Boas Práticas. Meus Direitos são Importantes NUYATALIL (idioma K iché) WOKLENA (idioma Mam) GUATEMALA. Catholic Relief Services CRS Guatemala
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- Ana Laura Sabrosa de Sintra
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1 Meus Direitos são Importantes NUYATALIL (idioma K iché) WOKLENA (idioma Mam) Catholic Relief Services CRS Guatemala GUATEMALA
2 Índice Antecedentes... 2 Linhas estratégicas... 2 Ação... 2 Êxitos... 3 Sustentabilidade... 4 Lições aprendidas... 4 Condições necessarias... 5 Referencias
3 Antecedentes As metodologias educativas pertinentes para atender a infância trabalhadora são parte chave do projeto e de seus êxitos. O Programa para Aplicação da Reforma Educativa na América Latina PREAL ( sistematizou e documentou a experiência destas metodologias e foram recolhidas pelo Projeto Primeiro Aprendo. O Projeto Meus Direitos são Importantes recolheu esta experiência e a aplicou nas escolas onde tem presença, capacitando aos mestres locais, pagos pelo Ministério de Educação, para que conheçam e apliquem as metodologias, e o tenham continuidade no tempo. A parte inovadora e adicional foi o compromisso de vincular todo esse que fazer educativo com os Direitos da Infância, com sua aplicação e vigência, assim como com a incorporação ativa de mães e pais de família. A opinião e participação dos pais, em consonância com seus interesses e necessidades, é outra voz que se escutou e se vinculou com os conteúdos nas capacitações proporcionadas. O Projeto Meus Direitos são Importantes está deixando material educativo impresso para que possam continuar os processos, apoderando às comunidades locais no conhecimento e a defesa de seus direitos. Linhas estratégicas Atenção direta a meninas e meninos na escola e atenção a mães e pais de família Ação Realizaram-se ações nas escolas, a nível comunitário e através dos meios de comunicação local e nacional. Em concreto se deu atenção educativa com as metodologias: Escola Rural Ativa; Educação Maya Bilíngue Intercultural; Primária Acelerada para População em Sobre Idade; Espaços para Crescer; Formação Técnica Vocacional. Todas estas metodologias são apoiadas com a formação de Meninos e Meninas Tutores que ajudam a seus companheiros em desvantagem-, Governos Escolares e pais e mães de família organizados em Sistemas de Alerta Precoce. Esta ação educativa busca fazer útil e atrativo o aprendizagem na escola, para que meninas e meninos trabalhadores não se retirem. 2
4 Paralelamente, os 120 facilitadores/as contratados, despois de atender aos meninos e meninas na escola, realizavam visitas domiciliares para assegurar mudanças de conduta nos pais e mães evitando o trabalho explorador, mas apoiando a formação para o trabalho produtivo. Também se organizaram escolas de pais, onde se tratava com eles as melhores formas para educar com afeto e amor a seus filhos e filhas, evitando maltrato e abuso, promovendo a harmonia em casa e valorizando o próprio idioma e a própria cultura. Todas as ações educativas se acompanharam com una campanha de rádio, com mensagens em idiomas K iche e Mam, para dar vigência aos direitos da infância; mensagens nas televisões a cabo locais, posters colocados nas escolas, lojas, clínicas, e lugares públicos, pintura de murais, e caminhadas, desfiles e carroças com mensagens de evitar o trabalho infantil nos dias de feira municipal, para que as mensagens chegassem aos adultos da localidade. Êxitos Retirada de mais de 6,300 meninos e meninas do trabalho em atividades perigosas e prejudiciais para sua saúde, a prevenção de mais de 3,000 meninos e meninas para que não ingressem ao trabalho infantil, a capacitação e compromisso de mais de 500 mestres das 180 escolas onde o projeto trabalhou. Grupos organizados de mestres, pela aplicação de metodologias ativas para atrair e reter aos meninos e meninas trabalhadores nas escolas. Grupos de mães e pais de família, organizados em Sistemas de Alerta Precoce, para visitar a todas as famílias de suas comunidades para evitar toda forma de trabalho infantil, para inscrever aos meninos nas escolas, e para assistir a uma escola de pais onde tratem sobre as formas de educar melhor, com ternura e afeto, a seus filhos. Grupos de meninos e meninas organizados em Governos Escolares em cada escola, para velar pelo bem-estar de seus companheiros/as dentro da escola, em defesa dos direitos em vigilância para evitar o retiro de algum/a por motivo 3
5 de trabalho infantil. Ao identificar crianças em risco, se comunicam aos docentes e ao Sistema de Alerta Precoce para que visitem aos pais no seu lar. Grupos de empregadores e líderes locais organizados para vigiar pelo bemestar das crianças, conhecendo e aplicando as leis nacionais e internacionais e os direitos da infância. Sustentabilidade Os cinco grupos diferentes de atores, envolvidos e comprometidos na defesa dos direitos da infância, são os principais protagonistas de uma ação coordenada, conjunta e sustentável para prevenir e retirar crianças do trabalho infantil. Com o Projeto se chegou ao lar, a residência de cada uma das famílias onde tomam decisões para a retenção ou a retirada das crianças, meninos das escolas, para a incorporação ao mercado laboral formal ou o trabalho no setor informal, - especialmente trabalho doméstico em casa particular- de meninas e meninos adolescentes. Lições aprendidas A principal lição que o Projeto Meus Direitos são Importantes chegou a concluir, é a necessidade de envolver a todos os atores da realidade educativa para que: os mestres nas escolas atendam devidamente aos meninos e meninas trabalhadores; as mães e pais de família se interessem pelo rendimento escolar de seus filhos e filhas, e pelo seu bem-estar presente e futuro, sem pensar unicamente no curto prazo; comprometer aos meninos e meninas nas escolas para que se convertam em vigilantes e guardiãs do bem-estar de seus companheiros/as, defendendo seus direitos, especialmente o direito à educação; e os Conteúdos educativos tomem em conta as necessidades e interesses dos pais, respeitando sua cosmovisão e não desvalorizando suas crenças. O Projeto compreendeu e aplicou a necessidade de harmonizar as visões de pais, mães e mestres, para que todos busquem conjuntamente o benefício e bem-estar dos meninos. A cosmovisão dos povos maias de Guatemala é muitas vezes mais integradora, solidária e cooperativa, que a visão ocidental, geralmente individualista e egoísta. Muitos mestres que estão assignados a escolas de área rural e com população maia, somente falam castelhano, não falam os idiomas 4
6 locais e não compreendem e mais bem rejeitam os enfoques dos pais e das mães. O intercambio de pontos de vista é necessário e evita muito do trabalho infantil. Condições necessárias Toda a relação a nível comunitário e com os docentes nas escolas, foi executado pelos mestres bilíngues, nativos dos idiomas K iche e Mam, com experiência pessoal como meninos/as trabalhadores. Esta experiência e vivencia pessoais lhes deu o valor de comunicar realidades de vida, com testemunha da mudança que significou nas suas vidas contar com mais anos de educação formal que o pro médio dos habitantes maia descendentes de Guatemala. A esta experiência de vida, se somou a capacitação em metodologias educativas ativas, para atender primária acelerada para crianças em sobre idade por exemplo, e para dialogar com mestres de maior idade, mães e pais de família, líderes e lideranças comunitários, de tal forma que em nenhum momento os interlocutores perceberam neles falsidade ou exagero, senão um compromisso real pelo bem-estar das novas gerações de meninos e meninas. Juntamente ao conhecer as bases legais que sustentam a necessidade e importância de evitar o trabalho abusador e explorador das crianças, e das possíveis penalizações e sanções para os que não cumprem as leis, lhes deu autoridade e poder de argumentação, que permitiu mudar pontos de vista e atitudes dos adultos à seus alunos ou à seus filhos. Se demonstra assim que as pessoas que vão a trabalhar a nível comunitário devem possuir carisma, carácter e convicção do que fazem, para promover mudanças na conduta de outros. Não é uma ação simples, fácil, senão que requer tato, estratégia, compromisso e esforço. Muitas das reuniões da equipe de facilitadores com mães e pais, e muitas das visitas domiciliares, as realizaram em horários vespertinos ou noturnos, com risco pela distancia, a chuva, a solidão dos lugares e especialmente pelas dificuldades de transporte em horas da tarde ou da noite. Os facilitadores demostraram que seu compromisso e vontade de trabalhos, são maiores que as dificuldades encontradas. Referências Web da instituição: Web do projeto: 5
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