 85,8 milhões, representou um crescimento de 15,3% sobre o 3T08, atingindo uma margem NOI de 91,4%. O EBITDA ajustado atingiu R$ 75,5 milhões, um crescimento de 24,2% sobre o mesmo período do ano anterior. A margem EBITDA ajustada foi de 80,2%, uma elevação de 6,6 p.p. quando comparado ao 3T08. Nosso FFO ajustado atingiu R$ 58,8 milhões, um crescimento de 58,8% sobre o mesmo período do ano anterior. O Lucro Líquido foi de R$ 65,2 milhões no trimestre comparado ao um prejuízo de R$ 22,6 milhões no 3T08, alcançando uma margem líquida de 69,2% e um lucro líquido por ação (LPA) de R$ 0,32 no trimestre e R$ 0,83 no acumulado do ano. Ao longo de 2009, inauguramos três expansões, que adicionaram 12,7 mil m² de ABL, e iniciamos a obra de dois projetos greenfields, que adicionarão 46,0 mil m² de ABL. Em 2010, intensificaremos nossos esforços tanto na comercialização quanto na execução dos projetos greenfields e expansões, com previsão de iniciar a obra de pelo menos uma grande expansão e um projeto greenfield, que adicionarão 55,9 m² de ABL. Nossa posição de caixa no final do terceiro trimestre de 2009 foi de R$ 1,2 bilhão, que serão utilizados para financiar o crescimento da companhia, tanto via aquisições quanto nos gastos relacionados aos projetos. Estamos confiantes com as perspectivas econômicas para Brasil, em especial os setores de varejo e shoppings centers. Além disso, a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 exigirá investimentos, tanto públicos quanto privados, estimados em cerca de R$ 30 bilhões. Estamos muito bem posicionados nesse sentido, visto que 8 dos nossos 35 shoppings estão localizados na Região Metropolitana do Rio, o que corresponde a cerca de 40% do NOI da companhia. A consistência do crescimento de nossos resultados, nosso posicionamento no setor e o reaquecimento da economia, nos deixam bastante otimistas para buscar e aproveitar novas oportunidades, de modo à reacelerar o ritmo de crescimento da companhia. Relações com Investidores.

133 p>133 IGUATEMI (IGTA3) A Iguatemi é uma das maiores empresas full service no setor de shopping centers do Brasil. Suas atividades englobam a concepção, o planejamento, o desenvolvimento e a administração de shopping centers regionais e complexos imobiliários de uso misto. A Iguatemi detém participação em 11 shopping centers, que totalizam mais de 400 mil m² de ABL, sendo a sua ABL própria correspondente a 215 mil m². O ano de 2009 foi novamente repleto de importantes conquistas para a Iguatemi. Apesar da crise econômica mundial, nossos shoppings continuaram crescendo. Conseguimos reajustar nossos contratos de aluguéis sempre acima da inflação e ainda remodelar o mix de alguns empreendimentos, sempre buscando oferecer qualidade e inovação aos nossos consumidores e clientes. Pelo segundo ano consecutivo, a marca Iguatemi foi listada entre as 50 marcas mais valiosas do Brasil, certificando nosso compromisso em sempre oferecer os melhores serviços e o mix mais qualificado do setor, objetivando a melhor experiência de compra aos nossos consumidores. Além disso, realizamos nossa segunda oferta primária de ações, captando R$ 410,4 milhões, o que nos permitirá acelerar ainda mais nosso plano de crescimento, através da construção de novos shoppings, expansão do portfólio atual e possíveis aquisições selecionadas. Estamos confiantes que 2010 será mais um ano de resultados positivos e crescimento, assim como foram estes últimos 30 anos da Iguatemi. Em março teremos a inauguração do Iguatemi Brasília, primeiro shopping fora do eixo Rio/São Paulo a carregar marcas internacionais e no final do ano teremos a inauguração de mais um importante greenfield, o Iguatemi Alphaville. Em 2010, também iremos iniciar a comercialização dos outros shoppings em desenvolvimento e esperamos anunciar novos projetos, além de iniciar o ciclo de expansão dos shoppings em operação. Relações com Investidores.

134 p>134 MULTIPLAN (MULT3) A Multiplan é a maior empresa de shopping centers do Brasil, em termos de receita, além de desenvolver, deter e administrar um dos maiores e mais qualificados portfólios de shopping centers, contando com mais de 34 anos de experiência no setor. A empresa também possui operações estratégicas no setor de incorporação imobiliária residencial e comercial, gerando sinergias com operações relacionadas a shopping centers em terrenos detidos pela Companhia, nas adjacências dos shoppings, destinados a projetos multi-uso. Em 30 de setembro de 2009, a Multiplan administrava 12 shopping centers próprios, com uma participação média de 67,2%, totalizando uma ABL de m², lojas e tráfego anual estimado em 146 milhões de consumidores. Isto posiciona a Companhia entre as maiores administradoras de shopping centers do Brasil, de acordo com a ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers). A Multiplan, visando a controlar e exercer a sua excelência em gestão, detém posição de controle majoritário em 10 dos 12 shopping centers que integram seu portfólio, administrando atualmente todos aqueles nos quais possui participação. Os shoppings da Multiplan registraram vendas no valor de R$1,4 bilhão no 3T09, 17,6% acima do 3T08. As Vendas Mesmas Lojas (SSS, na sigla em inglês) cresceram 5,6% no 3T09, enquanto as Vendas nas Mesmas Áreas (SAS) aumentaram 7,2%. A Receita de Locação teve um aumento de 20,2% no trimestre em relação ao 3T08, alcançando R$81,8 milhões. O Aluguel Mesmas Lojas (SSR) e Aluguel Mesmas Áreas (SAR) mostraram desempenho consistente no trimestre, crescendo 8,1% e 8,9%, respectivamente. Ambos indicadores ficaram acima do IPCA, que por sua vez registrou uma elevação de 4,4% no 3T09 (no comparativo ano contra ano). O resultado líquido operacional (NOI) da Companhia alcançou R$ 78,7 milhões, revelando um aumento de 15,6%, na comparação do 3T09 ao mesmo período do ano anterior. As receitas de locação e de estacionamento, com um crescimento superior a 20%, foram os principais responsáveis por este aumento. O Lucro Líquido Ajustado alcançou R$ 71,4 milhões em 3T09, crescendo 52,6% quando comparado ao 3T08. O EBITDA cresceu 39,2% no 3T09, para R$79,4 milhões, impulsionado pelo aumento de todas as receitas, bem como por uma compensação não recorrente de créditos tributários. Em 9 de outubro a Multiplan concluiu uma operação de Follow on, 100% primária, elevando seu capital em 29,9 milhões de ações (26,0 milhões da oferta-base e 3,9 milhões do lote suplementar, ou green shoe), equivalentes a R$ 792,4 milhões, com o propósito de acelerar o desenvolvimento de seus projetos. Em 27 de outubro foi inaugurada a Expansão Frontal do ParkShopping, totalmente locada, adicionando m² ao shopping center, com 78 novas lojas. Um deck parking, com vagas, também foi inaugurado no ParkShopping, para melhor acomodar seu crescente número de clientes. A Expansão do Shopping AnáliaFranco, com 93 lojas e um novo andar, foi inaugurada em agosto, assim como a segunda fase da Expansão do Ribeirão Shopping, adicionando novos restaurantes ao shopping. No dia 25 de novembro de 2009, foi inaugurado o Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, com 187 lojas, 4 âncoras e estacionamento com vagas, com uma ABL total de m2. Para a Empresa, a estimativa de Resultado Operacional Líquido (NOI), para o terceiro ano é de R$10,9 milhões, gerando um retorno esperado do NOI no terceiro ano de 14,0% A construção do ParkShoppingSãoCaetano, na cidade de São Caetano do Sul, área metropolitana do estado de São Paulo, foi anunciada no dia 5 de novembro. O projeto já está sendo locado para lojistas, e deve ser inaugurado em novembro de O shopping Center deverá gerar uma NOI de terceiro ano de R$ 45,8 milhões e adicionar m² de ABL total ao portfólio da Multiplan. A empresa tem duas expansões em desenvolvimento: A do BHShopping com m², e a 2ª expansão do ParkShoppingBarigüi, com m² de ABL, que deverão ser inauguradas em julho e agosto de 2010 respectivamente. A Multiplan tem um estoque de terrenos de m², com projetos que deverão ser lançados de acordo com as oportunidades do mercado. Rodrigo Krause dos Santos Rocha - Superintendente de Relações com Investidores

135 p>135 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS TECNOLOGIA EMPRESAS ACOMPANHADAS: BEMATECH COMPRAR (BEMA3) R$ 10,00 Talvez o setor de Tecnologia seja o mais heterogêneo entre os que acompanhamos. Temos Tivit e Totvs, especialistas em integrar gestão de negócios, o portal Uol, a diversificada Ideiasnet, a fabricante de PCs Positivo e a Bematech que atua na área de automação comercial. IDEIASNET (IDNT3) POSITIVO INFORMÁTICA (POSI3) TIVIT (TVIT3) TOTVS (TOTS3) UOL (UOLL4) COMPRAR MANTER MANTER Tanto Totvs quanto Tivit devem performar bem no próximo ano, se aproveitando da tendência crescente das companhias nacionais em procurar no mercado soluções de TI sob medida. O grande trunfo da Totvs é estar muito bem posicionada nas pequenas e médias empresas, com um portfólio diversificado, fruto do grande número de aquisições realizadas pela companhia. A Totvs tem sido um dos principais personagens da consolidação do setor de TI brasileiro. A perspectiva para Tivit também é positiva, tanto que recentemente a companhia captou R$ 150 milhões através de um empréstimo junto ao BNDES. Esse montante deve ser investido em projetos de expansão, como os projetos no sul que estão em fase de implantação, ou então em aquisições. Olhando para as companhias voltadas às atividades fabris, mais precisamente Positivo e Bematech, o forte crescimento experimentado por essas empresas foi freado em meados do ano passado em decorrência da crise que acometeu os mercados ao redor do mundo. No Brasil não foi diferente. A produção nacional sofreu retração por dois trimestres seguidos para se recuperar sensivelmente já no 2º trim/09. Outro fenômeno observado após a crise, decorrente da desvalorização do real em relação ao dólar, foi a extinção de alguns pequenos players que não conseguiram aguentar o efeito dos custos crescentes devido a grande quantidade de matéria prima importada. O que resultou no fortalecimento da posição dos grandes players. Vislumbrando a recuperação da economia, com retomada na geração de empregos, melhora na confiança do consumidor e crédito de mais fácil acesso e a um menor custo. O setor tende a apresentar bons resultados em 2010, tendo em vista principalmente o potencial de crescimento devido à baixa penetração ainda observada nas classes com menor poder aquisitivo, especificamente para a Positivo. Além disso, o retorno dos investimentos das empresas que por conta da crise postergaram a aquisição de equipamentos de informática. Além disso, outro fator favorável para o setor é a extensão das medidas de desoneração fiscal para o setor de informática até 2014, anunciada recentemente pelo Governo Federal. Nossas recomendações para as empresas do setor são de compra para Bematech e Positivo. Acreditamos que para as ações POSI3 as perspectivas para médio e longo prazo são boas e os papéis da Bematech ainda apresentam upside interessante frente ao nosso preço-alvo.

136 p>136 POSITIVO INFORMÁTICA S.A. (POSI3) Criada em 1989, a Positivo Informática (BM&FBOVESPA: POSI3) tem presença nacional e internacional, atuando em duas divisões de negócios: Hardware e Tecnologia Educacional. No portfólio de Hardware, a empresa oferece uma linha completa de microcomputadores - desktops e notebooks - e servidores, sendo a líder nacional de mercado de computadores segundo a IDC (International Data Corporation) há 20 trimestres consecutivos. Para dar suporte a todas as suas atividades conta com uma rede de assistências técnicas de cerca de 400 empresas licenciadas cobrindo a totalidade das cidades brasileiras, além da CRP - Central de Relacionamento Positivo. As soluções de Tecnologia Educacional estão presentes em cerca de escolas públicas, escolas particulares e em mais de 900 pontos de venda no varejo. A crise financeira mundial desencadeada a partir do final de setembro de 2008 impactou a demanda de computadores no mercado brasileiro, principalmente pelos limitantes de crédito no varejo para o consumidor final e pela postergação na aquisição de PCs por parte das empresas. Soma-se a isso, a valorização do dólar, que refletiu no aumento dos preços dos PCs, contribuindo para esse cenário adverso, sendo que alguns players não resistiram aos impactos da crise. A Positivo Informática aproveitou-se de sua solidez financeira e de seu profundo conhecimento do mercado para fortalecer sua presença nas principais redes varejistas, tendo registrado volume estável no 1S09 em relação ao mesmo período de 2008, enquanto o mercado reduziu cerca de 20%, segundo a IDC. No 3T09, o mercado brasileiro de computadores apresentou sinais mais consistentes de recuperação, e o excelente posicionamento da Positivo Informática no país lhe permitiu apresentar crescimento de 20,9% no volume vendido na comparação anual, resultando em ganho de 3,4 p.p. de market share no mercado total. A margem EBITDA atingiu 10,2%, voltando aos patamares normalizados. O cenário econômico vem sendo marcado pela recuperação do consumo, do crédito e da geração de empregos, o que deve favorecer as vendas no mercado de varejo, principal provedor de crédito para a classe média brasileira e principal canal de comercialização da Positivo Informática, através do qual seus computadores atingem uma vasta camada da população. A penetração de computadores nos domicílios brasileiros não ultrapassa a 25%, segundo dados da CGI Comitê Gestor da Internet (base: 2008), sendo que, somente na classe C, 20 milhões de domicílios ainda irão comprar seu primeiro PC. Adicionalmente, o acesso ao computador, é cada vez mais visto como forma de aumentar o grau de instrução e competitividade do brasileiro no longo prazo, em um processo de inclusão social por meio da inclusão digital. O relacionamento de longo prazo, o profundo conhecimento do consumidor brasileiro e a maior estrutura pós-vendas do país, posicionam a Positivo Informática de forma única para capturar as oportunidades da recuperação do mercado. Ariel Leonardo Szwarc Vice-Presidente Financeiro e Diretor de Relações com Investidores. Silvia Emanoele Sewaybricker Gerente de Relações com Investidores

137 p>137 TOTVS S.A. (TOTS3) A TOTVS é a maior empresa da América Latina no desenvolvimento de software aplicativos, a 8ª maior desenvolvedora de sistemas de gestão integrada (ERP) do mundo e a 1ª em países emergentes. A Companhia é líder absoluta no Brasil e no segmento de pequenas e médias empresas (PME) na América Latina. A TOTVS foi a primeira empresa do setor de TI da América Latina a abrir capital, e está listada no Novo Mercado da BOVESPA. Suas operações em ERP possuem aproximadamente 24,2 mil clientes e são complementadas por um amplo portfólio de soluções verticais e por serviços de Consultoria e Serviços de Valor Agregado, como de infra-estrutura e BPO. O ano de 2009 iniciou-se com o desafio da integração das operações de TOTVS e Datasul, transação ocorrida no 3T08. Os resultados trimestrais divulgados pela Companhia ao longo do ano confirmaram não só o sucesso da integração com Datasul e captação de sinergias como evidenciaram também que os fortes fundamentos da TOTVS possibilitaram crescimento de receita da ordem de 2 dígitos e expansão de margem. Analisando-se os números pro forma dos nove primeiros meses do ano, a TOTVS somou mais de 12,9 mil clientes atendidos, número 21,7% superior ao dos 9M08. A Companhia ainda superou sucessivamente seus recordes históricos de receita, EBITDA e margem EBITDA, superando faturamento de R$1 bilhão nos últimos 12 meses. O market share de ERP 2008, divulgado em meados do ano, aponta para ganho de pelo menos 200 pontos-base, vs. 2007, nos principais mercados em que atua (participação de 38,7% do mercado brasileiro e 18,3% na América Latina), sendo que os 4 principais players reduziram sua participação no período. A TOTVS entende estar em um mercado com fortes fundamentos: alta necessidade de software para a condução de qualquer empresa, baixa penetração do mercado brasileiro (estimada entre 7% e 8%) e latino-americano de pequenas e médias empresas (PME), além de concorrência limitada e com grandes modificações estruturais que demandarão maior organização das companhias, como o caso do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Fatores como esses contribuem para um consistente crescimento do segmento de software no qual a TOTVS está inserida, que ainda é influenciado positivamente pelos investimentos em infra-estrutura (como os orçados para portos, usinas, e eventos como a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016), uma vez que tais projetos tendem a favorecer a economia brasileira e, conseqüentemente, as PMEs. Novas oportunidades e sinergias decorrentes da união com Datasul ainda acontecerão em A campanha de marketing realizada em 2009 somada à abordagem por segmentos introduzida no 3T09 devem repercutir em reconhecimento de marca e possibilidades de novas vendas. A TOTVS deverá manter seu investimento acima de R$100 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento, focando melhoria de produtos e avanços em sua tecnologia proprietária. José Rogério Luiz Vice-Presidente Executivo e Financeiro e Diretor de Relações com Investidores

138 p>138 UNIVERSO ONLINE S.A. (UOLL4) Pioneiro na Internet brasileira, criado em 1996, o UOL é o principal portal do país e líder em audiência. Segundo o Ibope, a audiência residencial do UOL é superior a 15 milhões de visitantes únicos e o portal tem mais de 1,7 bilhão de páginas vistas por mês. O UOL conta com 2,5 milhões de assinantes pagantes para os serviços de acesso, conteúdo e produtos. Oferece o mais extenso conteúdo disponível em língua portuguesa, com mais de canais de jornalismo, informação, entretenimento e serviços. Credibilidade e inovação são valores da empresa. Possui a mais completa plataforma de produtos e serviços da Internet, nas áreas de publicidade online, comunicação, comércio eletrônico, hospedagem e segurança. Estreou na Bovespa em 2005 e atualmente apresenta nível 2 de governança corporativa. O ano de 2009 caracterizou-se por ser um ano de muitos desafios para o UOL. Por um lado, devido ao cenário macroeconômico, sofremos um pouco com a queda de algumas receitas e competição mais acirrada do mercado. Porém, por outro lado, os produtos lançados nos últimos 2 anos começam a caminhar em direção à sua maturidade, e as empresas adquiridas ao longo do ano já estão contribuindo de forma positiva para o desempenho geral da Companhia. Dessa forma esse ano foi muito positivo para o UOL, e pode ser considerado como mais um passo importante para o crescimento e desenvolvimento da empresa. Da mesma forma que o ano de 2009 nos trouxe alguns desafios e conquistas, o próximo ano não será diferente. O UOL acredita que 2010 será um ano ainda muito importante para uma consolidação e maturação ainda maior dos produtos lançados nos últimos anos, bem como das recentes aquisições. Além disso, será um ano importante devido aos eventos que irão ocorrer, como eleições e a Copa do Mundo, por exemplo. Assim, diante de um cenário como esse que se apresenta, a publicidade online deve mostrar ainda mais a sua força e, além disso, acreditamos captar o máximo da audiência na internet brasileira sempre com alto nível de nosso conteúdo. Dessa forma, nossa dependência em relação à receita proveniente do negócio de assinaturas será cada vez menor, devido primordialmente ao bom desempenho dessas outras linhas de negócios. Relações com Investidores.

139 p>139 POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS TELECOM / BANDA LARGA EMPRESAS ACOMPANHADAS: GVT HOLDING MANTER (GVTT3) NET MANTER (NETC4) TELEMAR COMPRAR (TNLP4) TELEMAR NL (TMAR5) TELESP COMPRAR (TLPP4) R$ 60,50 TIM PART MANTER (TCSL4) VIVO COMPRAR (VIVO4) O setor de Telecom brasileiro tem apresentado crescimento exponencial nos últimos anos, beneficiado pelo aumento observado na renda da população brasileira recentemente. Isso possibilitou às operadoras penetrarem nas fatias mais baixas da população, que outrora não tinham acesso a essas tecnologias, e realmente isso tem alavancado o crescimento no número de assinantes de seus serviços. Porém, vemos que as companhias que mais tem apresentado bons desempenhos são aquelas focadas em produtos com maior valor agregado, casos de Net e GVT, a primeira, inclusive, com uma estratégia de amealhar novos clientes com serviços mais baratos para depois oferecer pacotes mais caros. Como mostra a tabela ao lado, o setor já contava, ao final do 3º trimestre, com 225 milhões de assinaturas, nos quatro segmentos, telefonia fixa, celular, TV por assinatura e banda larga. O serviço mais tradicional, telefonia fixa, tem mostrado sinais de estagnação, tendência que segue para o próximo ano. Companhias que não tem conseguido ser percebidas como ofertantes de conexões de qualidade já experimentam pequena queda no número de clientes, casos de Telemar e Telesp. Nesse segmento, a Net, que oferece os seus pacotes triple play, integrando TV por assinatura, banda larga e voz, tem visto alta taxa de crescimento trimestre a trimestre. A GVT, que consegue oferecer linhas fixas em conjunto com banda larga de alta velocidade também tem tido bastante sucesso nos mercados onde atua. Em 2010, com a aquisição da GVT, que deve desaparecer da Bovespa, o setor deve acompanhar um aumento gradativo na concorrência, principalmente nos principais mercados, RJ e SP, que deve levar a disputa mais próxima para o que encontramos hoje no setor de telefonia móvel, onde os quatro principais players detêm entre 20% e 30% do market share trazendo um grau bastante interessante de maturidade para a concorrência entre as companhias. É justamente na telefonia móvel que o mercado é mais penetrado. Enquanto temos 3,7 assinantes de TV por assinatura e 5,8 acessos de banda larga por 100 habitantes, o número de celulares, na mesma base de comparação é 88,43, o que leva as operadoras muitas vezes a adotarem estratégias pesadas de concessão de subsídios, como descontos em aparelhos e minutos grátis. A Vivo deve continuar se destacando no setor, por conseguir manter sua posição de liderança, de cerca de 4 p.p. sobre a Claro (diferença que pode diminuir dependendo da estratégia seguida pelos rivais), com rentabilidade superior as principais concorrentes. O segmento que apresenta perspectivas mais positivas para o próximo ano é banda larga, vide a baixa densidade apresentada pelo serviço. Além disso, a maior concorrência entre as operadoras fixas, móveis (banda larga móvel via 3G) e de TV por assinatura deve pressionar os preços para baixo. Há também interesse do governo, tanto no nível federal quanto estadual, em popularizar os serviços de banda larga. O que existe de concreto, hoje, é a iniciativa do governo paulista de isentar os pacotes com preços populares do pagamento de ICMS, lembrando que a carga de impostos sobre os serviços de Telecom em geral ficam em torno de 43, 44%, e a alíquota do ICMS era cerca de 25%. Vale também acompanhar, em 2010, as tratativas do governo federal acerca de seu plano de banda larga popular, ainda sem muitas definições.

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