Um dia desses, enquanto

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1 Foto: Divulgação

2 O ARCO JORNAL é o veículo informativo da ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE OVINOS ARCO Av. 7 de Setembro, 1159 Caixa Postal 145 CEP Bagé (RS) Telefone: Fax: arco@arcoovinos.com.br home page: DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Paulo Afonso Schwab 1º Vice-presidente: Suetônio Villar Campos 2º Vice-presidente: Arnaldo Dos Santos Vieira Filho 1º Secretário: Wilson Belloc Barbosa 2º Secretário: Antônio Gilberto da Costa 1º Tesoureiro: Paulo Sérgio Soares 2º Tesoureiro: Teófilo Pereira Garcia de Garcia CONSELHO FISCAL Titulares Carlos Alberto Teixeira Ruy Armando Gessinger Leonardo Rohrsetzer de Leon Suplentes Emanoel da Silva Biscarde Joel Rodrigues Bitar da Cunha Fabrício Wollmann Willke SUPERINTENDÊNCIA DO R.G.O. Superintendente Francisco José Perelló Medeiros Superintendente Substituto Edemundo Ferreira Gressler CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO Presidente: Fabrício Wollmann Willke SUPERVISOR ADMINISTRATIVO Paulo Sérgio Soares 2 O que estamos deixando de fazer? Um dia desses, enquanto revisava um grupo de fêmeas paridas do meu rebanho lembrei, por uma associação de idéias, de uma viagem que fiz à Nova Zelândia. E, pelo mesmo processo de relacionar fatos, recordei como foi todo o processo que aquele país passou para elevar a atividade da ovinocultura ao patamar de importância econômica que ela tem hoje. Não pude evitar de relacionar com o Brasil e perceber o quanto estamos distante do momento que eles vivem atualmente, apesar de termos muitas coisas em comum. Pelo que me lembro das conversas que tive enquanto viajava pela Nova Zelândia, um dos fatores que promoveram a mudança naquele País foi a retirada dos subsídios que o governo dava para o plantio de pastagens e para a agricultura. Sem este suporte os produtores tiveram que procurar soluções por conta própria. O que ocorreu então foi interessante. Em conjunto eles foram buscar o setor de pesquisa e das universidades para ver qual o melhor caminho. Os debates apontaram para a ovinocultura. Afinal eles tinham boas terras, com pastagem e solo adequado, clima e a possibilidade de adquirir boas matrizes. Tomada a decisão o trabalho foi iniciado. Sempre alicerçado na pesquisa e na união dos produtores com o governo. Hoje a Nova Zelândia é grande produtora de cordeiros para carne, sendo um importante exportador deste produto, com uma produtividade que chega a 130% de desmame. Estou me lembrando deste exemplo e fazendo uma relação com o Brasil. É inevitável.... E aí é que me pergunto; o que estamos deixando de fazer? Mentalmente fiz uma lista. Temos um vasto território capaz de abrigar muito mais animais que a Nova Zelândia. Solos dos mais diversos, com pastagens naturais ou Paulo Schwab - Presidente da ARCO Sem humor não tem valor... Editorial plantadas. Entidades representativas que buscam articular ações junto ao governo que verdade se diga hoje está bem mais sensível às nossas reivindicações. Diversos centros de pesquisas e universidades que estão cheias de conhecimento sobre a ovinocultura. Temos produtores eficientíssimos na seleção genética e na produção a campo. E, com tudo isto, não temos os mesmos resultados de produção que a Nova Zelândia tem. E aí, novamente, a pergunta. Onde estamos errando e onde estamos acertando? A sensação que tenho é que falta realmente aquela vontade, aquele ânimo de ir a luta, de fazer valer o nosso querer que as coisas sejam diferentes. Se temos todas estas potencialidades e estas qualidades em nosso País, porque não conseguimos virar a mesa da situação e ainda continuamos com a atividade nos mesmos parâmetros que estávamos há 10 anos. Qual é o entrave, qual é o nó que não estamos percebendo e que se resolvido isto, fará com que tudo passe a tomar o rumo certo, o rumo do crescimento da atividade? Confesso que a única resposta que me vem à mente, neste momento, é que falta, realmente, UNIÃO de todos, entre todos que atuam no setor, para que, verdadeiramente, sem egos, sem pensar em si primeiro, possamos conquistar o que todos almejamos. Uma ovinocultura forte, representativa politicamente, com todos os elos trabalhando pelo mesmo objetivo e, principalmente, uma atividade que traga ganhos a todos que dela participam. Precisamos creio, reativar nosso orgulho de sermos ovinocultores e, com este sentimento, lutarmos para olhar de frente os problemas e, definitivamente, resolvê-los. Tirar as amarras que nos prendem e nos impedem de crescer e seguirmos adiante. Acho que está mais do que na hora de fazermos isto. Ou será que queremos seguir como está? Qual a sua opinião, meu caro produtor? Boa Leitura. GERENTE ADMINISTRATIVO Bismar Augusto Azevedo Soares ARCO JORNAL Coordenação Geral Agropress Agência de Comunicação Edição Eduardo Fehn Teixeira e Horst Knak - Agência Ciranda Jornalista responsável Nelson Moreira - Reg. Prof. 5566/03 Diagramação Nicolau Balaszow Fotografia Banco de Imagens ARCO e Divulgação Departamento Comercial Gianna Corrêa Soccol midia@agenciaciranda.com.br Fone: / A ARCO não se responsabiliza por opiniões emitidas em artigos assinados. Reprodução autorizada, desde que citada a fonte. Colaborações, sugestões, informações, críticas: agropress@agropress.com.br

3 Entrevista A produção integrada foi adotada pelo MAPA como mecanismo de melhoria da qualidade de produção, garantindo a rastreabilidade dos processos em conformidade as práticas adequadas sanitárias, social e ambiental. Nesta entrevista, Selmo Fernandes Alves, pesquisador da Embrapa Caprinos, de Sobral, CE, explica mais este conceito e fala do projeto que está sendo desenvolvido no Ceará. ARCO Jornal - O que é a produção integrada? Selmo Alves - É uma produção econômica de alta qualidade, obtida prioritariamente com métodos ecologicamente mais seguros, minimizando os efeitos indesejáveis do uso de agroquímicos, para aumentar a proteção do meio ambiente e melhorar a saúde humana. Basicamente, a produção integrada gera alimentos de alta qualidade, mediante o uso de recursos naturais em substituição aos insumos poluentes, objetiva a sustentabilidade, enfatiza o enfoque holístico, envolvendo o ambiente (agroecossistema), o retorno econômico e os requisitos sociais. ARCO Jornal Quais os objetivos desta técnica? Selmo Alves - Organizar a base produtiva, desde a produção de animais, produtos e derivados para que tenham qualidade. Valorização dos animais, produtos e maximização do lucro através de agregação de valor via certificação de qualidade e de origem. Diminuição dos custos de produção e estabelecimento de normas técnicas e diretrizes para a produção integrada de ovinos, para qualificação de técnicos multiplicadores e produtores; Produção para expansão de mercados além de transferir e adequar tecnologias para melhorar a eficiência da atividade através das Boas Práticas Agropecuárias; ARCO Jornal Em que região este projeto foi implantado? Selmo Alves - O projeto piloto de Produção Integrada de ovinos para corte foi implantado em janeiro de 2006 no município de Tauá, Região dos Inhamuns, Estado do Ceará, por apresentar condições favoráveis a criação de ovinos, com rebanho composto por ovinos, sendo esta uma atividade tradicional e vocacional na região, considerado um dos pólos de desenvolvimento da ovinocultura no Estado. Além de apresentar um rebanho significativo (14,22% do Estado do Ceará), o município apresenta um arranjo produtivo bem definido que vai desde o sistema de produção de ovinos até a comercialização dos produtos. Existem também diversos arranjos institucionais já atuando de forma integrada no município. O projeto Produção Integrada de Ovinos para Corte é coordenado pela Embrapa Caprinos e financiado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) 3 Produzindo cordeiro de forma sustentável Foto: Divulgação/Embrapa Produtores de Tauá conhecem o projeto e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Envolve equipe interinstitucional e multidisciplinar, com suporte tecnológico constituído através de um comitê técnico estadual e local. Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos dos Inhamuns (ASCOCI), SEBRAE, Indústrias de Carne e de Peles, entre outras. ARCO Jornal - Quantos produtores vai beneficiar? Selmo Alves - O projeto é de livre adesão dos produtores. No município de Tauá, inicialmente foram sensibilizados diversos produtores. Somente 10 produtores se apropriaram e atualmente cinco fazem parte. ARCO Jornal - Vai integrar com que atividade? Selmo Alves - No segmento de ovinos, o Projeto de Pro- dução Integrada está sendo implantado de forma gradual, com a efetiva participação dos agentes envolvidos na cadeia produtiva, da produção ao consumo. A integração de esforços entre a pesquisa e ensino, instituições federal e estadual, de assistência técnica e extensão rural, além de produtores/empresários rurais, associações de produtores, cooperativas e agroindústrias, com o objetivo de regulamentar a PI de ovinos para corte. O projeto integra as atividades propriamente da produção de ovinos para corte implantadas gradativamente na propriedade. As Boas Práticas Agropecuárias implantadas na propriedade resultarão também para um outro segmento na melhoria do processo produtivo. ARCO Jornal - Vai trabalhar o mercado de carne ovina também? Selmo Alves - Este projeto tem como objetivo inicial organizar a base produtiva para uma escala de produção padronizada. A comercialização deva ser incentivada num momento seguinte. ARCO Jornal - Qual o perfil do produtor? Selmo Alves - Produtor de ovinos criando a raça santa Inês e seus mestiços. É um projeto que prevê a participação voluntária com adesão livre e disponível a aceitar mudanças no seu manejo e na propriedade, para melhoria da produção. ARCO Jornal - Qual vai ser o ganho do produtor que participar? Selmo Alves - Redução de riscos ambientais com preservação e/ou conservação de recursos naturais, redução de custos de produção e diversificação de renda na propriedade. Vai permitir planejamento a médio e longo prazo, valorização da propriedade por conta do ganho da certificação do Ministério e racionaliza o uso de recursos naturais. Agrega valor pela padronização, qualidade dos animais e produtos produzidos, melhoria da eficiência dos manejos, dentre outros. Produtores criam Aliança Mercadológica Um grupo de criadores de Vacaria, região serrana do Rio Grande do Sul, estabeleceu uma forma de atuação em conjunto que está trazendo bons resultados. Eles criaram uma Aliança Mercadológica cujo objetivo é trabalharem em conjunto a produção e comercialização de carne ovina. O projeto é coordenado pela Associação de Produtores dos Campos de Cima da Serra, Aproccima, e pretende arrendar os serviços de um frigorífico e colocar a carne em mercados selecionados, como Caxias do Sul e região. A Aproccima já tem trabalho semelhante com carne bovina. Segundo a consultora do Sebrae que atua junto ao grupo, Marize Gehlman, os abates começaram na segunda quinzena de novembro e a produção inicial será de oito carcaças por semana com possibilidade de aumentar. Ela explica que para participar da Aliança é preciso seguir regras como rastrear o animal, qualidade do produto, fidelização ao projeto e ética nos relacionamentos. O que for acordado entre todos, deve ser cumprido, explica. Marize lembra que este modelo começa a ser visto como um bom exemplo e está atraindo a atenção de outros produtores no Estado. Piratini Na região sul do Rio Grande do Sul, em Piratini, a 350 km de Porto Alegre, outro grupo de produtores estão trabalhando para a formação de um empreendimento que vai atuar especificamente na terminação de cordeiros. Conforme explica um dos coordenadores do projeto, o agrônomo Cristiano Gotuzzo, a idéia é reunir inicialmente, 300 cordeiros em uma estrutura de terminação, comprando os animais com peso acima de 20 kg de média e entregando para o abate com 28 a 30 kg de peso vivo, num processo de engorda que levaria de 30 a 45 dias. Existem poucos criadores que se dedicam exclusivamente à terminação de cordeiros e é um mercado que está em aberto, com grande necessidade por parte dos frigoríficos, salienta Cristiano.

4 Notícias da ARCO 4 Dicas de procedimento junto à ARCO Quando o assunto for sêmen, embriões, importação, transferência, inseminação e comercialização 1. Nota Fiscal - Somente é aceito nota fiscal original ou cópia autenticada; - A nota fiscal deverá ser em nome da Razão Social registrada na ARCO, caso não seja, deverá acompanhar uma declaração da pessoa passando o estoque para tal Razão; - Deverá constar na nota fiscal nome do carneiro, tatuagem, Fbb, número de doses e raça; - Só é aceito nota fiscal de sêmen processado em Centrais registradas no MAPA, portanto, NÃO ACEITAMOS nota fiscal de leilões E NEM DE OU- TROS CRIADORES; - não aceitamos comercialização de doses de sêmens processados na propriedade; - As notas fiscais são de uso exclusivo para venda de doses de sêmen, não aceitamos para vendas de animais, para isso temos disponível o formulário de Autorização de Transferência de animais. - As notas fiscais de compra de sêmen ou de embrião deverão ser sempre com datas anteriores ao processo de inseminação ou implantação. 2. Estoque de Sêmen - Para informar o estoque de sêmen o criador deverá enviar a nota fiscal no nome da Razão Social registrada na ARCO, caso não seja, deverá acompanhar uma declaração da pessoa passando o estoque para tal Razão; - Criadores proprietários ou que possuem condomínio de carneiros deverão informar através de nota fiscal o congelamento das doses de sêmen. - As notas fiscais de compra de sêmen ou de embrião deverão ser sempre com datas anteriores ao processo de inseminação ou implantação. 3. Inseminação Artificial com sêmen congelado - O criador deverá possuir o estoque de sêmen já informado na ARCO, ou enviar junto com o Relatório de Inseminação Artificial; - Deverá ser informado através do Relatório de Inseminação Artificial disponível no site da ARCO, devendo ser preenchido todos os campos e ser assinado tanto pelo criador quanto pelo Veterinário; - Somente um Médico Veterinário poderá fazer inseminação artificial, portanto, não aceitamos relatórios assinados por pessoas que possuam curso de inseminação artificial. - A ovelha deverá ser de propriedade do criador. 4. Inseminação Artificial com sêmen à fresco ou resfriado - Deverá ser informado através do Relatório de Inseminação Artificial disponível no site da ARCO, devendo ser preenchido todos os campos e ser assinado tanto pelo criador quanto pela pessoa que realizou a inseminação; - O criador deverá ser proprietário da ovelha e do carneiro. Caso não seja o criador deverá possuir condomínio ou um empréstimo do carneiro no dia da inseminação. 5. Estoque de Embriões - Deverá ser informado através do Relatório de Transferência de Embriões (Colheita, FIV, Congelamento e Inovulação) disponível no site da ARCO. Nele deverá ser informado todos os dados de identificação e colheita de embriões; - O Relatório deverá ser assinado pelo Médico Veterinário da central que realizou o congelamento e pelo criador; - O criador deverá ser proprietário, possuir condomínio ou empréstimo do carneiro no dia da monta ou inseminação; - O criador deverá ser proprietário, possuir condomínio ou comodato da ovelha no dia da monta ou inseminação; - Todos embriões congelados informados no relatório ficarão no estoque de embriões, esperando os implantes. 6. Transferência de Embriões ou Festival Gastronômico FIV - Deverá ser informado através do Relatório de Transferência de Embriões (Colheita, FIV, Congelamento e Inovulação) disponível no site da ARCO. Nele deverá ser informado todos os dados de identificação, colheita de embriões e transferência de embriões (implantes); - O Relatório deverá ser assinado pelo Médico Veterinário da central que realizou o congelamento e pelo criador; - O criador deverá ser proprietário, possuir condomínio ou empréstimo do carneiro no dia da monta ou inseminação; - O criador deverá ser proprietário, possuir condomínio ou comodato da ovelha no dia da monta ou inseminação; 7. Comercialização de Embriões Congelados - O Vendedor deverá possuir estoque de Embriões registrados na ARCO; - Deverá ser informado através do formulário Comercialização de Embriões Congelados ou Inovulados disponível no site da ARCO. Nele deverá ser informado todos os dados de identificação, dados dos embriões. - O formulário deverá ser assinado tanto pelo vendedor quanto pelo criador. Divulgação 8. Comercialização de Embriões Inovulados - O Vendedor deverá possuir estoque de Embriões registrados na ARCO; - Deverá ser informado através do formulário Comercialização de Embriões Congelados ou Inovulados disponível no site da ARCO. Nele deverá ser informado todos os dados de identificação, dados dos embriões e embriões transferidos. - O formulário deverá ser assinado tanto pelo vendedor quanto pelo criador. 9. Procedimentos de Importação de sêmens - Autorização de Importação: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - Pedigree do doador - NF 10. Procedimentos de Importação de Embriões - Documentação importação (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) - Autorização de importação (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) - Lista de coleta de embriões - Certificado dos doadores e doadoras - Nota fiscal da importação Caso for vendido: - Formulário de Comercialização de embriões congelados ou inovulados para cada comprador. (o comprador deverá enviar junto com a sua documentação a nota fiscal comprovando). 11. Procedimentos de Importação de Animais - Autorização de importação (Ministério da Agricultura) - Certificação Zootécnica - Pedigree dos animais - NF O I Festival Gastronômico com Carne Ovina foi realizado durante a Iª Expofeira de Ovinos, promovido pela Federação Brasileira de Criadores de Ovinos Carne, Febrocarne. O Evento foi realizado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, RS, o mesmo onde acontece a Expointer. Os organizadores pretendem que o evento se torne permanente no calendário da ovinocultura.

5 5 O Primeiro dos técnicos da ARCO Quando fundaram a ARCO, há quase 68 anos, não havia um corpo de técnicos contratados para atuarem junto aos criadores. Este problema precisou ser resolvido um tanto rápido, pois os registros e o aprimoramento dos rebanhos teriam que começar logo. Geraldo Nunes Vieira, um dos idealizadores da entidade, resolveu fazer o convite e o bageense Antenor Kluwe Sá, 91 anos, veterinário da Secretaria de Agricultura, aceitou. Precisavam de alguém que conhecesse a lida com ovinos, lembra. Tornou-se então um dos primeiros técnicos da ARCO. Seu trabalho foi tão bem realizado que logo foi contratado pela Cabanha Batalha, de José Gomes Filho, criador de Romney Marsh e Corriedale, para ser o técnico da propriedade. Por isto fiquei somente três anos, na ARCO, assinala. Antenor conta que o trabalho naquela época era de visitar as propriedades e ir selecionando dentro dos rebanhos os ventres e reprodutores que demonstravam ter excelentes qualidades. Estes eram separados e os produtores orientados para utilizá-los como melhoradores. O técnico lembra que para aprimorar ainda mais os rebanhos, a ARCO adquiria reprodutores e os distribuía entre criadores para que os utilizassem no aprimoramento genético. Isto deu resultado, tanto que quando eu saí da ARCO os rebanhos já estavam produzindo cerca de dois quilos de lã a mais, em média, ressalta. Trabalhando em propriedades que Entre os dias 24 e 26 de novembro a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), deu continuidade ao processo de atualização do corpo técnico. O 2º Encontro Regional de Inspetores Técnicos, realizado em Belo Horizonte (MG), que acolheu profissionais do sudeste e centrooeste do país, debateu diversos temas. Entre os destaques, as regras para registro de animais, regulamento de feiras e exposições, além de aprofundar o entendimento quanto ao Programa Cordeiro de Foto: Divulgação / ARCO Jornal ARCO promove encontro de Inspetores Técnicos em BH Sá: ovinocultura dá retorno iam de Bagé até Uruguaiana, Antenor lembra que em muitos casos precisou desenhar bretes específicos para ovinos porque a maioria das fazendas estava voltada para a criação de gado. Ele diz que foi um trabalho muito gratificante porque, na realidade, estavam organizando toda a cadeia produtiva da lã, mesmo que dentro da porteira, pelo menos. O que temos hoje, nos rebanhos, com lãs de qualidade, com rebanhos geneticamente muito bem desenvolvidos, é, com certeza, resultado do trabalho que a ARCO fez, lá no seu início, e isto não pode ser esquecido jamais, assinala o técnico, acrescentando que em sua opinião a ovinocultura é uma atividade que dá retorno. È só fazer os cálculos, aconselha. Qualidade. Os técnicos também conheceram o soft ware desenvolvido pelo BPSI de Pelotas que visa aperfeiçoar o controle dos rebanhos. Precisamos descentralizar o processo de registro de animais através da padronização nos parâmetros de análise nas inspeções de cada raça, explica o superintendente do Registro Genealógico da ARCO, José Francisco Perelló Medeiros. Ele informou ainda, que no último dia foi realizada dia de campo em Esmeralda, MG. Em documento oficial, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), Paulo Afonso Schwab, foi comunicado da escolha de seu nome para integrar o Comitê Assessor Externo CAE da Embrapa Caprinos. Com atuação junto aos Centros de Pesquisas e Serviços Especiais da Embrapa, o CAE tem a tarefa de assessorá-los Reunião no MAPA O Coordenador Substituto do setor de Produção Integrada da Cadeia da Pecuária, do Ministério da Agricultura, Felipe Correa, e o presidente da ARCO, Paulo Schwab, estiveram reunidos em Brasília, para conversarem sobre uma nova determinação que o MAPA quer adotar. A proposta pretende proibir a participação de animais que não tenham status sanitários semelhantes. Quer ainda que as Associações não Schwab no Comitê Externo da Embrapa em seus processos de planejamento, acompanhamento e avaliação. Os 12 nomes selecionados pela Diretoria Executiva do CAE foram empossados no último dia 20 de novembro na cidade de Fortaleza (CE). No dia seguinte à posse, os novos membros do CAE realizaram vista às instalações da Embrapa Caprinos, com sede em Sobral (CE). aceitem registros de animais que sejam oriundos de regiões que não sejam livres de aftosa ou consideradas de risco desconhecido. O projeto pretendia ter validação de forma retroativa mas, a pedido do presidente da ARCO, será avaliada uma nova proposta para que a portaria comece a valer a partir do próximo ano, em data a ser combinada entre todos os envolvidos. Comunicado do SRGO COMUNICADO: Com exceção dos códigos 1, 2, 5 e 10 o criador tem no máximo até 3 meses, a partir da data de emissão da Carta de Aptos, para regularizar a situação dos produtos NÃO APTOS. Após o prazo estipulado, NÃO SERÃO aceitas alterações referentes aos produtos com os códigos: e 15, e os mesmos não poderão mais serem apresentados para confirmação. OBSERVAÇÃO Informamos que a partir de dezembro de 2008 não mais aceitaremos Relatórios de Transferência de Embriões e Inseminação Artificial sem estarem no nosso padrão, disponíveis no site da ARCO. Informamos também que disponibilizamos no site exemplos de preenchimento desses Relatórios. ATENÇÃO: Os novos Relatórios de Transferência de Embriões e de Inseminação Artificial substituem as Notificações de cobertura, quando estiverem devidamente ASSINADOS pelo CRIADOR e TÉCNICO VETERINÁRIO que realizou o serviço. NÃO SENDO ACEITO FORMULÁRIOS INCOMPLETOS OU SEM ASSINATURAS. IMPORTANTE: Acarretarão em códigos de irregularidades as informações sobre sêmen e embriões cujos estoques não estejam atualizados no Banco de Dados da ARCO. - As notas fiscais de compra de sêmen ou embriões deverão ser sempre com datas anteriores ao processo de inseminação ou implantação. - Idade mínima de apresentação para confirmação: oito meses completos. - Idade máxima de apresentação para certificação: três anos (36 meses completos).

6 Reportagem O agronegócio da pele ovina Fotos: Márcio Martini/Divulgação 6 Por Nelson Moreira Da pele ovina são produzidos vários e importantes tipos de couro, tais como marroquins, camurças, pergaminhos, algumas napas, pelica, etc, utilizados na produção de calçados, bolsas, vestuários, entre outras matérias-primas A pele ovina também serve para a fabricação de couros de alta qualidade Os números não são muito precisos, mas alguns levantamentos realizados entre 2005 e 2006 apontam que o processamento anual de pele ovina chega a no mínimo 10 milhões de unidades. A maior dificuldade em saber com exatidão está no fato de que o abate clandestino ainda é muito grande. Sem esta fiscalização não é possível fazer uma estatística confiável. De qualquer forma o agronegócio da pele ovina movimenta somente no primeiro estágio, ou seja, entre o frigorífico e o curtume, algo em torno de R$ 50 milhões preço médio da pele R$ 5,00. e fazendo o cálculo somente por este volume base. Quem conhece bem o negócio diz que do curtume para a fase de beneficiamento o valor da pele tem um acréscimo de 400%. Nesta segunda fase, do curtume para outros setores, além das centenas de empregos, o faturamento chegaria a R$ 250 milhões. A matéria prima que vai ser transformada em sapatos, sandálias, casacos com e sem lã, pantufas, luvas entre outros, tem basicamente três origens; Norte, Nordeste e estados que criam raças deslanadas, região sul com as lanadas e as que são importadas de países africanos, principalmente da Nigéria. As peles de ovinos deslanados são valorizadas no mercado pela maior elasticidade, resistência e textura. No entanto, apesar do reconhecimento de sua qualidade, as peles sofrem grandes depreciações na comercialização, devido aos altos índices de defeitos que são decorrentes de condições Produção de tapetes é um dos mercados para a pele de ovinos deslanados, enquanto a pele de borregos (ao lado) tem aplicação em forros de casacos e botas em que os animais são criados, bem como nas fases de abate, conservação e armazenamento. Acrescenta-se a isto o fato de o sistema de produção predominante no Nordeste ser extensivo, sendo os animais expostos às condições adversas da vegetação, ao arame farpado das cercas de contenção e, em alguns casos, são marcadas na pele para facilitar a identificação. Além destes fatores, algumas doenças provocam danos às peles, a exemplo da miíase (bicheira), da sarna demodéfica e da linfadenite gaseosa. E tem mais, o sistema de abate de animais predominante no Nordeste é feito de forma artesanal e com o mínimo de cuidado, prejudicando a qualidade e aumentando a proporção de peles consideradas como refugo, assinala o presidente da Associação das Indústrias de Curtume do Norte e Nordeste, AICNOR, Augusto Sampaio. Segundo ele os animais são abatidos em locais impróprios e com técnicas pouco eficientes, deixando as peles sujas e manchadas. Do mesmo modo o uso de facas e canivetes aguçados são também responsáveis por cortes e perfurações prejudiciais. E a diversidade de raças exploradas, ocasionam a produção de peles diferentes em tamanho, espessura e textura, o que também contribui para a baixa qualidade da pele. A comercialização de peles in natura, no Nordeste, é realizada por intermediários que revendem o produto em postos de compras pertencentes aos curtumes ou aos exportadores. Os curtumes adquirem as peles dos produtores ou dos intermediários e, após o beneficiamento as negociam com comerciantes do mercado interno e externo, ou com a indústria manufatureira. O baixo preço da pele praticado por intermediários, em determinados períodos do ano, provoca insatisfação dos produtores que, por sua vez, sentem-se desestimulados a adotar as tecnologias capazes de melhorar a qualidade da pele. Alexandre Bezerra é comprador de peles para quatro curtumes do Nordeste. Do seu escritório em Goiás, ele compra por mês cerca de 230 mil peles das mais variadas fontes. De acordo com ele, os problemas encontrados são os mesmos há 20 anos. Ele diz que 40% das peles processadas são consideradas refugo, representando um baixo índice de aproveitamento. Isto acarreta a desvalorização da pele in natura, impossibilitando a indústria de incrementar maior remuneração ao valor da pele. A criação de ovinos deslanados, na maioria das vezes, se dá em pequenas propriedades, sem muitos cuidados, o que leva a esta situação de peles com baixo aproveitamento, salienta. Alexandre afirma que seria necessário um trabalho muito grande, entre todos da cadeia, para tentar conseguir mudar este problema. O CV Couros, de Fortaleza, Ceará, manufatura cerca de 20 mil peles por mês. A diretora, Márcia Pinheiro afirma que em conjunto com entidades e outros curtumes já fizeram um trabalho junto aos produtores e frigoríficos para tentar diminuir o índice de problemas que acontecem nas peles, antes de chegarem aos curtumes. Mas os resultados foram muito incipientes, afirma a diretora. Outra questão que ela aponta é a falta de fiscalização do Ministério da Agricultura, sobre os abatedouros e abates clandestinos. E isto traz uma situação anacrônica porque não podemos exportar peles que não tenham Certificado Sani- >>

7 7 Fotos: Márcio Martini/Divulgação As peles de ovinos, industrializadas no Nordeste, são exportadas geralmente para a Itália, preferencialmente na forma de wet-blue, que corresponde ao couro curtido Márcio Martini, do Curtume Caxiense tário, mas o Mapa não consegue realizar uma fiscalização rigorosa sobre isto, segundo nos dizem. Aí fica a pergunta; o que fazemos, questiona Márcia. De acordo com dados da Associação das Indústrias de Couro do Norte e Nordeste, existe uma capacidade instalada para processar anualmente 12 milhões de peles, sendo atualmente processada em torno de 8 milhões por ano, o que provoca uma capacidade ociosa de aproximadamente 33%. Na região Sul, a produção de peles curtidas em 2000 de aproximadamente 1,8 milhões de peles e os curtumes funcionaram com uma capacidade ociosa em torno de 50%. As peles de ovinos, industrializadas no Nordeste, são exportadas geralmente para a Itália, preferencialmente na forma de wet-blue, que corresponde ao couro curtido. Embora algumas indústrias realizem o processo de acabamento, sendo produzidos vários e importantes tipos de couros, tais como: marroquins, camurças, pergaminhos, algumas napas, pelica etc, utilizados na produção de calçados, bolsas, vestuários, entre outros. Em razão do elevado índice de defeitos observados nas peles de ovinos, apresenta-se como alternativa para o aproveitamento destas peles o couro atanado, que é obtido pelo processo de curtimento vegetal a base de tanino. O couro atanado é largamente utilizado em produtos artesanais (bolsas, calçados etc), assim como em produtos de montaria. Rio Grande do Sul O Curtume Caxiense é especializado em peles ovinas lanadas. Fabrica pantufas, tapetes, puffs, vestuário com lã, rolos para pintura, boinas para polimento entre outros produtos. Conforme seu proprietário, Marcio Martini, a matéria prima vem quase que 100% do Uruguai, país que, segundo diz, tem maior cuidado com a pele, porque entende a importância deste produto. O Rio Grande do Sul perde um bom negócio porque não consegue manter o padrão de qualidade necessária para nós, afirma o diretor do curtume que beneficia cerca de 16 mil peles por mês. Para ele, cuidados com o ponto onde costumam marcar os animais, a forma como tiram e salgam são essenciais para o melhor aproveitamento da pele. A falta destes cuidados acaba onerando o processo industrial, ressalta dizendo que talvez, se não houvesse este custo, poderia remunerar mais a pele. Martini diz que parte de sua produção é exportada e outra fica no mercado interno. Peles podem virar pelegos para montaria Outra empresa que é especializada em peles com lã é a Pelegos Índio Guarani, de Guarani das Missões, no norte do Estado. Conforme seu proprietário, Erly Inticher, a produção gira em torno de 40 mil peles ano, fabricando pelegos para montaria, tapetes, casacos e outros produtos. Erly concorda com seu colega que a falta de cuidado na conservação é um grande problema e acredita que isto pode ser melhorado. É um setor que precisa ser melhor visto, porque contribuímos muito para a economia, finaliza.

8 Reportagem Por Eduardo Fehn Teixeira 8 Manejo reprodutivo reduz perdas Tudo começa pelo encarneiramento. Depois, para nascer e sobreviver, o peso ideal de um cordeiro no nascimento deve ser de 4 a 4,5 Kg. E se no Rio Grande do Sul, por exemplo, que é o estado que mais desenvolveu a ovinocultura no Brasil, o peso dos cordeiros no nascimento fica na média dos 3,4 Kg, o produtor precisa retroceder, rever as suas ações mesmo antes do encarneiramento, para que assim consiga desenvolver um sistema de manejo mais eficaz, capaz de elevar os índices de eficiência reprodutiva, chegando mais próximo ao desejável, aponta o médico veterinário (MVSc, PhD), pesquisador e professor do Departamento de Medicina Animal da Faculdade de Veterinária da UFRGS, em Porto Alegre, RS, Luiz Alberto O. Ribeiro. A virada do mercado O Brasil dos anos 90 recorda o especialista - possuía um rebanho ovino que alcançava os 16,5 milhões de animais. Hoje são cerca de 14 mi- No Brasil, quando comparado com outros centros produtores de ovinos no mundo, as perdas são realmente acentuadas e isto ocorre principalmente pela falta de um manejo adequado dos rebanhos. lhões de cabeças. O sistema de produção de ovinos no Sul do País tradicionalmente visava a produção de lã. Só o Rio Grande do Sul detinha mais de 90% de toda a produção nacional de lã. Isto é significativo para a área de manejo de rebanhos, pois manejar ovinos para a produção de lã é totalmente diferente de manejar ovinos para a produção de cordeiros com vistas à produção de carne, distingue Ribeiro. Mas foi no final dos anos 90 que ficou marcante a virada do mercado da lã para a carne. A lã, com o quilo cotado a 8 dólares na safra 89/90, amargou uma queda brusca, passando à cotação de apenas 1 dólar já na safra seguinte (91/92). A partir deste quadro de coisas, com o flagrante desaquecimento do mercado para a lã, a indústria do cordeiro surgiu como praticamente única alternativa rentável à atividade, afora a produção de animais de cabanha, de reprodutores repassadores de apurada genética, avalia o pesquisador. Diferenças são marcantes Na área do manejo, as diferenças dos procedimentos em rebanhos produtores de lã e de carne (cordeiros) são verdadeiramente marcantes. Podemos começar dizendo que na produção de lã, a criação é extensiva (Austrália é bom exemplo). Já para a produção de cordeiros a criação deve ser intensiva, separa o técnico. Ele também lembra que na lã, são aspectos importantes a qualidade e a quantidade, ao passo que na indústria do cordeiro, o importante é a eficiência reprodutiva, o bom desempenho na área da reprodução. Comparações necessárias Para o Dr. Ribeiro, é sempre importante identificar o que é ideal e trabalhar no sentido de alcançar essas melhores marcas. Assim ele revela por exemplo que a taxa de desmame de cordeiros no Brasil não passa dos 63%. Mas na Inglaterra, que trabalha com um eficiente sistema de criação e de manejo, essa taxa sobe bastante e chega aos 132%, com baixíssimos índices de mortalidade. O técnico não tem dúvidas de que as causas do baixo desempenho reprodutivo das ovelhas no Brasil são a baixa taxa de prenhez, baixa prolificidade (poucas gestações e poucos partos gemelares) e o elevado índice de mortalidade. Isto resulta na baixa taxa de desmame de cordeiros e, por conseqüência, numa produção de cordeiros que deixa muito a desejar e que poderia ser bem superior a partir de um manejo correto e mais eficiente, critica o pesquisador, que também é criador de ovinos. Considerando o rebanho ovino do Rio Grande do Sul em 4 milhões de cabeças, conforme Ribeiro temos 17% de ovelhas vazias, representando perda de 680 mil cordeiros e das fêmeas que emprenharam, uma mortalidade de 32%, significando a perda de mais de um milhão de cordeiros. Assim, em números redondos, as perdas ultrapassam 1,6 milhão de cordeiros ao ano, ou R$ 8 milhões. Métodos naturais para incrementar a eficiência reprodutiva Fotos: Luiz Alberto Ribeiro /Divulgação Professor Luiz Alberto Ribeiro Visando ir diretamente ao ponto, o professor Ribeiro indica alguns itens que são chaves de cadeia para o sucesso da ovinocultura na produção de cordeiros. Conforme ele, é preciso controlar com precisão os eventos reprodutivos - momento da ovulação e parição - para suprir com precisão a necessidade de suplementação alimentar. O criador precisa atuar no sentido de maximizar o número de cordeiros nascidos, mas também garantir a sobrevivência do recém nascido. Para exercer total controle sobre o manejo reprodutivo é necessário identificar com a máxima precisão todos os momentos e ter uma atuação favorável em cada um desses estágios. A ovelha ovula em períodos curtos de luminosidade, que no Sul, começam a partir do outono, identifica o veterinário. Flushing alimentar A cada momento, controle os eventos reprodutivos no rebanho No período anterior ao encarneiramento, o flushing na alimentação da ovelha é fundamental. É o aumento de peso ou de condição corporal preparatórios à gestação, define Ribeiro, lembrando que o aumento da condição corporal eleva a taxa de ovulação das ovelhas. A avaliação da condição corporal é feita pela palpação dos processos dorsais e transversos das vértebras lombares, atribuindo escores de 0 a 5, onde 0 é atribuído à ovelha caquética e o escore 5 à obesa. Pelo menos quatro semanas antes do encarneiramento, o produtor deve avaliar a condição corporal/nutricional das fêmeas. O importante é que as ovelhas não estejam nem muito gordas nem muito magras, porque com o ganho de peso aumenta a taxa de ovulação e com isso a porcentagem de prenhes gemelar ou múltipla cresce muito. O escore de condição corporal vai de 1 a 5 e na hora do encarneiramento, o ideal é que a ovelha apresente É preciso avaliar a condição corporal das fêmeas um escore de 3 a 3,5. O flushing nutricional (ganho de peso), além de aumentar a taxa de ovulação, reduz as perdas embrionárias da ovelha, cuja taxa normal já é alta ao redor de 30% (uma das maiores entre os animais domésticos). À medida que aumenta a condição corporal, cresce também a taxa de prenhez.

9 Para que os nascimentos dos cordeiros ocorram num curto período de tempo, facilitando todas as tarefas de manejo, o criador precisa sincronizar o cio das fêmeas. Essa indução ao cio pode ser obtida com o uso de hormônios, viabilizando a inseminação artificial a tempo fixo (IATF) ou por método totalmente natural, conhecido como Efeito Macho. Esta prática se enquadra entre os manejos limpos, verdes e éticos e também por ser mais econômica, é recomendada. Entre as vantagens que representa, a introdução de macho induz ovulação em fêmeas; pode também acelerar o primeiro estro em borregas; leva à sincronização de estros favorecendo a Inseminação Artificial; favorece o nascimento de cordeiros em período mais curto e elimina o uso de medicamentos. A aplicação do método é relativamente simples, mas o produtor precisa estar atento ao seu rebanho. Passo a passo: as ovelhas não podem ver, ouvir ou sentir a presença de carneiros de 4 a 6 semanas antes do encarneiramento; deve ser utilizado um rufião macho ou ovelha androgenizada para cada grupo de 40/50 ovelhas - os melhores resultados são obtidos com o uso de um carneiro para cada 20/25 ovelhas. Após dois a três dias da introdução do rufião ocorre a ovulação silenciosa das ovelhas. No décimo quarto dia o rufião é substituído pelo carneiro. Do décimo oitavo ao vigésimo primeiro dia as primeiras ovelhas já estão cobertas e até o vigésimo oitavo dia as últimas ovelhas são cobertas pelo carneiro. Algumas limitações são observadas neste método. Via de regra, a resposta depende da nutrição do rebanho. Retornos ao produtor Focado na área de alimentação do rebanho, o produtor terá como retornos a elevação espermática, a maximização da taxa de ovulação, a redução da perda embrionária, influência no desenvolvimento fetal e a maximização do desenvolvimento e garantia de sobrevivência dos cordeiros após o nascimento. 9 Parição em bloco e o Efeito Macho Peso ao nascer de cordeiros - mães esquiladas e não esquiladas Grupo de ovelhas Peso ao nascer (kg) Esquilado 5.47 Não esquilado 4.76 Para o aumento na produção espermática, deve ser administrada uma suplementação alimentar por oito semanas antes do encarneiramento. O aumento da produção espermática está associado ao aumento dos ácidos graxos, insulina e leptina. Isto leva ao aumento da freqüência dos pulso de GnRH/LH, mas a superalimentação e falta de exercício são prejudiciais, observa o especialista. Já a maximização da taxa de ovulação é obtida a partir da oferta de grãos (Tremoço/Lupin) por quatro dias no final do ciclo estral induz um aumento de 20-30% na ovulação múltipla. No desenvolvimento fetal, é importante ressaltar que no período entre 6 a 120 dias de gestação ocorre crescimento da placenta e feto e o desenvolvimento dos folículos secundários é reduzido pela carência nutricional nesse período, alerta o veterinário. A esquila das ovelhas aos 70 dias de gestação contribui para o aumento do peso ao nascer dos cordeiros, acrescenta Ribeiro, alegando que as fibras musculares são formadas no período fetal e qualquer deficiência nutricional comprometerá o crescimento e a qualidade da carcaça. A sobrevivência após nascimento Nos últimos anos foram desenvolvidas técnicas de manejo capazes de promover uma forte relação entre mãe ovelha e cordeiro. Segundo o Dr. Ribeiro, a primeira medida que o produtor deve atentar é a seleção de ovelhas com maior habilidade materna. Feito isso, ele vai administrar uma suplementação alimentar por períodos curtos que tem como resultado o aumento da produção de colostro. O crescimento fetal igualmente pode ser aumentado pela esquila pré-parto (a esquila leva a alteração no metabolismo da ovelha). Ovelhas esquiladas mostraram aumento de 700g no peso ao nascer dos cordeiros gêmeos, informando que o peso ideal dos cordeiros ao nascer fica em torno dos 4 a 4,5 Kg, quando no Rio Grande do Sul, por exemplo, a média de peso está em 3,4 Kg, diz Ribeiro. A produção de colostro influencia positivamente na sobrevivência de cordeiros. Bons exemplos, citados pelo professor Ribeiro ensinam que: a suplementação de ovelhas Merino com Lupin na última semana da gestação pode aumentar significativamente a quantidade de colostro; que ovelhas suplementadas com milho na última semana da gestação podem dobrar o volume de colostro (nos últimos nove dias da gestação, administrar 600 gramas de milho ao dia, recomenda) e que a suplementação promove a baixa de progesterona plasmática e aumenta a concentração de lactose no colostro, fatores que promovem a lactogenese. A habilidade do cordeiro de reconhecer a sua mãe é largamente aumentada pela distensão do estômago após a ingestão do colostro, aumentando em muito, assim, as suas chances não só de sobreviver, como de ter um desenvolvimento saudável, aponta o pesquisador.

10 Especial Por Edison Lemmos A carne de cordeiro que serve a mesa dos paranaenses agora tem nome e sobrenome. Ela pode se chamar Cordeiro Castrolanda, quando produzida em Castro, Cordeiro Capanna, quando produzida na região de Londrina, ou Cordeiro Guarapuava, quando seu local de origem tiver sido a cidade-centro do Estado do Paraná. A conquista desta distinção entretanto, não veio de graça. Só aconteceu depois de muito trabalho e da conjugação de esforços de diversos setores envolvidos no agronegócio. Começamos em 2004 reunindo várias entidades públicas e privadas, elaboramos um dignóstico conjunto da atividade, traçamos seu perfil identificando gargalos e alternativas, e elaboramos projetos prioritários para execução conjunta, visando especializar a atividade nos diferentes elos que compõem a cadeia, conta César Amin Pasqualin, médico veterinário, executor do Programa de Estruturação da Cadeia Produtiva dos Ovinos e Caprinos do Paraná, pela Emater/PR. Depois dessa etapa veio um projeto de capacitação de técnicos, produtores, trabalhadores e proprietários de restaurantes nas atividades inerentes aos seus negócios, com pessoas sendo capacitadas pelos instrutores do Serviço Nacional de Aprendi- César Pasqualin: "fizemos um raio x do setor no Paraná" Fotos: Divulgação zagem Rural (Senar), e do Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos (Lapoc), da Universidade Federal do Paraná. Outro projeto estratégico foi a atuação em associativismo, preparando grupos de criadores a buscarem a sustentabilidade dos seus negócios em ovino alicerçados no cooperativismo. Surgiram daí associações e cooperativas de produtores, vendendo e promovendo a carne ovina nos municípios e região a que pertencem, para só depois lançaremse em mercados maiores. Outra mudança significativa foi vender carne com nome, identificada na sua origem, fixando marcas e estabelecendo um canal de confiabilidade entre o produtor e o consumidor. Atualmente, de acordo com Pasqualin, o programa roda muito bem, evoluindo principalmente no que 10 Ovinocultura do Paraná volta a crescer se refere à qualificação da produção, grau de tecnificação dos produtores, técnicos e demais agentes da cadeia produtiva, nível de organização e preparação para o mercado consumidor. Basicamente, segundo o veterinário, o Programa está voltado para ações estratégicas de melhoria e eficácia dos diferentes sistemas de produção; promoção do acesso e capacitação dos diferentes agentes das cadeias produtivas; o estímulo e a contribuição para a organização dos produtores e das cadeias produtivas; promoção do acesso ao mercado; estímulo ao consumo das carnes; ampliação e participação de parcerias na execução das ações do Programa. Perfil do Setor Paraná tem rebanho voltado à produção de carne Exploração pecuária de relativa expressão econômica, geralmente desenvolvida em sistemas extensivos e com baixo nível de tecnologia, a ovinocultura constitui boa fonte de renda para os pequenos e médios produtores rurais. O Paraná, segundo Nelson Virmond, presidente da Ovinopar, possui um rebanho ovino estimado entre 550 a 600 mil cabeças (4,12% do rebanho nacional) conduzido por cerca de produtores em aproximadamente propriedades. Entre 1996 e 2006, esse rebanho encolheu cerca de 15,6%, comparativamente ao rebanho nacional, onde a redução foi de apenas 0,7% no mesmo período. O maior interesse do Paraná reside na exploração de cordeiros para abate, cujos animais são oriundos de criações de pequeno e médio porte, com plantéis compostos por um número reduzido de matrizes. A atividade normalmente é secundária à exploração de outras espécies animais, especialmente a bovina. Pelo Censo Agropecuário de 1995/96, perto de 34,3% das propriedades que desenvolvem a ovinocultura possuem até 50 hectares. Outras 30,5% possuem entre 50 a 500 hectares. Cerca de 94% dos criadores de ovinos são proprietários. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento indicam que o número de propriedades dedicadas à exploração ovina caiu de em 1996 para apenas em 2006: uma drástica diminuição de 30% aproximadamente. A média estadual é de 28 ovinos por propriedade, sendo que esta >>

11 relação aumentou em comparação ao censo anterior, que apresentava média de 23 ovinos por propriedade. Os maiores rebanhos do Paraná estão situados nas microrregiões de Guarapuava, Curitiba e Ponta Grossa. O valor bruto da produção (VBP) paranaense chegou a R$ ,00 no ano de 2007, com animais sendo abatidos, informa a veterinária Ana Paula Busch, da divisão de Conjuntura Agropecuária do Deral. Ile de France e Texel estão entre as raças mais utilizadas pelos criadores paranaenses. Existem atualmente 10 plantas de abate de ovinos com inspeção SIP no Estado. Aposta dos produtores Voltando a crescer lentamente no volume de rebanhos, e em novas formas de Foto: Danilo Ucha/Arquivo pessoal Foto: Edison Lemmos/ARCO Jornal Paulo Dzierwa está em lua-de-mel com o mercado organização, principalmente em cooperativas, o Estado do Paraná se recupera aos poucos de uma fase em que foi grande exportador de genética, capacitandose a manter o posto de 6 maior rebanho nacional. As cooperativas estão tornando a ovinocultura paranaense cada vez mais competitiva. O Projeto Gourmet, desenvolvido em parceria entre Ovinopar e Coopercarne, Confraria do Cordeiro Danilo Ucha apresenta seu prato Com o objetivo de difundir o consumo da carne ovina, além do tradicional churrasco de paleta, pernil ou costela na brasa ou no forno, um grupo de criadores de ovelhas, gourmets apreciadores de carne de cordeiro e jornalistas reuniu-se, dia 30 de setembro de 1999, na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), e fundou a Confraria do Cordeiro. A sugestão foi de Marília de Freitas Lima, então esposa do Henrique Dias de Freitas Lima, que era o presidente da Federação Brasileira dos Criadores de Ovinos. Promotor de Justiça, criador de ovelhas, poeta, cantor e um entusiasmado por atividades culturais coletivas foi um dos fundadores da Califórnia da Canção, em Uruguaiana -, Freitas Lima pegou a idéia com entusiasmo, elaborou um regime interno e convocou os amigos que se enquadravam nos objetivos citados. Nasceu a Confraria do Cordeiro, fazendo seus jantares, toda a primeira segunda-feira de cada mês, no restaurante da Farsul. Cada um dos 27 confrades é responsável pelo jantar do dia. Se gosta de cozinhar, vai para o fogão; se não sabe, pode levar um amigo ou um profissional para preparar o prato por ele. Sempre com carne de cordeiro. As despesas comida e bebida são divididas entre todos. Nestes anos, a Confraria do Cordeiro inovou muito. Sem desmerecer as maneiras tradicionais de apreciar a boa carne de cordeiro, que são o churrasco nas brasas e o assado no forno, tem incrementado o uso da carne na panela, aproveitando receitas nacionais e estrangeiras que andavam esquecidas ou criando outras, com novos temperos, como a receita que leva até Coca-Cola. Uma boa maneira de conhecer tudo sobre a Confraria do Cordeiro e sobre a situação da ovinocultura no Brasil é ler o livro As melhores receitas da Confraria do Cordeiro, de Danilo Ucha, publicado pela Editora Palomas ( ). O lançamento foi feito em outubro. 11 de Guarapuava, foi um das ações que auxiliaram nesse sentido, promovendo encontros com chefs, donos de restaurantes, assadores e pessoal de compras, visando difundir o consumo de carne ovina, informa o presidente da Associação de Criadores. Depois de observar já, sensíveis melhorias para o setor, em 2009 Nelson Virmond pretende estreitar ainda mais a parceria, promovendo cursos de capacitação para esses mesmos segmentos. O casal de agrônomos Paulo e Suzette Dzierwa, que cuida de um rebanho de animais (90% PO) na Fazenda Serrana, em Palmeira/PR, por exemplo, vive uma espécie de lua-de-mel com o mercado. Criadores das raças Dorset, Suffolk, Dorper e White Dorper, recém-chegados da Expointer, onde faltou animais para venda, eles tratam de colher embriões para acelerar a produção visando atender a crescente demanda dos interessados. O mercado atual está muito bom para quem produz genética, como nós, informa Suzette. Outro exemplo! Tradicional criador das raças Texel e Dorper, em Castro, onde mantém cabeças em 75 hectares na Cabanha Portão Vermelho, na localidade de Castrolanda, o criador Taeke Greidanus trabalha em duas linhas distintas. A raça Dorper, voltada para a comercialização de genética, encontra bom comércio em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e outros estados. Outra linha de trabalho está voltada para a produção de carne, explorando a raça Texel, cujos animais vão receber o selo Cordeiro Castrolanda de comercialização. Ao comemorar o bom momento do setor, Greidanus prevê um futuro com perspectivas ainda melhores, com a criação de ovinos mais a campo e menos no cocho, como forma de reduzir custos e ganhar competitividade frente às importações de carne ovina do Uruguai.

12 Gestão Por Nelson Moreira É comum ouvir dos criadores de ovinos que a atividade não dá muito retorno. Com certo saudosismo, para quem é do Rio Grande do Sul, dizem que antigamente sim, quando a lã tinha valor, pagava as contas da propriedade e sobrava. Crises vieram e foram e novas perspectivas aparecem para a atividade, mas um comportamento pouco mudou entre os criadores. Ainda há um grande percentual que não tem a exata noção do quanto rende para a propriedade, a ovinocultura. Isto porque não se habituaram a fazer uma coisa muito simples que é o gerenciamento das contas da propriedade, algo que é essencial para qualquer atividade empresarial. Para o zootecnista e professor de administração rural no Cefet Centro Federal de Educação Tecnológica, em São Vicente do Sul, no Rio Grande do Sul, Gustavo Pinto da Silva, fazer o controle de receitas e despesas é uma atitude simples, mas que traz um resultado importantíssimo para o produtor. O poder de controle do que acontece em sua propriedade, em suas mãos. Para ele o maior entrave até hoje, é a mudança de comportamento do criador. Geralmente as coisas funcionam Fotos: Divulgação 12 Para saber se tem lucro é preciso fazer a conta Gustavo: o processo é muito simples de forma empírica, sem anotações, o que dificulta saber realmente se uma atividade está dando retorno ou não, assinala Gustavo. O professor indica que fazer o controle não é uma coisa do outro mundo. É possível começar de forma bem simples. Basta pegar caixas ou envelopes em número suficiente que sirvam para colocar as notas de receitas e despesas de cada atividade da fazenda. Em seguida outros envelopes ou caixas que correspondam às despesas gerais (impostos, contas de luz e telefone, comida, etc) e da família. Ao final do mês é só fazer as contas de um e do outro envelope/caixa. O resultado vai mostrar claramente como andam as finanças de cada atividade e o que pode ser feito, caso haja algum problema, ensina Gustavo. Ele acrescenta que com este simples gesto também é possível conhecer o fluxo de caixa, o período de maior concentração das despesas e das receitas e qual a melhor forma de gerenciá-los. Ele acrescenta que cabe ao produtor decidir o melhor momento de iniciar a contabilidade do ano. Explica que pode ser dentro do ano fiscal tradicional ou como é melhora para a atividade. Para ele, na ovinocultura o melhor é começar o levantamento no período do encarneiramento, aponta. O importante é que temos que ser mais profissionais na produção rural, critica. Por experiência própria A fórmula do gastei x e sobrou y então estou lucrando há muito já não é utilizada na sua propriedade. Desde muito cedo o criador Luiz Claudio Pereira, se acostumou a ter como regra a controle das finanças de seus negócios. E ele já teve muitos. Com propriedades em Bagé e Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul e no Uruguai, onde cria gado, ovinos (Corriedale e Ideal) e arrenda parte das suas terras para a lavoura de arroz. Com as três atividades ele mantém um pensamento. Nenhuma vale menos que a outra e todas compõem a receita global do negócio. E, da mesma forma, cada uma tem seu controle financeiro justamente para saber qual está dando ou não retorno, naquele momento. E mesmo que uma não esteja boa, não desisto totalmente porque nesta atividade, as coisas acontecem de forma cíclica, ressalta. Em termos de ovinocultura, Luiz Claudio diz que está na atividade há muito tempo, quando seu pai ainda criava. "É preciso abandonar o achismo", diz Luiz Cláudio Depois andou um pouco afastado e lá por 2001 retornou a partir do arrendamento de umas terras. Atualmente ele trabalha com cerca de 2,5 mil cabeças em rebanho selecionado e desde 2005 montou uma cabanha de Ideal e Corriedale, a pedido da mulher que queria entrar na atividade para manter o histórico que a família tem na atividade. O criador diz que o objetivo da propriedade é a produção de lã de qualidade, com o aproveitamento dos cordeiros para a carne. Por isto faço uma rigorosa seleção do rebanho via análise da micronagem do velo e, também aproveito para retirar do plantel animais que não atingem certos índices de produtividade para não ficarem pesando nos custos da fazenda sem darem retorno, assinala Luiz Claudio. Com o pensamento sempre voltado para a área financeira, o produtor diz que o faturamento bruto anual por animal tem sido na base de R$ 100,00, sendo 20% com a venda da lã média de preço R$ 5,00 20% via cordeiros para abate, 20% ovelhas de descarte, 20% de animais que ele comercializa na Feovelha, no verão, em Pinheiro Machado, RS, e 20% com os animais de cabanha. Na contabilidade das despesas ele sabe quanto representa a mão de obra para a ovinocultura, os gastos com a parte sanitária e de esquila, o valor do transporte dos animais, pastagens, inseminação, entre outros itens. Tudo eu faço de forma controlada, para evitar perdas e falta de rendimento na atividade, explica, acrescentando que procedendo desta forma ele sabe que despesa cortar quando não está tendo o retorno esperado. E posso dizer com certeza, na ovinocultura eu sempre ganho. Podem ser menores em alguns anos, mas sempre dá retorno. E só afirmo isto, porque faço este controle financeiro, do contrário, seria muito no achismo, finaliza.

13 13 Por Giuliano Mendes O momento Ovinocultores investem em softwares para qualificar rebanho favorável para a ovinocultura em razão dos preços valorizados está levando os criadores a aumentarem os investimentos na fazenda com o intuito de ganhar em produtividade do rebanho. E um dos caminhos mais procurados é a aplicação da tecnologia através de softwares de gestão que controlam desde o fluxo de caixa até o desempenho de cada animal no plantel. Algumas empresas perceberam este mercado em ascensão e estão desenvolvendo soluções de última geração. O proprietário do programa Syspron ovinos da empresa Syspron, Allan Rômulo, pretende ter 150 clientes com a comercialização de seu produto até a edição do ano que vem da Feinco (Feira Internacional de Ovinos e Caprinos), que acontece no mês de março no Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo, Capital. Segundo ele, este é um programa online que o produtor acessa de qualquer computador, sem que prejudique a velocidade nos processos. O acesso ao programa obedece o mesmo sistema de entrada em um particular, onde só há a necessidade do preenchimento de login e senha para o uso irrestrito do produto. O programa foi lançado oficialmente no início de novembro. De acordo com o proprietário, que também é médico veterinário e criador de ovinos há oito anos, este software partiu da necessidade do produtor ter um controle diário de seu rebanho, por isso todos os passos de lançamentos de dados e coleta dos mesmos são de fácil entendimento e eficazes como ferramenta de trabalho. Foram dois anos de elaboração do projeto e mais seis meses de programação. Todo este trabalho é para atender o criador da melhor maneira possível. Tenho consciência que inicialmente surgirão dificuldades, mas espero estar estabilizado dentro de um ano, argumenta Rômulo, que somente no valor da hora de programação investiu entre R$ 200,00 e R$ 300,00. Ele destaca também que, como produtor, muitos softwares disponíveis no mercado não atendiam suas expectativas, e isso também o incentivou a criar um programa próprio. O Syspron Ovinos terá suporte em tempo real e o produtor vai precisar desembolsar R$ 70,00 por mês para ter acesso aos dados. Somente na área de rações, há mais de 18 mil tipos disponíveis cadastrados no programa, além de mostrar soluções para os problemas e necessidades do criador, enfatiza Rômulo. Conforme o criador, a intenção futuramente é reduzir o valor da mensalidade Allan Rômulo, da Syspron e até mesmo torná-lo gratuito, caso haja uma parceria com o governo federal ou estadual. Nosso grande diferencial é manter a interatividade com o criador. Caso algum ovinocultor nos envie uma informação avisando que um determinado tipo de ração foi aprovado em sua propriedade, por exemplo, lançamos esta informação no nosso banco de dados, explica o proprietário. A intenção é ter um diálogo aberto com o criador, complementa Rômulo. A Seal e a Agrisoft se juntaram para elaborar o ADM móvel, um pacote que reunirá software, coletores de dados, middleware e treinamento. Com este sistema, informações como peso dos animais e controle de estoque serão coletados de forma informatizada e armazenados instantaneamente. O objetivo é disponibilizar os dados em tempo real aos empresários rurais. De acordo com o diretor geral da Agrisoft, Marcelo Tacchi, Fotos: Divulgação Computadores e softwares de gestão: ferramentas de controle e produtividade para o rebanho ovino o programa vai dispensar o registro das informações em papel para que, em seguida, elas sejam enviadas para uma segunda pessoa cadastrá-las no sistema. A empresa localizada em São Paulo, Capital, já vem desenvolvendo softwares agropecuários para administração rural desde 1995, e disponibilizou há oito anos o ADM Rebanho. Segundo Tacchi, o crescimento de vendas somente com este programa fica entre 30% e 40% ao ano, com exceção entre o período de 2005 e 2007 em conseqüência da crise nos preços das commodities. No período de crise fizemos investimentos para voltarmos a crescer e estamos conseguindo comercializar ao redor de 500 softwares por ano voltados somente para a pecuária. Estamos satisfeitos com o nível atual de vendas, após um período de crise que o setor agropecuário enfrentou, argumenta Tacchi. A empresa também oferece o ADM Agrícola, o ADM Máquinas e o ADM Cana. O valor de cada software custa ao redor de R$ 2.500,00, dependendo da necessidade do cliente. Hoje a empresa atende mais de 15 mil propriedades e presta serviço de instalação e consultoria para produtores em todo o País. Conforme Tacchi, ainda há espaço para crescer mais, visto que apenas 10% dos proprietários rurais no País utilizam tecnologia para gerir o negócio. Outra empresa que comemora o bom momento é a Procreare, de Belo Horizonte, Minas Gerais. O diretor-presidente, Alessandro Garcia, afirma que o software voltado para ovinocultores e caprinocultores, o Procreare Rebanhos, vem registrando alta anual entre 60% e 70% no volume de vendas desde A tecnologia é voltada para controlar o desempenho do animal através de uma ficha completa para que o criador possa descartar >>

14 Gestão 14 Após dois anos, uma fazenda sem controle não consegue dimensionar o volume de perda enquanto que com o software é possível ter resultado após quatro meses Fotos: Divulgação Procreare registra aumento nas vendas de software os exemplares que não estão dando resultado. Para Garcia, a intenção é oferecer um programa gerencial completo, que também inclui o controle de reprodução, sanidade, estoque e financeiro. Com este sistema instalado, o produtor abandona o papel porque consegue observar o ganho de peso diário do animal pelo computador, assegura Garcia. Depois de dois anos, uma fazenda sem controle algum não consegue dimensionar o volume de perda, enquanto que com o uso do software é possível ter resultado após quatro meses de instalação do sistema, complementa o diretor-presidente. Segundo ele, os valores dos programas variam de R$ 392,00, o básico, para até R$ 960,00, o mais completo. Todos eles possuem o treinamento incluído no preço final. A procura tem sido tão intensa que a empresa vem registrando mais de 300 usuários novos a cada ano. Hoje atendemos mais de 3,2 mil fazendas em mais de 600 cidades localizadas no Brasil, Portugal, Argentina, Panamá, México, entre outros Países, enfatiza Garcia. A intenção da Procreare, a partir de agora, é aumentar a visibilidade do produto através de feiras e exposições para se aproximar mais do produtor. O desenvolvimento dos sistemas é de responsabilidade da própria empresa, mas o projeto foi feito em parceira com mais de 50 universidades. Criadores fazem parceria com universidades A parceria com as universidades tem sido um atalho até para alguns criadores, que encomendam softwares sem o intermédio de empresas. Os ovinocultores de Bauru e região, em São Paulo, estão desenvolvendo junto às Faculdades Integradas de Bauru (FIB) um programa que terá três fases. A primeira delas, concluída recentemente, vai armazenar todas as informações básicas e será uma espécie de RG do animal, abrangendo o peso, a altura, a desmama, entre outros itens. A segunda etapa, que inicia em janeiro, vai abordar dados estatísticos de cada exemplar para poder compará-los com os de outras propriedades. E a última fase, que está prevista para começar em maio, vai mostrar os custos gerais para que o usuário possa visualizar os rendimentos com a comercialização de ovinos. De acordo com o zootecnista e diretor-presidente do Núcleo dos Ovinocultores de Bauru e região (Nobre), Alexandre Toloi, três criadores já estão testando a primeira etapa do sistema e o objetivo, quando todas elas estiveram concluídas, é buscar números para solucionar alguns problemas, como o preço do animal e melhorar a genética do rebanho. Hoje a carne ovina tem mercado, o que está faltando é uma escala de produção para frigoríficos e oferecer um produto com mais qualidade, destaca Toloi. Ele acrescenta também que a intenção é mostrar os benefícios do programa para a Associação Paulista dos Criadores de Ovinos (Aspaco) com o objetivo de disponibilizá-lo a outros núcleos no Estado. Já queremos fazer esta proposta Marcelo Tacchi, da Agrisoft ao término de implantação da primeira fase, enfatiza o dirigente. Os criadores da região oeste de São Paulo também estão buscando fomentar a atividade. Para isto, o vice-presidente da Associação Noroeste Paulista de Ovinocultura de São José do Rio Preto (Anpovinos), Alexandre Pinto César, afirma que estão sendo investidos R$ 700 mil para a qualificação do produto final. Metade dos recursos é oriundo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o outro dos próprios criadores. César explica que a verba será aplicada em três fases. A primeira é para assistência técnica, a outra para administrar o negócio e capacitar o criador através da criação de softwares em parceria com o Sebrae e a terceira etapa terá a verba direcionada para promover a carne ovina através de ações de marketing. Segundo César, a Anpovinos avaliou diversas empresas e a que ofereceu o melhor custo-benefício foi a Controlmax, localizada em Uberlândia, Minas Gerais. Esta empresa já trabalha com bovinos de corte e de leite, e agora fizeram uma adaptação para ovinos, salienta o criador. Ele explica que o sistema vai auxiliar diretamente na gestão da propriedade, em que o produtor vai inserir os dados dos animais no programa que serão repassados para uma central para avaliar diversos aspectos de cada exemplar, como a quantidade de animais do criador, o rendimento, se estão aptos para o abate, ou seja, a gestão completa de todo o processo produtivo. Atualmente dois criadores estão utilizando este serviço de forma piloto e a intenção é oferecê-lo para todos os associados em menos de um ano.

15 Novidade Por Horst Knak A persistência da pesquisa de mais de três décadas aliada ao atual entusiasmo dos criadores estão puxando o desenvolvimento do biotipo Soinga, nas duras condições do semi-árido nordestino. A persistência, típica do povo nordestino, foi demonstrada pelo médico veterinário José Paz de Melo, que desenvolveu o biotipo ao longo de décadas, a partir das raças Ingazeira (raça deslanada formada a partir da Bergamácia) e Somalis Brasileira. Já o entusiasmo se percebe na verve do atual presidente da Associação dos Criadores de Ovinos Soinga do Brasil (Acosb), Diel Figueiredo: O Soinga está dando um show de adaptação ao semi-árido nordestino e, de quebra, com a produção de uma carne espetacular, define Figueiredo. Em meados de novembro, a Acosb inicia a marcação dos animais puros, nos estados do Pernambuco, Ceará. Paraíba, Fotos: Divulgação Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Pará e Amazonas, onde o rebanho está estimado em cerca de machos e 3 mil fêmeas. Este processo representa o início do reconhecimento e homologação do Soinga como raça definida. Vamos mapear, zonear, identificar os animais, registrá-los, receber a confirmação da ARCO, para que o Ministério da Agricultura homologue Características raciais Ovinos rústicos, pesados, precoces e prolíferos. São de porte considerado grande, comparando-se com as demais raças nordestinas, machos adultos com 70 a 85 kg e fêmeas com 40 a 60 kg normalmente. CABEÇA: Tamanho médio, proporcional ao corpo com perfil semiconvexo a retilíneo, mostrando às vezes uma ligeira concavidade, focinho médio, olhos bem separados, narinas com boa proeminência e mucosas pigmentadas, orelhas medianas, carnudas, com inclinação lateral, bem implantadas e bem firmadas. PESCOÇO: Tamanho médio, grosso, bem inserido no tronco, com ou sem brincos, apresentando como sempre barbela para os machos. As fêmeas têm pescoço mais longo e delicado. CORPO: Com o tronco bem forte de forma cilíndrica, ossatura bastante vigorosa, com quartos dianteiro e traseiro proporcionais ao corpo. DORSO: Reto, permitindo-se pequena depressão atrás da cernelha. GARUPA: Com leve inclinação, quartos bem fortes e bem definidos, sem acúmulo de gordura. CAUDA: Tamanho médio, não ultrapassando os jarretes, com inserção triangular. Permissível: Inserção cilíndrica. MEMBROS: Ossos finos e fortes, de pronunciado vigor, cascos escuros, de bons aprumos, suportando naturalmente, o seu peso. PELAGEM: IDEAL - Cabeça Preta, com entrada triangular branca na nuca em direção ao chanfro, corpo branco com infiltrações. Permissíveis: Entrada branca na nuca, em direção ao chanfro e ao focinho; Entrada branca pela barbela, mandíbula e focinho; Pescoço, com hum terço do preto em direção ao tronco; Orelhas, com mais de 50% de preto; Manchas, nas laterais da face, com mais de 10 cm de diâmetro, nas laterais do corpo até 5 cm de diâmetro e nos membros, região inguinal e linha ventral sem dimensões especificadas. APTIDÃO: Carne, pele e leite. ADAPTAÇÃO: É a Raça que mais se adapta as condições adversas do semi-árido. DEFEITOS DESCLASSIFICANTES: Mucosas despigmentadas, porte pequeno, cobertura muscular deficiente em qualquer parte de corpo, orelhas grandes e penduladas, perfil ultra-convexo, peito estreito, presença de chifre ou de rudimento firme, prognatismo, agnatismo, inhatismo, nuca estreita, lordose, cifose, tronco curto, monoquidismo, criptoquidismo e hipoplasia testicular. 15 Soinga solução para o semi-árido nordestino Veterinário José Paz de Melo fez a seleção e desenvolvimento do Soinga II Encontro dos criadores reuniu mais de 100 animais em Natal, RN o Soinga como raça ovina brasileira, explica Diel Figueiredo. Os criadores também já criaram a associação, registraram estatuto e montaram conselho técnico, sempre por recomendação do Departamento Técnico da ARCO. Seguimos todos os passos recomendados e até o final de 2009 poderemos ter cumprido todas as exigências do Ministério. Esperamos festejar esta conquista na Festa do Boi em 2009, diz Figueiredo. Há várias edições, a raça Soinga tem comparecido a esta mostra realizada em Parnamirim, RN. Em 2007, mais de 250 animais inscritos no I Encontro de Criadores de Ovinos Soinga. Este ano, diz Diel Figueiredo, no II Encontro, foram mais de 100 animais inscritos e grande entusiasmo pela proximidade do reconhecimento como raça. Degustamos carnes e embutidos feitos com carne de Soinga, destaca ele, gourmet e chef formado na Itália e Austrália. Na busca por um animal resistente às duras condições do semi-árido nordestino, o Soinga é o resultado do trabalho de aprimoramento genético realizado pelo médico veterinário José Paz de Melo, na Fazenda Xique-Xique, no Pernambuco, realizando o cruzamento do reprodutor Somalis brasileiro com 40 matrizes Ingazeira. A Ingazeira é um ovino deslanado resultante de cruzamentos alternados de animais das raças Bergamácia e Morada Nova Branco. José Paz de Melo iniciou o trabalho marcando a ferro candente, com número zero, na orelha direita. As crias resultantes do citado cruzamento tiveram as numerações subseqüentes na mesma orelha até a oitava geração. Na escolha de reprodutores, buscou-se através de seleção massal o melhor exemplar por fase ou etapa, para cruzar com as matrizes da mesma etapa ou fase, visando a próxima seqüência e assim sucessivamente. Em todas as etapas, os cruzamentos foram realizados com reprodutores de seis a doze meses visando o cumprimento das metas com agilidade e rapidez. O padrão racial foi fixado em meados dos anos 80. O objetivo dos cruzamentos de José Paz de Melo era de- Diel Figueiredo, presidente da Associação dos Criadores senvolver um animal com boa capacidade produtiva aliada a uma eficiente resistência as condições adversas do semiárido nordestino. Os quase trinta anos de trabalho resultaram num animal rústico (adaptado ao semi-árido), precoce, prolífero (alta incidência de partos duplos), com excelente cobertura muscular sem excesso de gordura, em que os machos atingem até 85 kg e as fêmeas com peso variando entre 40 e 60 kg. O Soinga é uma espécie de primo do Dorper, já que foi formado pelas mesmas raças (O Dorper é de origem africana). Atualmente, há criadores de grande porte, como Francisco Peraz zo, que cria 3 mil matrizes Soinga no Vale do Pajeú, afluente do São Francisco, no Pernambuco, fornecendo 100 cordeiros/mês a churracarias locais. Diel Figueiredo estima que existam 5 mil animais Soinga puros neste estado. Lembra ainda que os povos árabes e judeu tem verdadeira adoração por carnes ovinas de qualidade. É um mercado que temos que considerar quando a produção alcançar escala comercial, sentencia. Com rendimento de carcaça superior a 50%, o cordeiro Soinga por certo vai chegar a consumidores exigentes até Estamos nos preparando para organizar o abate, garantindo a compra de cordeiros de criadores que ingressarem no projeto, promete Diel.

16 16 Criadores brasileiros conhecem sistema de produção do Uruguai A II Missão Brasil- Uruguai Ovinos, realizada entre 22 e 26 de Outubro e entre 28 de Outubro e 1º de Novembro, teve como objetivo identificar e aprender com os uruguaios como obter qualidade da carne, volume, e preço e, especialmente, a eficiência na organização da Cadeia Produtiva. Adicionalmente, um sistema associado de produção de leite, carne e lã, explorando a multiplicidade de produtos da espécie ovina. O evento foi organizada pelas associações estaduais Accomig e Aspaco, com apoio da Fort Dodge e Grupo Marfrig e apoio institucional da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (ARCO), do Grupo de Extensão da Pesquisa em Ovinos e Caprinos (Gepoc), Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Cooperativas El Fogon e Central Lanera e Facultad de Veterinária Universidad Nacional de Uruguay. A Missão, com 60 participantes, de 12 estados brasileiros e de Canelones/Uruguai, coordenada por Cynthia Magalhães, foi acompanhada pela professora Aurora Gouveia (Ufmg), professor Juan Peres (Ufla), e pelos engenheiros agrônomos uruguaios Mariano Carballo, Gabriel Capurro, Nestor Cabrera, Daniel Andino e Roberto Perrachon. Observando todos os pontos-de-vista de toda a cadeia produtiva desde o manejo para distintas realidades, até a Fotos: Divulgação Participantes degustaram a carne e conheceram processos de produção de leite ovino organização coordenada pelo Secretariado da Lã, cooperativas, institutos oficiais de pesquisa, o presidente da Aspaco, Arnaldo Vieira Filho, ficou entusiasmado como este pequeno país em extensão territorial consegue gerar renda aos produtores e divisas à sua balança comercial da atividade pecuária da ovinocultura. Governança, pesquisa, gestão, organização e união são segredos do sucesso, completa Arnaldo. Estudiosa do sistema de produção uruguaio, a professora Aurora Gouveia explica que o relevante não é o produto final em si, mas a forma eficiente com que os produtores uruguaios se organizam, garantindo a oferta de produtos de qualidade, com preços competitivos internacionalmente, mas que remuneram bem aos produtores, com a compra definida no início do ciclo produtivo. Os produtores não se preocupam em ter uma marca própria, e sim em fazer o que sabem - produzir com baixo custo e qualidade, deixando a comercialização com a indústria, a cargo das cooperativas de primeiro, de segundo e de terceiro graus. Estas cooperativas, por sua vez, possuem técnicos remunerados, que se encarregam da produção de alimentos e da manutenção sanitária preventiva nas propriedades rurais. A programação teve como foco o comércio da carne de cordeiro tipo exportação, e, paralelamente, o processamento da carne de ovinos adultos Arnaldo e Aurora no Uruguai (acima de um ano) e a exportação de animais vivos. Os participantes conheceram com detalhe a organização e os objetivos do SUL, que garantem a assistência técnica sanitária e alimentar a 900 produtores. Palestras, aulas práticas, material informativo e um almoço, com degustação da carne de Cordeiro Pesado tipo exportação, deram uma idéia exata do que se faz no Uruguai. A veterinária instrutora do Senar-MG e diretora da Caprileite/ Accomig, Heloisa Magalhães, disse que o Uruguai mostra a importância da união entre os produtores, que juntos, conseguiram montar uma estrutura de apoio, não-governamental, com força para obter tudo que seja necessário para manter a atividade e fazê-la crescer. Temos que trazer esse sentimento para nosso país!, completa Heloisa. A programação incluiu ainda a visita à moderna planta do Frigorífico Marfrig Group, com destaque para os equipamentos que buscam o bem- estar animal. Todos tiveram a oportunidade de ver de perto as instalações da planta industrial. A veterinária e criadora matogrossense Silvia Tartari, observou que a ovinocultura não é somente a criação, o manejo, a sanidade e a alimentação. Se o animal está aí para nos servir, nem por isso devem se explorado. O que funciona lá são as pessoas, elas sim fazem a ovinocultura, com a união, o apoio, a ajuda mútua e a pesquisa. Na visita à estação experimental da Faculdade de Veterinária da Universidad Nacional de Uruguay, foi apresentado o modelo para o pequeno é médio produtor de leite de ovelha e derivados, incluindo a degustação dos queijos curados. Arnaldo e Aurora destacaram que é fundamental o fato dos produtores uruguaios buscarem a melhoria de índices e de destinações para todas as classificações de ovinos, como capões, ovelhas e cordeiros, explorando a espécie de forma racional, buscando sempre, pelo menos, duas fontes de renda nesses animais, melhorando o equilíbrio econômico da atividade. A pesquisa busca suprir as necessidades dos produtores. Forte vínculo junto ao comércio - precificação da lã e da carne e um ajuste dos manejos e absorção de tecnologia para melhoria de um produto final que atenda a demanda e não o contrário, como é feito no Brasil - produzimos sem saber o que o mercado demanda, explica Aurora.

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