O novo regime de protecção de clientes bancários particulares
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- Valentina di Castro Ramires
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1 A parte da imagem com o ID de relação rid4 não foi encontrada no ficheiro. O novo regime de protecção de clientes bancários particulares Cristina Catarino
2 Enquadramento legal Decreto-Lei 227/2012, de 25 de Outubro (PARI Plano de acção para o risco de incumprimento e PERSI Procedimento extrajudicial de Regularização de Situações Incumprimento) Lei 58/2012, de 9 de Novembro (Regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação económica muito difícil) Aviso do Banco de Portugal n.º 17/2012, de 4 de Dezembro (Deveres das Instituições de Crédito no âmbito da PARI e do PERSI) Instrução do Banco de Portugal n.º 44/2012 (informação relativa a contratos de crédito abrangidos pelos procedimentos previstos no PERSI e no Regime Extraordinário) Carta circular do Banco Portugal n.º 93/2012/DSC, de 28 de Dezembro (Articulação entre o PERSI e o Regime Extraordinário) Lei 59/2012, de 9 de Novembro (Cria salvaguardas para os mutuários de crédito à habitação e altera o Decreto -Lei n.º 349/98, de 11 de novembro) Decreto-Lei 144/2009, de 17 de Junho (Mediador de Crédito) Portaria 312/2009, de 30 de Março (Reconhecimento dos sistemas de apoio ao sobre-endividamento)
3 Incumprimento dos contratos de crédito INCUMPRIMENTO (particulares) PREVENÇÃO PERSI REGIME EXTRAORDINÁRIO PARI CRÉDITO HABITAÇÃO CONSUMO CRÉDITO HABITAÇÃO
4 PARI Plano de Acção para o Risco de Incumprimento Acompanhamento e gestão de situações de risco de incumprimento Cliente bancário: o consumidor, particular, que intervenha como mutuário em contrato de crédito Contratos de crédito: Contratos de crédito para aquisição, construção e realização de obras em habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, bem como para a aquisição de terrenos para construção de habitação própria Contratos de crédito garantidos por hipoteca sobre bem imóvel Contrato de crédito aos consumidores (D.L. 133/2009, de 2 Junho, alterado pelo D.L. 72-A/2010, de 18 de Junho-vide excepções artigos 2º e 3º)
5 PARI Contratos de crédito ao consumo (D.L. 359/91, de 21 de Setembro e respectivas alterações) Contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto, com reembolso a 1 mês Excepções: Contratos de locação de bens móveis de consumo duradouro ALD Renting Obrigações decorrentes do contrato de empréstimo: reembolso do capital ou de juros remuneratórios
6 PARI Acompanhamento permanente da execução dos contratos de crédito DEVERES DAS INSTITUIÇÕES Proceder com diligência e lealdade Adoptar medidas adequadas à prevenção Envidar esforços para regularizar os incumprimentos DEVERES DOS CLIENTES Gestão responsável de crédito Observar os princípios da boa fé Alertar as instituições para eventuais riscos Colaborar na procura de soluções extrajudiciais
7 PARI Aviso do Banco de Portugal n.º 17/2012 (deveres das Instituições de crédito) I. GESTÃO DO INCUMPRIMENTO Dever de divulgação de informação (incumprimento e rede extrajudicial de apoio- Anexo I) Faculdade de contactar os Clientes (excepto se a comunicação tiver de ser em suporte duradouro) limitações: desleais, excessivos ou desproporcionados Avaliação da capacidade financeira Factores a ter em consideração (idade, situação profissional e familiar, rendimentos auferidos, encargos com outras instituições e situações de incumprimento com outras instituições) Solicitação de documentação (se estritamente necessário: IRS, recibos e declaração escrita) Obtenção de outras informações (consulta de bases de dados de responsabilidades de crédito, consulta de outras bases de dados internas ou externas)
8 PARI II. GESTÃO RISCO DE INCUMPRIMENTO Implementação sistemas informáticos Definição de procedimentos para os trabalhadores Desenvolvimento mecanismos de comunicação (internet) Tratamento integrado das informações Definição das estruturas competentes para o exercício das funções de tratamento de informação, avaliação do risco de incumprimento e da capacidade financeira, decisão de apresentação e de conteúdo das propostas, realização de contactos com o Cliente e prestação ao Banco de Portugal de informação sobre a implementação do PARI PRAZO: 10 dias para o primeiro contacto com o Cliente, a contar da verificação de indícios de degradação da capacidade financeira
9 PERSI Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento Requisitos: mora no cumprimento de obrigações decorrentes de contratos de crédito (Art. 12º do D.L. 227/2012) Integração automática de Cliente que a 1 de Janeiro se encontravam em mora há mais de 30 dias (sem resolução contratual) Fonte: Banco de Portugal
10 PERSI PROCEDIMENTOS 15 dias para comunicação ao Cliente do atraso no cumprimento, após o vencimento da obrigação em mora (fiador, se existir) Incumprimento 31º dia e o 60º inicia-se o PERSI: por obrigação da Instituição ou a solicitação do Cliente 5 dias para comunicação ao Cliente da integração em PERSI (suporte duradouro) 30 dias para avaliação, elaboração da proposta e comunicação da mesma (10 dias para o Cliente prestar informações) : deferimento ou indeferimento Cliente: recusa ou apresenta nova proposta no prazo de 15 dias Instituição de crédito: aceita ou recusa no prazo de 15 dias 91º dia a contar da integração do Cliente, o PERSI extingue-se
11 PERSI EXTINÇÃO DO PERSI Pagamento integral dos montantes em mora (ou outras causas de extinção) Obtenção de acordo Declaração de insolvência do Cliente Decurso do prazo 91º dia a contar da data de integração (excepto acordo) Impossibilidade (fundamentada) da Instituição apresentar um acordo Nomeação de administrador judicial provisório em caso de apresentação do Cliente a um PER Penhoras/arrestos a favor de terceiros Incumprimento, pelo Cliente, de apresentação de informação e cumprimento de prazos Diminuição, voluntária, de direitos e garantias da Instituição Falta de acordo (recusa da Instituição ou recusa do Cliente)
12 PERSI GARANTIAS DO CLIENTE BANCÁRIO (entre a data de integração e a extinção) A Instituição de crédito está impedida de: Resolver o contrato, por incumprimento Intentar acções judiciais, excepto providências cautelares Ceder créditos, excepto para efeitos de titularização Ceder a posição contratual, salvo se a outras Instituições Mediação: caso não tenha havido acordo, o Cliente, no prazo de 5 dias
13 PERSI GARANTIAS DO CLIENTE BANCÁRIO (após a extinção) Mediação: caso não tenha havido acordo, o Cliente, no prazo de 5 dias, a contar da comunicação da extinção do PERSI, pode solicitar a intervenção do Mediador de Crédito (D.L. 144/2009, de 17 de Julho); Mantém as garantias anteriormente referidas (prazo de 30 dias a contar do envio do processo para mediação, excepto insolvência, PER, acções executivas, penhora/arresto) Requisitos cumulativos de acesso: O PERSI tenha sido extinto pelo decurso do prazo (91º dia), não apresentação de proposta de acordo pela Instituição ou recusa de aceitação desta pelo Cliente ou da contraproposta pela Instituição. O PERSI tenha sido objecto de incumprimento de um contrato de crédito à habitação O Cliente seja mutuário em mais do que uma Instituição Rede extrajudicial de apoio a clientes bancários: tem por missão informar, acompanhar e aconselhar o Cliente (PARI/PERSI)
14 REGIME EXTRAORDINÁRIO (Lei 58/201, 9 de Novembro Crédito à Habitação Âmbito de aplicação (requisitos cumulativos): É necessário que: O crédito à habitação esteja garantido por hipoteca que incida sobre imóvel que seja a habitação própria permanente e única habitação do agregado familiar do mutuário e para o qual foi concedido; O agregado familiar do mutuário se encontre em situação económica muito difícil nos termos do artigo seguinte; O valor patrimonial tributário do imóvel não exceda nos casos em que o imóvel hipotecado tenha coeficiente de localização entre 1,5 e 2,4; nos casos em que o imóvel hipotecado tenha coeficiente de localização entre 2,5 e 3,5; O crédito à habitação não esteja garantido por outras garantias reais ou pessoais, salvo se, neste último caso, os garantes se encontrem também em situação económica muito difícil, nos termos do artigo seguinte
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