ANÁLISE FINANCEIRA E AUDITORIA INTERNA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DO CONTROLE INTERNO COMO FERRAMENTAS DE GESTÃO DE UMA EMPRESA

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1 UNIJUÍ Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação Curso de Administração EaD Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso EaD JISLAINE CRISTIANE DILL Prof. Orientador Ivo Ney Kuhn ANÁLISE FINANCEIRA E AUDITORIA INTERNA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DO CONTROLE INTERNO COMO FERRAMENTAS DE GESTÃO DE UMA EMPRESA Trabalho de Conclusão de Curso Panambi, RS, 1º Semestre de 2015.

2 JISLAINE CRISTIANE DILL Prof. Orientador Ivo Ney Kuhn ANÁLISE FINANCEIRA E AUDITORIA INTERNA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DO CONTROLE INTERNO COMO FERRAMENTAS DE GESTÃO DE UMA EMPRESA Trabalho de Conclusão de Curso Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul UNIJUÍ, como requisito parcial à Conclusão de Curso e consequente obtenção do título de Bacharel em Administração. Panambi, RS, 1º Semestre de 2015.

3 RESUMO Introdução: As organizações estão inseridas num contexto globalizado, altamente competitivo e que apresenta desafios constantes para os gestores, cabendo a estes desenvolver ferramentas que auxiliem o seu processo de gestão, utilizando para tal, o conhecimento e a informação como recursos estratégicos na formulação das estratégias organizacionais. Neste contexto, a Análise Financeira e a Auditoria Interna são os principais instrumentos de controle de uma organização, para subsidiar a tomada de decisões. A análise das demonstrações financeiras consiste num processo específico para detalhar a situação econômico-financeira de uma organização, fornecendo subsídios para o processo decisório e a melhoria contínua. Neste sentido, a análise das demonstrações financeiras para Padoveze e Benedicto (2014. p. 89) "é o processo de "reflexão" sobre as demonstrações contábeis, objetivando uma avaliação da empresa em seus aspectos operacionais, patrimoniais e financeiros". A auditoria, na visão de Attie (2011, p. 5) "é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado". Portanto, o presente estudo foi realizado a partir do seguinte problema de pesquisa: Como utilizar a análise financeira e a auditoria interna das demonstrações financeiras e do controle interno como ferramentas de gestão? O objetivo deste estudo é demonstrar a aplicabilidade e a importância da análise financeira e da auditoria interna das demonstrações financeiras e do controle interno como ferramentas de gestão. Metodologia: Considerando o objetivo proposto, a metodologia utilizada no presente estudo é de caráter descritiva. No entendimento de Zamberlan et al (2014, p. 96 e 97) o objetivo da pesquisa descritiva é "identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo [...] e para a obtenção dos dados destacam-se: questionários, testes padronizados, entrevistas, observações, entre outros". A pesquisa do ponto de vista da natureza classifica-se como uma pesquisa aplicada, a qual aprofundou conhecimentos na área a partir de uma análise prática, determinando respostas ao problema proposto. Quanto ao ponto de vista da abordagem, o estudo é classificado como pesquisa qualitativa, pois analisou detalhadamente a situação econômico-financeira de uma empresa, bem como realizou a auditoria interna das principais contas para averiguação da legitimidade das informações e dos processos internos, servindo de embasamento para o planejamento do processo decisório na tomada de decisões. Em relação aos procedimentos técnicos, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, sendo realizadas pesquisas sobre o tema em questão em livros, sites da internet, portais, leis e legislações, artigos publicados e revistas técnicas e científicas. O estudo também utilizou a pesquisa documental, na qual foram analisados documentos internos da organização, objetivando a construção do conhecimento. Por fim, o estudo também é classificado como estudo de caso e levantamento, onde foi realizado um estudo específico da situação econômico-financeira da organização objeto de estudo, bem como a aplicação da auditoria interna na forma de questionário para legitimar as informações apresentadas a fim de se obter um conhecimento detalhado. A coleta de dados ocorreu em janeiro de 2015 e como instrumentos da coleta de dados foram utilizadas as técnicas de observação e questionário. As informações e as documentações necessárias para o desenvolvimento do estudo foram fornecidas pelo Setor Administrativo e Financeiro da organização. Para realizar a análise

4 econômico-financeira, a gerente financeira disponibilizou as demonstrações financeiras BP e DRE de quatro exercícios sociais consecutivos. O questionário da auditoria interna para legitimar as principais contas das demonstrações financeiras e dos processos internos foi aplicado aos dois sócios e na gerente financeira da organização. O questionário foi elaborado com questões para averiguar e legitimar as informações apresentadas no controle interno e nas principais contas das demonstrações financeiras. As alternativas de respostas apresentaram duas opções: Sim ou Não, contribuindo assim para a identificação das fraquezas da empresa. A auditoria interna realizada pelo presente estudo contemplou a aplicação do questionário inicial para a realização dos trabalhos da mesma. Já os procedimentos, testes e exames subsequentes será objeto de investigação e aplicação para o próximo estudo a ser desenvolvido. Após a coleta dos dados, os mesmos foram analisados, interpretados, padronizados e transformados em planilhas a fim da concretização dos objetivos propostos. A partir das informações das demonstrações contábeis BP e DRE, foram realizados os cálculos das análises financeiras e dos indicadores financeiros e econômicos, além da tabulação das respostas do questionário aplicado para a devida compreensão e análise. Resultados: Os resultados da pesquisa apontam para a importância da análise da situação econômico-financeira da empresa Alfa Intelligence, bem como a realização da auditoria interna das principais contas e do controle interno da organização como ferramenta de apoio aos gestores. No estudo do caso, após a padronização das demonstrações financeiras BP e DRE, foram exercitadas as técnicas de análise financeira, composta da análise horizontal (AH) e vertical (AV) e dos indicadores financeiros e econômicos, destacando os índices de liquidez, de estrutura e endividamento e de retorno. Padoveze e Benedicto (2014, p. 3) destacam que a análise financeira obtém "elementos para o processo de avaliação da continuidade financeira e operacional da entidade analisada". Na visão dos autores acima citados a AH "[...] permite identificar a variação positiva ou negativa de um período em relação ao anterior." (PADOVEZE E BENEDICTO 2014, p. 199). A análise financeira da organização objeto de estudo contemplou a análise do BP e da DRE. Em relação ao crescimento horizontal do BP, cabe destacar que na rubrica patrimônio líquido consolidado as contas de capital social realizado e reservas de capital se mantiveram constantes em todos os anos, e a conta lucros/prejuízos acumulados foi a responsável pela elevação dos percentuais em todos os anos, atingindo o pico de 165,07% no ano 4, demonstrando a alavancagem do patrimônio da empresa. Como no ano 1 a conta lucro/prejuízo consolidado do período apresentou resultado negativo, a AH da DRE considerou como base o ano 2. No entanto, a partir deste ano foi possível identificar que a empresa manteve-se lucrativa, sendo que para os anos finais do período analisado foram apresentados os percentuais de 150,62% para o ano 3 e 310,42% para o ano 4. Pereira da Silva (2013, p. 205) comenta que "o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial". A AV do BP constata que no período analisado o ativo circulante da empresa Alfa Intelligence, vem diminuindo a cada ano, passando de 57,69% no ano 1 para 40,46% no ano 4, o que representou uma queda de recursos financeiros, sendo que as contas a receber obtiveram as maiores oscilações neste período, passando de 41,51% no ano 1 para 31,23% no ano 4. No entanto, no ano 3 não chegou a atingir os 30%. Em contra partida, o ativo não circulante entre os anos analisados obteve aumento gradual, passando de 42,31% do ativo total no ano 1 a 59,54% do ativo

5 total no ano 4. O passivo circulante e o passivo não circulante oscilaram nos anos avaliados, principalmente em relação aos empréstimos e financiamentos de curto prazo, que chegaram a atingir no ano 2 o percentual de 13,48%, mas em contra partida os empréstimos e financiamentos de longo prazo tiveram acentuada queda, passando de 30,76% no ano 1 a 11,43% no ano 4. Com o patrimônio líquido consolidado também aconteceram oscilações, no ano 1 o mesmo apresentou o percentual de 50,10% e no ano 4 atingiu o percentual de 59,07%. A AV da DRE demonstra que o custo dos bens e/ou serviços vendidos diminuíram no decorrer do período analisado, também cabe destacar que os resultados obtidos pela empresa Alfa Intelligence no periódo analisado em termos de valores, demonstra o crescimento constante da empresa, após o ano 1 ter apresentado resultado negativo. Os indicadores financeiros e econômicos, no entendimento de Iudícibus (2010, p. 92) retratam o que aconteceu no passado da organização e fornecem subsídios para o que poderá acontecer no futuro. Sendo assim, através do índice de liquidez geral é possível perceber que a capacidade da empresa Alfa Intelligence em liquidar os compromissos foi insuficiente nos anos 2 e 3, pois para cada R$ 1,00 das dívidas totais a empresa possuía respectivamente para cada ano R$ 0,96 e R$ 0,82 de dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazo. Por outro lado, no ano 4 o índice apresentou para cada R$ 1,00 de dívida total a empresa possuía R$ 1,04, ficando abaixo do ano 1, o qual apresentou para o período analisado o maior índice, R$ 1,16 para fazer frente aos seus compromissos. A liquidez corrente demonstra a saúde financeira da empresa, para o ano 1 cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo a empresa apresentava R$ 3,01 de ativos circulantes, nos anos posteriores o valor apresentado teve redução em comparação a este ano, mas finalizou o ano 4 com R$ 1,37 de ativo circulante para cada real de dívida de curto prazo. Os índices de estrutura e endividamento representam quanto os ativos são financiados com capitais de terceiros e próprios, determinando se a empresa possui dependência de recursos de terceiros (Padoveze e Benedicto 2014, p ). O índice participação de capitais de terceiros (PCT) demonstra que a empresa não depende dos recursos de terceiros para honrar com seus compromissos, pois fechou o ano 4 com o menor índice para o período analisado, ou seja, 69,29%, que significa que para cada R$ 100,00 de capital próprio, a empresa utilizou R$ 69,29 de recursos de terceiros. O índice de imobilização do patrimônio líquido (IPL) da empresa identifica que no ano 4 a empresa imobilizou 97,22% de todo o patrimônio líquido (PL), ou seja, demonstrando a capacidade financeira e da estrutura patrimonial da empresa, o que permite utilizar as folgas para investimento nas demais contas do ativo. A composição do endividamento (CE) da empresa cresceu consideravelmente, pois mais da metade das dívidas venceram no curto prazo, representando 72,08% no final do ano 4. O índice de endividamento geral (EG) revela que a empresa investiu no seu ativo um volume maior de recursos próprios, para o ano 4 esse percentual ficou em torno de 40%. Os índices de retorno na visão de Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 189) explicam que "a rentabilidade é a alma do negócio. Sem rentabilidade a continuidade da empresa estará comprometida". Neste sentido, o giro do ativo (GA) apresentou resultado de crescimento superior dos ativos em relação ao volume de vendas no período, passou de 3,29 vezes no ano 2 a 2,71 vezes no ano 4. O índice de retorno sobre as vendas (RSV) da empresa determina que é necessário providenciar ajustes em relação às receitas ou em relação aos custos, ou até mesmo em ambas as contas, pois para o ano 4 cada R$ 100,00 de vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 9,15. O índice retorno sobre o ativo (RSA) apresenta que para cada R$ 100,00 do ativo total médio a empresa gerou um lucro líquido de

6 R$ 9,16 no ano 2, R$ 17,57 no ano 3 e R$ 24,81 no ano 4. O índice retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) apresenta a vitalidade da empresa e sua capacidade na geração de lucros, tornando-a atrativa para seus proprietários, pois para cada R$ 100,00 de patrimônio líquido médio investido no período, a empresa gerou lucro líquido de R$ 20,14 no ano 2, R$ 39,44 no ano 3 e R$ 46,70 no ano 4. Outro ponto importante deste trabalho foi a realização dos trabalhos iniciais da auditoria interna, através das respostas obtidas com a aplicação de um questionário nos responsáveis diretos pelo setor foi possível diagnosticar o controle interno da organização, a fim de averiguar e legitimar as informações contidas nas principais demonstrações financeiras da organização. Diante das respostas obtidas foram elencados os pontos observados, as possíveis consequências e as principais recomendações acerca das fraquezas levantadas. Dentre as quais, destacam-se a criação de instruções de trabalho para cada atividade, formalização de procedimentos, criação de uma política para a concessão de crédito e de descontos, implantação da gestão de compras e de um sistema orçamentário, exame tempestivo das contas a pagar visando o controle de qualidade da contabilização e a segregação da função. Conclusão: Através da usabilidade e aplicabilidade dos processos de análise financeira e de auditoria interna as organizações podem transformar as informações das demonstrações financeiras em uma ferramenta de gestão para subsidiar o processo decisório na tomada de decisões. Neste estudo, além de analisar detalhadamente a situação econômico-financeira da organização objeto de estudo, através das demonstrações financeiras, foram aplicados os trabalhos iniciais da auditoria interna, objetivando o levantamento de irregularidades nos processos internos. Embora, a pesquisa não contemplou a aplicação total da auditoria interna, há apontamentos e recomendações acerca dos controles e processos internos que contribuirão para a lisura e veracidade das informações das demonstrações financeiras. Sendo possível, destacar que estes processos são fundamentais para o assessoramento administrativo, visando o direcionamento das estratégias futuras, para a obtenção dos resultados corporativos projetados. Referências: ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, p. IUDÍCIBUS, Sergio de. Análise de Balanços. 10. ed. São Paulo: Atlas, p. MARTINS, Eliseu; MIRANDA, Gilberto José; DINIZ, Josedilton Alves. Análise Didática das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, p. PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Carvalho de. Análise das demonstrações financeiras. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, p. PEREIRA DA SILVA, José. Análise financeira das empresas. 12. ed. São Paulo: Atlas, p. ZAMBERLAN, Luciano (Org.); RASIA, Pedro Carlos; SOUZA, José Dalmo Silva de; GRISON, Antonio José; GAGLIARDI, André de Oliveira; TEIXEIRA, Enise Barth; DREWS, Gustavo Arno; VIEIRA, Eusélia Paveglio; BRIZOLLA, Maria Margarete Baccin; ALLEBRANDT, Sérgio Luís. Pesquisa em ciências sociais aplicadas. Ijuí: Ed. Unijuí, p.

7 Palavras-chave: Demonstrações financeiras. Análise financeira. Indicadores financeiros e econômicos. Auditoria interna.

8 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 - Comparação dos resultados em valores da empresa Alfa Intelligence. 71 Gráfico 02 - Liquidez Geral Gráfico 03 - Liquidez Corrente Gráfico 04 - Participação de Capitais de Terceiros Gráfico 05 - Imobilização do Patrimônio Líquido Gráfico 06 - Composição do Endividamento Gráfico 07 - Endividamento Geral Gráfico 08 - Giro do Ativo Gráfico 09 - Retorno Sobre as Vendas Gráfico 10 - Retorno Sobre o Ativo Gráfico 11 - Retorno Sobre o Patrimônio Líquido... 78

9 LISTA DE QUADROS Quadro 01 - Planilha para padronização do BP Quadro 02 - Planilha para padronização da DRE Quadro 03 - BP da empresa Alfa Intelligence Quadro 04 - DRE da empresa Alfa Intelligence Quadro 05 - Análise Horizontal do BP da empresa Alfa Intelligence Quadro 06 - Análise Horizontal da DRE da empresa Alfa Intelligence Quadro 07 - Análise Vertical do BP da empresa Alfa Intelligence Quadro 08 - Análise Vertical da DRE da empresa Alfa Intelligence Quadro 09 - Indicadores Financeiros e Econômicos Quadro 10 - Quantificação das respostas obtidas em relação à Auditoria Interna Quadro 11 - Aplicabilidade da Auditoria Interna Quadro 12 - Questionário para coleta de dados - Auditoria Interna... 89

10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AH - Análise Horizontal AV - Análise Vertical BP - Balanço Patrimonial CE - Composição do Endividamento CFC - Conselho Federal de Contabilidade DRE - Demonstração do Resultado do Exercício EG - Endividamento Geral GA - Giro do Ativo IPL - Imobilizado do Patrimônio Líquido LC - Liquidez Corrente LG - Liquidez Geral LS - Liquidez Seca NDD - Nível de Desconto de Duplicatas PC - Princípios de Contabilidade PCT - Participação de Capitais de Terceiros PFC - Princípios Fundamentais de Contabilidade PL - Patrimônio Líquido RSA - Retorno Sobre o Ativo RSPL - Retorno Sobre o Patrimônio Líquido RSV - Retorno Sobre as Vendas

11 SUMÁRIO RESUMO... 2 LISTA DE GRÁFICOS... 7 LISTA DE QUADROS... 8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... 9 INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO APRESENTAÇÃO DO TEMA CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PROBLEMA OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos JUSTIFICATIVA REFERENCIAL TEÓRICO CONTABILIDADE Conceito Objeto da Contabilidade Finalidade da Contabilidade Objetivos e funções da Contabilidade Usuários da Contabilidade Princípios de Contabilidade Princípio da Entidade Princípio da Continuidade Princípio da Oportunidade Princípio do Registro Pelo Valor Original... 25

12 Princípio da Competência Princípio da Prudência Demonstrações Financeiras Principais Demonstrações Financeiras Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do Exercício Principais alterações introduzidas nas demonstrações financeiras pelas Leis Nº /07 e Nº / ANÁLISE FINANCEIRA Conceito Objetivos O Processo de Análise Financeira Etapas do Processo de Análise Financeira Coleta da Documentação para Análise Conferência da Documentação Preparação: leitura e padronização das demonstrações contábeis Processamento: cálculos dos indicadores e obtenção de relatórios Análise das Demonstrações Contábeis Conclusão Métodos de Análise das Demonstrações Contábeis Análise Horizontal (AH) Análise Vertical (AV) Indicadores Financeiros e Econômicos Índices de Liquidez Liquidez Geral (LG) Liquidez Corrente (LC)... 40

13 Liquidez Seca (LS) Índices de Estrutura e Endividamento Participação de Capitais de Terceiros (PCT) Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) Composição do Endividamento (CE) Endividamento Geral (EG) Nível de Desconto de Duplicatas (NDD) Índices de Retorno Giro do Ativo (GA) Retorno Sobre as Vendas (RSV) Retorno Sobre o Ativo (RSA) Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) AUDITORIA Função da Auditoria Objetivos e contribuições da Auditoria Objeto da Auditoria Auditoria Externa Auditor Externo Auditoria Interna Auditor Interno Normas e Procedimentos de Auditoria Controle Interno Planejamento de Auditoria Papéis de Trabalho Relatório de Auditoria METODOLOGIA DA PESQUISA... 56

14 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO Quanto à natureza Quanto à abordagem Quanto aos objetivos Quanto aos procedimentos técnicos UNIVERSO AMOSTRAL SUJEITOS PARTICIPANTES DA PESQUISA COLETA DE DADOS ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ESTUDO DO CASO PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANÁLISE FINANCEIRA À VALORES RELATIVOS E POR INDICADORES FINANCEIROS Análise Horizontal e Vertical do BP e da DRE Indicadores Financeiros AUDITORIA INTERNA: LEVANTAMENTO DAS FRAQUEZAS E PONTOS DE RECOMENDAÇÕES CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE... 89

15 INTRODUÇÃO Atualmente, a sociedade vive num contexto globalizado, onde o crescimento das organizações, a competitividade, o desenvolvimento tecnológico e a amplitude do ambiente econômico tem feito com que as organizações busquem a melhoria contínua para a sobrevivência no mercado de atuação. Isto requer organizações abertas à inovação, ágeis, flexíveis, menos burocratizadas e hierarquizadas. O processo de globalização intensifica-se a cada dia gerando profundas mudanças no âmbito empresarial. Tais mudanças são decorrentes do elevado grau de competitividade entre países e organizações, e estão provocando novos desafios para os gestores, cabendo a estes desenvolver ferramentas que auxiliem o seu processo de gestão, utilizando para tal, o conhecimento e a informação como recursos estratégicos na formulação das estratégias organizacionais. No aspecto econômico, as decisões governamentais, o câmbio, as situações econômicas dos países e do ambiente empresarial, são alguns dos fatores que interferem no cotidiano das organizações. Na perspectiva de Pereira da Silva (2013, p. 3), para compreendermos a relação da empresa com seus ambientes interno e externo, é necessário a compreensão dos objetivos, das atividades e dos resultados das empresas, bem como das condições e fatores que os influenciam. Neste contexto, a Análise Financeira e a Auditoria Interna são os principais instrumentos de controle de uma organização, objetivando a avaliação detalhada da situação econômico-financeira através das demonstrações financeiras, subsidiando assim o processo decisório na tomada de decisões. Na visão de Padoveze e Benedicto (2014, p. 3) a "análise financeira consiste em um processo meditativo sobre os números de uma entidade, para avaliação de sua situação econômica, financeira, operacional e de rentabilidade". Perez Júnior declara que: Auditoria pode ser definida como o levantamento, o estudo e a avaliação sistemática das transações, procedimentos, rotinas e demonstrações financeiras de uma entidade, com o objetivo de fornecer a seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada em normas e princípios sobre sua adequação. (PEREZ JÚNIOR, 2012, p. 2).

16 15 Portanto, o presente estudo visa demonstrar como a análise financeira e a auditoria interna das demonstrações financeiras e do controle interno podem ser utilizadas como ferramentas de gestão, buscando a melhoria contínua e o aperfeiçoamento dos processos internos, galgando a eficiência e eficácia para a tomada de decisões. Assim, o estudo foi realizado em uma empresa prestadora de serviços na área de informática, denominada ficticiamente como "Alfa Intelligence", a qual atua a nível nacional nos segmentos Moveleiro e Metal Mecânico. Para atender as necessidades de mais de 450 clientes, conta com 60 profissionais em seu quadro de colaboradores, divididos entre a matriz e as 05 unidades de negócios localizadas em outros estados brasileiros. Para atingir estes objetivos, este estudo apresenta no primeiro capítulo a contextualização do estudo, onde abordou-se a apresentação do tema, a caracterização da organização, o problema, a descrição dos objetivos geral e específico e a justificativa para a elaboração do referido estudo. Na sequência, o capítulo dois apresenta o referencial teórico, onde foram aprofundados os temas para difundir os conceitos, a importância e outros assuntos de conhecimentos teóricos sobre contabilidade, demonstrações financeiras, análise financeira e auditoria interna e externa, com o intuito de compreender e avaliar aspectos como: lucratividade e desempenho, ciclos financeiro e operacional, estrutura de capitais e solvência, liquidez e capacidade de pagamento, noções das normas, procedimentos e técnicas de auditoria. O terceiro capítulo apresenta a metodologia, que enfatiza os procedimentos utilizados para a realização da pesquisa, ou seja, a classificação do estudo, universo amostral, os sujeitos da pesquisa, a coleta de dados e a análise e interpretação dos mesmos. Posteriormente, no capítulo quatro, consta o estudo aplicado, onde a situação econômico-financeira da organização objeto de estudo foi detalhadamente apurada. Através da análise das demonstrações financeiras, os principais pontos, recomendações e conclusões foram descritos, bem como as principais contas e os processos internos auditados, atendendo ao que foi previamente previsto nos objetivos propostos. E por fim, o estudo apresenta a conclusão e as referências bibliográficas utilizadas como fontes de pesquisa.

17 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO A contextualização do estudo é composta pela apresentação do tema, caracterização da organização, o problema, a definição dos objetivos geral e específico do estudo e a justificativa pela realização do presente estudo. 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA A Análise Financeira visa extrair informações das demonstrações financeiras de uma organização. Para tal, utiliza métodos e técnicas para a estratificação das informações pertinentes. O resultado desta análise é um diagnóstico preciso da situação econômico-financeira de uma organização fornecendo subsídios para a tomada de decisões. Entretanto, é a partir da necessidade de uma análise financeira perspicaz e independente, voltada para ao gerenciamento de resultados, visando à medição, avaliação, monitoramento e controle da eficiência e eficácia dos processos internos que evidencia-se a Auditoria Interna das demonstrações financeiras e do controle interno como ferramenta de gestão. Neste contexto, o presente estudo analisou detalhadamente a situação econômico-financeira da organização objeto de estudo, através das demonstrações financeiras, bem como realizou uma auditoria interna das principais contas destas demonstrações, objetivando a prevenção de irregularidades nos processos internos, e evidenciar a legitimidade das informações apresentadas. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO O presente estudo foi realizado na empresa Alfa Intelligence, prestadora de serviços, na área de informática, localizada na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, sendo constituída por dois sócios. Atualmente, atua em nível nacional no mercado de software de gestão para o segmento industrial - Moveleiro e Metal Mecânico, atendendo as necessidades de 450 clientes. Além da matriz, conta com 5 unidades de negócios localizadas em outros estados brasileiros.

18 17 O foco principal da organização é a busca incessante de soluções eficientes e eficazes para melhor atender as necessidades de seus clientes. Para tal, conta com profissionais qualificados que além de conhecimento técnico também possuem conhecimento específico no mercado de atuação da organização, bem como dos processos gerenciais e administrativos de uma empresa. A Missão da organização é: "Desenvolver e comercializar Sistemas Informatizados que sirvam para controlar e gerenciar atividades administrativas das Empresas, contribuindo assim para sua competitividade." Os Valores e princípios organizacionais são: Ética e profissionalismo; Clientes e Colegas tratados com respeito; Acessibilidade e Espontaneidade; Qualidade em Produtos e Serviços; Eficiência e Eficácia; Atualização Tecnológica e Conceitual; Competitividade e Lucratividade. 1.3 PROBLEMA Através das informações apresentadas nas demonstrações financeiras é possível realizar a análise financeira detalhada da situação econômico-financeira de uma organização, e para provar a veracidade dos dados obtidos é necessário realizar a auditoria dos processos internos. Os dados auferidos em ambos os processos fornecem informações indispensáveis para o planejamento, controle e monitoramento dos gestores visando a melhor tomada de decisões. Como o âmbito empresarial está em constante mudança e aperfeiçoamento para os gestores, são necessárias ferramentas que auxiliam no processo administrativo, apresentando informações legítimas que evidenciam e demonstram a

19 18 real situação da organização, para assim obter os resultados corporativos almejados. Neste sentido, a organização, objeto deste estudo, verificou detalhadamente a sua situação financeira, bem como realizou a auditoria interna das principais contas para averiguar a legitimidade das informações e dos processos internos para, conforme necessidade, serem adotadas as medidas corretivas necessárias. Assim, através desta pesquisa, pretende-se responder o seguinte questionamento: Como utilizar a análise financeira e a auditoria interna das demonstrações financeiras e do controle interno como ferramentas de gestão? 1.4 OBJETIVOS Para desenvolver o estudo proposto, foi necessário apontar e definir os objetivos necessários para a obtenção dos resultados almejados. Sendo assim, os objetivos dividem-se em objetivo geral e objetivos específicos Objetivo Geral Demonstrar a aplicabilidade e a importância da análise financeira e da auditoria interna das demonstrações financeiras e do controle interno como ferramentas de gestão Objetivos Específicos Revisar a literatura referente à contabilidade, análise financeira, auditoria interna e externa. Descrever as normas e procedimentos da auditoria interna. Conhecer as demonstrações financeiras em relação às dimensões da organização em estudo. Apurar detalhadamente a situação econômico-financeira da organização. Auditar o controle interno da organização a fim de legitimar as informações das demonstrações financeiras.

20 19 Observar, identificar as possíveis consequências e apontar melhorias na busca pela eficiência e eficácia na gestão de recursos. 1.5 JUSTIFICATIVA Devido às organizações estarem inseridas em um ambiente globalizado e competitivo, com constantes mudanças tecnológicas, é imprescindível que a informação, o conhecimento organizacional e as práticas de gestão estejam aliados aos objetivos organizacionais, pois são fatores indispensáveis e determinantes para o sucesso empresarial. A análise financeira e a auditoria interna das demonstrações financeiras visam analisar, apontar e fornecer as informações necessárias para a tomada de decisões na busca pela eficiência e eficácia na gestão. Através destas, é possível elaborar um diagnóstico preciso acerca da situação econômico-financeira da organização estudada, proporcionando apontamentos e recomendações para auxiliar na elaboração do planejamento das ações necessárias em busca dos objetivos almejados. Para a organização, objeto desta pesquisa, foi proporcionado o levantamento detalhado da sua situação econômico-financeira, servindo de embasamento para o planejamento do processo decisório na tomada de decisões. Para a Universidade, para o curso de Administração, e para os usuários do resultado de pesquisa, o presente estudo pode ser utilizado como fonte de pesquisa e estímulo para futuras pesquisas nessa área de conhecimento. Como futura administradora, este trabalho foi de inegável valor, pois possibilitou a ampliação dos meus conhecimentos em contabilidade, demonstrações financeiras, análise financeira, auditoria interna e outros assuntos de conhecimento teórico relacionados, proporcionando uma visão ampla para o diagnóstico da situação financeira de uma organização. Além disso, a busca de conhecimento não irá terminar por aqui, pois pretendo buscar oportunidades para me aperfeiçoar e atuar nessa área, especificamente como consultora empresarial.

21 2 REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico consiste no estudo sobre o tema abordado nesta pesquisa, envolvendo a contabilidade, demonstrações financeiras, análise financeira e auditoria interna e externa. As pesquisas foram realizadas em livros, artigos e sites relacionados ao tema proposto, almejando um maior conhecimento e entendimento para o desenvolvimento do estudo aplicado. 2.1 CONTABILIDADE Conceito A contabilidade na visão de Basso (2011, p. 26) é a "ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativos (monetário) e qualitativo (físico)". De acordo com Attie: A contabilidade, como ciência social que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro de atos e fatos, dispõe de seus princípios que, em verdade, têm por objetivo orientar de forma técnica a condução do exercício profissional em todos os aspectos que envolvam de forma direta ou indireta a doutrina contábil. (ATTIE, 2011, p. 167). No entendimento de Crepaldi (2012, p. 6), "a contabilidade trata da coleta, apresentação e interpretação dos fatos econômicos". Pereira da Silva (2013) apresenta a contabilidade como a linguagem dos negócios e as demonstrações contábeis como os canais de comunicação que fornecem dados e informações para o diagnóstico do desempenho e da saúde financeira da entidade Objeto da Contabilidade Na definição de Attie (2011, p. 168) "a contabilidade possui objeto próprio - o Patrimônio das Entidades - definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações".

22 21 Basso (2011) contribui mencionando que: O patrimônio é enfocado pela contabilidade sob dois aspectos: a) Aspecto Qualitativo - considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza, como a composição individual e a natureza jurídica de cada elemento; b) Aspecto Quantitativo - considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista monetário intrínseco, isto é concebe os elementos patrimoniais como expressão de valor econômico, o que torna os elementos heterogêneos (unidades monetárias de uso comum). (BASSO, 2011, p. 27) Finalidade da Contabilidade Conforme Basso (2011, p. 28), "a finalidade básica é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento - processo decisório". Para o mesmo autor, "como núcleo central do controle patrimonial, a contabilidade registra os fatos que nele acontecem, emitindo relatórios qualitativos e quantitativos" (ibid., p. 28) possibilitando as análises necessárias da entidade. Na concepção de Viceconti e Neves (2014, p. 1), a contabilidade tem a finalidade de: a) controlar o patrimônio das aziendas 1 ; b) apurar o rédito (resultado) das atividades das aziendas; c) prestar informações as pessoas que tenham interesse na avaliação da situação patrimonial e do desempenho dessas entidades. No entanto, para Crepaldi (2012), quando a organização presta informações a terceiros utiliza-se o termo contabilidade financeira e quando a informação gerada pela contabilidade é utilizada internamente utiliza-se o termo contabilidade gerencial. A Contabilidade Financeira é o processo de elaboração de demonstrativos financeiros para propósitos externos: pessoal externo à organização, como acionistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é muito influenciado por autoridades governamentais que estabelecem padrões, regulamentadores e fiscais, bem como por exigências de auditoria de contadores independentes. 1 Aziendas - compreendem as pessoas jurídicas, ou seja, empresas que têm obrigações legais de escrituração contábil, com e sem fins lucrativos e as pessoas físicas que têm patrimônio, mas não têm a obrigação legal de efetuarem escrituração contábil. (VICECONTI; NEVES, 2014, p. 2).

23 22 Contabilidade Gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial. (CREPALDI, 2012, p. 6). Neste sentido, pode-se dizer que a contabilidade fornece as informações necessárias para avaliação da entidade, sendo essas indispensáveis para a tomada de decisões Objetivos e funções da Contabilidade Os principais objetivos da contabilidade para Basso (2011, p. 29) são: controlar (física e monetariamente) os elementos patrimoniais e suas variações; apurar os resultados decorrentes das variações ocorridas no patrimônio da entidade; evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade bem como suas tendências; atentar para o cumprimento de normas, leis e demais dispositivos emergentes da legislação aplicável aos negócios da entidade; fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo som suas necessidades. Basso ainda contribui apresentando as seguintes funções atribuídas à contabilidade para que os objetivos sejam realizados: coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem com o patrimônio da entidade; classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade; registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade; acumular informações quantitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo; resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis; revelar a situação patrimonial, econômico e financeira da entidade. (BASSO, 2011, p. 30) Usuários da Contabilidade

24 23 As informações geradas pela contabilidade podem ser utilizadas tanto pelos usuários internos quanto externos, devido aos interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas devem ser amplas, fidedignas e suficientes para a avaliação da situação patrimonial da entidade. (ATTIE, 2011). Ainda para Attie, "as informações geradas pela contabilidade devem propiciar, aos seus usuários, base segura às suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a Entidade". (ibid., p. 130). Os usuários são determinados segundo o tipo de informação que demandam: administradores, diretores e executivos: uso da informação contábil no processo decisório, contribuindo parra [sic] que as decisões possam ser tomadas com o maior grau de acerto possível. Detalhes, precisão e agilidade da informação são requisitos básicos; sócios e/ou acionistas: uso da informação contábil para se certificarem da real situação do patrimônio do empreendimento: segurança, lucratividade e rentabilidade do investimento realizado na entidade; bancos, financiadores e investidores: informações patrimoniais, econômicas e financeiras, visando a avaliar as reais garantias oferecidas quando da concessão de empréstimos e das aplicações de dinheiro na entidade; fornecedores: semelhante aos bancos e financiadores, os fornecedores realizam estudos sobre as demonstrações contábeis da entidade para aquilatar sua capacidade de liquidar obrigações e as suas possibilidades de sucesso econômico, como condicionantes de crédito; governo federal, estaduais e municipais: efetuam estudos sobre os dados contábeis das empresas para planejamento e controle de suas receitas tributárias, bem como das políticas macroeconômicas. (BASSO, 2011, p. 30) Princípios de Contabilidade O órgão responsável pela normatização da atividade contábil no Brasil é o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o qual através das resoluções delibera as normas e procedimentos para orientar as atividades contábeis. Conforme Attie (2011, p. 186), "o objetivo é padronizar os critérios a serem seguidos pelas entidades no registro dos atos e fatos por elas produzidos". A Resolução CFC Nº 530 de 23 de outubro de 1981 e a CFC Nº 750 de 29 de dezembro de 1993 instituíram os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC), e a Resolução CFC Nº de 28 de maio de 2010 atualizou e consolidou a denominação para os atuais Princípios de Contabilidade (PC).

25 24 Os PC segundo a Resolução CFC Nº 1.282/10 são: princípio da entidade, princípio da continuidade, princípio da oportunidade, princípio do registro pelo valor original, princípio da competência e princípio da prudência Princípio da Entidade O princípio da Entidade, de acordo com Basso (2011, p. 354), "reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial". Attie (2011, p. 173) constata que "o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição". A Resolução CFC Nº 750/93, alterada pela resolução CFC Nº 1.282/10, dispõe acerca do princípio da Entidade: Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Parágrafo único O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. (CFC, 2010, p. 2-3) Princípio da Continuidade O princípio da Continuidade, na visão de Attie (2011, p. 176), "[...] diz respeito diretamente ao valor econômico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente, em despesa". A Resolução CFC Nº 750/93, alterada pela Resolução CFC Nº 1.282/10, dispõe acerca do princípio da Continuidade: Art. 5º O Princípio da CONTINUIDADE pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (CFC, 2010, p. 3).

26 Princípio da Oportunidade O princípio da Oportunidade, no entendimento de Basso (2011, p. 360), "exige a apreensão, a mensuração, o registro e o relato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem". A Resolução CFC Nº 750/93, alterada pela Resolução CFC Nº 1.282/10, dispõe acerca do princípio da Oportunidade: Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (CFC, 2010, p. 4) Princípio do Registro Pelo Valor Original O princípio do Registro Pelo Valor Original, descrito por Attie (2011, p. 179), "ordena que os componentes do patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelos valores ocorridos na data das transações havidas com o mundo exterior à Entidade [...]". A Resolução CFC Nº 750/93, alterada pela Resolução CFC Nº 1.282/10, dispõe acerca do princípio do Registro Pelo Valor Original: Art. 7º O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: I Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e II Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em

27 26 caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e III a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (CFC, 2010, p. 5-6) Princípio da Competência O princípio da Competência, relatado por Basso (2011, p. 368), "está diretamente ligado ao entendimento das variações patrimoniais e sua natureza". Ainda na percepção de Basso (2011), as variações podem ser qualitativas ou permutativas que modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais sem repercutirem no montante do patrimônio líquido e as quantitativas ou modificativas que modificam o mesmo. A Resolução CFC Nº 750/93, alterada pela Resolução CFC Nº 1.282/10, dispõe acerca do princípio da Competência: Art. 9º O Princípio da COMPETÊNCIA determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

28 27 Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (CFC, 2010, p. 8) Princípio da Prudência O princípio da Prudência, para Attie (2011, p. 184), visa obter o menor valor para o patrimônio líquido. A Resolução CFC Nº 750/93, alterada pela Resolução CFC Nº 1.282/10, dispõe acerca do princípio da Prudência: Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. [...]. (CFC, 2010, p. 8) Demonstrações Financeiras 2 As demonstrações contábeis, na concepção de Viceconti e Neves (2014, p. 71), "representam peças em forma técnica que evidenciam fatos patrimoniais ocorridos em determinada gestão administrativa". Iudícibus (2010, p. 26) descreve que os relatórios contábeis expõem de forma "resumida e ordenada os principais fatos registrados pela contabilidade, em determinado período". No entender de Padoveze e Benedicto (2014. p. 3), as demonstrações financeiras representam a "visão agregada da empresa" Principais Demonstrações Financeiras No ponto de vista de Basso (2011, p. 291), do conjunto de informações de natureza patrimonial, econômica e financeiras das entidades, dois são considerados básicos o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício 2 Neste estudo, demonstrações contábeis e demonstrações financeiras possuem o mesmo significado.

29 28 (DRE), que são complementados pela Demonstração dos Fluxos de Caixa, pela Demonstração Dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração do Valor Adicionado. Para esclarecer os métodos, critérios e detalhes da escrituração e da elaboração das informações nas demonstrações contábeis, as Notas Explicativas acompanham tais demonstrativos Balanço Patrimonial O balanço patrimonial, na interpretação de Iudícibus (2010, p. 28), "reflete a posição das contas em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um período prefixado". Basso assim se refere ao BP: [...] uma representação quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade numa determinada data, revelando a sua posição financeira e patrimonial estática, isto é, na data do seu levantamento. (BASSO, 2011, p. 292). O BP é estruturado através de três partes fundamentais denominadas: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido (PL). O Ativo compreende as aplicações de recursos representados pelos bens e direitos da entidade. O Passivo compreende as origens de recursos de terceiros representados pelas obrigações da entidade, decorrentes de sua atividade e de financiamentos obtidos de entidades financeiras e/ ou de investidores pessoas físicas ou jurídicas. O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da entidade e seu valor é representado pela diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo menos Passivo). O valor do Patrimônio Líquido, portanto, pode ser positivo - quando o valor do Ativo é maior que o valor do Passivo, nulo - quando o valor do Ativo for igual ao valor do Passivo, ou negativo - quando o valor do Ativo for menor que o valor do Passivo. No caso em que o valor do Patrimônio Líquido é negativo é também denominado de "Passivo a Descoberto". (ibid., p ). A Lei Nº de 15 de dezembro de 1976 estabelece no artigo 178 que "no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que

30 29 registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia" Demonstração do Resultado do Exercício O objetivo da DRE constatado por Viceconti e Neves (2014, p. 74) "é fornecer o resultado Líquido do exercício, decompondo-o entre os seus elementos constitutivos, ou seja, as receitas e despesas do exercício, apuradas segundo o regime de competência". Iudícibus assim conceitua a DRE: É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). (IUDÍCIBUS, 2010, p ). A Lei Nº 6.404/76 alterada e atualizada pela Lei Nº /09, apresenta os elementos da DRE: Art A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. (BRASIL, 2009, p. 74).

31 30 Neste estudo, as demonstrações financeiras analisadas foram o BP e a DRE. As demais demonstrações financeiras serão objeto de investigação para o próximo estudo a ser desenvolvido Principais alterações introduzidas nas demonstrações financeiras pelas Leis Nº /07 e Nº /09 As Leis Nº de 28 de dezembro de 2007 e Nº de 27 de maio de 2009 introduziram alterações na legislação contábil brasileira para atender às normas e padrões internacionais de contabilidade. O objetivo definido por Viceconti e Neves (2014, p. 499) é: [...] facilitar a análise dos investidores internacionais, pois a necessidade de manusear diversas demonstrações financeiras com várias normas distintas e diferenciadas dificultava sobremaneira a comparação das mesmas e, consequentemente, a aplicação dos resultados pelos investidores residentes ou domiciliados em outros países. Assim, a convergência é uma contribuição da classe contábil ao crescimento da economia global, pois viabiliza o fluxo de capitais e os investimentos oriundos do exterior. A Lei Nº 6.404/76 alterada pela Lei Nº /07, que estendeu às sociedades de grande porte a elaboração e a divulgação das demonstrações financeiras, dispõem acerca das demonstrações financeiras: Art Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e [sic] IV - demonstração dos fluxos de caixa; e V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (BRASIL, 2007, p. 64). A Lei Nº /09 apresentou uma nova estrutura para o balanço patrimonial, conforme: [...] 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I ativo circulante; e

32 31 II ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I passivo circulante; II passivo não circulante; e III patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (BRASIL, 2009, p. 68). 2.2 ANÁLISE FINANCEIRA Conceito A análise financeira de uma organização consiste para Pereira da Silva (2013, p. 6) "[..] num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas 4 e exógenas 5 que a afetam financeiramente". Sendo considerada uma ferramenta indispensável para auxiliar na avaliação da empresa, visa à melhoria contínua e a busca pela eficiência e eficácia para as tomadas de decisões. Complementando, Iudícibus (2010, p. 5) explica que "a análise de balanços é a arte de extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso". Na explanação de Padoveze e Benedicto (2014, p. 3), a análise financeira obtém "elementos para o processo de avaliação da continuidade financeira e operacional da entidade analisada". Nesta linha, Basso descreve e conceitua a análise de balanço da seguinte maneira: [...] elaboração de indicadores, dados e informações de situações passadas e presentes para a interpretação, estudo e análise da realidade patrimonial, econômica e financeira da entidade, bem como a projeção de tendências futuras. (BASSO, 2011, p. 35). 3 Neste estudo, análise financeira e análise de balanço são termos que apresentam o mesmo significado. 4 Endógenas - são as condições relacionadas ao ambiente interno da entidade. (PEREIRA DA SILVA, 2013 p. 6). 5 Exógenas - são as condições relacionadas ao ambiente externo na qual a entidade está inserida. (ibid., p. 6).

33 Objetivos O objetivo da análise das demonstrações financeiras para Padoveze e Benedicto (2014 apud ASSAF NETO, 1998 p. 47) é: [...] relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinam a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa. Padoveze e Benedicto (op. cit., apud WALTER, 1981 p. 60) ainda contribuem mencionado que: O objetivo da análise das demonstrações contábeis compreende a indicação de informações numéricas, preferencialmente de dois ou mais períodos regulares, de modo a auxiliar ou instrumentalizar gestores, acionistas, clientes, fornecedores, instituições financeiras, governo, investidores e outras pessoas interessadas em conhecer a situação da empresa ou tomar decisão. Na perspectiva de Kuhn e Lampert (2012, p. 26) o objetivo da análise das demonstrações financeiras compreende a avaliação dos seguintes aspectos: a) capacidade de pagamento da empresa mediante a geração de caixa; b) capacidade de remunerar os investidores gerando lucro em níveis compatíveis com suas expectativas; c) nível de endividamento, motivo e qualidade do endividamento; d) políticas operacionais e seus impactos na necessidade de capital de giro da empresa; e) impacto das decisões estratégicas relacionadas a investimentos e financiamentos O Processo de Análise Financeira A análise das demonstrações financeiras consiste num processo específico para detalhar a situação econômico-financeira de uma organização, fornecendo subsídios para o processo decisório e a melhoria contínua. Neste sentido, a análise das demonstrações financeiras para Padoveze e Benedicto (2014. p. 89) "é o

34 33 processo de "reflexão" sobre as demonstrações contábeis, objetivando uma avaliação da empresa em seus aspectos operacionais, patrimoniais e financeiros". No entendimento de Martins, Miranda e Diniz: A análise das demonstrações contábeis é um conjunto de esforços sistemáticos para determinar, por parte de uma pessoa preparada, o significado e o sentido das demonstrações financeiras, com vistas a permitir a realização de previsão da liquidez, da solvência e da rentabilidade de uma entidade. (MARTINS; MIRANDA; DINIZ, 2014, p. 81). O processo de análise apresentado por Padoveze e Benedicto (2014, p. 89) "começa com a separação dos dados, combinando-os adequadamente a fim de viabilizar sua interpretação, de acordo com o objetivo previamente estabelecido". Pereira da Silva (2013, p. 173) considera que "cada análise é desenvolvida com um propósito específico, devendo o processo de padronização orientar a análise para atender às políticas internas de análise". Portanto, a padronização das demonstrações contábeis tem a finalidade de: [...] levar as peças contábeis a um padrão que atenda às diretrizes técnicas internas da instituição ou do profissional independente que esteja desenvolvendo a análise para atender a finalidade, como uma decisão de investimento ou decisão de crédito, entre outros objetivos. (ibid., p. 172) Etapas do Processo de Análise Financeira A padronização das peças contábeis é a etapa que precede a análise financeira, e o processo de análise obedece a uma sequência definida para garantir o resultado esperado, conforme explica Pereira da Silva (2013). Para este mesmo autor a sequência do processo envolve as seguintes etapas: a) Coleta da documentação para análise. b) Conferência da documentação recebida. c) Preparação: leitura e padronização das demonstrações contábeis. d) Processamento: cálculos dos indicadores e obtenção de relatórios. e) Análise dos indicadores e relatórios. f) Conclusão: elaboração do parecer. (ibid., p. 174).

35 Coleta da Documentação para Análise Pereira da Silva (2013, p. 6) destaca que a coleta é a: Obtenção das demonstrações contábeis e outras informações, como as relativas ao mercado de atuação da empresa, seus produtos, seu nível tecnológico, seus administradores e seus proprietários, bem como sobre o grupo a que a empresa pertence, entre outras Conferência da Documentação A qualidade da documentação a ser analisada é imprescindível para a realização de uma análise confiável que apresente a real situação econômicofinanceira da empresa averiguada. Portanto, a documentação recebida deve ser rigorosamente conferida para evitar irregularidades que comprometam e dificultam a realização da análise. (PEREIRA DA SILVA, 2013, p ). Neste sentido, Kuhn e Lampert (2012, p. 24) explicam que: O produto da análise financeira depende diretamente da completude e confiabilidade dos dados e informações coletados. De nada adianta produzirmos indicadores a partir de valores que não representam a realidade do negócio sob análise Preparação: leitura e padronização das demonstrações contábeis. Nas palavras de Pereira da Silva (2013, p. 176), "[...] a análise começa na reclassificação das demonstrações contábeis, [...] tem como objetivo trazê-las a um padrão de procedimento e de ordenamento na distribuição das contas". Pereira da Silva (ibid., p. 176), ainda acrescenta que "o outro objetivo é fazer com que as demonstrações atendam às necessidades de análise e sejam apresentadas de forma homogênea, simples de visualizar e fáceis de entender [...]". De acordo com Kuhn e Lampert: A preparação e o processamento das demonstrações financeiras para fins de análise têm por finalidade levar as peças contábeis a uma padronização que atenda às diretrizes técnicas internas da instituição ou do profissional

36 35 que esteja desenvolvendo a análise, atendendo a determinada finalidade, como subsidiar decisões de investimentos ou de crédito, entre outros objetivos. (KUHN; LAMPERT, 2012, p. 25). Patrimonial. O quadro 01 apresenta um modelo de planilha para padronização do Balanço Quadro 01 - Planilha para padronização do BP 20X1 20X2 20X3 Valores $ % Valores $ % Valores $ % ATIVO Disponibilidades Aplicações financeiras Duplicatas a receber (-) Prov. Devedores duvidosos Duplicatas a receber líquidas Estoques Outros valores a receber Despesas antecipadas Ativo circulante Partes relacionadas Outros realizáveis LP Realizável a longo prazo Investimentos Imobilizado Intangível Diferido Ativo permanente Ativo não circulante TOTAL DO ATIVO PASSIVO Duplicatas descontadas Instituições financeiras Outros não cíclicos Fornecedores Salários e encargos sociais Impostos e taxas Outros cíclicos Passivo Circulante Financiamentos e debêntures Outros exigíveis a longo prazo Passivo não Circulante Capital social integralizado Reservas Lucros/prejuízos acumulados Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO + PL Fonte: Adaptado de Pereira da Silva (2013, p ).

37 36 O Quadro 02 é um modelo de planilha para padronização da Demonstração do Resultado. Quadro 02 - Planilha para padronização da DRE 20X1 20X2 20X3 Valores $ % Valores $ % Valores $ % Receita operacional bruta (-) Devoluções e abatimentos (-) Impostos sobre vendas Receita operacional líquida (-) CPV (- depreciaações), CMV, CSP (-) Depreciações Lucro Bruto (-) Despesas comerciais (-) Despesasa administrativas (-) Despesas de depreciações (-) Provisão para devedores duvidosos (+/-) Outras despesas e receitas operac. Lucro operacional I (+) Receitas financeiras (-) Despesas financeiras (+/-) Variações monetárias líquidas Lucro operacional II (+/-) Equivalência patrimonial Lucro operacional III (+/-) Resultado não operacional Lucro líquido antes do IR (-) Provisão IR e CS (-) Participações Lucro líquido Fonte: Adaptado de Pereira da Silva (2013, p. 179). Portanto, no entendimento de Kuhn e Lampert a reclassificação tem a finalidade de: Trazer todas as demonstrações financeiras a um mesmo critério, permitindo a comparabilidade entre empresas; fornecer o detalhamento necessário às diversas etapas do processo de análise, adequando-se a uma política interna que foi adotada pela empresa ou pelo analista; fornecer índices e indicadores isentos dos efeitos dos diferentes critérios adotados por diferentes empresas na elaboração de suas demonstrações financeiras e aprimorar conceitualmente a classificação de um valor com vistas a uma posição cautelosa, na interpretação do analista. (KUHN; LAMPERT, 2012, p. 26).

38 Processamento: cálculos dos indicadores e obtenção de relatórios. Pereira da Silva (2013) define que esta fase corresponde ao processamento das informações, cálculos dos indicadores e emissão dos relatórios no formato interno da instituição Análise das Demonstrações Contábeis Após a organização dos dados, principalmente dos indicadores e relatórios, é necessário verificar a consistência das informações e observação das tendências apresentadas, para identificar eventuais irregularidades ou erros de planilhamento. A verificação de outras informações também é indispensável, dentre as quais destacam-se: se o valor total do ativo correspondente ao valor total do passivo mais do PL; informações de contratos, credores, prazos, taxas, garantias etc., em relação ao endividamento bancário; análise da evolução do PL e o cálculo dos índices financeiros e sua comparação com os de outras empresas de mesmo porte, região geográfica e que atuam no mesmo setor. (PEREIRA DA SILVA, 2013, p ). Na concepção de Kuhn e Lampert (2012, p. 26), a análise é a etapa que exige muito conhecimento, observação e experiência do analista, pois nesta fase dois são os focos principais: a análise da empresa (fatores de risco) e transação pretendida (limite de crédito, aprovação de operações e etc.) Conclusão A etapa da conclusão, relatada por Kuhn e Lampert (2012, p. 27), "é uma das fases mais importantes da análise, consistindo em identificar, ordenar, destacar e escrever sobre os principais pontos e recomendações acerca da empresa". Com isso Pereira da Silva (2013, p. 7) explica que o parecer elaborado pelo analista deve ser apresentado "[...] em linguagem simples, clara e consistente, de modo que o usuário da análise, pela leitura do relatório, conheça a empresa e possa tomar decisão sobre a mesma".

39 Métodos de Análise das Demonstrações Contábeis Para realizar o processo de análise financeira o analista tem à sua disposição uma série de métodos que apresentam detalhadamente a situação econômicofinanceira de uma organização, dentre os quais destacam-se: Análise Horizontal e Vertical; Indicadores Financeiros e Econômicos Análise Horizontal (AH) Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 103) relatam que a AH "é um processo temporal que permite verificar a evolução das contas individuais e também dos grupos de contas por meio de números-índices". A finalidade da AH para Iudícibus (2010, p. 83) "é apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultado (bem como de outros demonstrativos) através de períodos, a fim de caracterizar tendências". Pereira da Silva (2013, p. 211) explica que "o propósito da análise horizontal (AH) é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis". Padoveze e Benedicto (2014, p. 199) entendem que "a análise horizontal é uma averiguação da evolução, crescimento ou diminuição, que permite identificar a variação positiva ou negativa de um período em relação ao anterior". Conforme Kuhn e Lampert (2012, p. 47) "para calcularmos os percentuais da coluna da análise horizontal (AH) dividimos o valor da rubrica em análise em (Xn) pelo valor da mesma rubrica em (X1) e multiplicamos o resultado por cem". Coelho (2005, p. 23) explica que: O mecanismo consiste em escolher um exercício, normalmente o mais antigo, atribuindo seus valores o percentual de 100, e a partir desse exercício calcular os demais valores dos outros exercícios, sempre em relação ao primeiro. (COELHO 2005, p. 23)

40 39 A fórmula para a realização do cálculo da AH, descrita por Kuhn e Lampert (2012, p. 47) é a seguinte: AH = Análise Horizontal Xn = Rubrica 20xn X1 = Rubrica em 20x Análise Vertical (AV) Pereira da Silva (2013, p. 205) comenta que "o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial". Na visão de Padoveze e Benedicto (2014, p. 195), "denominamos análise vertical o estudo de participação percentual ou de estrutura dos elementos das demonstrações contábeis". Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 109) explicam que a "análise vertical é realizada mediante a extração de relacionamentos percentuais entre itens pertencentes à demonstração financeira de um mesmo período". Portanto, para calcular a AV através da fórmula de Kuhn e Lampert (2012, p. 44) é preciso "dividirmos o valor da rubrica que queremos calcular pelo valor base e multiplicarmos o resultado por cem". Para tal, Kuhn e Lampert (ibid., p. 44) indicam a seguinte fórmula: AV = Análise Vertical Rubrica = conta contábil que queremos calcular Base = no BP usamos o ativo total, na DRE usamos as vendas operacionais líquidas

41 Indicadores Financeiros e Econômicos Marion (2012, p. 11) discorre que "os indicadores (ou índices ou quocientes) significam o resultado obtido da divisão de duas grandezas". Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 126) relatam que "o importante não é o uso de grande quantidade de índices, mas somente daqueles necessários à compreensão da entidade em análise" Índices de Liquidez Marion (2012, p. 75) define que os índices de liquidez "são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos" Liquidez Geral (LG) No entendimento de Pereira da Silva (2013, p. 284), o índice LG "indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto prazo e longo prazo, para fazer face às suas dívidas totais". Kuhn e Lampert (2012, p. 64) explicam que a "interpretação deste índice é no sentido de "quanto maior, melhor", mantidos constantes os demais fatores". A fórmula para o cálculo da LG, apresentada por Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 129) é a seguinte: Liquidez Corrente (LC) Na explicação de Pereira da Silva (2013, p. 287), o índice LC "indica quanto a empresa possui em dinheiro mais bens e direitos realizáveis no curto prazo (próximo exercício), comparando com suas dívidas a serem pagas no mesmo período". A

42 41 interpretação deste índice para Kuhn e Lampert (2012, p. 62) é "quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores". A fórmula para obter a LC na concepção de Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 127) é: Liquidez Seca (LS) Pereira da Silva (2013, p. 290) comenta que o índice de liquidez seca (LC) "indica quanto a empresa possui em disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários a [sic] vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras a curto prazo e duplicatas a receber, para fazer face a seu passivo circulante". A interpretação deste índice para Kuhn e Lampert (2012, p. 63) também é no sentido de "quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores". Ainda, Kuhn e Lampert (ibid., p. 63) apresentam a fórmula para calcular a LS: Índices de Estrutura e Endividamento Os índices de estrutura e endividamento, elencados por Kuhn e Lampert (2012, p. 51), "decorrem das decisões estratégicas da empresa, relacionadas às decisões financeiras de investimentos, financiamento e distribuição de dividendos". Iudícibus (2010, p. 97) diz que "estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros" Participação de Capitais de Terceiros (PCT) Pereira da Silva (2013, p. 270) confirma que o índice PCT "indica o percentual de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, retratando a dependência

43 42 da empresa em relação aos recursos externos". Kuhn e Lampert (2012, p. 52) explicam que a interpretação deste índice "é no sentido de que 'quanto maior, pior', mantidos constantes os demais fatores". A fórmula para calcular o índice PCT é apresentada da seguinte maneira por Kuhn e Lampert (ibid., p. 52): Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) Pereira da Silva (2013, p. 267) descreve que o índice IPL "indica quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo permanente". A interpretação deste índice para Kuhn e Lampert (2012, p. 55) é no sentido de que "quanto maior, pior, mantidos constantes os demais fatores". A fórmula para calcular o IPL no entendimento de Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 141) é a seguinte: Composição do Endividamento (CE) A CE conceituada por Pereira da Silva (2013, p. 273) "indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto prazo, isto é, as obrigações a curto prazo comparadas com as obrigações totais". Para Kuhn e Lampert (2012, p. 54), a interpretação deste índice "é no sentido de que 'quanto maior, pior', mantidos constantes os demais fatores". O cálculo deste índice pode ser realizado através da fórmula apresentada por Kuhn e Lampert (ibid., 54):

44 Endividamento Geral (EG) O índice EG na visão de Kuhn e Lampert (2012, p. 57), "reforça as conclusões tiradas a partir do índice Relação Entre as fontes de Recursos, revelando o percentual do ativo que é financiado por capitais de terceiros". Kuhn e Lampert (ibid., 57) também mostram a fórmula para realizar o cálculo do EG: Nível de Desconto de Duplicatas (NDD) Pereira da Silva (2013, p. 278) considera que "o nível de desconto de duplicatas indica o percentual de duplicatas descontadas em relação ao total de duplicatas a receber". A interpretação deste índice definida por Kuhn e Lampert (2012, p. 58) "é quanto maior, pior". A fórmula para o cálculo deste índice na definição de Kuhn e Lampert (ibid.) é a seguinte: Índices de Retorno Os índices de retorno, relacionados por Pereira da Silva (2013, p. 236), "também conhecidos por índices de lucratividade ou mesmo de rentabilidade, indicam qual o retorno que o empreendimento está propiciando". Neste sentido, Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 189) explicam que "a rentabilidade é a alma do negócio. Sem rentabilidade a continuidade da empresa estará comprometida" Giro do Ativo (GA) O giro do ativo conceituado por Pereira da Silva (2013, p. 236) "é um dos principais indicadores da atividade da empresa. Estabelece relação entre as vendas

45 44 do período e os investimentos totais efetuados na empresa, que estão representados pelo ativo total médio". Ainda para Pereira da Silva, a interpretação deste índice "é no sentido de 'quanto maior, melhor', indicando o nível de eficiência com que são utilizados os recursos aplicados na empresa, isto é, o ativo total". (ibid., p. 237). O GA no entendimento de Kuhn e Lampert (2012, p. 76) pode ser calculado através da fórmula: No entanto, Kuhn e Lampert orientam calcular primeiramente o ativo total médio, através da fórmula "[...] ((ATi + ATf)/2), considerando ATi = ativo total inicial, que é o valor do ativo total no final do ano anterior e ATf = ativo total final do exercício atual dividindo o resultado por dois". (KUHN; LAMPERT, 2012, p. 76) Retorno Sobre as Vendas (RSV) O índice retorno sobre as vendas, conforme Pereira da Silva (2013, p ), "compara o lucro líquido em relação às vendas líquidas do período, fornecendo o percentual de lucro que a empresa está obtendo em relação a seu faturamento, e é interpretado no sentido de que quanto maior, melhor". Na exposição de Pereira da Silva (ibid., p. 239), a fórmula para calcular a RSV é a seguinte: Retorno Sobre o Ativo (RSA) Na definição de Pereira da Silva (2013, p ), o índice RSA "indica a lucratividade que a empresa propicia em relação aos investimentos totais representados pelo ativo total médio, e sua interpretação é no sentido de quanto maior, melhor".

46 45 A fórmula para o cálculo deste índice é apresentada por Kuhn e Lampert (2012, p. 79): O ativo total médio deve ser inicialmente calculado, conforme exposto pelos autores acima citados, ou seja, "aplicar a fórmula: ((ATi + ATf)/2), considerando ATi = ativo total inicial, que é o valor do ativo total no final do ano anterior e ATf = ativo total final do exercício atual. dividindo o resultado por dois". (KUHN; LAMPERT, ibid., p. 79) Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) O índice RSPL, no entendimento de Pereira da Silva (2013, p. 246), "indica quanto de prêmio os acionistas ou proprietários da empresa estão obtendo em relação a seus investimentos no empreendimento. O lucro, portanto, é o prêmio do investidor pelo risco de seu negócio". A interpretação deste índice para este mesmo autor "é no sentido de quanto maior, melhor". (ibid., p. 247). Kuhn e Lampert (2012, p. 80) determinam a fórmula para o cálculo do RSPL: Para obter o valor do patrimônio líquido médio, os autores mencionados acima recomendam a utilização da seguinte fórmula: "[...] ((PLi + PLf)/2), considerando PLi = patrimônio líquido inicial, que é o valor do PL final do ano anterior e PLf = patrimônio líquido final do exercício atual, dividindo o resultado por dois". (idem., p. 80.) 2.3 AUDITORIA A auditoria é uma técnica contábil que avalia a organização através do exame de fatos, documentos, procedimentos e instrumentos de controles, objetivando

47 46 mensurar a confiabilidade e a fidedignidade das informações e das demonstrações contábeis geradas pela entidade. (BASSO, 2005, p ). Nas palavras de Silva (2008, apud FRANCO; MARRA, 1992), a auditoria é: O ramo da contabilidade que verifica a autenticidade das demonstrações contábeis, examina os critérios e procedimentos contábeis adotados em sua elaboração, e se estes estão de acordo com os princípios fundamentais de Contabilidade e com as normas brasileiras de Contabilidade. A auditoria, na visão de Attie (2011, p. 5) "é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado". Viceconti e Neves (2014, p. 76) assim definem a auditoria: Tem por objetivo a revisão, a perícia, a intervenção ou o exame de contas de toda uma escrita periódica ou constantemente, eventual ou definitivamente, objetivando determinar se tal escrita obedece à escrituração conceitual da contabilidade e aos princípios contábeis e se cumpre os preceitos legais traçados para cada caso específico e se está baseada em documentos idôneos. Complementando, Basso (2011, p. 35) determina que a auditoria é o "exame dos procedimentos administrativos, operacionais e das práticas contábeis, envolvendo a escrituração e as demonstrações contábeis, para certificar sua lisura, legalidade, correção e fidedignidade" Função da Auditoria Em sua explanação, Basso (2005, p. 93) frisa que "a principal função da auditoria é a confirmação da lisura dos procedimentos administrativos, operacionais, dos registros contábeis e das conseqüentes [sic] demonstrações contábeis" Objetivos e contribuições da Auditoria

48 47 A auditoria consiste em auxiliar a administração de uma empresa, fornecendo através da análise, avaliações e recomendações às informações em relação às atividades examinadas. (ATTIE, 2012, p. 7). Attie define o objetivo da auditoria da seguinte maneira: O objetivo do exame normal de auditoria das demonstrações contábeis é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas, e assegurar que elas representem em seu conjunto adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e os demais demonstrativos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com as práticas contábeis no Brasil. (idem., 2011, p. 12). A partir disto, o autor define o principal objetivo da auditoria "como sendo o processo pelo qual o auditor se certificar da veracidade da totalidade das demonstrações contábeis preparadas pela companhia auditada". (ATTIE, 2011, p. 12). Resumidamente, os objetivos da auditoria para Attie são: Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar essas informações [...]; Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter impacto sobre operações e relatórios, e determinar se a organização está em conformidade com as diretrizes [...]; Examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário, comprovar sua existência real [...]; Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e econômica [...]; Examinar operações e programas e verificar se os resultados são compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas são executados de acordo com o que foi planejado [...]; Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e se certificar que foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas [...]. (ATTIE, 2012, p. 8-10). Os trabalhos realizados pela auditoria contribuem significativamente para a gestão da organização. Dentre as contribuições, Basso destaca os seguintes aspectos: a) sob o aspecto administrativo, contribui para a redução de ineficiência, negligência, incapacidade e improbidade de empregados e administradores; b) sob o aspecto patrimonial, possibilita melhor controle dos bens, direitos e obrigações que constituem o patrimônio da entidade;

49 48 c) sob o aspecto fiscal, é fator que inibe o descumprimento de obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra autuações e multas fiscais; d) sob o aspecto financeiro, resguarda créditos de terceiros contra possíveis fraudes e dilapidação do patrimônio, evitando sua destruição física e econômica, permitindo aos credores garantia de cobertura financeira; e) sob o aspecto econômico, assegura maior exatidão dos custos e veracidade dos resultados, na defesa dos investidores e titulares do patrimônio; f) sob o aspecto técnico, contribui para a utilização adequada de contas, maior eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das informações, garantia de escrituração e elaboração de demonstrativos fidedignos e corretos. (BASSO, 2005, p ) Objeto da Auditoria O objeto da auditoria, elencado por Attie (2011, p. 17), "é o exame das demonstrações contábeis, as quais não existem por si só, mas dependem de uma multiplicidade de fatores internos e externos e de um fluxo de informações que as canalizem por meio de sistemas de controles internos". Lorenzon (2010, apud CREPALDI, 2002, p ) define que: O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrativo, os quais compreendem registros contábeis, papeis, documentos fiscais, fichas, arquivos e anotações que comprovem a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesse [sic] patrimoniais Auditoria Externa Albuquerque, Júnior e Souza (2012, p. 1) consideram que a auditoria externa "trata-se de uma ferramenta que subsidia as técnicas de gestão, a elaboração de projetos, o planejamento estratégico e a captação de recursos, um instrumento de. A Resolução CFC Nº de 27 de novembro de 2009 dispõe acerca dos objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas brasileiras e internacionais de auditoria, determinando que: O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma

50 Auditor Externo estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar essa opinião. (CFC, 2009, p. 3). As principais características do auditor externo citadas por Almeida são: Não tem vínculo empregatício com a empresa auditada; Maior grau de independência; Executa apenas auditoria contábil; O principal objetivo é emitir um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis, no sentido de verificar se estas refletem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e os fluxos de caixa da empresa examinada. Também, se essas demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis e se esses princípios foram aplicados com uniformidade em relação ao exercício social anterior; Menor volume de testes, já que está interessado em erros que individualmente ou cumulativamente possam alterar de maneira substancial as informações das demonstrações contábeis. (Almeida, 2010, p. 6) Auditoria Interna A auditoria interna, na concepção de Martins e Morais (1999, p. 2), tornou-se imprescindível para o atual mundo dos negócios, constituindo função de apoio à gestão. O objetivo da auditoria interna para Martins e Morais é fornecer "análises, apreciações, recomendações, sugestões e informações, relativas às actividades [sic] examinadas, incluindo a promoção do controlo [sic] eficaz a custo razoável". (ibid., p. 2). Da mesma forma, Diefenthaler (2014, apud DINIZ FILHO; OLIVEIRA, 2001, p. 16) acredita que a auditoria interna "é o instrumento de controle administrativo e de verificação sistemática da eficácia e eficiência das atividades operacionais". A Resolução CFC Nº 986 de 21 de novembro de 2003 apresenta as seguintes considerações acerca da auditoria interna: A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a

51 50 avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. (CFC, 2003, p. 2). Neste sentido, Attie (2012, p. 7) explica que a auditoria interna "é uma função independente de avaliação, criada dentro da empresa para examinar e avaliar suas atividades, como um serviço a essa mesma organização" Auditor Interno Almeida define as principais características do auditor interno: É empregado da empresa auditada; Menor grau de independência; Os principais objetivos são: - verificar se as normas internas estão sendo seguidas; - verificar a necessidade de aprimorar as normas internas vigentes; - verificar a necessidade de novas normas internas; - efetuar auditoria das diversas áreas das demonstrações contábeis e em áreas operacionais; Maior volume de testes (tem maior tempo na empresa para executar os serviços de auditoria). (ALMEIDA, 2010, p. 6) Normas e Procedimentos de Auditoria As normas e os procedimentos de auditoria se diferem: enquanto que os procedimentos estão relacionados com os atos a serem praticados, as normas estabelecem as medidas de qualidade na execução dos atos, ou seja, representam os requisitos básicos a serem observados na realização do trabalho de auditoria. (ATTIE, 2012, p. 33). Almeida (2010, p. 16) expõe que "as normas representam as condições a serem observadas pelos auditores externos no desenvolvimento do serviço de auditoria". Este mesmo autor apresenta as seguintes normas: Normas gerais relativas à pessoa do auditor: - a auditoria deve ser executada por pessoa legalmente habilitada, perante o CRC; - o auditor deve ser independente em todos os assuntos relacionados com seu trabalho;

52 51 - o auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização de seu exame e na exposição de suas conclusões; Normas relativas à execução do trabalho: - o trabalho deve ser adequadamente planejado [...]; - o auditor deve estudar e avaliar o sistema contábil e o controle interno da empresa, com base para determinar a confiança que neles pode depositar, bem como fixar a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria a ser aplicados; - os procedimentos de auditoria devem ser estendidos e aprofundados até a obtenção dos elementos comprobatórios necessários para fundamentar o parecer do auditor; Normas relativas ao parecer: - o parecer deve esclarecer: (1) se o exame foi efetuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas; (2) se as demonstrações contábeis examinadas foram preparadas de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade; (3) se os referidos princípios foram aplicados, no exercício examinado, com uniformidade em relação ao exercício anterior; - salvo declaração em contrário, entende-se que o auditor considera satisfatórios os elementos contidos nas demonstrações contábeis examinadas e nas exposições informativas constantes das notas que as acompanham; - o parecer deve expressar a opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Quando não puder expressar opinião sem ressalvas sobre todos os elementos contidos nas demonstrações contábeis e notas informativas, devem ser declaradas as razões que motivaram esse fato. Em todos os casos, o parecer deve conter indicação precisa da natureza do exame e do grau de responsabilidade assumida pelo auditor. (ibid., p ). Os procedimentos de auditoria, assinalados por Attie (2012, p ), "constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes de subjetividade, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade". Almeida (2010, p. 34) relata que "os procedimentos representam um conjunto de técnicas que o auditor utiliza para colher as evidências sobre as informações das demonstrações financeiras". Dentre os quais destacam-se: Contagem física: esse procedimento é utilizado para as contas do ativo e consiste em identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras [...] dinheiro em caixa; estoques; títulos (ações, títulos de aplicações financeiras etc.); bens do ativo imobilizado. Confirmação com terceiros: esse procedimento é utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de carta, bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações, [...] dinheiro em conta corrente bancária; contas a receber de clientes; estoques em poder de terceiros; títulos em poder de terceiros; contas a pagar a fornecedores; empréstimos a pagar. Conferência de cálculos: o contador efetua diversos cálculos em todo o processo de elaboração das demonstrações financeiras. Evidentemente, um erro de cálculo ocasiona uma informação errônea nessas demonstrações. Portanto, o auditor deve conferir, na base de testes, esses

53 52 cálculos. [...] cálculos de valorização de estoques; cálculos de amortização de despesas antecipadas; cálculos das depreciações dos bens do ativo imobilizado; cálculos de variação monetária e cambial de empréstimos a pagar; cálculos de juros provisionados. Inspeção de documentos: existem dois tipos de documentos: os internos e os externos. Os documentos internos são produzidos pela própria empresa, já os externos são fornecidos por terceiros à empresa, normalmente comprovando algum tipo de transação. Esses documentos representam os comprovantes hábeis que suportam os lançamentos contábeis nas contas do ativo, passivo, receita e despesa. O auditor examina esses documentos com o objetivo de constatar a veracidade dos valores registrados. São exemplos de documentos internos: relatório de despesas, boletim de caixa, mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciação, amortizações etc.); requisição de compra; mapa de licitação de compras; registros de emprego; folha de pagamento; livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal). São exemplos de documentos externos: notas fiscais, faturas e duplicatas de fornecedores; apólices de seguro; contratos; escrituras de imóveis; certificados de propriedade de veículos. (ibid., p. 34 a 36) Controle Interno Perez Junior (2012, p. 79) afirma que o controle interno "compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenadas, adotadas numa empresa para proteger seus ativos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas". Na exposição de Almeida (2010, p. 42), "o controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa". O controle interno para Attie compreende: [...] todos os meios planejados numa empresa para dirigir, restringir, governar e conferir suas várias atividades com o propósito de fazer cumprir os seus objetivos. Os meios de controle incluem, mas não se limitam a: forma de organizações, políticas, sistemas, procedimentos, instruções, padrões, comitês, plano de contas, estimativas, orçamentos, inventários, relatórios, registros, métodos, projetos, segregação de funções, sistema de autorização e aprovação, conciliação, análise, custódia, arquivo, formulários, manuais de procedimentos, treinamento, carta de fiança, etc. (ATTIE, 2012, p. 185). Attie, ainda complementa que os controles internos podem ser relacionados à contabilidade e à administração.

54 53 a) Controles Contábeis: compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos diretamente relacionados, principalmente com a salvaguarda do patrimônio e a fidedignidade dos registros contábeis. Geralmente incluem os seguintes controles: sistema de autorização e aprovação; separação das funções de escrituração e elaboração dos relatórios contábeis daquelas ligadas às operações ou custódia dos valores; e controles físicos sobre estes valores. b) Controle Administrativo: compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos que dizem respeito, à eficiência operacional e à adesão à política traçada pela administração. Normalmente se relacionam de forma indireta aos registros contábeis. Com freqüência [sic] abrangem análises estatísticas, estudos de tempo e movimentos, relatórios de desempenho, programas de treinamento e controle de qualidade. (ibid., p ) Planejamento de Auditoria Almeida (2010, p. 126) explica que "as normas de auditoria exigem que o trabalho seja adequadamente planejado. Planejar significa estabelecer metas para que o serviço seja de excelente qualidade e ao menos custo possível". Assim sendo, Perez Junior (2012, p. 47) relata que o planejamento é um das fases mais importantes para o desenvolvimento dos trabalhos de auditoria. Attie define que: O planejamento é o alicerce sobre o qual todo trabalho deve ser fundamentado e funciona como um mapa estrategicamente montado para atingir o alvo. A montagem do planejamento objetiva percorrer uma estrada predeterminada, num rumo identificado, estabelecido e analisado. (ATTIE, 2011, p. 27). A Resolução CFC Nº 986/03 relata os fatores que o planejamento deve considerar para a execução dos trabalhos de auditoria: a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade; b) o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade; c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade; d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna; e) o uso do trabalho de especialistas; f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações;

55 54 g) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados; h) as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores internos; e i) o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade. (CFC, 2003, p. 3-4) Papéis de Trabalho Os papéis de trabalho, no entender de Perez Junior (2012, p. 108), "documentam e comprovam a realização dos trabalhos [...]". Neste sentido, Attie explica que: Os papéis de trabalho formam o conjunto de formulários e documentos que contêm as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações; constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. (ATTIE, 2011, p. 235). Almeida define que os principais objetivos dos papéis de trabalho são: atender às normas de auditoria geralmente aceitas; acumular as provas necessárias para suportar o parecer do auditor; auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho; facilitar a revisão por parte do auditor responsável, para que ele se assegure de que o serviço foi efetuado de forma correta; servir como base para avaliação dos auditores; ajudar no trabalho da próxima auditoria (um conjunto de papéis de trabalho bem preparados serve de guia na auditoria do outro exercício social, concorrendo para que ela seja conduzida de forma mais eficiente); representar na Justiça (no caso de ser movida uma ação contra o auditor ou a firma de auditoria) as evidências do trabalho executado. (ALMEIDA, 2010, p ). Buscando melhor entendimento, Attie destaca os principais aspectos fundamentais dos papéis de trabalho: Completabilidade: os papéis de trabalho necessitam ser completos por si sós, precisam relatar o começo, meio e fim do trabalho realizado. [...] Objetividade: os papéis de trabalho necessitam ser objetivos e demonstrar os caminhos trilhados pelo auditor para a condução dos seus propósitos. [...] Entretanto, nas informações a serem colocadas nos papéis de trabalho não é preciso incluir todos os detalhes obtidos, mas aqueles considerados relevantes. [...] Concisão: os papéis precisam ser concisos de forma que todos entendam [...].

56 55 Lógica: os papéis de trabalho devem ser elaborados de acordo com o raciocínio lógico, apresentando seqüência [sic] natural dos fatos e o objetivo a ser atingido. Limpeza: aos papéis de trabalho é necessário esmero na sua preparação, eliminando se todas e quaisquer imperfeições e incorreções. (ATTIE, 2012, p ) Relatório de Auditoria O relatório de Auditoria, conceituado por Perez Junior (2012, p. 159), "é o documento por meio do qual o auditor expressa sua opinião sobre as Demonstrações Contábeis auditadas". Attie assim define: O relatório de auditoria constitui a forma pela qual o auditor leva à administração o produto de seu trabalho. É através dele que a auditoria evidencia o serviço realizado mostrando à organização suas idéias [sic], pontos de vista e sugestões que, uma vez implementados, constituem-se na oportunidade de melhorar e solidificar os controles existentes (ATTIE, 2012, p. 253). Ainda, complementando, Attie (op. cit., p. 257) ressalta que "a linguagem do relatório do auditor necessita ser clara, objetiva e simples para facilitar o entendimento de todas as pessoas que com ele possam ter contato, direto ou indireto".

57 3 METODOLOGIA DA PESQUISA O objetivo da metodologia da pesquisa é elaborar respostas para solucionar o problema evidenciado. Na visão de Teixeira, Zamberlan e Rasia (2009, p. 35) cada tipo de pesquisa busca alcançar um propósito específico, dentre os quais, avaliar processos ou resultados, diagnosticar problemas e propor soluções. Diante disto, Zamberlan et al (2014, p. 93) expõe que as pesquisas podem ser realizadas por "diferentes métodos, abordagens, tipos, procedimentos técnicos, estratégias, para procurar respostas e apoiar investigações direcionadas a solucionar questões e problemas de pesquisa [...]". No entendimento de Teixeira, Zamberlan e Rasia (2009, p.188) "a metodologia reveste-se de importância na medida em que procura esclarecer como de fato a investigação ocorreu, buscando garantir a credibilidade do estudo". Portanto, no decorrer deste capítulo é apresentada a metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente estudo, a qual abrange a classificação do estudo, o universo amostral, os sujeitos da pesquisa, bem como a coleta de dados e a análise e interpretação dos mesmos. 3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO A pesquisa pode ser classificada conforme o propósito do estudo. Na concepção de Teixeira, Zamberlan e Rasia (2009, p. 112) a classificação do estudo pode ser, quanto à natureza, quanto aos objetivos, quanto à abordagem, e quanto aos procedimentos técnicos Quanto à natureza A pesquisa do ponto de vista da natureza pode ser dividida em pesquisa básica e pesquisa aplicada. A pesquisa básica para Collis e Hussey (2005, p. 27) "[...] é aquela que foi projetada para aplicar suas descobertas a um problema específico existente". A pesquisa aplicada na visão de Zamberlan et al (2014, p. 94 apud GIL, 1999):

58 57 visa a gerar conhecimentos para aplicação prática voltados à solução de problemas específicos da realidade. Envolve verdades e interesses locais. A fonte das questões de pesquisa é centrada em problemas e preocupações das pessoas e o propósito é gerar soluções potenciais para os problemas humanos. A pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área de saber, e à apresentação de soluções alternativas. O referido estudo quanto à natureza classifica-se como uma pesquisa aplicada, o qual aprofundou conhecimentos na área a partir de uma análise prática, determinando respostas ao problema proposto Quanto à abordagem Na perspectiva de Zamberlan et al (2014, p. 94, apud MINAYO, 1994; GIL, 1999; SILVA e MENEZES, 2001; OLIVEIRA, 1997; RICHARDSON et al, 1989), a pesquisa do ponto de vista da abordagem, pode ser classificada como: Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o emprego de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). [...] Pesquisa Qualitativa: defende que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são requisitos básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o emprego de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Em relação ao ponto de vista da abordagem, o presente estudo é classificado como pesquisa qualitativa, pois analisou detalhadamente a situação econômicofinanceira de uma empresa, bem como realizou a auditoria interna das principais contas para averiguação da legitimidade das informações e dos processos internos, servindo de embasamento para o planejamento do processo decisório na tomada de decisões Quanto aos objetivos

59 58 A pesquisa do ponto de vista de seus objetivos pode ser dividida em pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. A pesquisa exploratória relatada por Collis e Hussey (2005, p. 24) "é realizada sobre um problema ou questão de pesquisa quando há poucos ou nenhum estudo anterior em que possamos buscar informações [...]. O objetivo desse estudo é procurar padrões, idéias [sic] ou hipóteses, [...]". A pesquisa descritiva no entendimento de Vergara (2009, p. 42) "expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre as variáveis e definir sua natureza". Neste sentido, Zamberlan et al (2014, p. 96 e 97) explica que o objetivo da pesquisa descritiva é "identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo [...] e para a obtenção dos dados destacam-se: questionários, testes padronizados, entrevistas, observações, entre outros". Vergara (2009, p. 42) define que o principal objetivo da pesquisa explicativa é "tornar algo inteligível, justificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno". Baseando-se nesses conceitos, o presente estudo é classificado como pesquisa descritiva, o qual identifica, expõe e descreve as principais demonstrações financeiras, bem como as técnicas de análise aplicadas em tais documentos, além da aplicação de um questionário para averiguação da legitimidade das informações e dos processos internos Quanto aos procedimentos técnicos A pesquisa do ponto de vista dos procedimentos técnicos pode ser classificada de diversas maneiras, dentre as quais destacam-se: a pesquisa bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso. Na visão de Vergara (2009, p. 43), a "pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral". A pesquisa documental, descrita por Zamberlan et al (2014 p. 99, apud GIL, 2002, p. 49), determina que "de modo geral, são documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que, de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico". Complementando ainda, Diefenthaler (2014,

60 59 apud BERVIAN; CERVO, 2006, p. 67) determina que "[...] são investigados documentos a fim de se poder descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características. Estuda a realidade presente, e não o passado, como ocorre com a pesquisa histórica". O levantamento definido por Cooper e Schindler (2011, p. 217) "é um processo de mensuração usado para coletar informações durante uma entrevista altamente estruturada". O estudo do caso, conceituado por Vergara (2009, p. 44), "é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo". Desta maneira, o estudo foi desenvolvido conforme as classificações elencadas anteriormente. Para tal, inicialmente, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, sendo realizadas pesquisas sobre o tema em questão em livros, sites da internet, portais, leis e legislações, artigos publicados e revistas técnicas e científicas. O estudo também utilizou a pesquisa documental, na qual foram analisados documentos internos da organização, objetivando a construção do conhecimento. Por fim, o estudo também é classificado como estudo de caso e levantamento, onde foi realizado um estudo específico da situação econômico-financeira da organização objeto de estudo, bem como a aplicação da auditoria interna na forma de questionário para legitimar as informações apresentadas a fim de se obter um conhecimento detalhado. 3.2 UNIVERSO AMOSTRAL Na interpretação de Vergara (2009, p. 46), o universo amostral "trata-se de definir toda a população e a população amostral, [...] conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que serão objeto de estudo". A amostra pode ser dividida em: probabilística e não probabilística. Na definição de Bordim (2013, p. 46, apud MATTAR, 1996, p. 132) a amostra probabilística "é aquela em que cada elemento da população tem uma chance conhecida e diferente de zero de ser selecionado para compor a amostra". Já as amostras probabilísticas, ainda para Bordim (2013, p. 46 apud Mattar, loc. sit.), "são

61 60 aquelas em que a seleção dos elementos da população para compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo". Portanto, o universo amostral da referida pesquisa foi a amostragem não probabilística, na forma de amostragem por julgamento. Ficando a cargo da pesquisadora a definição das demonstrações financeiras analisadas, bem como a definição dos entrevistados que responderam ao questionário para legitimar as informações dos processos internos. 3.3 SUJEITOS PARTICIPANTES DA PESQUISA O presente estudo foi realizado na organização denominada ficticiamente como Alfa Intelligence, prestadora de serviços na área de informática, localizada na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, sendo constituída por dois sócios. As informações e as documentações necessárias para o desenvolvimento do estudo foram fornecidas pelo Setor Administrativo e Financeiro da organização. Para realizar a análise econômico-financeira, a gerente financeira disponibilizou as demonstrações financeiras BP e DRE de quatro exercícios sociais consecutivos. O questionário da auditoria interna para legitimar as principais contas das demonstrações financeiras e dos processos internos foi aplicado aos dois sócios e na gerente financeira da organização. 3.4 COLETA DE DADOS A coleta de dados para Vergara (2009, p. 51) pretende obter os dados necessários para responder ao problema. Teixeira, Zamberlan, Rasia (2009, p. 143) complementam que "a definição da técnica de coleta de dados primários a ser adotada depende em muito dos objetivos que se pretende com a pesquisa e do universo a ser investigado". Para realizar este estudo, os dados foram coletados em janeiro de 2015 e como instrumentos da coleta de dados foram utilizadas as técnicas de observação e questionário. A observação na explanação de Zamberlan et al (2014, p. 119):

62 61 [...] é uma técnica frequentemente empregada em estudos descritivos no campo da gestão. A observação envolve o registro sistemático de padrões de comportamento das pessoas, objetos e eventos, a fim de obter informações sobre o fenômeno de interesse. Contribuindo, Vergara (2009, p. 51) relata que a "observação pode ser simples, ou participante". A observação simples é caracterizada pelo distanciamento do espectador, já na observação participante o espectador é interativo com o grupo ou situação a ser estudada. (VERGARA, 2009). O conceito de questionário para Zamberlan et al (2014 p. 128, apud MALHOTRA, 2001) é definido como "um conjunto formal de perguntas cuja finalidade é obter informações dos entrevistados". Portanto, seguindo essas técnicas o estudo utilizou a observação simples, na qual o pesquisador não interferiu em relação aos procedimentos e processos da organização. O questionário aplicado aos responsáveis pelo setor financeiro encontra-se no apêndice deste estudo, e foi elaborado com questões para averiguar e legitimar as informações apresentadas nas principais contas das demonstrações financeiras. As alternativas de respostas apresentaram duas opções: Sim ou Não, contribuindo assim para a identificação das fraquezas da empresa. Na perspectiva de Attie (2011, p. 308), "as respostas obtidas ajudarão a determinar a natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria e dos testes a serem aplicados durante o exame de auditoria". Neste sentido, a auditoria interna realizada pelo presente estudo contemplou a apresentação e a aplicação do questionário inicial para a realização dos trabalhos da mesma. Já os procedimentos, testes e exames subsequentes será objeto de investigação e aplicação para o próximo estudo a ser desenvolvido. 3.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS A análise e a interpretação na perspectiva de Zamberlan et al (2014, p. 147 apud, GIL, 1999, p. 168): A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido

63 62 mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos. Após a coleta dos dados, os mesmos foram analisados, interpretados e transformados em planilhas a fim da concretização dos objetivos propostos. Através do software Microsoft Office Excel 2007 foram padronizadas as informações das demonstrações contábeis BP e DRE, também, foram realizados os cálculos das análises financeiras e dos indicadores financeiros e econômicos, além da tabulação das respostas do questionário aplicado para a devida compreensão e análise.

64 4 ESTUDO DO CASO Neste capítulo é apresentado o estudo aplicado. No qual a situação econômico-financeira da empresa Alfa Intelligence foi detalhadamente averiguada. Através da análise das demonstrações financeiras BP e DRE, foram realizadas as análises horizontal, vertical e dos indicadores financeiros e econômicos, bem como a auditoria interna das principais contas e dos processos internos. 4.1 PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS O processo de análise apresentado por Padoveze e Benedicto (2014, p. 89) "começa com a separação dos dados, combinando-os adequadamente a fim de viabilizar sua interpretação, de acordo com o objetivo previamente estabelecido". Neste sentido, a padronização das peças contábeis é a etapa que precede a análise financeira, conforme explica Pereira da Silva (2013). A seguir, são apresentadas nos quadros 03 e 04 as demonstrações BP e DRE da organização estudada, de forma padronizada, relativo a quatro exercícios sociais consecutivos. Quadro 03 - BP da empresa Alfa Intelligence Conta Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 1 Ativo Total , , , , Ativo Circulante , , , , Caixa e Equivalentes de Caixa , , , , Contas a Receber , , , , Aplicações financeiras 0,00 0,00 0,00 0, Estoques 0,00 0,00 0,00 0, Tributos a Recuperar , , , , Despesas Antecipadas , , , , Outros Ativos Circulantes 0,00 0,00 0,00 0, Ativo Não Circulante , , , , Ativo Realizável a Longo Prazo 500, , , , Investimentos 170,00 498,06 498,06 498, Imobilizado , , , , Intangível , , , ,36 2 Passivo Total , , , , Passivo Circulante , , , , Obrigações Sociais e Trabalhistas , , , , Fornecedores 7.093, , , , Obrigações Fiscais , , , , Empréstimos e Financiamentos , , , , Outras Obrigações 645, , , , Provisões 5.302, , , , Passivos s/ Ativ. Não-Correntes a Venda e Descont. 0,00 0,00 0,00 0, Passivo Não Circulante , , , , Empréstimos e Financiamentos , , , , Outras Obrigações 0,00 0,00 0,00 0, Tributos Diferidos 0,00 0,00 0,00 0, Provisões 0,00 0,00 0,00 0, Passivos s/ Ativ. Não-Correntes a Venda e Descont. 0,00 0,00 0,00 0, Lucros e Receitas a Apropriar 0,00 0,00 0,00 0, Patrimônio Líquido Consolidado , , , , Capital Social Realizado , , , , Reservas de Capital 6.358, , , , Reservas de Reavaliação 0,00 0,00 0,00 0, Reservas de Lucros 0,00 0,00 0,00 0, Lucros/Prejuízos Acumulados , , , , Ajustes de Avaliação Patrimonial 0, , , , Ajustes Acumulados de Conversão 0,00 0,00 0,00 0, Outros Resultados Abrangentes 0,00 0,00 0,00 0, Participação dos Acionistas Não Controladores 0,00 0,00 0,00 0,00 Fonte: Empresa Alfa Intelligence.

65 64 Quadro 04 - DRE da empresa Alfa Intelligence Conta Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano Receita de Venda de Bens e/ou Serv , , , , Custo dos Bens e/ou Serv. Vend , , , , Resultado Bruto , , , , Despesas/Receitas Operacionais , , , , Despesas com Vendas , ,99 0,00 0, Despesas Gerais e Administrativas , , , , Outras Receitas Operacionais 1, , , , Outras Despesas Operacionais 0, ,89-127,69-730, Result. Antes do Result. Finan. e dos Trib , , , , Resultado Financeiro , , , , Receitas Financeiras , , , , Despesas Financeiras 0, , , , Result. Antes dos Trib. sobre o Lucro , , , , Imp. de Renda e Contrib. Soc. s/ Lucro 0, , , , Resultado Líquido das Operações Cont , , , , Lucro/Prejuízo Consolidado do Período , , , ,91 Fonte: Empresa Alfa Intelligence. 4.2 ANÁLISE FINANCEIRA À VALORES RELATIVOS E POR INDICADORES FINANCEIROS De posse dos dados padronizados, foram realizados os cálculos que utilizaram as fórmulas específicas para a obtenção dos valores das análises horizontal, vertical e dos indicadores financeiros Análise Horizontal e Vertical do BP e da DRE Análise Horizontal O propósito da AH no entendimento de Pereira da Silva (2013, p. 211) "é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis". AH do BP O quadro 05 apresenta a análise horizontal do balanço patrimonial da empresa Alfa Intelligence dos anos 1 a 4, onde constata-se que o ativo total esteve sempre em crescimento, atingindo o percentual de 107,70% no ano 4. O ativo

66 65 circulante oscilou no período analisado, apresentando 40,30% no ano 2, no ano 3 apresentou uma ligeira queda para 30,89%, mas no ano seguinte voltou a aumentar chegando ao percentual de 45,68%. O ativo não circulante experimentou elevação em todos os anos avaliados, chegando a 192,27% no último ano. Por outro lado, o passivo circulante oscilou no período analisado, ora para mais, ora para menos. No entanto, fechou o ano 4 com o percentual de 220,08% em relação ao ano 1. O passivo não circulante também apresentou oscilações no período, fechando o ano 4 em baixa, ou seja, o percentual atingido foi somente de 77,19% em comparação ao ano 1. O patrimônio líquido consolidado apresentou crescimento nos anos avaliados chegando ao ano 4 com o percentual de 144,88%. Portanto, o crescimento horizontal apresentado no quadro 5 demonstra com detalhes a evolução e o desempenho da empresa no período analisado. Cabendo destacar que na rubrica patrimônio líquido consolidado as contas de capital social realizado e reservas de capital se mantiveram constantes em todos os anos, a conta lucros/prejuízos acumulados foi a responsável pela elevação dos percentuais em todos os anos, atingindo o pico de 165,07% no ano 4, demonstrando a alavancagem do patrimônio da empresa. Quadro 05 - Análise Horizontal do BP da empresa Alfa Intelligence Conta Descrição Ano 1 AH% Ano 2 AH% Ano 3 AH% Ano 4 AH% 1 Ativo Total 100,00 154,48 178,57 207, Ativo Circulante 100,00 140,30 130,89 145, Caixa e Equivalentes de Caixa 100,00 109,70 151,90 77, Contas a Receber 100,00 155,95 127,48 156, Aplicações financeiras 100,00 0,00 0,00 0, Estoques 100,00 0,00 0,00 0, Tributos a Recuperar 100,00 129,70 145,22 149, Despesas Antecipadas 100,00 61,65 126,75 105, Outros Ativos Circulantes 100,00 0,00 0,00 0, Ativo Não Circulante 100,00 173,86 243,59 292, Ativo Realizável a Longo Prazo 100, , , , Investimentos 100,00 292,98 292,98 292, Imobilizado 100,00 136,89 118,76 123, Intangível 100,00 273,28 699,43 901,60 2 Passivo Total 100,00 154,48 178,57 207, Passivo Circulante 100,00 259,57 368,80 320, Obrigações Sociais e Trabalhistas 100,00 134,73 118,69 154, Fornecedores 100,00 226,90 596,38 233, Obrigações Fiscais 100,00 155,61 142,46 206, Empréstimos e Financiamentos 100,00 659,92 631,13 585, Outras Obrigações 100, , ,45 408, Provisões 100,00 444, , , Passivos s/ Ativ. Não-Correntes a Venda e Descont. 100,00 0,00 0,00 0, Passivo Não Circulante 100,00 126,68 82,63 77, Empréstimos e Financiamentos 100,00 126,68 82,63 77, Outras Obrigações 100,00 0,00 0,00 0, Tributos Diferidos 100,00 0,00 0,00 0, Provisões 100,00 0,00 0,00 0, Passivos s/ Ativ. Não-Correntes a Venda e Descont. 100,00 0,00 0,00 0, Lucros e Receitas a Apropriar 100,00 0,00 0,00 0, Patrimônio Líquido Consolidado 100,00 131,42 164,78 244, Capital Social Realizado 100,00 100,00 100,00 100, Reservas de Capital 100,00 100,00 100,00 100, Reservas de Reavaliação 100,00 0,00 0,00 0, Reservas de Lucros 100,00 0,00 0,00 0, Lucros/Prejuízos Acumulados 100,00 132,36 171,38 265, Ajustes de Avaliação Patrimonial 0,00 100,00 100,00 100, Ajustes Acumulados de Conversão 100,00 0,00 0,00 0, Outros Resultados Abrangentes 100,00 0,00 0,00 0, Participação dos Acionistas Não Controladores 100,00 0,00 0,00 0,00 Fonte: Dados conforme pesquisa.

67 66 AH da DRE A análise horizontal da DRE da empresa Alfa Intelligence dos anos 1 a 4, apresentada no quadro 06, constatou que a receita de venda de bens e/ou serviços esteve em crescimento durante o período analisado, consequentemente o custo dos bens e/ou serviços vendidos e o resultado bruto também aumentaram, atingindo respectivamente para o ano 4 os seguintes percentuais: 59,24%, 41,65% e 121,94%. No entanto, as despesas/receitas operacionais obtiveram redução dos percentuais para os anos 2 e 3, voltando a apresentar aumento no ano 4, ficando apenas 7,97% acima do ano 1. Fato que demonstra que a empresa teve total controle sobre suas despesas e receitas operacionais. Como a conta lucro/prejuízo consolidado do período apresentou para o ano 1 resultado negativo, a análise horizontal considerou como base o ano 2. No entanto, a partir deste ano foi possível identificar que a empresa manteve-se lucrativa, sendo que para os anos finais do período analisado foram apresentados os percentuais de 150,62% para o ano 3 e 310,42% para o ano 4. Quadro 06 - Análise Horizontal da DRE da empresa Alfa Intelligence Conta Descrição Ano 1 AH% Ano 2 AH% Ano 3 AH% Ano 4 AH% 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 100,00 127,41 146,26 159, Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos 100,00 125,02 139,07 141, Resultado Bruto 100,00 135,95 171,90 221, Despesas/Receitas Operacionais 100,00 96,43 94,41 107, Despesas com Vendas 100,00 95,08 0,00 0, Despesas Gerais e Administrativas 100,00 95,99 112,84 129, Outras Receitas Operacionais 0,00 100,00 987, , Outras Despesas Operacionais 0,00 100,00 1,78 10, Resultado Antes do Result. Finan. e dos Trib. 0,00 100,00 275,68 431, Resultado Financeiro 100,00-35,84-153,92-132, Receitas Financeiras 100,00 52,18 91,58 62, Despesas Financeiras 0,00 100,00 278,93 220, Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 0,00 100,00 256,84 439, Imposto de Renda e Contrib. Soc. s/ Lucro 0,00 100,00 287,90 278, Resultado Líquido das Operações Cont. 0,00 100,00 250,62 410, Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 0,00 100,00 250,62 410,42 Fonte: Dados conforme pesquisa. Análise Vertical Para Iudícibus (2010, p. 86), "este tipo de análise é importante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo".

68 67 AV do BP O quadro 07 apresenta a análise vertical do balanço patrimonial da empresa Alfa Intelligence dos anos 1 a 4, sendo que no ano 1 o ativo Circulante representou 57,69% do ativo total, com o caixa e equivalentes de caixa representando 3,25%, as contas a receber 41,51%, os tributos a recuperar 6,86% e as despesas antecipadas 6,08% do ativo circulante. O Ativo Não Circulante representou 42,31% do ativo total, com o ativo realizável a longo prazo representando 0,11%, os investimentos 0,04%, o imobilizado 33,55% e o intangível 8,61% do ativo não circulante. O Passivo Circulante somou o total de 19,14%, com as obrigações sociais e trabalhistas representando 10,43%, os fornecedores 1,55%, as obrigações fiscais 2,72%, os empréstimos e financiamentos de curto prazo 3,16%, as outras obrigações 0,14% e as provisões 1,16% do passivo circulante. O Passivo Não Circulante soma o total de 30,76%, correspondente aos empréstimos e financiamentos de longo prazo. O Patrimônio Líquido Consolidado soma o total de 50,10%, com o capital social realizado representando 5,88%, as reservas de capital 1,39% e os lucros/prejuízos acumulados 42,83% do patrimônio líquido consolidado. No ano 2 o Ativo Circulante representou 52,39% do ativo total, com o caixa e equivalentes de caixa representando 2,30%, as contas a receber 41,90%, os tributos a recuperar 5,76% e as despesas antecipadas 2,43% do ativo circulante. O Ativo Não Circulante representou 47,62% do ativo total, com o ativo realizável a longo prazo representando 2,58%, os investimentos 0,07%, o imobilizado 29,73% e o intangível 15,24% do ativo não circulante. O Passivo Circulante somou o total de 32,17%, com as obrigações sociais e trabalhistas representando 9,10%, os fornecedores 2,27%, as obrigações fiscais 2,74%, os empréstimos e financiamentos de curto prazo 13,48%, as outras obrigações 1,26% e as provisões 3,32% do passivo circulante. O Passivo Não Circulante somou o total de 25,22% correspondente aos empréstimos e financiamentos de longo prazo. O Patrimônio Líquido Consolidado somou o total de 42,62%, com o capital social realizado representando 3,81%, as reservas de capital 0,90%, os lucros/prejuízos acumulados 36,70% e ajustes de avaliação patrimonial 1,22% do patrimônio líquido consolidado. No ano 3 o Ativo Circulante representou 42,29% do ativo total, com o caixa e equivalentes de caixa representando 2,76%, as contas a receber 29,63%, os

69 68 tributos a recuperar 5,58% e as despesas antecipadas 4,31% do ativo circulante. O Ativo Não Circulante representou 57,71% do ativo total, com o ativo realizável a longo prazo representando 1,60%, os investimentos 0,06%, o imobilizado 22,31% e o intangível 33,74% do ativo não circulante. O Passivo Circulante somou o total de 39,54%, com as obrigações sociais e trabalhistas representando 6,93%, os fornecedores 5,16%, as obrigações fiscais 2,17%, os empréstimos e financiamentos de curto prazo 11,15%, as outras obrigações 5,17% e as provisões 8,96% do passivo circulante. O Passivo Não Circulante somou o total de 14,23%, correspondente aos empréstimos e financiamentos de longo prazo. O Patrimônio Líquido Consolidado somou o total de 46,23%, com o capital social realizado representando 3,29%, as reservas de capital 0,78%, os lucros/prejuízos acumulados 41,11% e ajustes de avaliação patrimonial 1,05% do patrimônio líquido consolidado. No ano 4 o Ativo Circulante representou 40,46% do ativo total, com o caixa e equivalentes de caixa representando 1,21%, as contas a receber 31,23%, os tributos a recuperar 4,94% e as despesas antecipadas 3,09% do ativo circulante. O Ativo Não Circulante representou 59,54% do ativo total, com o ativo realizável a longo prazo representando 2,11%, os investimentos 0,05%, o imobilizado 19,98% e o intangível 37,40% do ativo não circulante. O Passivo Circulante somou o total de 29,50%, com as obrigações sociais e trabalhistas representando 7,74%, os fornecedores 1,74%, as obrigações fiscais 2,71%, os empréstimos e financiamentos de curto prazo 8,89%, as outras obrigações 0,28% e as provisões 8,15% do passivo circulante. O Passivo Não Circulante somou o total de 11,43% correspondente aos empréstimos e financiamentos de longo prazo. O Patrimônio Líquido Consolidado somou o total de 59,07%, com o capital social realizado representando 2,83%, as reservas de capital 0,67%, os lucros/prejuízos acumulados 54,66% e ajustes de avaliação patrimonial 0,91% do patrimônio líquido consolidado. Portanto, através da análise vertical constata-se que no período analisado o ativo circulante da empresa Alfa Intelligence, vem diminuindo a cada ano, passando de 57,69% no ano 1 para 40,46% no ano 4, o que representou uma queda de recursos financeiros, sendo que as contas a receber obtiveram as maiores oscilações neste período, passando de 41,51% no ano 1 para 31,23% no ano 4. No entanto, no ano 3 não chegou a atingir os 30%.

70 69 Em contra partida, o ativo não circulante entre os anos analisados obteve aumento gradual, passando de 42,31% do ativo total no ano 1 a 59,54% do ativo total no ano 4. O passivo circulante e o passivo não circulante oscilaram nos anos avaliados, principalmente em relação aos empréstimos e financiamentos de curto prazo, que chegaram a atingir no ano 2 o percentual de 13,48%, mas em contra partida os empréstimos e financiamentos de longo prazo tiveram acentuada queda, passando de 30,76% no ano 1 a 11,43% no ano 4. Com o patrimônio líquido consolidado também aconteceram oscilações, no ano 1 o mesmo apresentou o percentual de 50,10% e no ano 4 atingiu o percentual de 59,07%. Quadro 07 - Análise Vertical do BP da empresa Alfa Intelligence Conta Descrição Ano 1 AV% Ano 2 AV% Ano 3 AV% Ano 4 AV% 1 Ativo Total 100,00 100,00 100,00 100, Ativo Circulante 57,69 52,39 42,29 40, Caixa e Equivalentes de Caixa 3,25 2,30 2,76 1, Contas a Receber 41,51 41,90 29,63 31, Aplicações financeiras 0,00 0,00 0,00 0, Estoques 0,00 0,00 0,00 0, Tributos a Recuperar 6,86 5,76 5,58 4, Despesas Antecipadas 6,08 2,43 4,31 3, Outros Ativos Circulantes 0,00 0,00 0,00 0, Ativo Não Circulante 42,31 47,62 57,71 59, Ativo Realizável a Longo Prazo 0,11 2,58 1,60 2, Investimentos 0,04 0,07 0,06 0, Imobilizado 33,55 29,73 22,31 19, Intangível 8,61 15,24 33,74 37,40 2 Passivo Total 100,00 100,00 100,00 100, Passivo Circulante 19,14 32,17 39,54 29, Obrigações Sociais e Trabalhistas 10,43 9,10 6,93 7, Fornecedores 1,55 2,27 5,16 1, Obrigações Fiscais 2,72 2,74 2,17 2, Empréstimos e Financiamentos 3,16 13,48 11,15 8, Outras Obrigações 0,14 1,26 5,17 0, Provisões 1,16 3,32 8,96 8, Passivos s/ Ativ. Não-Correntes a Venda e Descont. 0,00 0,00 0,00 0, Passivo Não Circulante 30,76 25,22 14,23 11, Empréstimos e Financiamentos 30,76 25,22 14,23 11, Outras Obrigações 0,00 0,00 0,00 0, Tributos Diferidos 0,00 0,00 0,00 0, Provisões 0,00 0,00 0,00 0, Passivos s/ Ativ. Não-Correntes a Venda e Descont. 0,00 0,00 0,00 0, Lucros e Receitas a Apropriar 0,00 0,00 0,00 0, Patrimônio Líquido Consolidado 50,10 42,62 46,23 59, Capital Social Realizado 5,88 3,81 3,29 2, Reservas de Capital 1,39 0,90 0,78 0, Reservas de Reavaliação 0,00 0,00 0,00 0, Reservas de Lucros 0,00 0,00 0,00 0, Lucros/Prejuízos Acumulados 42,83 36,70 41,11 54, Ajustes de Avaliação Patrimonial 0,00 1,22 1,05 0, Ajustes Acumulados de Conversão 0,00 0,00 0,00 0, Outros Resultados Abrangentes 0,00 0,00 0,00 0, Participação dos Acionistas Não Controladores 0,00 0,00 0,00 0,00 Fonte: Dados conforme pesquisa.

71 70 AV da DRE Através da análise vertical da DRE da empresa Alfa Intelligence dos anos 1 a 4, apresentada no quadro 08, é possível verificar que o custo dos bens e/ou serviços vendidos diminuíram no decorrer dos quatro anos analisados, ou seja, de 78,09% no ano 1 para 69,46% no ano 4. As despesas e receitas operacionais oscilaram nos anos analisados, no entanto, também apresentaram diminuição, passando de 25,94% no ano 1 para 17,59% no ano 4, sendo a conta despesas gerais e administrativas a principal conta relacionada às despesas e receitas operacionais, pois os resultados desta última foram impactados diretamente pelos resultados da primeira. A conta despesas gerais e administrativas apresentou ligeira queda, pois passou de 24,77% no ano 1 a 20,13% no ano 4. A conta despesas com vendas no ano 1 apresentou o percentual de 1,17% e no ano 2 o percentual de 0,87%, no entanto, para os dois exercícios seguintes a mesma conta apresentou os percentuais zerados, ou seja, a empresa não apresentou gastos com as vendas nos anos 3 e 4. Quadro 08 - Análise Vertical da DRE da empresa Alfa Intelligence Conta Descrição Ano 1 AV% Ano 2 AV% Ano 3 AV% Ano 4 AV% 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 100,00 100,00 100,00 100, Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -78,09-76,62-74,25-69, Resultado Bruto 21,91 23,38 25,75 30, Despesas/Receitas Operacionais -25,94-19,63-16,74-17, Despesas com Vendas -1,17-0,87 0,00 0, Despesas Gerais e Administrativas -24,77-18,66-19,11-20, Outras Receitas Operacionais 0,00 0,28 2,37 2, Outras Despesas Operacionais 0,00-0,37-0,01-0, Resultado Antes do Result. Finan. e dos Trib. -4,03 3,75 9,01 12, Resultado Financeiro 1,46-0,41-1,53-1, Receitas Financeiras 1,46 0,60 0,91 0, Despesas Financeiras 0,00-1,01-2,44-1, Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro -2,57 3,34 7,48 11, Imposto de Renda e Contrib. Soc. s/ Lucro 0,00-0,56-1,40-2, Resultado Líquido das Operações Cont. -2,57 2,79 6,08 9, Lucro/Prejuízo Consolidado do Período -2,57 2,79 6,08 9,15 Fonte: Dados conforme pesquisa. O gráfico 01 apresenta a relação dos resultados obtidos pela empresa Alfa Intelligence no periódo analisado, em termos de valores, demonstrando o crescimento constante da empresa, após o ano 1 ter apresentado resultado negativo.

72 71 Gráfico 01 - Comparação dos resultados em valores da empresa Alfa Intelligence Fonte: Empresa Alfa Intelligence. Dados conforme pesquisa Indicadores Financeiros No entendimento de Iudícibus (2010, p. 92) a principal finalidade do uso de quocientes é "permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o que poderá acontecer no futuro". O quadro 09 apresenta os percentuais obtidos em relação aos índices ou indicadores financeiros calculados. Quadro 09 - Indicadores Financeiros e Econômicos Índices Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Liquidez Liquidez Geral (LG) 1,16 0,96 0,82 1,04 Liquidez Corrente (LC) 3,01 1,63 1,07 1,37 Liquidez Seca (LS) 3,01 1,63 1,07 1,37 Estrutura e Endividamento Participação de Capitais de Terceiros (PCT) 99,6 134,65 116,31 69,29 Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) 84,23 105,67 121,38 97,22 Composição do Endividamento (CE) 38,36 56,05 73,53 72,08 Endividamento Geral (EG) 49,9 57,39 53,77 40,93 Retorno Giro do Ativo (GA) - 3,29 2,89 2,71 Retorno Sobre as Vendas (RSV) 2,57 2,79 6,08 9,15 Retorno Sobre o Ativo (RSA) - 9,16 17,57 24,81 Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) - 20,14 39,44 46,7 Fonte: Dados conforme pesquisa.

73 72 Índices de Liquidez Os índices de liquidez para Martins, Miranda e Diniz (2014, p. 126) demonstram "a situação financeira de uma empresa frente aos compromissos financeiros assumidos, ou seja, demonstram sua capacidade de arcar com as dívidas assumidas, o que, em última instância, sinaliza a condição de sua própria continuidade". Liquidez Geral (LG) Ao analisar o índice de liquidez geral conforme apresenta o gráfico 02, é possível perceber que a capacidade da empresa Alfa Intelligence em liquidar os seus compromissos foi insuficiente nos anos 2 e 3, pois para cada R$ 1,00 das dívidas totais a empresa possuía respectivamente para cada ano R$ 0,96 e R$ 0,82 de dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazo. Por outro lado, no ano 4 o índice apresentou que para cada R$ 1,00 de dívida total a empresa possuía R$ 1,04, no entanto, ficou abaixo do ano 1, o qual apresentou para o período analisado o maior índice R$ 1,16 para fazer frente aos seus compromissos. Gráfico 02 - Liquidez Geral 1,4 1,2 1 0,8 1,16 0,96 0,82 1,04 0,6 0,4 0,2 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 LG Fonte: Dados conforme pesquisa.

74 73 Liquidez Corrente (LC) O gráfico 03 demonstra que a empresa Alfa Intelligence apresentou uma ótima liquidez corrente para o período analisado. Para o ano 1 cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo a empresa apresentava R$ 3,01 de ativos circulantes. Nos anos posteriores o valor apresentado teve redução em comparação ao ano 1, mas finalizou o ano 4 com R$ 1,37 de ativo circulante para cada real de dívida de curto prazo, demonstrando a saúde financeira da empresa. Gráfico 03 - Liquidez Corrente Fonte: Dados conforme pesquisa. Liquidez Seca (LS) Como a empresa Alfa Intelligence é uma prestadora de serviços, ou seja, não trabalha com estoque, o índice de liquidez seca apresentou para o período analisado os mesmos percentuais apresentados pelo índice de liquidez corrente. Índices de Estrutura e Endividamento Padoveze e Benedicto (2014, p ) afirmam que "esses indicadores mostram a porcentagem dos ativos financiada com capitais de terceiros e próprios ou se a empresa tem dependência de recursos de terceiros".

75 74 PCT Ao analisar este índice do ponto de vista estritamente financeiro, o gráfico 04 evidencia que a empresa Alfa Intelligence objetivou a redução da dependência da empresa em relação ao capital de terceiros, pois fechou o ano 4 com o menor índice para o período analisado, ou seja, 69,29%, que significa que para cada R$ 100,00 de capital próprio, a empresa utilizou R$ 69,29 de recursos de terceiros. Portanto, este índice demonstra que a empresa não depende dos recursos de terceiros para honrar com seus compromissos. Gráfico 04 - Participação de Capitais de Terceiros Fonte: Dados conforme pesquisa. IPL O índice de imobilização do patrimônio líquido da empresa Alfa Intelligence apresentado no gráfico 05, durante o período analisado demonstra que no ano 1 a empresa imobilizou 84,23% de todo o PL. Nos anos 2 e 3 a empresa possuía mais de 100% de seu patrimônio líquido imobilizado, ou seja, 105,67% e 121,38% respectivamente. Este índice, porém, voltou a apresentar percentual abaixo dos 100% para o ano 4, ou seja, 97,22% encontrava-se no imobilizado. Diante disto, é possível identificar que o último período apresentou uma melhora do ponto de vista da situação da empresa, demonstrando a capacidade financeira e da estrutura

76 75 patrimonial, podendo a empresa utilizar as folgas para investimento nas demais contas do ativo. Gráfico 05 - Imobilização do Patrimônio Líquido Fonte: Dados conforme pesquisa. CE De acordo com o gráfico 06, a composição do endividamento da empresa Alfa Intelligence no período analisado cresceu consideravelmente, ou seja, no ano 1 o percentual foi de apenas 38,36%, o que demonstra que nos anos seguintes mais da metade das dívidas venceram no curto prazo, representando 72,08% no final do ano 4. Gráfico 06 - Composição do Endividamento Fonte: Dados conforme pesquisa.

77 76 EG O gráfico 07 apresenta o endividamento geral da empresa Alfa Intelligence para os anos analisados, os resultados revelam que os ativos durante os anos 1 a 4, eram financiados respectivamente em 49,90%, 57,39% e 53,77% por capitais de terceiros. Já para o ano 4 houve uma redução significativa deste percentual, ou seja, 40,93%, com isto percebe-se que a empresa investiu no seu ativo um volume maior de recursos próprios. Gráfico 07 - Endividamento Geral Fonte: Dados conforme pesquisa. Índices de Retorno Através dos índices de retorno Kuhn e Lampert (2012, p. 75) afirmam que "maximizar a rentabilidade sobre o capital investido é o principal objetivo econômico de uma gestão financeira eficaz". GA O gráfico 08 mostra que o giro do ativo da empresa Alfa Intelligence diminuiu a cada ano no período analisado, ou seja, passou de 3,29 vezes no ano 2 a 2,71

78 77 vezes no ano 4, resultado de crescimento superior dos ativos em relação ao volume de vendas no período. Gráfico 08 - Giro do Ativo Fonte: Dados conforme pesquisa. RSV O índice de retorno sobre as vendas da empresa Alfa Intelligence conforme o gráfico 09 aumentou consideravelmente no período analisado, ou seja, passando de -2,57% no ano 1 para 9,15% no ano 4. No entanto, apesar deste resultado ter aumentado com o passar dos anos é necessário ajustes por parte da empresa em relação às receitas ou em relação aos custos, ou até mesmo em ambas as contas, pois para o ano 4 cada R$ 100,00 de vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 9,15. Gráfico 09 - Retorno Sobre as Vendas ,79 6,08 9, Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4-2,57 RSV Fonte: Dados conforme pesquisa.

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