Fita 1 1ª sessão lado A 1A AL - 1

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1 1A AL - 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS CENTRO DE ESTUDOS MINEIROS PROGRAMA DE HISTÓRIA ORAL PROJETO INTEGRADO VOZES DE MINAS, SUB PROJETO: A FALA DA DANÇA ENTREVISTADOR: ARNALDO LEITE DE ALVARENGA ENTREVISTADO: ANA LÚCIA DE CARVALHO FALANDO SOBRE A PROFESSORA NATÁLIA LESSA, GERAÇÕES DE BAILARINOS E SEU PRÓPRIO TRABALHO LOCAL: BALÉ ANA LÚCIA / RESIDÊNCIA DA ENTREVISTADA BELO HORIZONTE DATA: 12 DE MAIO DE 1999 Fita 1 1ª sessão lado A [Som de piano ao fundo, acompanhando uma aula de balé clássico.] A.A: [comentário do entrevistador] A entrevistada deu início à sua fala independente das perguntas do entrevistador, truncando a organização proposta pela entrevista e encontravase no momento da mesma, num delicado estado de saúde. A.L: Tá. Então, o que acontece é o seguinte: foi a Dulce que me preparou e eu fiquei lá no Carlos Leite pouco tempo porque ele já estava de mudança para o Palácio das Artes. Que ele mudou, o Palácio ainda não estava pronto ainda, não tinha as salas de aula não, não sei se você se lembra disso, era em um porão. // A.A: Sim. // É... então ele dava aula lá e tal. Mas ele começou lá dentro. Nessa época as coisas apertadas, que eu também estava dentro da escola e a escola cresceu muito. Eu comecei com uma escola já com um nível de alunos grande. Então, eu não tinha essa disponibilidade. Então, eu passei por, pelo Carlos Leite pouco tempo. Então, daqui, por exemplo, desta época que eu estou falando, aqui, 1964, é

2 1A AL - 2 lógico que eu não sou de [risos] Então, a partir da minha pessoa é que aqui estão os nomes de pessoas que foram da Natália Lessa, // A.A: Ah... // que vieram a ser professoras ou... ou se distinguiram na arte, entendeu. [As palavras da entrevistada referem-se a um texto escrito por ela própria com datas que cobrem os anos de 1934 até 1962, período em que a mesma estudou com a professora de dança Natália Lessa, pela qual ela organizava sua fala durante a entrevista.] É lógico que eu não tenho informação de todo mundo, mas aqui estão os nomes que realmente se distinguiram da Natália Lessa. Aqui, eu e minha irmã. Comecei assim, porque fica mais fácil. // A.A: Está certo. // Temos aqui o nosso balé. A Nora Vaz de Mello foi minha contemporânea, quer dizer, foi contemporânea da minha irmã, porque a Nora é mais novinha. Então, é, foi contemporânea da minha irmã. Aqui é o Balé Movimento. A Guiomar Vieira eu perdi o contato com ela [tosse], então eu não sei onde ela dava aula, mas foi um elemento que foi professora de balé. A Rosana Ziller // A.A: Conheço. // foi contemporânea de Nora e de minha irmã, que elas são novas. Nós fomos contemporâneas mas eu era mais velha. Então, foi do balé Le Papillon. A Marion Lessa também foi de lá, do Balé Marion. A.A: A Marion Lessa era parente da Natália Lessa? A.L: Eu acredito que não. Acho que a Marion não tem nada a ver, é outra família. A.A: Tá. A.L: A Iara Rodrigues, essa foi professora em Sete Lagoas, mas ela atuou muito aqui em Belo Horizonte porque ela trabalhava com o Joaquim [professor de balé Joaquim Ribeiro, falecido] também e realmente foi uma boa professora essa. Maria Helena Flores é professora em Goiás. Eu não sei exatamente o local, o nome da escola, mas sei que é professora lá porque me encontrava com ela fazendo aperfeiçoamento lá no Rio. Eline Renó, essa que teve uma importância fundamental porque ela foi pioneira em um curso de psicologia, mas ela foi pioneira em coreoterapia. //A.A: Coreoterapia! Olha que interessante! // Porque, como nós éramos das primeiras turmas a formar, eu acredito que ela foi a primeira em coreoterapia, sabe. Que hoje tem tanto nome, não sei se é psicodança,

3 1A AL - 3 umas coisas assim, não é. // A.A: Ahan. // Mas o dela chamava coreoterapia. Rosana Renó, essa que tem um parentesco com a Natália, teve uma escola aqui na Savassi [bairro de Belo Horizonte], mas também perdi contato com ela, não sei. A Cláudia Lessa foi que continuou a escola da Natália quando ela faleceu, que é sobrinha dela. A.A: Você sabe em que ano a Natália Lessa faleceu? A.L: Não lembro. Se não eu teria marcado pra você porque essas coisas, datas, são importantes. Mas possivelmente a Cláudia [sobrinha que deu continuidade ao trabalho de Natália Lessa]... A.A: Saiba. A.L: Deva saber, entendeu. Agora, pus um asterisco aqui: Lina Lapertosa. A Lina passou pela escola da Natália, mas nem todo mundo tem orgulho de ter passado por esse ou por aquele professor, eu não sei se é o caso dela. É... então, pus esse asterisco aqui, que seria bom consultá-la se ela... // A.A: Tudo bem. // né, gostaria de ser citada nesse caso, porque eu não sei, cada pessoa é uma pessoa. Mas, enfim, eu estou escrevendo a respeito de todos aqui, // A.A: Fantástico! // e estou fazendo uma declaração aqui para você. Aqui, oh!, tanto ela passou pela escola, mas como todas nós fez aperfeiçoamento em curso completo com outros professores. E é a primeira bailarina do Palácio das Artes. Porque todas nós tivemos que fazer curso de aperfeiçoamento porque a Natália era um curso de dança, estritamente livre, entendeu. A.A: Ela não trabalhava necessariamente a técnica clássica, Ana Lúcia? A.L: Não, não. Por isso que eu fiz questão de por A Dança em Minas Gerais. // A.A: Certo. // ela era uma professora de dança de salão. Como os atuais professores de dança de salão são. Só que... // A.A: Eu não sabia disso. // Ela aprendeu com um professor de dança de salão. [Sasha] não sei o que [D Estele], me parece, que era um negócio assim, um francês que apareceu por aqui, não sei, alguém que apareceu por aqui com esse... e ela era muito

4 1A AL - 4 talentosa, muito jeitosa, ela dançava dançava bem demais o tipo de dança de salão. Inclusive eu tive oportunidade de vê-la dançando com Juscelino Kubistchek. // A.A: É mesmo? // Os dois davam um show, entendeu. Mas, a partir dali, como ela viu que naquela época dança de salão, abrir uma escola de dança de salão seria um absurdo, né. Mas... então ela abriu uma escola em que ela adaptou danças: sapateado americano antigo, tudo isto que se faz hoje, dança espanhola, dança não sei o que, ginástica aeróbica, gi... isso tudo ela fazia, só que não tinha ainda o nome de ginástica aeróbica, não tinha o nome de sapateado não sei o que PEP, não sei o que. Então, ela foi muito perseguida, mas ela teve, ela teve um curso muito bonito. O curso dela, hoje, ela seria uma das grandes se fosse nessa época... // A.A: Em outro momento. // em outro momento. Ela seria uma das grandes. A.A: Dentro disso, deixa eu te fazer uma pergunta: Quais que eram, Ana Lúcia, as perspectivas de um bailarino naquela época aqui em Belo Horizonte? // A.L: Nenhuma, nenhuma. // Que período era este, que você está falando, quando vocês a estudar com a Natália? A.L: A.A: 1950? Como que era esse mundo da dança? A.L: Não, isso pra nós era só um hobby, era só uma diversão. Porque Belo Horizonte não tinha diversão nenhuma, nós não tínhamos teatro, nós não tínhamos... o máximo que nós tínhamos aqui em Belo Horizonte era opereta, entendeu. Tudo ruim, tudo muito fraco. É... o Carlos Leite começou com o balé, o balé não era muito bem aceito pela sociedade mineira. // A.A: Ah... isso é o que eu ia lhe perguntar. // Entendeu? Não é que ele não fosse um bom professor, ele era. Só que os mineiros não aceitavam. Um homem... A.A: Era uma visão preconceituosa. Essa coisa assim... A.L: Exatamente. Um homem dando balé, isso tudo era muito difícil, entendeu. Então, quer dizer, ela foi muito perseguida na época porque... não ex... eles conseguiram atacar aquele

5 1A AL - 5 ponto que ela não tinha técnica. // A.A: Ah! Entendi... // Mas se você analisar, hoje em dia, essas escolas de danças, você precisa pôr uma menina para fazer um rebolado dessa, dessa loira, como é que ela chama? A.A: A loira do Tchan. Carla Perez. A.L: Carla Perez. Existe técnica para isso? Toda criança não rebola, toda criança não faz? Então na época era a mesma coisa, era a mesma coisa, ela ensinava... // A.A: Era uma dança mais espontânea, né?! // É... era espontânea, ela ensinava sem técnica. Então, aproveitaram desse ponto fraco que era a técnica e ela foi muito perseguida, ela teve muita força para levar essa escola até o fim. E o mais interessante: é o feito... ela dizia que ela considerava a mim a melhor aluna que passou pela escola dela toda, entendeu. Ela teve mais de 10 mil alunos. Pelo menos é uma declaração que existe em um jornal aí, eu até tenho esse jornal. Então ela disse que a melhor aluna que passou... porque? Eu era aquele tipo de aluno seguinte, bastava me ensinar e eu já estava pronta. // A.A: Você já estava fazendo. // Então, quando a Dulce me ensinou, Dulce me deu, assim, uns dois ou três meses, eu entrei no corpo de baile do Carlos Leite, entendeu. Quer dizer, que em pouco tempo eu me preparei. Mas assim como eu, qualquer uma destas, destes elementos aqui era um elemento que se desse [estalar de dedos] // A.A: Ali já estava fazendo. Era passar uma vez... // Exatamente. Então, ela podia não dar a técnica mas ela sabia ensinar a dançar, entendeu. Então este período aqui, eu estou falando das minhas contemporâneas. // A.A: Contemporâneas, sei. // Eu não sei nem quem veio antes, como também não sei quem ficou depois. A.A: Eu queria lhe fazer uma pergunta, que foi uma informação que eu obtive da Dulce Beltrão, que Natália Lessa teria, talvez, estudado, isso é uma especulação da minha parte, teria estudado com uma professora chamada Guiomar Meireles, que seria uma professora de educação física. Você tem alguma informação, já ouviu falar disso? A.L: Não. Natália estudou, como eu estou te falando, com esses... foram dois professores que vieram de fora, professores de dança de salão. // A.A: De salão. // Um me parece que o

6 1A AL - 6 nome dele era Sasha] eu não sei se o sobrenome era Distel, mas... // A.A: Sasha Distel, acho que é um cantor francês, não tenho certeza. // Mas os... por isso que eu estou confundindo. Mas o primeiro nome é Sasha. // A.A: É Sasha // Isso eu tenho certeza. A.A: E você sabe, por exemplo, Natália era mineira? A.L: É de Diamantina. A.A: De Diamantina? A.L: É. Por isso que ela conhecia Juscelino, entendeu. Tinha... eles eram muito amigos, sabe. E eu os vi dançando e eles davam um show de dança de salão. Os dois. Ele dançava muito bem e ela também muitíssimo bem. E... como a gente, muitas vezes, se encontrava lá em Araxá, logo que as termas foram inauguradas, tudo, então, Juscelino ia muito para lá, ela também, porque as vezes ela viajava muito com a gente e... tanto é que eu dancei muito em homenagem a Juscelino, eu ia pra Diamantina e dançava em homenagem a Juscelino, ia pra Araxá e dançava... [risos] dancei em homenagem a Juscelino até falar chega. E... a Márcia, filha dele, chegou a estudar com ela também, sabe. E... só que a Márcia teve aperfeiçoamento fora, no exterior. A Márcia dançava muito bem, sabe. Uma vez eu a vi dançando uma dança... é... agora me falha. Mas era um show, sabe. Era muito talentosa, sabe. Era uma graça, sabe. Depois, quer dizer, o interesse foi tanto que ela veio ajudar a Dalau [Achcar, bailarina e coreógrafa carioca], né. Era uma pessoa fantástica! Bom, mas voltando aqui para não perder muito. Então, isso... aqui, oh, minhas con... eu pus aqui para você, minhas contemporâneas a partir de [19]51, [19]52, que é mais ou menos o período. Não sei informar sobre a época anterior a esta data e também não sei informar depois, sabe. // A.A: Tranqüilo. // Agora, quanto ao Carlos Leite, porque foram os dois professores, eles foram os dois primeiros, da mesma época. Eu não sei exatamente quando ele começou, entendeu, mas sei que eram os dois da mesma época. Alunos dele aqui, oh, eu pus para você: Jura Otero, que é professora em São Paulo de expressão corporal, pelo menos foi a última notícia que eu tive, ela era professora de expressão corporal; o Décio Otero, bailarino e diretor do Stagium, também é a última notícia que eu tive; Sigrid Ermani eu

7 1A AL - 7 conheci de nome, não sei exatamente, não a vi dançando, não sei; Deise também eu já vi, conheci ela como diretora do Balé Internacional; Klauss Vianna, esse aqui é o mais importante, no caso, né. Como aluno do Carlos Leite é o mais importante. Tanto é que eu pus aqui entre parênteses, ele, a Angel, Marilene Martins. Marilene Martins é o elemento que pode falar tudo sobre Klauss Vianna, porque ela acompanhou a carreira do Klauss. E... foi aluna dele muitos anos e seguiu aquela linha que o Klauss já começava com o moderno, contemporâneo porque ele logo se, foi se desligando do clássico, entrando no moderno, contemporâneo e a Marilene acompanhou muito bem. Então, Marilene é a pessoa que você vai pegar e saber tudo. // A.A: Marilene é a minha mentora. [risos] // É uma pessoa maravilhosa, viu. Essa aqui é muito. // A.A: Tenho muito carinho por ela. // É formidável, eu gosto muito dela também. Dulce Beltrão e Sílvia, essas duas aqui são diretoras, foram diretoras do Balé Anna Pavlova, né. Essas duas aqui também podem falar tudo sobre Carlos Leite. Porque elas foram as mais queridas, os elementos mais importantes da escola dele, a vida inteira. Porque Sílvia foi uma grande bailarina até recentemente no Palácio das Artes. A.A: Eu tive oportunidade de vê-la dançando Romeu e Julieta, uma coreografia da Dulce. // A.L: Da Dulce. // Eu não sabia que era ela que estava dançando. // A.L: Foi Romeu e Julieta ou foi... // Abertura do Tschaikovski, era uma síntese. Foi ela e um bailarino, acho que italiano, eu não me lembro agora. Quando eu vi que era Sílvia, gente, aí é que a emoção redobrou porque eu não sabia que era ela quem estava dançando. A.L: A Dulce montou uma coreografia para ela que foi uma coisa maravilhosa, foi... Otelo. // A.A: Ah!... Otelo. // Otelo e Desdêmona. Por isso que eu te perguntei se era Romeu e Julieta, porque Romeu e Julieta eu não vi, eu vi Otelo e Desdemona. Foi lindo, lindo, lindo. Uma vez eu pedi a Dulce para remontar, falou assim Ah!, mas eu vou remontar para a Sílvia outra vez e tal? e não remontou o balé não. Mas, enfim, elas duas, porque a Dulce foi coreógrafa do Carlos Leite. Então, são os elementos mais indicados para te dar toda a informação a respeito do Carlos Leite, entendeu. Porque eu era mais nova e, é como eu estou te falando eu fui preparada pela Dulce para entrar, quando entrei, entrei direto no corpo de baile e não pude ficar muito. Porque eu já comecei com a escola. // A.A: Com a escola. // Porque eu comecei a minha escola aqui com 16 anos.

8 1A AL - 8 A.A: Com 16 anos, Ana Lúcia? A.L: É. Então, quer dizer... A.A: Isso foi que ano? A.L: A.A: [19]61. A.L: Então, resultado da história, 16 e meio, 17, é... porque eu sou de julho, [risos] sou do meio de ano, né. Mas... quando eu comecei a escola, quer dizer, eu era muito nova e a responsabilidade era muito grande. E acontece que eu era muito conhecida em Minas por causa da Natália, eu viajava Minas Gerais inteirinha, eu viajei quase todas cidades, dancei quase toda Minas Gerais. Então, foi interessante que quando eu abri minha escola eu recebi mais aluna de fora, entendeu, do que daqui de Belo Horizonte. Embora que, de Belo Horizonte... eu comecei a escola com 150 alunos. Então, quer dizer, isso era uma coisa absurda! A.A: Nossa! E você era a única professora? A.L: A única professora de balé clássico. A.A: Ah, certo. A.L: Não, aqui da escola? A.A: É. A.L: Eu era a única professora.

9 1A AL - 9 A.A: Você está brincando?! A.L: Eu larguei os estudos logo, entendeu. Só acabei o curso clássico que eu fiz na época. E aí eu comecei, me dediquei mesmo, de corpo e alma, entendeu. Agora, isso pra mim era brincadeira, sabe, [risos] era como tomar um copo d água, sabe. // A.A: Eu imagino. // E... daí a escola cresceu demais da conta, sabe, e graças à Deus foi um sucesso, foi muito bom, sabe. Uma coisa muito boa. Voltando aqui ao Carlos Leite. Então, aqui, Maria Amália Noqui, ela foi bailarina no Rio. A Maria Amália, ela fez muita variedade de coisa, que ela trabalhava em televisão. Esse tipo de bailarina mais popular, sabe. O Joaquim Ribeiro, que você conheceu. O Joaquim também foi uma figura, né, importante para o Carlos Leite porque, afinal, foi um professor de nome também. O Emil Dotti, um bailarino, falecido, ele dançou a seqüência... A.A: O Emil eu o vi dançando Sonatta nº 1, de Paganini, do professor Carlos Leite, era um sexteto. Eu era criança. Muito isso, na década de 70 ou final dos anos 60. Olha, eu tive oportunidade de vê-lo dançar. A.L: Emil eu o vi dançando muito pouca coisa, eu só vi dançando Otelo, só. Foi muito bom. Mas eu não tive oportunidade de vê-lo... A.A: Otelo foi dançado por Sílvia, por Emil... A.L: Sílvia, Emil e... não lembro mais, realmente não me lembro. Agora, foi uma peça muito boa. Foi uma das boas... // A.A: Foi um balé importante aqui em Minas Gerais. // Foi. Foi... a Dulce fez uma coreografia... foi importante e não. Porque quan... nós, da nossa época, não sabíamos tirar proveito de coisa alguma. Pergunta quem é que viu essa coreografia, você vai ver que foi só eu. Não foi tirado proveito dessa coreografia, entendeu. Ela não se repetiu muitas vezes, muitas vezes, muitas vezes, feito hoje que você vê uma coreografia, ela é repetida mil vezes, mil vezes, mil vezes, até você... aquilo virar um

10 1A AL - 10 negócio na sua cabeça, cansativo, entendeu. Foi uma das belas coreografias, mas... eu acho que foi dançado uma vez só. A.A: Você se lembra o ano em que isso foi dançado? Ou mais ou menos o período? A.L: Não. Eu tenho. É o que eu te falei, aquilo que eu puder te ajudar, no que você precisar eu pesquiso para você, entendeu. Porque eu devo ter esses programas, mas assim, de pronto, eu não me lembro, sabe. É... Lúcia e Lídice Tristão. A.A: Tristão. A Lídice eu conheci, conheço aliás. A.L: Você conhece, né. A Lúcia foi um fenômeno. A.A: A Lúcia eu não conheci. A.L: Foi um fenômeno. Foi para os Estados Unidos, era... era uma boa bailarina, muito boa bailarina que o Carlos Leite teve. E Lídice também. Eram dois estilos completamente diferentes, uma era quente, fogosa e a outra era toda clássica, toda delicada, sabe. Muito boas também. Sônia Vaz e aqui tinha uma outra moça também, que eu acredito se você conversar com Dulce, ela vai se lembrar. Tinha uma outra Sônia que eu não me lembro. Eram duas Sônias, muito boas, entendeu, do corpo de baile. E Lina Lapertosa, novamente eu repito, era bailarina do Palácio. Matilde de Castro que veio a ser professora de balé também. A Matilde por muito pouco tempo. Bem, então, do Carlos Leite isto aqui já é uma época mais... eu acredito que mais antiga, aqui oh, está vendo? Depois Klauss Vianna. Agora, contemporâneos meus daqui para baixo, sabe. A.A: Foram momentos distintos, assim, né. A.L: É. Mais ou menos, porque de Carlos Leite eu não sei muita coisa, entendeu. Meu contato com ele foi pequeno, foi curto prazo, então eu acredito que você vai ter isso com a Dulce ou com a Sílvia, elas vão saber localizar essas coisas muito bem e te contar isso.

11 1A AL - 11 Agora, também tem aquela menina que teve uma escola muito boa, como é que ela chama? É... Sueli, não sei de que... [silêncio] Sueli [Freire, da Escola Maria Olenewa] Maria Olenewa. A.A: A Escola Maria Olenewa. Eu conheci também. [silêncio] A.L: Eu não me lembro dela, mas ela disse que se lembra de mim lá. [risos] Mas eu na realidade não me lembro. Então, eu pus aqui para você não sei informar quando se iniciou o balé do Carlos Leite. Quais os alunos que antecederam esses primeiros, que em alguns casos // A.A: Conheço de nome. // conheço de nome. Não sei informar... porque realmente isso aqui é gente que eu conheço de nome. Jura porque, dando aula aqui, mas Décio eu não conheço, Sigrid, entendeu. A gente sabe de nome. Não sei informar após o período de Lina Lapertosa, sabe. Quem é que veio, quem é... lembro que tinha algumas meninas muito bonitas, mas na realidade não sei mais. Então, eu aqui... como eu pus aqui muito pouco sobre Klauss, eu escrevi aqui foi a terceira escola em Minas. A.A: Ah... a primeira foi a de professor Carlos Lei... a de Natália... A.L: Natália, Carlos Leite. Porque eu não sei a época de Carlos Leite, entendeu, quando ele começou. Mas eu acredito que Natália foi primeiro. A.A: Depois foi a sua. A.L: Depois Klauss Vianna. Foi a terceira. A.A: Ah! Klauss Vianna foi antes. A.L: É. Foi a escola em Minas Gerais mais de curta duração. Eu cheguei a estudar com Klauss. O Klauss, ele começou uma escola, a escola estava indo de vento em polpa,

12 1A AL - 12 belíssima escola, mas ele recebeu o convite do Gelewski para trabalhar na Bahia e ele já estava com outra mentalidade, ele não queria clássico, né. Então... ele foi para Bahia. Foi a terceira escola em Minas Gerais com curta duração e poucas apresentações também. Isso é importante, porque... A.A: Você está criando um público, você está divulgando o trabalho. A.L: Exatamente. Então, é feito... o que que ficou do Klauss aqui em Minas Gerais?Foi aquele O Caso do Vestido, eu não sei se você se lembra... // A.A: Já ouvi falar, já ouvi falar. // Então, foi... ele se apresentava tão pouco que o que ele apresentou ficou na cabeça, porque... né... a gente acaba não esquecendo. Aqui pus para você outra vez: Marilene Martins é quem melhor pode falar sobre o trabalho dele. Estudaram com ele... aqui sim também, aqui oh, vem o aperfeiçoamento, porque, embora tenham passado pela Natália, aqui oh, fizeram aperfeiçoamento com ele: a Nora Vaz de Mello e Rosana Ziller, sabe. Agora, aqui vem sobre o meu balé também. A.A: Bom, é nesse ponto... [barulho do gravador] A.L: Bom... A.A: Ana Lúcia de Carvalho. A.L: Eu comecei sem saber que estava começando. Minha mãe me levou para uma aula de dança lá na Natália e eu me lembro que eu fui sem uniforme, eu estava de um vestidinho comum, um vestidinho bonitinho, tananá. Entrei lá na fila e a Nat... isso eu entrei no segundo semestre... // A.A: Você tinha que idade, Ana Lúcia? // 6 anos. // A.A: 6 anos. // E a Natália falou com minha mãe assim, olha, eu não sei se, se vou aceitá-la agora no..., porque Natália tinha muitos alunos, ela podia descartar aluno com muita facilidade. Então, ela falou assim eu não sei se vou poder aceitá-la, porque nós já vamos começar a ensaiar o

13 1A AL - 13 espetáculo de final de ano e agora não vai ter aula mais, a partir do segundo semestre. E, realmente, ela já estava ensaiando e era O Quebra-Nozes, de Tschaikovski. Então ela me pôs de chinês lá, acompanhando as meninas, né, que já estavam ensaiando só para eu não perder aquele dia de aula. Acontece que, realmente, eu acompanhei, dois dias depois eu fazia melhor do que qualquer chinês. [risos] Então, eu dancei no espetáculo e eu puxava a fila dos chineses, entendeu. Então, dali, quer dizer, já comecei a minha brilhante carreira. Meu pai não queria de jeito nenhum. Meu pai é do interior, de família muito religiosa e não aceitava. // A.A: Você é de onde? // Eu? Sou daqui de Belo Horizonte. // A.A: Você é de Belo Horizonte mesmo? // Sou, sou de Belo Horizonte. // A.A: Os seu pais são de onde? // A minha mãe é de Belo horizonte, o meu pai é de Dores do Indaiá. E... ele não queria não. Mas no momento em que ele viu a filha dele lá, achou um máximo! Era a melhor de todas, [risos] foi a melhor de todas. A.A: O incentivo, então, veio de sua mãe? A.L: O incentivo veio de mamãe. Mamãe me incentivou e até hoje me incentiva demais da conta, demais da conta. Eu vivo com a força desse incentivo. Porque o balé me deu muita alegria, mas dá muita decepção, você sabe disso. É... a gente precisa ter muita coragem para levar a frente. // A.A: Tem que amar muito, né. // Tem que amar demais, tem que se entregar demais, totalmente, entendeu. E eu tive momentos que eu pensava, realmente, gente! Não é isso o que eu quero para mim. Eu queria viver e realmente eu não vivi. Eu vivi só para o balé, só para o balé. Então, essa Ana Lúcia aqui ficou fechada em um ambiente de sala de aula do Balé Ana Lúcia. Trouxe muitos professores, tive contato com muita gente de fora, bailarinos de fora, gente de fora, mas da vida lá fora eu desconheço totalmente. Então, lá fora eu apanho da vida realmente, entendeu. Porque dentro... só sei viver dentro desse ambiente de dança, o resto não tem valor, entendeu. E na minha época de menina, de adolescente, não tinha essa coisa de barzinho, de saída, de, de, de, de muita folia, de muita coisa. Então, não havia muito com o que eu me interessasse. Eu era muito estudiosa e... realmente, assim, dessas primeiras alunas de classe, levava o estudo muito a sério e o balé mais ainda. O balé era primeira coisa e nada existia mais do que o balé. Então o que que aconteceu, não tinha muitos amigos, uma pessoa [risos], uma pessoa que vai... //

14 1A AL - 14 A.A: É uma entrega mesmo, né, Ana Lúcia. // Não tinha amigos, não tinha amigas, entendeu. Eu vivi a minha vida, aprendi a viver solitária. Agora, foi um bom aprendizado porque eu sou feliz com a minha solidão, eu não sou infeliz, entendeu. // A.A: Um universo que você construiu. // É, dentro desse universo que eu construí eu sou muito feliz. A vida inteira eu soube que eu era feliz, nunca tive, assim... tem decepções na vida, é lógico que a gente tem, mas... // A.A: Nunca teve dúvida de que era isso. // Não, eu nunca tive dúvidas de que eu era feliz, que era isso, entendeu. Nunca. Se me falassem assim, você passou por esse mal momento agora, está vendo! Toma vergonha nessa cara!, meu pai que falava isso de mim, [risos] entendeu. Mas, entre arriscar a outra, a outro problema, eu sabia que eu era feliz dentro do balé. Então, é... dentro do balé eu acredito até que eu tenha muito conhecimento e tal, mas conhecimento de vida, [risos] esse me faltou completamente, entendeu. Eu sou uma boba. Então, essa aí é a Ana Lúcia. A.A: E como que é a Ana Lúcia hoje? A.L: Ana Lúcia hoje é uma pessoa assim, continua amando o balé com todas as forças, mas sem ilusão. Nunca, quer dizer, ilusão eu já não tenho há muitos anos. Nunca fui essa professora de incentivar o aluno a ser bailarino, entendeu. Vai, enfrenta!, não. Há muitos anos que eu não faço isso. É uma carreira muito difícil, muito ingrata. A.A: Você se tornou realista, vamos dizer nesse sentido? A.L: Muito, muito, muito. Pé no chão, pé no chão. Adoro ensinar, adoro ensinar. Ensino com o máximo prazer, gosto de ensinar para criança, que eu não gostava, entendeu. Aprendi a gostar para a criança, mas gosto mais para a terceira idade. Gosto de ensinar para a terceira idade, gosto de ensinar para pessoas que tem dificuldades, para vencer suas dificuldades, adoro! Adoro quando eu tiro lucro disto. Quando eu vejo que aquela pessoa desenvolveu e estava com problema. // A.A: Venceu aquela etapa. // Venceu aquela etapa. Isso me dá o máximo prazer. São coisas que me dão prazer. E eu vou vendo as coisas longe e tenho vontade de fazer esse tipo de trabalho e vou fazendo, aos pouquinhos eu vou fazendo aqui dentro do balé. Aqui dentro do balé eu tenho muita aluna, assim, já mais

15 1A AL - 15 velha, que eu passo esse trabalho e me sinto felicíssima, entendeu. Gosto demais. E... mas essa ilusão de bailarino, não. Porque você vê, os nossos bailarinos do Palácio o que que ganham? E no mundo inteiro estão todos os bailarinos lutando e lutando e lutando. Bom, se a pessoa se preocupa só com a carreira de bailarino o que que depois vai arrumar? Na minha época foi mais fácil, né. Então, eu, hoje, eu não, realmente não ins... deixa que cada um... se uma aluna chega pra mim e fala assim, oh, eu não venho a aula amanhã porque eu tenho prova, não me incomodo. Porque antigamente eu não fazia isso, você vem sim! Você tem compromisso aqui comigo. Hoje não, hoje eu não faço isso jamais. // A.A: É um outro momento, né, Ana Lúcia. // É um outro momento. Mudou muito. E o balé tem mudado demais da conta, seu esquema, sua, sua, sua evolução é muito grande, entendeu. Eu, por exemplo, me choco cada vez que eu vejo balé atualmente, sabe. Antigamente o balé era... era feito futebol. Futebol não era uma arte, que a gente falava assim, nossa senhora! Gente, Pelé jogou muito bem! Olha o Garrincha dando aqueles nós nas pernas!. Era uma coisa linda da gente ver. O balé era também. Tanto é que você, por exemplo, gravou uma Sílvia Böermenvald, uma simples bailarina de Minas Gerais. A gente grava e não esquece mais. Hoje não, hoje você não grava mais ninguém. Hoje todo mundo é uma massa. // A.A: Uma massa, com certeza. // Hoje tudo é massa. Porque? Porque evoluímos excessivamente na técnica e não na arte. A arte morreu. Quando a gente vê uma estrela a gente tem que fazer reverência para ela, porque a estrela não está existindo. E estou falando não é em termos de Brasil não, é internacional. Não existe a estrela mais. Acabou. E as estrelas fazem falta. Faz falta aquele balé que você gravou para o resto da sua vida. Uma Anna Pavlova, você viu e nunca mais esqueceu. Porque eu conheci gente que a viu, diz que nunca eu vou ver mais uma bailarina, feito eu vi Nureyev. Eu quando vi Nureyev, falei nunca mais eu vou ver outro bailarino igual!. E não vi. Não vi Bujones, não vi Baryshnikov, não vi nada igual a Nureyev, nada. Então, o balé evoluiu demais. E não é que eu não aceite, não, aceito essa evolução. Acho lindo, por exemplo, ver essas meninas com essas pernas na cabeça, fazendo 10 fuéttes duplo [um movimento do balé clássico], de lá para cá, 10 piruetas pararã. // A.A: É ginástico, né. // É ginástico. Você falou em ginástica, com, eu não sei se você notou, por exemplo, tudo está se misturando, a ginástica olímpica, é... // A.A: Ginástica Olímpica hoje é uma grande balé, né. // É um grande balé. É, você olha assim nos estádios você vê que... chama ginástica artística, né. É um verdadeiro balé.

16 1A AL - 16 Sendo que quase todas dão um banho nas bailarinas, né, porque é um excesso de abertura, é um excesso de saltos perfeitos, pés lindos, físico maravilhoso. Então, quer dizer, o balé continua deslumbrante, só que não é o balé da minha época. Aquele balé artístico que o bailarino queria dar a sua alma e não era a sua perna, [risos] entendeu. Então, é muito diferente. Então, esse processo, eu vi esse processo acontecer praticamente em 3 etapas: antes de Nureyev, depois de Nureyev e... é como eu te falei, depois dos anos 80, que você falou que ia... depois dos anos 80 o balé virou [risos] uma outra coisa, sabe. Agora, realmente tem seus pontos bastante interessantes, né. Não resta menor dúvida. A.A: Você sente que, por exemplo, hoje a dança é mais divulgada, ela é mais accessível às pessoas frente ao tempo que você dançou? Como que você vê isso, assim. A.L: Não. A dança antigamente era mais divulgada, porque era divulgada. Hoje não, hoje ela é comercializada. Quem tem dinheiro, tem divulgação. Antigam... é o tal caso, antigamente divulgava a arte. Falava que ia ter um espetáculo de arte aquilo era badalado em tudo quanto é jornal, não precisava você pagar. Hoje, se você não tiver patrocinador você não faz nada. Naquela época não precisava isso. A.A: Agora, você considera que, por exemplo, você me disse no começo que as perspectivas do bailarino eram menores, mas você acha que nesse sentido, hoje em dia essas perspectivas não se abriram mais? Como que você vê esse lado? A.L: Não, não mudou nada. Nada mudou. É... a gente pensa que mesmo nos países de primeiro mundo, que a gente ouve assim, ah, é país de primeiro mundo, a cultura é isso, a cultura é aquilo, mas, meu filho em frente de tantos problemas que todos os países tem, você acha que o balé vai ser colocado em primeiro lugar? Você vê que nos Estados Unidos, eu não digo isso com muita certeza porque eu recebi a informação de terceiros, mas, só duas companhias eram assistidas pelo governo, que era o American Ballet Theatre e o New York, do Balanchine. Com a morte do Balanchine, não sei se ele continuou sendo apoiado pelo governo. Muito bem, então as outras escolas sobrevivem feito nós aqui no Brasil. E o que que acontece nos Estados Unidos, por exemplo, acabou aquela temporada os bailarinos

17 1A AL - 17 são mandados embora, contrata-se novos bailarinos, para uma nova temporada, para uma outra coisa, de acordo com a perspectiva financeira. Vamos supor, se você tem um patrocínio para 10 bailarinos, você vai contratar 10 bailarinos, se for para dois, só dois só. Então, é muito difícil. A situação é a mesma fora e a mesma aqui. Agora, os nossos bailarinos estão se dando bem porque, realmente, o talento brasileiro, ele está fluindo de tal forma que ele está abafando o estrangeiro. O estrangeiro continuou apenas... quer dizer, não é só a técnica, mas dentro daquelas... princípios básicos que eles tem, né. Aqui é o corifeu, aqui é a primeira bailarina, aqui a solista, etc, etc. E o Brasil não, o Brasil vai mandando brasa com a menininha de 12 anos para ser primeira bailarina. Então, muito bem... A.A: Você acha que existe um investimento no talento pessoal, alguma coisa assim? A.L: Acho. Mas é um talento que, se os pais não quiserem sustentar essa filha até ela aposentar... // A.A: A dança pára. // até ela aposentar. Não vai haver dinheiro, não vai haver um retorno financeiro porque não há emprego. Então... digo para bailarino. Então, é pai e mãe sustentando. A.A: A dança é uma arte cara para você? A.L: Ah é. Muito cara, muito cara. a dança é uma arte muito cara. Antigamente eu não aceitava bolsista, primeiro lugar porque eu não podia aceitar bolsista porque a escola era muito grande, tinha muito aluno. Mas não era por isso não, as pessoas me pediam e eu tinha que fazer, eu tinha que esclarecer o seguinte, escuta: põe sua criança aqui. Aqui as meninas tem uniforme alinhado. Essa criança não vai poder pagar o uniforme, uniforme eu não vou poder dar para ela. O sapato de ponta é um sapato caríssimo, ela não vai poder se manter com um sapato de ponta. Quando chegar a época de festival vai ter que pagar a sua roupa, ela não vai dar conta de pagar a sua roupa. Então vai virar uma criança frustrada e revoltada dentro de uma escola de balé. Por isso que eu não dou bolsa de balé. Bem, com o passar dos anos as coisas foram modificandos, foram modificando e a gente deixou, entendeu. Mas, é... é uma arte cara. Muito cara, continua cara da mesma forma, entendeu. Eu, por exemplo, adoraria, adoraria poder fazer algumas coisas pelas minhas sobrinhas.

18 1A AL - 18 Não posso, não tenho condição. Então, quer dizer, agora isso é aqui e é lá fora. Por exemplo, as meninas saem com a ilusão que vão chegar nos Estados Unidos e comprar um ponta baratinha, não, lá é tudo mais barato. Sapato de ponta lá é uma fortuna! Tão caro quanto aqui. Ou aqui se encontra até mais barato, entendeu. Então, é... [silêncio] é uma arte realmente bastante cara, bastante cara. Eu, por exemplo, quando quero levar um espetáculo eu tenho tudo. Tenho todos os guarda-roupas, entendeu. Eu... ah, vou levar a Bela Adormecida? Bela Adormecida está lá completo. Ah, vou levar Lago dos Cisnes? Lago dos Cisnes está lá completo. Porque as meninas, hoje, não fazem roupa, entendeu. Então tem que ter aqui em casa, continuamente as costureiras, o pessoal... é como se fosse um teatro aqui em casa, [risos] entendeu. Eu tenho que ter todo mundo que faz, // A.A: Tudo planejado. // toda equipe para adaptar as roupas, para consertar, para... entendeu. Porque hoje ninguém faz, porque não dá conta. Não dá conta mesmo. Hoje, levar um espetáculo é humanamente impossível. A.A: Ana Lúcia, como que é para você, ou melhor, não. Momentos que, para você, foram importantes na sua carreira, momentos que você lembra com alegria, acho que momentos importantes. A.L: Momentos importantes? São inúmeros, entendeu. Porque é uma carreira... // A.A: Alguns que você ressaltaria... // é uma carreira tão difícil que quando você... você tem que ter esses momentos importantes a toda hora, porque senão você não sobrevive. Mas, momentos importantes, assim, por exemplo, é... eu pude dançar com a Dalau, na companhia dela, nós viajamos o Brasil, entendeu. Isso pra mim foi importantíssimo porque eu conheci Margot Fontaine, dançamos ao lado de Margot Fontaine, de dez bailarinos de fora, Ciril Atanassoff. Então eu vi... Cínthya Gregori, entendeu. Então, eu dancei com aquele pessoal, assim, lado a lado e eu era solista. Então, isso pra mim foi uma honra muito grande, entendeu, de não ser de um corpo de baile... A.A: Você poderia citar os balés que você dançou?

19 1A AL - 19 A.L: Eu dancei Floresta Amazônica, onde eu era ninfa, a coreografia da Dalau. E dancei Grand Finale, que eu era solista também do Grand Finale. Dancei um balé... que esse eu fui solista realmente do balé, eu fazia o papel principal. Mas agora eu não me lembro o nome... engraçado eu não lembro o nome. Fiz o papel principal, mas não me lembro. Enfim, esse foi um momento muito grande. Outro momento que eu... // A.A: Isso foi em que época, Ana Lúcia? // [19]75. // A.A: [19]75... // É... outro momento que eu tive muito bom foi quando eu dancei nos Estados Unidos, sabe. Eu saí daqui de Belo horizonte eu estava com muita depressão, eu não fui nem pra fazer aula de balé, nem pra mexer com balé, mas fui levando minha turma para fazer aula lá. E... quando eu cheguei lá, eu resolvi fazer aula. E... o Bill que era muito... já tinha dado aula aqui, era conhecido meu e tal, falou assim Ana Lúcia, uma das bailarinas, uma mexicana, deveria dançar e ela quebrou o pé, não vai dançar. Queria saber se você não tinha condição de substituir?, eu quase morri porque eu estava gorda, enorme, eu tive que secar em um mês e me apresentar. Mas eu passei muito aperto, porque as americanas eram lindas, físicos maravilhosos... // A.A: É um outro corpo, né... // outro corpo, técnica belíssima, e eu ainda tinha que me pôr em forma. E as americanas não aceitaram aquilo de jeito nenhum, um monstro! [risos] Um monstro chegando! O fato é que eu cheguei e dancei no dia, e dancei muito bem, sabe. Então, eu fui muito solicitada, inclusive para dar aula lá nos Estados Unidos. A primeira bailarina do balé da Geórgia me fez esse convite. Mas a vida aqui no balé era muito tumultuada porque a escola era grande, exigente, a escola era grande, então, não havia como eu ir para os Estados Unidos para dar aula lá, não tinha condição. E... se bem que hoje, eu tenho esse arrependimento porque isso, pra mim, seria meu currículo, ô gente, eu dei aula lá! Afinal,..., mas eu não dei... não larguei a escola. Eu tinha muito respeito pela minha escola, sabe, meu trabalho e não abria mão fácil das coisas não. Depois... tive momentos muito bons, assim, muito alegres. É uma coisa muito interessante na vida da gente. Você às vezes estuda com vários professores, muitos anos, estuda com aquele professor ali, fica encantada com aquele, fica encantada com aquele outro e vai assimilando os trabalhos. Mas o trabalho que veio a dar pra mim a, meu caminho, abrir o meu caminho foi quando eu fiz aula com Zaraspe aqui no Corpo. // A.A: Professor Zaraspe, sim... // Ele deu aula aqui. De repente eu entendi uma coisa, assim, completamente diferente, abriu um campo pra mim completamente diferente e se eu tiver de formar uma bailarina, a minha bailarina vai ser

20 1A AL - 20 com aquele físico, com aquele tipo, com aquele trabalho americano do Zaraspe. Eu, a maneira que eu tomei pra mim, de trabalho, para o resto da minha vida, entendeu. Quer dizer, foi o que me deu o caminhar, sabe. E... tinha estudado com... eu estudei com professores maravilhosos, entendeu, muito bons professores. Mas, de repente... A.A: Você poderia citar alguns? Pessoas que você teve, que foram importantes para você? A.L: Olha, eu estudei com Tatiana Leskowa, que essa praticamente me fez, entendeu. Porque eu estudava... estudei com Jerzy Maretzk, que foi um show! A.A: Isso você estudou fora daqui de Belo Horizonte? A.L: Fora daqui de Belo Horizonte. Porque não sei... A.A: Você viajava muito para cursos, coisas assim... A.L: Viajava. Demais. Porque eu, a vida inteira, me senti a pessoa mais incompetente do mundo. Então, eu sempre tive esse complexo de incompetente. [risos] Então, eu tenho essa necessidade de estudar. Eu estudo muito, muito, até hoje eu estudo muito. O último curso de aperfeiçoamento que eu fiz foi esse curso do balé de Cuba, em Niterói, quando veio a primeira vez. Que eles vieram com a equipe toda lá de Cuba. E eu fui para fazer. Isso em [19]92. Então, foi o último curso que eu fiz para professores. Eu sempre fiz e sempre estudei, não paro um minuto. E estudo até hoje. Mas... é... eu fiz aula com muito bons professores, feito Jerzy, por exemplo. Jerzy tinha um estilo espetacular, sabe. Tanto é que Rodrigo Pederneiras quando abriu a escola veio aqui e me perguntou, foi a pessoa que eu indiquei para ele, procura Jerzy!. Jerzy é muito boa, sabe. E... peguei... trabalhei com muito professor estrangeiro, muito professor. Nós tivemos aqui a primeira bailarina do Royal, Georgina Parkson. Tivemos um mâitre de balé Alexander Bennet, também do Royal. Tivemos aqui o Chabelewsky, que tinha sido do Balé do Coronel du Basil. Tivemos muito professor estrangeiro aqui, entendeu. Tivemos aqui o Darius, você deve ter conhecido o Darius... // A.A: Darius... // Darius trabalhou uma temporada aqui conosco. E...

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