A INFÂNCIA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Ada Polyana Ribeiro Jussara Passo de Oliveira Liene Ribeiro Simões Valdete Côco (Orientadora)

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1 4 A INFÂNCIA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL Ada Polyana Ribeiro Jussara Passo de Oliveira Liene Ribeiro Simões Valdete Côco (Orientadora) Universidade Federal do Espírito Santo Resumo: A Educação Infantil, apesar de ser considerada a primeira etapa da Educação Básica, ainda enfrenta o desafio de estabelecer a sua própria identidade educativa e, com isso, criar uma ação diferenciada que não escolarize a criança. O estudo tem como objetivo identificar quais são as especificidades da Educação Infantil e o que a diferencia dos demais níveis de ensino. A coleta dos dados foi realizada a partir de um roteiro de entrevista semi-estruturada com dois profissionais que atuam nesse nível de ensino. Conhecer/investigar a atuação dos sujeitos que trabalham na Educação Infantil é necessário para que a partir dos conhecimentos produzidos seja possível construir propostas pedagógicas específicas para a pequena infância. Palavras-chave: Educação Infantil; Pedagogia da Infância; Educação Básica. 1. A PROBLEMÁTICA DO ESTUDO O estudo tem como objetivo identificar quais são as especificidades da Educação Infantil: O que diferencia esta etapa da Educação Básica dos outros níveis de ensino e, mais especificamente, do Ensino Fundamental? Quais as especificidades da ação educativa? Quais os desafios enfrentados pelos profissionais dessa área? 1.1 Justificativa A Educação Infantil, apesar de ser considerada a primeira etapa da Educação Básica, ainda enfrenta o desafio de estabelecer a sua própria identidade educativa e, com isso, criar uma ação diferenciada que não escolarize a criança. Nesse sentido, é preciso conhecer as especificidades da pequena infância, sua cultura, seu olhar sobre o mundo, para que a ação educativa se efetue com a criança sendo protagonista de sua construção. Por isso, faz se necessário investigar a prática dos profissionais da Educação Infantil para que a partir da análise desses dados seja possível inferir propostas de mudanças, questionar práticas escolarizantes, buscar práticas mais democráticas e cidadãs, construir propostas pedagógicas específicas para a pequena infância e reforçar práticas que estejam de acordo com uma proposta educativa diferenciada para essa etapa da educação das crianças.

2 5 2. METODOLOGIA A coleta dos dados foi realizada a partir de um roteiro de entrevista semi-estruturada. As entrevistas ocorreram no local de trabalho dos dois entrevistados, sendo que, um deles atua como professor de música e a outra é uma auxiliar de serviços operacionais que auxilia os professores no berçário (ASOs). Ambos trabalham na Rede Municipal de Ensino de Vitória. 3. A INFÂNCIA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL As distinções entre infância e adultez foram construídas historicamente pela sociedade ocidental, no entanto, essas distinções estão permeadas de valores culturais, sociais e econômicos que produzem diferentes infâncias a partir dos diferentes contextos em que ela é vivenciada (SARMENTO, 2007). [...] sempre houve várias infâncias, distintas entre si por condição social, por idade, por sexo, pelo lugar onde a criança vivia, pela cultura, pela época, pelas relações com os adultos. Mas também eram diferentes as infâncias dependendo de quem as olhava, de quem as registrava, de quem as comentava, de quem investia nela. (MÜLLER, 2007, p. 96 ) A criança é um sujeito histórico e, assim sendo, vivência sua infância dentro do contexto histórico em que está inserida, compartilhando e produzindo, juntamente com os adultos, os valores culturais, sociais, econômicos e religiosos de seu tempo, ou seja, [...] elas trazem a marca da geração a que pertencem (AGOSTINHO, 2005 p. 73). Nesse sentido, segundo Lopes e Vasconcellos (2005), as diferentes infâncias em seus diferentes contextos produzem diferentes espaços sociais e geográficos destinados às crianças. Dessa forma, a concepção de infância é atravessada pela dimensão do espaço social e do tempo histórico em que o sujeito criança está inserido. Essas dimensões produzem diferentes formas de ser criança e constroem uma subjetividade infantil relativa ao espaço, cultural/socialmente, construído por cada grupo social. Ou seja, existe uma estreita relação entre a vivência da infância e o local onde ela será vivida. Sendo que, as crianças ao se apropriarem dessas diferentes dimensões dão-lhes novos significados, reconfiguram e reconstroem seus espaços, criando suas diferentes histórias e geografias. Nessa perspectiva de criação de espaços sociais para a infância, a educação escolar se tornou um direito da criança e um dever do Estado, tornando o espaço institucional da escola um lugar socialmente reservado para as crianças. Dentro desse contexto, a educação de crianças pequenas emerge como um campo educacional que busca construir sua própria identidade a partir das especificidades e necessidades da pequena infância. Assim coloca-se como desafio para nós, profissionais da educação infantil, direcionar o foco de nossas observações nas crianças e na forma como elas ocupam o espaço, vendo como se relacionam com ele, tornando-o lugar, obtendo as possíveis pistas que elas mesmas nos fornecem para subsidiar a prática pedagógica para elas voltada, contribuindo, assim, para a implementação de uma pedagogia da educação infantil. (AGOSTINHO, 2005, p. 63) Assim sendo, o espaço da creche e pré-escola deve ser o espaço das crianças e não somente para as crianças, em outras palavras, deve ser um ambiente onde o protagonismo infantil se exerça em sua plenitude propiciando a elas a oportunidade de exercer o seu direito a brincadeira, imaginação, ação,

3 6 palavra, construção, significação e ressignificação, enfim, produção das culturas infantis. Certamente, uma das especificidades relativas à educação infantil é a relação indissociável entre o cuidar/educar. As instituições educativas e os profissionais que nelas atuam precisam ter clareza [...] de que essas diferenciam das instituições escolares tanto pelo objeto, que é a criança e não sujeito escolar-aluno, como pela definição de suas funções, que são diferentes da pedagogia escolar. Cuidar e educar devem ser atendidos como dimensões importantes que envolvem questões educacionais, pois todo cuidado é educativo, não existindo, portanto, momentos diferenciados para cuidar e educar. (SILLER; CÔCO, 2007, p. 9) Outro aspecto importante a ser observado na educação infantil é o tempo/espaço para as brincadeiras. A criança aprende nas mais diversas situações e as brincadeiras são um poderoso instrumento de aprendizagem para ela. Através delas a criança significa e ressignifica o mundo que a rodeia, usa a imaginação, compete, interage com as outras, experimenta a vitória e a derrota, enfim, [...] não há dúvida que brincar significa sempre libertação. Rodeadas por um mundo de gigantes, as crianças criam para si, brincando, o pequeno mundo próprio [...] (BENJAMIM, 2002). Também é preciso considerar alguns aspectos negativos do modelo educacional escolar que não devem ser transposto para a educação infantil, tais como, a rigidez de horários e do calendário letivo, a alfabetização forçada, os modelos avaliativos que privilegiam os mais adaptados, [...] pois é preciso evitar que os aspectos mais negativos do Ensino Fundamental, como repetência e a extrema rigidez didática, transbordem para a Educação Infantil. O contrário é que seria desejável: a adoção de um estilo pedagógico mais flexível e adaptado às características da faixa etária das crianças com até dez anos de idade. (CERISARA apud SILLER; CÔCO, 2007, p. 8) Por isso, faz se necessário que a comunidade escolar tenha clareza a respeito do Projeto Político Pedagógico da instituição e que ela (comunidade) seja a protagonista do processo de construção, execução e avaliação da proposta pedagógica da escola. [...] a construção do seu projeto educativo deve emergir da discussão entre todos aqueles que estão envolvidos em sua composição: administradores, docentes, funcionários, pais, avós, crianças e a comunidade em geral devem ser ouvidos na elaboração da proposta político-pedagógica da escola. (BARBOSA, 2007, p. 78) O projeto educativo da instituição de educação infantil deve ser construído coletivamente, pois assim, toda a comunidade estará comprometida na efetivação das propostas pedagógicas, atuando na construção/formação/execução dos valores éticos, morais, sociais e culturais que deseja colocar em prática no seu projeto educacional. Um fator importante a ser observado é a formação dos profissionais que trabalham na educação infantil, pois, [...] ainda convivemos com a discussão de que EI requer muitos recursos financeiros que os municípios não dispõe e que estes se utilizam de diferentes estratégias para a economia de recursos implicando na constituição da profissionalidade docente e no trabalho realizado com as crianças. (SILLER; CÔCO, 2007, p. 12) Uma proposta pedagógica, por mais bem elaborada que seja, depende de profissionais capacitados

4 para ser colocada em prática. Nesse sentido, é preciso que toda a sociedade reivindique uma educação de qualidade em todos os níveis de ensino, começando pela educação infantil que é a primeira etapa da Educação Básica. Portanto, é imprescindível que a [...] educação seja assegurada por profissionais habilitados que possam desenvolver um trabalho de qualidade social com as crianças de 0 a 6 anos [...] (SILLER; CÔCO, 2008, p. 13) ANÁLISE DOS DADOS DE PESQUISA 4.1 As sutilezas do trabalho na Educação Infantil O trabalho com crianças pequenas exige dos profissionais que atuam na educação infantil uma dinâmica didática envolvente, sedutora, pois crianças nessa faixa etária, 0 a 6 anos (agora de 0 a 5 anos), tem ainda um curto tempo de concentração o que exige do professor todo um trabalho de envolvimento para atrair as crianças para as suas propostas de atividades e, além disso, exige um planejamento flexível que permita rápidas modificações, quando necessárias (REDIN, 2007). Foi possível identificar essas questões na seguinte fala do professor de música. Quando eu entrei na escola pública eu já trabalhava na escola particular, então eu já tinha toda uma dinâmica pra conquistar as crianças. Eu acho que a primeira coisa que eu faço no meu trabalho é exatamente conquistar as crianças e, só depois, eu passo a trabalhar de fato. Então, eu acredito que eu não tenho muita dificuldade com essa questão da receptividade. É lógico que você sempre vai encontrar uma ou outra dificuldade, mas acho que de forma geral é sempre bom, é sempre positivo. (Professor) Referindo-se a esse olhar atendo, sedutor, envolvente do professor em relação aos anseios das crianças Tristão (2006) diz que isso faz parte das sutilezas do trabalho na educação infantil. Essas sutilezas devem nortear toda uma prática pedagógica voltada para uma ação educativa emancipadora, humanizante e cidadã. A seguinte declaração parece evidenciar esses aspectos: O educador tem que gostar do trabalho dele, e ter um bom entendimento sobre a criança, porque se ele não tiver uma educação fundamental, ele não consegue dominar uma criança, com aquele jeito carinhoso que uma criança precisa. (ASOs) Dessa forma, conforme Siller e Côco (2008), a ação educativa na educação infantil está diluída em uma complexa rede de atitudes, cuidados, ações, interações que permeiam o cotidiano e não devem ser vistos e tratados separadamente, pois são aspectos da mesma ação educativa. 4.2 A Educação Infantil está contribuindo para o desenvolvimento das crianças? As creches e pré-escola sugiram a partir do momento em que as mulheres se inseriram no mercado de trabalho, fazendo com que fossem criados espaços onde elas pudessem deixar seus filhos, enquanto estivessem trabalhando. Ou seja, as creches e pré-escolas surgiram a partir de uma necessidade dos adultos, em uma visão assistencialista de atendimento às crianças, sem que houvesse considerações a respeito de uma ação educativa que visasse o interesse dos pequenos. Mas essa visão assistencialista - já superada a algum tempo nas pesquisas da sociologia da infância

5 produzida por pesquisadores como Sarmento (2007), também não aparece na fala dos entrevistados da pesquisa em questão: Basta você olhar uma criança que não está na creche e uma criança que está na creche, por exemplo, uma criança de quatro anos que freqüenta a escola - creche não CMEI - que freqüenta o CMEI e uma criança que não freqüenta o CMEI. É muito diferente: expressão..., equilíbrio... Isso depende muito também da escola que se está estudando. [...]. Eu acho que a educação infantil, pensando nesse sentido, se é para criança, acho que a escola, o CMEI, é o local de criança também por conta de oferecer outras questões que a criança talvez não tenha em casa ou na rua ou onde tiver,... no parquinho,...enfim... (Professor) [...] acho que a escola é muito importante para o crescimento, o desenvolvimento da criança. (ASOs) Segundo a percepção dos entrevistados, a educação infantil tem uma importante contribuição no desenvolvimento/crescimento das crianças, ou seja, está cumprindo o seu papel educativo A necessidade de uma pedagogia da infância A educação infantil é um espaço privilegiado de aprendizagem para a pequena infância, tanto psicossocial quanto cognitiva, afetiva e locomotora, pois nele a criança aprende interagindo com os seus pares e com os educadores adultos. No entanto, esse processo de aprendizagem não deve ser confundido com processo de escolarização (CERISARA apud SILLER; CÔCO, 2008). É nesse sentido, que é possível compreender a seguinte fala: Por que eu acho que uma tendência aqui na prefeitura de Vitória, principalmente, é de ensinar a ler e a escrever e educação não é só ler e escrever. Sabe-se que isso é muito importante, a maioria dos professores, faz isso muito bem. Mas não é, na minha opinião, não é o principal. Eu acho que o ensino infantil é muito mais você está vivenciando aspectos, várias possibilidades para no Ensino Fundamental você começar a centralizar, a direcionar um pouquinho mais o trabalho. (Professor) Nessa perspectiva, segundo Benjamim (2002), é preciso ser garantido as crianças o espaço/tempo para as brincadeiras, tanto o brincar livremente quanto as brincadeiras direcionadas, tanto uma quanto a outra fazem parte do processo de desenvolvimento/aprendizagem infantil e se relacionam ao importante aspecto da ludicidade que não deve ser negligenciado na educação da pequena infância. A Educação Infantil, enquanto primeira etapa da Educação Básica precisa construir sua própria identidade educativa a partir das especificidades e necessidades das crianças pequenas, construindo uma pedagogia da educação infantil (AGOSTINHO, 2005). Então, eu acho que a Educação Infantil ela é específica, ela tem sua especificidade que é muito boa..., de você poder trazer tudo e tudo ser uma novidade, nem tudo né, mas grande parte. Acho que isso facilita muito até no nosso ideal de educação que é que a criança saia com o máximo de informação possível e que essa informação seja de qualidade. (Professor) A especificidade da educação infantil está no reconhecimento de que a criança está em desenvolvimento em todos os sentidos: cognitivo, locomotor, afetivo, psicológico, social, sendo que, nenhum desses aspectos devem ser ignorados nessa etapa da educação.

6 9 4.4 A escolha dentro da não escolha A construção de uma identidade própria para a educação infantil é um embate político-social, pois a sociedade precisa exigir que seja prestado um atendimento pedagógico-educacional de qualidade para as crianças, sendo que, isso demanda em investimentos financeiros em infra-estrutura e contratação de profissionais habilitados. A educação infantil é considerada onerosa pelos agentes públicos o que justifica algumas políticas de redução de custos que, muitas vezes, podem comprometer o atendimento às crianças como, por exemplo, a contratação de pessoas sem a formação adequada para trabalhar no atendimento às crianças. A seguinte declaração é um demonstrativo dessa política de redução de custos através da contratação de profissionais não habilitados. Eu não quis estudar para chegar nesse ponto de ser uma profissional de verdade. [risos] Eu quero dizer professor. Um professor profissional. (ASOs) O ingresso dos profissionais que atuam na educação segundo Nascimento; Figueiredo; Pedroza; Vargens e Kramer (2005), ás vezes, se insere em um contexto de escolha dentro da não-escolha ou escolhas possíveis. Ou seja, a oportunidade/necessidade de trabalhar leva esses profissionais a optarem por esse campo profissional. Esse fato pode ser constatado nas seguintes falas: Eu não fiz o concurso, eu entrei assim: surgiu a vaga e eu entrei. (ASOs) Como você se tornou professor da Educação Infantil? Concurso público. Oportunidade, tinha acabado de formar, prestei concurso e passei..., tô aí. Até porque recém-formado você precisa trabalhar independente... Se ficar escolhendo demais você acaba perdendo tempo. (Professor) Essa opção pela educação infantil, dentro de um contexto de opção possível, pode estar relacionado ao baixo prestígio social da profissão docente e, mais ainda, a desvalorização profissional pode ser maior quando esta atuação está relacionada ao trabalho com crianças pequenas. Muito embora, a visão assistencialista esteja (ou devesse estar) superada, a pequena infância exige cuidados que, em uma sociedade machista como a nossa, relaciona-se ao trabalho, ou melhor, as obrigações femininas. Dentro desse contexto de discriminação social da mulher e do trabalho feminino, a educação infantil surgiu como um campo de trabalho destinado, ou melhor, dominado por mulheres. A seguinte declaração enfatiza bem essa realidade. Acho que é problema sim por que o meio não te acolhe como deveria, como eu acho que deveria acolher... né. Por que eu acho o meio muito feminista, não no sentido ruim da palavra, porque a estrutura é toda pensada com relação a mulher. Quando entra um homem tem muita dificuldade. A minha realidade não é essa, mas de repente é a realidade de outros colegas, que eu já ouvi, que o banheiro é só para mulher, aí você tem que usar. Mas, tipo assim, na verdade, o banheiro seria pouca coisa, mas outras estruturas nas escolas, entendeu? Enfim, as tendências todas que acontecem, geralmente isso, às vezes assim... Apesar de que eu não me importo muito não, eu vou dando o meu jeitinho e me adaptando [...]. (Professor) No entanto, é possível inferir que mudanças estão ocorrendo no campo profissional da educação

7 infantil, não só pela inserção dos homens nesse meio, mas também pelo reconhecimento profissional que, ao poucos, vem acontecendo através de políticas públicas de valorização do trabalho docente, através de planos de carreiras que valorizam a formação e não mais o campo de atuação, como a pesquisa de Siller e Côco (2008) constatou. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diga-me e eu esquecerei, mostre-me e eu lembrarei, envolva-me e eu aprenderei! (Provérbio indígena norte-americano) A criança ao longo da história humana tem sido considerada um infante, aquele que não tem fala, não tem voz. O primeiro passo para a construção de novas práticas educativas, aonde a criança seja protagonista de sua própria história, é dar voz a ela para que mostre aos adultos o mundo a partir de seu olhar. A história da educação escolar foi construída a partir dos objetivos e concepções adultas a respeito das crianças. A escola cumpre (ou deveria cumprir) o papel de compartilhar a cultura produzida por todos, mas, em uma sociedade elitista, machista, racista e adultocêntrica a produção cultural dos grupos dominados: mulheres, não brancos e crianças, é ignorada - não tem voz. Nesse contexto, uma nova concepção educativa que valorize o protagonismo infantil, precisa estar atenta a essa produção cultural que é realizada por esses grupos dominados, inclusive as crianças. A ação educativa precisa ser concreta, efetiva e deixar de configurar apenas o campo teórico dos ideais educativos de uma nova sociedade e de um novo Homem/Mulher. A construção de uma identidade própria para a Educação Infantil exige abertura para esse olhar curioso e fascinado que a criança tem sobre o mundo. Exige um esforço para vencer os preconceitos existentes, as perversas relações de poder que inferiorizam, anulam e destroem, enfim, exige que sejam colocados em prática os ideais de construção de uma nova sociedade mais justa e igualitária, pois como afirma o provérbio indígena norte-americano, o ato de educar é ação, envolvimento, comprometimento, ou seja, não se educa com discursos, não se educa sem atitudes concretas. Referências: AGOSTINHO, K. A. Creche e pré-escola é lugar de criança? In: FILHO, A. J. M. (Org.). Criança pede respeito: temas em educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2005, p BARBOSA, M. C. S. Projeto Político Pedagógico para a educação infantil. In: REDIN, E.; MÜLLER, F.; REDIN, M. M. (Org.). Infâncias, cidades e escolas amigas das crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007, p BENJAMIM, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. 1. ed. São Paulo: Editora 34, LOPES, J.M.; VASCONCELLOS, T. Geografia da infância: reflexões sobre uma área de pesquisa.

8 11 Juiz de Fora: FEME, MÜLLER, Verônica Regina. História de crianças e infâncias: registros, narrativas e vida privada. Petrópolis: Vozes, NASCIMENTO, A.; FIGUEIREDO, F.; PEDROZA, G.; VARGENS, P.; KRAMER, S. Nos relatos de professores, conquistas e ambiguidades da educação infantil. In: KRAMER, S. Profissionais da educação infantil: gestão e formação. São Paulo: Ática, 2005, p REDIN, M. M. Planejando na educação infantil com um fio de linha e um pouco de vento. In: REDIN E, MÜLLER F. e REDIN, M. M. (Org.). Infâncias: cidades e escolas amigas das crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007, p SARMENTO, Manuel J. Visibilidade social e estudo da infância. In: VASCONCELLOS, Vera M. R. (Org.). Infância invisível. Araraquara: Junqueira & Martins, 2007, p SILLER, R. R.; CÔCO. O ingresso de profissionais na educação infantil: o que indicam os editais dos concursos públicos. In: 31ª Reunião Anual da ANPED: Constituição Brasileira, Direitos Humanos e Educação, 2008, Caxambú, 31ª Reunião Anual da ANPED: resumos. Rio de Janeiro, ANPED, p Disponível em: < Acesso em: 30 de out. de TRISTÃO, F. C. D. A sutil complexidade das práticas pedagógicas com bebês. In: Filho, A. J. M.; TRISTÃO, F. C. D.; RECH, I. P. F.; SCHNEIDER, M. L. Infância plural: crianças do nosso tempo. Porto Alegre: Mediação, 2006, p

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