DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COM REDAÇÃO FINAL TRANSCRIÇÃO IPSIS VERBIS

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1 CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO TRANSCRIÇÃO IPSIS VERBIS CPI - TRÁFICO DE ÓRGÃOS HUMANOS EVENTO: Diligência em Recife N : 0761/04 DATA: 13/05/2004 INÍCIO: 16h50min TÉRMINO: 18h18min DURAÇÃO: 1h28min TEMPO DE GRAVAÇÃO: 1h28min PÁGINAS: 38 QUARTOS: 18 DEPOENTE/CONVIDADO - QUALIFICAÇÃO José Sílvio Boudoux Silva - Médico e Coronel reformado da Polícia Militar do Estado de Pernambuco. SUMÁRIO: Tomada de depoimento. Reunião realizada em Recife. Há falha na gravação. OBSERVAÇÕES

2 O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Vamos reiniciar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito. Está conosco, na qualidade de convocado pela CPI, o coronel Sílvio Boudoux, que já está presente. E, neste momento, eu quero, por se tratar de oitiva de testemunhas, solicitar ao Sr. Sílvio Boudoux que preste juramento, conforme o art. 203 do Código de Processo Penal, a esta Comissão Parlamentar de Inquérito. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Faço, sob a palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e me for perguntado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Em conformidade com o art. 210 do Código de Processo Penal, advertimos ao depoente das penas cominadas ao crime de falso testemunho, assim descrito no Código Penal: Art Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ou intérprete em processo judicial, policial ou administrativo ou em juízo arbitral. Sendo assim, eu concedo a palavra ao coronel Sílvio Boudoux para fazer as suas considerações para a CPI, se quiser fazer uso da palavra de início. Assim, como convocado, tem a oportunidade de falar pelo tempo de 20 minutos. Caso não queira fazer uso do tempo, os nobres Parlamentares então estarão com a palavra franqueada para inquirir o depoente. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Certo. Eu acredito que será melhor a minha exposição com relação aos fatos apresentados à CPI. Meu nome foi envolvido em tudo isso pelo fato de ter sido durante 24 anos e meio oficial médico da Polícia Militar e, neste período de tempo, ter conhecido o capitão Ivan Bonifácio, que trabalhou comigo durante algum tempo no serviço ativo e, posteriormente, quando eu passei para a reserva, depois de 2 anos e meio, tive a oportunidade e a honra de voltar à corporação e, chegando a uma associação dos reformados da Polícia, encontrei o capitão Ivan Bonifácio como diretor de patrimônio dessa associação. Nesse tempo, passamos a conviver diariamente; ele, uma pessoa solícita e que sempre se dispôs a intermediar ou fazer valer o seu estado de dirigente da associação para melhorar as condições do atendimento médico; uma pessoa que eu tive, durante muito tempo, a confiança. Nada fazia por onde que eu desconfiasse que ele iria se envolver em um fato delituoso. O ambulatório da associação tem umas particularidades. O espaço físico não é muito exíguo, mas o consultório médico é a ante-sala do gabinete de enfermagem e tramitam pelo ambulatório e 1

3 adentram o consultório médico pessoas que se dirigem à enfermaria. No começo do ano de 2003, o capitão Ivan Bonifácio me solicitou umas requisições para fazer exame de umas pessoas, de uns pacientes, dizendo-se pessoas familiares dele. Não pude confirmar no momento se eram as pessoas às quais ele pedia as requisições porque ele estava sempre acompanhado de alguém. E perguntei o nome das pessoas, fiz as requisições, entreguei a ele, e ele saiu. Ele se comprometeu a que posteriormente as pessoas fariam os exames e voltariam para me mostrar os resultados, o que não aconteceu. Eu sei de mais detalhes do restante do processo em virtude do conhecimento que tenho hoje através da imprensa. Um pouco mais na frente, ele compareceu ao meu consultório, marcou duas consultas. A atendente preencheu as fichas na ante-sala do consultório. Na hora que eu chamei os pacientes, a minha secretária entrou com as fichas. Eu disse: Chame os pacientes. Ela chamou. E entrou o capitão Ivan e mais uma pessoa que eu não sei quem era. E eu perguntei a ele: Cadê o outro paciente? Ele disse: Não veio. Pediu para que eu solicitasse alguns exames, novamente para pessoas dele. Uma pessoa estava com ele, a outra não sei. Eu fiz as solicitações, ele ficou de voltar com essas pessoas, me agradeceu. Nessa oportunidade, ele me disse que um senhor chamado Gady estava na ante-sala do consultório. Esse senhor, chamado Gady, que eu vim a saber posteriormente que é o israelense envolvido em todo esse processo, estava na ante-sala do meu consultório, sentado. Eu, quando o capitão saiu, eu abri a porta, cumprimentei formalmente esse senhor, pois não falo inglês e esse senhor não fala a minha língua, e eles foram embora. Passou-se... Isso foi aproximadamente entre janeiro e fevereiro de Depois de algum tempo, esses fatos foram divulgados pela imprensa, que o capitão estaria envolvido com uma quadrilha internacional de tráfico de órgãos, e que existia um médico que havia dado umas requisições. Eu comecei a me interessar quando ele falou no médico, porque eu tenho 30 anos de formado e conheço uma boa parte dos profissionais que trabalham na cidade de Recife. Dois ou três dias depois apareceu no jornal a citação do meu nome. E, por orientação de um advogado amigo meu, eu me propus a comparecer à Polícia Federal para prestar esclarecimentos a respeito dos fatos. Quando fui então informado que existia uma prisão preventiva decretada contra mim, eu me comuniquei eu sou oficial da Polícia, com o meu comandante, e ele me recolheu a uma unidade da Polícia Militar. Basicamente, as ligações são essas. Eu 2

4 não entendo como é que não foi feito um estudo ou não foi solicitada uma avaliação e um parecer de profissionais médicos, ligados até a área de perícia, e me imputaram a responsabilidade de, por ter eu emitido 4 ou 5 requisições médicas, de exames rotineiros, no mais legítimo direito de minha profissão, e terem me envolvido em tudo isto. Os exames que eu solicitei não se prestam para nenhum tipo de cirurgia, muito menos para que um paciente seja considerado doador de órgãos. Não precisa ser médico credenciado nem especialista para que se saiba disso. Um paciente hoje, para fazer uma exodontia, ou seja, retirar um dente, ele é submetido a um exame dito coagulograma ou, quando menos, um tempo de sangria e coagulação, uma protrombina e uma atividade enzimática. Como é que um paciente vai ser submetido a um transplante de rim, sendo doador, sem fazer, no mínimo, um exame desses? Como é que um paciente vai ser considerado doador de um órgão importante do seu organismo sem ele ter sido visto por um médico e que tenha afirmado que ele está em perfeitas condições de saúde? Como é que um paciente vai ser submetido a uma cirurgia de grande porte sem exames cardiológicos, sem exames específicos e sem os outros 40 exames listados pelo serviço do Prof. William Stamford, que, se o senhor, Excelência, não conhece, é a maior autoridade no Estado de Pernambuco em termos de transplante de rins? E eu tenho aqui documentado, através da imprensa, que o coordenador da Central de Transplantes no Estado de Pernambuco concorda em gênero, número e grau com os exames apresentados pelo protocolo do Hospital Português do Dr. William Stamford. Tudo isso foi divulgado. E eu tenho aqui em minhas mãos documentos tirados da imprensa. Todos os doadores que contatamos são unânimes em afirmar que não conhecem o médico Sílvio Boudoux, mas reconhecem foto de Terezinha, de Fernanda e da esposa do capitão Ivan, e contam ter sido recebido na África do Sul. Isso aí também não interessa muito para o que estou lhe dizendo. Tem aqui o depoimento de 2 doadores. E a advogada Conceição Jansen também diz na imprensa. Ela disse que seus clientes nunca ouviram falar do médico José Sílvio Boudoux, preso anteontem sob acusação de fazer parte do esquema. O capitão Ivan Bonifácio levava todas as pessoas para um laboratório localizado no Derby. Os meninos não sabem informar o nome dos médicos que requisitaram os exames declarou. O próprio capitão Ivan, no bojo deste acontecimento, afirma, no dia 11 de dezembro de 2003, que entregou de punho, de acordo com José Siqueira, advogado 3

5 de José Sílvio Boudoux. O capitão da PM Ivan Bonifácio tomou a iniciativa de preparar declaração, depois de saber pela imprensa da prisão do médico. Ele quis desfazer o mal entendido. Preparou uma declaração de próprio punho afirmando que meu cliente não sabia de nada sobre os transplantes. Está aqui escrito. Uma prova que eu estive voluntariamente à Polícia Federal para prestar esclarecimentos também consta neste documento retirado da imprensa. Que me apresentei para prestar esclarecimentos, e nesse dia fui preso. A CPI do Tráfico de Órgãos autua acusado de doar e receptar rins. Aqui o Exmo. Sr. Deputado Raimundo Pimentel declara textualmente, no Diário Oficial de 19 de dezembro de 2003, transcrição do Jornal do Comércio: Confrontaremos as informações explicou, acrescentando que um dos dados mais interessantes é a segurança que a organização passava aos doadores. Eles não receberam orientação médica e nem tiveram garantias de que receberiam o dinheiro, mesmo assim viajaram. Um pouco mais na frente, 2 depoentes disseram que os primeiros contatos foram feitos pelo capitão da reserva da Polícia Militar de Pernambuco Ivan Bonifácio da Silva, sempre em um bar no Bairro de Jardim São Paulo. Os exames eram realizados num laboratório sem requisição médica e a entrega da passagem era feita um dia antes da viagem. Pelo que sei, todos os exames foram feitos no laboratório do Dr. Gilson Cidrim, que é uma pessoa que trabalhou comigo algum tempo e que é um dos laboratórios que eu, no meu consultório, na minha clínica privada, indico para fazer exames. Ele diz aqui textualmente: Ele negou qualquer envolvimento com o caso e afirmou não saber da intenção dos envolvidos, já que os exames eram pagos de forma particular e sem a requisição médica. Diário de Pernambuco, 23 de dezembro de Estou lendo isso para os senhores, Excelências, para mostrar que a minha participação suposta seria em ter solicitado para pretensos doadores exames de laboratório, quando esses exames não se prestam e não foram feitos com esta finalidade. Doações de órgãos de dezembro de Paciente passa por 40 exames para poder entrar na lista. Isso aqui é um relatório de Josemberg Campos, Coordenador da Central de Transplantes de Pernambuco, onde ele diz: São 40 tipos de exames a que os pacientes se submetem, o mais importante é o HLA, o que significa Antígeno Leococitário Humano. Simplificando, é o exame de compatibilidade entre o doador e o receptor salienta Josemberg Campos. Junto com isso aqui, eu tenho uma fotocópia do protocolo do serviço do Dr. William Stamford, do Hospital Português, 4

6 onde lista todos os exames para o paciente ser considerado doador. E asteriscados por mim estão os que eu solicitei que são os exames mais simples e os que normalmente se solicitam para check-up médico. Com relação à idade dos pacientes, eu trouxe para o senhor uma declaração de um serviço de referência da Prefeitura da cidade do Recife, listando os percentuais e as idades dos pacientes que são submetidos a exames de rotina, de triagem e de diagnóstico em HIV-AIDS e enfermidades de transmissão sexual, ou sejam sífilis, hepatites e uretrites vaginosas. E, também, tirado de uma fotocópia do Ministério da Saúde, confirmando esses dados que eu estou lhe apresentando. Então, na realidade, eu não solicitei exames para que ninguém fosse submetido à cirurgia, não solicitei nenhum exame para que nenhum paciente pudesse ser considerado doador de qualquer tipo de órgão, não participei de nenhum encontro desse grupo envolvido, não conheço nenhum dos doadores, não emiti nenhum parecer técnico para que o paciente fosse considerado doador. Então, eu fui envolvido pelo fato de conhecer, de confiar, naquela época, no Capitão Ivan e ter atendido a solicitação dele para que realizasse exames em parentes seus que seriam encaminhados para trabalhar em outro Estado. Minha participação em tudo isso foi só esta, nada mais. Eu fiquei detido por 28 dias numa unidade da Polícia. Três dias seguidos eu fui encaminhado ao prédio da Justiça Federal para aguardar o depoimento perante o Ministério Público e a Juíza Federal encarregada do caso. Eu fiquei em uma sala onde só conhecia o capitão Ivan, e mais ninguém. E nem com ele, nesses dias, eu não tive contato. Procurei-me afastar para não haver nenhum fato que justificasse amizade. A imprensa divulgou, divulgou e eu fui... Eu vou passar as mãos dos senhores todos esses documentos. Isso aqui é amplamente divulgado pela imprensa, só o documento do COA, que é o documento da Prefeitura, o documento do Hospital Português, que é o protocolo do Dr. William Stamford, o senhor pode confirmar, inclusive ele foi testemunha da acusação nesse processo, ele não me conhece, ele participou de inúmeras reuniões com os outros acusados e, em momento nenhum, ele citou meu nome, nem que estaria nas reuniões, nem que ele me conhece. O restante foi tirado da imprensa. Permita-me. Eu gostaria só de complementar, já que o senhor me deu 20 minutos. O Dr. Gilson Cidrim trabalhou comigo na Polícia, ele é farmacêutico bioquímico, uma pessoa conceituada, uma pessoa tecnicamente capacitada. E eu fiz uns questionamentos, já que todos os exames foram realizados 5

7 no laboratório dele, para que ele informasse ao meu advogado quantas requisições médicas o Dr. Sílvio Boudoux, o senhor recebeu efetivamente durante os anos de 2002 e 2003, e em seu laboratório e de pacientes particulares e de convênios. Quantos exames foram realizados durante esses 2 anos, sem requisições médicas e cujos resultados foram emitidos, como sendo o Dr. José Sílvio Boudoux, o responsável pela requisição? Se o laboratório dele realiza exames especializados para pacientes que são submetidos a doação de órgãos. E se realizam, quantos exames de compatibilidade, exames de função renal, já que todo esse fato se refere à atuação de rins. Como, por exemplo, Clearence de creatinina, proteinúria e contagem de AIDS. E quanto desses exames eu solicitei ao Laboratório do Dr. Gilson, nos últimos 2 anos. Se, no conhecimento técnico dele, que é uma pessoa qualificada como bioquímico, o paciente pode ser submetido a uma cirurgia mais simples, sem realizar exames de laboratório para avaliar as funções de coagulação e quantos desses exames eu solicitei nos últimos 2 anos, principalmente nos pacientes que ele listou como sendo de realização do laboratório dele. Se ele pode relacionar os exames que são solicitados para check-up, quando solicitados por médico do trabalho. Se é do conhecimento do Dr. Gilson Cidrim que no meu consultório, ou hospitais em que trabalho, eu tenha atendido pacientes de outras nacionalidades, e que tenha solicitado exames para esses pacientes e qual foi o idioma em que foram grafados tais exames. Se os resultados dos exames emitidos pelo laboratório dele, que é todo automatizado com equipamentos de última geração, seriam emitidos com os referenciais às unidades grafados em inglês, permitindo assim que pessoas não-médicas identificassem os resultados. Esse será um questionamento, porque o Dr. Gilson vai ser ainda citado como testemunha, provavelmente de defesa. Este é o meu posicionamento com relação à todo o episódio e a todos esses fatos narrados. O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Agradeço e passo a palavra ao Deputado Pastor Pedro Ribeiro, do Ceará, Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Federal. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Dr. Sílvio, não é com alegria que participo destes momentos, principalmente sendo o senhor um médico oficial. Mas, neste momento, queria fazer alguns questionamentos ao senhor. Eu havia 6

8 antes anotado para perguntar-lhe se o senhor era amigo de longas datas do Capitão Ivan. O senhor já disse que era há 24 anos e que serviram juntos. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - É. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Vou fazer os questionamentos e peço que o senhor anote, se for possível. Que fornecessem papel, se for o caso, para o coronel fazer as anotações, porque o nosso tempo é curto em razão da agenda dele mesmo, para ele fazer as anotações dos nossos questionamentos. O senhor nos afirmou que é seu amigo há 24 anos e que gozava com ele de boa amizade, inclusive encontraram-se lá, na associação dos reformados. E, trabalhando juntos, com muito apuro e com muita participação, ele aproximou-se do senhor para solicitar uns exames, dizendo exames para seus familiares. E que o senhor prontamente, em razão dessa confiança, dessa amizade, atendeu. O senhor foi traído pelo capitão Ivan? O senhor é médico há quantos anos? A ética médica não exige que o senhor faça uma anamnese, ou pelo menos um contato básico com o paciente, para solicitar dele qualquer tipo de exame? Ou pode um médico solicitar exames no nome de alguém, só por amizade de outrem? Não teria aí o senhor dado os primeiros passos dentro da caminhada desses transgressores? Pela sua afirmativa como vítima, todavia, não teria sido a razão da, permita-me, falta de vigilância ou dessa quebra da ética em solicitar esses exames sem conhecer os pacientes? O senhor falou que esses parentes para os quais o senhor forneceu... e o dia em que Gádi ou Gady foi em janeiro ou fevereiro de Esse problema vem se arrastando há cerca de 2 anos. Tem-se conhecimento de que existem, inclusive já arrolados no processo da CPI Estadual, alguns exames que o senhor solicitou para essas pessoas, notadamente identificadas como aquelas que se deslocaram. O senhor foi muito enfático e apresentou muito bem a necessidade de que exames especiais sejam feitos para pessoas que vão se submeter a transplante. É verdade; são exames especiais que têm que ser feitos. Mas, pelo que se sabe, não havia, preliminarmente, da quadrilha, a exigência de exames tão apurados para que as pessoas se deslocassem daqui para lá. Pelo que eu conheço, eu sei que a CPI local e o Deputado Raimundo Pimentel, seu Relator, têm dados mais apurados, mais profundos, mais completos sobre isso que eu quero saber. Mas, pelo que eu sei, não havia já a preparação: Este cidadão está apto para, em chegando em Durban, submeter-se ao transplante. Ele era conduzido e lá era 7

9 levado ao hospital, a uma clínica, para que fosse feita a cirurgia. Então, os exames que o senhor solicitou eram exames de rotina, conforme o senhor marcou estão comigo aqui as peças, que vou ver, ou eram exames suficientes para provar que basicamente aqueles enviados estavam em condições de participar do transplante? O senhor certamente, como eu disse, como médico, oficial e aqui como depoente, haverá de falar a verdade, porque afora o que nós estamos obtendo, as informações, temos documentos. E o senhor sabe que já existem aqui alguns documentos que o convidam à reflexão profunda naquilo que está afirmando nesta hora. Então, foi o senhor traído pelo Ivan? O senhor estava bem consciente quando deu requisições para os exames para pessoas as quais não conhecia? Foi um infortúnio? Desde quando o senhor notou, ou nunca notou, que o Ivan e outros o Gady e outros, que estavam envolvidos estavam trabalhando de uma forma obscura, de uma forma que não deixava clara as intenções deles? O senhor nunca notou isso? Nunca observou, até que, como o senhor disse, só pela imprensa veio a saber? Gilson Cidrim é seu colega, companheiro também de farda, dono do laboratório. Eu, pelo menos também não sou médico, infelizmente, não sabia que o laboratório podia fazer exames, e certo tipo de exames, sem qualquer requisição médica. Mas eu soube disso, semana passada, quando ouvi alguém lá, na CPI, em Brasília, e ouvi o senhor dizendo hoje isso. E existem exames exigidos pelo senhor, e outros não, e tem aqueles que foram realizados sem requisição. É uma coisa que inclusive eu quero sair sabendo daqui hoje até quanto isso é lícito e pode apenas alguém chegar e pedir certos exames. É até meio estranho pessoas leigas, pessoas semi-analfabetas, pessoas que, acredito, não tenham a menor facilidade de expressão a não ser que alguém os levasse, pedir certos tipos de exame, sem requisição. Então, coronel, encerro agora essa minha inquirição e quero ouvir, infelizmente, de uma forma sucinta, em razão do tempo, as suas respostas à minha inquirição. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Com relação à amizade com o capitão Ivan, é relativa. Não é amizade íntima, não é amizade profunda. Na época, ele era capitão é capitão e, eu, era coronel. Então, existe na Polícia Militar, hierarquia. E nós participamos mais vezes, no clube dos oficiais, de papos amistosos. Não existia uma intimidade. Na ASSIMPE, por força da função, ele ficou mais próximo. Eu me senti realmente traído, claro. Sem dúvida, ele me usou. Usou a 8

10 mim, não, usou meu nome. Porque a mim, se ele tivesse me feito a proposta para que fosse feito tudo isso. Mas usou o meu nome, usou as minhas requisições para que outras pessoas fizessem exames ou com aquelas requisições ou sabendo quais seriam os exames no laboratório, que deveria cobrar dos pacientes ou das pessoas as requisições ou, quando, pelo menos, não emitir nos resultados dos exames o nome do profissional. Ele pode. Ele tem a maneira de fazer os exames. Agora, ele não pode fazer o exame sem ser eu o médico requisitante e emitir o parecer com meu nome. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Certo. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Certo? O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Coronel, eu acho que ele não usou só o seu nome; ele usou o senhor. Ou o senhor se deixou usar, porque o senhor assinou. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Inicialmente, ele usou. Depois ele usou o meu nome, porque o laboratório é responsável pela emissão dos resultados com o nome do profissional. É tanto que eu estou pedindo aqui ao Dr. Gilson Cidrim que ele apresente as requisições desses exames, que ele certamente não tem, porque ele mesmo afirma, nos documentos que entreguei a S.Exa., o fato de ter feito os exames sem requisições. Com relação à anamnese, é um fato necessário, mas não estritamente. Em virtude das minhas condições de trabalho na ASSIMPE, eu posso eventualmente emitir solicitações de exames de pacientes que a gente nem... O paciente chega e pede para fazer os exames. A associação é de reformados, a maior parte dos pacientes tem acima de 50 anos, e uma boa parte deles chega pedindo para fazer exames. Outros chegam com idade mais nova, mas chegam pedindo para fazer exame. E, como é uma questão de atender bem, o paciente não quer ser examinado, o paciente quer fazer os exames. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Mas, coronel, por esse desejo de atender bem... Eu não conheço, mas não feriu a ética médica? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - De uma certa forma, não. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Como não e como sim? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Como sim, a questão de eu voltar a ver o paciente e, nessa oportunidade, se encontrar a necessidade, examiná-lo. 9

11 O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Sei. Mas em dar a requisição, o senhor não teria, nem o paciente, a menor obrigação de voltar a vê-lo. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Mas é uma norma que o paciente volte. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - É só isso. Não quero perturbar. Fica registrado isso aí. Sim, pode continuar. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Certo. Com relação aos exames, estes exames não se prestam para nenhum procedimento cirúrgico. Não existe nenhuma possibilidade de o paciente ser operado sem fazer um exame de coagulação. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - O senhor recorda os exames que o senhor pediu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Recordo; recordo. Os exames estão grafados com um asterisco meu no protocolo do Hospital Português, do Dr. William Stamford. São exames gerais: hemograma, glicose, colesterol, triglicerídeos, ácido úrico, transaminases, sumário de urina esses exames. Os outros exames direcionados para doenças sexualmente transmissíveis, o HIV, a hepatite B e a hepatite C, sífilis e citomegalovírus. A hepatite B e a hepatite C eu pedi apenas o rastreamento. Eu não pedi os exames confirmatórios, que seria o caso de serem feitos a posteriori. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Coronel, isso não... O senhor mesmo falou: isso são exames para um check-up. Ou seja, esses exames, dando em níveis normais, mostram que uma pessoa está saudável, restando aí 2 ou 3 exames, eu não sei bem, para que o paciente seja tido como apto a participar do momento cirúrgico da doação. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, senhor. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Então, isso não qualificaria esse homem já para ser enviado? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, senhor. Se o senhor me pedir para que faça um exame de um paciente que provavelmente será submetido a um ato cirúrgico, o primeiro exame que eu vou solicitar será um coagulograma, porque não vou correr o risco de, não sabendo, enviar para cirurgia um paciente hemofílico 10

12 ou um paciente, no mínimo, com deficiência de plaquetas e com deficiências de coagulação. Esse paciente vai morrer na mesa de cirurgia. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Tem mais algum item dos que eu perguntei? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, senhor. Os que o senhor perguntou foram esses. O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO - Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Agradecemos a participação do Relator. Com a palavra a Deputada Perpétua Almeida. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Bom dia, coronel. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Bom dia. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor fez exames, como o senhor mesmo afirmou, sem ver ou conhecer as pessoas. Por que o senhor fez isso? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Na associação, o capitão Ivan estava acompanhado de mais duas ou três pessoas e não deu, no momento, para que eu identificasse se eram as pessoas que ele pedia os exames. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Então, concluindo, o senhor não conhecia as pessoas para quem o senhor estava autorizando os exames? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, não conhecia. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor costuma fazer isso? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, senhora. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E por que, especificamente, aqueles casos? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Em confiança a uma pessoa que trabalhou comigo durante muito tempo. E nada, até aquele momento, desabonava a sua conduta. E uma certa confiança. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor confiava nele, era amigo dele? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Eu não era amigo. Eu era companheiro da Polícia. Eu confiava. Eu não acredito que haja negligência de minha parte. 11

13 A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor confiava numa pessoa que não era seu amigo? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, ele não era amigo em caráter particular, não era meu amigo confidente. Eu nunca fui à casa dele, nem ele nunca foi à minha. Mas nós tínhamos um contato permanente na Associação e, pregressamente, na Polícia. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor não era amigo. Digamos que o senhor era colega dele. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Colega. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - A ponto de o senhor confiar tanto nele que subscreveu um pedido de exames de pessoas que o senhor não conhecia. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Exato. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E o senhor confiava tanto nele. Mas o senhor cobrou a consulta? Não seria natural que o senhor deixasse de graça, já que era um favor que estava fazendo? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Certo. Uma particularidade que eu não omiti, mas eu não tive como dizer. Na Associação, eu tenho uns formulários próprios da Polícia. E quando ele me pediu esses exames na Polícia, eu fiz as requisições nos formulários próprios da Polícia. Ele se recusou a usar esses formulários e disse-me que seriam exames feitos em caráter particular, e que eu deveria cobrar a consulta porque não eram pacientes da Polícia, eram parentes dele e não eram pessoas dependentes. Ele me fez transcrever essas requisições da Polícia em meu formulário particular e fez questão de pagar o valor de uma consulta do meu consultório. Eu relutei em aceitar, mas ele insistiu, insistiu, e eu terminei aceitando. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor não desconfiou nada disso? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Dessa insistência? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Ele não queria nos formulários gratuitos? Ele queria pagar? 12

14 O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não. Ele disse que os pacientes eram em caráter particular. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Ele estava pagando o seu favor ou a sua assinatura ali? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, que seriam feitos em laboratórios particulares. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Por quê? Os laboratórios particulares daqui não aceitam requisições... O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Da Polícia normalmente não. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Aceitam ou não aceitam? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não aceitam. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Não aceitam? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, da Polícia, não. Da Polícia, nós fazemos requisições nos formulários próprios da Polícia, para serem feitos os exames na Polícia. Nós temos laboratório de análises completo, nós temos laboratório de raio X, nós temos laboratório de ultra-sonografia, cujas requisições também de laboratórios, de médicos de fora não são aceitos. Nós não aceitamos, na Polícia, requisições de médicos particulares. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Certo. Então, o senhor não costuma fazer esse tipo de requisição sem conhecer as pessoas. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não. Outra coisa: essas requisições que eu dei a ele não são requisições de exames especializados e que serviriam para alguma coisa que eu jamais poderia imaginar. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Então, vamos lá. O senhor disse aqui que se lembra dos exames que pediu. Hemograma e dosagem de glicose foram pedidos? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pedi. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Colesterol pediu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pedi. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Hepatite pediu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pedi. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Sífilis pediu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pedi. 13

15 A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - HIV? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pedi. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Glicemia? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Glicemia é glicose. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Já falei. Hepatite C pediu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pedi. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E este exame aqui, sorologia para citomegalovírus, pediu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pedi. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E para quê esse exame? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Esse exame é para a confirmação de alguns quadros de AIDS. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Então, diga-me uma coisa o senhor que é médico e sabe mais do que eu. Eu não sou médica e não entendo, mas um cidadão que possa vir a ter hepatite, seja ela qual for, e um cidadão que possa estar com HIV, esse cidadão poderia fazer algum transplante? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Não. Então, o senhor há de convir comigo que isso aqui já seria a abertura inicial para dizer se o cidadão vai viajar ou não para fazer o transplante e fazer outros exames. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Certo. Mas, para fazer o transplante, precisaria de outros exames mais importantes. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Não, não é isso o que eu estou discutindo. Não é isso o que eu perguntei. O senhor há de convir comigo que se fazer um exame desses, como de hepatite, seja lá quais forem, de HIV, dando positivo, esse cidadão, automaticamente, já estaria fora de uma lista para fazer novos exames para transplante. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Sim. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Sim. Era essa a resposta que eu queria ouvir. Muito bem, vamos para a próxima. O senhor tem contas bancárias? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Sim. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Lembra em quais bancos? 14

16 O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Banco do Brasil e, em nome da minha clínica, no Banco Itaú. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Por que o senhor não forneceu os dados da sua clínica na sua conta, pessoa jurídica, quando a Assembléia Legislativa pediu os dados? Pessoa jurídica. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - É uma conta recente, aberta a pedido da SulAmérica. É que eu só movimento SulAmérica. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Na época que a Assembléia Legislativa pediu a sua quebra de sigilo, que o senhor forneceu os dados, o senhor não tinha essa conta? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Tinha. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E por que o senhor não a forneceu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não me lembro. Eu forneci. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Forneceu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Forneci. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor tem com comprovar isso? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, eu não tenho certeza, mas forneci. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - No mesmo dia que a Assembléia pediu? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Na mesma hora, eu assinei. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Pessoa jurídica? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Pessoa jurídica. Forneci. Sabe por quê? Porque atualmente é a única que eu movimento. Forneci. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - A Assembléia, então, deve ter esses dados? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Tem. Eu tenho certeza. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Eu vou pedir esses dados da Assembléia Legislativa. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Eu tenho certeza que forneci. 15

17 A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Ah, foi fornecido jurídica... (Falha na gravação.) O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA -... só a conta da clínica, certeza absoluta que forneci, certeza. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Mas o senhor considera que, quando a Assembléia Legislativa lhe pediu aquelas informações, aquelas contas não existiam mais. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não existiam mais. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E a quanto tempo elas não vinham sendo movimentadas? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - As contas do banco... Um momento só. As contas do banco, do UNIBANCO já haviam sido encerradas. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E as do Banco do Brasil? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - A do Banco Brasil existia um saldo residual de 500 reais, não movimentada há 4 anos. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Então, a conta existia. Por que o senhor não forneceu as informações? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Porque eu não movimentava essa conta. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Mas ela existia. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Mas eu não movimentava. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Mas ela existia. O senhor devia ter passado essa informação. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Ela estava inativa há 4 anos. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Sim, ela existia. Uma poupança, quando a gente não mexe 4, 5, 10 anos, ela não deixa de existir. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Talvez por um lapso meu. Mas a conta não é movimentada desde A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor acha que não forneceu por esquecimento? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Provavelmente. Agora, a conta que eu movimento há 3 anos é a conta do Itaú, que é a conta... 16

18 A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Eu entendi. O senhor lembra que a conta do Banco do Brasil tinha um saldo residual de 500 reais, mas o senhor não lembrou naquele momento que ela existia? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não lembrei. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor tinha 500 reais em uma conta e não lembrou dela? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, não lembrei. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Está certo. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Eu tomei conhecimento desses 500 reais quando eles me mandaram agora o documento para declaração de Imposto de Renda. Posso provar a senhora e posso lhe mostrar esse documento. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Me diga uma coisa: o senhor lembra de uma figura chamada Fernanda Gabriela? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Fernanda Gabriela. Com o passar de tudo isso, eu lembro que essa senhora foi uma vez no meu consultório, pagou a consulta, foi por mim examinada, foram solicitados exames de laboratório para ela, eu prescrevi uma medicação e ela ficou de voltar. Depois que aconteceu tudo, que a Polícia Federal foi no meu consultório, provavelmente, levaram do meu arquivo a ficha da Sra. Fernanda Gabriela. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - A Polícia Federal levou? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Nos recibos entregues à minha filha do que foi retirado do meu consultório constam 4 fichas médicas. E eu depois procurei e não achei. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Vou lhe passar outros nomes para ver se vêm na sua memória: Moisés, Teresa, João, Gerson e Josué. O senhor lembra de ter consultado ou recebido eles? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Nenhum deles. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - E qual é o motivo que faz o senhor lembrar da Fernanda? Por que o senhor lembra da Fernanda e não lembra dos outros? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Da Fernanda porque parece-me que foi relatado algum fato com relação à Fernanda Gabriela. E eu me lembrei 17

19 dessa senhora quando a vi na sala que fiquei junto com todos os outros durante os 3 dias do depoimento. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - O senhor acha que pode estar esquecido? O senhor pode mesmo ter consultado os outros e não ter lembrado? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Não consultou de forma alguma? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não lembro de nenhum outro. Só lembrei de Fernanda... A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Mas o senhor acha que existe essa possibilidade de o senhor tê-los consultado e não lembrar? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Muito difícil. A Fernanda Gabriela, pelo tipo físico que chama atenção e de ter ficado 3 dias aguardando a minha oportunidade de depor na Justiça Federal, eu lembrei da Sra. Fernanda. A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA - Certo. Estou satisfeita, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Com a palavra o Deputado Zico Bronzeado. O SR. DEPUTADO ZICO BRONZEADO - Dr. José Sílvio, eu sou um cidadão de origem rural, de uma região pobre, como aqui também tem, e precisei várias vezes de auxílio médico. Peguei malária várias vezes, me parece que uma vez peguei hepatite, e todas as vezes que meus pais me levavam para me consultar, até pela amizade com os médicos, eles me questionavam, me perguntavam, e quando passavam, pediam algum tipo de exame era pela minha situação física, aparência, e eu tinha obrigação, ou os meus pais, de retornar ao médico. E me parece que, pelas suas informações preliminares, o senhor só fornecia as requisições e não via o resultado dos exames. Parece que é isso. Os exames, Srs. Deputados e público aqui presente, sem eu entender nada de medicina, na verdade, eu fui usuário, necessitado de auxílio médico muitas vezes, eu entendi aqui que esses exames são especializados, não são exames rotineiros. No meu Estado não tem, na verdade, estrutura para alguns exames aqui. O meu Estado é o Estado do Acre. E tudo indica que o senhor desconfiava do seu amigo, o Ivan Bonifácio. Só inglês aqui para não entender. E eu queria fazer aqui duas perguntas sobre dois exames. A Hepatite C é 18

20 um exame de rotina, um exame normal pedido por paciente aparentemente sadio, porque o médico percebe quando observa o cidadão em seu consultório se ele tem algum problema, assim, de vista? E o exame de citomegalovírus é um exame eu faço uma pergunta aqui, não precisa ninguém me responder eu nunca nem ouvi falar, pela minha falta de formação nessa área. Inclusive sou até um acadêmico de Educação Física e estudo um pouco do corpo humano, mas não tipos de doenças. Agora eu queria pedir desculpa ao Dr. José Sílvio... O Presidente saiu? (Pausa.) Na sua... Na verdade, quebrar aqui um pouco dos procedimentos de uma CPI. Na verdade os que questionam e os que fazem são na verdade os Deputados Federais, mas aqui a gente está tendo a grata satisfaço de ter a colaboração dos Deputados Estaduais que fizeram parte desta importante CPI aqui no Estado de Pernambuco. Eu vou fazer aqui, na verdade, Deputado Raimundo Pimentel, eu fiz duas perguntas aqui e já disse para o Dr. José Sílvio que esses exames, na verdade, para nós, que temos uma formação melhor, entendemos que eles não são exames rotineiros, quer dizer que são exames especializados. Muitas vezes, até quando você vai fazer um concurso público, você é exigido sanidade etc. e tal. E eu fiz aqui duas perguntas, mas eu queria pedir aqui licença ao Dr. José Sílvio e fazer uma pergunta para o Dr. Raimundo Pimentel, como médico. Queria perguntar a V.Exa. como médico, não como Deputado e membro da CPI aqui. São pedidos rotineiros, Dr. Raimundo, hepatite C e citomegalovírus para um cidadão aparentemente sadio e sem ele especificar para que são esses exames? É rotineiro os médicos pedirem esses exames? O SR. RAIMUNDO PIMENTEL - Vou pedir ao Deputado Neucimar Fraga para anotar esse pedido de parecer, de parecer técnico para CPI da Câmara Federal. O SR. DEPUTADO ZICO BRONZEADO - Claro, isso é uma colaboração importantíssima. O SR. RAIMUNDO PIMENTEL - Veja só, o entendimento que nós tivemos na CPI estadual, tivemos oportunidade de ouvir o Dr. Sílvio aqui, inclusive tivemos uma discussão, ele como médico e eu como médico também, nós tivemos essa abordagem, esse debate aqui. Não havia como essas pessoas se deslocarem para a África do Sul, até pelo custo que representavam, sem passar por um processo de triagem. Então, a lógica que a gente tem de considerar é exatamente essa, quer dizer, a captação dessas pessoas eram feitas aqui, desses potenciais doadores. 19

21 Evidentemente, como esse deslocamento desse pessoal para a África do Sul, a passagem tem um custo elevado, acomodação, enfim. O paciente que vai ser submetido a um transplante, na verdade, os exames específicos eles só podem ser feitos com o paciente internado. Exames específicos. Porque têm exames de compatibilidade, que tem que comparar, vamos dizer, a imunologia do doador e do receptor. Enfim, todo o estudo de compatibilidade tem de ser feito e uma série de outros exames específicos de maior complexidade. E esses exames eram feitos na África do Sul com esses pacientes internados. Eles já se internavam com 1 ou 2 dias de antecedência e eram realizados vários procedimentos: ultra-sonografia, arteriografia, enfim, exames de maior complexidade para permitir e também exames de histocompatibilidade para permitir a seleção do receptor, vamos dizer assim. Mas não havia como deslocar esses pacientes sem passar por uma triagem. Então, eles tinham um processo, eles tinham um momento em que eles eram triados. Eles eram captados e triados aqui no Recife e aí, depois dessa triagem, se definia um perfil mínimo do ponto de vista orgânico e médico desses pacientes e aí aprovavase, evidentemente, a transferência desses pacientes para a viagem, para que fosse realizado o transplante. Então, o entendimento da CPI, aí também como médico, evidentemente que a nossa visão como médico ajudou nessa avaliação, ela é fundamentada nisso. Quer dizer, os exames que eram feitos, esses exames que eram feitos não são absolutamente exames de rotina ou check-up. Isso não cabe. Qualquer médico, qualquer estudante de medicina sabem perfeitamente que esses exames não têm nenhum perfil de exames de check-up de rotina. Isso não tem o menor cabimento. Esse exame, na verdade, era uma triagem que era feita. Por este perfil de exame citomegalovírus, pesquisa de AIDS, pesquisa de hepatite C eles são feitos com este objetivo: fazer a triagem dessas pessoas que eram captadas para serem transplantadas, serem doadoras na África do Sul. Então, a nossa visão, não só como médico, mas depois do processo, do trabalho da CPI de investigação, eu acho que isso fica muito claro. O SR. DEPUTADO ZICO BRONZEADO - Só para confirmar o que o Dr. Raimundo está nos passando, eu acho que o Deputado Neucimar e outros aqui, quando a gente chega lá na Câmara dos Deputados, a clínica nos oferece um serviço, em relação ao meu Estado, de primeira. Eu fiz já dois check-up, e em nenhum check-up que eu fiz lá na clínica da Câmara dos Deputados, que tem o 20

22 dever de zelar pelos seus Deputados, não fiz nenhum desses dois exames. E tive oportunidade de conversar com os médicos, falar de alguns probleminhas localizados e fui questionado. A resposta que eu queria ouvir do Dr. José Sílvio é se o senhor teve oportunidade de analisar alguns exames desses depois que esses pacientes... Algum desses pacientes retornaram ao seu consultório? É porque eu vi aqui, Deputados, que um desses cidadãos que viajaram retornou. Os exames lá deram negativos, e aqui acho que deu positivo. Quer dizer, os exames dele aqui não apresentaram problema e lá apresentaram. O SR. RAIMUNDO PIMENTEL - É porque lá eles faziam exames de maior complexidade. Como coloquei antes, eles faziam uma triagem inicial para ver o mínimo de rigidez, de condição desse paciente, se não era portador de nenhuma patologia e tal, nenhuma doença dessa infecto-contagiosa, e lá eles faziam exames de maior complexidade. E alguns desses, poucos, foram rejeitados, vamos dizer assim. Houve menção inclusive que em um deles havia resquício de substância tóxica. Foi identificado lá. Inclusive um deles foi rejeitado em função disso. E não havia também como revelar nesses exames que eram feitos aqui. O SR. DEPUTADO ZICO BRONZEADO - Obrigado. Só esta pergunta que gostaria que o senhor me respondesse: Se retornaram os exames... O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA É preciso para que eu responda à pergunta do senhor por completo, eu me reporte primeiro ao Dr. Raimundo Pimentel. Com relação à check-up, todos os meus pacientes fazem hemograma, glicose, colesterol, hdl, ldl, triglicerídeos, ácido úrico, todos, sumário de urina, indiscriminadamente. A todos eles que vão ao consultório, eu peço esses exames. Com relação a onerar ou não a questão do pretenso doador, tempo de sangria, tempo de coagulação, tempo de protrombina, atividade enzimática, uma ultrasonografia renal e um Raio X de tórax não oneram de forma alguma, em nosso meio, em nossos laboratórios, em nossos serviços de Raio X, um pretenso doador de rim. E se alguns pacientes desses voltaram, dos quatro que solicitei exames, não me lembro de terem voltado. O capitão Ivan me solicitou um dia, já bem mais recente, que eu visse os resultados de uns exames. Ele ligou para o meu telefone celular eu estava trabalhando na CIP e pediu para que eu visse o resultado de 2 exames de 2 pacientes. Eu pedi a ele: Venha cá, porque eu estou no ambulatório e não faço a menor objeção de ver os exames. Ele disse: Eu não quero ir aí porque 21

23 eu estou indiferente com o coronel, mas vou lhe aguardar. Quando você sair, você fala comigo. Eu disse: Tudo bem. Eu terminei meu expediente na CIP, saí e ele estava me esperando. Eu olhei uns exames de 2 pacientes, que não me lembro quais foram os exames especificamente, só que questionei a ele por que eu não havia solicitado os exames para aquelas pessoas, que eu havia encontrado com o Capitão Ivan já há algum tempo, e no resultado dos exames constava meu nome como médico. Ele disse: Não, porque eu disse no laboratório que foi você quem pediu. O SR. DEPUTADO ZICO BRONZEADO - Então, o senhor está afirmando que teve outros exames de outros médicos, outras requisições com outros médicos. O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA Outras requisições, provavelmente deste mesmo laboratório, exames feitos sem requisição. O documento que eu trouxe, que apresentei mostra o próprio dono do laboratório dizendo textualmente que os exames eram feitos sem requisição. Só que na hora eles perguntaram quem era o médico responsável. A pessoa que estava com o paciente, ou o próprio paciente, disse: Dr. José Silva Boudoux. Consta dos exames o meu nome sem que eu tenha requisitado. O SR. DEPUTADO ZICO BRONZEADO - Agora é só para ouvir, senão seria até antiético sem ouvir os dois lados: O senhor confirma para esta Comissão que estes exames de hepatite e HIV são rotineiros no seu dia-a-dia? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Por solicitação dos pacientes, eu peço. Se o paciente estiver pedindo para fazer check-up, mesmo que ele não apresente nenhuma patologia visível, por uma questão desses tipos de doenças serem hoje classificadas e codificadas como doenças de transmissão sexual. E a promiscuidade leva à hepatite B, hepatite C, citomegalovírus, HIV, HTLV-1 e V-2, que também são exames solicitados e importantes para pacientes que serão submetidos a transplante e que jamais foram solicitados por mim, nem nesses casos nem em outros casos. O SR. RAIMUNDO PIMENTEL - Para encerrar, Sr. Presidente, quero fazer 2 questionamentos e que o senhor seja preciso. Essas consultas eram cobradas? O preço era o normal que o senhor cobra de qualquer paciente? Na verdade, Sr. Presidente, vou encerrar, porque eu iria fazer um questionamento mais profundo. Quero saber se as consultas eram cobradas, e quanto eram essas consultas. 22

24 O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Com relação aos 2 pacientes, cujos exames foram emitidos na ASSIMPE, eu recebi dele 100 reais por cada consulta. No meu consultório ele pagou à secretária. Ele chegou, marcou as consultas, pagou à secretária. Eu não recebi dele. O SR. RAIMUNDO PIMENTEL - Eu lembrei de algo, Sr. Presidente. Peço paciência. O senhor desconfiou, nesse período em que o senhor está fornecendo as requisições, e os pacientes não voltaram para o senhor poder ver o resultado dos exames, o senhor teve uma desconfiança? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Não, eu indaguei a ele, por que os pacientes não voltaram. Os 2 iniciais da ASSIMPE, que os outros não requisitei de ninguém. Ele deu uma resposta vaga ou tentou se desculpar de alguma coisa, não dei muita atenção. O SR. RAIMUNDO PIMENTEL - O senhor não desconfiou? O SR. JOSÉ SÍLVIO BOUDOUX SILVA - Foram 2 pacientes só. O SR. RAIMUNDO PIMENTEL - Encerro, Sr. Presidente, muito obrigado e desculpe-me. O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Com a palavra o Deputado Paulo Rubem. O SR. DEPUTADO PAULO RUBEM SANTIAGO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, prezados colegas Sebastião Rufino, Raimundo Pimentel, Sr. Presidente, nós entendemos, por termos acompanhado com bastante atenção os trabalhos da CPI da Assembléia Legislativa, que uma observação detalhada de todas as audiências, depoimentos, do relatório que está à nossa disposição através da Assembléia Legislativa, poderá na verdade contribuir talvez até muito mais do que depoimentos que venham a ser tomados individualmente, até porque a Assembléia se desdobrou durante vários momentos, várias sessões, e nós teremos pouco tempo aqui para ouvir os depoimentos, as testemunhas e tentarmos relacionar os casos. Mas algumas questões nos chamaram a atenção. Eu solicitei ao Presidente, Deputado Raimundo Pimentel, ata da 2ª reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito, referente à sessão ocorrida no dia 23 do mês de dezembro de 2003, às 9 horas, na sala do plenário 3, localizada neste 2º andar. Esta ata mereceria, entendemos nós, ser disponibilizada para todos os membros da CPI, especialmente os que vieram a Pernambuco, porque traz algumas informações importantes, e que 23

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