VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de A linguagem como praxis racional

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1 A linguagem como praxis racional Tatiane Boechat PPGF-UFSCar Doutoranda - Capes Resumo: Abordaremos neste artigo a questão da linguagem a partir da proposta das Investigações Filosóficas de Ludwig Wittgenstein de tomarmos a linguagem como uma prática enraizada no contexto social e nos propósitos e necessidades humanas. Assim, num primeiro momento, mostraremos a imagem de linguagem que concebe o sentido como função exclusiva de uma ligação autônoma entre a palavra e a coisa, tendo nessa relação designativa a sua essência. E, em seguida, analisaremos o modo de aquisição da linguagem que resulta deste modelo, a definição ostensiva das palavras. O mais importante será notar que no modo de operar da definição ostensiva não há uma relação de significação a ser apreendida independentemente de uma prática específica, visto que, em cada caso essa relação pode ser interpretada diferentemente. Isso nos auxilia a delimitar melhor o problema da significação do ponto de vista do ensino ostensivo ao ressaltar a subordinação desse tipo de atividade a outro mais primordial. Somente se produz a compreensão desejada da expressão supondo, de maneira essencial, o domínio prévio ou pré-predicativo da linguagem e do sentido. Nesse sentido, a própria natureza do processo de nomeação já supõe uma linguagem (uma praxis). Palavras-chave: nome; ensino ostensivo; uso; significação; compreensão. Introdução Nas Investigações Filosóficas, Wittgenstein nos guia em direção às práticas lingüísticas ordinárias. Considerada sob certos aspectos, veremos que ela enfeitiça nosso intelecto. Ora, o interesse pela descrição agostiniana do funcionamento da linguagem indica claramente a sua escolha por uma descrição que pode ser tomada como paradigma e fonte de difundidas e aceitas versões lingüísticas de uma teoria da representação (segundo ele mesmo diz: o modelo de objeto e designação (WITTGENSTEIN, 2009, 293)). No início das Investigações ele se refere a essa concepção geral como uma imagem da essência da linguagem humana (WITTGENSTEIN, 2009, 1). Importa para Wittgenstein, antes mesmo de discutir se ela está ou não comprometida com a distinção entre uma diferença de tipos de palavras (como afirma o 1), expor a sua raiz que pensa somente em segundo plano em nomes de certas ações e propriedades e outros tipos de palavras como algo que se irá encontrar (Ibid.idem grifo nosso). Essa imagem da linguagem se manifestaria, ISSN PPG-Fil - UFSCar

2 grosso modo, no privilégio concedido a certo tipo de palavra que, à primeira vista, se adéqua e se conforma com o objeto possibilitando assim sua significação, como se a sua essência estivesse nessa relação de designação. (Veremos que no caso de palavras como e, ou, isso, entre outras, a relação de designação força o encaixe a alguma coisa de modo a promover uma torção da palavra com o denominado. Na explicação ostensiva Isto se chama...? Wittgenstein pergunta: Esse demonstrativo é [mesmo] um nome?) Assim sendo, não interessa ao nosso autor dar explicações sobre a existência de diferentes tipos de palavras, mesmo porque essa discussão inserir-se-ia na obviedade, mas mostrar a multiplicidade de usos que fazemos das palavras, isto é, como operamos com as expressões e, consequentemente, como ocorre algo como o sentido. Vale ressaltar aqui, e delimitar melhor nosso próximo passo, que a elaboração de Wittgenstein nas PU, segundo ele mesmo disse, está longe de ser uma Filosofia da Linguagem ou, mais especificamente, uma teoria acerca dela (se bem que se pode discutir até que ponto tal renúncia encaixa-se no contento de suas obras publicadas). A atenção que o nosso autor presta aos problemas da linguagem não a toma como um âmbito de investigação próprio, mas direciona-se ás suas raízes; isso implica em um reposicionamento mais abrangente do que até então se concebeu. O que se põe em questão é a natureza da linguagem e todas as relações que a perfazem (com os objetos do mundo, os falantes, os ouvintes, os comportamentos, entre outros) e não um exame de uma descontinuidade suposta entre a natureza da linguagem e nós, os falantes. É nesse sentido que o trabalho de Wittgenstein nos exime de tomar a linguagem como um algo, uma unidade: a linguagem. Nesses termos, sua investigação liga-se à discussão dos signos lingüísticos somente de modo secundário. Alguns intérpretes encontram nas discussões dos primeiros parágrafos indícios de uma teoria lingüística do sentido. Ressalta Wittgenstein no 108: nós estamos falando sobre o fenômeno espacial e temporal da linguagem ; isso significa que sua investigação fala desde uma perspectiva filosófica, e acrescenta, é possível se interessar por um fenômeno em uma variedade de caminhos, mas o que ele não pretende dispor no seu trajeto é de alguma não-entidade a-espacial ou a-temporal para falar do fenômeno da linguagem. É certo, portanto, que Wittgenstein não pensava em propor nenhuma teoria do sentido ou do significado com essa obra. ISSN PPG-Fil - UFSCar

3 Retomemos nosso assunto. Para mostrar a multiplicidade de usos que fazemos das palavras, a análise crítica que Wittgenstein faz da descrição agostiniana direciona-se ao conceito de significação utilizado pela filosofia. Ela traz a raiz da ideia de que toda palavra tem um significado e que o significado é atribuído à palavra pelo objeto que ela designa. O exame desse modelo é central e alvo de críticas por toda a obra, justamente por ser o sustentáculo da disseminada concepção filosófica da significação. Procuraremos nos aproximar desse modelo objeto e designação (Gegenstand und Bezeichnung) pela análise do uso e do aprendizado da palavra e do significado no nosso discurso cotidiano (considerado sob certo aspecto, isto é, no qual a linguagem ordinária é vista como fundadora dos problemas ocasionados à filosofia, fundadora das ilusões gramaticais), mais especificamente pela definição ostensiva das palavras. Desenvolvimento Notemos que, segundo Wittgenstein, a concepção agostiniana da linguagem expressa a seguinte imagem: as palavras são nomes e as proposições são combinações de tais nomes. No exemplo de linguagem do 2 (que procura corresponder à descrição agostiniana), cada um dos materiais de construção corresponde a um nome. Para saber o nome é preciso saber a qual material ele é apropriado. O falante usa quatro nomes: tijolo, coluna, laje e viga para expressar seu desejo por um dos materiais. Quando o construtor fala um nome o ajudante entrega-lhe o objeto correspondente. Percebe-se que o exemplo especifica um contexto (canteiro de obras), os falantes, um vocabulário (os quatro nomes) e um critério de entendimento (entregar os materiais na devida ordem desejada pelo construtor). Perguntemos, bastaria isso para a considerarmos uma linguagem? Há quem afirme que possuir uma sintaxe é prérequisito para se ter uma linguagem. Para muitos estudiosos da linguagem faltaria a ela 1) possuir uma sintaxe, 2) ter regras para a formação da sentença, 3) ser possível expressar generalidades, 4) partilhar da verdade e da falsidade, e consequentemente, 5) contar com outros modos de discurso e não somente com o modo imperativo. No entanto, esse jogo de linguagem, exposto no início da obra, mostra uma linguagem que não se encaixaria a tais exigências, isto é, ao modelo usual de linguagem, pois ela não se sobrepõe a nenhum pano de fundo especificamente lingüístico, ou seja, não há nela a Nota-se que Wittgenstein discorre a respeito dessa primeira tese, mas não explicitamente sobre a segunda, conforme nos parece; além disso, tais teses não deveriam ser inferidas da descrição agostiniana, mas podem muito bem serem inferidas do Tractatus Logico-philosophicus. ISSN PPG-Fil - UFSCar

4 possibilidade de qualquer sentença afirmativa, nem lhe é indispensável a distinção entre sentido ou não-sentido. Por outro lado, percebe-se que tudo o que cerca o construtor e seu ajudante, a saber, a atividade de construir, o vocabulário, o critério de entendimento (pedir as pedras na ordem estipulada) e o uso adequado dos nomes são fundamentais para que entendamos essa descrição como contendo uma linguagem e, portanto, uma racionalidade. O único problema aqui é pensar que haveria proposições descritivas por trás da atividade da linguagem e por tal motivo o sentido viria à tona. Contrariamente a isso, podemos entender que apesar de não haver na linguagem dos construtores a possibilidade de uma exposição amplamente circunstanciada pela palavra escrita ou falada, isto é, não ocorrer em seu interior uma sentença propriamente dita tal como ocorre habitualmente na nossa comunicação ( Traga-me uma laje! ao invés de Laje!, como mostra o 19), isto não implica em um aspecto primitivo e simplista. Essa linguagem apresenta um sistema rudimentar de comunicação sem mostrar-se incompleta. Não se pode desqualificá-la por não conter uma determinada metodologia (fundamentalmente aquela seguida pelos estudiosos da natureza da linguagem), nem por consistir apenas do recebimento e do cumprimento de ordens, ainda que tal exemplo simplifique demasiadamente o fenômeno, ele equivale a uma linguagem primitiva completa (WITTGENSTEIN, 2009, 2). Contudo, esse exemplo nos mostra que há algo como um pensamento primitivo, algo como um uso rudimentar do significado em nossa linguagem ordinária. Nesse sentido, o que não nos parece tão óbvio na nossa linguagem é o uso que fazemos das palavras. Ao invés de Wittgenstein apontar para o uso dos vocábulos sincategoremáticos (o que pode dar a mostrar-se no início da obra), sua intenção é mostrar que as funções das expressões são reveladas em seu emprego. Assim, a função que as letras designam pode parecer semelhante, mas não é o mesmo. Com efeito, a resultante da imagem agostiniana da linguagem entende as funções de palavras como: cinco, aqui, vermelho, etc. como contendo a mesma função que os substantivos, por exemplo, casa, árvore, carro, etc. Nesse caso, uma partitura, se tomada como uma notação de sons, perde toda a intensidade (para não dizer, vivacidade) que integra suas notas musicais. Assim como ocorre com as notas musicais, a descrição designativa é uma simplificação. Diz Wittgenstein, nem tudo que chamamos linguagem é esse Essa atividade contém traços relevantes nos quais podemos compará-la à linguagem stricto sensu. Por exemplo: a possibilidade de expressar pensamentos que tal atividade parece cumprir prontamente. ISSN PPG-Fil - UFSCar

5 sistema [de comunicação] (WITTGENSTEIN, 2009, 3). Dessa forma ela é útil somente para um domínio estritamente circunscrito, [mas] não para a totalidade do que se pretendia expor (Ibid.idem). Certamente veríamos isso se não houvesse uma recusa em olhá-la em seu funcionamento e conteúdo. Mas porque tal recusa? Para respondermos a esta pergunta, primeiramente deveremos entender como o conceito geral de significado impede a visão de seu funcionamento. Procuremos perceber o que ocorre quando uma criança aprende a falar. É claro que não se ensina uma criança a falar através de explicações lingüísticas, nesse momento da aprendizagem ela não tem capacidade intelectual para assimilar descrições desse tipo. Quando aprende a falar ela usa formas primitivas de linguagem, entre estas várias formas está o comportamento relativo à dêixis (do grego Deiktikós). Nesse sentido, diz Wittgenstein, a criança aprende a falar pelo treinamento (Abrichtung). O treino é um exercício repetitivo sem a necessidade de explicação, não há interesse em saber quais os procedimentos ou nexos causais desse comportamento. O treino consiste em o instrutor apontar para objetos, chamar a atenção da criança para eles, portanto, pressupõe um contexto de ação, enquanto profere a palavra, ao apontar para o objeto sua forma é mostrada. Ele se põe no limite da nossa racionalidade. O que ocorre aqui não é uma explicação ou definição ostensiva da palavra (hindweisende Erklärung ou Definition). Para Wittgenstein o ensino da linguagem não é uma explicação, mas um treinamento (WITTGENSTEIN, 2009, 5). Para a criança o significado da palavra ainda não corresponde a uma definição e, se ela não pode perguntar pelo significado do nome, não pode haver a denominação do objeto retido e portanto a significação. O que ocorre no ensino ostensivo das palavras (tomado como a explicação (Unterricht) do sentido de uma palavra ou como ela é e pode ser usada) representa muito mais do que nos é superficialmente apresentado. O comportamento ostensivo de aprendizagem, por ser parte de um treinamento, Cf. WITTGENSTEIN, 2009, 5. Cf. WITTGENSTEIN, 2009, 5-6. Cf. WITTGENSTEIN, Zettel, 419. Na língua alemã o verbo transitivo Abrichten designa o treino por adestramento, ou seja, exclusivo para animais. A palavra treinamento não é um sinônimo perfeito de abrichtung, pois em português podemos aplicá-la tanto a animais quanto a crianças. Usado nessa direção o termo treinamento dá margem para uma interpretação behaviorista do homem e da significação. No entanto, partilhamos da interpretação de Balthazar Barbosa Filho na qual parece possível, e mesmo necessário, interpretar essas passagens como sendo, frequentemente, artifícios enfáticos deliberados. Por um lado, com efeito, há ISSN PPG-Fil - UFSCar

6 caracteriza-se como um comportamento que segue regras. Não trataremos do conceito de seguir uma regra nesse momento, mas o que se deve ter em mente é que um comportamento que segue regras está implicado em um comportamento práticoreflexivo. Justamente por isso o treinamento não é um comportamento reflexo, automático ou algo nessa linha; no treinamento já está em questão algo como o sentido, isto é, certa racionalidade ou domínio. Não obstante, se há racionalidade, há linguagem, daí a pergunta: Em que medida a racionalidade pode ser considerada treino? É um engano pensar que uma expressão só será descritiva na base de uso descritivo (a câimbra referencialista), nesse caso, a palavra tijolo seria a maneira abreviada de uma determinada descrição. Se aceitarmos que o ensino ostensivo é parte do treinamento, mesmo que este não seja um modo explicitamente lingüístico, veremos que é através dele que a atividade lingüística se perfaz (WITTGENSTEIN, 2009, 6). Saber que sépia está correlacionada com a palavra de uma cor não determina qual a fronteira entre o seu término e os outros vários tons de marrom. Se saber alguma coisa, fundamentalmente o que uma palavra significa, ocorre quando posso acessar o significado da coisa através de uma imagem na mente quando se ouve a palavra, então, entender a palavra sépia inclui saber sobre o objeto sépia, mas sabemos que esse objeto não existe. Assim, poderíamos dizer que não é sobre o objeto que se debruça o significado do nome. No 31 Wittgenstein apresenta uma analogia que pode nos explicar melhor o uso que foi feito por essa concepção referencialista da linguagem da palavra saber e, portanto, do modo como se concebeu a compreensão das coisas. O exemplo apresenta três aprendizes. O primeiro conhece as regras do jogo de xadrez, sabe que há uma peça chamada rei e conhece suas possibilidades de movimentação, mas não sabe qual é a forma da figura do rei, isto é, qual é a figura referente ao rei. A correspondência que este aprendiz faz à forma da figura de jogo diz respeito apenas a um som ou, no máximo, à forma de uma palavra. O segundo aprendiz pode jogar em concordância com as regras assimiladas ao observar diversos jogos de tabuleiro. Porém, ele nunca formulou explicitamente essas regras, mas se perguntarmos como a peça do rei se move ele nos mostrará. Ele não confundirá a peça do rei com a da rainha, contudo, ele o faz mesmo sem saber que existe um rei e uma rainha no jogo, contrariamente ao primeiro aprendiz. O terceiro e último, não sabe nenhuma regra sobre o jogo de xadrez. analogias inegáveis entre a maneira como uma criança aprende a linguagem e o adestramento de um animal (v. Brown, p. 77). Mas isso não impede Wittgenstein de sublinhar as diferenças profundas que existem entre os dois casos (ver: Investigações Filosóficas e p. 229). BARBOSA FILHO, B. Os modos da significação. pg.63. ISSN PPG-Fil - UFSCar

7 Sua instrução se deu da seguinte forma: ele já estava familiarizado com o jogo ao assistir o jogo de outra pessoa, sabe o que é um tabuleiro e uma peça. Se fornecermos a ele a explicação Este é o rei ao mostrar uma figura que para ele tem um aspecto desconhecido, mesmo esta explicação informará a ele sobre o uso da peça, visto que, como podemos dizer, o lugar para ela já estava preparado (WITTGENSTEIN, 2009, 31). Só pode ser ensinado ao aprendiz o uso da peça de xadrez se ele já souber o que é uma figura de jogo, isto quer dizer que se ele está familiarizado com a peça, ele sabe o que fazer com ela (Idem, ibid.). Saber usar uma expressão é anterior a se poder questionar uma denominação. (É nesse domínio de uso que se põe a possibilidade de linguagem e é ele também que aponta para a natureza lingüística do homem). Essa familiaridade com o xadrez está intrinsecamente unida às circunstâncias de jogar uma partida. No caso de apontar ou dirigir a atenção para a forma de algo e não para a sua cor, vemos implicadas as circunstâncias do jogo de linguagem em questão. Assim, é preciso entender uma definição ostensiva para dominar um jogo de linguagem, isto é, o que acontece antes e depois do apontar (WITTGENSTEIN, 2009, 35). Dessa maneira o aprendiz terá maiores condições de por convenientemente a pergunta como se chama isto? ou seja: esta figura de jogo. Pelo motivo que, entende quando lhe explicam a palavra rei, dizendo: Este é o rei (ou Este se chama rei ), pois sabe o que é, ou melhor, o que fazer com uma figura de jogo porque compreende a prática de jogo. Um aprendiz pode, portanto, usar as palavras ou jogar o jogo não porque ele já conhece as regras, mas porque, em outro sentido, ele já domina um jogo (WITTGENSTEIN, 2009, 31). Saber o que fazer com as palavras e elaborar proposições com sentido dependerá claramente das circunstâncias do jogo de linguagem. Assim, a definição ostensiva ocorre imersa em um conjunto de relações circundantes, tal como perguntar pelo nome de alguma coisa, ensinar e explicar o nome de algo etc., sem as quais todo e qualquer gesto de apontar nada assinalaria. Unindo a barra com a alavanca, aciono o freio. Sim, dado todo o mecanismo restante. Somente em conjunção com este [mecanismo] é ela uma alavanca do freio, e separada do seu apoio ela não é nem ao menos alavanca; antes ela pode ser qualquer coisa ou nada. (WITTGENSTEIN, 2009, 6) Cf. WITTGENSTEIN, 2009, 30. ISSN PPG-Fil - UFSCar

8 Vemos com isso que o próprio processo de nomeação supõe uma linguagem, uma racionalidade prática. Assim, a noção de saber pertence, antes, ao domínio do jogo de linguagem onde a significação e a compreensão são dois aspectos complementares de um mesmo fenômeno: o da apreensão do sentido. A definição ostensiva explica o significado da palavra caso o papel que a expressão desempenhe na linguagem já esteja claro, em outras palavras, que haja certa compreensão antes de toda e qualquer denominação. Nessa perspectiva, a noção de saber tem muito mais a ver com estar apto a ou poder fazer certas coisas do que com a clareza na mente de uma imagem. Para se entender uma definição ostensiva é preciso antes dominar um jogo, saber como usar as expressões, estar hábil para empregá-las. (WITTGENSTEIN, 2009, 31). Pode-se conhecer a palavra árvore sem saber os nomes de árvores e vice-versa, mas se não souber alguns nomes de cores não se pode explicar o significado do conceito de cor. Como fazer um movimento no xadrez não consiste somente em empurrar uma peça de um lado para outro no tabuleiro nem também nos pensamentos e sentimentos [do jogador] que acompanham o movimento, mas antes nas circunstâncias (Umständ) que chamamos: jogar um jogo de xadrez, resolver um problema de xadrez, e coisas do gênero (WITTGENSTEIN, 2009, 33). Para Wittgenstein, boa parte dos problemas filosóficos se encontra presa a má compreensão das palavras saber (wissen) e estar claro (klar sein). Saber ou compreender alguma coisa não depende que uma proposição figure algo e nem mesmo que uma descrição tenha necessariamente que apresentar um sentido definido e fixo. Saber usar um nome requer que se esteja num jogo de linguagem. Conclusão A ideia segundo a qual todo nome tem um significado e o significado é o objeto por ele representado não funciona. Para Wittgenstein o equívoco se mostra quando se percebe que o estabelecimento dessa correlação não diz absolutamente nada sobre o significado da expressão. Ao prescrever um modelo de significação que tornou Agora o que salta aos olhos não é mais a significação como essência da coisa, o nome da coisa, mas a articulação da experiência que possibilita a utilização de expressões, isto é, o domínio da praxis da linguagem. Com efeito, na concepção referencialista da linguagem esse domínio era lido desde um paradigma que reduzia a função semântica das expressões a nomes próprios (Cf. WITTGENSTEIN, 2009, 50, 51, 55, 57, 215). Cf. WITTGENSTEIN, 2009, 30. ISSN PPG-Fil - UFSCar

9 ininteligível a aprendizagem da linguagem, a definição ostensiva mostra-se sujeita a falhas. A pergunta pelo significado de algo não deve curvar-se mais ao formato o que é ou qual é o significado, pois este já não representa um portador. Nem aparece como um signo ou imagem mental acessada a cada vez que se pronuncia ou se ouve uma palavra. Ao notarmos que é uma falha [da linguagem] usar a palavra significar para designar a coisa que corresponde à palavra (WITTGENSTEIN, 2009, 40), aprender a linguagem não consiste então em nomear objetos, em outros termos, em apreender a relação entre a palavra e a coisa. Segundo o autor, o modo correto de colocar a investigação sobre o que designam as palavras só se estabelece se perguntarmos pelo modo como são usadas (WITTGENSTEIN, 2009, 10); o uso que é feito de uma expressão. Afirma ele no 43: O significado de uma palavra é seu uso na linguagem. A abordagem crítica da aprendizagem ostensiva, tal como faz Wittgenstein, nos diz que o sentido está fundamentalmente ligado á noção de uso, utilização e aplicação da expressão correspondente e que a sua unidade não é garantida por uma essência comum, mas pela identidade de uma praxis lingüística. Podemos dizer que o grande erro na compreensão do uso do signo, na ideia arraigada que temos de significação, portanto, é que ao procurar pelo uso do signo o fazemos como se ele fosse um objeto coexistente com o signo, [isto é], ficamos à procura de uma coisa correspondente a um substantivo. No uso da palavra podemos dizer que o compreender e a significação se mesclam de tal modo que são simplesmente indissociáveis. É nesse sentido que se Cf. WITTGENSTEIN, 2009, 26. É preciso ter cuidado para não confundir a relação entre o significado de uma palavra é seu uso na linguagem e a associação do significado ao modo como entendemos uma sentença ou a função de uma expressão em um cálculo, com o seu lugar na gramática ou com uma explicação do significado. Portanto, o que se pretende ressaltar aqui é para se identificar essa junção entre o uso da palavra e o significado da palavra é preciso mapear a gramática do significado, isto é, de como ele aparece nos contextos lingüísticos; o que quer dizer entender o significado de uma palavra, explicar o significado da palavra e como duas palavras pode ter o mesmo significado e etc. (Complementar com: meaning and understanding parte I secção 3). Compreender uma palavra significa saber como usá-la corretamente, isto é, ter o domínio de seu uso (Gebrauch) nas várias circunstâncias ou nos variados jogos de linguagem (Cf. WITTGENSTEIN, 2009, 421). WITTGENSTEIN, The Blue Book. Oxford: Blackwell, pág. 5. Nesse modo de abordagem há três aspectos nos quais se pode abordar o problema filosófico do sentido. Tratamos no texto do primeiro aspecto: o da significação (Bedeutung, Sinn) e introduzimos levemente o segundo: o do compreender (Verstehen), o terceiro, o do significar (meinen) está tacitamente envolvido nos anteriores, apesar de ele não ter sido examinado. ISSN PPG-Fil - UFSCar

10 abre nas Investigações dois âmbitos de acesso ao sentido. O nível primário de acesso à linguagem e ao sentido que não consiste em uma explicação ou definição de palavras, isto é, ao nível secundário e explicitamente exposto das palavras. Lembremos que para que um aprendiz compreenda uma palavra como copo é necessário que ela já domine o jogo de linguagem no qual a expressão é usada e através da qual se torna inteligível. Dessa maneira, apreender uma expressão no nível primário de acesso à linguagem não corresponde à apreensão da significação buscada de modo pré- ou a-linguístico, visto que, a significação não pode ser apreendida fora das circunstâncias que a justificam, ou melhor, fora da dimensão de um jogo de linguagem. É nesse sentido que compreender o papel que uma expressão desempenha na linguagem significa dominar uma técnica, dominar uma praxis (WITTGENSTEIN, 2009, 150, 199). Parece-nos ser desse modo que o treinamento está implicado em uma racionalidade, fundamentalmente ao pressupor um contexto de ação. O ensino ostensivo, portanto, não é a ponte entre linguagem e realidade. Ele somente se mantém enquanto aprendizagem na linguagem porque vem acompanhado de determinada instrução (WITTGENSTEIN, 2009, 6 grifo nosso); Wittgenstein chama a atenção para o fato de que, sozinho, o ensino ostensivo não fornece nenhuma pista sobre o significado da coisa. Ele deve estar ligado a outras práticas. Nesse sentido, entender a palavra é reagir de um determinado modo em um determinado contexto. O significado não será mais a referência a algo, nem será algo a que se tem acesso pelo ensino ostensivo, mas pertence a um comportar-se. A vinculação do ensino ostensivo com o significado só se estabelece desde uma prática determinada, isto é, desde o contexto de uma práxis (é preciso aqui discutir a noção de Verstehen para desenvolver melhor essa discussão, por falta de tempo não o faremos). Se o ensino ostensivo estiver em relação com o contexto do treino ele é eficiente. É preciso considerar, como diz Wittgenstein, todo o mecanismo restante para que algo realmente alcance uma significação. Unir a barra com a alavanca, [somente] aciona o freio se se considera o seu apoio. Somente dentro desse mecanismo, é que uma alavanca é uma alavanca. Fica vedado, assim, extrair que a essência da linguagem está na designação, pois vimos que a ideia de uma referência nesse caso é inócua e inoperante. BIBLIOGRAFIA Cf. WITTGENSTEIN, ISSN PPG-Fil - UFSCar

11 BARBOSA FILHO, B. Os modos da significação. (prelo) VON WRIGHT, G. H. Wittgenstein. Oxford: Basil Blackwell, WITTGENSTEIN, L. Philosophical Investigations. Oxford: Basil Blackwell, Blue and Brown Books. Oxford: Basil Blackwell, Zettel. Oxford: Basil Blackwell, ISSN PPG-Fil - UFSCar

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