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1 Universidade Gama Filho Dione Mary de Cerqueira Barbosa REDE DE CONTROLE DA GESTÃO PÚBLICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A ATUAÇÃO DO TCU Brasília DF 2009

2 Dione Mary de Cerqueira Barbosa REDE DE CONTROLE DA GESTÃO PÚBLICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A ATUAÇÃO DO TCU Trabalho de monografia, como quesito necessário à obtenção do título de especialista em Gestão da Educação Corporativa. Orientadora: Ms. Emmily Flügel Mathias Brasília DF 2009

3 Autor: Dione Mary de Cerqueira Barbosa Rede de Controle da Gestão Pública: Contribuições para a atuação do TCU Este trabalho de monografia, quesito para obtenção do título de especialista na Universidade Gama Filho, será apreciado por uma Banca Examinadora constituída pelos professores: Ms. Emmily Flügel Mathias - Orientadora Ms. Rafael Lacerda Ms. Vinicius Pinto Corrêa Brasília, dezembro de 2009.

4 AGRADECIMENTOS Agradeço aos colegas e professores do curso de Especialização em Gestão da Educação Corporativa pela oportunidade de aprendizado mútuo. Agradeço ao Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União pela oportunidade de realizar este estudo. Agradeço aos meus pais por plantarem no coração de cada filha o valor da educação como caminho para a libertação, felicidade e realização pessoal. Agradeço finalmente, ao meu companheiro de desafios e de caminhada e aos meus filhos por me apoiarem sempre no meu desenvolvimento profissional.

5 RESUMO O objetivo da presente pesquisa foi o de identificar aspectos que devem ser observados pelo Tribunal de Contas da União - TCU na implementação das ações da Rede de Controle da Gestão Pública, com o objetivo de potencializar e aperfeiçoar as ações de controle da Administração Pública. Para identificar os aspectos a serem observados pelo TCU na implantação da Rede de Controle, utilizou-se revisão bibliográfica sobre o tema redes, de onde se extraiu importantes conceitos e características desse fenômeno. A revisão de literatura foi organizada em um marco de referência para implantação de redes, que serviu de parâmetro para análise das práticas adotadas pelo TCU. Os resultados do presente estudo assinalam ambiente propício para implantação da Rede de Controle, bem como a necessidade de se adotar princípios e práticas de gestão que venham a dar sustentabilidade a essa importante iniciativa. De modo geral, os resultados trazem informações que podem auxiliar o TCU a planejar futuras estratégias para a Rede de Controle, como também, auxiliar o Instituto Serzedello Corrêa, unidade promotora das oficinas de trabalho da rede de controle no âmbito do Programa Educacional Diálogo Público, a propor práticas de gestão adequadas ao funcionamento desta iniciativa. Palavras-Chave: Redes, Rede de Controle da Gestão Pública e Redes de Políticas Públicas.

6 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Conceitos de redes Quadro 2 Classificação de vínculos Quadro 3 - Analogia entre sistemas biológicos e redes de trabalho Quadro 4 - Trabalhos da Rede de Controle da Gestão Pública Quadro 5 Quadro resumo das atividades da Rede de Controle Quadro 6 Programação de eventos da Rede de Controle na esfera estadual... 52

7 LISTA DE ABREVIAÇÕES ABRACOM - Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios AGU - Advocacia Geral da União AMPCON - Associação Nacional do Ministério Público de Contas ASDI - Agência Sueca de Cooperação Internacional ATRICON - Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil BACEN - Banco Central do Brasil CD - Câmara dos Deputados CFJ - Conselho da Justiça Federal CGU - Controladoria-Geral da União CNJ - Conselho Nacional de Justiça DPF - Departamento da Polícia Federal FOCCO - Fórum Permanente de Combate à Corrupção IBRAOP - Instituto Brasileiro de Obras Públicas ISC - Instituto Serzedello Correa ISO - International Organization for Standardization KTH - Escola Superior de Tecnologia da Suécia MARCCO - Movimento Articulado de Combate à Corrupção MF - Ministério da Fazenda MIT - Massachusetts Institute of Technology MJ - Ministério da Justiça MPF - Ministério Público Federal MPOG - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão MPS - Ministério da Previdência Social ONG Organização não governamental PIFFS - Programa de Integração e Formação para Futuros Servidores PPP - Public-Private Partnership RCP - Rede de Controle da Gestão Pública SF - Senado Federal TCE Tribunal de Contas do Estado TCU Tribunal de Contas da União TSE - Tribunal Superior Eleitoral WEB - World Wide Web

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos Justificativa Problema da pesquisa FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Redes Estudos iniciais Abordagens conceituais e características Estruturas planejadas e estruturas emergentes Aplicação do conceito de redes em organizações públicas Exemplos de Redes Delineamento do conceito e perspectivas de redes para o trabalho de pesquisa O Tribunal de Contas da União e a implantação da rede de controle Levantamento de Expectativas Oficinas de Trabalho METODOLOGIA APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 67

9 1 INTRODUÇÃO O ambiente da administração pública se caracteriza por recursos escassos e problemas complexos, múltiplos atores públicos e privados, locais e centrais envolvidos no planejamento e execução de políticas públicas, e crescente demanda por participação cidadã. As instituições que exercem o controle dos gastos públicos necessitam encontrar novas formas de atuação para este ambiente complexo onde se materializam as políticas e programas públicos. Um arranjo interorganizacional que se adéqua ao tipo de ambiente acima referido é a organização em redes. Segundo Castells: Redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação, valores e objetivos. Uma estrutura social com base em redes é um sistema aberto altamente dinâmico, suscetível de inovação, sem ameaças para seu equilíbrio. (CASTELLS, 1999, apud DEBONI, 2003, p.1) As redes podem ser entendidas também, com uma organização social estruturada em relações horizontalizadas e com ambiente animado por trocas internas e externas, permeado por iniciativas, criatividade, experimentações, colaboração e cooperação. A flexibilidade adquirida pela comunicação distribuída facilita, a cada mudança, os ajustes em busca da harmonia e dos melhores resultados a partir das interações dos elementos que compõem a rede. Nos estudos do campo das políticas públicas, parte-se do pressuposto de que a ação estatal é fruto da interação de diferentes atores e interesses que moldam a política pública final oferecida ao público. Segundo Powell, as formas de organização em redes são caracterizadas por padrões recíprocos de comunicação e trocas. Conforme Kenis e Schneider: Redes de políticas públicas são novas formas de governança política que refletem uma relação modificada entre Estado e sociedade [...] Redes de políticas públicas são mecanismos de mobilização de recursos políticos em situações em que a capacidade de tomada de decisão, de formulação e implementação de programas é amplamente distribuída ou dispersa entre atores públicos e privados. (KENIS; SCHNEIDER, 1991, p. 40). Entender os conceitos e características de redes, bem como as possibilidades de implementação desse arranjo interorganizacional pelo Tribunal de Contas da União - TCU 8

10 que definiu uma estratégia de implementação de uma Rede de Controle Público da Gestão Pública é o que motivou este estudo. Pretende-se identificar aspectos que devem ser observados pelo TCU na implementação da Rede de Controle a partir da literatura sobre o tema. 1.1 Objetivos Objetivo Geral Identificar aspectos que devem ser observados pelo Tribunal de Contas da União na implementação das ações da Rede de Controle da Gestão Pública, com o objetivo de potencializar e aperfeiçoar as ações de controle da Administração Pública Objetivos Específicos Desenvolver um referencial teórico com os diversos conceitos e características de redes, a partir de estudos da sociologia, psicologia, administração e ciência política, que sirvam de parâmetro aos órgãos de controle público para atuação em rede. Descrever o histórico de ações de implementação da Rede de Controle da Gestão Pública, no TCU. Apresentar sugestões que podem ser usadas para a tomadas de decisão na implementação da Rede de Controle da Gestão Pública com vistas a sua efetividade Justificativa No contexto de descentralização e de nova forma de organização das políticas públicas, mais amplas que o Estado, onde este é o articulador e integra um conjunto híbrido de fluxos, redes e organizações em que se combinam e interpenetram elementos estatais e não estatais, nacionais, locais e globais, novas formas de atuação que propiciem efetividade na atuação devem ser buscadas também, pelas Instituições responsáveis pelo Controle Público no Brasil. No art. 70 da Carta de 1988, foi instituído um sistema de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional, e patrimonial da União a ser exercido pelo Congresso 9

11 Nacional, mediante o controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder. A Casa Legislativa conta com o Tribunal de Contas da União, órgão de auxílio ao Congresso no controle externo dos recursos públicos. Por sua vez, o Tribunal de Contas da União, em 2008, realizou amplo diagnóstico interno institucional, junto a seus próprios servidores, denominado Projeto Áquila, de processos, estratégias e pessoas. Este diagnóstico identificou uma ruptura definida como compreensão parcial ou inadequada dos papéis das instituições que integram o sistema de controle. As principais causas relacionadas pelos diversos participantes deste diagnóstico foram: inexistência de uma rede de controle com atuação efetiva; disputas de poder/prestígio entre as instituições que integram o sistema de controle; pouca integração do TCU com outros órgãos que exercem o controle, como Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria Geral da União ou Tribunais de Contas nos Estados. Além disso, verificou-se que as ações de controle externo exercidas pelo TCU são descasadas de ações similares exercidas por outros órgãos, de tal forma que é possível o TCU realizar uma fiscalização sobre a mesma matéria investigada por outro ente de controle, sem coordenação ou troca de informações. Apesar da existência de acordos e convênios com algumas entidades, esses mecanismos não funcionam a contento, ou simplesmente não funcionam. Existe duplicação de esforços, desperdício de recursos e falta de efetividade. Dentre as propostas apresentadas por esse projeto consta a criação de um Fórum de Discussão e, posteriormente, de uma Rede integrando os principais órgãos relacionados ao controle, com o objetivo de potencializar e aperfeiçoar as ações de controle da Administração Pública. A atual gestão do TCU, no ano de 2009, atribuiu à sua Unidade de Educação Corporativa, o Instituto Serzedello Corrêa, a meta de implementar a Rede de Controle da Gestão Pública, como instrumento de integração e cooperação entre as instituições responsáveis pelo Controle Público. Neste sentido, o Instituto Serzedello Corrêa, como unidade responsável pela coordenação da Rede de Controle da Gestão Pública (RCP), iniciou uma série de ações de implementação da Rede, inseridas no escopo do Programa Educacional Diálogo Público, que tem por objetivos: aprimorar relacionamento com outros órgãos públicos, propiciando maior intercâmbio de informações, procedimentos e técnicas; promover a integração e o 10

12 intercâmbio de conhecimento em assuntos de interesse do controle externo; estimular o controle social; informar sobre as competências, estratégias, diretrizes, serviços e produtos do TCU. A opção pelo desenvolvimento do presente estudo se insere neste contexto, na medida em que, por meio dele, será possível apresentar uma contribuição ao processo de tomada de decisões para a institucionalização da rede de controle. Desta forma, pretende-se identificar aspectos que devem ser observados pelo Tribunal de Contas da União na implementação das ações da Rede de Controle da Gestão Pública, com o objetivo de potencializar e aperfeiçoar as ações de controle da Administração Pública. 1.2 Problema da pesquisa Pretende-se responder a questão: Que aspectos devem ser observados pelo Tribunal de Contas da União na implementação das ações da Rede de Controle da Gestão Pública? 11

13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Redes Estudos iniciais Ao abordar o histórico do fenômeno Redes, Fleury e Ouverney (2007), dispõe que o conceito de redes nas ciências sociais, data de 1930, quando foram realizados estudos, baseados na técnica de sociometria, que se fundamentaram na noção da existência de estrutura relacional multicêntrica subjacente a organização social. Fundamentado teoricamente nos estudos da psicologia social, Jacob Moreno em 1934, buscava descrever e analisar a estrutura interpessoal presente no comportamento de pequenos grupos. Por meio de um sistema de composição gráfica, cada indivíduo é um ponto numa escala bidimensional que delineia a estrutura de relações do grupo. Essa técnica evoluiu conceitualmente e incorporou instrumentos matemáticos e estatísticos, sendo adotada em estudos antropológicos, políticos e organizacionais. Em estudos sociológicos de 1960, na Universidade de Harvard, foram modeladas matrizes de papéis sociais para mapear padrões de homogeneidade das relações sociais em grupos, compará-los, e definir características da estrutura social. Antropólogos de Manchester, nas décadas de 1950 e 1960, diferentemente da perspectiva sociométrica, enfatizaram a importância de padrões estruturais quanto a presença do contexto cultural no qual essas estruturas se inserem. Para eles, o tecido social é um conjunto de papéis (ou redes) que formam e definem identidades em processos interativos com os respectivos contextos socioculturais. Já no campo das ciências políticas, nos EUA, nessa mesma época, foram desenvolvidos estudos sobre a natureza das relações entre grupos de interesses e a burocracia estatal tendo como tema central a autonomia do estado. Borzel (1998) observou padrões regulares de intercâmbio entre grupos de interesse políticos e burocratas que suscitou críticas tanto ao pluralismo quanto ao corporativismo como modelos de intermediação de interesses entre estado e sociedade, entendendo-se pluralismo e corporativismo como modelos de grupos de intermediação de interesses entre estado e sociedade. Esses modelos podem tornar-se dominantes e impedir a presença de outros grupos. Na visão de Borzel (1998:256) a abordagem de redes é uma alternativa ao pluralismo e corporativismo, já que a dicotomia entre os dois impede a compreensão de que se tratava de coisas distintas. Dessa forma, a 12

14 concepção americana de redes, assim como na literatura britânica, é a de que são padrões de intercâmbio de recursos entre atores públicos e privados por meio de relações de interdependência. Também na ciência política, por meio de estudos desenvolvidos na década de 1990, na literatura alemã e holandesa, define-se rede em sentido amplo, associando-a a forma de governança alternativa, seja em relação à organização burocrática, seja em relação aquela proporcionada pelo mercado. Ainda no contexto de Redes de Políticas, O toole (1997) destacou a necessidade de organizar agendas de conteúdo conceitual, descritivo e teórico, sobre o fenômeno das redes no ambiente da administração pública. Marsh (1997a) e outros levantaram importantes questões sobre diferenças conceituais nos estudos de redes de políticas públicas, esses autores apontaram sete pontos principais para a evolução dos estudos de redes de políticas: conceito de rede é uma ferramenta útil para a compreensão do desenvolvimento de políticas públicas? As ações de uma rede de políticas afetam os resultados da política? Como mudam as redes de políticas? Qual a importância, dentro das redes das relações interpessoais, em comparação com as estruturais? Podem certos grupos dominar as redes? Que métodos são apropriados para estudar as redes? Que evidências existem de que as redes são uma nova forma de governança? A busca de respostas a essas indagações ainda se faz presente. Observa-se, a partir do final da década de 1990, que esse fenômeno de Redes, perpassa vários ramos das ciências demonstrando multidisciplinaridade dos estudos de redes em administração pública Abordagens conceituais e características Para Fleury e Ouverney (2007), como a maioria dos trabalhos sobre redes em administração pública parte de um conceito implícito sobre um fenômeno, ou seja, alguns autores raramente mencionam qual definição de redes estão empregando em seus estudos, o ponto comum é a idéia de redes como estruturas policêntricas. Essa composição estrutural emprega a idéia de dois elementos básicos que se replicam: os nós ou nódulos e os vínculos. 13

15 Os nós são os diferentes pontos ou grupos que formam a teia e se interligam numa rede e os vínculos são os interesses, ações ou metas comuns. Para O toole (1997) as redes são estruturas de interdependência envolvendo múltiplas organizações ou partes delas. As redes exigem certa estabilidade estrutural, mas se estendem além dos vínculos formalmente estabelecidos e das ligações legítimas de política pública. A noção de redes exclui meras hierarquias formais e mercados perfeitos, mas inclui um amplo conjunto de estruturas. O vínculo institucional que sustenta as relações em rede pode incluir cadeias de autoridade, relações de troca e coalizões baseadas em interesses comuns, todas fazendo parte de uma estrutura policêntrica singular. Borzel, (1998:254), que trás elementos comuns de diversas outras definições, relata que todos os conceitos partilham um entendimento comum, um mínimo denominador comum de definição de rede de políticas como um conjunto de relações estáveis, de natureza nãohierárquica e interdependente, vinculando uma série de atores com um interesse comum em relação a uma política e que intercambiam recursos para concretizar esses interesses, reconhecendo que a cooperação é a melhor forma de atingir objetivos. Fleury e Ouverney (2007) descrevem, com base em análise da literatura internacional, quatro abordagens que auxiliam no entendimento do fenômeno de redes e que se associam às dimensões de reconstrução do Estado, estudados na década de Essas abordagens envolvem aspectos tanto internos como externos, relacionando o processo de gestão do estado com a dinâmica de suas relações externas: 1. Estruturas interorganizacionais em arranjos de provisão de bens e serviços: arranjos interorganizacionais articulados que visam ordenar as bases de recursos e fornecer racionalidade sistêmica é um dos aspectos fundamentais das redes. 2. Modelo de concepção e coordenação do ciclo de políticas públicas: nessa abordagem o conceito de redes é entendido como sistemas de centros decisórios subjacentes às políticas públicas, dentro e fora do estado. Essa concepção é comum na literatura européia que evidencia a natureza do contexto decisório da União Européia, onde instâncias supranacionais se sobrepõem a um conjunto heterogêneo de organização nacional. A composição das instâncias decisórias da União Européia inclui oito instituições principais, O Parlamento Europeu, Comissão Européia, Conselho da 14

16 União Européia, três órgãos financeiros, dois órgãos consultivos e 22 agências descentralizadas. 3. Formas de intermediação de interesse entre Estado e sociedade civil: é a perspectiva mais amplamente difundida, principalmente na literatura britânica. É um conceito alternativo aos modelos corporativos e pluralistas de intermediação entre os grupos de interesse atuantes na sociedade civil e o Estado. Enquanto modelos corporativos organizam grupos de interesse de forma hierarquizada e monopolizada, a organização em rede possibilita a representação política competitiva e horizontalizada. No que se refere a modelos pluralistas supõem baixo nível de agregação dos grupos, a organização em rede se efetua por meios de convergência de interesses e intercâmbio de recursos entre grupos setoriais. 4. Modelo de governança democrática: essa perspectiva de conceituação está presente na literatura de administração pública e associa a noção de redes a relações específicas entre atores dentro e fora do Estado através da mobilização de recursos necessários ao exercício da governança democrática. Esse exercício da governança requer relações de interdependência e intercâmbio de recursos com base em uma visão de complementaridade de interesse e confiança. Explorando um pouco mais os aspectos conceituais, as redes de políticas são arranjos interorganizacionais para a formulação e execução de políticas públicas, dada a estratégia de descentralização de recursos e de competências na sua execução. Assim, múltiplos atores são envolvidos nos processos de formulação, implementação, controle e avaliação de políticas. A diversidade de contextos institucionais cria uma dependência, visto que o controle dos recursos e do processo não é de propriedade de um só ator. Neste ambiente, diversas questões aparecem, tais como: Como combinar planejamento e coordenação com autonomia dos participantes da rede? Que estruturas e processos decisórios são originados neste contexto? Quais competências são necessárias do gestor de uma rede? Como gerar megaobjetivos e consensos? 15

17 Fleury Ouverney (2007) registra que o contexto que favorece a formação de redes é aquele onde se têm que administrar políticas e projetos onde recursos são escassos e os problemas, complexos; onde existem múltiplos atores envolvidos; há interação de agentes públicos e privados, locais e centrais, demanda por participação cidadã. Relacionando os diferentes conceitos de redes trazidos pela autora, elaborou-se a o Quadro 1 a seguir: Conceitos de Redes Psicologia Social Sociologia Administração Universo relacional do indivíduo, conjunto de relações e estruturas de apoio socioafetivo de cada um. Como características estruturais têm-se: tamanho, densidade, composição, dispersão, homogeneidade/heterogeneidade, funções exercidas. Redes são novas formas de organização social, do Estado ou sociedade, intensivas em tecnologia da informação e baseadas na cooperação entre unidades dotadas de autonomia. Combinação de pessoas, tecnologias e conhecimento que substitui a corporação hierarquizada do modelo fordista, baseado em trabalho, capital e gerenciamento. Ciência Política Forma de governança alternativa, seja em relação a organização burocrática, seja em relação aquela proporcionada pelo mercado. Quadro 1 - Conceitos de redes Fonte: Elaborada pela autora Na visão da psicologia social, assumida por Rovere (1998:30), as pessoas constituem as redes, pois são estas que são capazes de se conectar e criar vínculos, o que não ocorre com instituições e cargos. Um esquema ascendente para classificação de vínculos elaborada pelo autor permite monitorar os graus de profundidade de uma rede: Nível Ações Valor 5. Associar-se Compartilhar objetivos e projetos Confiança 4. Cooperar Compartilhar atividades e recursos Solidariedade 3. Colaborar Prestar ajuda esporádica Reciprocidade 2. Conhecer Conhecimento do que o outro faz Interesse 1. Reconhecer Reconhecer que o outro existe Aceitação Quadro 2 Classificação de vínculos Fonte: Rovere (1998, p. 30) A gestão das redes, por sua vez, impõe desafios relacionados a diferentes processos, tais como, negociação e geração de consensos, estabelecimento de regras de atuação, 16

18 distribuição de recursos de interação, construção de mecanismos decisórios coletivos, estabelecimento de prioridades e acompanhamento. Segundo, Amaral (2009), a compreensão dos fenômenos das organizações em rede resulta da afluência de uma série de estudos e da ação inovadora de pesquisadores em diversos campos das ciências físicas e naturais, da cibernética, da informática e das ciências sociais. A identificação do padrão rede como um elemento comum e constituinte dos sistemas vivos e a abordagem sistêmica de diversos campos do conhecimento, favorecem essa compreensão. Fritjof Capra oferece uma visão detalhada e panorâmica das contribuições para o novo paradigma das organizações em rede, em seus livros, Teia da Vida e Conexões Ocultas. No campo da sociologia e da análise das redes sociais, nos últimos 30 anos, alguns estudiosos vêm se dedicando à tarefa de pensar os coletivos, as redes sociais e sua dinâmica própria, sendo os mais citados M. Granovetter, M. Olson, B. Wellman, M.Authier, K. Arrow, E. Rogers, T. Valente e Stanley Milgram. Em relação à inteligência coletiva: Norbert Wiener, Steve Johnson, Pierre Levy. No Brasil, podemos destacar Rogério Costa, Augusto de Franco, Eugênio Trivinho, Ana Maria Nicolaci-da-Costa (AMARAL, 2009) Explorando um pouco Fritjof Capra, em palestra realizada no Distrito de Mill Valley, Estados Unidos, em 1997, explica que: Na medida em que o conceito de trabalhos em rede tornou-se mais e mais proeminente na Ecologia, pensadores de sistemas começaram a usar modelos de trabalho de rede em todos os níveis de sistemas, vendo organismos como redes de trabalho de órgãos e células, assim como ecossistemas são entendidos como redes de trabalho de organismos individuais. Isto levou à explicação chave de que rede de trabalho é um padrão que é comum a tudo que é vivo. Onde quer que haja vida, vemos redes de trabalho. (CAPRA,1997, apud, AMARAL, 2009, p.3) Já o sociólogo alemão, Niklas Luhmann (apud AMARAL, 2009) descreve a comunidade humana como uma rede de trabalho de diálogos. Comparando os dois sistemas de rede, o biológico e o cultural, uma diferença essencial, relacionada à natureza dos objetivos, entre os dois sistemas de rede, é que os fluxos e ciclos das redes sociais estão permeados e são canais de circulação de informação, conhecimento e valores (sistemas simbólicos), enquanto que nos sistemas vivos os fluxos são e energia e matéria. No quadro 3, Amaral (2009) realiza a analogia entre os dois sistemas, tendo como eixo comum as características do padrão rede. 17

19 Sistemas Vivos Princípios comuns Redes operativas Foco nas relações Morfologia em padrão rede Foco nas relações, capacidade de realizar conexões, compartilhamento, foco nos processos, tensão entre estruturas verticais e processos horizontais. Dependência mútua Interdependência Dependência mútua, ações articuladas, objetivos e estratégias de ação compartilhadas, acordos de convivência, relações laterais, produção coletiva. Reciclagem permanente de energia e materiais Estabilidade e mudança, ordem e liberdade, tradição e inovação Parceria e evolução conjunta Organização articulada em múltiplos níveis Natureza cíclica dos processos Flexibilidade e diversidade Cooperação e coevolução Complexidade Quadro 3 - Analogia entre sistemas biológicos e redes de trabalho Fonte: Amaral (2009, p.3) Reprodução permanente do padrão de organização: acordos de convivência, regras de adesão, sistemas de coordenação, construção de identidade e imaginário coletivos. Sistemas simbólicos diversos, fluxos de informação, comunicação todos - todos, presencial & virtual, articulação de diferentes, laços fortes e laços fracos, emergências. Inteligência coletiva, comunidades de aprendizagem e de prática, competição e cooperação, parcerias, produção coletiva. Diferentes articulados em relações de compartilhamento, cooperação e competição em múltiplos níveis, dinâmica de opostos complementares. A morfologia da rede facilita e potencializa a horizontalidade, mas não a cria. Ela é fruto das relações entre as pessoas. Assim existem diversos desenhos de redes operativas, adequados aos objetivos que as inspiraram e moldados pela cultura e prática política de seus membros. Como características das redes operativas têm-se:. Objetivos compartilhados, construídos coletivamente. Múltiplos níveis de organização e ação. Dinamismo e intencionalidade dos envolvidos. Coexistência de diferentes. Produção, reedição e circulação de informação. Fortalecimento dos participantes. Desconcentração do poder. 18

20 Estímulo e sustentação de múltiplas iniciativas. Tensão entre estruturas verticais & processos horizontais. Tensão entre comportamentos de competição & cooperação. Compartilhamento de experiência, afetos, informação e conhecimento. Composição multi-setorial. Formação permanente. Ambiente fértil para parcerias, oportunidade para relações multilaterais. Evolução coletiva & individual para a complexidade. Configuração dinâmica e mutante Estruturas planejadas e estruturas emergentes Um aspecto importante para o entendimento das dinâmicas de redes e de sua gestão, para o qual Capra (1997, apud AMARAL, 2009) chama atenção, é o da existência das estruturas emergentes (espontâneas) e das estruturas planejadas. O autor explica que no processo da evolução, todas as criaturas vivas do planeta evoluíram em emergências. Todo sistema vivo ocasionalmente encontra pontos de instabilidade, nos quais algumas de suas estruturas se quebram e novas estruturas, ou novas formas de comportamento, emergem. A emergência espontânea de demanda de novas estruturas e novas formas de comportamento - é um dos marcos da vida. Este fenômeno, chamado de emergência, tem sido reconhecido como a base do desenvolvimento, aprendizagem e evolução. Em outras palavras, criatividade a geração de formas que sejam constantemente novas é uma propriedade chave de todos os sistemas vivos. (CAPRA, 1997, apud AMARAL, 2009 p.6) Para Amaral (2009) nas organizações humanas, inclusive nas redes, os dois tipos de estruturas estão sempre presentes. As estruturas planejadas são as estruturas formais de organização, representadas em seus documentos oficiais e descrevem a missão da organização, suas políticas formais, seus objetivos, suas estratégias e regras. Paralelamente, há estruturas emergentes. São as estruturas informais da organização as parcerias e amizades, as redes de influência de cada integrante da organização, os canais informais de comunicação, as habilidades tácitas e fontes de conhecimento que estão em contínuo 19

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