Restauração de Áreas Degradadas e Conservação Genética

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1 Restauração de Áreas Degradadas e Conservação Genética Paulo Kageyama LARGEA/ESALQ/USP. SFB: II Encontro Interinstitucional de Restauração, Conservação e Economia Florestal T. Freitas, 25 Novembro 2015

2 LARGEA/ESALQ/USP: Laboratório de Reprodução e Genética de Espécies Arbóreas Objetivos: Estudos da Biodiversidade, da Estrutura Genética e Fluxo Gênico de Espécies Arbóreas Tropicais, através da Genética Molecular; Aplicação: Uso desse conhecimento científico em Projetos de Restauração Ecológica e de Sistemas Agroflorestais com Comunidades Rurais; Projetos Principais: i) Restauração Florestal para Créditos de Carbono AES Tietê. ii) SAFs em Assentamentos Rurais no Pontal e na Bahia;

3 TEMAS E QUESTÕES A DISCUTIR INTRODUÇÃO RESTAURAÇÃO E MODELOS DE DIVERSIDADE - 27 ANOS! PESQUISA EM GENÉTICA DE POPULAÇÕES: AVANÇOS? DESAFIOS ATUAIS DIVERSIDADE TANTO DE ESPÉCIES COMO GENÉTICA! QUEREMOS RESTAURAR UMA FLORESTA DE NOVO! AVANÇOS E QUESTIONAMENTOS AVANÇOS NOS ESTUDOS GENÉTICOS MOLECULARES! USO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO NA RESTAURAÇÃO? CONSIDERAÇÕES FINAIS ABASTECER A ALTA DEMANDA DE SEMENTES FUTURA? PRIORIDADES PARA PESQUISA E POLÍTICAS PÚBLICAS?

4 Biodiversidade do Estado de São Paulo - Status redução da Mata Atlântica desmatamento estável regeneração > 10% Remanescentes Florestais (8 a 20%) IF 2005

5

6 CENÁRIOS FUTUROS TEMOS NA MATA ATLÂNTICA DO ESP EM TORNO DE 10% DE VEGETAÇÃO NATURAL REMANESCENTE; ESTES REMANESCENTES FLORESTAIS ESTÃO MUITO MAL DISTRIBUÍDOS (DE 1% A 70%); TEMOS ALGUMAS POSSIBILIDADES DE CENÁRIOS FUTUROS: COM APPs E RLs RECUPERADAS OU NÃO; SE TIVERMOS AS APPs RESTAURADAS PODEREMOS TER CERCA DE 20% DE VEGETAÇÃO NATIVA; SE TIVERMOS APPs E RLs RECUPERADAS TEREMOS 40% DE VEGETAÇÃO NATIVA; (UTOPIA); - NOVO CÓDIGO FLORESTAL: O PROBLEMA DEPENDE DO SETOR AGROPECUÁRIO/FLORESTAL NESSA LUTA.

7 Restauração: Biodiversidade e Sucessão Ecológica

8 POR QUE A SUCESSÃO ECOLÓGICA NA RESTAURAÇÃO? PROCESSO NATURAL REGENERAÇÃO NATURAL DAS ESPÉCIES NA FLORESTA REFERÊNCIA PARA A REGENERAÇÃO ARTIFICIAL DAS ESPÉCIES DIFERENÇAS ENTRE A FLORESTA TROPICAL E A TEMPERADA SUCESSÃO SECUNDÁRIA E ANTRÓPICA SUCESSÃO SECUNDÁRIA: DESTRUIÇÃO PARCIAL DA MATA SUCESSÃO ANTRÓPICA: DESMATAMENTO ÁREA GRANDE ESPÉCIES ARBÓREAS PIONEIRAS TÍPICAS E ANTRÓPICAS GRUPOS SUCESSIONAIS BASE TEÓRICA* BUDOWSKI (1966): ANTRÓPICA 4 FASES/ESTÁGIOS SERAIS DENSLOW (1980): SECUNDÁRIA 3 GRUPOS ECOLÓGICOS MARTINES-RAMOS (1985): SEC/ANTR 4 GRUPOS ECOLÓGICOS APLICAÇÃO DE GRUPOS SUCESSIONAIS/FUNCIONAIS

9 SUCESSÃO SECUNDÁRIA E ANTRÓPICA NAS FLORESTAS TROPICAIS SUCESSÃO SECUNDÁRIA: DESTRUIÇÃO PARCIAL DA FLORESTA (CLAREIRAS) FORMA NICHOS ESPECÍFICOS PARA A REGENERAÇÃO DE GRUPOS DE ESPÉCIES; CLAREIRAS GRANDES: PIONEIRAS; CLAREIRAS PEQUENAS: SECUNDÁRIAS; NÃO CLAREIRAS: CLÍMAX; SUCESSÃO ANTRÓPICA*: DESTRUIÇÃO DE GRANDES ÁREAS E REGENERAÇÃO A PARTIR DE ESPÉCIES VINDO NÃO DA PRÓPRIA FLORESTA, MAS DE ÁREAS VIZINHAS; ESPÉCIES NÃO PIONEIRAS, COLONIZADORAS OU MESMO CLÍMAX EDÁFICAS, OCUPAM ESSAS ÁREAS COM ESPÉCIES PIONEIRAS ANTRÓPICAS. *CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA; AINDA EM CONSTRUÇÃO

10 SUCESSÃO SECUNDÁRIA E GRUPOS ECOLÓGICOS DENSLOW (1980) CLAREIRAS GRANDES E ESPÉCIES PIONEIRAS PIONEIRAS TÍPICAS OCORREM EM CLAREIRAS GRANDES; SEMENTES DISPERSAS POR AVES E MORCEGOS, ESPECIALISTAS, VOAM ENTRE ESSAS CLAREIRAS NA MATA; CLAREIRAS PEQUENAS E NÃO CLAREIRAS EM CLAREIRAS PEQUENAS, GERMINAM AS ESPÉCIES SECUNDÁRIAS; AS ESPÉCIES CLÍMAX GERMINAM E CRESCEM NA MATA, SEM NECESSIDADE DE CLAREIRAS; BANCO DE SEMENTES DO SOLO AS SEMENTES DE PIONEIRAS FICAM EM TORNO DE 1 A 2 ANOS, NO BANCO DE SEMENTES DO SOLO, ATÉ QUE UMA CLAREIRA GRANDE SE ABRA E AS MESMAS GERMINEM;

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12 Sucessão Antrópica: Características das Espécies dos Estágios Serais - Budowski (1966)* Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Clímax Número de espécies Arbor >100 Crescimento Muito Rápido Rápido Médio Lento ou muito lento Dispersão de sementes Pássaros, morcegos e vento Vento, Pássaros e morcego Principalmente vento Gravidade, mamíferos e pássaros Tolerância a sombra Viabilidade das sementes Tamanho da sementes Muito intolerante Muito intolerante Tolerante apenas no estado juvenil Longa, latente no solo Longa, latente no solo Rápida a média Pequena Pequena Pequena a média Tolerante exceto no estágio adulto Rápida Grande

13 G. Budowski

14 SUCESSÃO E CARACTERÍSTICAS DE SEMENTES* GRUPOS DORMÊNCIA DISPERSÃO GERMINAÇÃO ECOLOG FATOR TIPO FORMA PIONEIRA LUZ/TEMPER PASS/MORCEGO CLAREIRA GRDE SEC. INICIAL SEM VENTO APÓS DISPERSÃO SEC. TARDIA SEM VENTO APÓS DISPERSÃO CLÍMAX TRATO DIGEST* FAUNA BANCO PLÂNTULA *SUPERAÇÃO DORMÊNCIA: ÁCIDO DO TRATO DIGESTIVO

15 Grupos Ecológicos da Sucessão e Estudos Genéticos de Populações LARGEA/ESALQ 25 Anos Estudos Genéticos: 50 espécies i FOTO: Carvalho (1996)

16 BUDOWSKI (1966) Grupos ecológicos: Estudos Genéticos Pioneiras: Clareiras grandes, Pleno sol, Crescimento rápido, Dormência de sementes Secundárias Iniciais: Clareiras pequenas, Pleno sol, Crescimento rápido. Secundárias Tardias: Clareiras pequenas, Sombra no início, Crescimento lento Climácicas: Não clareiras, Sombra, Ciclo longo, Crescimento muito lento. Secundária Pioneira FOTO: Carvalho (1996) Cecropia pachystachya Climácica FOTO: Roberto Tarazi Cedrela fissilis INPE/SOS Mata Atlântica 1998 FOTO: Roberto Tarazi Ocotea catharinensis Estimativas para o Est. de São Paulo Pioneiras 20% (de espécies)? Secundárias 60% (de espécies)? Climácicas 20% (de especies)?

17 Restauração Genética Estudos na Mata Atlântica Espécie Bowdichia virgiloides Cariniana legalis Cordia trichotoma Johanesia princeps Myracrodruon urundeuva Bauhinia forficata Cedrela fissilis Euterpe edulis Aspidosperma polyneuron A 1,20 1,42 1,45 1,45 2,80 3,80 2,31 3,40 2,00 P% 28,00 30,00 40,00 27,00 66, , ,00 H o 0,126 0,140 0,184 0,141 0,160 0,451 0,222 0,496 0,238 H e 0,126 0,140 0,184 0,141 0,358 0,503 0,243 0,463 0,270 Autor Herritt (1991) Herritt (1991) Herritt (1991) Herritt (1991) Moraes (1993) Santos (1994) Gandara (1996) Reis (1996) Maltez (1997) Chorisia speciosa 2,20 77,80 0,245 0,284 Souza (1997) Genipa americana 1,63 50,00 0,195 0,182 Sebben (1997) Cryptocaria moschata 2,00 85,00 0,323 0,351 Moraes (1998) Araucaria angustifolia 2,00 73,30 0,072 0,084 Auler et al. (2002) Cryptocarya aschersoniana 2,74 95,12 0,324 0,536 Moraes et al. (2002) Ocotea porosa Ocotea odorifera Ocotea catharinensis 2,07 2,36 2,20 71,43 67,80 83,30 Cerca de 50 espécies foram estudadas com ferramentas genéticas na M Atlântica 0,277 0,358 0,383 0,280 0,301 0,360 0,426 0,310 Silva et al., (2003) Kageyama et al., (2003) Tarazi et al., (2005)

18 Caracterização Genética Estágios sucessionais Estimativas de parâmetros do sistema de reprodução em cinco espécies arbóreas tropicais de diferentes estágios sucessionais. Espécies T. micrantha Pop. 1 tˆm 0,819 tˆs 0,749 tˆ ˆ m t s 0,071 s 0,368 rˆ p m rˆ ( ) 0, ,966 0,844 0,123 0,072 0,602 C. pachystachya 1 1,000 0,820 0,180 0,0 0, ,000 0,801 0,199 0,0 0,514 C. fissilis 1 0,882 0,691 0,191 0,149 0,125 C. legalis 1 0,990 0,899 0,091 0,101 0, ,976 0,916 0,059 0,093 0, ,901 0,830 0,070 0,076 0,212 E. leiocarpa 1 0,925 0,859 0,051 0, ,997 0,937 0,061 0,104 0,749 tˆ m tˆ taxa de cruzamento multiloco, taxa de cruzamento uniloco, taxa de cruzamento entre s tˆ m tˆ rˆ ˆ s parentes, s correlação de autofecundação, r p ( m ) correlação de paternidade. Kageyama et al. (2003)

19 Caracterização Genética - Resumo Estágios Sucessionais Para ecossistemas de alta diversidade de spp, a escolha de espécies para estudos passa a ter alta importância, para extrapolar os resultados e interpretar a comunidade. A diversidade genética em diferentes grupos sucessionais mostra que a sucessão, densidade populacional e a reprodução podem indicar espécies arbóreas modelos. Estágio sucessional Pioneiras Fl Gênico Pólen Curto Tamanho População Pequena Ocorrência Agregada Dispersão sementes Média distância Divergência p Alta (20%) Secundárias Longo Muito Grande rara Intermediária Intermediária (1O%) Climácicas Médio Grande comum Longa distância Baixa (5%) Kageyama et al. (2003)

20 Bases para a Restauração Florestal - Diversidade de Espécies e Raridade - Grupos Ecológicos ou Funcionais - Interações Planta X Animal

21 RESTAURAÇÃO: BIODIVERSIDADE E SUCESSÃO - Hipótese Inicial MODELO BÁSICO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE GRUPOS ECOLÓGICOS (BUDOWSKI, 1966)

22 FOTO: Carvalho (1996) Restauração: Espécies Raras e Comuns i

23 Bioma Mata Atlântica Organização das espécies Densidade populacional (natural) Espécie Muito comum( Mais de 10 árv/ha >10ind/ha) Espécies comuns (2-10ind/ha) Espécies raras (1ind/1-10ha) Espécies muito raras (1ind/10-20ha) Ex: Parcela de 24ha (600m x 400m) Sub-Parcela de 1ha (100m x 100m)

24 ESPÉCIES RARAS E COMUNS E SUCESSÃO ESPÉCIES RARAS (Largea 20 anos) MAIORIA SECUNDÁRIAS TARDIAS; MTO POUCOS JOVENS MUITO ATACADAS POR INSETOS E MICRORGANISMOS ELAS DEVEM SER PLANTADAS EM BAIXA DENSIDADE * ESPÉCIES COMUNS MAIORIA ESPÉCIES CLIMÁCICAS; SELETIVAS AO SÍTIO CURVA DE FREQUÊNCIA E DIÂMETROS EM J INVERTIDO i PIONEIRAS TAMBÉM SÃO COMUNS NAS CLAREIRAS GRANDES E NAS ÁREAS ANTROPIZADAS ELAS PODEM SER PLANTADAS EM ALTA DENSIDADE *

25 Experimento de Espécies Raras (Esalq/Cesp): 6 ESPÉCIES RARAS, 6 COMUNS E 6 INTERMEDIÁRIAS FORAM PLANTADAS COMO RARAS (1 IND/HA) E COMO COMUNS (50 IND/HA) E MOSTRARAM: DAS 6 ESPÉCIES RARAS PLANTADAS COMO COMUNS 4 MOSTRARAM MAIS ATAQUE DE PRAGAS OU DOENÇA: AROEIRA, JARACATIÁ, AMENDOIM, PAINEIRA MODELO DE PLANTIO DA CESP (2001) 2000 PLANTAS POR HA; 100 SPP/HA 1000 PLANTAS/HA DE PIONEIRAS (P E I) COM 20 ESPÉCIES (50) 600 PLANTAS/HA DE SECUNDÁRIAS (ST) COM 60 ESPÉCIES (10) 400 PLANTAS/HA DE CLÍMAX (CL) COM 20 ESPÉCIES (20) i

26 MODELOS DE RESTAURAÇÃO E DIVERSIDADE - PLANTIO DE ESPÉCIES AOACASO: SEM USO DE PIONEIRAS E NÃO USO DOS GRUPOS ECOLÓGICOS; COQUETEL *; FOTO: Carvalho (1996) - MODELO DE SUCESSÃO: LINHAS DE PIONEIRAS (P+I) E DE NÃO PIONEIRAS (T+C) INTERCALADAS; - MODELO DE SUCESSÃO E RESPEITANDO AS ESPÉCIES RARAS: (< DENSIDADE) E COMUNS (> DENSIDADE); - MODELO DE ILHAS DE DIVERSIDADE: USO SÓ DE PIONEIRAS (ÁREA TOTAL) E DE SPP NÃO PIONEIRAS (20% DAÁREA); - NUCLEAÇÃO* REGENERAÇÃO NATURAL; POLEIROS; BANCO DE SEMENTES DO SOLO; CHUVA DE SEMENTES; GALHADAS; i - SISTEMAS AGROFLORESTAIS* COMO INÍCIO DA SUCESSÃO E RESTAURAÇÃO; SAFs COM DIVERSIDADE DE NATIVAS; AGR FAM; - XINGÚ-ISA: PLANTIO DE MÁQUINA AGRÍCOLA COM SEMENTES MISTURADAS POR TAMANHO NO ALTO XINGÚ; AGRONEGÓCIO;*

27 Métodos de Nucleação, por Reis et al, 2003

28

29 Pecuária (em bem baixa lotação pode ajudar)

30 Pesquisa em Produção e Coleta de Sementes para Restauração Ecológica

31 PRODUÇÃO DE SEMENTES PARA RESTAURAÇÃO - COLETA DE SEMENTES: GRAVES PROBLEMAS; A MAIORIA DOS COLETORES NÃO LEVA EM CONTA A QUALIDADE GENÉTICA DAS SEMENTES; POUCAS POPULAÇÕES ADEQUADAS SÃO DISPONÍVEIS ; - POPULAÇÕES NATURAIS PRIMÁRIAS: NESTES CASOS PODE-SE CONSIDERAR NÃO ENDOGAMIA E PANMIXIA NESSAS POPULAÇÕES: A COLETA SERIA ENTÃO DE NO MÍNIMO 12 ÁRVORES MÃES (IGUAL QTDADE/ÁRVORE); - TAMANHO EFETIVO GENÉTICO (Ne): COLETA DE MAIS DE 50 SEMENTES POR ÁRVORE = NE IGUAL A 4; PORTANTO: 12 ÁRVORES X 4 = Ne de 50; - MUITOS SABEM DA REGRA: POUCOS COLETORES E VIVEIRISTAS TÊM USADO ESTE PROCEDIMENTO, QUANDO PODEM, O QUE É MUITO DIFÍCIL DE ADEQUAR; RESULTADOS GENÉTICOS LONGO PRAZO;

32 PRODUÇÃO DE SEMENTES E SUCESSÃO - PRODUÇÃO E COLETA DE SEMENTES DE QUALIDADE GENÉTICA E REPRESENTATIVA DAS POPULAÇÕES: TER O ENTENDIMENTO DA DIVERSIDADE GENÉTICA NAS POPs: - ESPÉCIES CLÍMAX: ÁRVORES COMUNS NAS MATAS NATURAIS; POPULAÇÕES SOFREM GRANDES IMPACTOS COM A EXPLORAÇÃO E DESMATAMENTO; Muito Difícil ter Populações de Ne Adequado e com Pouco Impacto; - ESPÉCIES SECUNDÁRIAS: ÁRVORES RARAS NA MATA NATURAL; POPULAÇÕES MUITO GRANDES; Difícil Coleta de Quantidade Adequada de Cada Árvore para Formar 1 Lote; - ESPÉCIES PIONEIRAS: SÃO COMUNS NAS CLAREIRAS GRANDES E EM ÁREAS SECUNDÁRIAS; PRODUÇÂO PRECOCE DE SEMENTES; Fácil Produção e Coleta em Escala; Área Restaurada Produz Grde Qtdade de Sementes.

33 Coleta de Sementes para Restauração - A Coleta de Sementes de espécies arbóreas: enquanto não se tem informações genéticas precisas sobre as mesmas, deve ser feita a partir de populações de menos impacto possível, de no mínimo 12 árvores representativas (Ne=50); Com endogamia, ou acasalamento entre parentes: deve-se aumentar este número mínimo de 12 árvores para 20. Procura-se evitar a colheita de árvores próximas, colhendose 1 árvore e pulando-se 2 sem colher (não por distância); Cedrela fissilis tem maior endogamia em floresta secundária, do que em primária. Não Usar distância (m) entre árvores como critério, pois espécies raras ou comuns têm distâncias entre árvores muito distintas (Gandara, 2009). Populações adequadas para coleta de sementes: devem ter boas condições de conservação e um tamanho (Ne) adequado. Na floresta natural, as árvores não têm mesma idade, espaçamento: a Seleção de Matrizes não tem sentido. Devemos coletar de Populações Naturais Preservadas

34 Coleta de Sementes (N) em Populações com Diferentes Endogamias - Cedro Locais/Estado Amostra f Ne Col Sem (N) Pq Rio Doce MG 30 0,01 30,00 (1) 12 Rio Paraná MS 30 0,05 28,57 (2) 13 E.E. Caetetús SP 30 0,11 27,03 (3) 13 P. Morro Diabo SP 30 0,22 24,65 (7) 15 P.E. Intervales SP 30 0,19 25,30 (6) 14 R.F. Matão PR 30 0,15 26,00 (5) 14 P. Morro Baú SC 30 0,14 26,39 (4) 14 R.G. Caçador - SC 30 0,23 24,39 (8) Fonte: Gandara, F. Tese Doutoramento. ESALQ/USP (2009)

35 DISTÂNCIA DE USO DAS SEMENTES DOS DIVERSOS GRUPOS ECOLÓGICOS ESSA DISCUSSÃO EXIGE: QUE SE COLOQUE O CONCEITO DE DISTÂNCIA OU DIVERSIDADE GENÉTICA ENTRE POPULAÇÕES DAS ESPÉCIES (Fst); COMO NÃO SE TEM OS VALORES REAIS: DE VARIABILIDADE GENÉTICA ENTRE AS POPULAÇÕES, PODE-SE GENERALIZAR PARA OS GRUPOS ECOLÓGICOS? AS ESPÉCIES PIONEIRAS: TÊM DISTÂNCIA DE FLUXO GÊNICO À CURTA DISTÂNCIA, SECUNDÁRIAS À LONGA DISTÂNCIA, CLIMÁCICAS À MÉDIA DISTÂNCIA; PODEMOS ESTIPULAR: PELA DIVERSIDADE GENÉTICA MÉDIA PARA OS TRÊS GRUPOS ECOLÓGICOS, DISTÂNCIAS GEOGRÁFICAS DE USO DESSAS SEMENTES?

36 PESQUISA: EM OUTRAS ESPÉCIES NÃO ÁRVORES: LIANAS, EPÍFITAS E MESOFAUNA

37 Lianas e Epífitas em Florestas em Processo de Restauração com diferentes idades no Pontal do Paranapanema Damasceno (2006) Avaliação da Biodiversidade na Restauração - Modelo CESP até aos 16 anos de Idade (Avaliação Emergética até aos 26 Anos Tese T. Roncon, 2014)*

38 Pontal do Paranapanema - CESP

39 PESQUISAS BÁSICAS E APLICADAS - 17 ANOS APÓS PRIMEIROS PLANTIOS DA CESP: PRESENÇA DE LIANAS E EPÍFITAS NOS TALHÕES DA CESP (MsC - DAMASCENO, 2006). - TALHÕES DE 6, 11 E 16 ANOS, MESMO MODELO SUCESSIONAL E 100 ARBÓREAS POR HECTARE; - LIANAS NAS ÁRVORES: - LIANAS: AOS 16 ANOS 64,9% DAS ÁRVORES POSSUIAM LIANAS EM SUAS COPAS; OK!!! - EPÍFITAS NAS ÁRVORES: - EPÍFITAS: 2 INDIVÍDUOS AOS 6 ANOS E 1 AOS 11 ANOS DE UMA BROMÉLIA TILLANDSIA; E 1 PLANTA DE PTERIDÓFITA (16 ANOS);??? - PONTAL PARANAPANEMA: REGIÃO COM MAIOR FREQÜÊNCIA DE FRAGMENTOS SIGNIFICATIVOS.

40 Sequestro de Carbono em Plantios de Restauração: AES Tietê - Convenção Mudanças Climáticas (ONU) (Monitoramento de Carbono Tese E. Gusson, 2014)

41 Estoque de C (t C/ha) Sequestro de C em reflorestamentos heterogêneos com espécies nativas Idade (anos) Melo e Durigan, 2006 CURVA AES Dados AES Suganuma, 2007

42

43 NOVOS PROJETOS LARGEA - ESTUDOS GENÉTICOS DE ESPÉCIES EM PLANTIOS DE RESTAURAÇÃO: ESTRUTURA GENÉTICA E FLUXO GÊNICO EM ÁREAS RESTAURADAS DA CESP NO PONTAL PARANAPANEMA; TESE DOUTORAMENTO; - AVALIAÇÃO EMERGÉTICA EM PLANTAÇÕES DE RESTAURAÇÃO DE 0 A 27 ANOS: USANDO A METODOLOGIA DE ODUM COMPAROU-SE INPUTS DA NATUREZA E TECNOLÓGICA; TESE DOUTORAMENTO; - ESTUDOS REPRODUTIVOS E ECOLÓGICOS DE ESPÉCIES ARBUSTIVAS PARA INCLUSÃO DESSE GRUPO DE ESPÉCIES NOS MODELOS DE RESTAURAÇÃO: INCLUSÃO DE SOMENTE ÁRVORES NÃO REPRODUZ A BIODIVERSIDADE; PROJETO COM A AES TIETÊ COM FINANCIAMENTO DA ANEEL;

44 CONSIDERAÇÕES FINAIS - A PESQUISA EM ESTRUTURA GENÉTICA DE POPULAÇÔES AVANÇOU NA MESMA ESCALA QUE EM RESTAURAÇÃO? OS CONHECIMENTOS GENÉTICOS DE POPULAÇÕES VÊM SENDO APLICADOS NA RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA? -QUAIS OS AVANÇOS NOS ESTUDOS GENÉTICOS QUE PODERIAM SER APROVEITADOS NA RESTAURAÇÃO? SÃO OS VOLTADOS PARA DIVERSIDADE GENÉTICA NAS POPULAÇÕES?; SÃO OS DIRIGIDOS AO FLUXO GÊNICO? - QUAIS PARÂMETROS E INDICADORES GENÉTICOS QUE MERECEM SER INCLUSOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS? A REGULAMENTAÇÃO DAS SEMENTES FLORESTAIS DEVE SER NO MAPA OU NO SFB/MMA? COMO ADEQUAR? - ESTAMOS PREPARADOS PARA ABASTECER A DEMANDA ALTÍSSIMA DE SEMENTES COM O CÓDIGO FLORESTAL? COMO INTERLIGAR A DEMANDA DE RESTAURAÇÃO COM A DEMANDA DE SEMENTES FLORESTAIS NO ESTADO?

45 Obrigado!!

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