Programa de Engenharia de Transportes COPPE/UFRJ
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1 Programa de Engenharia de Transportes COPPE/UFRJ
2 O financiamento de sistemas de transporte coletivo público envolve: As fontes de recursos de capital para investimento e A recuperação do capital investido
3 Recursos do Tesouro Federal Estaduais Municipais Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais BNDES BID BIRD etc Recursos do setor privado Bancos comerciais Próprios de permissionários ou concessionários Parcerias público-privadas Fontes alternativas Empreendimentos associados Pedágio urbano Créditos de carbono
4 Recursos do Tesouro Federal Estaduais Municipais Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais BNDES BID BIRD etc Recursos do setor privado Bancos comerciais Próprios de permissionários ou concessionários Parcerias público-privadas Fontes alternativas Empreendimentos associados Pedágio urbano Créditos de carbono
5 Recursos do Tesouro No Brasil, o financiamento do transporte coletivo público depende de recursos da União, Estados e Municípios Não há obrigatoriedade de destinação específica nos orçamentos públicos. O comprometimento das receitas tributárias com outras destinações restringe a aplicação de recursos orçamentários nos sistemas de transportes.
6 Recursos do Tesouro Para a superação dessas dificuldades foi instituída a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE A CIDE foi instituída pela Lei n o /01, para ser aplicada, obrigatoriamente, no financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. Entretanto, houve um desvio sistemático e comprovado da CIDE. Não há registro, até o momento, de investimentos da CIDE em transporte metro-ferroviário.
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9 Perspectivas da aplicação da CIDE Com o emprego de 50% da parte da CIDE do Governo Federal, as grandes cidades brasileiras poderiam estar construindo quase 200 km de trens e metrôs. Com mais os 50% da parte dos estados esse total sobe a 280 km. Uma projeção para os próximos 10 anos indica que essa aplicação de 50% dos recursos da CIDE do Governo Federal e dos estados em sistemas metro-ferroviários, considerando-se uma estimativa de arrecadação média de R$ 8 bilhões por ano, poderia levar as grandes cidades brasileiras a mais 600 km de linhas de metrô adicionais.
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11 Recursos do Tesouro Federal Estaduais Municipais Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais BNDES BID BIRD etc Recursos do setor privado Bancos comerciais Próprios de permissionários ou concessionários Parcerias público-privadas Fontes alternativas Empreendimentos associados Pedágio urbano Créditos de carbono
12 Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais Empréstimos do BNDES para metrôs e trens urbanos O apoio do BNDES ao financiamento do setor metroferroviário segue políticas operacionais próprias. O prazo total pode chegar a 15 anos, dependendo das dimensões e complexidade do empreendimento. Os beneficiários do financiamento podem ser os estados, empresas públicas e concessionárias, em projetos de implantação, expansão e recuperação de sistemas de metrô, trens metropolitanos e outros sistemas sobre trilhos.
13 Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais Empréstimos do BNDES para metrôs e trens urbanos Atualmente, as prioridades de apoio do BNDES visam somente a superação dos pontos de estrangulamento mais críticos, a máxima ocupação da capacidade instalada e a conclusão de projetos paralisados. Deixam de lado ou postergam as expansões das linhas existentes, as construções de novos corredores e o empreendimento estruturadores do desenvolvimento urbano. As taxas de juros e os prazos concedidos pelo BNDES, assim como as garantias exigidas, ainda estão aquém das possibilidades do setor metro-ferroviário.
14 Recursos do Tesouro Federal Estaduais Municipais Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais BNDES BID BIRD etc Recursos do setor privado Bancos comerciais Próprios de permissionários ou concessionários Parcerias público-privadas Fontes alternativas Empreendimentos associados Pedágio urbano Créditos de carbono
15 Parcerias público-privadas PPP A lei /2004, que instituiu as Parcerias Público-Privadas no Brasil, configurou uma forma alternativa de buscar recursos para a realização dos investimentos em infraestrutura, desonerando o Estado. As PPP apresentam porém entraves financeiros, políticos, jurídicos e burocráticos.
16 FINANCEIROS Incerteza e escassez de financiamentos para o setor privado Falta de regras claras quanto às garantias para o setor privado POLÍTICOS Falta de delimitação dos direitos e deveres do concessionário Risco de quebra unilateral dos contratos por parte do poder público ENTRAVES Conflitos na divisão de riscos JURÍDICOS Risco de concentração de poderes no governo federal Incerteza jurídica Garantias governamentais ainda não consolidadas BUROCRÁTICOS Pouca flexibilidade do governo na gestão dos processos de que participam
17 Adequação da Lei das PPP: Criação de um órgão gestor competente e com expertise no setor metro-ferroviário, com atribuição para dar flexibilidade no gerenciamento do processo, permitir a superação de eventuais entraves burocráticos e dar reforço aos sistemas de controle e transparência. Especificação de limites para a participação dos entes privados, das instituições financeiras participantes e dos parceiros públicos. Elaboração de um mecanismo institucional que permita minimizar os riscos fiscais envolvidos e, assim, incentivar investimentos privados em infra-estrutura metro-ferroviária.
18 Condição necessária para a existência das PPP: Constituição, conforme preconiza a lei, de um Fundo Garantidor da Parceria, de natureza privada e patrimônio próprio, separado do patrimônio dos cotistas e sujeito a direitos e obrigações próprias. Patrimônio do Fundo formado pelo aporte de bens e direitos decorrentes da integralização de cotas e pelos rendimentos obtidos com sua administração. Reforço do caráter privado do fundo para que não sofra influências políticas e ingerências administrativas do Governo Federal.
19 Estabelecimento de regras claras para as garantias do Fundo: Possibilidade de vinculação de receitas de impostos, conforme a Lei das PPP, mas esta proposta pode vir a ser declarada inconstitucional. Contratação de seguro-garantia com companhias seguradoras privadas nacionais ou por organismos internacionais como o Banco Mundial.
20 Recursos do Tesouro Federal Estaduais Municipais Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais BNDES BID BIRD etc Recursos do setor privado Bancos comerciais Próprios de permissionários ou concessionários Parcerias público-privadas Fontes alternativas Empreendimentos associados Pedágio urbano Créditos de carbono
21 Empreendimentos associados Investimentos privados para a construção de linhas e estações, em troca de exploração imobiliária e comercial de áreas, como centros comerciais e conjuntos residenciais
22 Recursos do Tesouro Federal Estaduais Municipais Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais BNDES BID BIRD etc Recursos do setor privado Bancos comerciais Próprios de permissionários ou concessionários Parcerias público-privadas Fontes alternativas Empreendimentos associados Pedágio urbano Créditos de carbono
23 Pedágio urbano Receita auferida pelo poder público da cobrança do direito de passagem de veículos em áreas de circulação restrita. Numa cidade como São Paulo, o pedágio urbano poderia arrecadar R$ 2,5 bilhões anualmente, montante que daria para construir cerca de 30 km de metrô todo ano.
24 Recursos do Tesouro Federal Estaduais Municipais Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais BNDES BID BIRD etc Recursos do setor privado Bancos comerciais Próprios de permissionários ou concessionários Parcerias público-privadas Fontes alternativas Empreendimentos associados Pedágio urbano Créditos de carbono
25 Créditos de carbono O mercado de créditos de carbono, estabelecido pelo Protocolo de Kyoto e administrado pelo Banco Mundial, se constitui de certificados negociáveis por entidades a quem eles os tenham sido atribuídos por sua contribuição à redução dos níveis de poluição devidos a esse elemento. Uma entidade que ainda não atingiu os níveis desejados pode adquirir tais créditos de outra que já os superou. Os sistemas de transporte metro-ferroviários são menos poluentes e podem fazer jus a tais certificados.
26 Receita tarifária Receitas de outras fontes Exploração comercial Exploração imobiliária Exploração da marca Prestação de serviços (gestão, técnicos) Receita tributária adicional gerada Subsídios com recursos do Tesouro cruzados (diferenciação tarifária) Vale-transporte
27 Receita tarifária Receitas de outras fontes Exploração comercial Exploração imobiliária Exploração da marca Prestação de serviços (gestão, técnicos) Receita tributária adicional gerada Subsídios com recursos do Tesouro cruzados (diferenciação tarifária) Vale-transporte
28 Receita tributária adicional gerada Impacto da implantação de um sistema metroferroviário típico nas receitas tributárias Considerado um período de tempo operacional de 20 anos, os cofres públicos teriam arrecadado, em valores nominais, o equivalentes a 33% dos investimentos, mostrando que há expressivo retorno financeiro. Levando-se ainda em consideração a redução dos custos mais diretos dos poderes públicos derivados da implantação de um sistema metro-ferroviário (gastos hospitalares e de atendimento pelo menor número de acidentes, menor manutenção das vias rodoviárias etc.), o porcentual citado no parágrafo anterior poderá atingir níveis de retorno ao redor de 40%.
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