PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DE OVINOS E CAPRINOS NO BRASIL. Villarroel, A.B.S. 1, Souza, D.A. 2

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1 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DE OVINOS E CAPRINOS NO BRASIL Villarroel, A.B.S. 1, Souza, D.A. 2 Introdução O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir assuntos relacionados com sistemas de produção sustentáveis de ovinos e caprinos no Brasil e, principalmente os da região do Nordeste, em relação aos convencionais, comprometidos com a produção de produtos de qualidade sem afetar as condições do meio ambiente. Conceitos relacionados com produção sustentável A concepção e o desenvolvimento de produtos e processos produtivos que, além de viáveis do ponto de vista técnico-econômico estejam alinhados às novas exigências sociais e ambientais, tem levado a diversos conceitos de sustentabilidade, cada um com destaque para um dos objetivos propostos. Os principais conceitos que são apresentados na literatura são os seguintes: Produção sustentável: é um conceito amplo que leva em consideração uma produção que minimiza os impactos ambientais com o menor risco a saúde humana, gerando efeitos econômicos e sociais positivos. Na produção sustentável é considerada uma diversidade de aspectos como os limites na oferta de recursos naturais e na capacidade do meio ambiente para absorver os impactos da ação humana, uma produção com menor emissão de gases do efeito estufa e maior economia de energia e a obtenção de produtos orgânicos. Uma produção sustentável envolve todos os aspectos do ciclo completo dos produtos, procurando reaproveitar ao máximo possível os insumos da reciclagem em novas cadeias produtivas. Produção limpa: pretende que cada processo de produção se torne mais limpo e mais eficiente, incluindo aspectos sociais do trabalhador e a saúde do consumidor. A produção corresponde a uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços com o intuito de aumentar a eco eficiência e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente. Leva em consideração também a economia de água, a redução no consumo de matérias primas e da energia utilizada e o tratamento (aproveitamento, eliminação) dos resíduos. Produção orgânica: quando a criação dos animais é realizada em condições ecologicamente orgânica se fala de sistema de produção orgânica, que utiliza, em todos os seus processos de produção, técnicas que respeitam o meio ambiente e visam à qualidade do alimento. Desta forma, não são utilizados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produto que possa vir a causar algum dano à saúde do consumidor e ao meio ambiente. Na agricultura orgânica, por exemplo, utilizam-se apenas sistemas naturais para combater pragas e fertilizar o solo, diferenciando-se da tradicional por utilizar adequadamente os recursos disponíveis no meio e aplicar somente produtos naturais, (ex. adubos, sementes) na sua produção Embora apresentem praticamente as mesmas propriedades nutricionais dos alimentos inorgânicos, os orgânicos apresentam a vantagem de seres mais saudáveis, pois não possuem agrotóxicos. Na ovinocultura orgânica, as regras básicas de produção incluem o cultivo de alimentos sem uso de fertilizantes minerais e sem controle químico de pragas e doenças, alimentação a pasto e suplementação alimentar a base principalmente de feno e/ou silagem, desde que sejam produzidos organicamente, além do manejo do rebanho com vistas ao bem estar animal. Os animais são criados sem uso de antibióticos, hormônios e anabolizantes, que podem afetar a saúde humana quando consumidos por muito tempo. 1 Méd.Vet., Ph.D., PD, Bolsista de Produtividade de Pesquisa do CNPq e Professor Aposentado PROPAP do departamento de Zootecnia da UFC arturoselaive@gmail.com 2 Méd.Vet., Mestre em Zootecnia (Produção Animal) e Bolsista CNPq do Curso de Doutorado Integrado em Zootecnia da Universidade Federal do Ceará dansouza.07@hotmail.com 96

2 Consumo sustentável: envolve a escolha de produtos que utilizam mais recursos naturais na sua produção e que sejam facilmente reaproveitados ou reciclados. Consumimos de maneira sustentável quando nossas escolhas de compra dos alimente são conscientes, responsáveis e que não terão consequências ambientais e sociais negativas. A Produção e Consumo Sustentáveis reúne as duas pontas do processo produtivo com impacto direto na sustentabilidade: produção e consumo. Sustentabilidade na Cadeia Produtiva Existe uma crescente preocupação da humanidade pelo efeito das mudanças climáticas na produção agrícola e os produtos obtidos com os atuais sistemas de produção. O efeito do aquecimento global e do efeito estufa na produção agrícola e a capacidade limite da terra para a produção de alimentos têm sido motivos de muita preocupação e estudos. A mudança climática tem contribuído para tornar os fenômenos do clima mais irregulares e extremos e, no casso do semiárido nordestino, poderá apresentar períodos ainda maiores de estiagem e chuvas mais intermitentes. A preocupação é maior quando se considera que mais de 80% dos caprinos e 50% dos ovinos são criados na região semiárida no Brasil. Práticas de manejo inadequadas, desmatamentos, superpastejo e sistemas de irrigação não equilibrados que incidem na salinização do solo, têm influenciados nos processos de degradação da terra, com um declínio da biodiversidade e aumento dos problemas de erosão ou desertificação. No Brasil, as marcas de erosão são estimadas em mais de um milhão de km 2, sendo que no nordeste, já compromete quase 1\3 de todo o território, sendo mais acentuada nas regiões de clima semiáridas. No caso da pecuária, especificamente da ovino-caprinocultura de corte, deve-se procurar sistemas alternativos ao tradicional que diminuam os custos de produção e os riscos ambientais, com produção de carne de qualidade para a saúde da população, sem uso de agrotóxicos, hormônios e outros produtos químicos que afetam o meio ambiente e a saúde do consumidor. No nordeste, os programas em desenvolvimento de sistemas sustentáveis de produção de ovinos e caprinos tem por base a agricultura familiar, procurando-se uma conversão, total ou parcial, dos sistemas de produção convencionais de carne e leite em sistemas orgânicos, dentro dos princípios de sustentabilidade, que sejam agronômica, ecológica e economicamente viáveis. Propicia-se a implantação de um sistema agrícola com base em adubação orgânica (ex. uso de esterco animal, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças) em substituição total ou parcial ao sistema convencional baseado na adubação mineral, a fim de diminuir os riscos ambientais e os custos de produção. Produção de alimentos orgânicos: uma alternativa sustentável O sistema orgânico de produção é baseado em três itens fundamentais: a preocupação com o meio ambiente, a valorização e os cuidados com as espécies animais (bem-estar animal) e a garantia de produtos com segurança alimentar. Para ser considerado orgânico, o produto precisa conter no máximo 5% de ingredientes não orgânicos, que devem ser especificados no rótulo. Os alimentos que tiverem uma porcentagem maior de ingredientes não orgânicos podem ser chamados de produto com ingredientes orgânicos. Para isso, deve haver pelo menos 70% de substâncias orgânicas no alimento. Assim, os produtos que têm menos de 70% de ingredientes orgânicos não podem ser considerados naturais e, portanto, não são certificados. A transição do sistema de produção convencional para o orgânico faz com que os preços de alimentos naturais sejam elevados em relação aos demais. A certificação é fator de encarecimento do produto, visto que há todo um processo de rastreabilidade e de controle acerca do modo de produção do alimento. Os insumos utilizados para o cultivo de orgânicos são baratos, embora demande uma maior mão de obra que o sistema convencional. As matérias-primas utilizadas não podem ter substâncias químicas sintéticas. 97

3 Na criação de animais, os insumos têm que respeitar a terapia natural, com a aplicação de homeopáticos ou produtos fitoterápicos a base de plantas medicinais para o combate de doenças. Para a produção agrícola, a adubação deve ser feita por compostos orgânicos. A agricultura orgânica apresenta geralmente uma produção quantitativamente menor que a tradicional, configurando-se como fator de encarecimento dos alimentos naturais. A proteção e cuidados necessários para produzir alimentos orgânicos requerem demanda maior trabalho do agricultor. Estima-se que o ciclo de produção de alimentos orgânicos rende 25% menos do que o sistema de agricultura convencional e apresenta uma demora maior no processo de amadurecimento dos produtos. Para o consumidor os benefícios à saúde compensam os preços mais elevados. O principal fator que restringe ou limita o consumo de produtos naturais é o preço mais elevado em comparação com os demais alimentos, porém, a tendência é de ter o preço diminuído conforme o sistema vai conquistando novos consumidores. Fatores que limitam as transformações dos sistemas convencionais em sistemas sustentáveis de produção de ovinos. - Deficiente manejo das pastagens nativas, principalmente pelo sobre pastoreio, que levam a uma degradação do solo e da pastagem. - Uso inadequado de produtos químicos na adubação de pastagens e no controle de doenças parasitárias, principalmente as verminoses. - Pouca consciência ecológica dos produtores - Inexistência de incentivos fiscais Os impactos da agricultura tradicional se devem muito ao emprego de inseticidas, agrotóxicos, fertilizantes químicos e a prática de monoculturas, que dizimam os biomas existentes por não contemplar uma produção biodiversa, ocasionando o desgaste e o empobrecimento dos solos, pois as vegetações não têm de onde tirar os nutrientes necessários para sua sobrevivência. O excesso de lotação e o pastejo contínuo dos animais observado comumente nos períodos críticos de crescimento das pastagens, levam a uma diminuição da produtividade da recuperação natural da pastagem para sustentar os níveis de produção e qualidade necessária para o bom desempenho dos animais. O processo de degradação reduz a cobertura do solo, leva ao surgimento de plantas invasoras indesejáveis, compactação e erosão do solo, além e uma menor resistência das forrageiras ao ataque de pragas (Kitchel et al., 2011). Uma das maiores dificuldade para a produção de ovinos em sistemas de base ecológica é o controle da verminose, onde o uso indiscriminado de vermífugos é incompatível com este sistema de produção. Outro fator é a utilização de instalações adequadas para o conforte e saúde dos animais (Sá e Sá, 2006). Diversos trabalhos de pesquisa em ovinos e caprinos têm sido desenvolvidos no Brasil nos últimos anos visando à obtenção de produtos sustentáveis e saudáveis para o consumidor, uma melhor conservação do solo e da pastagem e a substituição dos agrotóxicos, preservando o meio ambiente. Entre elas, ressaltam-se os estudos de plantas medicinais no controle de doenças de pequenos ruminantes, o uso do esterco na adubação de pastagens e geração de energia (biodigestores), sistemas integrados de produção (ex. sistemas agropastoril e silvopastoril), o aproveitamento de resíduos industriais na alimentação animal (ex. mamona). Conservação do solo e da Pastagem O uso da adubação orgânica, principalmente na agricultura familiar praticada no Nordeste, em substituição total ou parcial da adubação química usada no sistema convencional atualmente em uso, permite diminuir os custos de produção, produzir alimento mais saudável e evitar ou diminuir os riscos ambientais. Também, apresenta melhor ação nas características físicas, químicas e biológicas do solo. Uso de produtos fisioterápicos para o controle das verminoses. Diversas plantas medicinais têm sido testadas para o controle da verminose com resultados positivos no Laboratório, porém, com problemas ainda de isolamento dos princípios ativos e os 98

4 veículos de administração. Uma prática amplamente recomendada para o controle da verminose é o método Famacha que diminui significativamente a quantidade de vermífugos Aproveitamento dos dejetos de caprinos e ovinos O manejo inadequado ocasiona dos dejetos é grave problemas por atuar como vetor de doenças e contaminar a água e o solo. O aproveitamento do esterco, normalmente sem valor comercial. como biofertilizante e na geração de energia renovável constitui uma ferramenta importante para o desenvolvimento sustentável, contribuindo com a renda dos produtores e a preservação do meio ambiente. Assim, o uso da adubação orgânica, em substituição total ou parcial da adubação química, permite diminuir os custos de produção, produzir alimento mais saudável e evitar ou diminuir os riscos ambientais. Esta prática é difundida principalmente na principalmente na agricultura familiar, O biofertilizante (ph 7,5) é uma boa fonte de nutrientes, principalmente de nitrogênio (64g/100L, 80% na forma amoniacal) e potássio (214 g/100l), proporcionando aumentos na produção de forragens pela sua ação como adubo orgânico. A produção diária do biofertilizante permite substituir adubos químicos a base de sulfato de amônio, superfosfato simples e cloreto de potássio. O aproveitando do esterco para produzir energia renovável, mediante a utilização de biodigestores, contribui com a transformação dos produtos derivados nas propriedades, agregando valor a produção. Fatores que favorecem o desenvolvimento de sistemas sustentáveis. A produção dos ovinos e caprinos no Brasil apresenta uma serie de condições que facilita as mudanças de transformação dos sistemas convencionais para sistemas sustentáveis, entre as quais podemos mencionar (Madolozzo, 2005): - a maioria da criação é efetuada em pequenas propriedades, geralmente com menos de 200 hectares e baseada em sistemas extensivos de produção, associada a outras espécies animais, tendo por base alimentar as pastagens nativas. Nas pequenas propriedades existe mão de obra familiar que supre as necessidades da maior demanda que requerem os sistemas sustentáveis, enquanto a criação dos animais em pastagens nativas não necessita a utilização de agrotóxicos, fatores importantes a serem considerados; - a produção extensiva tem como principal vantagem o menor custo de produção, principalmente pela criação a pasto. Ela tem sido associada às melhores condições de bem estar animal e à oferta de produtos considerados orgânicos ou naturais; - a criação conjunta com outras espécies de animais, como bovinos, caprinos e\ou equinos facilita o manejo das pastagens e o controle de doenças. O pastejo misto permite: (i) o controle biológico de plantas indesejáveis ou tóxicas para uma determinada espécie animal, mas que são aproveitadas por outra, (ii) um melhor aproveitamento de determinadas áreas pouco utilizadas por outras espécies animais, em função de seus hábitos alimentares, (iii) a manipulação biológica da vegetação em uma estação do ano, visando favorecer o desenvolvimento na estação seguinte, (iv) a estabilização e uniformização natural da vegetação, manipulada pela distribuição mais uniforme da pressão de pastejo sobre todos os componentes da vegetação e (v) redução das infestações parasitárias (Gastaldi, 1999; Fernandes et al., 2004). - a prática da criação de ovinos com agricultura (sistemas agropastoril), comumente utilizado no nordeste, em respostas às pressões por produção de alimentos tanto para o consumo humano como para os rebanhos, integra a exploração de culturas e à pastagem que contribui com a estabilidade da produção e melhora a produtividade da terra. No nordeste, a maioria das propriedades utiliza a atividade da agricultura como suporte para a pecuária, onde cultivam em pequenas áreas para o seu sustento e para o trato com os animais, sendo a comercialização praticada quando há excedente (Duarte et al., 2007). Os sistemas integrados de produção agricultura-pecuária encontram-se restritos aos restolhos de cultura de verão que são aproveitados nas propriedades para alimentação animal. 99

5 A colocação de ovinos em lavouras pós-colheita permite o aproveitamento de uma vegetação que não é utilizada, favorece o controle das plantas indesejáveis e contribui com a conservação do solo pela adubação orgânica (fezes e urina) dos animais. O caráter ecológico dessa associação é um dos princípios que regem os sistemas orgânicos de produção (Cavalcante et al., 2004). As principais culturas praticadas no sistema agropastoril no nordeste são as lavouras de milho, feijão, sorgo e, em menor escala, o arroz e algodão. Observa-se com isso o dinamismo existente dentro das propriedades rurais, que não fica exposta apenas a produção de um produto, diversificação que dinamiza o sistema produtivo da propriedade. Também, a integração da criação de animais com espécies arbóreas (sistema silvipastoril), principalmente as fruteiras, tem despertado crescente interesse nos últimos anos, em função do enorme potencial de benefícios que o sistema traga a esse tipo de empreendimento rural (Guimarães Filho et al., 2003; Fernandes et al., 2006). No sistema, os animais são usados para reduzir o custo de produção da fruta, através da sua ação como roçadeira viva e adubadora orgânica controlando as ervas daninhas, reduzindo ou eliminando o uso de roçagens mecânicas, capinas manuais e aplicações de herbicidas, sem afetar a produtividade das fruteiras, além de possibilitar a produção de carne como receita adicional (Guimarães Filho e Soares, 2000). Adicionalmente, o animal funciona como elemento acelerador no processo de ciclagem de nutrientes no sistema, pois grande parte da biomassa que consomem retorna ao solo (fezes e urina) de forma mais degradada (Veiga et al, 2001). Neste sistema, os animais devem ser retirados da área nos períodos de maior vulnerabilidade, como a floração e a frutificação. As árvores podem servir de abrigos naturais para os animais como proteção de chuvas e ventos e fornecimento de sombra para minimizar estresse por calor (Silva, 2001). Além do papel de proteção, as árvores podem ser utilizadas para o fornecimento de forragem para os animais (ex. jurema, leucena). Os sistemas atualmente utilizados pelos produtores têm por base o pastejo contínuo, porém, pela seletividade dos animais, o sistema apresenta limitações na preservação da pastagem e do solo, recomendando-se a subdivisão das áreas de pastejo para serem pastejadas em rotação afim de que o pasto seja consumido uniformemente e ter um melhor controle da lotação (Araújo Filho e Silva, 2000). Produção de carne orgânica A demanda por produtos ecologicamente certificados vem crescendo significativamente nos últimos anos e a atividade desponta como uma oportunidade impar de inclusão da agricultura familiar nesse crescente mercado, por seus aspectos ligados à agregação de valor aos produtos, via melhor qualidade alimentar e pela sua forte base de sustentabilidade. Cerca de 90% dos produtores orgânicos no país são pequenos agricultores (Araújo Filho e Marinho, 2002). No Brasil, a exploração pastoril orgânica não tem merecido dos pesquisadores tanta atenção quanto à agricultura, sobretudo no que se refere aos aspectos relacionados com a produção de carne. A produção agroecológica se caracteriza pela biodiversidade, pela preservação das espécies, pelo bem estar animal, pela produção sem agressão da natureza e pela obtenção de um produto livre de agrotóxicos e medicamentos que possam prejudicar a saúde humana (Sá et al., 2007). O sistema exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento. Considerações Finais Os sistemas de produção de ovinos e caprinos praticados no Brasil apresentam condições muito favoráveis para atingir a sustentabilidade, conforme as exigências do consumidor e os cuidados do meio ambiente; O tamanho das propriedades, a maioria com menos de 200 hectares, e a agricultura familiar praticada por grande número de criadores de ovinos e caprinos no Brasil, favorece a transformação do sistema convencional em sistemas sustentáveis de produção; O solo e as pastagens utilizadas na produção podem ser conservados e ou melhorados com tecnologias simples, de baixo custo e de fácil aplicação, evitando dano ao meio ambiente; 100

6 O maior preço da carne ovina e caprina, em relação ao das outras carnes comercializadas no Brasil, diminui o problema do alto preço cobrado pelas carnes orgânicas. Maiores pesquisas sobre produção sustentável em pequenos ruminantes, avaliações socioeconômicas da produção e concientização ecolôgica do consumidor são necessários. Referências Bibliográficas 1. Araújo Filho JA, Silva NL. Impacto do pastoreio de ovinos e caprinos sobre os recursos forrageiros de semiárido. In: Seminário Nordestino de Pecuária, 4, Fortaleza, Anais... Fortaleza: Federação da Agricultura do Estado do Ceará, 2000, p Araújo Filho JA, Marinho HEV. Produção orgânica de carne de ovinos e caprinos. II Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte-SINCORTE, Anais... João Pessoa, EMEPA, Fernandes FÉP et al. Sistemas agrossilvipastoris e o aumento da densidade de nutrientes para bovinos em pastejo. Rev. Electr. Vet. REDVET, 7:n. 10, Fernandes LH et al. Efeito do pastejo rotacionado e alternado com bovinos adultos no controle da verminose em ovelhas. Arq. Bras. Med. Vet. Zoo., 56: , Gastaldi KA. Utilização do pastejo integrado como controle de nematodíases em ovinos p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, Guimarães Filho C, Soares JGG. Efeito do consórcio com ovinos na produtividade da mangueira irrigada. Rev. Bras. Frut., 22: , Guimarães Filho C, Soares JGG. Fruti-Ovinocultura: Limitações e possibilidades de consorciar ovinos com fruteiras. In: Simpósio Internacional sobre o Agronegócio da Caprinocultura Leiteira, 1; Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte,2, 2003, João pessoa, Anais... João Pessoa- EMEPA, 2003, p Kitchel NA et al. Recuperação de pastagens degradadas com uso de ilpf e o potencial agropecuário no Mato Grosso do Sul. In: Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária- Floresta, a produção sustentável, Embrapa gado de Corte, Campo Grande, MS, p. 2-12, Madalozzo CL. Alternativa para o desenvolvimento sustentável do semi-árido cearense: ovinocaprinocultura de corte Fortaleza: UFC. Centro de Ciências Agrárias, p. Dissertação (Mestrado em Economia Rural). 10. Sá CO, Sá JL. Manejo alimentar de ruminantes em sistemas de base ecológica. Congresso Nordestino de Produção Animal, 4, Petronila, Anais Silva VP. Arborização de pastagens como prática de manejo ambiental e estratégia para o desenvolvimento sustentável no Paraná. In: Sistemas Agroflorestais Pecuários: Opções de sustentabilidade para áreas tropicais e subtropicais. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite; Brasília, DF: FAO, p Veiga JB. et al. Sistemas silvipastoris na Amazônia Oriental. In: Sistemas Agroflorestais Pecuários: Opções de sustentabilidade para áreas tropicais e subtropicais. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite; Brasília, DF: FAO, p

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