Cúpula de Líderes do G-20 Estabilidade, crescimento, emprego Londres - 2 de abril de 2009

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1 MINISTÉRIO DA FAZENDA Cúpula de Líderes do G-20 Estabilidade, crescimento, emprego Londres - 2 de abril de 2009 Elementos da posição brasileira 1) Contexto da reunião A Cúpula de Líderes do G-20 de Londres se dá num contexto de agravamento da crise econômico-financeira internacional. Ela atinge agora não apenas os países desenvolvidos, onde foi gestada. Afeta igualmente os países emergentes e em desenvolvimento, sobretudo pelos canais de comércio e de financiamento externo. Estendeu-se à economia real e mergulha alguns países em profunda recessão. Em outros, leva à desaceleração do crescimento. Para os mais vulneráveis, representa a possibilidade concreta de problemas de balanço de pagamentos, acompanhada de graves ameaças de retrocesso nas esferas econômica e social. Os líderes do G-20 devem produzir uma resposta política corajosa e efetiva aos desafios do presente, ou seja, medidas fortes e coordenadas para acelerar a superação do quadro atual e, ao mesmo tempo, apontar para o futuro, delineando as bases de uma nova governança financeira global, seja em matéria de regulação e supervisão dos mercados financeiros, seja na revisão das instituições financeiras internacionais. Para o Brasil, o G-20 é o foro internacional adequado para conduzir esta agenda de reformas. Sua composição, que reúne países desenvolvidos e em desenvolvimento, soma aproximadamente 2/3 da população, 80% do comércio e 90% do PIB globais. Oferece espaço a países em desenvolvimento que são participantes ativos do comércio, do fluxo de capitais e do crescimento econômico mundial e que até hoje não têm tido representação condizente com seu peso e importância nos mecanismos de decisão internacionais. O G-20 é passo fundamental e indispensável para incluir economias de crescimento dinâmico nesses círculos decisórios. Nesse sentido, o Brasil defende a consolidação do G-20 como fórum de líderes. Na subsequente Cúpula do G-20 para a qual é necessário definir local e data já na Cúpula do próximo dia 2 de abril, em Londres - deve-se formalizar o Grupo como instituição 1

2 permanente de Chefes de Estado e de Governo. Assim, o G-20 estaria encarregado de, no curto prazo, tomar as medidas necessárias para enfrentar a atual crise econômica e impulsionar a reforma da governança das instituições financeiras internacionais, sem prejuízo de outras instâncias como os foros regionais e as Nações Unidas. No médio prazo, o Grupo deve desenvolver uma agenda voltada para o tratamento de todos os temas econômicos internacionais. 2) Contexto macroeconômico da reunião O impacto da crise econômica sobre os setores produtivos das economias nacionais é um dos focos principais na pauta desta Cúpula do G-20. Espera-se que os líderes sejam capazes de oferecer propostas concretas, cumprindo os objetivos traçados durante a Cúpula do G-20 em Washington. É importante que as expectativas por resultados na Cúpula de Londres não sejam frustradas. Durante a Cúpula de Washington, em novembro, os principais temas tratados se concentraram no sistema financeiro e nas medidas para que se evitasse um colapso generalizado. Com vistas a responder ao mandato outorgado pelos líderes, foram constituídos no âmbito do G-20 quatro grupos de trabalho: a) melhora da regulação e fortalecimento da transparência nos sistemas financeiros; b) reforço da cooperação internacional e promoção da integridade dos mercados financeiros; c) reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI); d) reforma do Banco Mundial e Bancos Regionais de Desenvolvimento. A estes grupos de trabalho somou-se debate sobre as respostas macroeconômicas adotadas à crise, conduzido no nível de Vice-Ministros. Em Londres serão também discutidas políticas que objetivam reaquecer a produção e o comércio. Os efeitos da crise sobre o nível de emprego não podem ser deixados de lado, uma vez que, em alguns países, as taxas de desemprego atingem níveis alarmantes e não dão sinais de desaceleração. A esse respeito, é positivo que no próprio título da Cúpula do G-20, em 2 de abril próximo, tenha sido incluído o tema do emprego, o que se coaduna com a importância dada ao assunto pelo Brasil. O momento requer respostas ousadas tanto no campo fiscal, quanto nas esferas monetária e financeira e no plano da governança das instituições financeiras internacionais. A comunidade internacional deve priorizar a aplicação de recursos, neste momento de forte desconfiança e incerteza no sistema financeiro, na garantia da solidez e estabilidade dos mercados, seja para reativar a economia, seja para evitar a insolvência de bancos que possam gerar um efeito de contágio no resto do sistema financeiro e no setor produtivo. Nesse sentido, o Brasil tem adotado, entre outras providências, uma série de medidas para fortalecer a liquidez das instituições financeiras locais, que apesar de possuírem balanços bastante sólidos e carteiras de crédito de boa qualidade, não ficaram 2

3 imunes aos súbitos problemas de liquidez que atingiram os mercados mundiais como reflexo da crise no sistema de crédito. a) A urgência do crédito e do equacionamento dos ativos tóxicos Um ponto central desta crise está nos altos índices de inadimplência das carteiras de crédito, problema que é acentuado nos créditos alto risco os subprime que eram negociados e cedidos infinitas vezes no mercado por meio de estruturas complexas de securitização, que não lograram êxito em mitigar adequadamente os riscos inerentes a estes ativos. A manutenção destes ativos tóxicos em carteira inviabiliza a atuação das principais instituições financeiras do mundo na medida em que não dispõem de condições para contratar novas operações. Os países onde se concentram esses ativos tóxicos especialmente aqueles que emitem moedas de reserva (circunstância que potencializa os possíveis efeitos de transmissão) precisam envidar esforços mais intensos e de maior magnitude para absorver tais ativos no menor prazo possível. Sem que estes ativos sejam retirados da economia (dos balanços das empresas e instituições financeiras), todas as demais medidas, tanto de caráter emergencial quanto estrutural, terão diminuída sua efetividade como propulsoras da retomada do crédito e no combate aos efeitos da crise internacional. Todas as opções devem ser consideradas, sem preconceitos ideológicos. Diante da magnitude do problema enfrentado, medidas extraordinárias podem ser requeridas, inclusive a possibilidade de nacionalização temporária dos bancos não deve ser descartada. A gestão pública dos bancos pode ser tão eficiente quanto a gestão privada. Neste momento de crise, os bancos públicos podem desempenhar papel estabilizador do mercado, conforme a experiência brasileira demonstra. Quanto mais se demorar a tomar as medidas necessárias, maior será a deterioração da economia real e das próprias instituições financeiras, tornando mais difícil a sua recuperação. b) Resistência ao protecionismo Diante do encolhimento do comércio internacional, pode haver reações protecionistas por parte de segmentos da vida política, econômica e social. É evidente, porém, que se todos os países cederem à tentação do protecionismo, o comércio internacional irá contrair-se brutalmente e todos perderão. Além disso, o protecionismo costuma caminhar de mãos dadas com a xenofobia, conducente, também, à discriminação contra emigrantes e trabalhadores estrangeiros, que contribuem de modo importante para o desenvolvimento dos países. Deve-se, portanto, emitir uma mensagem inequívoca contra o protecionismo. 3

4 O Brasil entende ser necessário que os todos os países, em especial aqueles em que a crise financeira teve origem, tomem medidas que visem a mitigar seus efeitos recessivos, ainda não totalmente conhecidos, e que ameaçam o crescimento econômico mundial nos próximos anos. Defende, no entanto, que não se apliquem medidas capazes de representar um retrocesso na liberalização do comércio internacional tal como aumento dos subsídios que o distorcem, ou que estabeleçam formas de protecionismo financeiro. Nesse sentido, o Brasil favorece a conclusão da Rodada Doha no menor prazo possível com base nos parâmetros gerais acordados em julho último, o que seria a garantia mais efetiva contra o protecionismo e um sinal eloquente aos mercados para a retomada do crescimento econômico. Para o Brasil os países do G-20, sobretudo os que emitem de moedas de reserva, poderiam estudar a possibilidade de estender linhas de crédito, com condicionalidades mínimas, para repasse pelas IFI s aos países menos desenvolvidos e os de renda média, de maneira direcionada e destinada a: o ajudar a manter os fluxos de comércio (BIRD/Banco Mundial); o ajudar a manter a liquidez internacional (FMI). Internamente, o Brasil seguiu caminho semelhante no caso do aumento de recursos para o BNDES, com vistas a sustentar o crédito para o investimento. Em vez de optar pela capitalização pura e simples do banco, criou linhas de crédito direcionadas a serem administradas pela instituição. O restabelecimento do financiamento ao comércio internacional, especialmente o comércio Sul-Sul, é parte indispensável da superação da crise financeira internacional. Uma medida interessante pode ser o estabelecimento de mecanismos de pagamento utilizando moedas locais, sobretudo entre países não detentores de moeda conversível, a exemplo do que Brasil e Argentina têm feito na América do Sul. c) Interrupção do fluxo de capitais para os emergentes Um subproduto preocupante da crise financeira é a saída maciça de capitais dos países emergentes. Observa-se a diminuição do ingresso de capitais externos para investimentos em carteira no conjunto desses países, bem como a redução dos investimentos diretos e o aumento do desequilíbrio da balança de transações correntes. Por um lado, os países desenvolvidos recebem fluxos excessivos de capital, fato que leva à valorização de suas moedas e à perda de competitividade comercial; por outro lado, os países emergentes vão ficando sem capital para financiarem seu comércio exterior e investimentos domésticos. Dessa maneira, o comércio internacional acentua sua retração e a atividade mundial permanece em declínio. Somente a ação coordenada dos governos poderá restabelecer um fluxo equilibrado de capitais no cenário mundial. Nesse sentido, as instituições financeiras internacionais (IFIs), como o FMI e o Banco Mundial, devem aumentar o volume de recursos disponíveis e facilitar o acesso, com mais flexibilidade e menos condicionalidades. É preciso que o G-20 coordene uma ação de aporte de capitais para o FMI, em volume condizente com as necessidades, para que sejam alocados aos países emergentes e em 4

5 desenvolvimento que deles precisam. Os países desenvolvidos, especialmente aqueles em que há maiores reservas, devem capitalizar as instituições financeiras internacionais, a exemplo do que fez o Japão recentemente. Essas medidas são urgentes e devem ser adotadas logo, enquanto se delibera, em bases mais permanentes, a respeito de um igualmente fundamental acordo sobre aumento e realinhamento de quotas e de capital. 3) Melhora da regulação e a transparência do sistema financeiro Nos últimos anos, os mercados financeiros apresentaram especial dinamismo. A combinação de novos produtos com maior capacidade de alavancagem permitiu acelerar a intermediação financeira e proporcionar condições de crédito que em grande medida tornaram possível às economias maduras o crescimento a taxas bem superiores à média histórica. A economia global como um todo beneficiou-se igualmente desta tendência e cresceu a taxas particularmente robustas na última década. No entanto, tais processos ocorreram, especialmente nos países avançados, num contexto de graves falhas de regulação e de frágil supervisão. Se é verdade que o mercado financeiro experimentou a aceleração da inovação financeira e a expansão de liquidez, não menos verdade é que os excessos, descontroles e disfuncionalidades desse mesmo processo demonstram que o potencial de destruição de riqueza e os impactos recessivos sobre a economia real constituem a face perversa da mesma moeda. A experiência recente, da maior crise financeira desde os antecedentes de 1929, demonstrou a importância da presença do Estado como regulador e supervisor dos mercados financeiros. No entanto, é necessário encontrar um ponto de equilíbrio em que a regulação seja suficiente para garantir a estabilidade sem incorrer em excessos que restrinjam o desenvolvimento desses mercados. Não há dúvida que a regulação precisa ser aperfeiçoada, e deve-se aproveitar este momento para tomar decisões duras que em tempos de crescimento econômico encontrariam pouco apoio. As decisões precisam ser tomadas agora, para restabelecer a credibilidade nos sistemas financeiros e prevenir crises futuras, ainda que sejam implementadas de forma gradual, conforme se abrande a crise. Para o Brasil, as lições da crise indicam a necessidade de se criarem mecanismos adequados de antecipação e de solução de crises financeiras, atualizar e reforçar a regulação e a supervisão do sistema bancário, bem como criar mecanismos análogos para o setor financeiro não bancário e propor mais formas cooperativas de supervisão da atuação dos atores financeiros com presença global e importância sistêmica. Deve-se, portanto, avançar na questão da regulação e da supervisão, área em que o Brasil apresenta experiência e resultados robustos. No que respeita à integridade dos mercados financeiros globais, o Brasil apoia a decisão de que o FMI e o FSF expandido constituam um mecanismo de alerta de risco (Early Warning Exercise). Deve haver, em nível 5

6 multilateral, um mecanismo de acompanhamento da evolução dos riscos sistêmicos associados à atividade financeira com impactos globais. Para o Brasil, os padrões internacionais de regulação prudencial e de contabilidade devem reforçar a necessidade de que as instituições financeiras mensurem seus riscos levando em consideração cenários com situações de crises e horizontes temporais mais adequados. As instituições financeiras devem elaborar demonstrações contábeis completas, incluindo informações detalhadas sobre a exposição a risco de operações fora do balanço. Deve-se assegurar que o real valor dos ativos e dos passivos, bem como exposições a riscos, sejam evidenciados de forma adequada. O Brasil defende ainda o reforço das exigências de transparência para instituições atualmente não reguladas em muitos países, tais como fundos mútuos e fundos de hedge. Em matéria de supervisão, identifica-se como altamente positivo o fortalecimento dos colegiados de supervisores para acompanhar as atividades das instituições financeiras sistemicamente relevantes e com atuação internacional. Chama-se a atenção, contudo, para o fato de que os colegiados de supervisores devam incluir supervisores de países em que a subsidiária da instituição financeira seja sistemicamente importante, ainda que não tenha relevância para o grupo financeiro ao qual pertence ou para o supervisor da matriz em termos de riscos. Considera-se necessário ainda supervisionar e obter informações sobre as operações financeiras de instituições não financeiras cujas atividades possam ter grande impacto nos mercados e, consequentemente, para a estabilidade financeira. O Brasil tem defendido o desenvolvimento de mecanismos de troca de informações sobre operações financeiras complexas (entre os quais os derivativos exóticos, que causaram elevados prejuízos a empresas nacionais) que são contratadas por empresas não financeiras em outras jurisdições, mas podem afetar a liquidez e a estabilidade financeira do mercado local. Um maior grau de transparência e de controle também é necessário para operações de securitização e para operações de balcão. No que respeita ao sistema financeiro não bancário, o Brasil considera essencial identificar e eliminar gaps nacionais e internacionais de regulação e de supervisão dos mercados financeiros. Todas as atividades e agentes financeiros devem estar sujeitos à regulação e à supervisão, inclusive fundos de hedge e outros pools de capital. Um sistema financeiro internacional saudável pressupõe a eliminação do shadow banking system. O Brasil defende, por fim, o combate multilateral e articulado aos paraísos fiscais. A existência de jurisdições e práticas não-cooperativas mina os esforços de regulação e reduz a eficácia e a progressividade da política tributária e fiscal, bem como dificulta ou até mesmo inviabiliza a supervisão de instituições financeiras e dos mercados financeiros e de capitais. 6

7 Por fim, o Brasil recebe com satisfação a notícia de ampliação do Foro de Estabilidade Financeira (FSF), do Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária (BCBS) e da Organização Internacional de Comissões de Valores (IOSCO). Consideramos a recente decisão um passo necessário na direção correta. Outros foros, tais como a International Accounting Standards Board (IASB) devem também tornar mais representativa sua composição e governança, incorporando participação significativa de países emergentes e em desenvolvimento. 4) O papel das instituições financeiras internacionais e a reforma da arquitetura financeira internacional As instituições financeiras internacionais devem promover uma revisão profunda em sua governança, recursos e instrumentos de ação. Um passo fundamental é uma revisão ambiciosa da distribuição de quotas, voz e representação. Um observador externo deve perceber uma correspondência entre o peso relativo das economias no mundo real e a voz de cada um deles, seja no FMI, seja no Banco Mundial. Nesse sentido, os países do G-20, devem demonstrar forte apoio político para: (i) a revisão dos recursos e instrumentos das instituições financeiras internacionais, tendo em vista as necessidades de seus membros e as pressões resultantes do impacto da desaceleração econômica mundial; (ii) a conformidade com a Declaração dos Líderes do G-20 de 15 de novembro de 2008, com vistas a um realinhamento substancial de quotas que reflita mais adequadamente as mudanças nas posições relativas dos países emergentes e em desenvolvimento na economia mundial. Reformas de quotas e poder de voto mais ambiciosas são elemento-chave para o aumento da participação e do engajamento dos países-membros e, por conseguinte, da legitimidade e eficácia no cumprimento dos mandatos daquelas organizações. Além disso, uma demonstração clara e inequívoca da decisão de reformar as instituições de Bretton Woods seria o compromisso do G-20 em apoiar a realização de processos de seleção para os altos dirigentes do FMI e do Banco Mundial de forma aberta, meritocrática e independente de preferência geográfica ou de nacionalidade, abandonando a regra não escrita de reservar a presidência do Banco Mundial para cidadãos dos EUA e o cargo de Diretor-Gerente do FMI para cidadãos de países europeus. a) Fundo Monetário Internacional 7

8 O Brasil considera a reforma do FMI um elemento essencial de resposta à crise financeira. Espera um compromisso firme e claro em favor de uma nova e mais ambiciosa reforma de quotas e poder de voto do FMI, em conformidade com Plano de Ação firmado pelos líderes do G-20 em Washington, em novembro de Na visão do Brasil, essa nova reforma, cujo resultado deverá gerar uma significativa transferência de votos em favor das economias emergentes e em desenvolvimento, independe da entrada em vigor do pacote inicial de mudanças aprovado em abril de O agravamento da crise financeira justifica que os dois processos, aprovação da reforma anterior e início de uma nova reforma, ocorram em paralelo, de forma não excludente. Para tanto, os países do G-20 devem se comprometer a empreender todos os esforços possíveis para acelerar a aprovação legislativa da reforma de quotas e poder de voto concluída em abril de Adicionalmente, o Brasil entende que a 14ª Revisão Geral de Quotas do FMI, cuja conclusão deverá ocorrer no mais tardar em janeiro de 2011, deve necessariamente resultar em novo e significativo realinhamento de quotas em favor dos países em desenvolvimento. Ainda em matéria de governança, o Brasil defende o reforço do Comitê do Fundo Monetário Internacional (IMFC), que é um mecanismo de consenso e chefiado atualmente, pela primeira vez na história, por um ministro de país em desenvolvimento. O Brasil não apoia a substituição do IMFC por um Conselho de nível ministerial, com estrutura de votação ponderada idêntica à da Diretoria Executiva do FMI. Tanto o IMFC como a Diretoria Executiva devem ter a sua composição modificada, de modo a aumentar a sua representatividade, garantindo uma representação equilibrada das diferentes regiões do mundo. Essas instâncias devem ser as mais representativas do caráter multilateral da instituição e devem continuar no centro de seu processo decisório. O Brasil defende um aumento significativo dos recursos do Fundo Monetário Internacional. Quanto maior a expansão da liquidez global, mais severos serão os efeitos de uma contração. Nesse contexto, um FMI mais robusto é elemento fundamental na reversão ou mitigação do declínio da economia mundial e na prevenção de futuras crises. Para o Brasil, no entanto, no curto prazo, cabe aos países emissores de moedas de reserva e detentores de grandes superávits capitalizar o FMI, segundo esquemas flexíveis, que incluam empréstimos bilaterais e outras modalidades a serem exploradas. Opções válidas podem ser uma expansão dos Novos Arranjos para Tomada de Empréstimos (NAB), ou a contratação de operações bilaterais de empréstimos temporários para atender à demanda mais imediata de recursos, ou ainda a emissão de bônus do FMI para o setor oficial. No entanto, para países emergentes e em desenvolvimento como o Brasil, o aporte de novos recursos em caráter permanente ao Fundo se articula com a reforma de quotas e poder de voto. Incrementos na base de capital permanente do Fundo com aportes de países emergentes e em desenvolvimento dependem, portanto, necessariamente, de uma ampla reforma que leve a um significativo 8

9 realinhamento de quotas e poder de voto na instituição. O FMI é uma instituição baseada em quotas. Qualquer tipo de empréstimo deve ser visto como uma ponte para a revisão geral das quotas a ser concluída até janeiro de O Brasil contribuiu de forma importante para a recente revisão dos instrumentos de empréstimo e da condicionalidade do FMI, aprovada recentemente pela Diretoria Executiva da Instituição. Os novos instrumentos financeiros do FMI foram desenvolvidos para assistir países que enfrentem escassez de liquidez, num contexto de súbita reversão de fluxos de capitais. A globalização financeira resulta em maior volatilidade dos movimentos de capitais e as reversões de fluxos financeiros não correspondem necessariamente a problemas nos fundamentos das economias nacionais. Características importantes dos novos instrumentos e do novo sistema de condicionalidades são: inexistência de limites de acesso; possibilidades de desembolsos maiores no curto prazo; uma abordagem mais flexível na aplicação das condicionalidades; e o fortalecimento do conceito de condicionalidade ex-ante, segundo o qual o Fundo se dispõe a emprestar em grande escala e com rapidez a países que tenham um histórico sólido na condução de suas políticas econômicas. Sobre a supervisão (surveillance) do FMI, o Brasil apoia o fortalecimento dessas atividades, principalmente quando focadas nas economias avançadas, sedes de grandes centros financeiros. O Brasil defende reformas na supervisão do FMI de modo a torná-la um exercício equânime, equilibrado e efetivo. O FMI tem-se mostrado muito tímido e ineficaz no monitoramento dos países desenvolvidos. É importante também aperfeiçoar o monitoramento dos fluxos internacionais de capital. O Brasil considera a criação de um mecanismo de alerta de risco (Early Warning Exercise) uma importante inovação e esperamos que o trabalho em conjunto do FMI com o FSF expandido possa atender a necessidade de previsão de situações potencialmente graves para a integridade do sistema financeiro. O acompanhamento do setor financeiro deve ser reforçado. O Financial Sector Assessment Program (FSAP) é um instrumento que precisa de urgente reforma e aperfeiçoamento. Ele mostrou-se insuficiente e/ou não foi usado para identificar riscos sistêmicos em mercados financeiros-chave para o equilíbrio global. Sua formatação deve ser revista com o objetivo de incluir a análise das implicações dos fluxos de capital transfronteiriços para a estabilidade dos países-membros envolvidos nas transações, sejam eles de origem ou de destino dos recursos. Os países devem ser encorajados a realizar tal avaliação em bases voluntárias, dando-se prioridade àqueles que ainda não realizaram o exercício. O resultado não deve ser objeto de publicação obrigatória e automática. b) Banco Mundial 9

10 A presente crise impele os membros do G-20 a convocarem os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento a exercerem papel anticíclico, em conformidade com seu mandato de promoção do desenvolvimento. Nesse sentido, os países do G-20 devem comprometer-se decididamente com a expansão da atuação dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento, bem como a remodelagem de seus instrumentos e a revisão da respectiva adequação de capital. Tais medidas são necessárias para que os Bancos possam atender não apenas as necessidades emergenciais, mas também as demandas de desenvolvimento de longo prazo. A crise financeira tem afetado, dura e crescentemente, os países e populações mais pobres, colocando em risco os avanços dos países em desenvolvimento na busca dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (MDG). Muitos desses países apresentam constrangimentos institucionais, monetários e fiscais para implementar as políticas anticíclicas que têm sido recomendadas. Por esse motivo, os membros do G-20 devem reforçar a demanda por maior suporte orçamentário por parte dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento para auxiliar os países em desenvolvimento no combate aos efeitos da crise financeira internacional, por exemplo, na forma da manutenção e expansão das redes de proteção social, investimentos em infraestrutura e financiamento do comércio internacional. A emergência da situação pode requerer ainda mais concentração, flexibilização e aceleração de esforços, bem como a revisão dos instrumentos existentes. É extremamente importante, no entanto, que os esforços globais para assistir os países em desenvolvimento na gestão dos impactos da crise não sejam limitados por condicionalidades inadequadas e inoportunas. No que toca aos temas de sustentabilidade e gestão de dívida, o Brasil entende que, num contexto de crise, a abordagem adotada em momentos de funcionamento normal do mercado deve ser flexibilizada. O acesso a financiamento de longo-prazo por países em desenvolvimento vem-se restringindo em decorrência da crise, como resultado da necessidade de os países desenvolvidos financiarem seus déficits fiscais no médio prazo. Desta forma, espera-se dos bancos multilaterais um aumento significativo de recursos. No caso do Grupo Banco Mundial, espera-se que utilize a qualidade de sua carteira e a qualificação de crédito de que dispõe para captar recursos nos mercados. Espera-se, ainda, a revisão de instrumentos para o financiamento do desenvolvimento. Nesse sentido, a contratação de empréstimos em moedas locais e a expansão do limite de endividamento dos países em desenvolvimento são medidas que apontam na direção correta, e devem ser apoiadas pelos membros do G-20. O limite de exposição do Grupo por país deve igualmente ser revisto e adequado a um novo perfil de demanda. Os fluxos de recursos privados para o financiamento do comércio exterior ainda não voltaram a níveis satisfatórios e já comprometem o emprego e a renda em todo o mundo. Por esse motivo, os países do G-20 devem apoiar ampliação da atuação dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento no financiamento do comércio, como forma indispensável para restaurar os fluxos comerciais e reverter tendências protecionistas. 10

11 No plano da governança, a presente crise comprova que mudanças mais profundas são necessárias. O G-20 deve ser agir de forma coerente com a Declaração de Washington de 15 de novembro e propor alternativas mais ambiciosas para a reforma do Banco Mundial e dos Bancos Regionais de Desenvolvimento. Os países em desenvolvimento, sobretudo aqueles dotados de economias mais dinâmicas, devem ser cada vez mais ouvidos e ter votos suficientes para influir no processo decisório dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento. Tal processo seria o reflexo natural do que vem ocorrendo na economia mundial nos últimos anos, com o significativo aumento do peso relativo das economias emergentes e em desenvolvimento, seja no PIB mundial, seja ainda mais no crescimento da economia global e no equacionamento das questões de interesse global, como combate à pobreza e mudança do clima. Por essa razão, os membros do G-20 devem reafirmar seu apoio político ao início imediato da segunda fase da reforma de voz e participação no Banco Mundial, com base em calendário definido já na próxima Reunião de Primavera e com vistas à conclusão, no mais tardar, em abril de Tal reforma deve promover uma significativa mudança no poder de voto e levar em consideração o caráter único da missão institucional do Banco como banco de desenvolvimento, a participação dos países como doadores, clientes e parceiros destas instituições. Deve ainda ter como objetivo final a paridade de voz e representação de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Quanto à reforma do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Brasil considera necessário um exercício de revisão de adequação de capital. As necessidades da região são crescentes e urgentes. Nesse contexto, recursos financeiros para investimentos, instrumentos e práticas gerenciais precisam ser revistos. 11

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