LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
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- Matilde Zagalo Campelo
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1 PREFEITURA DO MUNICIPIO DE VALINHOS Estado de São Paulo Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MOINHO DE VENTO Condomínio residencial Moinho de Vento CPF: CNPJ / , Telefone: Endereço: Estrada dos Jequitibás, 1750 Bairro Veneza Município: Valinhos - SP CEP: Responsável Técnico: Maria Elisa Von Zuben Tassi Engª Agrônoma CREA lisa_tassi@hotmail.com 2012
2 SUMÁRIO 1. Introdução Arborização do Sistema Viário Projeto de Arborização Urbana Projetos de Compensação Ambiental Destino dos resíduos sólidos Detalhamento do acompanhamento efetuado pelo profissional Registro Fotográfico Considerações Finais Anotação de Responsabilidade Técnica
3 1.INTRODUÇÃO Considerando que a preservação e manutenção dos recursos naturais e biodiversidade local é de extrema importância para a qualidade de vida, e em cumprimento com a legislação federal (CONAMA) e municipal (Lei nº /05/2007), que dispõe sobre a necessidade de caracterização e monitoramento ambiental dos recursos naturais dos loteamentos fechados e condomínios horizontais residenciais, e, sobre a ordenação do uso e ocupação do solo no Município de Valinhos, respectivamente, segue abaixo o laudo técnico ambiental referente às áreas verdes do condomínio residencial Moinho de Vento. O condomínio residencial possui atualmente 190 casas, 14 obras e 54 lotes. Possui área total de ,65 m² e m² de áreas denominadas Sistemas de Lazer e Áreas Verdes, sendo passíveis de monitoramento e conservação incluídas nas áreas de Uso Comum do condomínio (foto 1). Destas, m² são de Áreas de Preservação Permanente - APP 1, tais como a mata próximo ao mini-campo (39.000m²) e a área da lagoa (17000m²), em função dos recursos hídricos existentes no local. Estas áreas possuem uma grande diversidade de espécies. A localização do condomínio é de significativa relevância, pois está situado dentro de uma área de reconhecida importância ambiental, a Serra dos Cocais. Assim sendo, as duas 1 De acordo com o Código Florestal brasileiro (Lei de 15/09/1965), Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas...cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Exemplos de APP são as áreas marginais dos corpos d água (rios, córregos, lagos, reservatórios) e nascentes; áreas de topo de morros e montanhas, áreas em encostas acentuadas, restingas e mangues, entre outras. 3
4 nascentes e subsequentes cursos d`água ali existentes assim como a mata ciliar restante e a formação geológica do relevo 2, caracterizam-no como prioritário para a conservação. As áreas foram subdivididas em seis, em função de sua localização: A. ÁREA 1 (Área da Lagoa nascente com curso d agua aprox. 100m): Área Verde (AV) / Sistema de Lazer (SL) a Oeste do terreno com 17000m², acesso pelas Alamedas Jacarandá, Jequitibá, Eucalipto e Araucária; B. ÁREA 2 (Área do mini-campo - nascente com curso d água aprox. 100 metros): AV/SL ao Sul do terreno com 39000m², acesso pelas Alamedas Itaúba, Peroba, Mogno e Cedro, Tipuana e Plátano; C. ÁREA 3 (pequeno bosque): SL ao Sul do terreno com 1032m², acesso pela Alameda Cedro; D. ÁREA 4 (bancos e parquinho pq.): AV/SL a Leste do terreno com 1381m², acesso pelas Alamedas Jataí e Grevílea; E. ÁREA 5 (mata fechada): AV/SL a Leste do terreno com 19875m², acesso pelas Alamedas Palmeira e Flamboyant; F. ÁREA 6 (Área da sede/clube): SL a Leste do terreno com 13284m², acesso pela Alameda Ipê; Foto 1 Limites das áreas de uso comum e sistema de lazer. Áreas 1 e 2, de especial proteção ela existência de curso d agua. Fonte: Imagem do Google O terreno está compreendido dentro dos domínios dos Mares de Morro da Mata Atlântica paulista, sendo predominante a Floresta Estacional Semidecidual como cobertura vegetal original. Possui formação geológica como afloramentos rochosos (granito) e remanescentes de caatinga (Hauck 2, 2007). 4
5 2. ARBORIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO As árvores localizadas nas calçadas do condomínio também são vegetações importantes. Existem alamedas bem arborizadas (foto 2) com eritrinas, quaresmeiras, ipês, aroeiras, araucárias, bauhínias, dentre outras, incluindo remanescentes da mata natural. Recentemente estão sendo plantadas diversas mudas para aumentar a diversidade e quantidade de plantas próximo às alamedas. Além destas, o condomínio possui árvores e/ou plantas situadas em locais inadequados, plantadas sob a fiação e/ou em calçadas estreitas, como o tamboril (Enterolobium contortisiliquum), árvore de grande porte. Encontra-se no condomínio algumas alamedas bem arborizadas, mas também é comum encontrar grandes espaços vazios, sem arborização (foto 10) como as alamedas: jatobá, tipuana, cássia, cerejeira, que foram classificadas como as com maiores espaços livres. Também foi feito um levantamento das árvores existentes nos mais de 50 lotes do condomínio. Existem ainda, aproximadamente 20 exemplares (foto 11) passíveis de preservação ou compensação ambiental, localizados fora das Áreas de Uso Comum. 3. PROJETO DE ARBORIZAÇÂO URBANA Em novembro de 2011 foi encaminhada à administração do condomínio uma proposta de projeto de arborização urbana que começou a ser executado no mês subsequente. Um primeiro estudo (dezembro/ 2007) propôs o plantio de 622 mudas em áreas viáveis, além do revigoramento das árvores existentes. Após uma revisão desta proposta, foi sugerido um plantio de 300 mudas ao longo das vias, incluindo espécies de pequeno, médio e grande porte. O condomínio já iniciou os plantios (foto 9) nas principais ruas elencadas acima, com a compra de 90 mudas de aproximadamente 2 metros de altura, incluindo exemplares exóticos 5
6 como: magnólia amarela (Magnolia grandiflora), alfeneiro do japão (Ligustrum lucidum), grevílea anã (Grevillea banksii) e robusta (Grevillea robusta), astapéia (Dombeya sectabilis), caliarpa (Callicarpa reevesii), jacarandá (Jacaranda mimosifolia), resedá (Lagerstroemia indica), etc. O plantio de tais mudas está previsto para ser feito, no máximo, até os meses de abril. As mudas serão irrigadas para que não sejam perdidas em função do tempo mais seco. 4. PROJETOS DE COMPENSAÇÂO AMBIENTAL Estão em curso atualmente cinco (5) processos de compensação ambiental em função da remoção de árvores isoladas, além de um processo de degradação ambiental vinculado à Secretaria do Meio Ambiente (órgão estadual) referente aos cursos d água existentes. Cada processo encontra-se em um estágio de desenvolvimento conforme a descrição abaixo e relatórios encaminhados aos órgãos competentes: I. SMA 16/ Degradação Ambiental = plantio de 170 mudas nativas heterogêneas (Área 1). Entrega de cinco relatórios de monitoramento à promotoria pública de Valinhos (fotos 4 e 5). II. PMV 4793/ Remoção de 2 Paus-ferros = plantio de 50 mudas nativas heterogêneas (Área 2). Entrega do terceiro relatório de monitoramento à prefeitura municipal de Valinhos (foto 6 e 8). III. PMV 9212/2010 Remoção de 1 Tamboril = plantio de 25 mudas nativas heterogêneas (Área 2). Entrega do terceiro relatório de monitoramento à prefeitura municipal de Valinhos (foto 8). IV. PMV 11980/2010 Remoção de 1 Aroeira = plantio de 25 mudas nativas heterogêneas (Área 2). Entrega do segundo relatório de monitoramento à prefeitura municipal de Valinhos (foto 7 e 8). 6
7 As mudas que não tiveram bom desenvolvimento estão sendo repostas conforme orientação técnica. Sugere-se que todas as mudas, provenientes de processos de compensação ambiental sejam identificadas com targeta com o número do processo, além de serem obrigatoriamente estaqueadas para que recebam maior proteção. A Prefeitura Municipal de Valinhos realizou uma última vistoria aos processos ambientais em andamento em setembro de 2011, passando orientações técnicas a serem cumpridas. 5. DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS O destino dos resíduos mantém-se através dos serviços de coleta da prefeitura e da cooperativa de reciclagem municipal. Já os restos vegetais orgânicos, como as aparas de grama, são encaminhados para caçambas alugadas que ficam dispostas na parte externa do condomínio. Tais resíduos poderiam ser acondicionados dentro da mata e/ou compostados, assim como os galhos maiores poderiam ser picados, diminuindo gastos com aluguel mensal de caçamba e compra de adubos, além de destinar adequadamente os resíduos gerados no condomínio. Os demais resíduos oriundos das construções residenciais, tais como a terra (terraplanagem) e pedras são encaminhadas à empresas específicas do ramo, que retiram através do aluguel de caçambas particulares. 6. DETALHAMENTO DO ACOMPANHAMENTO EFETUADO PELO PROFISSIONAL O profissional vem auxiliando mensalmente no monitoramento das áreas verdes do condomínio, assim como à adequação dos projetos ambientais. Também tem passado orientações técnicas quanto à preservação dos recursos naturais (incluindo a água) e manejo florestal. 7
8 7. REGISTRO FOTOGRÁFICO Foto 2 Vista de área verde, arborizada com quaresmeiras, na Alameda Tipuana. Foto 3 Vista de plantio de duas linhas de Cássia mimosa, ao lado da Alameda Itaúba (área 2), com objetivo de aumentar a diversidade de plantas no condomínio. 8
9 Foto 4 Vista de reflorestamento localizado na Área 1, completando 3 anos de plantio. Detalhe para exemplar de paineira, à direita, com mais de 3 metros de altura. Ao fundo nota-se parte de construção para uso comum/lazer em frente à lagoa. Foto 5 Vista de reflorestamento feito à margem da lagoa (Área 1). 9
10 Foto 6 Vista da Área 2, com reflorestamento (compensação ambiental) sobre o bosque já existe, junto à cabeceira da nascente/mata ciliar. Foto 7 Vista de talude com mudas (compensação ambiental) ao lado do campo de futebol (Área 2). 10
11 Foto 8 Foto aérea demarcada com os locais de plantios compensatórios realizados na área 2. Foto 9 Projeto de arborização urbana com exemplares de Magnólia amarela, Jacarandá mimoso e Astrapéia branca plantadas recentemente na Alameda Sibipiruna. 11
12 Foto 10 Exemplo de ruas com pouca arborização. Fotos das Alamedas Jatobá e Jequitibá. Foto 11 Detalhe para exemplar isolado de Cedro, localizado em lote particular. 12
13 Foto 12 Destaque para Área 6, com possibilidades de adensamento vegetal e plantio de árvores junto às vias públicas. 13
14 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS O condomínio vem se esforçando para manejar as áreas verdes de maneira adequada visando preservar a vegetação e fauna existentes, a fim de melhorar a diversidade e preservação dos recursos naturais. Também se pretende continuar o plantio de espécies ornamentais para aumentar a quantidade de árvores nas vias do condomínio, assim como para os eventuais projetos de compensação ambiental que se façam necessários. Nada mais havendo a acrescentar, dou por encerrado o presente laudo, redigido em 14 folhas, seguindo esta datada e assinada para todos os fins de direito, mais anotação de responsabilidade técnica- ART. Valinhos, 17 de fevereiro, 2012 Maria Elisa Von Zuben Tassi Enga. Agrônoma CREA
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